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Percussão Corporal nas Aulas de Educação Física Escolar

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CONTEÚDO

ALIANO, Bruna de Souza [1]

RODRIGUES, Francisca Cosma [2]

VALENTIM, Vinícius Monte Alto [3]

BORRAGINE, Solange de Oliveira Freitas [4]

ALIANO, Bruna de Souza; et.al. Percussão Corporal nas Aulas de Educação Física Escolar. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Edição 08. Ano 02, Vol. 03. pp 69-85, Novembro de 2017. ISSN:2448-0959

RESUMO

Este estudo tem por objetivo discutir as contribuições do trabalho de percussão corporal nas aulas de Educação Física escolar. Para essa finalidade utilizamos como metodologia a revisão bibliográfica. Muito se discute sobre as propostas de conteúdos possíveis de serem desenvolvidas nas aulas de Educação Física escolar, algumas discussões, inclusive, apontam as dificuldades devido aos poucos recursos físicos e materiais disponíveis para o desenvolvimento das aulas. A percussão corporal pode ser uma proposta a ser desenvolvida independentemente das condições que o professor tenha. Ela atende, conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997), ao conteúdo Atividades Rítmicas e Expressivas, e proporciona práticas que fogem dos tradicionais conteúdos como as modalidades esportivas. A percussão corporal auxilia no desenvolvimento da coordenação motora, na memória, melhora o raciocínio e concentração, ajuda na criatividade e na noção rítmica. Favorece o desenvolvimento motor do educando fazendo com que ele tenha boa coordenação e consciência corporal, desenvolve habilidades e expressões, noção de tempo e de espaço e organização do meio em que vive. Seifert (2010) indica que, além dos fatores já apontados, a percussão corporal contribui para a (re) descoberta do próprio corpo, traz bem-estar físico e mental, além de melhor interação e sociabilização. Concluímos que esse estudo contribui no sentido de despertar a atenção do professor de Educação Física sobre esse conteúdo e consequentemente sugere maior número de pesquisas sobre a aplicação da percussão corporal nas aulas, possibilitando um trabalho mais variado, de melhor participação e motivação dos alunos, valorizando a cultura corporal de movimento.

Palavras-chave: Percussão Corporal, Educação Física, Educação Física Escolar, Conteúdos.

INTRODUÇÃO

A percussão corporal pode ser trabalhada como conteúdo das aulas de Educação Física escolar em diferentes níveis de ensino, podendo ser considerada uma das diversas formas de se desenvolver, por exemplo, as “Atividades rítmicas e expressivas”, um dos blocos de conteúdos sugeridos pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), uma vez que integra a cultura corporal de movimento.

O que presenciamos, no entanto, é que esse trabalho dificilmente é encontrado no ambiente escolar, não sendo lembrado pelo professor como um assunto a ser proposto em aulas, além de ser muitas vezes desconhecido pelos alunos.

Entendemos que a percussão corporal possa ser incorporada nas aulas de Educação Física escolar, contribuindo sobremaneira para a construção de uma relação entre o corpo, o ritmo e as manifestações da cultura corporal, proporcionando aos alunos mais uma possibilidade para a apreciação do conteúdo e motivação na participação das aulas.

Diante disso, nosso estudo objetiva discutir o trabalho da percussão corporal nas aulas de Educação Física escolar, para a obtenção de resultados significativos no que diz respeito às possibilidades do movimento corporal e percepção musical, dois elementos possíveis de serem incorporados nas aulas. Todos nós nascemos com um ritmo interno e colocamos esses sons para fora sem perceber, em diferentes ações bastante cotidianas, como no simples andar.

A música, o som, o ritmo está inserido em nossas vidas desde a concepção além de fazer parte de nosso entorno; na folha que cai, na gota de água que pinga da torneira, no vento que sopra, no mar que murmura, nos passos das pessoas que passam apressadas pelas ruas da cidade, no cantar dos pássaros, no tilintar do sino da igreja, enfim, estamos sempre envolvidos por sons e ritmos, melodias e harmonias. Assim somos construídos. (LOPES, 2014, p. 06).

