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A importância dos jogos pedagógicos para ensinar matemática a surdos e ouvintes

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CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

SILVA, Angela Maria de Sousa e [1], MOREIRA, Verônica Pereira [2]

SILVA, Angela Maria de Sousa e. A importância dos jogos pedagógicos para ensinar matemática a surdos e ouvintes. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 06, Vol. 07, pp. 13-33, Junho de 2018. ISSN:2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/jogos-pedagogicos

RESUMO

Este artigo objetiva demonstrar como o uso de jogos pedagógicos como o Material Dourado, os Blocos Lógicos, a Escala Cuisinaire, o Tangran e o Geoplano ajudam na compreensão do conhecimento matemático dos alunos, sejam eles ouvintes ou surdos. É fruto de pesquisa bibliográfica. Inclui-se também, uma experiência em sala de aula na turma de segundo ano do Ensino Fundamental, composta de quinze alunos ouvintes e um aluno surdo.

Palavras-chave: Surdos, Libras, Inclusão, Jogos Didáticos, Matemática.

1. INTRODUÇÃO

Este trabalho trata da inclusão de alunos surdos na classe regular do Ensino Fundamental, no ensino da matemática. A inclusão de alunos surdos na rede pública de ensino tem sido discussão entre muitos professores, pois em geral, estes dizem que não receberam em seus currículos de formação, preparo adequado para trabalhar com estes alunos.

Muitos professores ainda não sabem muito bem como lecionar em classes regulares com ouvintes e surdos. A estória da formação do educador que trabalha, ou trabalhará, com aprendizes surdos perpassa pela luta destes ao direito à sua própria língua. E é no Brasil do século XX em que essa batalha é travada, tendo um período de luta dos surdos pelo direito ao uso da Língua Brasileira de Sinais (Libras, língua de modalidade gestual-espacial cuja origem remete ao Alfabeto Manual Francês que chegou ao Brasil em 1856 trazido pelo professor E. Huet). Somente no século seguinte é que as suas reivindicações foram contempladas com a Lei nº 10.436 de 2002, que reconhece a Libras, como meio legal de expressão, regulamentada pelo decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005.

A inclusão de alunos surdos nas classes regulares já é uma realidade e reafirmando o direito e os benefícios da escolarização dos alunos surdos e ouvintes nas classes regulares, existem procedimentos adequados e dentro dos parâmetros legais em relação a inclusão de alunos surdos no ensino da matemática.

Neste artigo, procuramos reunir informações e orientações úteis aos professores de matemática, para que possam orientá-los no ensino de alunos sejam eles surdos ou ouvintes por meio de jogos pedagógicos.

2. A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS PEDAGÓGICOS NO ENSINO DA MATEMÁTICA

O dicionário Houaiss da Língua Portuguesa define a palavra Jogo da seguinte forma: “1 – agitação: movimento, oscilação; 2 – aposta: lance, mão, parada, partida; 3 – ardil: astúcia, 4 – balanço: oscilação; 5 – brincadeira: folguedo, folia, reinação; 6 – coleção: conjunto; 7 – combate: certame, luta, peleja, pugna; 8 – diversão: divertimento; 9 – escárnio: grocejo, motejo, troça, zombaria; 10 – funcionamento: movimento; 11 – inconstância: capricho, instabilidade, irregularidade, variabilidade, volubilidade, constância, evariabilidade, regularidade; 12 – joguete: ludibrio; 13 – manejo: manobra, manuseio; 14 – movimento: destreza, habilidade, mobilidade; 15 – partida: certame, competição, espetáculo, peleja, jogo de cartas: carteado”.(Houaiss, 2003). Partindo dessa definição, e reafirmando os benefícios que o jogo apresenta, pode-se dizer que seu uso nas aulas ajuda na compreensão do conhecimento matemático.

