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As Contribuições da Avaliação Psicológica no Contexto do Trânsito

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CONTEÚDO

SILVA, Hustane Oliveira Martins da [1]

SILVA, Hustane Oliveira Martins da. As Contribuições da Avaliação Psicológica no Contexto do Trânsito. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 06, Vol. 06, pp. 123-134, Junho de 2018. ISSN:2448-0959

Resumo

Este artigo tem como finalidade apresentar as contribuições da avaliação psicológica no contexto do trânsito, bem como discutir possíveis alternativas de atuação do psicólogo do trânsito. Realizou-se uma pesquisa bibliográfica através de artigos científicos disponíveis nos sites: BVS-Psicologia, Scielo e Scholar Google (Google Acadêmico), a partir de 2006 até os dias atuais. Antes da promulgação da profissão de psicólogo no Brasil, já haviam profissionais do trânsito que trabalham com “exames psicotécnicos”, entretanto, foi na década de 60 que a profissão foi popularizada, principalmente com a criação dos Detrans (Departamento de Trânsito), CFP (Conselho Federal de Psicologia) e CRPs (Conselho Regional de Psicologia). Durante décadas de trabalho, surgiram críticas e poucos avanços na área, uma das críticas presentes em vários estudos é de que o psicólogo do trânsito às vezes acaba sendo um pouco restrito em sua atuação, realizando apenas aplicação e correção de testes psicológicos, uma vez que, há inúmeras possibilidades de atuação: parcerias com escolas e universidades para educação do trânsito, prevenção de acidentes, intervenções com alcoolistas, entre outros. Constatou-se uma carência de estudos acerca do tema, e ficam como sugestão aos profissionais da área, novas pesquisas, discussões e reflexões, participação em políticas públicas, intervenções com alcoolistas, etc.

Palavras-chave: Avaliação Psicológica do Trânsito, Trânsito, Comportamento Humano.

1. Introdução

A população mundial vem crescendo a cada dia em um ritmo acelerado, juntamente com ela, o número de veículos automotivos circulando pelas ruas é maior do que há algumas décadas atrás. O ir e vir, a facilidade de locomoção, a desordem e o caos do trânsito de algumas cidades contribui negativamente para o surgimento de alguns problemas relacionados ao mesmo, tais como: acidentes, morte, violência, desequilíbrio emocional, estresse, poluição sonora e do ar, entre outros. O trânsito seguro é resultado de várias ações, educação, prevenção, intervenções são algumas alternativas para tornar o trânsito mais harmonioso. Especificamente, quando falamos em acidente de trânsito, falamos também de conduta humana, sendo assim, a psicologia do trânsito é de suma importância para um trabalho em equipe com outros profissionais e também junto aos órgãos de trânsito, uma vez que a mesma irá estudar o comportamento humano no trânsito. De acordo com Alves e Gomes (2016):

Os departamentos de trânsito são os órgãos responsáveis por abrir espaço para o trabalho dos psicólogos, institucionalizando as clínicas psicotécnicas pelo reconhecimento da importância da atuação deste profissional na prevenção de acidentes e ações de violência no trânsito, por meio dos resultados dos testes (CRISTO-SILVA; GÜNTHER, 2009 apud ALVES E GOMES 2016).

É necessário entender o trânsito como fenômeno humano, composto por leis, obrigações, comportamentos, problemas, para que possamos discutir a problemática que este tema nos traz, bem como soluções para melhoria dos serviços prestados à sociedade.

A psicologia como ciência, auxilia no entendimento do comportamento e da psique humana, através de observações, instrumentos (testes), pesquisas, estudos, entre outros. É neste cenário que a psicologia do trânsito se insere, no sentido de investigar o comportamento humano no trânsito, tornando-o mais seguro, colaborando com o bem-estar do condutor e do pedestre para que haja um bom relacionamento entre todos. No decorrer deste trabalho, será apresentado como é feita a avaliação psicológica no contexto do trânsito, suas contribuições, bem como as críticas que surgiram durante anos de prática. De acordo com Mariuza e Garcia (2010):

O processo de Avaliação Psicológica é amplo, envolve informações que são coletadas através das estratégias a serem utilizadas, como: entrevista psicológica, testes psicológicos e observações técnicas que o psicólogo julgar importantes de serem consideradas. Assinalamos que o uso de testes psicológicos é uma das estratégias a ser utilizada neste processo. (MARIUZA E GARCIA, p. 14, 2010).

