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A Importância da Leitura para o Desenvolvimento Infantil

RC: 19406
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/educacao/importancia-da-leitura

CONTEÚDO

KLEIN, Ana Maria Aparecida De Carvalho [1]

KLEIN, Ana Maria Aparecida De Carvalho. A Importância da Leitura para o Desenvolvimento Infantil. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 08, Vol. 11, pp. 81-96, Agosto de 2018. ISSN:2448-0959

RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo compreender a importância da leitura infantil sobre uma perspectiva de buscar entender os motivos pelo qual a mesma não é atrativa. Neste sentido, os objetivos foram perceber que a leitura passa por um caminho que ajuda a criança à se desenvolver, através do social e emocional e meios cognitivos. Para realizar o estudo utilizou-se de pesquisa de revisão bibliográfica. O trabalho iniciará com uma abordagem sobre o histórico da literatura infantil, conceitos de leitura e o hábito de contar histórias desde pequenos.

Palavras-chave: Educação, Literatura Infantil, Leitura, Desenvolvimento Infantil.

1. INTRODUÇÃO

O estudo realizado, tem como objetivo, verificar e compreender como a leitura contribui no desenvolvimento infantil da criança através do seu emocional, social e cognitivo. Percebe-se que ao longo dos anos, a educação preocupa-se em contribuir para a formação de um indivíduo crítico, responsável e atuante na sociedade. Isso porque a sociedade é uma constante troca de ideias e informações que acontecem rapidamente, através de meios disponíveis como a leitura, a escrita e por meio da linguagem oral ou visual. Dessa forma, a escola busca compreender e desenvolver nas crianças competências de leitura e escrita e como a literatura pode ajudar neste processo. Assim, Bakthin (1992) expressa sobre a literatura infantil abordando ser um meio motivador e desafiador, ela é capaz de transformar o indivíduo em um sujeito ativo, responsável pela sua aprendizagem, que sabe compreender o contexto em que vive e modificá-lo de acordo com sua necessidade. A família também tem sua função, bem como outras instituições culturais que desempenham um forte papel no desenvolvimento e na formação de um indivíduo.

Neste trabalho o assunto abordado será a importância da leitura no desenvolvimento infantil, pensando em como esta ferramenta é importante para se desenvolver habilidades durante o processo de aquisição de conhecimentos.

É através da leitura que as crianças descobrem o mundo, em grupos ou sozinhas, fazem descobertas, trocam experiências, expõem suas emoções, pois ela é fundamental para novas informações. De acordo com as reflexões, é necessário que as atividades sejam coerentes e que despertem o prazer de ler, sendo algo presente e diário na vida das crianças, desde pequeninos.

Na literatura vários autores parecem estar de acordo quanto à defesa de que a leitura em sala de aula é indispensável no ato de aprender. Conforme Silva (1992, p.57):

“bons livros poderão ser presentes e grandes fontes de prazer e conhecimento. Descobrir estes sentimentos desde bebezinhos poderá ser uma excelente conquista para toda a vida”.

A literatura exerce grande importância na vida das crianças, seja no desenvolvimento emocional ou na capacidade de organizar e expressar suas ideias, de acordo com Machado (2001), elas não gostam de ler e fazem-no por obrigação. Aparece então a dúvida: por quê não gostam da leitura? O que a leitura tem de tão ruim, para ser insignificante?

A literatura, bem como toda cultura que questiona, que faz o indivíduo pensar, criticar, observar, não está sendo trabalhada de maneira correta, investigadora e  isso se dá devido à falta de informação de professores e dos profissionais que com elas trabalham. Para Machado (2001, p.45)  “não se contrata um instrutor de natação que não sabe nadar, no entanto, as salas de aula brasileira estão repletas de pessoas que apesar de não ler, tentam ensinar”.

Existem fatores que contribuem para o despertar pelo gosto da leitura, são eles: a curiosidade e o exemplo. Dessa forma, o livro deveria ter importância dentro de casa, como há com um computador ou a televisão.  De acordo com a UNESCO (2005) somente 14% da população brasileira tem o hábito de ler, portanto pode-se afirmar que a sociedade brasileira não é leitora.   Sendo assim, cabe à escola criar, propiciar e desenvolver na criança o hábito de ler por prazer, com felicidade e entusiasmo, fazendo com que ela se apaixone por esse fantástico mundo da imaginação.