Aprender matemática é uma coisa muito difícil para a maioria dos alunos. E à medida que essas dificuldades em perceber novas ideias e conceitos vão aumentando, a disciplina vai aos poucos tornando-se em um “Bicho de Sete Cabeças”.   Precisamos entender as razões de tais dificuldades de forma a tornar a matemática uma disciplina como outra qualquer e permitir aos alunos uma aprendizagem mais salutar e consistente através de jogos. Enfim, precisa-se muito de apoio visual e concreto para melhor ensinar e ser compreendidos pelos alunos.

Muitos educadores dizem que não se deve apresentar a Matemática como uma disciplina difícil, abstrata ou descontextualizada da realidade e muitos professores já vêm utilizando recursos pedagógicos, como os jogos, para ensinar o conteúdo em sala de aula regular. Assim, atende-se tanto aos alunos ouvintes quanto aos alunos surdos, promovendo a inclusão escolar.

Desde muito cedo as crianças gastam energia e parte do seu tempo brincando e jogando. Ao observar uma criança em situações de jogo, nota-se o quanto ela desenvolve sua capacidade de formular hipóteses e de resolver problemas.

Os alunos apresentam grande facilidade de raciocínio e capacidade de resolver situações-problemas, caracterizando objetos e buscando uma linha de resolução baseada em elucidações próprias. Por isso, os jogos na sala de aula regular utilizados como recursos didáticos auxiliam em todos os níveis de ensino e são muito importantes para o desenvolvimento social, pois tem alunos que durante a aula tem receio de perguntar suas dúvidas e no jogo não apresentam esse comportamento.

O objetivo geral deste artigo é o de demonstrar como o uso de jogos pedagógicos como o Material Dourado, os Blocos Lógicos, a Escala Cuisinare, o Tangram e o Geoplano ajudam na compreensão do conhecimento matemático das crianças, sejam elas ouvintes ou surdas. E os objetivos específicos são: (I) descrever o que é um jogo e como utilizá-lo nas aulas de matemática; (II) narrar como o material dourado, os blocos lógicos ,a escala Cuisenaire, o Tangran e o Geoplano podem ser desenvolvidos detalhando a metodologia para aplicá-los em sala de aula; (III) relacionar estratégias adequadas desses jogos para alunos surdos.

Este artigo é fruto de pesquisa bibliográfica realizada após a realização do Curso de Aperfeiçoamento em Atendimento Educacional Especializado para Alunos Surdos – 8ª Edição, promovido(a) pelo(a) Faculdade de Educação (FACED) da Universidade Federal de Uberlândia, vinculado ao programa Centro de Ensino, Pesquisa, Extensão e Atendimento em Educação.

Como diz Paulo Freire (1979):

(…)  Eu agora diria a nós, como educadores e educadoras: ai daqueles, entre nós, que pararem com sua capacidade de sonhar, de inventar a sua coragem de denunciar (o sonho possível). Ai daqueles e daquelas que, em lugar de visitar de vez em quando o amanhã, o futuro, pelo seu profundo engajamento com o hoje, com o aqui e o agora, ai daqueles que em lugar desta viagem constante ao amanhã, se atrelem a um passado de exploração e de rotina.

Assim, este artigo pretende ser uma fonte de pesquisa para professores que desejam conhecer um pouco mais sobre ensino da matemática, pensando na inclusão dos alunos surdos e despertar para o valor dos jogos pedagógicos em sala de aula.

3. AS DIFICULDADES NO ENSINO PARA SURDOS

A dificuldade em ensinar para alunos surdos pode ser percebida desde o século XVI, quando os primeiros educadores surdos começaram a atuar. Anteriormente a isto, já se percebe grande preconceito com os surdos, vindo inclusive da Igreja Católica, que os considerava sem alma imortal, e passando por Aristóteles que os considerava incapazes de raciocinar.

A educação dos surdos não vem demonstrando muito sucesso ao longo da história, além dos professores ouvintes e dos métodos utilizados na escola (Skliar, 1998), e devido a sua deficiência, muitos surdos já foram culpados por isso. Porém, sem enfrentar a questão linguística, que é o principal problema e a origem de todas as dificuldades identificadas na educação dos surdos, não dá para tornar a educação de surdos igual ao do ouvinte. Essa questão linguística já evoluiu muito após a criação da Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras – e dá outras providências, reconhecendo a Libras como a língua materna das pessoas surdas.

