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O reflexo do contexto familiar na aprendizagem do aluno

RC: 106919
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/educacao/aprendizagem-do-aluno

CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL 

MARTINS, Vanéria Paula Sousa [1], MELO, Ana Clara Moreira de [2], CRUVINEL, Gabriella Pablinne Sousa [3], MARTINS, Sidéria Paula Sousa [4], MARTINS, Cleivia Paula Sousa [5]

MARTINS, Vanéria Paula Sousa. Et al. O reflexo do contexto familiar na aprendizagem do aluno. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano. 07, Ed. 02, Vol. 04, pp. 05-20. Fevereiro de 2022. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/aprendizagem-do-aluno, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/educacao/aprendizagem-do-aluno

RESUMO

É sabido que na escola encontra-se muitos casos de dificuldades de aprendizagem e, o que tem se percebido, é que os problemas familiares podem incidir sobre a aprendizagem escolar. Logo, vê-se a necessidade de capacitação dos profissionais da escola para identificar dificuldades de aprendizagem oriundas da família e estimular buscas de soluções. Diante desta constante, leva-se ao levantamento a seguinte questão: Qual a relação entre as situações familiares e a dificuldade de aprendizagem escolar dos alunos? O estudo teve como objetivo geral compreender a relação entre o contexto familiar e as dificuldades de aprendizagem dos alunos, partindo do pressuposto que o desempenho escolar depende de diversos fatores, dentre estes, a família. O presente artigo caracterizou-se segundo os objetivos como descritiva e com relação aos procedimentos de coletas, este estudo é do tipo bibliográfico e qualitativo através de fontes secundárias pela identificação e análise dos dados escritos em livros e artigos de sites e de revistas. Através das pesquisas realizadas, pode-se perceber que existe um enorme reflexo sobre a aquisição da aprendizagem quando os alunos vivenciam situações conflituosas no seu berço familiar. Estudos revelaram, também, que crianças que apresentam problemas familiares podem ter um rendimento inadequado e ainda não apresentarem o retorno esperado no processo educacional ao qual estão sendo submetidas. Assim, ficou evidente a necessidade da interação da família com a escola para que esses fatores externos possam ter um efeito menos nocivo na realidade escolar desses alunos.

Palavras-chave: Educação, Família, Aprendizagem.

INTRODUÇÃO

Segundo Valente (2002) é em casa que se inicia o processo de aprendizagem. Sua  formação social é intensa desde cedo, pois os pais começam a estipular horários, locais de passeio e até mesmo a estimular a convivência com determinados grupos sociais. Ao mesmo tempo, também desde cedo, a família começa a auxiliar na formação da personalidade da criança ensinando-lhe o que pode ou não ser feito, corrigindo erros, incentivando acertos, dando-lhe conselhos.

Na infância, de acordo com Cury (2003) é a fase em que a criança aprende a gostar ou não da escola. Uma situação que lhe cause um trauma pode torná-la uma criança com frequentes problemas na escola e com o apoio da família preparando e orientando para essa nova fase, essa ruptura com seu  mundo particular e seguro da exclusividade de atenção que a criança vivencia em seu lar pode ser mais tranquila, estimulando o prazer pelas atividades escolares. Já na escola, depois dessa fase de adaptação, a família continua a ter papel relevante na educação infantil, pois ela pode influenciar no processo de aprendizagem. Essa participação se  torna  mais  efetiva  à  medida  que  os  pais  participam  de  reuniões,  conhecem  o  projeto político-pedagógico da escola e se inteiram das necessidades escolares de seus filhos.

Para Bhering e De Nez (2002) o convívio familiar influencia sobremaneira o desenvolvimento escolar da criança, em especial na educação infantil, pois  nessa fase a criança não apresenta, ainda, maturidade para dissociar o contexto escolar do contexto familiar.

E é nessa conjuntura que o presente estudo traz como com a temática “O reflexo do contexto familiar na aprendizagem do aluno”. Considerando que o desenvolvimento físico, psíquico e social da criança depende em grande parte do seu relacionamento com os adultos em geral, notadamente os da família, pois é a presença mais constante em sua vida, a apreciação dos intercâmbios no seio do grupo familiar é essencial, pois todo o desenvolvimento é influenciado pela vivência dos pais. O papel dos pais é diligente, as técnicas educacionais vão-se decompondo ao longo das influências mútuas da família com a criança (COLL; MARCHESI; PALÁCIOS, 2016).

