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Recreação Escolar: O Brinquedo a Brincadeira e o Jogo na Educação da Infância

RC: 5142
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CONTEÚDO

MARINS, Danielle Stéfane de [1], COSTA, Celia Regina Bernardes [2]

MARINS, Danielle Stéfane de; COSTA, Celia Regina Bernardes – Recreação Escolar: o brinquedo a brincadeira e o jogo na educação da infância. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento, Ano 1. Vol. 10 pp. 05- 24. ISSN.2448-0959

RESUMO

A recreação é a práticas de atividades lúdicas, que envolvem a espontaneidade, a liberdade de expressão, a criatividade, a alegria, o prazer de forma individual ou coletiva. As atividades recreativas envolvendo jogos, brinquedos e brincadeiras podem ser desenvolvidas em escolas, clubes, empresas, acampamentos, dentre outros espaços.  No contexto escolar além dos aspectos citados, as atividades recreativas visam o desenvolvimento integral dos educandos nos aspectos cognitivos, afetivos, sociais e motores. Desta forma, esta pesquisa inscreve-se como um trabalho que busca compreender a importância das atividades recreativas envolvendo o brinquedo, a brincadeira e o jogo, como práticas corporais da Educação Física Escolar, capaz de contribuir para o desenvolvimento integral dos educandos. A metodologia utilizada no presente estudo foi através de pesquisas em artigos científicos, livros, e sites da Internet. Após os estudos realizados, foi possível perceber que as atividades recreativas, envolvendo o brinquedo, a brincadeira e o jogo, são caracterizadas como organizações lúdicas importantes para o desenvolvimento das crianças. Além de possibilitar a flexibilização de regras, de espaço, de tempo, de movimentos, ampliando as habilidades básicas, as atividades recreativas favorecem também ampla participação e convivência entre os jogadores, promovendo o desenvolvimento geral do ser humano, nos aspectos físicos, cognitivos, afetivos e sociais. Portanto, as práticas lúdicas e recreativas devem fazer parte do curricular escolar e integrar à proposta pedagógica da escola.

Palavras-chaves: Educação, escola, infância, recreação.

INTRODUÇÃO

  As diretrizes educacionais modernas asseveram que a prática de atividades físicas deve ser inserida, de forma efetiva, no sistema educacional. A Educação Física não deve ser percebida apenas como uma singela instrução para a movimentação do corpo, de forma essencialmente física. O papel dessa disciplina deve estar agregado ao desenvolvimento do indivíduo, em sua busca pelo aprendizado e pela concretização do conhecimento, desde os anos iniciais.

A recreação, em seus primórdios, não estava relacionada ao ensino, mas sim às festividades e celebrações de culto a deuses. “Os jogos simbolizavam a superação das barreiras pelas quais esses grupos (as tribos primitivas) se confrontavam, passando de geração a geração às crianças em forma de brincadeiras. ” (GUERRA, 1988 apud GARCIA; GIROTO, 2008).

No ambiente escolar, o jogo sempre usufruiu um lugar de destaque, sendo o conteúdo mais trabalhado pelos professores de Educação Física. No entanto, a sua contribuição real para o desenvolvimento integral do aluno é motivo de questionamento, para a escola, os pais e alguns professores. […]. Acredita-se que, pela escola ser uma instituição social, o ambiente escolar é um meio que influência, produz ou reproduz, os processos de construção do sujeito. E assim o jogo é um importante caminho no processo educativo do indivíduo, com potencial para aproximar atividades e o comportamento das pessoas, no que diz respeito a condições básicas à liberdade, a separação nos limites de tempo e espaço estabelecidos e a regulamentação. (VALDUGA, 2011).

Durante as atividades físicas propostas na escola o jogo se manifesta nas crianças de forma natural. Há o alívio da tensão interior, com crianças agindo de forma espontânea e descontraída. Os alunos se exercitam sem medo e de acordo com regras de comportamento. Dessa forma, o jogo favorece o desenvolvimento físico, mental e emocional das crianças. (MARQUES; KRUG, 2009).

Após vários anos, o surgimento da Revolução Industrial trouxe os direitos trabalhistas e o lazer foi inserido no cotidiano dos trabalhadores. O lazer é atividade primordial no desenvolvimento pessoal e social do indivíduo. Inúmeros benefícios já foram constatados, como a ampliação da noção espacial e temporal, o desenvolvimento motor, cognitivo, afetivo e físico. Através dos jogos a criança o adolescente superam barreiras, obtendo a noção de sucesso e fracasso, analisando sempre qual a melhor forma de agir nas mais diversas situações do dia a dia.