Este trabalho é um levantamento bibliográfico, e tem como objetivo apresentar as contribuições da avaliação psicológica no contexto do trânsito, os instrumentos mais utilizados pelos psicólogos para avaliar os condutores e candidatos à obtenção da CNH (Carteira Nacional de Habilitação), bem como sugerir outros caminhos para a atuação do psicólogo, como por exemplo, desenvolver trabalhos educativos e preventivos; de conscientização no trânsito; pesquisas acerca do comportamento humano. Utilizou-se de pesquisas em sites como o Scielo, BVS-Psicologia, e o Scholar Google (Google Acadêmico), a partir do ano de 2006 até os dias atuais.

Observou-se certa carência de trabalhos atuais acerca do tema, havendo uma necessidade de discutir mais sobre o assunto, publicar trabalhos, realizar pesquisas. Quanto à atuação do psicólogo do trânsito, o mesmo deve ser inscrito no CRP (Conselho Regional de Psicologia) de sua região, ser credenciado pelo Detran (Departamento de Trânsito), e segundo a Resolução n° 425/2012 do CONTRAN, possuir um curso de especialização em psicologia do trânsito.

O que se propôs com este trabalho, foi levantar as contribuições bem como as críticas relacionadas à atuação do psicólogo no contexto do trânsito, discutir melhores caminhos e soluções para que os serviços oferecidos possam atender com qualidade a demanda solicitada.

O que se espera é que este artigo instigue os profissionais da área para o estudo e os impulsione para o surgimento de novas pesquisas, parcerias com outros profissionais que trabalham na área do trânsito para promover ações educativas, como também intervenções, publicação de trabalhos, uma vez que há poucos trabalhos publicados referentes ao tema.

2. Avaliação psicológica no contexto do trânsito

A avaliação psicológica, processo pelo qual é exclusivo dos psicólogos, utiliza de instrumentos científicos (testes) para coleta de dados acerca dos aspectos psicológicos, a fim de atender a uma demanda solicitada. Conforme Anache (2011) “os testes devem ser utilizados como forma de agregar ao processo elementos e informações acerca do funcionamento psíquico do indivíduo.” (ANACHE 2011 apud AMBIEL; MOGNON, e ISHIZAWA 2015). De acordo com o CFP:

A avaliação psicológica é compreendida como um amplo processo de investigação, no qual se conhece o avaliado e sua demanda, com o intuito de programar a tomada de decisão mais apropriada do psicólogo. Mais especialmente, a avaliação psicológica refere-se à coleta e interpretação de dados, obtidos por meio de um conjunto de procedimentos confiáveis, entendidos como aqueles reconhecidos pela ciência psicológica. (CARTILHA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA, 2013, p. 11).

No final nos anos 80, houve inúmeras críticas em relação ao uso de testes psicológicos, diminuindo o uso dos mesmos pelos psicólogos no Brasil, acarretando também na diminuição de produção brasileira, processos éticos, etc, Santos (2011) relata que:

Inicialmente os testes psicológicos eram utilizados no Brasil baseando-se apenas na tradução de instrumentos produzidos em outros países, sem estudos de validade e adaptações para a realidade brasileira, tornando-os alvos de críticas e descrédito. (SANTOS, 2011 apud AMBIEL, MOGNON e ISHIZAWA, 2015).

A regulamentação da profissão do psicólogo foi no ano de 1962, posteriormente, foram criados os conselhos de psicologia: Estaduais (CRP) e Federal (CFP), sendo que a psicologia do trânsito já era reconhecida no país. A psicologia do trânsito iniciou-se nos anos de 1920.  De acordo com Silva e Günter (2009), “nos anos de 1940 e 1950 o psicólogo já trabalhava com testes, realizando exames psicotécnicos” (SILVA e GÜNTER 2009 apud PASQUALI e LAGO 2013). Silva (2012) salienta que:

A década de 60 caracterizou-se, portanto, pela organização político-administrativa de categoria dos psicólogos, e também pela institucionalização e expansão da Psicologia nos diferentes espaços de atuação, dentre eles, os DETRANs, consolidando as raízes identificadas desde o período pré-regulamentação. (SILVA 2012).