Por meio da música podem-se atingir objetivos que agreguem, dentro do ambiente escolar, com sons alternativos do nosso próprio corpo, proporcionando aulas mais atrativas, enfatizando o processo ensino aprendizagem. A música, bem como a percussão corporal pode ser utilizada como uma ferramenta para o desenvolvimento da coordenação motora, a consciência corporal e rítmica, podendo também contribuir com a melhora da escrita e da leitura.

Segundo Chiqueto e Araldi (2009) os alunos podem, com a exploração dos sons, apreciar, por exemplo, os sons da natureza, descobrir seus próprios sons pela experimentação e compor pequenas melodias, incorporando-os ao movimento.

Para respostas sobre nossa indagação sobre as contribuições das atividades de percussão corporal nas aulas de Educação Física escolar, utilizaremos como metodologia a revisão bibliográfica.

Julgamos bastante pertinente a possibilidade de discutir a aplicação de novos conteúdos nas aulas de Educação Física escolar, como a percussão corporal, com o intuito de motivar os alunos com diferentes atividades corporais. Para tanto, buscaremos referências que nos permitam a compreensão dos aspectos históricos e conceituais da percussão corporal; a discussão da Educação Física e seus conteúdos no âmbito escolar; e a análise das possibilidades e contribuições do trabalho de percussão corporal como conteúdo a ser tratado nas aulas de Educação Física escolar.

Entende-se que a percussão corporal seja um meio de promover e valorizar a cultura corporal de movimento, podendo auxiliar no desenvolvimento dos alunos por meio de um tema novo, diversificando maneiras de ver e sentir o corpo em movimento e, consequentemente, como uma forma de contribuir para a qualidade dos conteúdos na Educação Física escolar.

1. Percussão Corporal

A percussão corporal está presente em várias culturas, e é utilizada como recurso sonoro e musical. Em cada local ela é desenvolvida dentro de um estilo diferenciado, dependendo do contexto cultural da região (CONSORTE, 2012).

Nota-se que a percussão corporal está atrelada ao nosso dia-dia por meio dos sons que o corpo produz, onde podemos observar diversos sons de forma natural, voluntária ou involuntária, graves, médios, intensos, sutis, agudos, como por exemplo: bater palma, estalar os dedos, espirrar, roncar, assoviar, respirar, soluçar, dentre outros que são realizados até mesmo por necessidades biológicas.

Segundo Borges (2013, p. 01) “a percussão corporal não surgiu recentemente, ela já existia desde a época dos primeiros seres humanos. Eles utilizavam o corpo para imitar os sons da natureza e animais”. A autora cita também que os escravos utilizavam a percussão corporal para produzir sons, uma vez que não possuíam instrumentos musicais, eles usavam o próprio corpo para se comunicar. Nota-se, neste contexto, que sempre houve a utilização do corpo como instrumento de comunicação.

A percussão corporal possui características ancestrais, com uma difícil definição em questões de sua origem, pois se considera que o homem primitivo antes mesmo de confeccionar qualquer instrumento musical, já produzia sons com o próprio corpo e com a voz. Assim não podemos considerar a percussão corporal como uma invenção de algum grupo musical específico ou de alguém em particular, e sim um patrimônio da humanidade, (MICHELON, 2011, p. 23)

Sobre a percussão corporal Seifert (2010) registra que ela se confunde com a dança nos seus primórdios, e aparece como um instrumento musical, antes de qualquer instrumento. Afirma também que ela apareceu em danças de rituais, por meio de batidas com os pés, identificada, por exemplo, na conhecida dança da chuva, e batidas no peito, como as do personagem Tarzan, assim o corpo era usado como instrumento.

Ainda sobre as origens da percussão corporal, a autora supracitada apresenta as palmas do flamenco espanhol e a música Etíope feita nas axilas, após, lembra os escravos nos Estados Unidos da América, por serem proibidos de tocar instrumentos musicais, também desenvolveram uma técnica de percussão corporal chamada Juba Dance.