2. O QUE É LEITURA: BREVE CONSIDERAÇÕES

Quando falamos e pensamos em leitura nos submetemos a algo subjetivo, porém uma das características da leitura é que proporciona o indivíduo a ter informações e ao conhecimento. De acordo com Freire (2011), o indivíduo, antes de adquirir o a leitura da palavra, já tem a leitura de mundo, mas está só se completa e se descortina ao sujeito se este tem o domínio da palavra.

Martins (2006) ao tentar compreender a questão da leitura, diz que ela é uma experiência individual e que pode ser caracterizada como sendo a decodificação de signos linguísticos, por meio dos quais o leitor decifra sinais, e também como sendo um processo de compreensão mais abrangente, em que o leitor dá sentido a esses sinais. O autor afirma que a leitura é realizada com um diálogo entre o leitor e o que está sendo lido, podendo ser escrito, sonoro, gestual e visual. O mesmo ainda define a leitura como sendo “um processo de compreensão de expressões formais e simbólicas, não importando por meio de que linguagem” (MARTINS, 2006, P.30). Partindo dessa ideia que a leitura não é apenas decifração de sinais, mas sim, uma compreensão de mundo.

Cosson (2014) destaca que:

[…] ler consiste em produzir sentidos por meio de um diálogo, um diálogo que travamos com o passado enquanto experiência do outro, experiência que compartilhamos e pela qual nos inserimos em determinada comunidade de leitores. Entendida dessa forma, a leitura é uma competência individual e social, um processo de produção de sentidos que envolve quatro elementos: o leitor, o autor, o texto e o contexto. (COSSON, 2014,P.36)

O autor destaca a importância de trabalhar com esses quatro elementos no processo da leitura, sendo algo contínuo no processo de formação do indivíduo.

Chartier (apud COSSON, 2014) afirma que a leitura se diferencia dependendo do lugar e do momento que é realizada, pois, “a leitura não é uma invariante histórica – mesmo nas suas modalidades mais físicas -, mas um gesto, individual ou coletivo, dependente das formas de sociabilidade, das representações do saber ou do lazer, das concepções da individualidade (CHARTIER, apud, COSSON, 2014, P.8)

Brito (2006, p.84), diz que “ler é uma ação intelectiva, através da qual os sujeitos, em função de suas experiências, conhecimentos e valores prévios, processam informação codificada em textos escritos”. O autor acredita que o processo de leitura de um indivíduo é dado a partir de uma “ação cultural historicamente constituída” (BRITTO, 2006, P.84). O autor citado destaca que a leitura não é apenas um acúmulo de informações e sim, um conjunto de valores agregados a vida do indivíduo.

Soares (1988, p. 28) afirma que a leitura é um processo político, e que os agentes que formam os leitores, como o caso dos alfabetizadores, dos professores e dos bibliotecários, desempenham um papel político, e que a ação deles poderá ou não ser um instrumento de transformação social.

A leitura deve ser trabalhada em ambientes que favoreçam sua integração, com atividades adequadas e estimulantes à maneira de que a criança se envolva. GÓES, diz:

“a leitura para a criança não é, como às vezes se ouve, meio de evasão ou apenas uma compensação”. É um modo de representação do real. Através de um “fingimento”, o leitor reage, reavalia, experimenta as próprias emoções e reações. (GÓES, 1990, P.16)

Nesse contexto, o professor deve ser também um bom leitor, vivenciar a leitura e passar para seu aluno a importância de fazê-la com prazer, criando assim bons leitores, partindo do seu próprio exemplo.

A leitura é um processo de apreensão/compreensão de algum tipo de informação armazenada num suporte e transmitida mediante determinados códigos, como a linguagem. O código pode ser visual, auditiva e tátil, como o sistema Braile. Convém destacar que nem todo o tipo de leitura se apoia na linguagem. É o caso dos pictogramas ou das partiduras de música.

A mecânica da leitura implica na ativação de vários processos. A fisiologia (já que a leitura é uma atividade neurológica), por exemplo, permite compreender a capacidade humana de leitura do ponto de vista biológico.