A recreação possui como principais objetivos: integrar o indivíduo ao meio social; desenvolver o conhecimento mútuo e a participação grupal; facilitar o agrupamento por idade ou afinidades; desenvolver ocupação para o tempo ocioso; adquirir hábitos de relações interpessoais; desinibir e desbloquear; desenvolver a comunicação verbal e não-verbal; descobrir habilidades lúdicas; desenvolver adaptação emocional; descobrir sistemas de valores; dar evasão ao excesso de energia e aumentar a capacidade mental do indivíduo. (VIEIRA, 2016).

A educação infantil necessita de novas abordagens para que se torne realmente eficiente, formando cidadãos e transformando vidas. O jogo, a brincadeira e o brinquedo são importantíssimos nos anos iniciais, visto que a criança transporta para esses instrumentos o que vive cotidianamente. O momento lúdico proposto é uma “imitação” da realidade já vivida pelos adultos. “Através da brincadeira a criança consegue expressar seus sentimentos em relação ao mundo social e transformar sua realidade que muitas vezes é tortuosa devido aos problemas que traz consigo. ” (ARRUDA; MOURA, 2007).

O professor de Educação Física é o mediador durante as atividades recreativas. Ele deve ater-se em proporcionar a participação de todos durante os exercícios; como também inserir na sistemática escolar os exercícios práticos que propõe, buscando a interdisciplinaridade.

O principal papel do jogo no ambiente escolar é o de dar outras possibilidades de compreensão para o esporte e proporcionar aos alunos o desenvolvimento integra. No que tange à educação física em específico, em síntese, propiciar o desenvolvimento global da criança é permitir que a própria corporeidade manifeste uma intencionalidade operante na respectiva motricidade, sem distinção alguma, porque vida é constituída de movimento que tem um alcance pessoal, social, cultural e político. (VALDUGA, 2011).

Assim, propõe-se com a pesquisa um estudo minucioso sobre o jogo, a brincadeira e o brinquedo, abordando cada um em seu contexto histórico e social, bem como os benefícios que trazem para a educação infantil. O estudo norteia-se pela problemática: de que forma as atividades recreativas, envolvendo o brinquedo, a brincadeira e jogo, podem contribuir para a educação da infância?

Como objetivo geral, a pesquisa busca compreender a importância das atividades recreativas envolvendo o brinquedo, a brincadeira e o jogo na educação da infância. E, de forma específica: entender a interferência da recreação nos diversos contextos históricos e sociais; identificar a importância das atividades recreativas no processo de aprendizagem e socialização da criança na educação infantil; assinalar a relevância do brinquedo, da brincadeira e do jogo para o desenvolvimento da criança; apontar o papel do professor de Educação Física na arte de ensinar através de atividades recreativas.

As atividades recreativas proporcionam momentos prazerosos e espontâneos durante as aulas de Educação Física. Através dessas atividades é possível o desenvolvimento de aspectos socializantes, além de aumentar e vincular o aprendizado com atividades práticas.

O estudo do brinquedo, da brincadeira e do jogo é relevante por diversos aspectos. O entendimento desses instrumentos educacionais, tanto suas diferenças como a utilização prática de cada um, são a fórmula propulsora que auxilia o professor de Educação Física, e os demais agentes educacionais.

A formação cognitiva e psicomotora (principalmente na infância) pode ser realizada de uma melhor forma através dos jogos, dos brinquedos e das brincadeiras. A recreação já é inerente à criança, de uma forma natural. A inserção de atividades recreativas durante o período escolar gera um desenvolvimento maior, tanto individual quanto coletivo. A percepção de sociedade e a transformação dos aspectos subjetivos de cada indivíduo são percebidas no decorrer da prática da atividade.

Os exercícios de recreação, materializados através do brinquedo, da brincadeira e do jogo, influenciam tanto os alunos como o profissional de Educação Física. O professor muda seu cotidiano profissional com novas propostas de trabalho, diversificando suas aulas e crescendo como educador.

METODOLOGIA

O estudo possui como metodologia a revisão de literatura. Foram utilizados artigos publicados, entre os anos de 2007 e 2016, em bases on-line de dados científicos (Google Acadêmico). Para a seleção das fontes foram destacados materiais que abordassem a recreação escolar na educação infantil. As seguintes palavras-chave foram aplicadas: recreação, brinquedo, brincadeira, jogo, educação física infantil.

A coleta de dados foi realizada entre fevereiro e outubro de 2016.

Para chegar aos resultados esperados através da pesquisa, serão analisados e discutidos os artigos encontrados sobre a recreação infantil.

