REVISTACIENTIFICAMULTIDISCIPLINARNUCLEODOCONHECIMENTO
Livros Acadêmicos

1.2 O conhecimento básico que não está na base

5/5 - (18 votos)

Bruno Marcos Nunes Cosmo [1]

DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/livros/687

 

A educação representa o recurso mais versátil e de maior potencial latente para qualquer nação. Conforme mencionado por Nelson Mandela: “A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo” (TIMBANE, 2022). Etimologicamente a palavra educação provém do latim “Educare”, derivado de Ex (fora, exterior) e ducere (guiar, conduzir), assim, educação pode ser compreendida como guiar para fora, instruir, conduzir ao exterior e afins (GUERREIRO; CHAGAS; LACERDA, 2022).

Basicamente toda sociedade vale-se da educação para gerar, disseminar e acumular conhecimento. A palavra conhecimento também deriva do latim “cognoscere” traduzido como o ato de conhecer ou saber (SOUSA; ARARIPE, 2021). Historicamente o conhecimento foi adquirido por processos de experimentação e teste. Contudo, o avanço social e o advento da educação possibilitaram que o conhecimento adquirido em gerações e locais distintos fosse transmitido e compartilhado.

Ao longo da história do desenvolvimento humano diversas instituições foram responsáveis pelos processos educacionais e aquisição de conhecimentos. A família e a escola são potencialmente as principais instituições envolvidas no processo educacional. A escola surgiu como uma organização complementar, buscando socializar as crianças e jovens e homogeneizar a obtenção de determinadas informações (COSTA; SILVA; SOUZA, 2019). A escola como instituição educacional possui uma história marcada por avanços e modificações que não cabem ser descritos neste momento.

Na atualidade a escola tornou-se o principal veículo de interação social e aquisição de conhecimentos. Contudo, este veículo ainda está se moldando diante de uma sociedade com novas formatações individuais e coletivas, bem como profissionais e pessoais (novas profissões, teorias financeiras, males de natureza psicológica, objetivos ao decorrer da vida e afins) (VILAÇA; ARAUJO, 2016; ALMEIDA, 2018). Neste contexto, muitos conceitos e/ ou valores estão sendo reestruturados e carecem de uma abordagem inovadora.

O desenvolvimento socioeconômico de uma sociedade está diretamente vinculado ao avanço científico e seu relacionamento com os setores industriais, ou seja, o conhecimento científico deverá ser convertido em serviços e produtos que agregaram com a sociedade em diferentes instâncias (CASAGRANDE et al., 2022; WILLIG, 2022). Quando o nível basal de informação e expressão do conhecimento de uma sociedade é diversificado e elevado, melhores tendem a ser as condições de desenvolvimento da mesma (NUNES et al., 2014; PORTO JR.; RIBEIRO, 2021).

Neste contexto, o estudo buscou apresentar e descrever os impactos de diferentes esferas de conhecimento/ desenvolvimento do indivíduo em sua formação.

Eixos de desenvolvimento na formação do indivíduo

No intuito de descrever os impactos de diferentes eixos de desenvolvimento na formação do indivíduo, realizou-se uma pesquisa bibliográfica com finalidade básica, abordagem qualitativa e de objetivos exploratórios e descritivos. A pesquisa bibliográfica fundamenta-se na análise, comparação e discussão à luz de trabalhos já publicados por outros autores (FONTELLES et al., 2009; FERNANDES et al., 2018).

Os locais de busca para condução do estudo foram constituídos principalmente por plataformas de periódicos online, onde foram utilizados como material-base artigos científicos, livros, dissertações, teses e afins. O material utilizado foi majoritariamente publicado nos últimos 5 anos, não descartando informações mais antigas, quando estas fossem relevantes ao estudo. As informações relevantes foram extraídas dos trabalhos selecionados e organizadas em tópicos referentes a cada eixo de desenvolvimento.

