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Investimentos em educação no Brasil: como fica o professor neste cenário?

RC: 31767
204
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/educacao/investimentos-em-educacao

CONTEÚDO

ARTIGO DE REVISÃO

SANTANA, Idaraí Santos de [1]

SANTANA, Idaraí Santos de. Investimentos em educação no Brasil: como fica o professor neste cenário?. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 06, Vol. 04, pp. 65-81. Junho de 2019. ISSN: 2448-0959

RESUMO

Este artigo tem como objetivo demonstrar a sociedade brasileira a atual condição de trabalho do professor, defendendo a premissa que para um bom desenvolvimento da educação brasileira é necessário investir e capacitar seus docentes. Para tanto, se propôs em fazer uma associação entre a teoria do capital humano formalizada por Theodore Schultz com a questão dos investimentos realizados em educação no Brasil nos últimos anos, com a finalidade de dar continuidade ao desenvolvimento econômico iniciado no Governo de Luiz Inácio Lula da Silva no período de 2003 a 2010. Nota-se a existência de tímidos investimentos na área, e pequeno incentivo na melhoria da condição do trabalho do professor, muito escassa em determinados casos. Diante disso, propôs-se também ao governo brasileiro melhor gerenciamento dos investimentos em educação a exemplo do que fez a Coréia do Sul, que agora colhe excelentes frutos de seus investimentos nessa área desde a década de 60 do século XX.

Palavras-Chave: Professor, educação, investimento, sociedade, desenvolvimento capitalista.

1. INTRODUÇÃO

Ao considerarmos que determinadas curas para os males de uma sociedade – violência, desigualdade social, baixa expectativa de vida, falta de saneamento básico e desperdício de todas as ordens – estão intimamente associadas aos investimentos massivos em educação, é possível notar que os países desenvolvidos assumiram a responsabilidade de investir na educação, gerando melhores condições sociais e econômicas para a população.

Dessa forma, se existir uma política bem estipulada de valorização de carreira docente, o investimento em educação pode pleitear bons resultados, ou seja, podemos alegar que os melhores resultados em relação ao desenvolvimento econômico, político e social de uma nação estão sob certa circunstância, fortemente relacionados às boas condições de trabalho do professor.

Inicialmente, será abordado um pequeno histórico do desenvolvimento econômico brasileiro durante o período do governo de Luís Inácio Lula da Silva (Lula) no período de 2003 a 2010, logo uma análise sobre o desenvolvimento e investimento na área da educação no governo pós Lula; em seguida uma associação da teoria do capital humano, formalizada por Theodore Schultz, com os investimentos em educação já feitos pelo governo brasileiro, considerando o papel docente. Por fim, será traçado um paralelo entre os investimentos na área de educação sul-coreana na década 60 e no Brasil.

De acordo com esse contexto, o presente artigo se objetiva em defender a premissa que para um bom desenvolvimento da educação brasileira é preciso investir e capacitar seus docentes em todos os níveis de ensino, sendo estes: básico, médio, técnico e superior.

2. O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO BRASILEIRO NO PERÍODO “LULA”

A política econômica do Governo Lula se estruturou inicialmente na economia capitalista do consumo, baseada no aumento progressivo do poder de compra do salário mínimo[2]. Com esta política, a economia brasileira começou a gerar ciclos contínuos de desenvolvimento econômico, pois obtinham como processo norteador o poder de consumo das famílias que, por sua vez, gerou maior demanda de produção dos setores primário, secundário e terciário da economia, gerando, mais emprego nestes setores. E isto fazia com que todo esse processo fosse iniciado novamente. Esse ciclo de desenvolvimento foi proveitoso também para que o governo aumentasse a arrecadação, tendo em vista que a carga tributária brasileira é uma das maiores do mundo[3], e está distribuída em todos os bens de consumo, nas operações financeiras, e na própria renda dos trabalhadores (a partir do imposto de renda), dentre outros. Somando tal ciclo de desenvolvimento ao aumento da arrecadação, o governo passou a investir no aumento de crédito, além de propiciar a política assistencialista do programa bolsa família, entre outros projetos de assistência à população de baixa renda[4].