Segundo Freire (2014) as analogias familiares, os mundos conhecidos dos costumes da casa se contornam nos primeiros identificadores da criança. A criança é um atuante operacional nessa consistência, capaz de alterar o seu ambiente. Ao ingressar na escola, a criança deixa de compartilhar apenas do mundo de seu lar e incide a acostumar-se com outro mundo que lhe oferece rotinas distintas e que, ao mesmo tempo, lhe estabelece atitudes diversas. A jornada escolar pode ocasionar dificuldades tanto para a criança quanto para os seus pais, que necessitarão se adaptarem às transformações advindas do novo ambiente que influenciarão o comportamento dos filhos e o estímulo dos pais será essencial uma vez que a criança evidencie dificuldades em transformar sua rotina.

Para Muller (2008) na escola a criança encara ocorrências conflituosas que em família não lhes são comuns. Ela tem que repartir e partilhar com outras crianças os brinquedos e objetos que antes usava sozinha; deve esperar sua vez e instruir-se a acostumar-se com pessoas distintas.

Nesse sentido, este estudo, é justificado pela importância de uma ponderação sobre o distanciamento do ensino formal em relação à realidade social e familiar, que despontam uma falta de conhecimento e empenho dos pais no amadurecimento e no desenvolver-se cognitivo de seus filhos. Deste modo, o estudo desse tema foi se tracejando na influente constituição instrutora com crianças e adolescentes, em sua maioria capaz, mas com dificuldades para pensar, para usufruir do conhecimento no cotidiano de suas vidas.

Diante desta constante, leva-se ao levantamento a seguinte questão: Qual a relação entre as situações familiares e a dificuldade de aprendizagem escolar dos alunos? Este estudo teve como objetivo geral compreender a relação entre o contexto familiar as dificuldades de aprendizagem escolar de alunos, partindo do pressuposto que o desempenho escolar depende de diversos fatores, dentre estes, a família.

Assim, acredita-se na hipótese de que um trabalho desenvolvido por profissionais qualificados na educação em parceria com a família e a comunidade escolar possa fazer o diferencial para esse aluno, para que ele possa desenvolver conhecimentos básicos que serão muito importantes na sua vida.

Esta pesquisa caracterizou-se segundo os objetivos como descritiva e com relação aos procedimentos de coletas, este estudo é do tipo bibliográfico e qualitativo através de fontes secundárias pela identificação e análise dos dados escritos em livros e artigos de sites e de revistas.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

CONCEITO E EVOLUÇÃO SOCIAL DA FAMÍLIA

A família tem passado por muitas transformações em sua estrutura, diversificando seu papel diante da evolução social. No antigo  modelo  tradicional, a família era extensa e patriarcal; os casamentos baseavam-se na subserviência. Tratava-se  de  uma  estrutura patriarcal e  patrimonialista onde tudo, ou  quase tudo, era  permitido  aos  pais  na  criação de seus filhos e todas as relações tinham  como principal objetivo a manutenção do patrimônio. Por isso,  de acordo com Mocellin (2000) a educação  era  baseada,  na  maioria das vezes, no autoritarismo, na violência e na opressão. Os filhos não tinham vontade própria e deviam obedecer aos pais e aos mais velhos.

Cardoso (2007) ao fazer uma breve retrospectiva histórica demonstrou que a política autoritária  predominante  até  os  anos  60,  não  apenas  do  Brasil,  mas  em  muitas  partes  do mundo,  fez  com  que  os  jovens  e,  principalmente,  as  mulheres,  se  revoltassem  contra  todo poder instituído, inclusive o patriarcal. A partir disso, as mulheres começaram a assumir um papel de maior destaque tanto na família quanto na sociedade, seja trabalhando em empregos formais ou ajudando nas despesas domésticas.

Com isso, aos poucos, esse modelo  tradicional  se  rompeu  e  foram  surgindo novos modelos de família, como bem ressalta Schlickmann e Pizzarro (2013) ressaltam que com a revolução feminina, a mulher passou a trabalhar fora, contribuindo para o sustento do lar e assumindo posições de maior relevância no mercado de trabalho, por outro lado o homem passou  a dividir a responsabilidade pela criação dos filhos  e,  isso,  fez  também  com  que  o  número  de  filhos  de  uma  família  se tornasse menor, devido, inclusive, às dificuldades advindas pela ausência da mãe, antes presença constante no lar.