Em diferentes países ou mesmo em locais e grupos sociais menores, a educação tomou diferentes condutas. No Brasil, o modelo adotado pelo sistema educacional conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.393 de 1996), incorpora a educação básica e o ensino superior. A educação básica envolve a educação infantil (idade de 0-3 anos), pré-escola (idade de 4-6 anos), ensino fundamental (idade de 6-14 anos) e ensino médio (idade de 15-17 anos), podendo este ser ensino médio técnico. A educação básica apresenta caráter obrigatório, sendo oferecida gratuitamente pelo estado. A educação superior não possui caráter obrigatório, sendo representada pela graduação e pós-graduação (CAMPIONI, 2018).

O ensino fundamental é dividido em duas etapas, do primeiro ao quinto ano e do sexto ao nono ano. Do primeiro ao quinto ano, a grade curricular inclui as disciplinas obrigatórias de língua portuguesa, matemática, ciências, história, geografia, artes e educação física, além de ensino religioso de forma facultativa. A partir do sexto ano, além das outras disciplinas, inclui-se o inglês e o espanhol. No ensino médio, a grade curricular é composta pelas disciplinas de língua portuguesa, matemática, geografia, história, educação física, artes, inglês, espanhol, química, física, biologia, filosofia, sociologia e mídias (AGÊNCIA SENADO, 2015). O ensino superior irá apresentar disciplinas vinculadas ao curso de formação escolhido.

No Brasil, assim como em grande parte do planeta, o ensino superior é o principal responsável pela realização de pesquisas científicas. Ou seja, grande parte da geração de novos conhecimentos é proveniente desta etapa da educação (SOARES; SEVERINO, 2018). No Brasil, estima-se que 99% da produção científica seja proveniente de instituições públicas de ensino superior (APUB, 2021; APUB, 2022). Contudo, uma dificuldade muitas vezes enfatizada no desenvolvimento de pesquisas mais profundas pauta-se na defasagem de ensino presente desde a educação básica (RODRIGUES; ANDRADE, 2019).

Muitas dificuldades observadas principalmente nos indivíduos que iniciam o ensino superior estão pautadas na dificuldade de interpretação de trabalhos científicos, defasagem na matemática básica e defasagem em informações que já deveriam ter sido vivenciadas no ensino fundamental e médio (ALMEIDA, 2018). O ensino autodidata muitas vezes também não é incentivado e existe um baixo estimulado no estabelecimento e realização de pesquisas científicas, sejam elas conceituais ou experimentais (SANTOS, 2012; MOROSINI, 2019).

Desta forma existe uma grande lacuna de integração entre tudo que foi aprendido durante a trajetória educacional do indivíduo e sua aplicabilidade. Em muitos casos, o indivíduo adentra no ensino superior sem a devida maturidade intelectual para usufruir ao máximo deste momento em sua formação pessoal e profissional (OLIVEIRA, 2020). Desta forma, este estudo buscou apresentar brevemente alguns eixos norteadores de desenvolvimento que muitas vezes são inseridos tardiamente (e às vezes pelo próprio indivíduo) em sua formação e que possibilitam a devida junção de experiências e crescimento humano.

Eixo de Desenvolvimento Físico

O primeiro eixo de desenvolvimento envolve as questões físicas e por muitas vezes é considerado dispensável. Contudo, o desenvolvimento físico inclui uma série de fatores que vão desde a alimentação adequada, prática de atividades físicas e esportivas, hábitos de sono e afins. O desenvolvimento físico está atrelado ao amadurecimento biológico do indivíduo e pode instruí-lo no estabelecimento de diversos hábitos e na construção de disciplina (ALVES; CUNHA, 2020; AQUINO et al., 2021).

Em termos de saúde, a realização de atividades físicas auxilia na prevenção e tratamento de diversas doenças (não apenas fisiológicas, mas também psicológicas) como doenças relacionadas ao sistema cardiovascular, doenças crônico-degenerativas como diabetes, câncer, osteoporose, obesidade, hipertensão arterial e depressão. Assim, como a atividade física previne e auxilia no tratamento de doenças, sua ausência intensifica a ocorrência das mesmas (BOTTCHER, 2019).