A consolidação de tal modelo de desenvolvimento tornou a economia brasileira mais sólida, e com isso, mais atrativa para investidores estrangeiros. Verifica-se que os investidores estrangeiros se mostraram receptivos em adquirir os títulos da dívida pública brasileira, e as ações da bolsa de valores[5] com a implementação de várias empresas multinacionais que também geraram mais emprego, renda e arrecadação tributária no Brasil. Com esta demanda por títulos da dívida pública e as ações da bolsa, investidores tiveram que converter seus dólares em reais e, com isso, foi desencadeada uma forte oferta de dólares no país, reduzindo o preço desta moeda no mercado interno brasileiro, fator este que contribuiu para tornar mais acessíveis viagens ao exterior e, como exemplo, a possibilidade de comprar carros importados[6].

O processo de desenvolvimento não trouxe somente bons frutos, pois também ocasionou o aumento da inflação e por consequência desta demanda, gerou aumentos de valores de bens, resultando na diminuição no poder de compra do salário do trabalhador[7]. Outro item a ser considerado é o da infraestrutura, pois na medida em que uma economia cresce, uma considerável necessidade de escoamento de sua produção através do aumento dos setores portuários, melhoria e ampliação das malhas rodoviárias e ferroviárias, dentre outras situações, faz-se existente para o melhor funcionamento da sociedade econômica3.

Mas, infelizmente, a burocracia e a corrupção exercem sob o investimento em infraestrutura uma caminhada mais lenta que o desenvolvimento econômico proporcionado, e para tentar contornar a inflação, o governo procura adotar, através do Banco Central, a política de aumento da taxa básica de juros, a taxa Selic6. Esta taxa serve como base para todas as outras utilizadas no crédito brasileiro. Assim, com esta política, as compras a prazo ficam menos acessíveis, a população diminui sua demanda por bens e produtos, o que intenciona redução dos preços, diminuindo a inflação de demanda.

A questão de investimento em infraestrutura é de cunho mais sensível. A rapidez da execução dessas políticas perpassa pela diminuição da burocracia, da corrupção e principalmente pela necessidade de mão-de-obra mais qualificada – a qualidade é um dos principais pilares do desenvolvimento econômico sustentável, pois para a concretização de tais políticas, é indispensável que existam pessoas qualificadas para torná-las reais. E esta qualificação está intimamente ligada a investimentos expressivos em educação3. Para tentar avaliar esta premissa, torna-se importante utilizar a teoria do capital humano para determinada finalidade.

3. DESENVOLVIMENTO E INVESTIMENTO NA ÁREA DA EDUCAÇÃO PÓS LULA

O discurso organizado pelo governo brasileiro é priorizar a educação no Brasil. Conforme o estudo Education at a glance (2011), da Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico (OCDE), entidade internacional e intergovernamental, incorporou os países mais industrializados à economia de mercado. Na última década, os investimentos do Brasil para a educação passaram de 10,5% para 17,4% das despesas do orçamento público total, o que acarretou a terceira maior extensão entre os países da organização, segundo dados do Ministério da Educação.

A ampliação no investimento da educação básica estimulou uma maior participação no ensino médio – atualmente, 90% dos alunos brasileiros passam pelo menos nove anos cursando a educação formal, um ano a mais do que se datava em 2000. No ensino superior, onde o Brasil gasta o equivalente a 106% do seu PIB per capita por estudantes, houve a ampliação de 57% das matrículas. “Nós só formávamos 300 mil brasileiros por ano, hoje estamos formando um milhão por ano. Nós triplicamos em uma década o número de brasileiros formados”, afirmou Fernando Haddad, no ano de 2012.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, lembrou ainda, que os números crescentes das escolas federais e os demais investimentos do ministério se tornaram possíveis porque o orçamento da pasta foi além do dobro em seis anos. “Passou de R$ 23 bilhões em 2004 para R$ 53 bilhões no orçamento de 2010”. Dessa forma, entende-se que os investimentos feitos por Fernando Haddad para a educação brasileira obtiveram apenas grandes aumentos, proporcionando mais estudo aos brasileiros.

Em 2013, um volume de R$ 49,4 bilhões foi designado pelo governo federal para aplicar à educação nas 12 cidades-sedes da Copa do Mundo, e ainda foram acrescidos aos investimentos feitos no Novo FIES e no PRONATEC. No período do governo da Presidenta Dilma (2011-2016), pode-se constatar que houve um crescimento no que diz respeito à aplicação de investimento na área da educação, conforme os dados citados acima, e lembrando ainda, que não houve apenas crescimento no FIES e PRONATEC, mas também na abertura de diversas vagas para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que oferece 171.401 vagas em 4.723 cursos de 115 instituições públicas de educação superior.

