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Livros Acadêmicos

3.5 Desafios enfrentados no fomento de pesquisas científicas nas Instituições de Ensino Superior (IES) privadas no Brasil

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Walber Gonçalves de Souza [1]

 Leonardo de Amorim Sathler [2]

Raquel Carvalho Ferreira [3]

DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/livros/724

 

A pesquisa científica no Brasil, tem enfrentado grandes cortes nos recursos financeiros por parte do Governo Federal, agravando a situação das pesquisas nas diversas instituições de ensino superior do país.

Porém, além dos cortes nas pesquisas, o cenário econômico brasileiro vem ocasionando a diminuição da demanda de alunos nas Instituições de Ensino Superior (IES) privadas e, com isso, o pouco recurso destinado à pesquisa ainda se torna mais escasso. Diante disso, o foco principal deste capítulo é abordar as dificuldades enfrentadas pelas Instituições de Ensino Superior (IES) privadas e pelos professores/pesquisadores.

Para ilustrar, a figura 1, denominada triângulo científico, mostra de forma simbólica a interação entre as três principais esferas envolvidas no processo da pesquisa científica em ambiente universitário.

 Figura 1 – Triangulo científico da interação no processo de pesquisa em IES. 

Triangulo científico da interação no processo de pesquisa em IES.
Fonte: Autores (2022)

Nesta interação, percebe-se o pouco tempo de contato do aluno com seu professor orientador, e isso se deve pelo fato de muitos alunos trabalharem durante o dia e estudar a noite, ou trabalham de tarde e noite para estudar de manhã, sobrando pouco tempo para se dedicar as pesquisas. Pode-se dizer que este é um dos fatores mais difíceis de ser reparados, uma vez que a maioria destes alunos que trabalham integralmente não possui outra renda para custear a faculdade (SOARES, 2014).

O estímulo a Projetos de Iniciação Científica – PIC é muito interessante para todas as esferas que envolvem institucionalização da pesquisa na graduação. Dentre os benefícios, cita-se a dilatação e interação do conhecimento sala de aula e pesquisa, rompendo as separações que existem entre a graduação e a pós-graduação e ensino e pesquisa.

Ainda existe, uma parte do grupo de docentes, que criam rotinas acadêmicas, geralmente desacreditados no sistema em que estão inseridos, logo, segundo Massi e Queiroz, (2010):

A graduação continua sendo um espaço de reprodução e não de produção de conhecimentos, enquanto o espaço da pesquisa é muito mais valorizado e altera o comportamento dos professores na elaboração das rotinas, na relação com os alunos no investimento feito.

A pesquisa científica envolve uma dedicação que vai além do processo formal de ensino em sala de aula. Envolve a construção de uma ideia, estruturação do material escrito, e quando envolve pesquisa analítica em laboratório, se gastam horas de pesquisas com aparelhos e materiais ou visitas em campo, para Breglia, (2002, p.64):

…construção de uma via de mão dupla entre ensino e pesquisa, vai além de estabelecer entre eles uma relação de interdependência: também aporta um novo significado ao ensino de graduação, ao visualizar a sala de aula como mais um espaço de construção do conhecimento.

No mais, existe uma considerável discrepância entre a concessão de bolsas de Iniciação científica pelos órgãos fomentadores entre as universidades federais e privadas. Este é um fato histórico e encontram-se diversas opiniões sobre a questão, porém, os métodos de seleção e triagem dos alunos e instituições que se interessam por bolsas de pesquisa, desqualificam grande parte das instituições privadas e gratificam apenas os alunos que se enquadram nos perfis de alunos “capacitados” (FLORES, 2017).

Isso se deve geralmente ao fato do maior poder e concentração de professores doutores constituir de forma corporativa dentro das universidades federais, e o título de doutor geralmente permeia os editais de fomento à pesquisa. Claramente as instituições federais possuem maior poder de abrangência quanto ao quesito pesquisa, desde a disponibilidade do aluno, qualificação dos docentes e maior conjuntura e estrutura na participação de editais de pesquisa (STANO et al., 2009; MASSI e QUEIROZ, 2010).

Para a IES, pode ser citado também o elevado custo na execução dos projetos, demandando recursos que muitas das vezes não obtém resultados financeiros. Estes, dentre outros fatores, aliado a capacitação profissional, colaboram para a difícil atividade da pesquisa científica nas IES privadas no Brasil. Isso pode ser explicado pelas grandes dificuldades financeiras enfrentadas, e a falta de recurso disponível (MAURIEL E GUEDES, 2013).