Em um estudo conduzido por Souza et al. (2022), constatou-se que a prática de atividade física é o segundo principal fator responsável pelo desenvolvimento cognitivo em adultos, estando atrás apenas no nível de escolaridade. Dessa forma, o desenvolvimento físico demonstra repercussões tanto na promoção da saúde, quanto na melhora das capacidades cognitivas. Em Bertolini e Rial (2020), analisando atividade física e alimentação, menciona-se o encorajamento disciplinar, bem como questões que indicam uma maior validação do indivíduo seja pela aparência ou pelo aumento na qualidade de vida.

Portanto, compilando as informações anteriores, destaca-se que o desenvolvimento físico inclui muitos atributos que perpassam apenas as questões físicas. A socialização pela prática de esportes coletivos também representa um dos benefícios atribuídos a realização de atividades físicas (GONÇALVES, 2022). Esta compreensão da importância e dos benefícios do cuidado com o corpo é um conhecimento que o indivíduo pode obter em momentos posteriores de sua vida e que poderia auxiliar muito ao ser concebido de forma mais marcante e incisiva na educação básica.

Eixo de Desenvolvimento Intelectual

O eixo de desenvolvimento intelectual ou mental está relacionado diretamente (porém, não exclusivamente) à aquisição de conhecimento. O termo intelecto é uma tradução da palavra grega nous, que pode ser traduzida também como mente, compreensão e faculdade do pensamento. O intelecto humano está vinculado às concepções filosóficas de interpretação e explicação dos eventos e fenômenos que nos rodeiam (PRADO, 2019).

Em suma, o eixo de desenvolvimento intelectual pauta-se na busca contínua por conhecimento. A escola como instituição de ensino atua fornecendo informação e conhecimento, mas falha na capacidade de implantar o estímulo para a busca individual (IMBERNÓN, 2022). Esta falha também pode estar vinculada às metodologias de ensino empregadas pelos professores, ou seja, os agentes educacionais podem não promover o estímulo adequado para que o aprendizado ocorra também fora do ambiente escolar (SILVA, 2021).

O hábito da leitura representa uma alternativa para fortalecer o desenvolvimento intelectual. Segundo uma pesquisa do Instituto Pró-Livro, o brasileiro lê em média 2,43 livros por ano, uma média considerada baixa. Uma possível justificativa é que o incentivo a leitura realizada nas escolas pode-se valer de um processo maçante e pouco lúdico, enraizando sensações de baixa satisfação associadas à leitura (MEON, 2020).

A leitura está intimamente relacionada ao processo de aprendizado e alfabetização, contudo, a leitura de livros apresenta diversos benefícios ao leitor. Pode-se destacar o desenvolvimento de uma expressividade mais rica e bem definida, ampliação do vocabulário, aquisição e acúmulo de conhecimento, compreensão de diferentes períodos (história) e processos, estímulo no desenvolvimento criativo e imaginário e afins (NUNES; SANTOS, 2020). Existem diversos gêneros literários, então a literatura pode promover tantas experiências e sensações, quanto a flexibilidade do leitor.

Portanto, a leitura representa uma forma efetiva de estimular o desenvolvimento intelectual, contudo, não é a única. O incentivo ao hábito de leitura e, também, para elevar a média nacional de livros lidos por ano, representa um desafio que pode gerar frutos promissores na sociedade. O estímulo ao aprendizado contínuo e no formato autodidata também representam alternativas de desenvolvimento intelectual que devem ser mais bem exploradas (PIAZENTINI, 2022).

Eixo de Desenvolvimento Espiritual

O eixo desenvolvimento espiritual está calcado na conexão com algo que transcende, para algumas religiões ou crenças a espiritualidade está associada a ideia de Deus ou deuses, em outras é representada pela natureza, energias e afins. Independentemente da orientação religiosa, a espiritualidade possibilita a crença no amparo por algo ou alguém que está além da individualidade humana (LIBERATO, 2019). Esta concepção pode ajudar a lidar melhor com a solidão e na aceitação de outras emoções.

Conforme o estudo de Calegari e Lunkes (2021), a terapia holística pauta-se na concepção da palavra holos, derivada do grego e que significa todo ou inteiro. Esta forma de terapia baseia-se no tratamento do ser humano como um todo, e este todo é formado pelo corpo físico, mente, energia e espírito (em alguns casos espírito e energia são tratadas conjuntamente). Na China, por exemplo, a medicina alternativa que busca o equilíbrio entre corpo e espírito data de mais de 5.000 anos. Os princípios do Budismo e Taoísmo estão envolvidos em parte da filosofia da medicina chinesa, reforçam a importância de uma conexão com o ambiente.