1. A RECREAÇÃO NOS DIVERSOS CONTEXTOS HISTÓRICOS E SOCIAIS

Os jogos e as brincadeiras são atividades indispensáveis para uma boa saúde física, mental e emocional, estando sempre presentes em qualquer cultura, desde os tempos mais antigos. Através destas atividades, a criança desenvolve a linguagem, o pensamento, a autonomia, o relacionamento interpessoal e eleva sua autoestima. (MAURÍCIO, 2008)

Os moldes da educação são antigos, foram modificados no decorrer do tempo, mas sempre buscam um fim comum: alcançar os objetivos sociais. Os métodos lúdicos sempre foram valorizados por diversos povos, com destaque para o Brasil, onde os índios ensinavam aos pequenos da aldeia a caçar, pescar e viver em sociedade, tudo através de atividades lúdicas, para que quando as crianças se tornassem adultas, já estivessem aptas a sobreviver na realidade que enfrentariam. (SANT´ANNA, 2011) na concepção de Cintra, Proença e Jesuíno (2010) a sociedade primitiva ensinava através da imitação, sendo o ato de brincar uma inserção nos papéis sociais, onde se ensinava a própria sobrevivência.

Com a nova reestruturação social vinda com o surgimento das cidades, apareceram as primeiras escolas. Pensadores como Platão já ponderavam sobre a importância dos jogos durante a primeira infância. A posterior prática de esportes tinha influência, além da construção corporal, na formação do caráter e na personalidade da criança. Neste contexto surgiram os brinquedos, na forma que se conhece nos dias atuais. (CINTRA; PROENÇA; JESUÍNO, 2010)

Na Idade Média a aprendizagem através dos jogos seguiu o modelo grego. (CINTRA; PROENÇA; JESUÍNO, 2010). “O jogo visto como recreação desde a antiguidade greco-romana aparece como relaxamento necessário a atividades que exigem esforço físico, intelectual e escolar. ” (KISHIMOTO, 2011). Segundo Kishimoto (2011), o jogo durante a Idade Média não era visto como “algo sério”, pois era relacionado ao jogo de azar, muito difundido na época.

A partir do Renascimento, procurou-se romper com o pensamento Medieval, trazendo o humanismo como foco dos debates da época. Assim, os jogos corporais perderam foco, sendo destaque as atividades lúdicas mentais. “A partir desse movimento Renascentista no século XVI, começou-se a perceber o valor que os jogos tinham para educação, vistos como uma tendência que é natural ao homem. ” (CINTRA; PROENÇA; JESUÍNO, 2010).

O jogo serviu para divulgar princípios de moral, ética e conteúdos de história, geografia e outros, a partir do Renascimento, o período de “compulsão lúdica”. O Renascimento vê a brincadeira como conduta livre que favorece o desenvolvimento da inteligência e facilita o estudo. Ao atender as necessidades infantis, o jogo infantil torna-se forma adequada para a aprendizagem dos conteúdos escolares. Assim, para se contrapor aos processos verbalistas de ensino, o pedagogo deveria dar forma lúdica aos conteúdos. (KISHIMOTO, 2011).

No âmbito da história brasileira, os jogos que são conhecidos nos dias atuais são fruto de uma miscigenação que aconteceu entre índios, portugueses e negros. Este fator caracteriza um conteúdo importantíssimo que veio como herança, a qual deve ser preservada, valorizada e utilizada nos contextos escolares modernos. (SANT´ANNA, 2011)

Os índios sempre se fizeram valer de seus costumes para ensinar seus filhos a caçar, pescar, brincar, dançar; uma maneira lúdica do aprendizado e que representa a cultura, a educação e a tradição de seus povos. […]. Os negros trouxeram seus costumes, semelhante aos dos índios, sendo necessária desde criança, a construção de seus próprios brinquedos, saber pescar, nadar, caçar. Cultura, educação e tradição desenvolvida de forma criativa, lúdica e que ao mesmo tempo satisfazia suas reais necessidades de sobrevivência. Os filhos dos portugueses quando vieram para o Brasil não tinham seus contatos com a ludicidade como atos para a sobrevivência, o tinham como ato de lazer e para seu enriquecimento intelectual. Seus costumes, trazidos de Portugal, eram totalmente diferentes dos existentes no Brasil dos índios e dos trazidos pelos negros, em suas bagagens, nos navios negreiros da África até aqui. (SANT´ANNA, 2011)

Neste período também surgiu o folclore, que foi com o passar do tempo sendo agregado de novos formatos, visões nuances e estilo. A mistura cultural trouxe contos, histórias, lendas, superstições, jogos e valores para o cenário social brasileiro. Destaque para a cultura portuguesa que trouxe em seus contos e lendas figuras muito populares como o lobisomem, a mula-sem-cabeça e o bicho-papão, além das histórias de bruxas e fadas, de tesouros encantados, dentre outros. (PERANZONI; ANDRADE; ZANETTI, 2012).

O jogo sempre fez parte da vida, nos tempos passados não tinha muita importância e era visto como um passatempo, mas nos tempos atuais o jogo está sendo cada vez mais valorizado […]. Os jogos estão sempre em constantes transformações, sempre passando de uma geração a outra ele é transmitido de forma expressiva, seja verbal ou gestual, sempre ganhando novos valores ao ser avaliado como instrumento indispensável na infância de qualquer criança. (PERANZONI; ANDRADE; ZANETTI, 2012).

