REVISTACIENTIFICAMULTIDISCIPLINARNUCLEODOCONHECIMENTO

Revista Científica Multidisciplinar

Pesquisar nos:
Filter by Categorias
Administração
Administração Naval
Agronomia
Arquitetura
Arte
Biologia
Ciência da Computação
Ciência da Religião
Ciências Aeronáuticas
Ciências Sociais
Comunicação
Contabilidade
Educação
Educação Física
Engenharia Agrícola
Engenharia Ambiental
Engenharia Civil
Engenharia da Computação
Engenharia de Produção
Engenharia Elétrica
Engenharia Mecânica
Engenharia Química
Ética
Filosofia
Física
Gastronomia
Geografia
História
Lei
Letras
Literatura
Marketing
Matemática
Meio Ambiente
Meteorologia
Nutrição
Odontologia
Pedagogia
Psicologia
Química
Saúde
Sem categoria
Sociologia
Tecnologia
Teologia
Turismo
Veterinária
Zootecnia
Pesquisar por:
Selecionar todos
Autores
Palavras-Chave
Comentários
Anexos / Arquivos

A terapia cognitiva comportamental e a relevância no processo terapêutico

RC: 77455
6.433
4.9/5 - (268 votes)
DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/psicologia/terapia-cognitiva

CONTEÚDO

ARTIGO DE REVISÃO

TEIXEIRA, Paulo Tadeu Ferreira [1]

TEIXEIRA, Paulo Tadeu Ferreira. A terapia cognitiva comportamental e a relevância no processo terapêutico. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 06, Ed. 03, Vol. 01, pp. 86-97. Março de 2021. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/psicologia/terapia-cognitiva, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/psicologia/terapia-cognitiva

RESUMO

A terapia cognitivo-comportamental (TCC) tem sido uma abordagem bastante utilizada em diversos contextos, podendo, portanto, ser útil para auxiliar na promoção e manutenção da qualidade de vida dos indivíduos. Para a elaboração deste artigo foi realizada uma revisão bibliográfica de produções anteriores que analisaram a relevância da Teoria Cognitivo Comportamental. Percebe-se que profissionais que estudam e trabalham com a abordagem TCC podem explorar esse campo de trabalho conduzindo pesquisas experimentais a fim de sugerir um modelo de intervenção específico para as diversas demandas psicológicas assistidas. Este artigo se faz de uma pesquisa de cunho qualitativo, descritivo e exploratório. Foram utilizadas como fontes dados disponíveis em sites referentes ao estudo da Terapia Cognitivo Comportamental. A TCC apresenta como singularidade ser estruturada e direcionada as demandas psicológicas da atualidade, com o intuito de solucionar os problemas e modificar os pensamentos, sentimentos e comportamentos perturbadores. Conclui-se que esta abordagem teórica se destaca pelos fatores teóricos e práticos acerca da cognição, das emoções e do comportamento.

Palavras-chave: terapia cognitivo comportamental, intervenção, comportamento.

1. INTRODUÇÃO

O presente artigo é uma compilação de referenciais teórico do estudo na abordagem TCC (terapia cognitivo comportamental). A investigação e a prática clínica revelam que as pesquisas nesta abordagem são efetivas na redução de sintomas e taxas de recorrência, com ou sem medicação, em uma ampla variedade de transtornos psiquiátricos. Estima-se que existam publicados mais de 400 artigos de resultados de intervenções cognitivo-comportamentais, as produções cientificas continuam em desenvolvimento.

O modelo cognitivo é oriundo das pesquisas conduzidas pelo médico psiquiatra Aaron Beck voltadas a elucidação dos processos psicológicos no tratamento da depressão, em uma tentativa de comprovar a teoria freudiana de depressão como hostilidade retro fletida reprimida. De acordo com a abordagem, a Terapia Cognitiva se baseia no seguinte princípio: a forma de como a realidade é percebida e processada pelos indivíduos influencia diretamente a maneira de como eles se sentem e se comportam, seguindo a tríade cognitiva estabelecida pelos estudos Beck.

Este artigo se faz de uma pesquisa de cunho qualitativo, descritivo e exploratório. Foram utilizadas como fontes dados disponíveis em sites referentes ao estudo da Terapia Cognitivo Comportamental, pesquisados na BVS-PSI e Google Acadêmico, através de descritores em saúde como Terapia cognitiva, avaliação psicológica, tratamento psicológico e psicologia clínica dentre outras combinações de palavras.