Entretanto, mesmo diante destas dificuldades enfrentadas, o desenvolvimento e a promoção da pesquisa científica são muito bem-vistas pelos avaliadores do MEC – Ministério da Educação e Cultura, atribuindo pesos relativamente importantes a esta atividade e suas avaliações das IES. Promover e estimular a publicação dos trabalhos científicos coloca a instituição envolvida em destaque, tanto para a sociedade, quanto para as normas jurídicas e qualificadoras (CAVALCANTE et al, 2011; CAMPOS et al, 2014).

Geralmente a pesquisa gera bons resultados, porém, estes são armazenados, e quando são TCC – Trabalhos de Conclusão de Curso – são avaliados, corrigidos, e após aprovados pelas bancas, vão parar na biblioteca, tornando invisível este laborioso trabalho para a sociedade, além de impedir que novas pesquisas possam ser realizadas por pesquisadores externos a instituição.

Embora já exista a pesquisa nas maiorias das IES privadas, surge à necessidade de criar o Núcleo de Pesquisa – NP, um local responsável pela promoção dos trabalhos acadêmicos e destiná-los para publicação em meio de veiculação científica (TEIXEIRA et al, 2006; ARAÙJO et al, 2015; ESPEJO et al, 2017).

Para que isso seja possível, devem ser oferecidos manuais, cursos, seminários, os quais apresentem temas que integrem o aluno no mundo científico, entretanto, este núcleo deve ser composto por pesquisadores para promover, além dos itens já citados, a qualidade das pesquisas, criarem linhas de pesquisa determinadas e gerar resultados científicos para publicação (COELHO, 2017).

A institucionalização das pesquisas científicas na graduação no Brasil começou em 1951, a partir da criação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq. Com a missão de Fomentar a Ciência, Tecnologia e Inovação e atuar na formulação de suas políticas, contribuindo para o avanço das fronteiras do conhecimento, o desenvolvimento sustentável e a soberania nacional.

O fomento à pesquisa envolve diversas modalidades, dentre elas: apoio à editoração, apoio a especialista visitante, apoio a estágio/treinamento no exterior, apoio a estágio/treinamento no país, auxílio pesquisador visitante, participação em eventos científicos, promoção de eventos científicos, apoio a núcleos de excelência, apoio ao desenvolvimento C&T e à competitividade, auxílio pesquisa, auxílio projeto conjunto de pesquisa, apoio à capacitação institucional/PCI e pesquisador avaliador.

As bolsas no país se dividem em: bolsas de estímulo à inovação para a competitividade, sendo dividida para graduação e ensino médio (Iniciação Tecnológica e Iniciação Tecnológica em TIC’s), pesquisa e pós-graduação (apoio à difusão do conhecimento, apoio técnico em extensão no país, desenvolvimento cientifico da metrologia nacional, desenvolvimento tecnológico e industrial, desenvolvimento tecnológico em TIC’s, especialista visitante, extensão no país, fixação de recursos humanos, iniciação ao extensionismo, pós-doutorado empresarial.

Bolsas de estímulo à pesquisa para a pesquisa (aperfeiçoamento/treinamento, apoio técnico à pesquisa, atração de jovens talentos, desenvolvimento científico regional, fixação de doutores/recém-doutor, pesquisador visitante, pesquisador visitante especial, pós-doutorado, produtividade desenvolvimento tecnológico e extensão inovadora, produtividade em pesquisa).

Bolsas de formação e qualificação para Graduação e Ensino Médio (Iniciação Científica e Iniciação Científica Júnior), Pós-Graduação (Doutorado, Doutorado Sanduíche, Mestrado) e outras bolsas (Apoio Técnico e Interiorização do Trabalho em Saúde e Capacitação Institucional/PCI).

Todavia, o presente texto tem por objetivo externar alguns aspectos da realidade que envolvem as pesquisas, pesquisadores e discentes de Instituições de Ensino Superior (IES) privadas no Brasil. Além disso, propõe um modelo de gestão do processo de pesquisa científica até a sua culminância em uma publicação científica.

Materiais e métodos

A metodologia adotada envolve a pesquisa básica com abordagem qualitativa com pesquisa bibliográfica. O trabalho foi desenvolvido, principalmente, no estudo do processo de pesquisa científica acadêmica na realidade de algumas IES privadas do Brasil. O método foi empírico/dedutivo tomando como base experiência vivenciadas por professores pesquisadores, que traz experiências adquiridas durante as atividades acadêmicas.