A psicologia, por sua vez, ajuda a conhecer o processo mental que se põe em funcionamento durante a leitura, tanto na descodificação de caracteres, símbolos, e imagens como na associação da visualização com a palavra.

A leitura conta com quatro passos: a visualização, a fonação, a audição e a cerebração.

Existem diversas técnicas de leitura, que permitem adaptar a forma de ler ao objetivo que o leitor deseja alcançar. Geralmente procura-se maximizar a velocidade ou a compreensão do texto. Como esse objetivo é contrário e se confrontam, a leitura ideal implica um equilíbrio entre os dois.

De acordo com RIBEIRO (2008):

“ leitura pode estar relacionadas à todas questões, como tudo aquilo que  de ato não podemos de imediato imaginar. A leitura é o próprio ato de ver, na sua concretude ou representado por meio da escrita, do som, da arte, dos cheiros.a leitura é uma experiência cotidiana e pessoal representativa para cada pessoa”.

Por meio da leitura e da nossa visão de mundo, conseguimos o domínio da palavra. Através da palavra, trocamos ideias, conhecimentos, sendo possível entender o mundo que está a nossa volta. Com o domínio da palavra nós nos transformamos, construímos algo melhor e resgatamos memórias de nossa vida. As leituras nos fazem pensar sobre as verdades pessoais e como podem ser modificadas. Ler é estar conectado com a leitura do outro, perceber, receber e enviar informações.

Dessa forma, é fundamental que o educador tenha a percepção das dificuldades de seus alunos e possa intervir de maneira apropriada, levando-os a compreender à construção de uma leitura agradável. Ruiz diz que: “Quem lê constrói sua própria ciência”.

A leitura tem importância fundamental na vida das pessoas. A necessidade da leitura está em todos os lugares, pois a mesma possibilita a apropriação de conhecimentos e informações, em relação a qualquer contexto. Para uns pode ser uma atividade prazerosa, para outros um martírio.

Etimologicamente, ler deriva do latim “lego/legere”, que significa recolher, apanhar, escolher, captar com os olhos. Nesta abordagem, a leitura é a palavra escrita. Luckesi (2003, p.119) diz que “[…] a leitura, para atender o seu pleno sentido e significado, deve, intencionalmente, referir-se à realidade. Caso contrário, ela será um processo mecânico de decodificação de símbolos”. Portanto, toda pessoa é capaz de ler.

É mister, primeiramente, frisar que a leitura é muitíssimo importante, pois “[…] amplia e integra conhecimentos […], abrindo cada vez mais os horizontes do saber, enriquecendo o vocabulário e a facilidade de comunicação, disciplinando a mente e alargando a consciência […]” (RUIZ, 2002, p.35).

Investigações atestam que o sucesso obtido em carreiras e atividades atuais, atribuem-se com o hábito da leitura proveitosa, pois possibilita aquisição de conhecimentos.

O objetivo maior ao proceder à leitura de uma determinada obra consiste em “[…] aprender, entender e reter o que está lendo.” (MAGRO, 1979, p. 09). A leitura é uma prática que requer aprendizagem e ainda é pouco desenvolvida.  Sendo assim, Salomon (2004, p. 54) enfatiza que “ a leitura não é simplesmente o ato de ler. É uma questão de hábito ou aprendizagem […]”. Além disso é preciso criar ambientes favoráveis pra criar o hábito da leitura.

A conquista da leitura não acontece num passe de mágica, e sim requer atitudes coerentes e pertinentes ao estudo. Dmitruck (2001, p.41) afirma que:“[…] não importa tanto o quanto se lê, mas como se lê. A leitura requer atenção, intenção, reflexão, espírito crítico, análise e síntese; o que possibilita desenvolver a capacidade de pensar.”

É preciso saber ler, e para que isso aconteça, segue alguns aspectos pertinentes sob essa perspectiva:

1º – Ler com objetivo determinado, isto é ter uma finalidade. Saber por que se está lendo;
2° – Ler unidades de pensamento e não palavras por palavras. Relacionar ideias;
3º – Ajustar a velocidade (ritmo) da leitura ao assunto, tema e/ou texto que está lendo:
4º – Avaliar o que se está lendo, perguntando pelo sentido, identificando a ideia central e seus fundamentos;
5º – Aprimorar o vocabulário esclarecendo termos e palavras “novas”.