Para Henriques; Féres-Carneiro; Magalhães (2006) considerando que a família vem-se transformando através dos tempos, acompanhando as  mudanças  religiosas,  econômicas e  socioculturais  do  contexto  em  que  se  encontram inseridas, reconhece-se que os papéis dos entes familiares também sofreram alterações.

A Constituição Federal do Brasil de 1988 (BRASIL, 1990) legitima tais inovações sociais no âmbito familiar, pois aborda a questão da família nos artigos 5º, 7º, 201, 208, 226 a 230. Por   exemplo,  no  artigo  226 parágrafo 3º inaugura  a união  estável  como  um  novo conceito  de  família  e no parágrafo 4º  privilegia  a  comunidade  formada  por  qualquer  dos  pais  e  seus descendentes, a já tratada família monoparental. E ainda reconhece no parágrafo 5º que: os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher.

Segundo Furtado (2009) a  Constituição  Federal,  além  de  reconhecer  as  mudanças  estruturais  no modelo  de  família,  considerou  a  criança  e  o  adolescente  como  sujeitos  de direitos, o que nenhuma legislação anterior havia feito.

Para consagrar definitivamente as crianças e adolescentes como sujeitos  de direitos, a Constituição  Federal  determinou  a  criação  de  uma  legislação  específica  de  proteção  desses direitos. Assim, em 1990, surgiu em nosso ordenamento jurídico o Estatuto da Criança e do Adolescente, conhecido como ECA (BRASIL 1990) que lhes garante direitos específicos  e políticas públicas de tratamento.

Para Ferreira (2004) como sujeitos de direitos, crianças e adolescentes, podem  manifestar vontades e ter garantias quanto à sua integridade física, moral e psíquica, o que tornou algumas formas de educar contrárias à lei, como por exemplo, os castigos físicos a que crianças e adolescentes eram submetidos no contexto escolar como punição a desobediência ou indisciplina.

Segundo Milano e Milano (1996) esse estatuto contemplou amplamente a família, destinando lhe obrigações quanto  à  criação de seus filhos e pondo fim, ao menos legalmente, à educação pelo uso de castigos físicos.

Para o mesmo autor, quanto à educação, o ECA (BRASIL, 1990), inovou ao determinar que a família tem obrigação legal de matricular seus filhos na escola e cuidar de  sua frequência às aulas, acompanhando a evolução de sua aprendizagem. O  ECA dividiu  a  responsabilidade pelas crianças e adolescentes brasileiros entre a família, o Estado e a sociedade. Assim, de acordo com seu art. 4º (BRASIL, 1990):

É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com prioridade absoluta, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à  liberdade e à convivência familiar e comunitária.

Apesar da legislação determinar a responsabilização da educação das crianças tanto às famílias quanto ao Estado e a sociedade, de acordo com Hironaka (2006) independente da evolução social e das modificações no modelo de família, esta ainda é e sempre será o ente responsável pela formação da personalidade e do caráter da criança. Por isso, é a família que deverá fornecer as bases educacionais e todo o apoio necessário à escola para que a criança tenha um pleno desenvolvimento escolar, social e de caráter.

Pode-se dizer que as transformações familiares ocorrem por vários problemas alheios à vontade dos sujeitos envolvidos, para tanto, Pratta e Santos (2007) defende em seu artigo sobre o ciclo vital da família, uma lição geral sobressai: existe cada vez mais evidência para a hipótese de que muitos efeitos das transições familiares, pobreza, problemas sociais e outros fatores de risco para as crianças são provavelmente mediados pelos processos mais íntimos das relações emocionais dentro das famílias, principalmente entre pais e filhos. Enquanto todas as famílias passam por situações de estresse como doenças, divórcio, crises econômicas e acidentais, algumas delas saem relativamente ilesas, ao passo que outras desorganizam-se gravemente.

De acordo com Brambatti (2010) as famílias com mais resiliência, que enfrentam melhor as dificuldades da vida, conseguem manter um equilíbrio dinâmico entre dois grupos de características psicológicas complementares. O primeiro é formado por valores auto-afirmativos que incluem iniciativa, independência, criatividade, humor e flexibilidade. O segundo engloba as necessidades integradoras tais como visão de mundo compartilhada, cooperação, altruísmo e espiritualidade.