Dando continuidade a era pós-Lula na área da educação, chegamos ao governo do então Presidente da República Michel Temer (2016-2019) que em seu discurso sobre a educação garantiu dar prioridade ao investimento à mesma e por isso, o governo federal reforçou, na época, os investimentos em tal setor.

Os repasses financeiros foram atribuídos, principalmente, para os ensinos básico e médio, a fim de garantir as obras e reformas nas instituições de ensino. Ao todo, foram designados R$ 3,8 bilhões para o ensino superior, voltados principalmente para universidades, institutos federais e pagamento de bolsas de estudo. Já ao ensino básico, foram repassados R$ 1,14 bilhão para custear programas e obras. Os investimentos também chegaram ao ensino técnico, com a liberação de R$ 226,23 milhões, para garantir o funcionamento de programas como o PRONATEC, segundo Ministério da Educação do ano de 2017.

Apesar dos investimentos citados, para o Diretor Andreas Schleicher (2018), da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, e importante idealizador do Pisa, teste de aprendizagem internacional aplicado pela instituição, “os investimentos do Brasil em educação são baixos e pouco eficientes”, afirma o próprio.

4. TEORIA DO CAPITAL HUMANO VERSUS INVESTIMENTOS EM EDUCAÇÃO NO BRASIL

Segundo Theodore Schultz[8] o conceito de Capital Humano consiste em atribuir um valor ao capital incorporado aos seres humanos, fruto da sua experiência, educação, formação e Know-How. Este capital seria um fator fundamental do desenvolvimento econômico diferenciado entre os países. O conceito foi ainda desenvolvido e popularizado por Gary Becker (1930) e retomado, nos anos 80 (século XX), pelos organismos multilaterais mais diretamente ligados ao pensamento neoliberal, na área educacional e no contexto dos desafios resultantes da reestruturação.

Ao fazer um paralelo desta teoria com os sucessivos ciclos de desenvolvimento econômico no Brasil, é possível considerar que o governo brasileiro observou que era indispensável o investimento massivo em educação para a qualificação de mão de obra, ou seja, investir no capital humano, fator preponderante para o desenvolvimento econômico sustentável[9]. E, dessa forma, foram ampliados os recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Magistério (FUNDEF), que vigorou entre os anos 1997 e 2006, para o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB)[10].

Segundo o Ministério da Educação, este fundo” tem por objetivo:

“Atender toda a educação básica, de creche ao ensino médio. Substituto do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF), que vigorou de 1997 a 2006, o FUNDEB está em vigor desde janeiro de 2007 e se estenderá até 2020. É um importante compromisso da União com a Educação Básica, na materializa a visão sistêmica da educação, pois financia todas as etapas da educação básica e reserva recursos para os programas direcionados a jovens e adultos”. (BRASIL, 2017).

A estratégia é de distribuir os recursos pelo país, levando em consideração o desenvolvimento social e econômico das regiões – sendo que a complementação do dinheiro aplicado pela União é direcionada às regiões nas quais o investimento por aluno seja inferior ao valor mínimo fixado para cada ano. Ou seja, o FUNDEB tem como principal objetivo promover a redistribuição dos recursos vinculados à educação. A destinação das aplicações é feita de acordo com o número de alunos da educação básica, com base em dados do censo escolar do ano anterior. O acompanhamento e o controle social sobre a distribuição, a transferência e a aplicação dos recursos do programa são feitos em escalas federais, estaduais e municipais por conselhos criados especificamente para tal finalidade9.

Para observar o retorno destes investimentos, o governo aplicou programas de avaliação como: a Prova Brasil 2, que tem como objetivo avaliar a qualidade do ensino oferecido pelo sistema educacional brasileiro a partir de testes padronizados e questionários socioeconômicos[11]; o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), que tem como objetivo avaliar o desempenho do estudante ao fim da escolaridade básica[12]; o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica 3 (IDEB), calculado com base no desempenho do estudante em avaliações do INEP e em taxas de aprovação.

Outro ponto importante é o investimento em ensino técnico para formar futuras mãos de obra para trabalhar nas indústrias navais, petrolíferas, químicas e também no setor do agronegócio brasileiro. Para tentar melhorar este investimento, o governo federal construiu 214 escolas técnicas entre os anos de 2003 e 2009, quase o dobro do que o Brasil gerou entre os anos de 1909 e 2002 onde foram erguidas 140 escolas[13] para aumentar o número de mão de obra técnica especializada no país, inclusive construindo estas instituições próximas às cidades dos interiores pouco desenvolvidas. Tal atitude do governo teve como propósito levar o progresso a estas regiões menos populosas.