O dicionário é um recurso significativo. No entanto, palavras-chave, analisadas no contexto do próprio assunto em que são usadas, facilita a compreensão;
6º – Adotar habilidades para conhecer o livro, isto é, indagar pelo que trata determinada obra;
7º – Saber quando é conveniente ou não interromper uma leitura, bem como quando retomá-la;
8º – Discutir com colegas o que lê, centrando-se no valor objetivo do texto, visto que “o diálogo é a condição necessária para a indagação, para a intercomunicação, para a troca de saberes […]” (ECCO,2004,p.80).
9º – Adquirir livros que são fundamentais (clássicos), zelando por uma biblioteca particular, assim como, frequentar espaços e ambientes que contenham acervo literário, por exemplo, bibliotecas;
10º – Ler assuntos vários. Não estar condicionado a ler sempre a mesma espécie de assunto;
11º -Ler muito e sempre que possível;
12º – Considerar a leitura como uma atividade de vida, não desenvolvendo resistências ao hábito de ler.

As orientações citadas serão promissoras, se observadas efetivamente, caso contrário, serão apenas palavras. A boa leitura depende de método, e ele em quem aplica.

É fundamental compreender que, na formação de cada um, a leitura é de máxima importância, é essencial, sendo uma das vias no processo de construção do conhecimento. Sendo assim, “ler é benefício à saúde mental, pois é uma atividade Neuróbica. A atividade da leitura faz reforçar conexões entre os neurônios. Para a mente, ainda não inventaram melhor exercício do que ler atentamente e refletir sobre o texto.” (WIKIPÉDIA, 2006, p. 01).

Portanto, ler é uma atividade prazerosa, que promove a indagação, a crítica, a reflexão. É um ótimo exercício que possibilita novas descobertas, novos conhecimentos para a vida toda.

3. A LITERATURA NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Os primeiros anos de vida de uma criança, são marcados por grandes descobertas e transformações. Aos poucos, os pequenos começam a entender o mundo em que vivem, aprendem a lidar consigo mesmos e com os outros.

O desenvolvimento infantil, engloba aspectos físicos, emocionais, sociais e cognitivos. Para um bom desenvolvimento, a criança precisa de um ambiente acolhedor, estimulante, bem como a participação da família.  Competindo com a internet, televisão e rádio, o livro foi se perdendo, foi ficando de escanteio. Novas tecnologias, claro que são bem-vindas, porém, nada substitui uma boa leitura, um bom livro. Pensamos que o fato de muitas pessoas não gostarem de ler, está atribuído a que não foram apresentadas a esse universo fantástico, pois é extremamente importante para a formação da criança em relação a si mesma e o que está a sua volta. Os significados da literatura, tornam  a compreensão de alguns conceitos e valores básicos para a formação da conduta humana e do convívio social.

No século XVII, a única literatura destinada a crianças eram livros que ensinavam valores, e hábitos que ajudavam a enfrentar a realidade social. Nessa época, a criança era considerada um pequeno adulto, com as mesmas responsabilidades e valores de um, e dessa forma, crianças nobres já liam clássicos da literatura universal e as crianças pobres, liam clássicos e lendas folclóricas de sua região. No final do século XVIII, com o conceito de criança alterado, os grandes clássicos passaram por adaptações e inspiraram contos de fadas conhecidos hoje.

De acordo com Sousa (1992, p. 22) que afirma:

Leitura é, basicamente, o ato de perceber e atribuir significados através de uma conjunção de fatores pessoais com o momento e o lugar, com as circunstâncias. Ler é interpretar uma percepção sob as influências de um determinado contexto. Esse processo leva o indivíduo a uma compreensão particular da realidade.

A citação nos remete que a leitura é importante, e que as crianças como sujeitos devem estar em constante contato com as letras. A leitura e a sua utilização promove condições de aprendizagem, buscando um aprendizado fluente. Coelho (2000, p.41) explica que:

[…] a literatura infantil vem sendo criada, sempre atenta ao nível do leitor a que se destina […] e consciente de que uma das mais fecundas fontes para a formação dos imaturos é a imaginação – espaço ideal da literatura. É pelo imaginário que o eu pode conquistar o verdadeiro conhecimento de si mesmo e do mundo em que lhe cumpre viver.