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) apresenta como singularidade ser estruturada, orientada as demandas psicológicas do presente, direcionada à resolução de problemas e à modificação de pensamentos, sentimentos e comportamentos conturbados. As pesquisas na área revelam que a  psicoterapia contribui de forma muito eficaz no tratamento psicológico para os transtornos emocionais.

2. A TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENTAL

A terapia cognitiva apresenta seus estudos voltados para a análise dos fatores cognitivos que estão associados às alterações das manifestações psíquicas e na manutenção dos sintomas. À medida que surgem novas perspectivas empíricas de pesquisas voltadas ao comportamento, surgem novos estudos para o desenvolvimento do manejo clínico por meio de técnicas especialmente voltada no tratamento de fobias, obsessões, disfunções sexuais, entre outros, a Terapia Cognitiva Comportamental destaca-se pelos fatores teóricos e práticos acerca da cognição, das emoções e do comportamento. (BAHLS; NAVOLAR, 2014).

Psicoterapia cognitivo-comportamental é uma prática de ajuda psicológica que se baseia em uma ciência e uma filosofia do comportamento caracterizada por uma concepção naturalista e determinista do comportamento humano, pela adesão a um empirismo e a uma metodologia experimental como suporte do conhecimento e por uma atitude pragmática quanto aos problemas psicológicos (RANGÉ, 2001a, p. 35).

A Terapia Cognitiva tem suas origens em correntes filosóficas e religiões antigas, tais como o estoicismo grego, o taoísmo e o budismo que postulavam a influência das ideias sobre as emoções. Em seu processo racionalista e empirista, a terapia cognitiva comportamental, é baseada em construções cientificas com ampla competência em contextos clínicos, voltados à aprendizagem social, que reduz crises de pânico e ansiedade generalizada entre outros, ampliando técnicas de enfoque aos transtornos de humor; e diversos outros estudos sobre os aspectos cognitivos como busca para uma lógica que explique o equilíbrio psicológico (ZAKHOUR et al., 2020).

Os aportes teóricos das terapias cognitivas comportamentais passaram a ser desenvolvidas no início do século XX dado o surgimento da teoria do evolucionismo de Darwin e de uma crescente realização de estudos empíricos sobre o comportamento e pela perspectiva construtivista. E foi na década de 70 que foi desenvolveu-se e disseminou-se o pressuposto saber de que um problema psicológico poderia ser compreendido sob três sistemas divergentes, os quais são correlacionados entre si, pelo o cunho comportamental, cognitivo/afetivo e fisiológico. Esta ideia representou uma quebra com a visão unitária dos problemas psicológicos que até então existia e  assim, deu-se mais ênfase a tríade cognitiva desenvolvida por Aaron Beck (BAHLS; NAVOLAR, 2014).

A Terapia Comportamental transforma-se em um movimento crescente a partir dos anos 60 com o postulado de Aaron T. Beck. Esta abordagem é desenvolvida por diferentes conceitos teóricos no decorrer dos tempos, premissas e técnicas, amparada por muitos trabalhos desenvolvidos por grandes pesquisadores, sendo estes: Pavlov no que diz respeito ao condicionamento clássico, os de Watson relacionados ao comportamentalismo e os trabalhos de Thorndike relacionados a aprendizagem e os estudos de Skinner sobre o condicionamento operante (CABALLO, 1996).

O modelo cognitivo na TCC propõe que o pensamento disfuncional, o qual tem influência no humor e no pensamento do paciente, é comum em todos os transtornos. Desde modo, pesquisas clínicas desenvolvidas na TCC evidencia que as pessoas sentem e/ou se comportam de acordo com as interpretações que fazem diante de uma determinada situação. Assim, entende-se então que é o processamento cognitivo que leva o indivíduo a avaliar constantemente os eventos e estes têm significados próprios, interpretado como pensamentos automáticos (WRIGHT, 2018).