Antes da Resolução n° 425/2012 do CONTRAN, que prevê a obrigatoriedade de um curso de especialização de trânsito para psicólogos, o requisito para que o mesmo exercesse sua profissão na área eram apenas um curso de capacitação ou o título de perito examinador do trânsito, ambos com a carga horária de 180 horas. Essa importante mudança acarretou em uma procura maior de cursos de pós-graduação em psicologia do trânsito e uma melhoria na qualificação dos profissionais da área.  Silva e Gunther (2009) ressaltam que:

O aumento da oferta de cursos de especialização poderá ter outros desdobramentos. Um deles é que, em vez de continuarmos preparando os psicólogos para serem exclusivamente peritos em trânsito, teremos a oportunidade de formar os profissionais para atuar nos diversos problemas de trânsito, caso contrário, continuaremos seguindo o modelo anterior de formação de psicólogos peritos, porém sob um novo rótulo, o de especialista. A perspectiva de preparar consultores pode abrir portas para outros mercados, visto que diversos órgãos de trânsito e transporte demandam conhecimentos e intervenções criativas para minimizarem seus problemas. (SILVA E GUNTHER, 2009, P. 169 apud SAMPAIO E NAKANO, 2012).

Após a aprovação do Código Brasileiro do Trânsito (CTB), a visão do trânsito passou a ser mais humanizada, como aponta Alves e Gomes (2016) “a avaliação psicológica passou a se concentrar não apenas nos testes que avaliam o processamento de informações ligado à capacidade de tomar decisões, mas também no comportamento e subjetividade” (DETRAN, MG 2013 apud ALVES E GOMES 2016).

A avaliação psicológica do trânsito surgiu da necessidade de investigar caraterísticas psíquicas dos candidatos à obtenção, renovação ou mudança de categoria da CNH, como também predizer comportamentos de riscos, como por exemplo, acidentes no trânsito. Segundo o Detran, há três grandes causas de acidentes de trânsito: excesso de velocidade, falta de atenção, abuso de álcool, relacionados a conduta do motorista. Para Lamounier e Rueda (2007) “o papel da avaliação psicológica é atuar preventivamente para reduzir as eventualidades dos motoristas em se colocarem em situações de perigo” (LAMOUNIER e RUEDA 2007 apud RIBEIRO, ALENCAR e SOUZA 2015).

Segundo Silva e Alchieri (2007):

A avaliação psicológica dos candidatos para a Carteira Nacional de Habilitação se constitui, ainda nos dias atuais, na principal atividade de grande parte dos psicólogos do trânsito no país. Há mais de 50 anos, esta prática psicológica se inclui no contexto rodoviário, com o propósito de auxiliar na segurança do trânsito, identificando os condutores mais propensos a se envolverem em acidentes. (SILVA e ALCHIERI apud PASQUALI e LAGO 2013).

Outra justificativa para o uso de testes no contexto do trânsito seria para predizer comportamentos impróprios dos motoristas, segundo o CFP “há estudos de validade de critério mostrando que as variáveis medidas no teste preveem comportamentos importantes nessa situação (tais como comportamentos de risco, envolvimento culposo em acidentes)” (CARTILHA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA, p. 18). Segundo Mariuza e Garcia (2010):

As condições éticas deste processo estão na adequada utilização das técnicas psicológicas, aliadas ao rigor teórico, mas, em especial, em reconhecer e conceituar adequadamente as concepções éticas de sujeito e de cidadania, em harmonia com o que estabelece o entendimento dos fenômenos psicológicos avaliados.  (MARIUZA E GARCIA, p. 15, 2010).

No contexto de avaliação psicológica do trânsito, os profissionais lidam com diferentes tipos de pessoas, personalidades, deficiências físicas e/ou psicológicas, entre outros, Mariuza e Garcia (2010) afirmam, acerca da avaliação psicológica:

A Avaliação Psicológica realizada pelos psicólogos no trânsito, além de complexa e com objetivo específico, avalia sujeitos que se encontram em diferentes fases da vida. Assim temos que o processo de Avaliação Psicológica incluirá sujeitos em diferentes fases do desenvolvimento, desde a adolescência à terceira idade, com suas diferentes características, culturas, e com valores próprios introjetados. O psicólogo possui a tarefa de contextualizar esta realidade, considerando ainda o próprio ato de dirigir, o tipo de veículo (passeio, de transporte de carga e de transporte coletivo), além de todas as situações externas possíveis de serem consideradas para este candidato. (MARIUZA E GARCIA, p. 16, 2010).

De acordo com o CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito), a avaliação psicológica é de caráter obrigatório, eliminatório, e complementar para os condutores e candidatos na obtenção ou mudança de categoria da CNH, consideram-se o nível intelectual, de atenção, psicomotor, de personalidade e psicofísico. Silva (2008) salienta que:

O candidato à CNH pode ser considerado apto quando apresentar desempenho condizente na avalição psicológica para condução de veículo na categoria pretendida; apto com restrição quando apresentar distúrbio ou comprometimento psicológico que estivesse temporariamente sob controle, fazendo constar, nesse caso, o prazo de validade para revalidação da CNH; inapto temporariamente quando apresentar alguma deficiência psicológica nos aspectos psicológicos avaliados, que seria passível de recuperação ou correção; ou, ainda, inapto quando apresentar inadequação nas áreas avaliadas que estejam fora dos padrões da normalidade e de natureza não recuperável. (SILVA 2008 apud SAMPAIO e NAKANO 2011).”