Ao buscarmos a leitura como recurso pedagógico, procuramos encontrar nas crianças uma conexão com a realidade e a imaginação e é claro com a aprendizagem. As histórias infantis proporcionam atividades que objetivam a interdisciplinaridade na alfabetização, tornando menos cansativa e mais estimulante. Para Pinto (apud RUFINO e GOMES, 1999, pg.11):

A Literatura Infantil tem um grande significado no desenvolvimento de crianças de diversas idades, onde se refletem situações emocionais, fantasias, curiosidades e enriquecimento do desenvolvimento perceptivo. Para ele a leitura de histórias influi em todos os aspectos da educação da criança: na afetividade: desperta a sensibilidade e o amor à leitura; na compreensão: desenvolve o automatismo da leitura rápida e a compreensão do texto; na inteligência: desenvolve a aprendizagem de termos e conceitos e a aprendizagem intelectual.

Desta forma, a literatura e seu uso é tão significativa para a construção cognitiva dos alunos.  Para Zilberman, (1984, p. 107)

As pessoas aprendem a ler antes de serem alfabetizadas, desde pequenos, somos conduzidos a entender um mundo que se transmite por meio de letras e imagens. O prazer da leitura, oriundo da acolhida positiva e da receptividade da criança, coincide com um enriquecimento íntimo, já que a imaginação dela recebe subsídios para a experiência do real, ainda quando mediada pelo elemento de procedência fantástica.

Temos ainda, em relação a literatura, Abramovich (1993, p.16) que destaca: “[…] Ah, como é importante para a formação de qualquer criança ouvir muitas, muitas histórias… escutá-las é o inicio da aprendizagem para ser leitor é ter caminho absolutamente infinito de descoberta e de compreensão do mundo[…]”. Portanto, podemos compreender a importância da leitura para o desenvolvimento cognitivo da criança.

Uma criança é capaz de interpretar, compreender uma história e seus significados, uma vez que o cognitivo e o afetivo estão interligados, como afirma, Pinto (2004, p. 109).

[…] acredita-se que as duas estruturas (afetividade e cognição) funcionem psicologicamente de maneira dinâmica e construtiva, como peças conjuntas de um processo único no funcionamento psicológico, sendo assim de pouco valor dividi-las em fragmentos dissociados entre si. Em cada experiência, o ser humano é cognitivo afetivo ao mesmo tempo, estando em proporções variáveis ‘mais’ afetivo ou ‘mais’ cognitivo, ou quem sabe ambas as duas somadas. Ou seja, sendo inseparáveis.

Sendo assim, podemos perceber que o funcionamento entre esses dois processos são únicos e indispensáveis para uma boa aprendizagem.

3.1 O DESENVOLVIMENTO INFANTIL

De acordo com a UNICEF, os seis primeiros anos de vida, são fundamentais para a formação das crianças. Está comprovado cientificamente que é na primeira infância que a criança desenvolve grande parte do potencial mental que terá quando adulto. Sendo assim, essa fase se constitui como uma janela de oportunidade. A atenção integral nessa faixa etária influência no sucesso escolar, no desenvolvimento de fatores de resiliência e autoestima necessários para continuar a aprendizagem, na formação das relações e da autoproteção requeridas para a independência economia e no preparo para a vida familiar.

Até o sexto ano de vida, o desenvolvimento do cérebro é muito rápido e pode ser afetado por fatores biológicos, psicossociais, herança genética e pela qualidade do ambiente em que se vive e se convive.  Esse processo, pode a longo prazo, afetar a capacidade estrutural e funcional, influenciando negativamente o desenvolvimento cognitivo e socioemocional do ser humano. Ainda de acordo com UNICEF, a primeira infância também é um excelente investimento.

Segundo Jean Piaget, o desenvolvimento da criança ocorre por estágios, havendo uma modificação progressiva nos esquemas de assimilação, proporcionando inúmeras maneiras do individuo interagir com o meio. Ele não define ideias rígidas para os estágios, mas esses se dividem em quatro:

1º- Estágio sensório-motor, de 0 a 2 anos,

2º – Estágio pré-operacional, de 2 a 6 anos,

3º – Estágio das operações concretas, dos 7 aos 12 anos,

4º – Estágio das operações formais, dos 13 anos em diante.