Na cultura ocidental a incorporação de formas de conexão interna e externa encontra-se em um cenário mais retraído em relação à cultura oriental. Havendo maior predomínio da espiritualidade por intermédio da religião, principalmente pela Igreja Católica (SILVA; SILVA, 2014). Uma demonstração da influência da cultura oriental no avanço e no estabelecimento da conexão entre o indivíduo e o meio de forma espiritual está embutido em técnicas como a meditação que enfatiza a importância desta conexão (FREITAS, 2020).

A meditação pode ser compreendida como um estado de contemplação e atenção. Diversas práticas de meditação são descritas, havendo diferentes focos e formas de realização conforme as tradições originais da mesma. De forma generalizada, a meditação busca um estado de interconexão entre corpo, mente e o meio, gerando uma atenção plena no momento presente (OLIVEIRA et al., 2020), ao mesmo passo que pode e potencializa o relaxamento total ou parcial do indivíduo.

A meditação está relacionada a diversos estudos e relatos de melhora em desordens físicas e mentais, redução de males psicológicos como angústia, depressão e ansiedade. Também está vinculada a melhoras em quadros de asma, hipertensão arterial, cardiopatias e insônia. Possivelmente em função da elevação da atividade do sistema parassimpático em detrimento do sistema simpático em virtude do controle respiratório e cardíaco (VARGINHA; MOREIRA, 2020).

Psicologicamente o isolamento social ocorrido em função da pandemia da Covid-19 trouxe diversos males para sociedade, intensificando casos de ansiedade, angústia, depressão, sentimentos de solidão e afins. Conforme o estudo de Oliveira et al. (2020), a meditação potencializa a sensação de bem-estar físico e mental, também de forma imediata (efeito agudo), quando em períodos prolongados (efeito crônico).

Portanto, mesmo em contextos não pandêmicos, a prática da meditação (tomada como um exemplo de desenvolvimento espiritual), gera benefícios físicos e mentais, relacionados principalmente à promoção do bem-estar (VARGINHA; MOREIRA, 2020). Assim, o eixo de desenvolvimento espiritual demonstra mais uma área de desenvolvimento humano pouco explorada na educação básica e que pode gerar resultados promissores.

Eixo de Desenvolvimento Social

Diferentemente dos três eixos anteriores que são focados principalmente no indivíduo e seu crescimento e desenvolvimento físico, mental e espiritual, o eixo de desenvolvimento social foca-se no relacionamento do indivíduo com a sociedade. Neste eixo pode-se inserir conceitos relacionados à interação social, oratória, experimentação e vivências (ABED, 2016). O ser humano é caracterizado como um animal gregário, assim como outras espécies do reino animal, contudo, o homem é também o único animal naturalmente social. Além de naturalmente social, o ser humano também gera regras de sociabilidade (MELLO, 2020).

O desenvolvimento social do ser humano e a forma como este ocorre é possivelmente a principal causa do acúmulo de conhecimento ocorrido ao longo de gerações. Sem as interações sociais e as trocas de informação e construção alicerçadas em informações de gerações anteriores, seria substancialmente impossível atingir o nível de avanço existente na sociedade humana (VILAÇA; ARAUJO, 2016). Contudo, o acúmulo de eventos também transformou as relações humanas em um nível nunca visto antes.

Potencialmente, o desenvolvimento social seja um dos eixos de desenvolvimento com maior flexibilidade e possibilidades. Cada cultura, grupo social ou pequena comunidade pode gerar costumes, tradições e valores específicos, tornando a forma de relacionamento e os víveres experimentados únicos (MACHADO FILHO, 2020). Desta forma, alguns atributos fundamentais para o desenvolvimento social, pautam-se justamente na capacidade de socialização que pode ser intensificada pelo desenvolvimento da empatia e interdisciplinaridade. Estes dois conceitos são fundamentais para colocar-se no lugar do outro e ter uma visão abrangente sobre o conhecimento, atuação e atitudes do outro (CÂNDIDO; BERTOTTI, 2019).