Nesse sentido Dessen e da Costa Polonia (2007) afirmam que o contexto sócio-cultural é um parâmetro indispensável para descobrir o que está acontecendo nas famílias atualmente. Questões sociais como a falta de emprego, corrupção e violência atingem todos os setores da sociedade, especialmente a família, e a família, sem a proteção dos órgãos governamentais enfrentará esses obstáculos e, em muitos casos, não está preparada para enfrentá-los, o que é um fator agravante.

É formidável verificar o resultado nos estudos, pois os pais preocupam-se com a educação de seus filhos. Cardoso (2007) diz que a maioria das crianças apresentam alguns sintomas nos primeiros anos após o divórcio, principalmente na escola. Filhos em idade escolar demandam da familia coesão e organização. Para o autor a escola funciona como verdadeira vitrine da família, mostrando o que está indo bem e o que está indo mal. Por isso, é natural que seja a escola quem tome frequentemente a iniciativa de encaminhar as crianças que apresentam dificuldades para atendimento especializado.

Assim, Ferreira (2004) afirma que o adolescente amparado em suas necessidades, normalmente tem a um bom desempenho escolar e convive com a família em relativa harmonia. Porém, o adolescente que nesta etapa, com base no histórico de problemas familiares, apresenta dificuldades nas relações, refletindo e condenando essa instabilidade de aprendizagem. O insucesso acadêmico e suas manifestações podem estar relacionados a problemas que involuntariamente dificultam a aquisição de conhecimento do aluno, fazendo com que ele experimente dificuldades ou distúrbios emocionais.

Conflitos que segundo Lamb (2004) advêm de influências familiares onde a  criança ou adolescente, com suas crenças e expectativas, pode não entender nitidamente o que está ocorrendo, sente-se culpado pelos problemas familiares. Para o autor se os pais, ou a sociedade, em sua maioria forem esclarecidos, existe a possibilidade da escola compreender e auxiliar na superação de alguns conflitos, desajustes relacionais e dificuldades escolares que seriam, sem dúvida, resolvidos a tempo. Assim, o autor ainda afirma que a criança que estiver bem vai melhorar e aquela que estiver com problemas será ajudada pela instituição e pelos responsáveis, afim de superá-los.

A FAMÍLIA E A APRENDIZAGEM

A famíli é o primeiro suporte para essa educação, é ela que lhe satisfaz as necessidades básicas para sua sobrevivência, além de ser a responsável pelo desenvolvimento das qualidades instrumentais (percepção, motricidade, linguagem). Algumas  dessas  aprendizagens sociais são a linguagem, a capacidade de relacionamento entre  os  objetos,  os acontecimentos ou as ações (DESSEN e SZELBRACIKOWSKI, 2004).

Para Valente (2002) é em casa que se inicia o processo de aprendizagem. Sua  formação  social  é intensa desde cedo, pois os pais começam a estipular horários, locais de passeio e até mesmo a estimular a convivência com determinados grupos sociais. Ao mesmo tempo, também desde cedo, a família começa a auxiliar na formação da personalidade da criança ensinando-lhe o que pode ou não ser feito, corrigindo erros, incentivando acertos, dando-lhe conselhos.

De acordo com Cury (2003) é nessa fase que a criança aprende a gostar ou não da escola. Uma situação que lhe cause um trauma pode torná-la uma criança com frequentes problemas na escola. Com o apoio da família preparando e orientando para essa nova fase, essa ruptura com seu  mundo particular e seguro da exclusividade de atenção que a criança vivencia em seu lar pode ser mais tranquila, estimulando o prazer pelas atividades escolares. Já na escola, depois dessa fase de adaptação, a família continua a ter papel relevante na educação infantil, pois ela pode influenciar no processo de aprendizagem. Essa participação se  torna  mais  efetiva  à  medida  que  os  pais  participam  de  reuniões,  conhecem  o  projeto político-pedagógico da escola e se inteiram das necessidades escolares de seus filhos.

Já para com Bhering e De Nez (2002) o convívio familiar influencia sobremaneira o desenvolvimento escolar da criança, em especial na educação infantil, pois  nessa fase a criança não apresenta, ainda, maturidade para dissociar o contexto escolar do contexto familiar.

Abordando  os  aspectos  pedagógicos  da  família, Nogueira (2005) explica  que  a participação  dos  pais  na  vida  escolar  dos  filhos  pode  influenciar  de  modo  efetivo  o desenvolvimento escolar dos filhos.