A técnica específica atual de percussão corporal foi desenvolvida principalmente pelo músico e pesquisador Keith Terry, pioneiro da percussão corporal na costa oeste dos Estados Unidos da América. Na década de setenta, Keith Terry fica conhecido pela sua inovadora musica corporal a qual literalmente incorpora ritmos sólidos e danças altamente energéticas. (SEIFERT, 2010, p. 18)

A percussão corporal, como apresenta Consorte (2012) é de extrema importância para os seres humanos, não só nos tempos atuais, mas desde a antiguidade, já que era de grande utilização até mesmo por necessidade. Na escola podemos trabalhar com a percussão corporal como conteúdo nas aulas de Educação Física, para apresentar aos alunos os diversos sons que o corpo produz e como ele é utilizado no nosso dia-dia por meio do ritmo, da música, da dança e na comunicação. A prática desse recurso pode tornar as aulas de Educação Física ainda mais atrativas.

Como se pode constatar nessa pesquisa e ainda, como registra Ruguer (2007) poucas são as referências bibliográficas que se aprofundam nas questões do trabalho com a percussão corporal, no entanto, é bastante significativo para o aprendizado musical. Nesse é possível explorar os sons possíveis de serem extraídos do corpo e da voz, objetivando uma boa percepção rítmica, consciência corporal e coordenação motora.

Em relação ao exposto acima, quanto aos estudos relativos a percussão corporal, podemos apresentar o registro de Ruguer (2007, p 28).

Um exemplo dessa prática pode ser encontrado no Brasil junto ao Grupo Barbatuques. Poucas são as referências bibliográficas que se reportam a ele, pois é um trabalho eminentemente prático, no entanto, é de extrema valia para o aprendizado musical. Este grupo de percussão corporal prioriza o aquecimento vocal; o alongamento corporal; explora todos os sons possíveis de se extrair do corpo e da voz, com o intuito de obter uma boa percepção rítmica, consciência corporal e coordenação motora; preocupa-se com o aprendizado de ritmos brasileiros, utilizando sons corporais; emprega exercícios de imitação rítmica, jogos musicais e a improvisação como ferramentas de exploração da criatividade.

Esta forma de trabalho, de acordo Michelon (2011), pode ser considerada pobre no que se refere a utilização de instrumentos, no entanto ela se torna uma forma muito rica de se trabalhar a sonoridade, uma vez que o corpo humano é um agente muito rico na produção de sons.

A proposta de levar a percussão corporal para a escola, bem como para as aulas de Educação Física torna-se bastante interessante financeiramente, já que o único objeto sonoro necessário para esta prática é o corpo de cada aluno, tornando-se um suporte importante para um aprendizado musical significativo. (SCHAFER, 1991 citado por MICHELON, 2011).

Consorte (2014) cita uma vantagem bastante significativa em relação ao trabalho de percussão corporal ao registrar que nesse universo a ideia de que esta é uma prática que não só torna mais fácil o acesso à música, por não depender diretamente de instrumentos musicais, como também que não depende de conhecimentos musicais prévios para acontecer.

1.1. Ritmo, Musicalidade e Movimento

Martins e Nedel (2012) registram que atualmente crescem os estudos apresentados sobre ritmo e movimento como recursos educacionais considerados importantes para diferentes áreas de ensino.

Em Camargo (1994) citado por Martins e Nedel (2012) se tem a compreensão de que todo movimento é ritmo em potencial, já que em latim a palavra ritmo rhythmos significa “aquilo que se move, aquilo que flui e a palavra música, do latim musiké, significa a arte das musas” (p.142).  Assim, como indica os autores “o exercício físico quando não integrado à música torna o homem desassossegado, rude, da mesma forma que a música, se desvinculada do movimento, pode levar à prostração e à apatia”. (p. 142)

A música, conforme Lopes (2014) faz parte da nossa vida, por seu intermédio podemos construir vários significados, dançar, cantar, como também somente escutar. O contato com a música atende a todos os aspectos do desenvolvimento humano: físico, mental, fisiológico (tato, visão, olfato, audição), emocional e espiritual, dependendo de como ela é utilizada.

Segundo Lopes (2014) atividades musicais dentro da sala de aula, enfatizando o processo ensino aprendizagem, pode se tornar uma ferramenta muito interessante, pois a música facilita ao aluno a interação com o meio escolar, podendo agregar na sua formação, na escrita, na coordenação motora e memória.