A experimentação social é outra forma de desenvolvimento deste eixo, pautada na aquisição do máximo de experiências sociais possíveis, sejam relacionamentos, atuação profissional (voluntária e/ ou remunerada), contato com grupos com diferentes ideologias e afins. Este conjunto de vivências auxilia na construção do eu social de cada indivíduo (LOPES et al., 2014; BACICH; MORAN, 2018). Por exemplo, a atuação em diversos “trabalhos” permite a geração de soluções inovadoras, conciliando áreas que até então poderiam não ter nenhuma afinidade. A vivência com diferentes grupos ideológicos permite a criação de uma nova perspectiva que pode agrupar as melhores concepções de cada uma, preenchendo lacunas e promovendo a universalidade.

Eixo de Desenvolvimento Financeiro

O eixo de desenvolvimento financeiro representa um construto distinto dos demais. Anteriormente abordou-se o crescimento do indivíduo e suas relações com o ambiente e outros indivíduos, contudo, as questões financeiras também são um ponto de análise e melhoria. Desenvolvimento financeiro não envolve apenas “moeda” fiduciária, mas recursos de forma geral, sejam eles de valor econômico real (moeda, matéria prima, produtos e afins) ou relativo (tempo, serviços e afins) (SILVA, 2016; TORRE; LEITE; SIEWERT JÚNIOR, 2019).

Historicamente a matemática faz parte de todos os períodos da educação básica nacional (AGÊNCIA SENADO, 2015). Contudo, isso não infere que a matemática financeira seja abordada de forma coerente, bem como o planejamento financeiro do indivíduo e/ ou família no longo prazo (SILVA, 2015). As mídias sociais alimentam diversos exemplos de planejamento simples em longo prazo, pautado na capacidade de reservar um valor econômico e destiná-lo a investimentos ou reserva para ser utilizada em momentos futuros e/ ou para o planejamento do futuro do indivíduo.

Mudando o recurso econômico para o recurso temporal, nota-se que ambos possuem escassez (são finitos) e assim, alocar melhor tais recursos, promover meios eficientes de desenvolver atividades e investir estes recursos representam ações praticamente lógicas (STRELOW; TORRE; LASTA, 2017). Entretanto, muitas vezes é necessária uma grande bagagem de conhecimento para constatar este conhecimento “lógico”.

Portanto, a educação financeira, bem como a percepção da importância na alocação de recursos como dinheiro e tempo devem ser trabalhos de forma mais incisiva na educação básica, promovendo a construção de um perfil tanto empreendedor, quanto inovador, tornando-se capaz dentre outros feitos de produzir soluções novas para os problemas existentes na sociedade e gerar perspectivas de futuro mais assertivas que as gerações anteriores.

Conclusões

Conforme o objetivo de descrever brevemente os eixos de desenvolvimento físico, intelectual, espiritual, social e financeiro e seus impactos na formação das novas gerações, constatou-se que cada um dos eixos abordados pode ser explorado em maior profundidade pela educação básica. A interdisciplinaridade representa o conceito chave na busca pela formação de um indivíduo saudável nos contextos físico, mental, espiritual e social. Existem pequenos hábitos que podem ser estimulados na educação básica para construir desde os anos iniciais um perfil engajado em buscar o aperfeiçoamento constante. Neste sentido uma sociedade com uma educação de base mais avançada e consolidada, bem como mais integrada, terá maiores chances de formar pensadores com visão científica e inovadora, capaz de gerar soluções efetivas para as demandas atuais e futuras.

Referência

ABED, A. L. Z. O desenvolvimento das habilidades socioemocionais como caminho para a aprendizagem e o sucesso escolar de alunos da educação básica. Construção Psicopedagógica, São Paulo, v.24, n.25, p.8-27, 2016.

