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A Participação da Família para o Êxito do Processo da Educação Especial na Educação Infantil

RC: 79233
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CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

REIS, Marcela Bazoni [1]

REIS, Marcela Bazoni. A Participação da Família para o Êxito do Processo da Educação Especial na Educação Infantil. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 06, Ed. 03, Vol. 09, pp. 71-84. Março de 2021. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/sem-categoria/exito-do-processo

RESUMO

O presente artigo tem como finalidade abordar aspectos a respeito da mediação pedagógica no processo de inclusão da criança especial no âmbito escolar desde a educação infantil. É importante enfatizar a participação familiar na educação inclusiva como uma ferramenta essencial para o novo conceito de educação. Família e escola andam juntas e é fundamental para a construção da identidade, autonomia e cidadania da criança, o que deveria ser rotineiro às vezes enfrentam dificuldades pela resistência familiar. Sabe-se que, fundamentada nos ideais da democratização, a Educação Especial é de direitos e igualdade de oportunidades da “Educação para Todos” e constitui em um espaço mais amplo para discutir, analisar e refletir, com mais profundidade, questões básicas conceituais de seu significado dentro do contexto escolar. Através de um levantamento bibliográfico e pesquisa cientifica buscou-se abordar a seguinte dúvida sobre a inclusão da criança especial na educação infantil e como a família tem um papel importante no processa a inclusão de tais. Concluiu-se que o professor, orientado pelo supervisor pedagógico exerce um papel de adequar suas atividades e conteúdos para a realidade de suas crianças, respeitando a diversidade presente em sua sala e buscando adquirir confiança dos familiares.

Palavras – Chave: Inclusão, Família, Mediação, Orientação.

INTRODUÇÃO

Sabe se que hoje os familiares têm muita dificuldade de compreender os direitos da inclusão na sociedade de seus filhos especiais, com isso as escolas vêm debatendo sobre a inclusão em vários aspectos educacionais e sociais, compreendendo que se é direitos de todos no convívio em sociedade independente de sua classe, raça, religião ou dificuldade por necessidades especais. Essa discussão abrange desde a matricula, no primeiro contato na educação infantil, até a permanência com adaptações na escola, em reformas permitindo a acessibilidade a todos, tecnologias assistidas, capacitação, formação inicial e continuadas e profissionais para atuarem com pessoas que possuem necessidades educativas especiais.

Outro aspecto importante é analisar resultados que contribua ao o acesso e permanência das crianças na escola, seja também um papel da família sem discriminação já que é um princípio que está garantido e previsto por lei. O sucesso na relação entre família-escola tem sido apontado na literatura como um dos principais fatores facilitadores da inclusão escolar (GLAT, 1996; DESSEN e POLÔNIA, 2005, 2007). Segundo o autor trazer a família para projetos que envolva o cotidiano escolar facilita esta inclusão.

Vários debates ocorridos em nossa sociedade através da mobilização e participação da comunidade têm auxiliado educadores e familiares a ampliarem seus conhecimentos e adquirirem informações que favorecem o processo de inclusão para a participação social e escolar da criança especial. Contribuindo dessa forma para um rendimento escolar melhor para essa criança que interage com outras, aprende e socializa num ambiente que valoriza e respeita a diversidade, ampliando sua construção do conhecimento e para seus demais colegas que aprendem a respeitar e tratar tal deficiência com igualdade sem que haja descriminação.

Com levantamento bibliográfico e pesquisa cientifica para uma análise da legislação vigente de como se processa a inclusão da criança especial na escola regular e a mediação pedagógica nesse processo. Visa-se compreender como acontece a inclusão no sistema regular de ensino, a socialização desses alunos com a comunidade inserida nesse contexto.

A INCLUSÃO DAS CRIANÇAS ESPECIAIS DESDE A EDUCAÇÃO INFANTIL

E importante que a criança especial tenha quanto antes seu contado pedagógico, para isso e importante que os familiares compreendam que o contato na escola desde o maternal contribui para uma inclusão na sociedade com mais naturalidade sem que tenha descriminação.

Um dos conceitos que se tem é que a educação especial, fundamentada num ideal democrático que tem por finalidade refletir sobre os direitos de igualdade para formação da sociedade na proposta educacional no que se reflita na igualdade de oportunidades da “Educação para Todos”, onde se dá às questões básicas e conceituais no que se refere à ideologia e identidade da educação inclusiva no contexto educacional e sócio cultural e quando mais cedo este contato melhor será a inclusão destas crianças.