É sabido que quando falamos em avaliação psicológica, estamos falando também sobre rapport, observação do comportamento, intervenção, realização de entrevistas, entre outros. Conforme a Resolução do CONTRAN n° 425/2012, alguns quesitos serão avaliados:

Art. 5° Na avaliação psicológica deverão ser aferidos, por métodos e técnicas psicológicas, os seguintes processos psíquicos:

I-tomada de informação;

II-processamento de informação;

III-tomada de decisão;

IV-comportamento

V-auto-avaliação do comportamento;

VI-traços de personalidade. (CONTRAN, 2008).

Quanto à escolha dos testes, o CFP recomenda “No caso da escolha de um teste, é necessário que o psicólogo faça a leitura cuidadosa do manual e das pesquisas envolvidas em sua construção para decidir se ele pode ou não ser utilizado naquela situação” (CARTILHA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA, p. 18, 2013). Os psicólogos utilizam-se de instrumentos psicológicos fidedignos, isto é, confiáveis, e recomendados pelo CFP e de acordo com parecer favorável do SATEPSI (Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos), os quais avaliam principalmente a atenção, personalidade, inteligência, memória, entre outros, podemos citar alguns: AC, AD (Teste de Atenção), BFM-1 e BFM-2 (Bateria de Funções Mentais para Motoristas – Teste de Atenção), Palográfico, Zulliger, IFP, HTP, Rorchach (Testes de Personalidade), RAVEN (Teste de Inteligência), MVT (Teste de Memória Visual), fica a critério do psicólogo decidir quais serão usados e em qual contexto da avaliação (seja pra obtenção, renovação ou mudança de categoria da CNH).

Em relação a tal processo, Alves e Gomes (2016) afirmam que:

Alguns traços de personalidade medidos durante o processo de avaliação podem estar atrelados a comportamentos impulsivos, possibilitando direção perigosa, irresponsabilidade, agressividade, egocentrismo, impulsividade e intolerância à frustração, por exemplo. Estas características atuam como fatores relacionados ao funcionamento das ações pessoais como controle de hostilidades, tolerância à tensão, sociocentrismo e ansiedade, os quais podem influenciar mais na ocorrência de acidentes de trânsito do que em características fisiológicas e psicofisiológicas. (ALVES E GOMES 2016).

Os testes psicométricos, isto é, testes que possuem uma medida objetiva, avaliam principalmente aptidões, são os mais usados, uma vez que, segundo Groeger (2003) “são usados para predizer a habilidade para dirigir, especialmente para prever a probabilidade de um indivíduo se envolver em acidentes”. (GROEGER 2003 apud SAMPAIO e NAKANO 2011). Por fim, mas não menos importante, segundo Alencar, Souza e Ribeiro (2015) “a entrevista devolutiva apresentada de forma clara e objetiva, é um direito de todo candidato e o psicólogo deve realiza-la num prazo máximo de quarenta e oito horas, após o término da avaliação psicológica”. Durante anos de prática do psicólogo do trânsito, surgiram algumas críticas, Rueda (2009) afirma que:

As críticas feitas à avaliação psicológica realizada no contexto do trânsito relacionam-se à falta de padronização acerca da bateria de instrumentos a ser utilizada – visto que o CFP somente recomenda quais construtos devem ser considerados na avaliação, pois estes variam muito de um lugar para o outro – e à falta de continuidade da avaliação, já que ela é realizada uma única vez (quando a pessoa vai tentar obter a sua primeira Carteira Nacional de Habilitação – CNH), diferentemente do exame médico pericial, repetido a cada cinco anos. Isso faz com que as mudanças pessoais ocorridas com o passar do tempo não sejam consideradas. (RUEDA, 2009 apud SAMPAIO e NAKANO 2011).

Rueda & Gurgel (2008) salientam ainda que: “o que se observa em muitos manuais de instrumentos é uma normatização em função da escolaridade e do tipo de carteira de habilitação sem, de fato, comprovar no instrumento que tais diferenças existem” (RUEDA & GURGEL 2008, apud SAMPAIO e NAKANO, 2012).