Essas atividades rítmicas possibilitam, ao aluno, novas formas de se expressar, de explorar e demonstrar sentimentos e emoções, e o professor pode incluir elementos que compõem a música, como a melodia, o ritmo, a harmonia, auxiliando em seu ensino-aprendizagem de maneira prazerosa. (LOPES, 2014). A música, conforme o autor é uma atividade essencialmente lúdica que pode ser agregada na melhoria do ensino do aluno além de possibilitar uma construção benéfica em aula.

Na utilização do ritmo é importante que o professor lembre que cada pessoa tem o seu próprio ritmo, o ritmo interno de cada um, o que é de fundamental importância, principalmente no âmbito da aprendizagem. Permitir que a espontaneidade apareça levando em consideração este respeito à individualidade, à subjetividade de cada um é essencial, já que os atos e as atividades espontâneas são uma forma de exteriorização de ideias e sentimentos, dando espaço à criatividade, ao envolvimento e a auto expressão dos educandos (SCARPATO, 2001).

A percussão corporal pode ser uma grande aliada dos professores que não têm recursos na sala de aula e, talvez, a falta de recursos possa, até, servir como uma ignição para o professor buscar desenvolver seus conhecimentos dentro do universo da percussão corporal. O conhecimento prévio em percussão corporal não precisa, necessariamente, fazer parte do repertório do aluno, até porque, quanto menos pré-requisitos, maior o caráter inclusivo da atividade, mas o importante é ressaltar que a qualidade da atividade dependerá, em grande parte, dos conhecimentos de quem a conduz, mesmo que seja conduzida com base na democratização, inclusão e soma das diferentes capacidades dos participantes. (CONSORTE, 2014, p. 29)

2. Educação Física Escolar

Conforme Etchepare (2000), a escola possui a finalidade de desenvolver nos alunos as características que lhes permitirão viver de forma eficiente numa sociedade complexa. A Educação Física, por sua vez, como disciplina integrante obrigatória na Educação Básica, deve desenvolver a consciência da importância do movimento humano, suas causas e objetivos, e criar condições para que o aluno vivencie o movimento de diferentes formas, possibilitando-lhe significados em relação com seu cotidiano.

Segundo Soares (1996, p. 7)

“A Educação Física está na escola. Ela é uma matéria de ensino e sua presença traz uma adorável, e uma benéfica e restauradora desordem naquela instituição. Esta sua desordem é portadora de uma ordem interna que lhe é peculiar e que pode criar, ou vir a criar uma outra ordem na escola”.

A disciplina Educação Física é vista na escola como algo diferenciado das outras matérias, porém tem a mesma necessidade e importância, logo, cabe a seus professores criarem estratégias para que essa desordem se torne uma ordem que possibilite a aprendizagem significativa da cultura corporal.

A Educação Física tem o papel e responsabilidade de formar o cidadão capaz de posicionar-se com criticidade diante de novas formas da cultura do movimento corporal, o esporte espetáculo da mídia e atividades praticadas no dia a dia. (BETTI e ZULIANI, 2002)

Conforme os autores supracitados a função da Educação Física não é somente realizar atividades físicas, é bem mais que isso, tem a responsabilidade na formação desses alunos fazendo com que consigam distinguir cada esporte e movimentos corporais de forma crítica.

De acordo com Brasil (1997) a Educação Física escolar contribui para o aluno exercer a cidadania com conteúdos que proporcionem a socialização, a integração e independência, com conceitos de valores e princípios éticos que desenvolvam a formação de um individuo democrático.

Brasil (1997) registra nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) que:

“a prática da Educação Física na escola poderá favorecer a autonomia dos alunos para monitorar as próprias atividades, regulando o esforço, traçando metas, conhecendo as potencialidades e limitações e sabendo distinguir situações de trabalho corporal que podem ser prejudiciais” (p.24).

Para que a Educação Física seja valorizada e vista como uma disciplina tão importante quanto às demais existentes na escola, é preciso que o professor desta área tenha consciência da sua importância na vida dos alunos, e busque desenvolver um trabalho focado nos objetivos a serem alcançados, com a maior variedade possível de conteúdos, para a aprendizagem e conhecimento das diferentes manifestações da cultura corporal.