Para que esta inclusão aconteça desde a educação infantil os alunos especiais necessitam de alguns recursos didáticos e pedagógicos, tecnologias assistidas, material adaptado e professores comprometidos com uma educação de qualidade e adaptações curriculares para que possam participar ativamente do processo de ensino e aprendizagem.

Mazzotta (2002) ressalta a importância de todos os indivíduos, profissionais ou não, estarem atentos à questão da inclusão, não apenas no ambiente escolar, mas também em um domínio mais amplo que compreende uma educação de qualidade a todos. Tais afirmações feitas pelo autor ressaltam a importância do saber da escola sobre a educação inclusiva para sua melhor inclusão desde o maternal.

Inúmeras organizações internacionais discutiram durante a Conferência da Tailândia em 1990. O direito a uma educação de qualidade para todos e em 1994 ocorreu a Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais, na Espanha, na qual foi debatido, outorgado constituído e regulamentado o direito a educação das pessoas com Necessidades Educativas Especiais.

Para Mazzotta (2002) a referida declaração, além de ter na educação um direito fundamental em que todos devem ter acesso sem distinção, explicitou-se ainda as necessidades básicas de aprendizagem, os instrumentos essenciais para que a mesma ocorra, conteúdos primordiais para o desenvolvimento e formação acadêmica e cidadã do indivíduo visando sua participação e autonomia na sociedade em que está inserido, aumentando, ampliando sua percepção de mundo, homem e sociedade para isso o contato desde cedo com os demais contribui para esta socialização natural sem descriminação.

Segundo Jimenez (1999), a escola para todos pressupõe que a educação especial ocorra de forma integrada à educação regular. Sendo assim, a escola se aberta à diferença e busca atender às necessidades de todos os alunos ao invés de excluir os que requerem práticas e atenção diferenciadas se adaptando para essa nova realidade.

O modelo de escola para todos pressupõe mudar estruturas e atitudes, e possibilitar uma abertura à comunidade. Deve provocar mudanças de estilo de trabalho de alguns professores, os quais terão que compreender o fato de que cada criança é diferente das outras, possui suas próprias necessidades específicas e se desenvolve conforme as suas possibilidades (JIMÉNEZ, 1997, p. 21).

Sabe se que a educação infantil se dá no primeiro contato da criança no processo de aprendizado, onde a mesma se encontra com um novo mundo de descobertas. Para criança especial e muito importante este contato para se socializar e não se sentir excluída, para isso a escola tende se a ter um ambiente favorável e uma aproximação através de diálogo com os familiares para passar segurança a fim de mostrar a importância do convívio das crianças especiais com outras crianças que não apresenta nenhuma deficiência, para que o mesmo possa desenvolver suas habilidades de acordo com suas necessidades, contribuindo em um ambiente favorável desde cedo.

CONCEITO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

Ao se pensar em educação especial, compreende-se que esta requer decisões para um ponto de partida, tais como políticas claras e incidência de muitos atores com seus particulares pontos de vista para tratar de aproximar educação, democracia e escola além da formação para a tolerância, respeito à diversidade, à diferença, ao pensamento crítico, à capacidade de escutar e chegar a consensos.

Sabe se que a escola recebe no dia a dia vários tipos de alunos, raças, crenças, valores econômicos e culturais, e por se tratar da escola filantrópica que funciona em sistema de internato, acolhendo crianças órfãs advindas de famílias desestruturadas ou das ruas. Quando o aluno é recebido são feitas as inclusões, buscando a melhor forma para que cada um se adapte em sua turma sem que haja qualquer descriminação de tais.

Stainback e Stainback (1999) acreditam que salas de aula para atuar em uma “filosofia” inclusiva, todos os alunos dessa sala, precisam aprender e fazer parte da vida escolar e comunitária. Afirmam ainda ser necessário valorizar essa diversidade, pois é através da diversidade que termos o fortalecimento da turma e maiores oportunidades de aprendizagem.

Uma escola inclusiva é aquela que educa todos os alunos em sala de aula regular. Educar todos os alunos em sala de aula regular significa que todo aluno recebe educação e frequenta aulas regulares.