Silva e Alchieri (2007) justificam que não há necessidade da realização da avaliação psicológica do trânsito para a permissão à ação de dirigir, pois segundo eles “as pesquisas sobre as evidências de validade dos instrumentos e a utilidade de testes psicológicos que avaliam a personalidade são escassas no Brasil” (SILVA e ALCHIERI 2007 apud AMBIEL, MOGNON e ISHIZAWA, 2015). Posteriormente, ainda sob dúvidas e questionamentos acerca da necessidade ou não da avaliação psicológica, surgiram poucas pesquisas e estudos. Primi e Nunes (2010) salientam sobre a importância de estudos sobre a validade preditiva e consequencial “pesquisas dessa natureza poderiam ser realizadas relacionando os resultados de testes psicológicos com a ocorrência de acidentes causados pelo motorista ou pela ocorrência repetida de infrações”. (PRIMI e NUNES 2010 apud SAMPAIO e NAKANO 2011). Silva e Alchieri (2007) apontam que:

Percebe-se, por essas discussões, que o campo da avaliação psicológica de motoristas é marcado por dificuldades e limitações em sua fundamentação e exercício, não existindo consenso sobre sua validade em relação ao aumento da segurança nos deslocamentos nas vias públicas. (SILVA E ALCHIERI 2007).

Diante desta discussão, ainda sim o Brasil é o único país que obriga os candidatos à CNH a submeterem a avaliação psicológica, o que nos remete a outra questão: será que é mesmo eficaz a avaliação psicológica para obtenção da cnh? Os estudos são escassos, portanto, não há evidências suficientes para esta afirmação. Outro ponto importante é desqualificação da atuação do psicólogo do trânsito, pois seu trabalho não é valorizado, divulgado, isso acontece na prática, quando somente em casos de obtenção da CNH é feita a avaliação psicológica, sendo que é de suma importância avaliar o sujeito de tempos em tempos, pois a personalidade e o comportamento são inconstantes, portanto, tanto na obtenção quanto na renovação da CNH, a avaliação psicológica deveria ser obrigatória, assim como o exame médico. Pessoto (2012) nos traz outra indagação: “Com respeito ao perfil do motorista, ele já foi delineado no que se refere às variáveis que necessitam investigação, com base em evidências empíricas que sustentem essa necessidade?” (PESSOTO, 2012).  Respostas para esta e outras questões, devem ser respondidas com base em estudos, pesquisas, congressos, discussões, entre outros.

A devolutiva dos testes também é um problema, pois devido ao grande número de candidatos que fazem a avaliação, não sobra tempo para realiza-la, muitas vezes o candidato não foi apto nos testes naquele momento, porém, não há esclarecimentos acerca da avaliação, uma vez que a pessoa pode não apresentar a atenção e/ou estabilidade emocional suficiente para a aprovação e para lidar com o trânsito. Futuros estudos devem se atentar a esta e outras questões relacionadas à avaliação psicológica no trânsito. Quanto à obrigatoriedade da avaliação psicológica do trânsito, de acordo com Silva, Alves e Rosa (2015), trata-se de uma forma objetiva de avaliar os candidatos, todavia:

Para a complementação desses dados objetivos devem ser incluídas observações e entrevistas individuais, que compõe os procedimentos adotados. Também é necessária uma apreciação do contexto em que os motoristas estão inseridos. (SILVA, ALVES E ROSA, 2015).

Outra crítica em relação à avaliação psicológica do trânsito é que não existem baterias de instrumentos específicos para a realização da mesma, sendo que o que é avaliado são construtos como personalidade, atenção, memória, raciocínio, etc, entretanto, resultados positivos de testes de personalidade, por exemplo, não comprova boa conduta no trânsito também, o que carecem são estudos da relação comportamento no trânsito/resultado dos testes Segundo Sampaio e Nakano (2011) “Há um número pequeno de estudos voltados especificamente à investigação de como dirige o condutor, e ainda da relação entre o desempenho nos instrumentos e sua capacidade de predição do comportamento de dirigir.” (SAMPAIO e NAKANO 2011).

Silva e Alchieri (2007) afirmam:

As pesquisas sobre a personalidade de motoristas são escassas e bastante restritas a generalizações, de forma que uma melhora na área só será possível por meio dos seguintes fatores: desenvolvimento de melhores instrumentos de avaliação e de perfil de motoristas, amostra mais representativa da população investigada e ação integrada ou parcerias entre instituições de ensino responsáveis pelo transporte coletivo e individual, e empresas de transporte. (SILVA e ALCHIERI 2007 apud SAMPAIO e NAKANO 2011).