Torna-se importante conhecer a forma de distribuição, tipos de bolsas e quantidades oferecidas pelo CNPq, uma vez que muitos pesquisadores iniciantes não têm conhecimento destas informações disponibilizadas no site deste órgão.

Veremos uma proposta de um modelo de gestão para o processo de pesquisa científica acadêmica e sua posterior publicação. A estrutura do modelo de gestão apresentado, não engloba todos os fatores envolvidos no âmbito da pesquisa científica e é estruturado a partir da vivência de pesquisadores acadêmico de instituições de ensino superior privadas.

Porém, aborda a realidade acadêmica dentro de uma perspectiva de cursos de graduação envolvendo a realidade da IES, onde há um desafio na busca pelo aluno interessado e estimulado a participar de projetos de pesquisa, devido ao seu contexto socioeconômico, e o professor pesquisador.

A seguir há uma proposta de modelo de gestão do processo de pesquisa e publicação no âmbito interno de IES privadas, envolvendo cursos de graduação. As informações são referências e discutidas com outros autores, porém, a base das informações do modelo de gestão mostrado será baseada em experiências de docentes superiores no processo de publicação de trabalhos científicos.

Portanto, na implementação da proposta de estruturação para funcionamento de um Núcleo de Pesquisa (NP) para a instituição, são necessários recursos financeiros para a dedicação dos membros do NP, para que possa dedicar ao desenvolvimento dos projetos propostos.

Com relação ao espaço físico, poderão ser utilizados os espaços dos laboratórios ou outras salas indicadas pela instituição. Um responsável pela coleta de artigos científicos de pesquisadores, professores e alunos e seu encaminhamento para a comissão de análise.

Disponibilização da assessoria técnica em informática para inserção e manutenção dos resultados diretos obtidos neste projeto, bem como, a publicação dos trabalhos nas páginas virtuais dos respectivos cursos para acesso dos alunos.

São etapas importantes na proposta: a criação do Núcleo de Pesquisa (NP), o qual contará com uma equipe responsável, que servirá como referência para os alunos, sendo disponibilizado um horário para atendimento aos docentes e discentes pesquisadores. As atribuições dos pesquisadores responsáveis pelo NP serão o cumprimento dos objetivos propostos no modelo a seguir. A Tabela 1 apresenta um exemplo de parte da metodologia aplicada na execução deste núcleo.

Tabela 1. Exemplo de métodos utilizados no processo de construção das pesquisas científicas dentro de uma IES privada.

ATIVIDADE TEMA/CONTEÚDO   OBJETIVO
Cursos

 

Pesquisa científica: (Resumo, introdução, objetivos, materiais e método, resultados e discussão, conclusão, referência bibliográficas).

 

 

 

Currículo Lattes: o que é importância, como preencher e envio para publicação.

 

 

 

Plataforma Sucupira e Qualis: o que é como usar, importância, classificação dos periódicos científicos no Brasil e no exterior e Fator de Impacto.

 

 

 

Elaboração e publicação de pesquisas científicas: Padronização e formatação de trabalhos de acordo com as normas dos periódicos científicos, envio do artigo para a revista e correções.

 

Implementação da linguagem de programação TEX: edição de textos científicos

 

 

Propiciar aos docentes e discentes bases sólidas sobre a escrita científica;

Promover a integração da teoria e a prática da pesquisa.

Mostrar aos alunos e realizar o preenchimento dos seus currículos da Plataforma Lattes. Além de apresentar a importância e sua utilização.

Apresentar a classificação dos periódicos científicos Brasileiros e estrangeiros. Além de mostrar as ferramentas disponibilizadas, como a Plataforma Sucupira e CNPQ.

Instruir os docentes e discentes sobre processo do início ao fim de publicação de pesquisas científicas.

Contribuir para a otimização na elaboração dos trabalhos acadêmicos

Utilizar ferramentas digitais para contribuir na qualidade e relevância das pesquisas científicas.

 

Assessoria

 

Assessorar professores e alunos no processo de construção da pesquisa científica. O pesquisador responsável irá acompanhar a construção da pesquisa, orientando e direcionando os resultados para alguma veiculação científica.

Para isso, adequando os trabalhos de acordo com as normas das revistas, além de diagnosticar as possíveis melhorias na qualidade e relevância das pesquisas.