Sabe se que para cada criança especial deve se haver assistência especial, ou seja, oportunidades adequadas, às suas capacidades, objetivando um ensinamento comum para não serem prejudicados perante os outros tanto no aprendizado como na autoestima.

Para o educando se sentir realmente incluído ele precisará ser aceito e ajudado por todos, não só pelos colegas, mas também por toda comunidade escolar, que unidos, deverão conseguir uma inclusão bem sucedida, pois caso contrário, ele estará dentro da sala, mas não estará efetivamente incluído nela assim tendo uma exclusão em um contexto geral.

Stainback e Stainbaick (1999, p.240) afirmam que, “entretanto, esses alunos precisam mais do que apenas ser colocados nas escolas regulares. Também precisam ser incluídos como membros iguais e valorizados da classe.” Essa colocação do autor só e possível quando a escola trabalha junto à família e comunidade para saber realmente o que é inclusão.

Faz-se necessário buscar um conhecimento mais profundo sobre o educando a ser incluído, principalmente, o professor, colocando a par de como atuar. É que este precisa conhecer melhor seu educando, ter uma visão crítica do que poderá exigir de cada aluno, mesmo que seu objetivo básico seja para todos os alunos, os objetivos específicos precisarão ser adequados às necessidades, interesses, habilidades e capacidades de cada aluno.

Para que ocorra de maneira natural o professor juntamente com acompanhamento de seu pedagogo não deve criar atividades separadas e sim, criar alternativas nas atividades que atinjam as diferentes capacidades deste aluno e ao mesmo tempo em que, estes consigam resolvê-los contribuindo assim, para desenvolver seu interesse tão importante na superação na estimulação de novas conquistas e notando também que os professores acreditam nas suas capacidades.

Embora as autoridades educacionais discursem sobre modelos conceituais discursem facilitadores de uma ação pedagógica eficaz para os desviantes, de uma maneira geral, esse discurso se perde e as práticas não se concretizam no ambiente natural da escola. Admite-se mesmo certa intolerância do sistema educacional para abordar questões disciplinares e problemas comportamentais associados. Trata-se de uma população desconsiderada, a ponto de figurar como inelegível para os benefícios da própria educação. (SOBRINHO 1999, p.160).

E preciso defender a integridade da criança especial na escola, pois sabe se que este mesmo e possui inteligência dentro do normal e como qualquer criança tem o direito do aprendizado e convívio social.

A necessidade de um maior conhecimento desta patologia e até mesmo se possível, um preparo especial dos educadores para que estes não acusem injustamente estas crianças aumentando ainda mais a sua baixo-estima e desenvolvendo uma péssima concepção da escola. Após estes conhecimentos verão que necessitam de uma atenção individualizada com necessidades de cuidados especiais na educação e nas atividades que poderão ajudar no desenvolvimento dos mesmos.

O educador tem que estar apto a criar “estratégias” de modificação do aprendizado e conseguir adequá-las de acordo com o interesse e as necessidades da criança, sabendo elaborar estratégias de acordo com cada necessidade adquirindo recursos facilitadores da aprendizagem e comunicação entre educador aluno. Essas estratégias contribuem no desenvolvimento da criança especial de maneira natural e democrática para que o mesmo possa superar suas dificuldades perante sua formação ao estar exposta ao convívio social, para que a mesma tenha oportunidade da igualdade do conhecimento.

PRÁTICAS PEDAGOGICAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL INCLUSIVA

A inserção da inclusão social nas práticas pedagógicas demanda a capacitação dos profissionais para desenvolver e programar projetos de educação inclusiva voltados ao ambiente escolar e a comunidade em que esta escola se insere; a viabilização da educação inclusiva às pessoas que apresentam algum tipo de deficiência; o planejamento e a avaliação de programas e práticas que visam a inclusão dos alunos com deficiência; discussões relacionadas a construção do conhecimento e a diversidade na aprendizagem dos alunos; e o desenvolvimento de atitudes de pesquisa científica de temas ligados à educação inclusiva.

Freire (1999), em seu livro Pedagogia da Autonomia, saberes necessários à prática educativa, ressalta a participação do próprio aluno no processo de aprendizagem defende que aluno deve experimentar pesquisar em grupo, desenvolver seu raciocínio tais rejeitam conhecimentos prontos. Defende também que o aluno seja autônomo.