Além da questão do desenvolvimento de melhores instrumentos para avaliação citado acima, há outros questionamentos e possibilidades de atuação do psicólogo do trânsito, como aponta Rozestratren (2007):

Trabalhar com pessoas que possuem fobia de dirigir, propor intervenções com alcoolistas, desenvolver atividades e estudos com usuários de drogas, trabalhar junto às empresas de transportes coletivo, promover a educação no trânsito junto às escolas, auxiliar na promoção da educação ambiental e atuar após eventos traumáticos e acidentes de trânsito, promover estudos que visem melhorias nas condições ambientais no contexto do trânsito, entre outras. (ROZESTRATEN 2007 apud AMBIEL, MOGNON e ISHIZAWA 2015).

Diante de tantas possibilidades de atuação, a realidade que vemos é outra, sendo que o psicólogo muitas vezes se restringe a aplicação de testes e elaboração de laudos aos candidatos a obtenção/renovação/mudança de categoria da CNH, crítica esta bastante presente na maioria dos trabalhos encontrados referente ao tema. Conforme Ambiel, Mognon e Ishizawa (2015), outra crítica que podemos citar em relação à avaliação psicológica do trânsito é “a falta de estudos que contribuíam na predição de certas características individuais e o envolvimento dos motoristas em multas e acidentes”. Ainda sobre a atuação do psicólogo, Silva, Alves e Rosa (2015) apontam que:

Os levantamentos de literatura reafirmam a necessidade de publicações que tratem da avaliação psicológica e da atuação profissional na área do trânsito com interface com outras ciências, pois atuar no trânsito é conhecer este fenômeno como parte de um complexo sistema de transporte e, assim, compreender que os estudos preditivos em relação às causas de acidentes de trânsito vão além da avaliação psicológica. (SILVA, ALVES E ROSA, 2015).

Silva, Alves e Rosa (2015) abordaram outro grande problema referente à avaliação psicológica: guarda de material, houve erros como “falta de identificação do psicólogo, o parecer final em vez da conclusão, a falta de registro do local dos exames, uso excessivo de abreviações na escrita, incorreções na denominação dos instrumentos, ausência dos resultados, etc.” (SILVA, ALVES E ROSA 2015). É importante os profissionais se atentarem a esta questão, pois segundo o CFP, o maior número de processos éticos contra psicólogos refere-se à elaboração de documentos.

Fica evidente que mudanças tanto na formação do psicólogo quanto na atuação são necessárias, para desenvolver um trabalho de melhor qualidade, como salienta Pasquali e Lago (2013) “é importante que a psicologia do trânsito seja discutida em congressos, cursos e também passe a ser uma disciplina obrigatória nos cursos de graduação de psicologia, desenvolvendo no aluno um olhar profissional (…).” (PASQUALI e LAGO 2013).

Silva e Dagostin (2006) apontam que:

São necessárias pesquisas que investiguem: competências sociais e técnicas dos profissionais que atuam na área do trânsito; considerações sobre a prática profissional; percepções do psicólogo sobre a atividade de avaliar os condutores e caraterização das técnicas e dos instrumentos psicológicos, as quais possibilitam a continuidade de avanços no entendimento de outras problemáticas e fenômenos necessários à atividade profissional e área de conhecimento. (SILVA E DAGOSTIN, 2006, apud SAMPAIO E NAKANO, 2012).

Apesar das críticas e de poucos avanços percebidos na prática do psicólogo do trânsito, algumas mudanças ocorreram dos anos 2000 para os dias atuais, Noronha e Reppold (2010) salientam que “o avanço da área vem ocorrendo devido ao desenvolvimento de novos estudos de construção e validação dos instrumentos, medidas como o surgimento do SATEPSI e dos eventos científicos em que a avaliação psicológica tem sido debatida” (NORONHA e REPPOLD 2010 apud AMBIEL, MOGNON e ISHIZAWA 2015).

Algumas medidas vêm sendo tomadas para que o trânsito funcione de forma mais harmoniosa e menos caótica. Na cidade de São Paulo, por exemplo, foi implantando o rodízio, com o intuito de diminuir o fluxo de veículos circulando nas ruas ao menos uma vez na semana, consequentemente, acidentes, multas entre outros, diminui também. Leis mais duras, punições, multas, fazem parte de outras medidas, uma delas é lei seca, que prevê uma multa, prisão, e em alguns casos a perda do direito de dirigir por um ano, o motorista que for pego dirigindo embriagado. Tais medidas (algumas polêmicas) poderiam ser mais debatidas junto aos órgãos de trânsito e outros profissionais, para a análise da eficácia e discussão dos resultados visando a melhoria destes serviços. Pasquali e Lago (2013) assegura que “além de um psicólogo avaliando o sujeito, tem que estar um profissional competente, envolvido com as políticas de trânsito e a mobilidade humana e coerente com seu compromisso como cidadão”. (PASQUALI e LAGO 2013).