 

Direcionamento de pesquisa. Para que o processo de elaboração e publicação das pesquisas seja concluído, será necessário no início de cada projeto, determinar seu escopo e sua relevância, e indica-lo em meio de publicação é mais adequado.

Fonte: Autor (2022)

Cabe aos membros fazerem reuniões estratégicas, que envolvam o processo de publicação dos artigos científicos elaborados pelos pesquisadores. Atuar juntamente com os professores na seleção dos projetos viáveis e relevantes cientificamente. Acompanhar os projetos de pesquisa realizados pelos acadêmicos e estagiários beneficiados por bolsa.

Promover a leitura e debate dos artigos científico entre os alunos orientá-los a compreender as normas e metodologias científicas. Oferecer cursos e orientações extras aos alunos sobre elaboração e publicação de trabalhos científicos. Elaborar linhas de pesquisas específicas para os cursos, para otimizar e direcionar o processo de publicação dos trabalhos.

A figura 2 mostra algumas etapas do processo que envolve orientador e orientando no que tange a relação institucional cientifica em projetos de pesquisa em IES particulares principalmente. No primeiro momento (1), a instituição/orientador deve elaborar um método para seleção de alunos que possuam os requisitos necessário para o desenvolvimento da pesquisa até sua publicação. Dentre estes requisitos, os fatores disponibilidade de tempo e interesse para a pesquisa são essenciais.

Figura 2 – Principais etapas no processo de pesquisa e publicação cientifica.

Principais etapas no processo de pesquisa e publicação cientifica.

Fonte: Autor (2022)

O discente juntamente com seu orientador escolherá uma revista científica (etapa 2), a qual deverá possuir um corpo editorial, e utilizará as formatações e instruções para os autores por elas fornecidas como base para a formatação do trabalho. No trabalho, deve ser citada de forma clara a revista ou formatação que foi utilizada.

Para que possa ser concluído o processo de pesquisa e publicação, é fundamental que sejam criados um calendário e um cronograma de atividades para serem executados durante o semestre (etapa 3). Os conteúdos destas atividades envolverão todo o processo de construção de uma ideia de pesquisa, delimitação de temas, registros e normas técnicas para trabalhos acadêmicos, veículos de publicação cientificas e tipos de trabalhos.

As etapas 4, 5 e 6 já são um momento mais avançado, já foram estabelecidos os objetivos e são cumpridas as etapas de pesquisas de campo, laboratório ou de revisão, apresentado uma primeira versão do trabalho escrito e os primeiros resultados. Deverá ser feito as correções e marcado uma nova data para entrega de uma nova versão com as atualizações, e sendo feito estas etapas até a formatação final de acordo com as exigências das normas escolhidas.

Espera-se com estas ações otimizar o processo de elaboração e publicação dos trabalhos científicos, uma vez que já estarão parcialmente formatados pelos autores do trabalho, cabendo ao responsável encaminhar para avaliação do periódico escolhido. Além disso, este modelo a ser seguido estimula o aluno a inteirar-se sobre a ciência e sua pesquisa, contribuindo para sua formação científica (etapa 7).

Estas atividades contribuem para o processo do conhecimento da pesquisa científica do aluno, mostrando-o que existe a questão da qualidade e relevância científica, além de normas técnicas e construção estrutural de um artigo científico. Sabe-se que existem diferentes níveis e pesos das publicações de pesquisas acadêmicas, variando desde a encontros locais, congressos até publicações em Periódicos Qualis e capítulos de livro (MACCARI.e NISHIMURA, 2014).

Entretanto, essa diferença entre os meios de publicação e o que delimita em qual meio publicar, além de outros fatores, é o rigor e o conteúdo científico apresentado no trabalho. Portanto, os alunos interessados em desenvolver pesquisas científicas, irão obter conhecimentos desde o início da criação de um trabalho científico até o seu envio para um periódico especializado (OLIVEIRA et al, 2015).

Se os cursos da instituição possuírem a estrutura intelectual necessária para a formação de um quadro de “docentes cientistas”, além de suas atividades acadêmicas cotidianas, poderão atuar como equipe na elaboração de pesquisas mais avançadas, participando de editais de órgãos de fomento científico. O NP será responsável pela busca destes editais de pesquisas no estado e no Brasil, e sua divulgação entre os docentes, além de selecionar e ponderar possíveis participações nestes, de acordo com as competências destinadas.