O Investimento feito voltado para o ensino técnico visou formar mão-de-obra para o trabalho em indústrias e setores de agronegócio brasileiro. Para isto, o governo investiu com a construção de mais escolas técnicas que priorizassem a formação de alunos preparados para tais funções. Cabe mencionar que essa atitude proporcionou maiores oportunidades aos indivíduos de classes mais baixas, já que a maioria das escolas foram construídas próximas às cidades dos interiores pouco desenvolvidos.

A mão-de-obra técnica especializada no Brasil teve o crescimento econômico somado à descoberta do Pré-Sal. Outro fator que influenciou determinada situação foi o mercado imobiliário, dentre outros, que necessitou, além da mão-de-obra técnica, o nível superior de engenheiros, geólogos e arquitetos etc. Para tanto, o governo implantou o projeto REUNI, (o programa de apoio a planos de reestruturação e expansão das universidades federais), que teve como objetivo ampliar o acesso e a permanência na educação superior, promovendo ações como aumento do número de vagas de alunos, ampliação e/ou abertura de cursos noturnos, aumento do número de alunos e professores, redução do custo por aluno, flexibilização dos currículos e o combate a evasão[14]. Assim, através deste projeto, o governo interiorizou as universidades federais tradicionais e ainda construiu mais campi. Isso fez com que a população do interior não tivesse mais que se deslocar aos grandes centros urbanos para fazer um curso superior.

Além desta expansão do nível superior, o governo ofereceu bolsas de estudos para estudantes carentes estudarem em faculdades particulares através do PROUNI. Para observar o retorno dos investimentos na educação superior, houve a implementação o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE), que visa avaliar o rendimento dos alunos dos cursos de graduação, ingressantes e concluintes, em relação aos conteúdos programáticos dos cursos em que estão matriculados[15],[16].

Portanto, pode-se reiterar que o governo aplicou direta ou indiretamente a teoria do capital humano às medidas até então citadas, com o objetivo de tentar garantir a sustentabilidade do crescimento econômico. No entanto, discute-se: Será que este investimento expressivo em capital humano levou em consideração o papel docente? Seguiremos este debate com maior carga de detalhes na próxima seção.

5 O PAPEL DO PROFESSOR NOS INVESTIMENTOS EM EDUCAÇÃO NO BRASIL

O que seria da sociedade brasileira sem os profissionais da educação? Tal questionamento nos leva a pensar que, se isso ocorresse, certamente teríamos uma sociedade fracassada. Uma forma de ilustrar este argumento é observando que, uma sociedade basicamente se modula por indivíduos que exercem sua força de trabalho em prol do desenvolvimento da mesma e, considera-se que todos estes indivíduos foram capacitados por professores. Portanto, caso não existam mais professores dispostos a formar cidadãos para a sociedade, simplesmente teríamos uma sociedade constituída por analfabetos funcionais, ou seja, cidadãos sem condições intelectuais de exercer qualquer profissão.

A importância do professor já foi refletida pela população brasileira? De acordo com o que foi visto até o presente tópico, o governo brasileiro intensificou suas políticas de investimento em capital humano somente visando o aluno. Além dos fornecimentos de merenda escolar e livros didáticos, projetos também voltados para o aluno. Dessa forma, o professor aparenta fazer parte de um segundo plano nos projetos desenvolvidos pelo governo brasileiro.

Essa falta de reflexão pode ser caracterizada pelo fato de que os salários dos nossos mestres continuam baixos, e ainda há uma resistência de certos governadores em programar o piso salarial da categoria, que ainda é considerado irrisório[17]. Tomando o Estado da Bahia como referência, existem poucos estímulos em qualificações dos professores, principalmente em cursos de especialização, mestrado e doutorado. Na Bahia, o professor só pode solicitar progressão por titulação com interstício de 36 meses em um curso completo de cada vez[18], estímulo ao aperfeiçoamento profissional. Em suma, este é um quadro de total abatimento à qualificação docente, tendo em vista que a inflação cresce mais rápido do que o incentivo à qualificação profissional.