Os pensamentos automáticos são importantes para avaliar se a ótica da pessoa condiz com os fatos como eles realmente são, ou se são percepções distorcidas. É preciso identificar estes processos automáticos de informações para compreender se existe um grau de adoecimento na saúde mental e também para compreender como ele reage às circunstâncias investigando suas crenças, que são matrizes que modulam sua tríade cognitiva, sejam as ditas normais como as patológicas. Trata-se de um manejo clínico da Terapia Cognitiva Comportamental para reestruturar esquemas inconscientes que estão desregulando o indivíduo, seja por signos leves a psicopatologias severas (GOMES, 2019).

Na Terapia Cognitiva Comportamental, os processos automáticos básicos envolvem as estruturas cognitivas inconscientes denominadas esquemas e crenças. Assim, a abordagem se faz por meio de evidências, de que pensamentos automáticos estão relacionados à parte mais acessível da consciência (LÓSS, 2018).

As crenças centrais e as intermediárias são em um nível mais profundo da estrutura cognitiva, pois são regras absolutas e condicionais, respectivamente, na influência da regulação emocional e interpretação de si, como sua autoestima, e de suas interpretações para com o mundo. Eles são essenciais para compreender toda a forma de como o paciente se cuida, interpreta seus pensamentos e manifestações emocionais. Contribui para entender os erros cognitivos em sua percepção e interpretação; como se representa suas atitudes, regras e suposições; e como se dá as regras nucleares absolutistas sobre seu self e sua relação com o outro (DATTILIO, 2006).

Na terapia cognitivo comportamental as crenças constituem esse nível mais categórico de hipóteses, auxilia e amplia o olhar clínico e investigativo que o terapeuta deve estabelecer em suas sessões e relação de aliança para com seu paciente, ou seja, as crenças propiciam experiências, valores, princípios  creditados como verdadeiros e globais. (CIZIL, 2019).

Nesta abordagem gerar estratégias de enfrentamento e planos de ação junto ao paciente, favorece ao terapeuta a construção de sua interpretação e ao diagnostico, é preciso que se estabeleça, neste sentido, conciliação de metas, levantamentos de hipóteses para assim contribuir no processo cognitivo da flexibilização e de modificação de crenças disfuncionais dos pacientes, abrindo espaços para linhas de pesquisa e intervenções necessárias a cada contexto peculiar (BEZ, 2013).

A Aliança Terapêutica construída no processo terapêutico é o primeiro manejo clínico para o terapeuta identificar como o paciente estabelece suas relações em geral e contribui para investigação das crenças disfuncionais do paciente. Estas variáveis do sofrimento mental são diversas, o que possibilita pela empatia do terapeuta ao paciente, compreendendo o grau de comprometimento psicológico, contribuindo no estabelecimento de vínculo expectativa positiva sobre a psicoterapia, qualidade das relações interpessoais, habilidade de resolução de problemas e grau de reatividade emocional (SILVA, 2014).

O trabalho desenvolvido pelo terapeuta nesta abordagem envolve empatia, habilidade afetiva de compreender com a outra sua dor, estresse e o que for apresentado ao terapeuta como demanda, calor humano e autenticidade, transparência e coerência. A empatia então resulta na relação terapêutica uma parceria de apoio e sigilo que fazem com que tanto o paciente como o terapeuta desenvolvam uma colaboração ativa na adesão ao tratamento. Assim, para que se alcance objetivos terapêuticos, tarefas, e assuntos a serem trabalhados na terapia, é preciso que se estabeleça uma aliança terapêutica sólida, porém, sem que o terapeuta perca a sua função de ativa sobre a prescrição dos exercícios terapêuticos. (ZAKHOUR et al., 2020)

Assim, a psicoterapia cognitiva comportamental viabiliza em seus manejos clínicos, aplicação de técnicas psicológicas que propicie uma psicoeducação ao paciente para se conscientizar dos seus pensamentos e crenças errôneos, e que propicie uma investigação competente do terapeuta em seu papel de reestruturar o emocional e o comportamento do paciente (MARINHO, 2020).

A Terapia Cognitiva Comportamental é vista como uma terapia focal e objetiva, caracterizada na investigação dos causadores de sofrimento, monitorando o modo de pensar do indivíduo, de suas relações sociais e suas reações emocionais e comportamentais. Esta autoanálise ajuda o paciente a ser assertivo e assumir a responsabilidade de se ajudar junto ao auxílio do terapeuta, assim como a metacognição, que é responsável pelo controle os  seus processamentos automáticos conscientes em busca de solução de problemas (HAYES e HOLLMANN, 2020).