Com a observação das brincadeiras infantis através dos tempos, pode-se entender a infância como a idade do imaginário, do lúdico, sendo o jogo uma conduta espontânea, livre e inerente às crianças, seja no mundo primitivo ou na era moderna. (KISHIMOTO, 2011)               

2. IMPORTÂNCIA DA RECREAÇÃO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

Todas as fases da vida humana necessitam do contexto lúdico, o qual apresenta variados valores, dependendo de cada idade. Para as crianças e os adolescentes, a finalidade dos jogos e das brincadeiras é pedagógica, visando proporcionar satisfação ao estudar e aprender. (MAURÍCIO, 2008)

Segundo, Schereiber (2010) o lúdico contribui para a aprendizagem, pois a criança enfrenta seus conflitos internos e desenvolve plenamente seus aspectos emocional, cognitivo e social. A brincadeira dá a oportunidade para a criança errar e acertar, aprender sozinha e construir sua própria base de conhecimento. No lúdico não há erro e sim criação.

O lúdico, ferramenta importante na mediação do conhecimento, estimula a criança enquanto trabalha com material concreto, jogos, ou seja, tudo o que ela possa manusear, refletir e reorganizar; a aprendizagem acontece com mais facilidade e entusiasmo, pois ela aprende sem perceber, aprende brincando. O brincar enriquece a dinâmica das relações sociais em sala de aula, fortalecendo a relação entre o ser que ensina e o ser que aprende. (MODESTO, RUBIO, 2014)

É através do brincar que a criança constrói sua identidade. Diversas situações do imaginário infantil estão presentes na realidade cotidiana, assim, a criança aprende a respeitar regras e compreende os limites e os papéis de cada um na vida real. (MODESTO, RUBIO, 2014)

As crianças são capazes de lidar com complexas dificuldades psicológicas através do brincar. Elas procuram integrar experiências de dor, medo e perda […] Crianças que vivem em ambientes perigosos repetem suas experiências de perigo em suas brincadeiras. Por exemplo: no Brasil, crianças que vivem nas favelas onde predomina a luta entre policiais e bandidos têm como tema preferido de suas brincadeiras esses conflitos. Quando a criança assume o papel de alguém que teme, a personificação é determinada por ansiedade ou frustração. […] A passagem de um papel passivo para um papel ativo é o mecanismo básico de muitas atividades lúdicas. Reduz o efeito traumático de uma experiência recente e deixa o indivíduo mais bem preparado para ser submetido novamente ao papel passivo, quando necessário. Isso explica, em grande parte, o efeito benéfico da brincadeira. (KISHIMOTO, 2011)

Para vários autores, a recreação significa satisfação e alegria naquilo que faz. Ela retrata uma atividade que é livre e espontânea e na qual o interesse se mantem por si só, portanto essas atividades devem gerar prazer, e ser tão atraente que a crianças nem sente vontade de parar de brincar. A recreação tem como objetivo relaxar, gastar energia, aprender, instruir, serve para comunicar algo, serve para melhora as relações, enfim as atividades recreativas incitam e promove aprendizados de forma lúdica e prazerosas.

A brincadeira é uma forma de divertimento típico da infância, uma atividade natural, que não implica compromisso, planejamento e seriedade, é uma prática que gera espontaneidade e prazer. Portanto brincando a criança se diverte, faz exercícios, constrói conhecimentos e aprende a conviver com amigos. Através dessa pratica a criança desenvolve a linguagem, o pensamento, a socialização, a iniciativa e a autoestima, preparando-se para ser um cidadão capaz de enfrentar desafios e colaborar para a construção de um mundo melhor.

De acordo com Campos (2006) no processo ensino e aprendizagem, o jogar e o brincar auxilia no desenvolvimento psicomotor, no desenvolvimento da motricidade fina  e ampla, bem como no desenvolvimento de habilidades do pensamento, como imaginação, a interpretação, a tomada de decisão, a criatividade, o levantamento de hipótese, a obtenção e organização de dados e a aplicação dos fatos e dos princípios a novas situações que acontecem quando jogamos, quando obedecemos regras, quando vivenciamos conflitos numa competição.

A inserção e utilização dos brinquedos, jogos e brincadeiras na prática pedagógica é uma realidade que se impõe ao professor, os brinquedos não devem ser explorados apenas como lazer, mas também como elementos enriquecedores para promover a aprendizagem. Para a autora, os professores precisam estar cientes de que a brincadeira é necessária e que traz enormes contribuições para o desenvolvimento da habilidade de aprender e pensar.