Algumas iniciativas foram tomadas para que a psicologia juntamente com o CFP colaborasse de alguma maneira para um funcionamento melhor do trânsito, uma delas foi o Movimento Nacional de Democratização no Trânsito, com intuito de discutir com outros profissionais de diversas áreas políticas públicas direcionadas para o trânsito, conforme Silva (2012) o grupo “formado inicialmente por 27 instituições que trabalham direta ou indiretamente com o tema, buscou desenvolver ações que objetivam a mobilidade, a cidadania, a saúde e a paz no trânsito” (SILVA, 2012).

Outra importante iniciativa foi a criação da Rede Latino Americana de Psicologia do Trânsito, que tem como um dos objetivos compartilhar o saber, experiências profissionais, estudos bibliográficos, e segundo Silva (2012) “A rede tem a perspectiva de contribuir para disseminar a Psicologia do trânsito nos países latino-americanos, promovendo seu desenvolvimento científico e profissional, conta com 90 participantes em diversos estados brasileiros, psicólogos e não-psicólogos” (SILVA 2012). Existem estudos que comprovam a percepção positiva dos candidatos em relação à avaliação psicológica à obtenção e renovação da CNH, entretanto, Rehbein & Zacarias 2012, ponderam que:

São necessários novos estudos que procurem investigar essas atitudes, uma vez que os resultados podem servir para aperfeiçoar procedimentos na prática, além de contribuir para reflexões sobre a importância atribuída à área da psicologia do trânsito e sobre o papel exercido pelo psicólogo. (REHBEIN & ZACARIAS 2012 apud AMBIEL, MOGNON e ISHIZAWA 2015).

As perspectivas para o futuro da avaliação psicológica no trânsito é de que os profissionais busquem ainda outras formas de intervenções, como afirma Silva (2012) “os psicólogos do trânsito devem buscar implementar também um modelo intervencionista não só junto aos motoristas, como também nos usuários mais vulneráveis do trânsito (pedestres e ciclistas)” (SILVA, 2012).

Alguns autores defendem a ideia de que a educação preventiva do trânsito deve ser iniciada o quanto antes e principalmente nas escolas, como salienta Alves e Gomes (2016):

Analisando a relação entre indivíduo e meio para uma direção segura, e tendo o comportamento como objeto principal do motorista, hipoteticamente seria mais eficaz uma educação psicológica preventiva dirigida não apenas a candidatos à CNH, mas a indivíduos mais jovens, que estão concluindo o Ensino Médio, por exemplo, os quais permanecerão usuários das vias na condição não apenas de motoristas, mas também de pedestres e ciclistas, entre outros. (ALVES E GOMES, 2016).

Silva, Alves e Rosa (2015) salientam ainda que “pouco tem sido explorado sobre a atuação do profissional, seja na área da avaliação psicológica ou em sua interface com outras ciências. Esses dados reforçam a necessidade de pesquisas para melhor consolidação dessa práxis”. (SILVA, ALVES E ROSA, 2015).  Com esta afirmação acima, podemos pensar que os profissionais atualmente ainda se encontram estagnados em sua prática, muitas vezes devido à falta de incentivo do próprio órgão regulador da profissão. Pessoto (2012) afirma ainda que:

A atuação do psicólogo do trânsito não deveria estar limitada ao processo de obtenção/renovação da CNH ou mudança de categoria, mas deveria ocorrer de forma ampla, inclusive numa fase anterior da significação em se possuir um automóvel, isto já justificaria uma gama de estudos envolvendo, além dos três fatores (homem, via e veículo), componentes externos a eles. (PESSOTO, 2012).

Considerações finais

O crescente número de carros, motos, circulando nas ruas diariamente traz à tona algumas preocupações, como a educação do trânsito, acidentes, morte, traumas emocionais/físicos, e também a poluição sonora e do ar, o que pode trazer sérios riscos para a saúde da população em geral. Estas questões referentes ao trânsito envolvem diferentes instituições/organizações, até mesmo relacionada à saúde, uma vez que esta é afetada indiretamente. Podemos entender o trânsito como um conjunto de fatores: leis, regras, comportamentos, entre outros. A psicologia como ciência do comportamento, tem muito a colaborar nesta área, uma vez que um dos objetivos da psicologia do trânsito é predizer comportamentos de riscos.