Para Brambatti (2010) a relação  família-criança é um dos elementos  que  determinam  um  bom  rendimento escolar,  pois  é  na  família  que  as  crianças  encontram  os  exemplos  a  serem  seguidos  e, principalmente, é na família que a criança recebe educação para a vida: com limites, atenção, bons ou maus exemplos.

O PAPEL DA ESCOLA

Segundo Marques e Alves (2004) a escola, por sua vez, aponta que o sucesso do processo educativo depende muito da atuação e participação das famílias, que devem focar em todos os aspectos do desenvolvimento do aluno.

As relações entre a escola e a família, além de supostos ideais comuns, baseiam-se na divisão do trabalho da educação das crianças e envolvem expectativas recíprocas.

Para que a relação família-escola seja produtiva, não basta que a família se disponha a fornecer  o  apoio  necessário  ao  desenvolvimento  escolar  de  seu  filho, a  escola  deve contemplar em seu projeto político-pedagógico a participação da família através de reuniões, projetos comunitários, voluntariado (PINHEIRO et al., 2014).

O  tempo  todo,  com  suas  atitudes,  pais  e professores  estão  educando  as  crianças,  pois,  segundo Cury  (2003)  estas  observam  suas posturas diante de situações cotidianas e acabam por imitar determinados comportamentos de ambos, assimilando-os como exemplos.

Os  pais  podem  e  devem  ser  chamados  pela  escola  a  interferirem  nas  questões  de comportamento e ética e, até mesmo, na disposição das disciplinas. Além disso, a escola pode oferecer  palestras,  cursos  e  outros  momentos  que  possibilitem  a  interação  entre  as  famílias para a troca de experiências. A  família  pode  contribuir  muito  com  a  organização  escolar  oferecendo,  inclusive, serviços voluntários nas escolas que enfrentam dificuldades. Para Henriques; Féres-Carneiro; Magalhães (2006) tudo isso depende da estruturação do projeto político-pedagógico da escola, que deve reconhecer a importância da participação familiar e utilizar todos os recursos disponíveis para proporcionar oportunidades de contato com os pais, passando-lhes informações e solicitando-lhes sugestões e decisões.

Segundo Brambatti (2010) o  trabalho  dos  pais  integrado à instuiução de ensino  é imprescindível para que ambos entendam e tenham claramente o mesmo objetivo, ajudando no desenvolvimento do aprendiz.

Segundo Pádua (2003) é papel  da  escola  instruir  os  pais  acerca  do  comportamento adequado  na  orientação  das  atividades  escolares  e  mesmo  nas  atividades  cotidianas  que auxiliem no desenvolvimento da aprendizagem. Dúvidas e esclarecimentos também cabem à escola que, por possuir um quadro de pessoal qualificado, precisaria ter meios de oferecer debates, doutrinar, nortear,  subsídios  dos  mais  diversos  assuntos  de  interesse  da comunidade escolar. Para os autores, cabe à escola planejar metas, transformar a realidade em um processo contínuo e dinâmico e fazer recomendações pedagógicas condizentes com seus clientes, reconhecendo que a aprendizagem se estrutura pelo jogo de saberes, realidade e experiência no ambiente domiciliar.

O ENSINO E A APRENDIZAGEM

Ao analisar os processos de desenvolvimento e de aprendizado, Vygotsky (1991) propôs um complexo estudo sobre esse tema. Um dos pontos de reflexão, que esse autor destaca é que o bom ensino é aquele que leva ao bom desenvolvimento. Esse conceito de desenvolvimento e aprendizagem, segundo Vygotsky (1991), pode ser entendido como a separação entre o que o estudante consegue instruir-se, em seu desdobramento natural, e aquilo que ele não alcança sozinho, mas obtém no conjunto do intercâmbio com o meio escolar e familiar, no intermédio com o outro. Assim a escola e a familia partilham a mesma função educacional, embora uma não possa, ou não apresente, condições de fazer o serviço do outro.

A aprendizagem é um processo individual, mas se dá no contexto sócio-cultural no qual o indivíduo está inserido, promovendo uma articulação entre a inteligência e as experiências afetivas do aprendiz. Dayrell (1996) refere-se à importância do ambiente familiar quanto à influência que exerce, de forma decisiva, na formação da personalidade da criança, através da transmissão, de forma sistemática, dos usos e costumes de gerações anteriores. Segundo o autor, o desenvolvimento da personalidade se deve tanto ao fator genético, quanto à aprendizagem que é adquirida na interação física e social com o meio.