De acordo com Freire (1989) as habilidades desenvolvidas num contexto de jogo, de brinquedo, no universo da cultura infantil, de acordo com o conhecimento que a criança já possui são importantíssimas e devem ser incorporada nas práticas escolares, jogos como amarelinha, pegador, cantigas de roda, esconde-esconde, brincadeira de circo, tem exercido, ao longo da história, importante papel no desenvolvimento de crianças.

Através dos jogos o conhecimento infantil evolui. Os exercícios lúdicos são, em sua origem, um impulso natural das crianças, sendo os jogos e as brincadeiras a satisfação de uma necessidade interior. Além do prazer e do esforço espontâneo, as situações lúdicas impulsionam o desenvolvimento mental, pois acionam e ativam funções neurológicas. Ao agir sobre objetos as crianças estruturam seu ambiente de espaço/tempo, sendo motivadas a usar a inteligência através da competitividade necessária dentro do jogo, superando, como exposto, obstáculos emocionais e cognitivos. Dessa forma, o jogo não é apenas um passatempo, mas sim um método que é exigido naturalmente pelo próprio organismo e deve ser sedimentado dentro do currículo básico da educação escolar. (MAURÍCIO, 2008)

Embora seja explícito o lado positivo da ludicidade dentro do sistema de ensino, diversos educadores não percebem a importância deste método. Para entender o universo da ludicidade é necessário que o educador se envolva de forma profunda no processo de ensino, compreendendo os jogos, brincadeiras e os brinquedos de acordo com a perspectiva infantil. (MODESTO; RUBIO, 2014)

Os debates sobre a influência dos jogos e das brincadeiras dentro da educação vêm se consolidando, muito pelo fato dos alunos desenvolverem através da ludicidade, capacidade de raciocínio e de solução de situações-problema. Além do desenvolvimento social do aluno que possui dificuldades de se relacionar com os demais, seja por insegurança ou timidez. Através da aplicação dos jogos surge a oportunidade de troca de experiências e a consequente socialização desta criança. (MODESTO, RUBIO, 2014)

3. BRINQUEDO, BRINCADEIRA E JOGO NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL

No Brasil, a Constituição Federal de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº. 8.069/90) asseguram a condição de cidadãos a essa parcela da população brasileira, sendo a sua proteção e educação um dever da família, da sociedade e do Estado.

Compreender a criança nessa faixa etária como sujeito histórico e de direitos é reconhecê-la como agente integrante do processo de educação. Portanto, nessa etapa da Educação Infantil, o brinquedo e a brincadeira devem fazer parte do processo pedagógico e ser considerados como eixos necessários e fundamentais para uma educação de qualidade.

 “O brincar é o principal modo de expressão da infância e uma das atividades mais importantes para que a criança se constitua como sujeito da cultura. ” (CEBALOS, 2011). Vygotsky (1994) afirma que a brincadeira é constituída por três especialidades, as quais são a imaginação, a imitação e a regra. Essas características estão presentes em todas as brincadeiras infantis, sejam elas tradicionais, de faz-de-conta ou nas que as normas predominam, como ocorre na maioria dos esportes como o futebol, vôlei ou queimado. (SCHREIBER, 2010).

Os jogos e as brincadeiras são atividades presentes em todos os momentos da vida humana, sendo assim importantíssimos. A ludicidade soma de uma forma positiva no relacionamento entre as pessoas, o que possibilita a inovação pela criatividade. A criança, quando inserida dentro do jogo, permanece em um ambiente agradável, impulsionador de seus potenciais, assimilando diversas habilidades, tanto dentro como fora do ambiente escolar. (IAVORSKI, 2008)

Kishimoto (2003) afirma que é um ato complexo definir o que é jogo, o que é brincadeira e o que é brinquedo. As diferentes culturas abordam os termos de modo diverso, podendo uma conduta ser um jogo ou um não jogo dentro do contexto social no qual está inserido. O autor expõe que o brinquedo é um suporte para a brincadeira, sendo também diferente do jogo. O brinquedo supõe uma relação particular com a criança, sendo indeterminadas as características para seu uso. (MODESTO, 2014)

Brinquedo é tudo o que for usado para o ato da brincadeira, sendo um objeto com o qual a criança se envolve emocionalmente, interagindo de modo real. O brinquedo proporciona aos pequenos o divertir, o brincar, sendo importante a adequação destes às necessidades e capacidades infantis, sempre de acordo com sua faixa etária. O brinquedo é um estímulo ao desenvolvimento, pois através dele a criança inventa, explora, experimenta suas habilidades, com estímulos pontuais à curiosidade, à autonomia e aperfeiçoamento da linguagem, concentração e atenção. (CEBALOS, 2011).

Para a autora o brinquedo é compreendido como um “objeto suporte da brincadeira”, ou seja, o brinquedo é representado por objetos como piões, bonecas, carrinhos, bolas entre outros.