2.1 Educação Física e seus Conteúdos

O professor de Educação Física escolar não pode ser aquele especialista de determinado conteúdo ou esporte, ele precisa estar atento aos acontecimentos no mundo, diversificando e contextualizando sua prática docente e suas aulas com a vida cotidiana e com ações significativas e motivantes para os alunos. (KAWASHIMA, 2010).

Conforme Brasil (1997) os PCNs abordam os conteúdos da Educação Física como expressão de produções culturais, conhecimentos historicamente acumulados e socialmente transmitidos, ou seja, cultura corporal de movimento. Capacita o indivíduo a refletir sobre suas possibilidades corporais, e com autonomia, exercê-las de maneira social e culturalmente significativa e adequada.

Trata-se de compreender como o indivíduo utiliza suas habilidades e estilos pessoais dentro de linguagens e contextos sociais, pois o mesmo gesto adquire significados diferentes conforme a intenção de quem o realiza e a situação em que isso ocorre. (BRASIL, 1997).

Tomando por base as sugestões apresentadas por Brasil (1997) para as propostas de conteúdos a serem abordados nas aulas de Educação Física escolar, os PCNs indicam os “Blocos de Conteúdos”, composto por três blocos: o primeiro compreende os jogos, os esportes, as ginásticas e as lutas; o segundo bloco indica as atividades rítmicas e expressivas e no último bloco estão os conhecimentos sobre o corpo. A partir dessas sugestões o professor pode estruturar suas aulas atendendo a uma grande variedade de práticas que compõem as manifestações da cultura corporal. Os conteúdos dos três blocos possuem características em comum, associam-se entre si, porém cada um com sua especificidade.

Segundo Betti e Zuliani (2002) é tarefa da Educação Física preparar o aluno para ser um praticante lúcido e ativo, que incorpore os componentes da cultura corporal em sua vida, para deles tirar o melhor proveito possível.

Para ministrar as aulas no ambiente escolar, portanto, é importante que o professor também proponha conteúdos que atendam às necessidades e possibilidades dos alunos, e isso poderá ser realizado a partir do desenvolvimento dos conteúdos nas três categorias ou dimensões de conteúdos que, conforme Antunes (2010) são apresentados pelas categorias de conteúdo conceitual, procedimental e atitudinal.

Os conteúdos conceituais se referem a abordagem das teorias, conceitos, aprendizagens e conhecimentos, que dão ao aluno a capacidade de assimilação de ideias, imagens, símbolos. Está relacionada à memória a recordação, para que possam realizar um movimento. (ANTUNES, 2010).

De acordo com o autor supracitado, os conteúdos procedimentais correspondem ao saber fazer, realizar, está relacionada a execução de um movimento, o desenvolvimento de uma atividade, a vivencia prática.  Os conteúdos atitudinais estão ligados ao comportamento, o modo de ser e agir, relacionam-se às normas, respeito a si próprio e ao espaço do outro, valores culturais, a afetividade e interação.

Coll et al (2000) relatam que um mesmo conteúdo pode ser abordado numa perspectiva conceitual, procedimental ou atitudinal. Com frequência, a inclusão de um mesmo conteúdo nas três categorias demonstra que, de acordo com os objetivos estabelecidos, ou seja, de acordo com as capacidades que se pretende que os alunos desenvolvam ou aprendam trabalhando esse conteúdo, considera-se conveniente abordá-lo sucessiva e complementarmente a partir das três perspectivas.

Para se discutir os conteúdos nas aulas de Educação Física, o professor precisa estar bem esclarecido quanto a forma de apresentá-lo, no sentido de favorecer uma aula com adesão dos seus alunos, que eles se sintam acolhidos, sem discriminações quanto suas habilidades, características, dentre outros fatores. Muitas são as opções de conteúdos possíveis de serem oferecidos, e para atender ao exposto, podemos sugerir a percussão corporal como uma delas, atendendo ao bloco de conteúdo, segundo Brasil (1997) as Atividades Rítmicas e Expressivas.