E isso é extremamente desafiador para o aluno e para o professor forçando há uma tendência humana natural em buscar autonomia, em todos os sentidos, porém ninguém se torna autônomo sozinho. Nesse contexto e de grande valia ressaltar a importância do professor para autonomia na hora de aplicar as tarefas para as crianças especiais assim sendo necessário que o professor tenha conhecimento sobre as necessidades do aluno a fim de desenvolver tarefas que o inclua sem que se sinta desigual aos demais direcionando tais para o caminho correto do aprendizado.

Para que esta prática se torna eficaz o supervisor pedagógico tende se a programar coletivamente ações pedagógicas que promovam a inclusão de todos os alunos, incentivando o corpo docente a buscar formação continuada, para que esse aluno exerça seu direito de igualdade e de uma educação de qualidade, pois não apresenta comprometimento cognitivo.

O supervisor pedagógico também disponibilidade de serviços de apoio constitui suporte indispensável para professores, alunos e seus familiares. Mas, aquisições específicas por si só, também não asseguram a inclusão escolar bem sucedida tais atitudes serão decisivas no sentido de abrir ou fechar as possibilidades do conhecimento. Ou seja, o perfil pretendido será delineado pelo exercício da ação pedagógica.

Conforme Silva (2000), a caracterização e compreensão da função supervisora no contexto educacional brasileiro decorrem do sistema social, econômico e político. A supervisão pedagógica visa garantir o cumprimento de algo que já foi planejado. O que elucida a responsabilidade do supervisor, enquanto especialista da educação, em atuar sob função do desenvolvimento humano, da promoção humana.

Rangel apud Ferreira (2002), apontam que o processo de aprendizagem corresponde ao objetivo específico da função supervisora de ensino que abrange a supervisão do currículo, dos programas, da escola de livros didáticos, do planejamento de ensino, dos métodos de ensino, da avaliação e da recuperação, assim como a supervisão e o projeto da escola e a supervisão e a pesquisa.

O supervisor deve participar da construção do Projeto Pedagógico, pois ele é de suma importância na escola, onde está contido tudo o que se fez está fazendo e se pretende desenvolver dentro da escola de maneira clara e objetiva de modo que todos, ao consultarem possam compreendê-lo.

Percebe-se que um dos assuntos mais polêmicos da atualidade e que vem sendo amplamente discutido é a educação, no seu sentido de formação da sociedade. Educar é uma das funções mais importante que tem de se ter perseverança, autenticidade e continuidade. Sabe se que as mudanças são ao decorrer das ações a ser implantada em conjunto, por isso a participação de todos e fundamental nesse processo.

Para que sujo efeito estas implantações é preciso um conhecimento sobre tal deficiência e que todos tenham um conhecimento de como tal. O trabalho é feito com acompanhamento do pedagogo para orientar e estudar maneiras que possam ser utilizadas no convívio familiar e pedagógico na educação da criança especial, para que se alcance o objetivo de implantar medidas que não exclua ou constrange estes alunos.

As concepções de Vygotsky (1993), quando se refere às pessoas com deficiências, refletem sua crença na possibilidade de os mesmos se desenvolverem como cidadãos. O pedagogo procura elaborar estudos juntamente com professores de uma melhor forma de aplicar esta educação a fim de forma cidadãos pronta para o mercado onde possam concorrer a vagas com igualdade.

Compreender qual a função do supervisor na gestão de educação brasileira nos dá uma ênfase de sua importância na contribuição na hora das tomadas de decisão, para as crianças especiais e fundamentais tal acompanhamento para um melhor direcionamento das tarefas a serem aplicadas pelos professores dentro e fora de sala de aula.

Logicamente, o supervisor pedagógico, em suas ações, pode delinear o início de uma nova era educacional, onde se haja mais democratização e coletividade contribuindo para inclusão e trazendo a comunidade para escola. Está preparada para orientar e direcionar os professores e demais profissionais da escola e uma tarefa a ser aplicada com conhecimento para que se possa obter o sucesso de uma gestão.

As escolas cada vez mais democráticas procura ter um bom relacionamento com familiares e comunidade a fim de tratar de assuntos como inclusão e abetas a sugestões para que nenhuma ação seja feita sem conhecimento de todos e contribuindo para a inclusão dos alunos de maneira democrática e social o pedagogo por sua vez acompanha de perto professores, familiares e alunos para que o processo de aprendizagem seja incluído de maneira correta.