Quanto à escola, segundo Dessen e da Costa Polonia (2007) ela pode contribuir para diferentes trajetórias de desenvolvimento. No sentido positivo, através do acesso à educação básica, a criança pode conseguir aprendizados mais abrangidos. Essa condição lhe possibilitará melhores oportunidades profissionais. Vivencia-se hoje um modelo de sociedade no qual os saberes são discutidos e, de certa forma, possibilitam a reconstrução de saberes anteriores. Essa troca de informações proporciona à pessoa chegar a entendimentos sobre conhecimentos em edificação.

De acordo com Luckesi (2005) a aprendizagem se dá em um contexto social, no qual as possibilidades de troca de informações são praticadas promovendo o desenvolvimento do grupo. Percebe-se que, na medida que a criança consegue corresponder às solicitações escolares, desempenhar o seu papel de aluno, realizar as atividades propostas e preparar-se para as avaliações, cresce nela a auto-estima e a confiança em sua capacidade para lidar com os desafios que surgem, tanto no ambiente escolar como fora dele, o que vai estimular a busca pelo aprender por si mesma, a autonomia, as suas possibilidades e modalidades de aprendizagem.

O dever da família em relação ao processo de escolaridade e a importância da presença dos pais ou responsáveis, no contexto escolar, é publicamente reconhecido na legislação nacional e nas diretrizes do Ministério da Educação aprovadas no decorrer dos anos 90, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (BRASIL, 1990). Logo, a escola tem o dever de auxiliar a família no sentido de dar apoio e orientação quanto ao processo de ensino e aprendizagem dos filhos.

A PARTICIPAÇÃO DA FAMILIA NA APRENDIZAGEM DO ALUNO

Angelucci et al. (2004) citam que criança que enfrenta o fracasso escolar é tida como “desligada”, “preguiçosa” e é tratada, muitas vezes, com menosprezo pelo professor, geralmente é deixada de lado. Geralmente, os pais não sabem como ajudá-la, e apoiando-se na opinião da professora despreparada, também responsabilizam a criança pelo problema.

Para Montagner (2015) a capacidade de enfrentamento dessa situação por parte da criança, depende principalmente das condições da família e da própria criança. Muitas vezes, a família ignora, ou têm uma noção precária, que seu papel é significativo no suporte que deve oferecer aos seus filhos para torná-los capazes de obter o sucesso escolar. Para que a criança exponha suas frustrações, ela precisa sentir-se segura em relação à sua família. Ninguém acerta todas, ou erra.

De acordo com Nogueira (2005) a criança terá confiança em falar sobre suas derrotas ao sentir-se aceita e orientada dentro de um convívio saudável na relação parental. Somente em famílias onde há diálogo e aceitação, ou seja, famílias organizadas, esse processo se dá de forma tranquila e equilibrada. Assim, sobre o olhar pedagógico da família, o autor esclarece que a participação dos pais na vida escolar dos filhos pode influenciar de modo efetivo o desenvolvimento escolar dos filhos.

Para Brambatti (2010) a relação família-criança é um dos elementos que produzem um bom resultado escolar, pois é na família que as crianças encontram os exemplos a serem adotados e, sobretudo, é na família que a criança aufere instrução para a vida: com limites, prudência, bons ou maus protótipos.

Segundo Zabalza (2009) ninguém possui as mesmas capacidades frente as demandas escolares. Na escola e na vida familiar, cada um mostra-se de maneiras distintas para compreender e em moldes e períodos diferentes, pois os desempenhos são distintos um para o outro, contudo cada um expõe causas para o seu jeito de ser. Precisa-se compreender cada sujeito e fornecer os meios necessários ao desenvolvimento de cada um dentro de seu contexto.