Além disso, é interessante disponibilizar semestralmente aos professores e alunos uma lista de todos os eventos científicos nas áreas de abrangência dos cursos da instituição, atualizando os acadêmicos quanto às normas de envio de trabalhos de acordo com cada evento, permitindo o enquadramento de cada trabalho de acordo com as linhas de pesquisa.

Pode-se fomentar um congresso nacional, que por meio deste, serão apresentados os principais trabalhos de pesquisados pela instituição e de outras instituições de ensino superior do Brasil, promovendo, assim, o intercâmbio do conhecimento científico. Estes tipos de eventos são muito importantes, uma vez que ao final é publicado um periódico, em nível nacional, contendo os principais trabalhos apresentados.  Para a realização deste congresso, geralmente se busca recursos financeiros em órgãos fomentadores de pesquisas científicas (Jr, 2010; WARKEN et al, 2015).

Além dos TCC’s, outras pesquisas são realizadas como, por exemplo: resultados de pesquisas de grupos de estudos, aulas práticas, Feira de Inventos e pesquisas voluntárias. Estes podem ser aproveitados para publicação em simpósios, seminários e congressos. Diante disso, a pesquisa produz visibilidade para a instituição, entretanto deve-se criar a ponte entre a geração de resultados e publicações em meios científicos.

A publicação de artigos em periódicos científicos e até mesmo em congressos formalizam os conhecimentos adquiridos em sala de aula, gerando a integração entre a educação e a pesquisa, mantendo o discente atualizado. Além destes valores, a publicação de trabalhos acadêmicos enriquece o currículo dos alunos, propiciando meios para a inserção destes em programas de Mestrado e Doutorado em Universidades importantes, promovendo a ciência pelo Brasil (PETROIANU, 2002; JURADO et al., 2014). 

Conclusão

As produções científicas das instituições podem obter grandes avanços a partir de sua organização e direção adequada. Faz-se necessário a disponibilização dos pesquisadores indicados para o direcionamento e adequação dos trabalhos para periódicos científicos.

Para que isso seja possível, é necessária a inclusão do aluno na pesquisa científica, inseri-lo no processo de construção de uma ideia, identificação de um problema, revisão bibliográfica, escrita científica, pesquisa, análise dos resultados e publicação dos resultados. Como resultado deste processo, espera-se principalmente a publicação científica das pesquisas, além de otimizar e aproveitar os resultados das pesquisas já realizadas pelos cursos das (IES).

Embora o modelo de gestão aqui apresentado não incluir o processo de capitação de recursos para o fomento da pesquisa, o tema foi abordado na introdução do artigo, inferindo diretamente na percepção dos pesquisadores da importância de órgãos fomentadores de pesquisa, a exemplo do CNPQ, e consequentemente a importância de estabelecer uma Política de Estado que fomente a pesquisa como algo importante para o desenvolvimento do país.

Por fim, é preciso criar uma ponte de acesso dos pesquisadores à fonte de recursos para financiar as pesquisas, uma vez que o foco do trabalho foi abordar o processo em IES particulares, principalmente levando em consideração o fator que estas instituições não dispõem de recursos necessários para fomento à pesquisa.

Referências 

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BREGLIA, V. L. A. A. Formação na graduação: contribuições, impactos e repercussões do PIBIC. 2002. Tese (Doutorado em Educação) – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

CAMPOS, V. T. B; BORGES, M. F; ARAÚJO, J. B; Programa de acompanhamento e avaliação da capes: qualidade acadêmica ou controle do estado. Revista Educação e Políticas em Debate, v. 3, n. 1, 2014.

CALVALCANTE, C. C. L; RODRIGUES, A. R. S; DADALTO, T. V; SILVA, E. B. Evolução científica da fisioterapia em 40 anos de profissão. Fisiotererapia movimento, Curitiba, v. 24, n. 3, p. 513-522, 2011.

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ESPEJO, M. M. S. B; RIBEIRO, F; PEDRO SILVA, P. Y. C; OLIVEIRA, R. M. Conversação necessária: articulação entre o curso de graduação em contabilidade e os programas de pós-graduação stricto-sensu na área. Revista Contabilidade Vista e Revista, v. 28, n. 1, 2017. 

FLORES, S. E. A democratização do ensino superior no Brasil, uma breve história: da Colônia a República.  Revista Internacional de Educação Superior, v. 3, n. 2 2017.