Muitos surdos são oriundos de famílias ouvintes e isso dificulta o processo de aquisição de uma língua. A falta de uma língua comum na família faz com que esses surdos fiquem segregados, separados das conversas, entre as quais sentimentos são partilhados, histórias são contadas, enfim, ambiente onde o conhecimento é informalmente construído (Bernardino, 2000).

Na escola, essa dificuldade também existe, até mesmo naquelas onde a Libras já é reconhecida como a primeira língua dos surdos. Mas após o Decreto 5626 de 2005 essa situação está mudando, pois a Libras agora já está nos currículos de formação dos professores. No Brasil, muitos surdos já recebem uma educação bilíngue (Libras/ português), com apoio dentro de sala regular com um intérprete, além do professor.

Com o Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005, que regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, que também dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000 espera-se que todo surdo aprenda a sua língua materna Libras e depois a segunda que no caso do Brasil é o português. Mas, ainda muitos alunos não são proficientes na língua portuguesa, ocasionando dificuldade na comunicação que pode ocasionar um ensino descontextualizado, mecânico, sem significado e compreensão, não desenvolvendo a autonomia.

A principal dificuldade, além da comunicação com surdos, é adaptar a linguagem matemática. Consideramos que uma das possíveis soluções para resolver este problema seria o lúdico, considerando que a educação do surdo é espaço – visual, a qual os jogos matemáticos a satisfaz.

4. A UTILIZAÇÃO DOS JOGOS PEDAGÓGICOS NO ENSINO DA MATETEMÁTICA

Se percebe que o ensino da matemática ofertado nas escolas públicas apresenta-se mecânico, somente no chamado “cuspe e giz” e “decoreba”, onde o aluno decora, memoriza e não aprende de fato. Os professores utilizam as mesmas metodologias baseadas na memorização de ensino da matemática para surdos e ouvintes. Isso faz com que o ensino da matemática fique disperso e inconsistente. Acreditamos que muitos destes professores fazem isso por desconhecimento do assunto.

Muitos professores transformam a matemática em atividades mecânicas reduzindo-a em uma simples resolução de contas de adição e subtração. As aulas de matemática são atividades bastante importantes e ajuda na relação escola e realidade, quando oportuniza ao aluno viver na escola experiências da sua vida diária.

A necessidade de compreensão das situações abstratas não é tarefa fácil nem para alunos ouvintes e nem para alunos surdos. Para os surdos então é muito mais difícil de ser atingida sem uma língua comum.

Trabalhar com jogos favorece todos os tipos de aluno, seja ele surdo ou não. Precisa haver uma mudança nas práticas pedagógicas e se faz necessário desenvolver estratégias que ajudem o processo de ensino e da aprendizagem de matemática para crianças ouvintes e surdas, levando-se em conta que trazer a matemática para a realidade e para o concreto é fundamental ao aprendizado de qualquer aluno e do surdo melhor ainda, pois ocorre principalmente pela percepção visual.

Tendo em vista a valorização dos recursos visuais para os surdos, compreende-se que os jogos que usam meios visuais podem facilitar o processo de aprendizagem da Matemática. Partindo do pressuposto que esse recurso privilegia a percepção visual, torna-se característica de vital importância para a aprendizagem do surdo (Skliar, 1998).

Alunos surdos precisam de uma pedagogia sensorial e visual e, para isso, jogos e materiais manipuláveis ajudam no desenvolvimento da autonomia. O interessante é que os alunos conheçam bastante o material e depois façam uso das regras do jogo.

Desta maneira, entendemos que para os alunos, em especial os surdos, aprenderem com mais facilidade a matemática, é necessário utilizar diversas estratégias como as mencionadas anteriormente, com maior ênfase naquelas atividades que privilegiem recursos visuais. Por isso, apresentaremos neste artigo algumas atividades que foram desenvolvidas na sala de aula e que contribuíram bastante para a aprendizagem de matemática.