Os desafios enfrentados frente à realidade da sociedade contemporânea promovem abordagens que dirigem à prática pedagógica numa ponderação que vai além do papel da escola. Quando observamos a tabela salarial dos servidores públicos federal, é notória a grande discrepância entre a remuneração dos professores com de outras carreiras. Os salários iniciais de alguns servidores federais (incluindo o professor) são: advogado da união (segunda categoria) R$ 20.109,56; diplomata (terceiro secretário) R$ 18.059,83; pesquisador do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA), R$ 16.274,39; professor Doutor do Ensino Básico Técnico e Tecnológico R$ 8.638,80; e o professor do magistério superior é R$ 7.842,97. Com estes valores, é possível observar que a carreira docente a nível federal, mesmo sendo mais privilegiada que a dos docentes das redes municipais e estaduais, ainda é pouco valorizada com relação as outras carreiras de servidores federais[19].

E o grande resultado desta lógica, associada com outros fatores adversos, é a grande escassez de alunos em cursos superiores da Licenciatura, isto é, de acordo com o que já foi ponderado, há um principio de colapso em relação à mão-de-obra no Brasil em praticamente todas as áreas profissionais, a julgar que todas necessitam da qualificação básica como: saber ler, interpretar, escrever e ter domínio das quatro operações básicas da matemática. Qualificações estas ensinadas por professores.

No entanto, é válido comentar que, em relação a alguns cursos de licenciatura como o de química, física e matemática, poucos são licenciados no Brasil. Segundo um estudo realizado por Ruiz no ano de (2007) na microrregião do Distrito Federal, observou que o número de professores licenciados atuando na Educação Básica, principalmente os professores de Ciências Naturais, está em queda não somente na região estudada, mas em todo o Brasil. Segundo o mesmo autor, no ano de 2007, a maior carência de professores licenciados era na disciplina de química, com 17.619 mil professores trabalhando na Educação Básica em todo o país, ao contrário dos professores de matemática, que correspondiam a quase seis vezes mais do que os de química.

Uma pesquisa realizada em 2014 pelo professor José Marcelino de Rezende Pinto, professor da Universidade de São Paulo (USP) e especialista em financiamento da educação, revelou que o número total de vagas na graduação é ainda três vezes maior que a demanda por professores estimada na Educação Básica. Afirma: “o número de estudantes de graduação licenciados entre os anos de 1990 e 2010 seria suficiente para suprir a demanda de professores no ensino público brasileiro”, mas, na realidade, o que faltam são profissionais interessados a seguir carreira dentro da sala de aula.

Ainda em sua pesquisa, o autor cruzou o número de profissionais da Educação Básica da atualidade com o número de formados nas diferentes disciplinas entre os anos de 1990 e 2010, e evidenciou que na disciplina de Biologia, são 7 licenciados para cada vaga demandada na rede pública; na disciplina de língua portuguesa, existem em torno de 131 mil formandos; já em física, foi possível afirmar, de fato, que o número de formandos não é suficiente para suprir a necessidade. Afirma ainda que dados recentes mostram que há um déficit nas escolas brasileiras de 170 mil professores apenas nas áreas de Matemática, Física e Química.

Após esta curta comparação, entende-se a necessidade de tornar as profissões mais atrativas e de incentivar a permanência estudantil nas áreas mais precárias, como a licenciatura na disciplina de física. Sendo, por conseguinte, o salário a grande atratividade de uma carreira.

6. UM BREVE PARÂMETRO ENTRE OS INVESTIMENTOS DO BRASIL X CORÉIA DO SUL NA ÁREA DA EDUCAÇÃO

A Coréia do Sul, desde a década de 60, poderia ser um exemplo a ser adotado pelo Brasil, nação da qual se encontra em penúltimo lugar no ranking de qualidade da Educação feito pela OCDE. Lista da qual, entre 36 países, o Brasil ficou na 35° posição, à frente apenas da Turquia.

De acordo com o MEC, o piso salarial do professor no Brasil no ano de 2013 era 11,36%, o equivalente a R$ 1.567 por mês (cerca de R$ 18.800 por ano) (BRASIL, 2013), sendo reajustado para 13,01% em janeiro desde ano (2019), o equivalente a R$ 2.557,74 por mês – cerca de R$ 30.684,00 por ano (BRASIL, 2018). No entanto, alguns estados da nossa federação não cumprem com a Lei nº 11.738 de 16 de julho de 2008, pagando aos professores um valor inferior ao piso salarial estabelecido.