2.1 A AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NA TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL

Knapp (2008) afirma que o papel do psicólogo clínico na  terapia cognitivo comportamental é a avaliação de comportamentos, analisar com empatia e competência clínica as conceituações cognitivas dos casos e quadros clínicos que surgem no cotidiano do indivíduo, para assim implementar instrumentos de intervenção e prosseguir com a elaboração de estratégias de avaliação dos esquemas adaptativos e modificar ou se possível reduzir as influências dos esquemas desadaptativos, exigindo desempenho técnico na avaliação psicológica e conceitualização cognitiva.

Entende-se como avaliação psicológica, na terapia cognitiva comportamental, como um processo de base contínuo de intervenção para estratégias de enfrentamento e tratamento, uma estreita ligação entre a avaliação e o tratamento que tem como gerir o estabelecimento das relações funcionais entre o ambiente, o comportamento, as cognições e as emoções, regulando emocionalmente a demanda do paciente e orientando a forma de postura do terapeuta quanto a quem ele assiste. Assim, ao avaliar, o terapeuta estar para intervir, nesta intervenção, o terapeuta analisa a resposta do paciente e suas demandas para com seu manejo terapêutico de minimização de danos no decorrer do tratamento (GOMES, 2019).

As técnicas como anamnese, rastreamento cognitivo, conceitualização cognitiva, cooping terapêutico focado nos problemas e nas emoções, elaboração de hipóteses, entre outras, possibilita uma abrangência na escuta e na análise em todo tratamento que o terapeuta exerce em seu paciente, o que faz com que o terapeuta colete informações amplas para o entendimento das complexidades das crenças disfuncionais do indivíduo que ele assiste em seu setting terapêutico. Assim, o início do tratamento é marcado por esta avaliação cognitiva, pois fará parte de todo arcabouço teórico de orientação interventiva nos quais serão fundamentais para um desenvolvimento psicoterápico baseado em processos, evidências, competências e instrumentos de recursos de enfrentamento (BECK, 2013).

Nas terapia cognitivo comportamental, todo instrumento de avaliação inicia-se desde o primeiro contato com o paciente, em sua aliança terapêutica, até as sessões finais, pois estes instrumentos propiciam com que o terapeuta consiga a elaboração de hipóteses relativa a cada caso, que podem ser confirmadas ou não, ou modificadas na medida em que novos dados vão  sendo apresentados (CHIAPETTI e GALDINO, 2017).

Cizil e Beluco (2019) apontam que os objetivos do terapeuta cognitivo- comportamental são:

Os objetivos do terapeuta são de promover o alívio dos sintomas, facilitar a remissão do transtorno, ajudar o paciente a resolver seus problemas mais urgentes e ensinar habilidades para evitar a recaídas. As sessões de terapia cognitivo-comportamental são estruturadas.  Nelas o terapeuta ensina os pacientes a identificar, avaliar e responder aos seus pensamentos e crenças disfuncionais ajuda o paciente a identificar as principais cognições e a adotar ponto de vistas mais realistas e adaptáveis, levando o paciente a se sentir emocionalmente melhor, e se comportar de forma mais funcional. (p.38)

A terapia cognitiva baseia-se em como as pessoas pensam, percebem, aprendem ou recordam as informações frente as relações com o meio, e assim como outras ciências, depende do trabalho tanto dos racionalistas quanto dos empiristas para o desenvolvimento de sua teoria, e dessa forma os psicólogos fundamentam suas observações empíricas e por meio dessa dialética as observações e revisões teóricas contextualizem a novas reinserções da  terapia cognitiva (STERNBERG, 2015).

Bahls E Navolar (2014) definem que a terapia cognitiva utiliza o conceito da estrutura biopsicossocial para determinar e compreender os fenômenos relacionados a psicologia humana, focada assim, nos fatores cognitivos da psicopatologia, a teoria comportamental permite o conhecimento sobre as leis gerais do comportamento, de modo a lhes tornar mais previsível. Portanto, para o autor é essencial que o terapeuta de TCC tenha o conhecimento de termos e conceitos relativos a estas abordagens para que dessa maneira possa alcançar o êxito na aplicação das técnicas.