AGÊNCIA SENADO. Novas disciplinas na educação básica dividem opiniões do Legislativo e Executivo. POZZEBOM, E. R. SenadoNotícias. 2015. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2015/01/26/novas-disciplinas-na-educacao-basica-dividem-opinioes-do-legislativo-e-executivo#:~:text=Os%20alunos%20da%20primeira%20etapa,mais%20duas%3A%20ingl%C3%AAs%20e%20espanhol.. Acessado em: 23 dez. 2022.

ALMEIDA, V. História da Educação e métodos de aprendizagem em ensino de História. Palmas: EDUFT, 2018.

ALVES, G. M.; CUNHA, T. C. O. A importância da alimentação saudável para o desenvolvimento humano. Perspectivas Online: Humanas & Sociais Aplicadas, v.10, n.27, p.46-62, 2020.

APUB. Universidades públicas produzem 99% da ciência do Brasil. Sindicato Adurn. 2021. Disponível em: https://www.adurn.org.br/midia/noticias/15209/universidades-publicas-produzem-99-da-ciencia-do-brasil. Acessado em: 23 dez. 2022.

APUB. Pesquisas nas universidades públicas são essenciais para a sociedade. Proifes Federação. 2022. Disponível em: https://www.proifes.org.br/pesquisas-nas-universidades-publicas-sao-essenciais-para-a-sociedade/. Acessado em: 23 dez. 2022.

AQUINO, M. O. L.; CARVALHO, A. H.; FEITOSA, L. G. G. C.; BRANDÃO, A. C. A. S.; ALBUQUERQUE, A. C. C. D.; PARENTE, L. P. D.; LEMOS, A. S.; MARTINS, M. C. C. Alimentação, nutrição, atividade física e saúde na adolescência. In: SILVA, D. T. C.; MORAES, I. K. N.; MELLO, R. G. Ciências da saúde em tempos de pandemia global. Rio de Janeiro: e-Publicar, 2021. p.41-53.

BACICH, L.; MORAN, J. Metodologias ativas para uma educação inovadora: Uma abordagem téorico-prática. Porto Alegre: Penso, 2018.

BERTOLINI, J.; RIAL, C. Alimentação e atividade física: um estudo etnográfico. Revista Observatório, Palmas, v.6, n.4, p.1-19, 2020.

BOTTCHER, L. B. Atividade Física como ação para promoção da saúde: Um ensaio crítico. Revista Eletrônica Gestão & Saúde, Brasília, p.98-111, 2019.

CALEGARI, L.; LUNKES, R. B. Arquitetura auxiliando na cura: pesquisa para desenvolvimento de um anteprojeto arquitetônico de um centro de terapia holística, para o município de Xanxerê-SC. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE ARQUITETURA E URBANISMO, 1., Santa Catarina, 2021. Anais…. Santa Catarina: SIAU, 2021. p.1-11.

CAMPIONI, P. Sistema educacional brasileiro: Entenda a divisão da nossa educação. Politize. 2018. Disponível em: https://www.politize.com.br/sistema-educacional-brasileiro-divisao/. Acessado em: 23 dez. 2022.

CÂNDIDO, A. C.; BERTOTTI, P. S. S. Mapa de empatia para os estudos de usuários da informação: Proposta de abordagem interdisciplinar. Biblos: Revista do Instituto de Ciências Humanas e da Informação, v.33, n.1, p.94-111, 2019.

CASAGRANDE, E. E.; BUENO, G. W.; SANTOS, D. F. L.; MACHADO, L. P. Empreendedorismo na prática: Conexões entre ciência, mercado e sociedade. Bauru: Editora Ibero-Americana, 2022.

COSTA, M. A. A.; SILVA, F. M. C.; SOUZA, D. S. Parceria entre escola e família na formação integral da criança. Revista Pemo, Fortaleza, v.1, n.1, p.1-14, 2019.

FERNANDES, A. M.; BRUCHÊZ, A.; D’ÁVILA, A. A. F.; CASTILHOS, N. C.; OLEA, P. M. Metodologia de pesquisa de dissertações sobre inovação: Análise bibliométrica. Desafio Online, v.6, n.1, p.141-159, 2018.

FONTELLES, J. M.; SIMÕES, M. G.; FARIAS, S. H.; FONTELLES, R. G. S. Metodologia da pesquisa científica: Diretrizes para a elaboração de um protocolo de pesquisa. Revista Paranaense de Medicina, v.23, n.3, p.1-8, 2009.