Nota-se que a palavra jogo tem uma relação importante com a educação porque ele não está somente ligado ao entretenimento, isto é, diversão e prazer, mas também a aprendizagem como raciocínio, operação, cálculo, entre outros. A utilização de atividades lúdicas na matemática e de materiais concretos é totalmente relacionada ao desenvolvimento cognitivo da criança. Há de se refletir que alguns conteúdos específicos da matemática não possuem relação com a ideia de serem aplicados utilizando jogos, mas de certa forma promovem um senso crítico, investigador, que ajuda na compreensão e entendimento de determinados tópicos relacionados ao ensino da matemática.

A matemática está presente em nosso cotidiano. Quando utilizamos o dinheiro ou mensuramos algo, estamos utilizando conceitos que aprendemos na escola. O autor José Roberto Boettger Giardinetto contribui para a reflexão sobre a relação entre o conhecimento cotidiano e o escolar, onde cita que boa parte deste conhecimento não é utilizado na vida real em seu livro:” Matemática Escolar e Matemática da Vida Cotidiana”.

Como já citado, os jogos trabalhados em sala de aula devem ter regras, verificando que essas sejam eficientes, apresentando interferência positiva na construção das noções de conservação estudadas.

O surdo percebe o mundo através dos sentidos: o olfato, o tato, o paladar e, principalmente, a visão. A apreensão e a decodificação de imagens se processam, assim, de forma mais “natural”. Na monografia intitulada “A imagem no ambiente logo enquanto elemento facilitador da aprendizagem com crianças surdas”.

Ensinar Matemática é refletir sobre o processo de ensino e aprendizagem de matemática principalmente nos anos iniciais do ensino fundamental a partir de materiais pedagógicos que fortaleçam a prática pedagógica, possibilitando ao aluno o desenvolvimento de sua autonomia intelectual, de seu pensamento crítico e também o aprimoramento de habilidades e competências como anteriormente citado.

Os jogos são um recurso pedagógico eficiente para a construção do conhecimento matemático, mas necessitam ser planejados. Percebe-se que, quando bem aplicados a uma turma bastante motivada, os alunos apresentam um melhor desempenho e melhores atitudes frente aos seus processos de aprendizagem.

Devemos escolher jogos que estimulem a resolução de problemas, principalmente quando o conteúdo a ser estudado for abstrato, difícil e desvinculado da prática diária; não nos esquecendo de respeitar as condições de cada turma e o querer de cada aluno, sempre respeitando a particularidade de cada um. Essas atividades não devem ser muito fáceis nem muito difíceis, como também podem ser testadas antes de sua aplicação, a fim de enriquecer as experiências através de propostas de novas atividades, propiciando mais de uma situação de aprendizagem.

Nos jogos com regras, os alunos fazem deduções que desenvolvem o pensamento lógico. Eles são mais indicados para o desenvolvimento de habilidades de pensamento do que efetivamente trabalhar um conteúdo específico. Os procedimentos e as regras devem ser apresentados aos alunos antes de iniciar a partida, estabelecendo as possibilidades e os limites de ação de cada um.

4.1 UMA EXPERIÊNCIA EM SALA DE AULA

4.1.1 MATERIAL DOURADO – MATEMÁTICA COM VIDA

Observamos, conforme supracitado, uma turma de segundo ano do Ensino Fundamental com quinze alunos ouvintes e um aluno surdo que, em sala de aula, a professora utilizou os jogos como recursos pedagógicos nas suas aulas de matemática, dentre eles: o Material Dourado, os Blocos Lógicos, a Escala Cuisenaire, o Tangran e o Geoplano.

Nesta seção, descreveremos como foram utilizados esses jogos nas aulas de Matemática, na sala de aula regular da turma de segundo ano do Ensino Fundamental com alunos ouvintes e o aluno surdo que chamaremos de ‘Y’.