Na utilização de instrumentos para análise da demanda do paciente, são utilizadas técnicas como: as entrevistas, anamnese e técnicas voltadas às contingências que possam vir a surgir, ressaltando que para estas técnicas incluem analisar: a história e situação de vida do paciente, os sinais, sintomas e diagnósticos clínicos, a história psiquiátrica e psicoterapêutica e a verificação do humor e o estado mental do paciente. Assim, entende que a TCC compartilha do pressuposto básico de que a atividade e avaliação cognitiva influencia o comportamento, podendo ser monitorada e alterada, de tal forma que mudanças na cognição determinam mudanças no comportamento (HAYES e HOLLMANN, 2020).

A terapia Cognitiva comportamental fundamenta-se no pressuposto teórico de que as emoções e os comportamentos de um indivíduo são determinantes em grande parte pelo seu modo de estruturar o mundo. As técnicas de terapia cognitivo-comportamental têm por meta a influência no pensamento, no comportamento, no humor e a estimulação fisiológica do paciente (BECK, 2013).

O terapeuta cognitivo comportamental busca identificar os comportamentos desadaptativos e como surgem, para assim, trabalhar as habilidades emocionais e o sentido de competência e manejo de autoestima da pessoa, e como esta pessoa pode transformar seus traumas em potencialidades que a propiciem além de uma aprendizagem social, uma regulação no seu humor, de modo a influenciar o paciente a ter um padrão comportamental mais assertivo para enfrentamento de seus próprios problemas, auxiliando e reforçando positivamente as competências do comportamento do paciente (BAHLS; NAVOLAR, 2014).

As abordagens que englobam nas TCCs, apesar de diferentes se assemelham, devido à mediação cognitiva que gerencia o comportamento humano, além de ser a primeira opção de tratamentos para muitas psicopatologias, a TCC é descrita como a terapia, cujo principal objetivo é produzir mudanças no pensamento e comportamento em seus sistemas de significados, transformando a estrutura emocional e comportamental de forma duradoura (PETERSEN; WAINER, 2011).

Wright; Basco e Thase (2008) propõem as características essenciais na relação terapêutica deve incluir as habilidades de compreensão e empatia na capacidade de conquistar a confiança durante o processo terapêutico. A construção da aliança terapêutica na Teoria-Cognitivo-Comportamental, ainda segundo os autores é orientada pelo foco empírico no método de intervenções e envolve um nível elevado de colaboração nas tarefas e técnicas realizadas de modo ativo onde o terapeuta e paciente trabalham juntos ao longo da terapia independente do seu nível de maturação.

Pombo et al. (2016) afirmam que o terapeuta deve ser receptivo e facilitador na descrição de acontecimentos, deve também levar em consideração os aspectos culturais que influenciam os valores, cognições, significados e normas de comportamento, diagnóstico e as decisões relacionados com o tratamento.

3. CONSIDERAÇOES FINAIS

Acredita-se que intervenções baseadas na TCC, revelaram-se  empiricamente válidas, podendo contribuir para a promoção do bem-estar dos indivíduos nas diversas psicopatologia que possa ser desenvolvida no decorrer do tempo de vida.

Espera-se que a participação do terapeuta seja eficaz para que o paciente seja estimulado e motivado para que possa ser protagonista do setting terapêutico, de maneira que o terapeuta possa ser colaborador do processo, promovendo o desenvolvimento das potencialidades do paciente, o restabelecimento de sua qualidade de vida e a redução de danos.

Observa-se frente à literatura, que a TCC (Terapia Cognitivo Comportamental) apresenta eficácia no tratamento e na prevenção de diversas psicopatologias independente da fase do desenvolvimento humano. A aplicabilidade desta abordagem no processo terapêutico torna-se relevante para as mudanças no repertorio comportamental. Na pesquisa destaca-se a importância dos estudos aprofundados por psicólogos (as) capacitados, enfatizando a importância de elementos considerados essenciais para a TCC, quais sejam: a aliança terapêutica, a relação colaborativa e o estabelecimento de metas.       