No segundo estágio, o pré-operacional, Piaget diz que se trata de um subestágio de operações concretas. A criança desenvolve a capacidade simbólica, no âmbito lúdico.

O Estágio das operações concretas que vai dos 7 aos 12 anos, onde a criança já possui uma organização mental integrada, os sistemas de ação. Piaget fala em operações de pensamento ao invés de ações. É capaz de ver a totalidade de diferentes ângulos. Conclui e consolida as conservações do número, da substância e do peso. Apesar de ainda trabalhar com o concreto, sua flexibilidade de pensamento permite um número significativo de aprendizagens.

Nesse estágio a criança desenvolve noções de tempo, espaço, velocidade, ordem, casualidade, sendo capaz de relacionar diferentes aspectos e absorver dados da realidade. Não se limita a uma representação imediata, mas ainda depende do mundo concreto para chegar à abstração. Desenvolve a capacidade de representar uma ação ao contrário do estágio anterior.
Seria então nesse estágio, dependendo de suas experiências adquiridas, que a criança se tornará ou não um leitor.

 Para Araújo (2016, p.1) a criança quando apresentada ao mundo da leitura necessita receber apoio e incentivos para que tal prática se concretize, uma vez que, a participação dos adultos durante esta fase de compreensão e conhecimento da leitura é extremamente importante, pois é a partir das expressões e hábitos cotidianos (dos que as rodeiam) que a criança realiza o entendimento desse universo desconhecido.

Os conhecimentos pré-escolares são valorizados, contribuindo para o processo de ensino da leitura, pois a todo momento a criança se depara com imagens, que colaboram com a distinção da escrita mesmo sem haver oralidade.

De acordo com o WIKIPEDIA, “o desenvolvimento infantil, consiste numa sequência ordenada de transformações progressivas resultando num aumento de grau de complexidade do organismo, distingue-se de crescimento por referir-se as alterações da composição e funcionamento das células, à maturação dos sistemas e órgãos e a de novas funções”.

Durante seu desenvolvimento, a criança passa por estágios psicológicos que precisam ser observados e respeitados no momento da escolha de livros pra ela. Essas etapas, não dependem só delas.

O pré- leitor é uma categoria que abrange duas fases. A primeira infância, onde nesta fase a criança começa a reconhecer tudo ao seu redor através do contato afetivo e do tato. Por isso a necessidade de pegar e tocar tudo. Outro marco importante é a aquisição da linguagem, onde a criança começa nomear tudo a sua volta. A partir dessa percepção é possível estimulá-la utilizando outros materiais sonoros.

A segunda infância, a partir de 2 / 3 anos, é o início da fase egocêntrica. A criança está mais adaptada ao meio físico, se interessa mais pela comunicação verbal e atividades lúdicas. Nessa fase, de acordo com Abramovich (1997) devem apresentar um contexto familiar, com domínio de imagem, sem texto escrito, já que é com a nomeação das coisas que a criança estabelecerá uma relação com os livros.

A técnica da repetição ou reiteração de elementos são segundo Coelho (2002, p.34) “favoráveis para manter a atenção e o interesse desse difícil leitor a ser conquistado”. O leitor iniciante (a partir dos 6/7 anos) é a fase em que a criança começa a apropriar-se da decodificação dos símbolos gráficos, mas como ainda encontra-se no início do processo, o papel do adulto como “agente estimulador” é fundamental.

Os livros adequados nesta fase devem ter uma linguagem simples com começo, meio e fim. As imagens devem predominar sobre o texto. As personagens podem ser humanas, bichos, robôs, objetos, especificando sempre os traços de comportamento, como bom e mau, forte e fraco, feio e bonito. Histórias engraçadas, ou que o bem vença o mal atraem muito o leitor nesta fase. Indiferentemente de se utilizarem textos como contos de fadas ou do mundo cotidiano, de acordo com Coelho (ibid, p. 35) “eles devem estimular a imaginação, a inteligência, a afetividade, as emoções, o pensar, o querer, o sentir”.

A criança é um sujeito, como todo ser humano, que está inserida em uma sociedade, deve ter assegurado uma infância enriquecedora no sentido do seu desenvolvimento, seja psicomotor, afetivo ou cognitivo (Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei 8069 de 13 de julho de 1990, Artigo 2, parágrafo único).