A IMPORTÂNCIA PARA AS CRIANÇAS ESPECIAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL PARA O PROCESSO DE INCLUSÃO DA FAMÍLIA

A inclusão começa dentro do âmbito familiar para que seja assim construída uma sociedade sem preconceitos. Por mais difícil que seja para a família quando se descobre que estão à espera de uma criança especial a mesma deverá aceitar e buscar acompanhamento de profissionais para construir a ideia de uma criança especial deve ser inclusa em sociedade como os demais e não ser privada lembrando sempre que não se há transferência responsabilidade, o acompanhamento da família com profissionais da área deve ser feito em parceria, pois a família é que passa maior tempo com essas pessoas.

O resultado será melhor o quanto mais cedo começar o tratamento, deste o pré-natal, onde se e detectado o primeiro diagnóstico de possível necessidade especial da criança, este tratamento deve prosseguir após o parto. O poder público por sua vez tende assegurar a saúde física e mental de toda a família, e não somente para os portadores de necessidades especiais, pois é uma situação delicada onde o acompanhamento de psicólogo em alguns casos se faz necessário.

Em tempos atrás tinha se a política da não inclusão seus filhos especiais na escola, por não acreditar que os mesmos teriam capacidade de aprender e desenvolver ou por não ter a confiança da preparação da educação em receber seus filhos especiais, as crianças eram limitadas, viviam em um mundo de privações. Com o passar do tempo diante de grandes conquistas e evoluções, todos esses preconceitos foram superados as crianças são matriculadas em escolas aprendem a se interagir contribuindo para uma sociedade de igualdade.

Mas esta conquista só se faz valida quando primeiramente a família, acredita que é na escola terá uma porta de inclusão da criança na sociedade dentro do âmbito escolar. Os pais precisam entender a importância de do convívio de seus filhos na escola, tanto para tais quanto para os colegas que irão conhecê-lo e respeitá-lo como pessoa, entendendo seu jeito de ser e suas diferenças quebrando o tabu de preconceito e desigualdade.

Está ciente dos direitos de igualdade e de oportunidades, na busca pela identidade é o objetivo da inclusão. Educação assume caráter democrático, aberto à pluralidade no convívio com a diversidade possibilita a construção de relações fundadas no respeito à diferença, à identidade e à singularidade de todos os sujeitos, promovendo assim uma educação de qualidade.

A interação da família no processo educacional da criança é uma necessidade de grande importância. A família dever ser orientada e motivada a todo o momento acreditando que esse seja o melhor caminho da construção do futuro de seu filho, assim colaborar na participação do processo escolar, promovendo, uma interação maior. Os familiares por sua vez quando incentivam a prática para que seus filhos assimilem, ou seja, qualquer avanço que ele tiver seja notório.

Para Arruda e Almeida (2014, p. 6) […] “a proposta de uma educação inclusiva coloca-nos frente a esse grande desafio: transformar a escola da atualidade. Para isso se faz necessária à mudança de comportamento e rompimento de numerosas barreiras históricas, financeiras, físicas”. Não se dá aos esforços a inclusão de crianças especiais na rede de ensino da escola, se deve incluir, dispor também de redes de colaboração junto a sociedade combatendo à intolerância e às barreiras constitucionais, bem como diversidade do desenvolvimento da educação infantil.

Não se pode negar que a maioria das famílias que possuem crianças especiais não possui o conhecimento e informações sobre a deficiência de seus filhos, saber os direitos e recursos existentes é garantir uma qualidade melhor de vida e inclusão na sociedade dos mesmos. Essas informações também servem para os familiares unir se a escola nesse processo de desenvolvimento das crianças. Estas informações ajudam aos pais a lidar com as dificuldades encontradas ao decorrer da vida de seus filhos dando uma base e uma estrutura melhor para a educação.

A inclusão social favorece uma melhor qualidade de vida, pois contribui para o favorecimento da independência e atitudes positivas para estas crianças. Alunos com necessidades educacionais especiais devem ter a oportunidade de participar de forma significativa e integral nas atividades escolares regulares.