De acordo com a autora supracitada, o jogo, a brincadeira e o brincar têm o mesmo significado, pois todas estas atividades são sinônimas de divertimento, passatempo, distração, embora o brinquedo seja mais visto como o objeto que proporciona o brincar. Para ela a brincadeira é parte integrante da vida e não há limite de idade para usufruir deste momento. Brincar proporciona alegria e divertimento, desperta a curiosidade, estimula a inteligência, permitindo ao ser humano expressar, criar e imaginar.

Kishimoto (2001) pontua que o brinquedo ensina à pessoa alguma coisa que some ao seu conhecimento, seu contexto global. Na educação infantil, o brinquedo educativo conquistou seu lugar, assim a ludicidade auxilia o professor em seu trabalho. (IAVORSKI, 2008) para a autora o brinquedo é compreendido como um “objeto suporte da brincadeira”, ou seja, o brinquedo é representado por objetos como piões, bonecas, carrinhos, bolas entre outros.

De acordo com a autora supracitada, o jogo, a brincadeira e o brincar têm o mesmo significado, pois todas estas atividades são sinônimas de divertimento, passatempo, distração, embora o brinquedo seja mais visto como o objeto que proporciona o brincar. Para ela a brincadeira é parte integrante da vida e não há limite de idade para usufruir deste momento. Brincar proporciona alegria e divertimento, desperta a curiosidade, estimula a inteligência, permitindo ao ser humano expressar, criar e imaginar. Neste contexto, segundo Souza (2001):

O brinquedo é oportunidade de desenvolvimento. Brincando, a criança experimenta, descobre, inventa, aprende e confere habilidades. Além de estimular a curiosidade, a autoconfiança e a autonomia, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração e atenção. (SCHREIBER, 2010)

Para Paulo Freire (2002), “as brincadeiras têm grande significado no período da infância, onde de forma segura e bem estruturada podem estar presentes nas aulas de Educação Física dentro da sala de aula. ” (IAVORSKI, 2008). Kishimoto (2003) conceitua brincadeira como “a ação que a criança desempenha ao concretizar as regras de um jogo, ao mergulhar na ação lúdica, podendo se dizer que é o lúdico em ação. ” (MODESTO, 2014).

A brincadeira é uma forma de se divertir típico da infância, isto é, uma atividade natural. Por isso é de fundamental importância para o desenvolvimento infantil na medida em que a criança pode transformar e produzir novos significados. A brincadeira é assim, a realização das tendências que não podem ser imediatamente satisfeitas. Situações imaginárias constituirão parte da atmosfera emocional do próprio brinquedo. […] A brincadeira motiva, cativa e envolve, pois, é significante. (CEBALOS, 2011)

Kishimoto (2010) contrapõe que a brincadeira pode ou não ter regras, dando oportunidade para aguçar a criatividade, pois suas regras são mais “abertas”, o que induz a uma participação livre e descontraída. A criança, dessa forma, vai afundo na ação lúdica. O brinquedo e a brincadeira são interligados, não sendo confundidos com jogo. (CEBALOS, 2011)

De acordo com Friedmann (2004), as brincadeiras são linguagens não verbais, nas quais a criança expressa e passa mensagens, mostrando como ela interpreta e enxerga o mundo. No entanto, é preciso lembrar que as propostas de utilização de brincadeiras e jogos na escola precisam ser adequadas às faixas etárias e às séries dos alunos.

O Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (RCNEI, 1998) destaca a importância das brincadeiras que envolvem o canto e o movimento, uma vez que permitem o desenvolvimento do esquema corporal e das capacidades expressivas da criança.

Brincadeiras que envolvam o canto e o movimento, simultaneamente, possibilitam a percepção rítmica, a identificação de segmentos do corpo e o contato físico. A cultura popular infantil é uma riquíssima fonte na qual se pode buscar cantigas e brincadeiras de cunho afetivo nas quais o contato corporal é o seu principal conteúdo, como no seguinte exemplo: “Eu conheço um jacaré que gosta de comer.  Esconda a sua perna, senão o jacaré come sua perna e o seu dedão do pé ”. Essas brincadeiras, ao propiciar o contato corporal da criança com o adulto, auxiliam o desenvolvimento de suas capacidades motora e expressivas (BRASIL, 1998).

O jogo, segundo Grassi (2008), é uma atividade psicomotora que abrange ações físicas, mentais e emocionais, a qual visa um objetivo e é constituída por regras anteriormente estipuladas. O jogo pode ser tanto uma atividade de lazer como possuir um intuito pedagógico/profissional. (MODESTO, 2014).