O bloco de conteúdos Atividades Rítmicas e Expressivas constitui-se em códigos simbólicos, onde a vivência de cada ser humano, em interação com valores e conceitos socioculturais produzem, com isso, possibilidades de comunicação por gestos e posturas, tendo como característica comum a intenção explicita de expressão e comunicação por meio dos gestos e com presença de ritmos, sons da música na construção da expressão corporal, e através disso, encontram-se subsídios para enriquecer o processo de informação e formação dos códigos corporais do indivíduo e do grupo.

Este bloco de conteúdos expõe a manifestação corporal através de ritmo, expressão, gestos, comunicação, movimentos corporais, a dança que existe em diversos estilos que varia de região para região, são aspectos culturais que trabalham a linguagem corporal expressiva (BRASIL 1997). Entende-se que por meio deste conteúdo pode-se trabalhar a percussão corporal com a expansão rítmica e expressiva que é demostrado a partir de movimentos corporais através de danças, gestos, comunicação, elementos culturais que podem ser utilizados como conteúdo escolar.

Ressaltamos aqui que geralmente o que presenciamos, é que tais conteúdos (Atividades Rítmicas e Expressivas – percussão corporal) dificilmente são desenvolvidos no ambiente escolar e, quando o são, a ênfase consiste apenas nas vivências de forma descompromissada.

Silva et al (2008, p. 37) citados por Guimarães, Simões e Impolcetto (2011) apontam que existe hoje uma grande carência do trabalho com o ritmo nas escolas, talvez por que a maioria dos professores desconheça o sentido dessa palavra e as possibilidades de trabalho que podem ser desenvolvidas por meio dela.

3. Percussão Corporal: Contribuições na Educação Física Escolar

Silva et al (2008) citado por Michelon (2011) apontam dentre muitas razões, uma das possíveis para a pouca repercussão e desenvolvimento de um trabalho com percussão corporal na escola, indicando que hoje existe uma grande carência do trabalho com o ritmo, talvez por que a maioria dos professores ainda não compreendam o exato sentido dessa palavra e as possibilidades de trabalho que podem ser realizadas por seu intermédio. Marques (2007) corrobora com os autores acima afirmando que, na grande maioria dos casos, os professores não sabem exatamente o quê, como ou até mesmo o porquê ensinar / desenvolver esse conteúdo na escola.

O desenvolvimento psicomotor é de fundamental importância para o ser humano e a percussão corporal pode contribuir também nesse aspecto. (CONSORTE, 2014).

Segundo o autor supracitado, a partir do trabalho de percussão corporal o educando tem a possibilidade de adquirir novos conhecimentos, consegue se autoconhecer e se expressar por meio de gestos; auxilia nos aspectos físico e mental permitindo-lhe administrar seu espaço e seus limites, ajudando-o também, por seu intermédio, a se relacionar com a sociedade.

Rossatto e Camargo (2010) apontam que a percussão corporal auxilia no desenvolvimento da coordenação motora, na memória, melhora o raciocínio e concentração, ajuda na criatividade e na noção rítmica. Observa-se que a percussão corporal favorece o desenvolvimento motor do educando fazendo com que ele tenha uma boa coordenação e consciência corporal, desenvolvendo habilidades e expressões, noção do tempo e do espaço e organização do meio em que vive.

Os principais benefícios da prática da percussão corporal de acordo com Seifert (2010) são: o desenvolvimento da coordenação motora; a ativação da circulação do sangue; a melhora da concentração e da memória; bem-estar físico e mental; e redescoberta do próprio corpo.

Seifert (2010) indica exercícios de independência rítmica trabalhando coordenação entre pés, mãos e voz, exercícios que trabalham o olhar e o andar, exercícios que trabalham atenção, reflexo, memorização e relacionam som com movimento (flechas, relógio, seqüência linear). Também por meio de improvisações, com exercícios de criação e composição utilizando os sons e ritmos estudados. Estas sugestões são voltadas para que o aluno aplique e sintetize seus conhecimentos, buscando sua expressão individual nessa linguagem. É também voltado para que ele desenvolva a percepção do outro e o senso de escuta dentro de um grupo. Trabalham pontos específicos da prática de se fazer música em grupo.

Scarpato (2010) registra que, com o aprendizado de ritmos e de jogos de improvisação, o aluno vai aprimorando tanto sua coordenação motora quanto sua capacidade de criar, ouvir e interagir num grupo.