O ponto de partida deste investimento deu-se na década de 60, momento em que o Brasil e Coréia do Sul tinham indicadores sociais e econômicos muito parecidos. Estas características em comum são relatadas por Weinberg (2005, p. 25), como segue:

“A Coréia do Sul e o Brasil já foram países bastante parecidos. Em 1960, eram típicas nações do mundo subdesenvolvido, atoladas em índices socioeconômicos calamitosos e com taxas de analfabetismo que beiravam os 35%. Na época, a renda per capita coreana equivalia à do Sudão: patinava em torno de 900 dólares por ano. Nesse aspecto, o Brasil levava alguma vantagem – sua renda per capita era o dobro da coreana. A Coréia amargava ainda o trauma de uma guerra civil que deixou 1 milhão de mortos e a economia em ruínas”.

E observando este cenário desfavorável, a nação sul-coreana optou por alavancar seu desenvolvimento econômico a partir de sete pilares. Sendo estes:

  1. Concentrar os recursos públicos no ensino fundamental – e não universidade – enquanto a qualidade deste nível for sofrível;
  2. Premiar os melhores alunos com bolsas e aulas extras para que desenvolvam seu talento;
  3. Relacionar os recursos para dar melhores salários aos professores;
  4. Investir em polos universitários voltados às áreas tecnológicas;
  5. Atrair o dinheiro das empresas para a universidade, produzindo pesquisa afinada com as demandas do mercado;
  6. Estudar mais, pois os brasileiros dedicam cinco horas por dia aos estudos, menos da metade do tempo dos coreanos;
  7. Incentivar os pais a se tornarem assíduos e participantes nos estudos dos filhos.

Observando estas metas é possível concluir que, mesmo com todo o “esforço” do governo brasileiro em investir na educação, percebe-se que ainda há certa timidez se comparados com a postura sul-coreana. Ao aplicar seus esforços nestas metas, a Coréia do Sul alavancou um desenvolvimento econômico bem mais expressivo que o Brasil.

Hoje, passados setenta anos, um abismo separa as duas nações. A Coréia do Sul exibe uma economia fervilhante, capaz de triplicar de tamanho a cada década. Sua renda per capita cresceu dezenove vezes mais desde os anos 60, e a sociedade atingiu um patamar de bem-estar invejável. Os sul-coreanos praticamente erradicaram o analfabetismo com 97.9% e colocaram 80% dos jovens nas universidades. Já o analfabetismo no Brasil caiu de 11,5% para 8,7% de sua população e, entre os jovens que frequentaram universidades entre os anos de 2006 e 2016, houve aumento de 62,8%, com uma média anual de 5% de crescimento. Porém, em relação a 2015, a variação positiva foi de apenas 0,2%.

Figura 1: Educação na Coreia do Sul x Brasil.

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=h7-KMf9lpH8

Sua renda per capita é hoje menos da metade da renda coreana. Em suma, o Brasil permaneceu quase estagnado, enquanto Coréia do Sul seguiu desenfreada rumo ao progresso. E por que isso aconteceu? Muito possivelmente pelos investimentos ininterruptos e maciços na educação apresentados pelo país asiático – ao qual não foram aderidos adequadamente pelo Brasil.

Enquanto asiáticos despejavam dinheiro nas escolas públicas de ensino fundamental e médio, sistemática e obstinadamente, o Brasil preferia canalizar seus minguados recursos para a universidade e inventar projetos exorbitantes que se tornavam obsoletos a cada troca de governo. Ou seja, gastava-se muito sem definir o alvo certo a ser capitalizado. Desnecessário dizer quem estava certo[20].

Quando são comparados os investimentos no capital humano do professor, percebe-se que o abismo entre os dois países é ainda maior. Enquanto no Brasil praticamente não há investimentos, a Coréia do Sul apresenta os resultados dos investimentos neste profissional em um status bem expressivo ao professor. Isto pode ser observado no texto que se segue:

“Além da infraestrutura, o dinheiro despejado nas escolas produziu na Coréia salários bastante atrativos para os professores, que estão entre os mais bem pagos do mundo. De acordo com a OCDE, um professor experiente de ensino fundamental ganha na Coréia um salário anual US$ 48 mil, transformando isto, na moeda brasileira equivalem a R$ 169.478,40, uma medida internacional onde a Coréia ocupa a 70 posição dos países que pagam melhores salários na educação, o que eleva o poder de compra no país. É seis vezes mais dinheiro do que embolsa um profissional brasileiro de mesmo nível”. (OCDE, 2018).