As famílias têm por principal responsabiliza perante as crianças adolescentes e jovens dá o direito de reivindicar que a escola dê uma educação de qualidade para todos independente da raça, cor, nacionalidade, religião ou alguma necessidade especial. Para que isso ocorra os pais tendem a cobrar providencias e medidas aos responsáveis perante os órgãos públicos estatuais e municipais.

José Alberto Correia (2003, p. 46) quando relata que “uma atitude de indiferença relativamente à diferença e, principalmente, uma atitude de profunda indiferença relativamente à desigualdade social”. A inclusão no mercado de trabalho de pessoas especiais se dá em sua capacidade de igualdade que pode começar dentro do âmbito escolar.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

No presente trabalho podemos enfatizar uma visão geral entre os autores e pesquisadores, a grande necessidade de materialização do processo inclusivo. Suas compreensões nos revelam que a inclusão é vista como um direito fundamental de todo cidadão, especial ou não e para que isso se construa a participação de todos se faz necessária.

Esse processo deve ocorrer em todos os aspectos da vida, sejam estes no campo educacional ou familiar. Para tal, tem-se a necessidade de uma reestruturação social, a fim de que a participação plena de seus integrantes seja possível. Isso está relacionado, sobretudo, ao respeito da diversidade e das respostas das necessidades individuais. O processo educacional da criança especial deve estar centrado nas necessidades e nos anseios do aluno.

O professor por sua vez orientado pelo supervisor pedagógico tem o papel de adequar suas atividades e conteúdos para a realidade de seus alunos, respeitando a diversidade presente em sua sala. Pode se concluir que a criança que apresenta alguma deficiência não importa seu grau pode participar do desenvolvimento dos mesmos conteúdos que seus pares videntes sem que seja excluída de um convívio como os demais alunos.

Para estabelecer um espaço inclusivo, é necessário que haja esse entrelaçamento entre a escola e família, pois a educação não se faz sozinha, é preciso de parceria e de pessoas que acredita. Também é preciso apropriar-se o espaço físico para melhor acolher estes alunos e que todos estejam realmente abertos há mudanças.

Os estudos realizados na área carecem de uma maior especificidade sobre os aspectos associados às várias faixas etárias presentes na escola. A criança especial é descrita de forma geral nos estudos, não havendo especificidades características da idade na escolar.

A deficiência carece de uma participação da escola, comunidade e família a fim de cobrar de seus governantes projetos que amparem esta inclusão na formação dos mesmos de maneira democrática para que haja igualdade e inclusão desde o aprendizado até a sua socialização.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARRUDA, M. A.; ALMEIDA, M. de. Comunidade Aprender Criança. Cartilha de Inclusão Escolar: inclusão baseada em evidências científicas, ed. Instituto Glia, 2014, p. 16.

BRASIL. Constituição Federal do Brasil. Brasília: Senado, 1988. Art. 205.

BRASIL, Lei Federal nº 9.394 Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 20 de dezembro de 1996 p. 28 – 30.

BRASIL, Ministério da Educação e Cultura. Parâmetros Curriculares Nacionais. Ensino Fundamental / Ministério da Educação e Cultura. Brasil: Brasília, 1997.

CARVALHO, R. E. Temas em Educação Especial. Rio de Janeiro: WVA, 2001.

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FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. Saberes Necessários à Prática Educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1998.

Glat, R. (1996). O papel da família na integração do portador de deficiência. Revista Brasileira de Educação Especial, 2(4), 111- 118.

CORREIA, José Alberto (2003). “A construção Político – Cognitivo da Exclusão Social no Campo Educativo”, in David Rodrigues (org.). Perspectivas sobre a inclusão da educação à sociedade. Porto: Porto Editora, 37-55.

MAZZOTTA, M. J. S.. Trabalho Docente IN: Trabalho Docente e Formação de Professores em Educação Especial. São Paulo. EPU 2002.

VYGOTSKY, L. S. Obras escogidas. Madri: Visor, 1993.

[1] Graduação em Pedagogia. Pós-graduação em: Educação Infantil com Ênfase em Educação Especial; Especialista em Alfabetização, Letramento e Educação Infantil; Especialista em Gestão Educacional; Deficiências Múltiplas e Intelectuais; Especialista em Teologia e Ensino Religioso.

Enviado: Janeiro de 2021.

Aprovado: Março de 2021.

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Marcela Bazoni Reis

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