MACCARI, E.A; NISHIMURA, A. T. Povoamento dos estratos conceitos 6 e 7 no sistema de Avaliação da capes pela área de administração, ciências Contábeis e turismo nas avaliações trienais 2010 e 2013. Revista Eletrônica de Administração, v. 79, n. 3, 2014. 

TEIXEIRA, P. M. M; NETO, J. M. Investigando a pesquisa educacional. Um estudo enfocando dissertações e teses sobre o ensino de biologia no brasil. Investigações em Ensino de Ciências,  v. 11, n. 2, 2006.

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WARKEN, FREITAS, DOMINGUES, KIETZER. A formação acadêmica e a produção do conhecimento científico do fisioterapeuta pesquisador amazônica. v. 12, n. 29, 2015.

[1] Doutor em Geografia: Tratamento da Informação Espacial (PUCMINAS); Mestre em Meio Ambiente e Sustentabilidade (UNEC); Especialista em Ciências do Ambiente (UNEC) e Maçonologia: História e Filosofia (UNINTER); Graduado em História (UNIFAI) e Graduando em Direito (UNEC). Revisor Ad Hoc de periódicos científicos. Escritor e Palestrante. Professor e Membro do Comitê de Ética e Pesquisa da Fundação Educacional de Caratinga (FUNEC). Professor Convidado do Instituto Superior Politécnico Nelson Mandela (ISPNM – Luanda – Angola). Membro das Academias de Letras de Caratinga (ACL), Teófilo Otoni (ALTO) e Maçônica do Leste de Minas (AMLM). Colunista semanal de jornais. Autor, coautor e organizador de várias obras literárias. Tem experiência na docência de temas ligados à Ciências Humanas. Trabalha com pesquisas voltadas para a Educação, História, Pensamento e Geografia Histórica.

[2] Graduado pelo Centro Universitário de Caratinga (2007). Mestre em Microbiologia Agrícola pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB – (2013). Atuou em projetos de processos fermentativos e biotecnologia, com ênfase em produção de enzimas de interesse industrial e ambiental. Possui experiência em coordenação e direção de programas de educação ambiental por meio do Instituto Estadual de Florestas IEF, Prefeitura Municipal de Caratinga e Ministério Público através da promotoria de meio ambiente. Atua como revisor/parecerista de diversos periódicos científicos.

[3] Graduada em Geografia pelo Centro Universitário de Caratinga (2003). Especialização em Geografia Política e Econômica pelo Centro Universitário de Caratinga (2004). Mestre em Ciências Naturais e da Saúde. Atuou como Coordenadora do Centro de Assistência à Saúde – CASU no período de 2012 a 2015. Coordenadora Operacional de Projetos na Pro-Reitoria de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão. Assessora do Instituto de Ciências da Saúde – INCISA no período de 2011 a 2014. Atuou como Secretária Municipal de Saúde do Município de Caratinga no período de fevereiro de 2015 a dezembro de 2016. Atuação na Elaboração e Execução de Projetos Técnicos na área de Gestão a Saúde. Diretora do Instituto de Ciências da Saúde do Centro Universitário de Caratinga – UNEC. Diretora Executiva e Pró-Reitora de Ensino do Centro Universitário de Caratinga – UNEC.

Walber Gonçalves de Souza

Walber Gonçalves de Souza

Doutor em Geografia: Tratamento da Informação Espacial (PUCMINAS); Mestre em Meio Ambiente e Sustentabilidade (UNEC); Especialista em Ciências do Ambiente (UNEC) e Maçonologia: História e Filosofia (UNINTER); Graduado em História (UNIFAI) e Graduando em Direito (UNEC). Revisor Ad Hoc de periódicos científicos. Escritor e Palestrante. Professor e Membro do Comitê de Ética e Pesquisa da Fundação Educacional de Caratinga (FUNEC). Professor Convidado do Instituto Superior Politécnico Nelson Mandela (ISPNM - Luanda - Angola). Membro das Academias de Letras de Caratinga (ACL), Teófilo Otoni (ALTO) e Maçônica do Leste de Minas (AMLM). Colunista semanal de jornais. Autor, coautor e organizador de várias obras literárias. Tem experiência na docência de temas ligados à Ciências Humanas. Trabalha com pesquisas voltadas para a Educação, História, Pensamento e Geografia Histórica.

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Capa do Livro

Reflexões, Proposições e Desafios na Construção do Conhecimento Acadêmico e Científico no Brasil: 2022

DOI do Capítulo:

10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/livros/

724

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10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/livros/

604

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