Uma pesquisa feita pela Universidade Nacional de Seul (2011) chegou à conclusão de que para as mulheres sul-coreanas, o professor é visto como o “melhor partido para se casar”, pois obtém de um emprego estável, férias longas e jeito para lidar com crianças, além de um ótimo salário. Assim como dispõe de condições de trabalho exemplares, com dedicação exclusiva a uma só escola e direito a quatro horas diárias para preparar suas aulas e atender aos estudantes, e em sua maioria, todos contam com pós-graduação19.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após a pesquisa, pode-se afirmar que o Brasil avançou nos últimos anos (2010-2018) na área da educação, porém continua tendo grandes impasses no setor que diz respeito a desenvolvimento profissional. É grande a porcentagem de alunos que repetem o ano e acabam tendo que abandonar os estudos, pois precisam trabalhar para sobreviver. Este texto considera que o desenvolvimento econômico de uma nação não está somente ligado ao consumo das famílias, e para que este tipo de estímulo continue é indispensável que haja maiores investimentos em educação, e principalmente, no maior capital intelectual existente: o professor. Portanto, já é possível observar um parâmetro a seguir. Necessita-se que a sociedade como um todo tome para si a responsabilidade na forma de medidas práticas que gerem bons resultados à curto, médio e longo prazo.

O desenvolvimento econômico sustentável está intimamente associado com a valorização do trabalho do professor e no crescente estímulo em fazer com que este consiga associar em conjunto atividades de ensino, pesquisa e extensão. Ao concretizar esta política, relacionada com as já existentes e com o exemplo sul-coreano, será possível formar cidadãos mais qualificados em todos os sentidos, e isto contribuirá para a diminuição das desigualdades sociais brasileiras, fazendo com que todos saiam ganhando, ou seja, isto tornaria contínuo o desenvolvimento econômico brasileiro.

Conseguir uma boa qualidade de educação não é uma tarefa fácil. Solicita-se tempo e ações conjuntas, que vão da formação de professores à infraestrutura, assim como da questão salarial à gestão escolar. E a boa nota e a posição no ranking dos países mais desenvolvidos demanda investimento – em uma quantidade bem superior que a atual datada. Não há país que tenha alcançado um salto sem adotar essa receita, com exceção da Coréia do Sul.

Acima de tudo, é preciso levar em consideração que, nós brasileiros, não teremos um ensino de qualidade sem uma mudança de pensamento político. Ter a Educação como prioridade, como propagam a maioria dos governantes e candidatos políticos, significa expandir os investimentos de forma contínua e à longo prazo. Por fim, manter uma boa escola em funcionamento durante e de forma contínua custa quase o mesmo que construir outra do zero – com a “desvantagem” de que não há uma nova obra para ser inaugurada. Investir em Educação custa caro e o retorno é demorado, mas ainda sim, é um grande negócio.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BANDEIRA, Luiza. Estados não cumprem lei de piso nacional para o professor. 2011. Disponível em: http://www.folha.oul.com.br/saber/1007195-estados-nao-cumprem-lei-do-piso-nacional-para-professor.shtml. Acesso em 9 de junho de 2019.

CONSELHO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL. Agenda para o novo ciclo de desenvolvimento econômico. Disponível em: http://www.dieese.org.br/restrito/CDES_AGENDA.PDF. Acesso em 9 de junho de 2019.

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FERNANDES, Adriana.; GRANER, Fábio. Governo conseguiu fazer um mercado de consumo de massa, diz Bernardo. 2011. Disponível em: http://economia.estadão.com.br/noticias/economa%brasil.governo-conseguiu-fazer-um-mercado-de-consumo-de-massa-diz-bernado. Acesso em 9 de junho de 2019.

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[1] Graduada em Ciências Estatísticas pela Escola Superior de Estatística da Bahia – ESEB (2002); Especialista em Metodologia do Ensino, Pesquisa e Extensão em Educação pela Universidade Estadual da Bahia – UNEB (2004); Licenciada em Matemática pela Faculdade de Ciências Educacionais – FACE (2007); Professora de Matemática e atualmente Mestranda em Ciências da Educação pela Facultad Interamericana de Ciências Sociales – FICS.

Enviado: Setembro, 2018.

Aprovado: Junho, 2019.

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Idaraí Santos de Santana

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