FREITAS, J. A. C. Templos no templo – Elementos da pós-modernidade no discurso religioso. 2020. 124f. Dissertação (Mestrado em Ciências Humanas) – Universidade do Estado do Amazonas, Manaus, 2020.

GONÇALVES, M. S. Ensino da educação física a partir de uma análise da socialização do corpo. 2022. 42f. Dissertação (Mestrado em Ensino) – Universidade Tecnológica, Federal do Paraná, Londrina, 2022.

GUERREIRO, M. G.; CHAGAS, A. M.; LACERDA, C. R. Educação e sociedade: uma reflexão sobre o caráter de educar em tempos de modernidade líquida. Revista Expressão Católica, v.9, n.2, p.82-93, 2022.

IMBERNÓN, F. Formação docente e profissional: Formar-se para a mudança e a incerteza. São Paulo: Cortez, 2022.

LIBERATO, R. P. Espiritualidade e empatia: um estudo sobre aspectos espirituais e a relação terapêutica em cuidados paliativos. 2019. 140f. Dissertação (Mestrado em Psicologia Clínica) – Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2019.

LOPES, A.; CAVALCANTE, M. A. S.; OLIVEIRA, D. A.; HYPÓLITO, A. M. Trabalho docente e formação: Políticas, práticas e investigação: Pontes para a mudança. Brasil: Centro de Investigação e Intervenção Educativas, 2014.

MACHADO FILHO, C. P. Responsabilidade social e governança: O debate e as implicações. São Paulo: Cengage Learning, 2020.

MELLO, R. G. G. Pandemia e os descaminhos da Anomia social. In: SEMINÁRIO DE PESQUISAS FESPSP – “DESAFIOS DA PANDEMIA: AGENDA PARA AS CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS”, 9., Brasil, 2020. Anais…. Brasil: PESPSP, 2020. p.1-32.

MEON. Brasileiro lê em média 2,43 livros por ano, diz pesquisa. Meon. 2020. Disponível em: https://www.meon.com.br/meonjovem/alunos/brasileiro-le-em-media-2-43-livros-por-ano#:~:text=Segundo%20uma%20pesquisa%20desenvolvida%20pelo,que%20mais%20leem%20no%20mundo. Acessado em: 23 dez. 2022.

MOROSINI, M. Guia para a internacionalização universitária. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2019.

NUNES, A. O.; REBOUÇAS, A. C. R. N.; SANTOS, A. G. D.; SILVA, G. M. Escritos nômades sobre o conhecimento. Natal: IFRN, 2014.

NUNES, M. S. C.; SANTOS, F. O. Mediação da leitura na biblioteca escolar: práticas e fazeres na formação de leitores. Perspectivas em Ciência da Informação, v.25, n.2, p.3-28, 2020.

OLIVEIRA, N. C. S.; FERREIRA, R. A. G.; WANDERLEY, S. V. N.; CAVALCANTI, J. O. F. S. A prática de meditação e alongamento na busca do relaxamento físico e mental em tempos de isolamento social: Revisão de literatura. Revista Diálogos em Saúde, v.3, n.1, p.142-152, 2020.

OLIVEIRA, S. B. S. Metodologias ativas no ensino superior: perfil e percepções dos estudantes do curso de Medicina. 2020. 153f. Dissertação (Mestrado em Ciências Humanas) – Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, 2020.

PIAZENTINI, L. H. Exploração de fatores relacionados a processos de aprendizagem autorregulada em contexto de desenvolvimento profissional. 2022. 247f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Católica de São Paulo, Londres/ São Paulo, 2022.

PORTO JR., G.; RIBEIRO, M. S. Transferência de tecnologia, propriedade intelectual e Universidade: Aplicações mercadológicas. Palmas: Editora EdUFT, 2021.

PRADO, J. L. P. Metafísica e Ciência: A analogia da vontade entre o micro e o macrocosmo. 2019. 415f. Tese (Doutorado em Filosofia) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2019.