A principal instituição social para a criança é a família, portanto esse grupo também de vê receber condições básicas para a formação das crianças, bem como o meio social em que vive, que caba influenciando. As crianças possuem suas características próprias e observam o mundo e o comportamento das pessoas que a cerca de uma maneira muito distinta. Aprendem através da acumulação de conhecimentos, da criação de hipóteses e de experiências vividas, (VIGOTSKY, 1994). O desenvolvimento da criança deve ser acompanhado desde o nascimento.

Segundo Wallon; a criança deve ser estudada na sucessão das etapas de desenvolvimento caracterizadas pelos domínios funcionais da afetividade, do ato motor e do conhecimento, entendidos como sendo desenvolvido no primordialmente no convívio social. (WALON, 1934).

Ainda para o referido autor citado acima, a  fase  mais importante é o estagio que vai ate os 6 anos, pois é o da formação da personalidade. Segundo ele, a partir dos 3 anos de idade, ocorre o estágio do personalismo, momento da constituição do eu, no qual a criança no seu confronto com o outro passa por uma verdadeira crise de personalidade, caracterizada pelas mudanças nas suas relações com o seu entorno e pelo aparecimento de novas aptidões. Já Piaget menciona que as etapas do desenvolvimento das crianças são de extrema valia para o entendimento da atividade lúdica e seus efeitos na infância, (WALOON, 1953).

Os estágios do desenvolvimento propostos por Wallon; têm início na vida intrauterina, caracterizada por uma simbiose orgânica. Após o nascimento, apresenta-se o estágio impulsivo- emocional no qual prevalece a emoção, caracterizado como o período da simbiose afetiva. Nesse sentido, considerando a idade compreendida na educação infantil, ressaltam-se as características desse momento do desenvolvimento da criança como forma de oferecer subsídios para a atuação do educador escolar nesse contexto, (WALLON, 1934).

Parte-se do princípio de que a escola e todos aqueles envolvidos com a educação infantil tenham consciência de que suas ações têm consequências não só no momento atual do desenvolvimento da criança, como também nos posteriores. Para Mahoney, é nesse momento que a criança está mais propensa à formação de complexos, ou seja, atitudes que podem marcar de forma prolongada seu comportamento em relação ao meio, (MAHONEY 2002). De acordo com Wallon; é nesse estágio, na escola, que a criança diferencia-se dos outros e descobre sua autonomia e sua originalidade.

O estágio do personalismo divide-se em três períodos distintos, todos com o objetivo de tornar o eu mais independente e diversificado. Durante esse estágio, o grupo permitirá à criança diferenciar-se dos outros e descobrir sua autonomia e sua originalidade, (WALLON, 1953)

O estágio do personalismo divide-se em três períodos distintos, todos com o objetivo de tornar o eu mais independente e diversificado. São eles: período da negação, idade da graça e período da imitação.

No primeiro período da negação:

  • Surge na criança a necessidade de se autoafirmar, de impor sua visão pessoal e lutar para fazer prevalecer sua opinião.

No segundo período idade da graça:

  • Se dá, por volta dos quatro anos de idade, a criança desenvolve maneiras de ser admirada e chamar a atenção para si através da sedução, com uma necessidade de agradar cujo objetivo é obter a aprovação dos demais. A criança passa a se considerar em função da admiração que acredita poder despertar nas pessoas. Ressalta-se a importância da oferta de oportunidades de expressão espontânea da criança, através de atividades como a música, a dança, artes, etc.

No terceiro período, o da imitação:

  • A criança conta com 5 anos, é a idade marcado por uma reaproximação ao outro, manifestada pelo gosto por imitar, que possui um papel essencial na assimilação do mundo exterior. Para Galvão; exercitar na criança as habilidades de representação do seu meio, ou seja, através do faz-de-conta ou do uso da linguagem, contribui para que ela adquira uma precisão maior na expressão de seu eu.

De acordo com Wallon; a escola pode estimular o desenvolvimento de valores saudáveis nas interações, tais como a cooperação, a solidariedade, o companheirismo e o coletivismo. As atividades em grupo devem alternar-se com atividades individuais fazendo assim uso das alternâncias comuns nesse estágio para promover o desenvolvimento de mais recursos de personalidade, (WALLON, 1937).