Segundo Betti e Zuliani (2002) a atividade corporal nos anos iniciais do ensino básico é um elemento fundamental da infância, e a estimulação psicomotora de forma adequada e diversificada guarda estreitas relações com o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social da criança. A percussão corporal, conforme o autor vem auxiliando cada vez mais os alunos no sentido de encontrarem seu tempo, seu ritmo, seu espaço; a entenderem o timbre e a percepção, como também proporcionando o autoconhecimento e maior interação por meio do brincar.

Betti e Zuliani (2002) registram que a Percussão Corporal não deve ser entendida como um simples estalar de dedos, muito menos um toque em seu corpo. Ela é muito mais do que podemos imaginar, uma vez que aplicado nas aulas de Educação Física, auxilia no seu desenvolvimento tanto cognitivo como motor, dando ênfase para que o aluno inicie seu autoconhecimento, sua auto avaliação, entretanto auxilia também no desenvolvimento maturacional, entendendo que existe tempo para tudo, ritmo para tudo.

Focando a questão do desenvolvimento motor, conforme Betti e Zuliani (2002) entende-se que a percussão corporal permite que o aluno aprenda a ter maior percepção e controle corporal, equilíbrio, ritmo e coordenação, auxiliando-o na obtenção de maior concentração no que está fazendo.

O trabalho com percussão corporal permite mostrar ao aluno que um toque em seu corpo ou um estalar de dedo não são apenas brincadeiras sem finalidade, mas uma maneira de emitir um som sem a necessidade da utilização de instrumentos. O trabalho de percussão corporal possibilita maior sociabilização na aula, fazendo com que o aluno interaja mais facilmente com os demais colegas, mostrando os sons que é capaz de fazer com seu próprio corpo, permitindo-lhe ficar mais envolvido e até diminuindo significativamente sua possível timidez. (BETTI e ZULIANI, 2002).

De acordo Ruguer (2007) o trabalho corporal auxilia nos processos de sensibilização musical, ajuda o desenvolvimento da percepção rítmica e melódica, a coordenação motora, a criatividade e a expressividade.

Granja citado por Simão (2013) sugere a prática de jogos musicais com utilização do corpo, ação que pode ser muito bem utilizada nas aulas de Educação Física, que privilegiem momentos de criação musical e conduzam os alunos a uma colaboração mútua para a obtenção de harmonia sonora, “[…] para se fazer música é preciso ouvir o outro, ouvir a si próprio exercitando o diálogo, a cooperação e a tolerância” (GRANJA apud SIMÃO, 2013, p. 6).

Esses jogos musicais, como registram os autores acima citados, são propostos pelo grupo “Barbatuques”, que sugerem que sejam realizados em roda e em associação com movimentos corporais, conferindo a essas práticas um caráter tribal, ritualístico, proporcionando uma série de benefícios extramusicais como a redescoberta do próprio corpo, bem estar físico e mental e aumento da autoestima, entre outros.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Muito pode ser discutido sobre o trabalho de percussão corporal, no entanto, se verifica que essa possibilidade se torna reduzida quando buscamos literatura que trate dessa atividade relacionada à sua aplicação nas aulas de Educação Física escolar.  Constata-se poucas publicações sobre esse assunto, logo, o desenvolvimento da percussão corporal se torna um assunto/conteúdo pouco lembrado e, porque não dizer, pouquíssimo desenvolvido nas escolas.

A percussão corporal pode ser um aliado do professor de Educação Física em diversos aspectos, podendo utilizar a música, o ritmo, a expressão corporal, despertando maior interesse e motivação dos alunos nas aulas, uma vez que é uma possibilidade de conteúdo diferente dos tradicionais oferecidos nas aulas de Educação Física, que tendem a focar o conteúdo “esportes” nem sempre envolvendo todos os alunos.

Partindo do que apresenta os Parâmetros Curriculares Nacionais, que sugerem que as aulas de Educação Física sejam aplicadas atendendo aos blocos de conteúdos, entendemos que a percussão corporal pode ser trabalhada com foco no bloco de “Atividades Rítmicas e Expressivas”, como também “Conhecimentos sobre o corpo” e facilmente atender, também, as categorias de conteúdos propostos, a saber: categoria de conteúdo procedimental, atitudinal e conceitual.