De acordo com Kishimoto (2006), quando se pronuncia a palavra jogo cada um pode entendê-la de modo diferente. Podem ser jogos políticos, de adultos, de crianças, jogo de amarelinha, jogo de xadrez, de adivinhas, jogo de futebol, dominó, quebra-cabeça, entre outros. Para ela, fica difícil elaborar uma definição de jogo que englobe a multiplicidade e a complexidade de suas manifestações.

Para Friedmann (1996) o jogo não pode ser visto apenas como competição e nem considerado apenas imaginação, principalmente por aquelas pessoas que lidam com crianças da educação infantil. O jogo é uma atividade física ou mental organizada por um sistema de regras. São meios que contribuem com o desenvolvimento intelectual e social da criança, possibilitando maior acesso à cultura, aos valores e conhecimentos criados pela humanidade. Para a autora, o jogo é parte integrante do processo de constituição do ser humano, por meio dos jogos homens e mulheres desenvolveram suas habilidades de raciocínio, de solução de problemas, de desenvolvimento de ferramentas, de socialização, de afetividade e de utilização do corpo como instrumento de construção e de mudança do meio ambiente. O jogo auxilia na construção do conhecimento, ou seja, é um fato inato que responde à necessidade da atividade humana, que por sua vez proporciona a aprendizagem. O desejo de jogar estimula a criança a descobrir, manipular, observar e interpretar o mundo que a rodeia, pois é uma atividade que proporciona prazer e satisfação.

Segundo Neto (2001), o jogo possui as características lúdicas da brincadeira, entretanto suas regras são específicas, sendo caracterizadas como fechadas. A criança é induzida a parâmetros de respeito, atenção e raciocínio global. O jogo deve ser motivador, ter intenções e significados, aderindo a objetivos e formas. (CEBALOS, 2011)

O jogo na escola apresenta benefício a toda criança, um desenvolvimento completo do corpo e da mente por inteiro. Por isso, na atividade lúdica, o que importa ação é apenas o produto da atividade que dela resulta, mas a própria ação, momentos de fantasia são transformados em realidade, momentos de percepção, de conhecimentos, momentos de vida. Este jogo permite também o surgimento da afetividade, cujo território é o dos sentimentos, das paixões, das emoções, por onde transitam medos, sofrimentos, interesses e alegrias. Uma relação educativa que pressupõe o conhecimento de sentimentos próprios e alheios que requerem do educador uma atenção mais profunda e um interesse em querer conhecer mais e conviver com o aluno; o envolvimento afetivo, como também o cognitivo de todo o processo de criatividade que envolve o sujeito-ser-criança. (IAVORSK, 2008)

Sintetizando, nas palavras de Miranda (2001):

O lúdico é uma categoria geral de todas as atividades que têm características de jogo, brinquedo e brincadeira. O jogo pressupõe uma regra, o brinquedo é o objeto manipulável e a brincadeira é o ato com o brinquedo e com o jogo. Assim, jogo, brinquedo e a brincadeira têm conceitos distintos; porém, imbricados, ao passo que o lúdico os abarca. (SCHREIBER, 2010)

A ludicidade é essencial ao ser humano, não importando sua faixa etária. O olhar sobre a ludicidade deve migrar de apenas lazer para a concepção de efetivo aprendizado. A progressão proporcionada pelo lúdico afeta tanto aspectos individuais como sociais/culturais, desenvolvendo o indivíduo de forma plena e integral. (IAVORSKI, 2008)

4. PAPEL DA ESCOLA, DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DA FAMÍLIA NA ARTE DE ENSINAR ATRAVÉS DE ATIVIDADES RECREATIVAS

O consumo, o isolamento e a falta de espaços, entre outros fatores, têm mostrado que o brincar vem sofrendo transformações e em alguns lugares até desaparecendo. A sociedade moderna passa por uma série de transformações; a diversidade cultural cede espaço ao processo de globalização, a colaboração vem sendo substituída pela competição e pelo individualismo, o espaço público destinado ao lazer vem desaparecendo, há um incentivo cada vez maior ao consumo, as atividades grupais vêm sendo substituídas, muitas vezes, pelo isolamento e as brincadeiras tradicionais deixam de ser praticadas devido à expansão das novas tecnologias.

Com essas mudanças, o papel da escola, da família e dos professores acabou sendo modificado para atender as expectativas desses grupos.

A família, sendo uma das principais referências no papel de educar, vem sofrendo as consequências dessa globalização, perdendo valores importantes, inclusive nos momentos que envolvem o brincar, devido à falta de tempo e de conhecimento dos pais sobre os benefícios que a brincadeira traz para o desenvolvimento infantil.

De acordo com Kishimoto (2006) através das brincadeiras, as crianças desenvolvem capacidades importantes e fundamentais para o desenvolvimento da autonomia e identidade, além de amadurecer algumas capacidades, tais como a memorização, a imaginação, a atenção e a socialização. Portanto, a família tem um papel importante no brincar, incentivando a pratica de atividades lúdicas e de lazer que proporcione o movimento, acompanhando os filhos nos momentos das brincadeiras; enfim favorecendo elementos que sirvam de incentivo para esta prática.