A criança desde o inÍcio de sua vida está em constante transformação. Inicialmente as respostas das crianças são dominadas por processos naturais e é através dos adultos que os processos psicológicos mais complexos tomam formam. Dessa forma, a aprendizagem da criança inicia-se muito antes de sua entrada na escola, pois, ela já está exposta desde o primeiro dia de vida aos elementos do seu sistema cultural, e à presença do outro se torna indispensável para a mediação entre ela e a cultura, (DANTAS, 1990).

O ser humano nasce e se desenvolve primeiramente com o auxílio das suas respostas inatas, como o mamar e saciar a fome. Com o decorrer do tempo ele adquire outras habilidades que lhe ajudarão a conviver em sociedade.

O desenvolvimento humano deve ser entendido como uma globalidade, mas, para efeito de estudo, tem sido abordado a partir do aspecto físico-motor, aspecto intelectual, aspecto afetivo-emocional e o aspecto social. Para Bruner; as teorias do desenvolvimento humano parte do pressuposto de os quatro aspectos são indissociáveis, mas elas podem enfatizar aspectos diferentes, isto é estudar o desenvolvimento global a partir da ênfase em um dos aspectos quanto ao desenvolvimento intelectual, (BRUNER, 1989).

Piaget; divide os períodos do desenvolvimento de acordo com o aparecimento de novas qualidades do pensamento, o que por sua vez, interfere no desenvolvimento global onde cada período é caracterizado por aquilo que de melhor o individuo consegue fazer nessas faixas etárias, (PIAGET, 1967).

Piaget relata que a evolução cognitiva leva à percepção da existência de outras pessoas e à colocação de si próprio como um indivíduo entre os demais. Assim, para Piaget, o objetivo do desenvolvimento é a socialização do pensamento, sendo a interação com outras pessoas de importância fundamental na construção do conhecimento e constituindo-se numa de suas forças motivadoras, (PIAGET, 1967).

A teoria cognitiva foi construída por Piaget partindo do princípio que existe certa continuidade entre os processos biológicos de morfogênese e adaptação ao meio e a inteligência.

Com efeito, a vida é uma criação continua de formas cada vez mais complexas e um equilíbrio progressivo entre essas formas e o meio. Dizer que a inteligência é um caso particular de adaptação biológica é, pois supor que ela é essencialmente uma organização e que sua função é estruturar o universo como o organismo estrutura o meio imediato (PIAGET, 1991:10).

Essa citação se caracteriza pelos fatores morfológicos e anatômicos, dando origem inteligência. Todas as crianças passam por transformações, por fase e períodos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 Ao se falar ou ao se pensar em leitura e como a mesma contribui para o desenvolvimento da criança, não podemos esquecer-nos de todo o conjunto e do meio em que a mesma está inserida. Ela, a leitura, faz parte do processo de construção do conhecimento e acompanha o aluno durante toda sua formação. O ensino da leitura tem um significado muito importante tanto para os alunos como para professores, a fim de quem possam refletir sobre suas aprendizagens e dificuldades e também que o professor reveja suas metodologias e estratégias de ensino para que todos aprendam.

Dessa forma, a leitura auxilia o professor a perceber sua ação no contexto escolar, onde o erro não deve ser visto como punição, mas sim, como um sinalizador do que precisa ser repensado ou mudado na prática docente.

A leitura exerce sim um papel importante na formação do aluno bem como a do professor, e é merecido um destaque. A mesma contribui para o desenvolvimento infantil, contemplando áreas cognitivas, emocionais e sensoriais. A criança desde que nasce se desenvolve de forma dinâmica. Pensar na educação e na maneira como a criança se desenvolve é primordial para que aconteça de forma plena e satisfatória. O professor é sim muito importante para esse desenvolvimento, contribuindo com sua experiência e conhecimentos. Dessa forma, a escola deve ser um ambiente estimulador e prazeroso, proporcionando ambientes acolhedores e atividades dinâmicas que devam desenvolver e criar o prazer e o hábito pela leitura.

O estudo foi de grande valia, pois pode proporcionar novos conhecimentos a respeito das diferentes fases do desenvolvimento infantil, bem como a importância da leitura para cada um.

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[1] Pedagogia – Claretiano – Centro Universitário

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