REFERENCIAS

BAHLS, S.C.; NAVOLAR, A. B.B.; Terapia cognitivo-comportamental: conceitos e pressupostos teóricos. Revista Eletrônica de Psicologia, nº 4, Curitiba, jul. 2010. Acesso em 22 de Dez de 2020.

BECK, Judith. Terapia cognitivo-comportamental: teoria e prática. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2013

BEZ, A. S; Modificação de Crenças e Modelação Proativa de Metas: Perspetivas de Interface. Santa Cruz do Sul, v. 38, n. 65, p. 218-232, jul. dez. 2013.

CABALLO, Vicente E. Manual de Técnicas de Terapia e Modificação do Comportamento. São Paulo: Livraria Santos Editora Com. Imp. Ltda., 1996.

CIZIL, M.; BELUCO, A. As contribuições da terapia cognitivo comportamental no tratamento da depressão. Revista UNINGÁ, v. 56, p. 10, 2019.

DATTILIO, F. M. Reestruturação de Esquemas Familiares. Rev. Bras. Ter. Cogn. [online], v. 2, n. 1, p. 17-34, 2006.

GOMES, H.V. O Manejo Clínico Cognitivo Comportamental no Tratamento de Transtornos Depressivos. Psicologia: O portal dos Psicólogos. Universidade Federal de Piauí – UFPI. 2019.

KNAPP, Paulo et al. Terapia Cognitivo-Comportamental na Prática Psiquiátrica. Porto Alegre: Artmed, 2008.

LÓSS, J. S; Terapia Cognitiva Comportamental Frente a Teoria de Aaron Beck no Tratamento do Transtorno Depressivo. Rev. Transformar. Itaperuna: Rio de Janeiro. ed. 2, vol 12, n. 2, 2018, p. 185-197.

MARINHO, M. P. Uma análise da construção de crenças a partir: do marxismo Ideológico de Antônio Gramsci, da terapia cognitiva comportamental e da teoria da arquitetura das crenças de Peterson. Repositório Institucional da Faculdade da Amazônia. 2020.

PETERSEN, C. S.; WAINER, R. Terapias Cognitivo-Comportamentais para crianças e adolescentes: ciências e arte. Porto Alegre. Artmed, 2011.

POMBO, Samuel; ALMEIDA, Carolina; PAULINO, Sofia; GONÇALVES, João; FERRO, Ana; GÓIS, Carlos; SAMPAIO, Daniel. TOWARD A COGNITIVE-BEHAVIORAL INTERVENTION CULTURALLY ADAPTED: implications for clinical practice.: IMPLICATIONS FOR CLINICAL PRACTICE. Psicologia, Saúde & Doença, [s.l.], v. 17, n. 3, p. 561-574, 10 nov. 2016.

RANGÉ, Bernard (Org). Psicoterapia Comportamental e Cognitiva: Pesquisa, Prática, Aplicações e Problemas. Vol. 1. São Paulo: Editoria Livro Pleno, 2001a.

STERNBERG, R, J. Psicologia Cognitiva. Cegage Learning. São Pulo. 2015.

SILVA, Marlene Alves da. Terapia Cognitiva-Comportamental: da teoria a prática. Psico-USF, Itatiba , v. 19, n. 1, p. 167-168, Apr. 2014 .

WRIGHT JH, Basco MR, Thase ME. Aprendendo a terapia cognitivo-comportamental: um guia ilustrado. Porto Alegre: Artmed; 2018.

ZAKHOUR, Stephanie et al . Cognitive-behavioral therapy for treatment-resistant depression in adults and adolescents: a systematic review. Trends Psychiatry Psychother., Porto Alegre, 2020.

[1] Mestre Em Tecnologias Aplicáveis A Bioenergia- FTC SSA. Pós Graduado Em Psicologia Clínico Hospitalar – FSBA-SSA. Pós Graduado Em Neuropsicologia –FACINTER PR. Graduado Em Psicologia – FTC ITABUNA.

Enviado: Janeiro, 2021.

Aprovado: Março, 2021.

4.9/5 - (268 votes)
Paulo Tadeu Ferreira Teixeira

3 respostas

  1. PARABENIZA PELO O DESENV0LVIMENTO NAS PALAVRAS ESCRITAS NESTE ARTIGO ,LOUVÁVEL .

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pesquisar por categoria…
Este anúncio ajuda a manter a Educação gratuita