Este artigo teve como objetivo apresentar as contribuições da avaliação psicológica no trânsito, como funciona o processo de avaliação neste contexto, bem como as dificuldades e limitações existentes nesta técnica. A avaliação psicológica do trânsito, desde seu início, que se deu por volta dos anos 40, já era realizada, de lá pra cá poucas mudanças ocorreram na prática do psicólogo do trânsito. Surgiram várias críticas em relação a atuação do psicólogo, uma delas citada no texto, é a falta de instrumentos específicos para a avaliação psicológica do trânsito, uma vez que os testes usados para esta avaliação são utilizados em outras áreas da psicologia como a clínica, organizacional, entre outros.

Na avaliação psicológica para obtenção/renovação/mudança de categoria da CNH, os construtos mais avaliados, são: atenção, memória, personalidade, raciocínio, entre outros, no qual o psicólogo elege quais baterias de testes serão aplicados, de acordo com a sugestão do CFP. Foram apresentados os instrumentos mais usados pelos psicólogos para avaliar os condutores, sendo que a escolha dos mesmos é de acordo com o contexto, seja ele a obtenção/renovação ou mudança de categoria da CNH. A bateria de testes deverá ser eleita pelos psicólogos, de acordo com sugestões do CFP.

Observou-se que existe uma carência de estudos e pesquisas de psicólogo referente à psicologia do trânsito e, a esperança é de que, com a Resolução do CONTRAN que torna obrigatoriedade um curso de especialização para o psicólogo atuar na área do trânsito, surgem novos trabalhos e publicações, uma vez que, no final do curso, o profissional deva escrever um TCC ou artigo, tal mudança possibilitará a formação de profissionais mais qualificados atuando no mercado de trabalho.

A atuação do psicólogo na área do trânsito ainda se encontra restrita muitas vezes somente à aplicação e correção de testes, elaboração de laudos, entretanto, o que se sugere é que o psicólogo explore outras áreas de atuação, dentre as quais a promoção da educação do trânsito juntamente com profissionais de outras áreas para desenvolver trabalhos com empresas de transporte coletivo, escolas, universidades, prevenção de acidentes de trânsito, e também esclarecer melhor aos candidatos à obtenção da CNH o próprio trabalho do psicólogo e sua importância. Outra importante iniciativa proposta por Castilho et al. (2015) “é de oferecer atendimentos psicológicos individuais, grupos de orientação e de acolhimento às vítimas de acidente de trânsito.” (CASTILHO et al. 2015).

É importante que seja feita ações educativas acerca do trânsito principalmente em escolas, pois o público é jovem que estão aprendendo a respeitar leis e cumpri-las, e principalmente, muitos deles têm intenção de obter a CNH.

Ao falarmos de trânsito, estamos nos referindo também ao comportamento humano, nesse sentido, Pasquali e Lago (2013) salienta que “é necessário visualizar o trânsito como um fenômeno humano, para entendermos os problemas que este nos traz em relação a nossa saúde, bem como os impactos para o nosso bem-estar” (PASQUALI e LAGO 2013).    Por fim, o psicólogo deve atuar na avaliação psicológica do trânsito com a preocupação de prevenção e intervenção para que futuros motoristas diminuam ou extinguem comportamentos e situações graves.

Referências bibliográficas

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AMBIEL, Rodolfo Augusto Matteo; MOGNON, Jocemara Ferreira; ISHIZAWA, Fabiana Mitiko. Atitudes frente à avaliação psicológica de candidatos à obtenção e renovação da CNH. Est. Inter. Psicol., Londrina, v. 6, n. 2, p. 18-38, dez.  2015 .   Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S223664072015000200003&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em  02  set.  2016.

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MARIUZA, Clair Ana. GARCIA, Lucio Fernando. Trânsito e mobilidade humana: Psicologia, Educação e Cidadania / org. – Porto Alegre: Ideograf / Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul, 2010.

PASQUALI, Dóris Serena Holmer Biehi; LAGO, Vivian de Medeiros. (2013) “A avaliação psicológica no trânsito: Desafios para o Psicólogo no exercício da atuação.” Disponível em: https://psicologia.faccat.br/blog/wp-content/uploads/2013/11/Doris-Paquali.pdf. Acesso em 04 set. 2016.

PESSOTO, Fernando. Psicologia do Trânsito – algumas reflexões. 2012. Disponível em http://www.ibapnet.org.br/?cd=64 acesso em 07 out. 2016.

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[1] Avaliação Psicológica – Instituto de Pós-Graduação – IPOG – Cuiabá, MT

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Hustane Oliveira Martins da Silva

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