Mediante nosso levantamento bibliográfico podemos afirmar que o trabalho de percussão corporal possui, inclusive, algumas vantagens em relação a aplicação de outros conteúdos pertinentes à Educação Física, uma vez que não demanda custos, pois é possível desenvolve-lo apenas com o próprio corpo, possibilitando ao aluno conhecimentos sobre o movimento e improvisação de sons, enfatizando, dentre inúmeros outros aspectos, a sua criatividade.

Entendemos que vale salientar o registro feito no desenvolvimento deste trabalho que existe hoje uma grande carência do trabalho com o ritmo nas escolas, talvez por que a maioria dos professores desconheça o sentido dessa palavra e as possibilidades de práticas que podem ser desenvolvidas por meio dela.

A música em geral e a percussão corporal em particular é peça fundamental na aprendizagem do aluno auxiliando na melhora de sua coordenação motora, proporcionando maior socialização. Verifica-se que ela pode ser trabalhada em qualquer faixa etária no ambiente escolar, promovendo também contribuições nos aspectos motores, sócio afetivos e cognitivos, além disso, propõe uma integração com as ações que a escola realiza, como datas comemorativas e/ou atividades festivas. É um trabalho que estimula o aspecto sensorial, traz desenvolvimento cognitivo, emocional, corporal e social de forma bastante descontraída e sem constrangimento ao educando.

A percussão faz parte da vida do ser humano desde o ventre, podemos extrair sons do próprio corpo o que, muitas vezes, ele mesmo não se dá conta, ou seja, desde o próprio som do coração até o bater de palmas e pés faz com que a mente e o corpo entrem em sintonia de maneira totalmente descontraída.

O professor pode solicitar ações para que o aluno perceba o seu corpo, a partir das batidas do coração e tente reproduzir essa percussão, a partir de palmas ou de algumas batidas com os pés, por exemplo. Em poucos segundos esse simples gesto traz o interior do aluno para fora, logo a coordenação motora em sintonia com o psíquico trará a desenvoltura naturalmente, o progresso despertará as aptidões de cada “Eu”, sem que se perceba e de maneira sutil, até o mais tímido dos alunos pode ser estimulado a conhecer seu próprio ser.

Essa pesquisa tem como foco o despertar da possibilidade de se desenvolver a percussão corporal como conteúdo nas aulas de Educação Física, instigar mais pesquisas sobre o assunto, possibilitando discutir com mais complexidade as contribuições que esse trabalho pode proporcionar ao aluno. Pretende também estimular os professores a pensarem a percussão corporal como conteúdo em suas aulas tornando-as mais motivantes e participativas, uma vez que estimula a socialização, o desenvolvimento corporal, a percepção corporal e rítmica, como também aproveitar mais essa possibilidade criativa, que não exige grande número de materiais, podendo ser aplicado até sem eles e nem locais previamente elaborados.

Referências 

ANTUNES, C. Educação física e didática. Coleção como bem ensinar. Petrópolis: Editora Vozes, 2010.

BETTI, M. e ZULIANI, L. R. Educação física escolar: uma proposta de diretriz pedagógica. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte, Ano 1, Número 1, 2002. Disponível em: http://www.ceap.br/material/MAT251020.pdf.  Acesso em 0 de outubro de 2016.

BORGES, P. A percussão corporal. Grupo Barbatuques São Paulo 2013. Disponível em www.escoladoleao.com.br/a-percussao-corporal/. Acesso em 23 de março de 2016.

BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais – Educação Física. Ministério da Educação e do Desporto.  MEC: Brasília, 1997.

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[1] Graduada em Educação Física Habilitação Licenciatura (Estácio / FNC)

[2] Graduado em Educação Física – Habilitação Licenciatura. (Estácio / FNC)

[3] Discente do curso de Educação Física – Habilitação Licenciatura (Estácio / FNC)

[4] Graduada em Educação Física (UNISA), Pós-graduada em Administração Esportiva (FMU), Mestre em Psicopedagogia (UNISA). Docente da Faculdade de Educação Física – Estácio / FNC

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Solange de Oliveira Freitas Borragine

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