O professor como principal responsável pela organização das situações de aprendizagem deve criar possibilidades de desequilíbrio, apresentando ao aluno, o novo e o desconhecido, pois diante do desafio, a criança tende a assimilar o conhecimento, utilizando os recursos motores e mentais que possui. Provocar desequilíbrios não é deixar a criança à deriva, ela deve conseguir estabelecer uma ligação entre o conhecido e o desconhecido, potencializando sua autonomia e sua independência. Cabe a ele oferecer um espaço que mescle brincadeira com aulas cotidianas, possibilitando um ambiente favorável à aprendizagem escolar e que contenha alegria, prazer, movimento e solidariedade no ato de brincar. É importante que as crianças se sintam desafiadas e estimuladas a cada vez aprender mais.

O material utilizado nas aulas interfere diretamente na qualidade e no aprendizado. Quanto mais diversificado for o material, mais rico e interessante passa a ser o aprendizado. O material não precisa ser pronto e acabado. Ele pode ser criado, construído na própria escola e com a ajuda dos alunos; isto fará com que o material se torne mais significativo para eles. Pode haver pintura com cores variadas, estimulando trabalhos de classificação para o desenvolvimento do pensamento lógico.

Vários são os materiais que podem ser utilizados nas práticas recreativas, como: pneus, bolas, bastões de madeiras, aros de plásticos, cordas, jornais, caixas de papelão, garrafas plásticas, bolas de meia, saquinhos de areia, bancos, escadas, dentre outros.

Cada um deles apresenta suas especificidades e proporciona o desenvolvimento de uma habilidade. O pneu desenvolve a coordenação motora global; a bola desenvolve habilidades específicas como: rolar, chutar, bater, rebater, etc.; os bastões de madeiras auxiliam no equilíbrio, coordenação espaço-temporal e agilidade; as caixas de papelão podem auxiliar nos jogos de construção, em brinquedos simbólicos ou no aprimoramento de habilidades motoras; a escada de madeira é importante para o trabalho de equilíbrio e coordenação espaço-temporal. De acordo com Freire (1989) “o que falta nas escolas, na maioria das vezes, não é material, é criatividade. Ou melhor, falta o material mais importante. Essa tal de criatividade nunca é ensinada nas escolas de formação profissional”

Portanto, de acordo com o RCNEI (1998, p.29), o educador não precisa ensinar a criança a brincar, pois este é um ato que acontece espontaneamente, mas sim planejar e organizar situações para que as brincadeiras ocorram de maneira diversificada, possibilitando às crianças escolherem os temas, papéis, objetos e companheiros com quem brincar. O professor deve também fazer uso de novas metodologias, procurando incluir em sua prática as brincadeiras, pois o objetivo é formar educandos atuantes, reflexivos, participativos, autônomos, críticos, dinâmicos e capazes de enfrentar desafios.

A escola deve criar espaços e ambientes que favoreçam o brincar, possibilitando formação continuada dos profissionais que trabalham diretamente com crianças, incluindo o profissional de Educação Física. Cabe a ela também providenciar brinquedos e elementos que enriqueçam os momentos de ludicidade dentro do espaço escolar, possibilitando uma aprendizagem rica e contextualizada.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após os estudos realizados, foi possível perceber que o brinquedo, a brincadeira e o jogo são caracterizados como organizações lúdicas importantes para o desenvolvimento das crianças, além de possibilitar a flexibilização de regras, de espaço, de tempo, de movimentos ampliando as habilidades básicas e as atividades recreativas. Favorecem também ampla participação e convivência entre as crianças, promovendo o desenvolvimento geral do ser humano, desenvolvendo aspectos físicos, cognitivos, afetivos e sociais, elementos essenciais para o desenvolvimento e aprendizagem dos pequenos. Por meio do brinquedo, da brincadeira e do jogo as crianças compartilham alegrias, tristezas, entusiasmo, passividade e agressividade. Portanto, as práticas lúdicas e recreativas devem fazer parte da proposta pedagógica escolar. Afinal, educar é preparar para a vida!

REFERÊNCIAS

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[1] Aluna do curso de Educação Física da Faculdade Patos de Minas (FPM).

[2] Professora do curso de Educação Física da Faculdade de Patos de Minas. Mestra em Promoção da Saúde pela Universidade de Franca.

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Danielle Stéfane de Marins

Uma resposta

  1. Olá.
    Sou professor de educação física e psicomotricista.
    Gostaria de corroborar com os aspectos prazerosos que os jogos, brinquedos e brincadeiras tem como principal característica…. Parabéns aos ele oradores desse trabalho…

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