RODRIGUES, L. M.; ANDRADE, L. T. Introdução ao texto acadêmico: uma proposta de intervenção didático pedagógica no ensino superior. Actio: Docência em Ciências, Curitiba, p.1-11, 2019.

SANTOS, F. A. Evasão discente no ensino superior: Estudo de caso de um curso de licenciatura em matemática. 2012. 246f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Metodista de Piracicaba, Piracicaba, 2012.

SILVA, A. F. M. A importância da matemática financeira no ensino básico. 2015. 149f. Dissertação (Mestrado em Matemática) – Instituto de Matemática Pura e Aplicada, Rio de Janeiro, 2015.

SILVA, F. D. IMPACTO DAS NOVAS TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS NO NOVO CONTEXTO DE EDUCAÇÃO HÍBRIDA NO BRASIL. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, São Paulo, v.7, n.3, p.344-362, 2021.

SILVA, J. B.; SILVA, L. B. Relação entre religião, espiritualidade e sentido da vida. Revista da Associação Brasileira de Logoterapia e Análise Existencial, v.3, n.2, p.203-215, 2014.

SILVA, M. V. D. C. Introdução às teorias econômicas. Salvador: UFBA, 2016.

SOARES, M.; SEVERINO, A. J. A prática da pesquisa no ensino superior: conhecimento pertencente na formação humana. Avaliação, Campinas; Sorocaba, v.23, n.02, p.372-390, 2018.

SOUSA, R. V.; ARARIPE, F. M. A. Conhecimento científico: Produção e comunicação no âmbito da Universidade Federal do Ceará. Páginas a&b, v.3, n.15, p.86-104, 2021.

SOUZA, E. N.; SALES, M. S.; RIBEIRO, A. E. G.; FARIAS, A. G.; LEITE, M. M. B.; ARAUJO, W. S.; GRANGEIRO, L. L.; SAMPAIO, T. T.; SAMPAIO, T. M. T. A relação entre a prática de atividades físicas e a senescência cognitiva: Uma revisão de literatura. Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v.5, n.1, p.874-894, 2022.

STRELOW, D. R.; TORRE, J. A. P. G. L.; LASTA, T. T. Economia. Brasil: UNIASSELVI, 2017.

TIMBANE, A. A. Apresentação da edição “A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”- Nelson Mandela (1918-2013): Présentation de l’édition “L’éducation est l’arme la plus puissante que vous puissiez utiliser pour changer le monde” – Nelson Mandela (1918-2013). NJINGA E SEPÉ: Revista Internacional De Culturas, Línguas Africanas E Brasileiras, v.2, n.1, p.2-15, 2022.

TORRE, J. A. P. G. L.; LEITE, M.; SIEWERT JÚNIOR, V. Mercado de capitais. Brasil: UNIASSELVI, 2019.

VARGINHA, E. S.; MOREIRA, A. S. S. Meditação e seus benefícios na promoção da saúde. Revista de Medicina de Família e Saúde Mental, v.2, n.1, p.13-21, 2020.

VILAÇA, M. L. C.; ARAUJO, E. V. F. Tecnologia, sociedade e educação na era digital. Duque de Caxias: UNIGRANRIO, 2016.

WILLIG, J. R. Ecossistema de inovação responsivo: Contribuições jurídico-teóricas para o fortalecimento e a interação dos atores das esferas pública, privada e comunitária na formação de ecossistemas de inovação no Brasil. 2022. 480f. Tese (Doutorado em Direito) – Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, 2022.

[1] Engenheiro Agrônomo, Doutorando em Agricultura (Agronomia) na Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP) – Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA), Botucatu-SP.

Bruno Marcos Nunes Cosmo

Bruno Marcos Nunes Cosmo

Engenheiro Agrônomo, Doutorando em Agricultura (Agronomia) na Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP) – Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA), Botucatu-SP.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Capa do Livro

Reflexões, Proposições e Desafios na Construção do Conhecimento Acadêmico e Científico no Brasil: 2022

DOI do Capítulo:

10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/livros/

687

DOI do Livro:

10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/livros/

604

Capítulos do Livro

Livros Acadêmicos

Promova o conhecimento para milhões de leitores, publique seu livro acadêmico ou um capítulo de livro!