Para Marques e Alves (2004) alguns indivíduos são mais retraídos, têm dificuldade de serem aceitos em grupos e acabam se escondendo em seu próprio conhecimento pessoal, apresentando inibição cognitiva, resistência à mudança e não aprendendo o conteúdo escolar. Por não terem uma organização intelectual e emocional definida por parâmetros externos, são ridicularizados quando apresentam suas ideias ao grupo por não saberem lidar com contratempos ou mesmo ter uma defesa de suas ideias, acabam partindo para a ignorância, para atos de agressão, pois a ação predomina sobre os pensamentos. O adulto, no caso os pais, têm o dever de orientar seus entes a ampliar rotinas de estudos. A tarefa de educar não cabe somente a escola, embora também seja um dos seus papéis. A participação da família na instituição é essencial para o bom desenvolvimento escolar. Propor atividades que desenvolvam o aprendizado, é uma tarefa tanto da escola como da família e ambas necessitam de apoio para fornecer os subsídios necessários ao desenvolvimento das dimensões intelectual e afetiva em relação a aprendizagem do sujeito.

Para Andrade (2000) em famílias saudáveis, o lar deve ser um lugar de aconchego e harmonia, não dizer que não haverá discórdia, porém o amor e a maturidade familiar serão os responsáveis pelas escolhas e estruturação psíquica e social. Para o autor,  as pessoas têm vários tipos diferentes de sentimentos e cada um deles se mostra de uma forma especial. A felicidade é um sentimento que aparece quando as coisas estão indo bem. Logo, é importante que a família esteja atenta, pois assim como a felicidade é facilmente percebida, o sentimento de tristeza também é visível. Assim o autor afirma que desta forma, tanto a escola como a família, podem dar a atenção necessária ao educando.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo teve como objetivo compreender a relação entre o contexto familiar do aluno e as dificuldades de aprendizagem escolar de alunos do Ensino Fundamental. Diante das constatações evidenciadas cabe-se fazer algumas considerações.

Deste modo, como toda a coletividade, família e unidade de ensino sofreram, ao longo dos anos, profundas mudanças em sua estrutura. Essas mudanças fizeram alterar ao longo dos anos os papéis da escola e da família na educação formal. A escola deixou de ser apenas responsável pela alfabetização e o repasse de informações para se contornar uma mentora, exercendo ao lado dos pais a função de fornecer à criança uma boa formação global.

Os pais estão cada vez mais comprometidos com assuntos externos à educação dos filhos, o que faz com que parte dessa tarefa seja delegada à escola. Os meios de comunicação, a capacidade de consumo e as diversas interferências na educação também são notórios no decorrer do desenvolvimento escolar. Por isso, considera-se que uma relação produtiva entre a escola e a família inclui ganhos para a família, para a escola, para os estudantes e para a sociedade.

As escolas devem se adaptar a essa nova função de educadora solicitando e possibilitando uma participação ampla da família no contexto escolar, uma vez que a função primordial de educar é da família e que a escola deve ser coadjuvante nesse processo.

Sendo a escola um marco na vida da criança, é preciso que o educador esteja preparado para lidar com as famílias, consciente de que nem todas terão a mesma reação diante da solicitação de sua participação ativa na vida escolar de seu filho.

Diante da questão norteadora: Qual a relação entre as situações familiares e as dificuldades de aprendizagem escolar, dos alunos? Pôde-se compreender que através do estudo realizado, ficou notório que existe sim um enorme reflexo sobre a aquisição da aprendizagem quando os alunos vivenciam situações conflituosas no seu berço familiar. Assim fica evidente a necessidade da interação da família com a escola para que esses fatores externos possam ter um efeito menos nocivo na realidade escolar desses alunos. No entanto entende-se que a função da escola não é fácil e exige habilidade para lidar com estas situações. É preciso buscar formas de atrair os pais à escola fazendo-os sentirem-se imprescindíveis na formação de seu filho, não somente na formação do caráter e do comportamento, mas na formação plena e global deste como indivíduo.

REFERÊNCIAS

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[1] Mestre em ciências do esporte, pós-graduada em psicopedagogia clínica e institucional, graduada em educação física, licenciatura em ciências biológicas, pedagogia e licenciatura em história. ORCID: 0000-0002-1810-6378.

[2] Mestranda no programa de pós-graduação em biodiversidade e conservação; graduada em licenciatura em ciências biológicas. ORCID: 0000-0001-6197-021X.

[3] Estudante de Medicina da Universidade de Rio Verde. ORCID: 0000-0002-7621-5599.

[4] Estudante de Medicina da Universidade de Rio Verde. ORCID: 0000-0002-8704-3905.

[5] Graduada em Pedagogia. ORCID: 0000-0003-3295-9059.

Enviado: Fevereiro, 2022.

Aprovado: Fevereiro, 2022.

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Vanéria Paula Sousa Martins

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