O Material Dourado ou Montessori é parte de um conjunto desses materiais idealizados pela médica e educadora italiana Maria Montessori. Os princípios montessorianos para a criação de qualquer um dos seus materiais é a educação sensorial. Ele é constituído por cubinhos, barras, placas e cubo grande. Esse material é destinado às atividades que ajudam na maneira de efetuar as operações fundamentais e no ensino e na aprendizagem do sistema de numeração decimal-posicional.

Os principais objetivos do uso desse material são: (I) auxiliar em atividades que auxiliem o ensino e a aprendizagem do sistema de numeração decimal-posicional; (II) Trabalhar métodos para efetuar as operações fundamentais; (III) tornar as relações numéricas abstratas para uma imagem mais concreta; (IV) desenvolver o raciocínio lógico matemático.

Existem outras propostas para o trabalho com esse material que incluem: (I) estimular a autonomia e independência no aluno e a confiança em si mesmo; (II) desenvolver a concentração, a coordenação e a ordem; (III) gerar experiências concretas estruturadas para conduzir, gradualmente, a abstrações cada vez maiores; (IV) fazer com que o próprio aluno perceba os possíveis erros que comete ao realizar uma determinada ação com o material; (V) trabalhar com os sentidos do aluno.

Nas práticas escolares como já dito, ainda é comum, os alunos “dominarem” os algoritmos a partir de treinos cansativos, mas sem conseguirem compreender de fato muito bem o que fazem. Na aula da professora em que foi utilizado o Material Dourado facilitou-se a compreensão do conteúdo. Obteve-se, então, muito mais que um aprendizado dos algoritmos. Houve um notável desenvolvimento do raciocínio e um aprendizado bem mais agradável da turma. Ele foi trabalhado em atividades individuais e em grupo. O primeiro contato do aluno com o material ocorreu de forma lúdica para que eles o explorassem livremente. Foi nesse momento que eles perceberam a forma, a constituição e os tipos de peça do material.

A utilização do Material Dourado resultou num aprendizado prazeroso e significativo através de recursos físicos concretos e do lúdico. Como os alunos surdos utilizam muito mais os aspectos espaciais e visuais para formar o conhecimento do que os alunos ouvintes, jogos como este com peças concretas são estimulantes no ensino/ aprendizagem e imprescindíveis nas aulas de matemática.

Uma atividade muito proveitosa foi o jogo chamado “Vamos fazer um trem” com o objetivo de compreender que o sucessor é o que tem ” um a mais” na sequência numérica. A professora combinou com os alunos a construção de um trem. O primeiro vagão foi um cubinho. O vagão seguinte teve um cubinho a mais que o anterior e assim por diante. O último vagão foi formado por duas barrinhas. Quando a turma terminou de montar o trem, receberam folhas brancas nas quais escreveram o código de cada vagão. Esta atividade levou à formação da ideia de sucessor e facilitou a ideia de “mais um” para os alunos, na sequência dos números. Ela contribuiu também para a melhor compreensão do valor posicional dos algarismos na escrita dos números.

Uma das atividades individuais realizada pela professora chama-se “partindo os cubinhos”. Nela, cada aluno recebeu uma quantidade de cubinhos para trocar por barrinhas e depois por placas, assim desenvolvendo a noção de unidade, dezena e centena. Depois, o aluno escreveu em uma folha branca os números correspondentes às quantidades de placas, barrinhas e cubinhos obtidos representando-os com uso da tabela. Esta atividade foi muito produtiva e tornou-se interessante, à medida que os números de cubinhos foram aumentando.

Como atividade individual, foi proposta a realização de um ditado. Nele a professora mostrou cartões, um de cada vez, com números, e os alunos foram mostrando-lhe as peças correspondentes, usando a menor quantidade dela. Esse jogo permitiu aos alunos relacionar cada grupo de peças ao seu valor numérico.

Uma atividade que obteve bom proveito chama-se “fazendo trocas”, que ocorreu em grupo e teve O objetivo dele das trocas foi a compreensão dos agrupamentos de dez em dez (dez unidades formam uma dezena, dez dezenas formam uma centena etc.), característicos do sistema decimal.  Neste jogo, cada grupo ficou com um dado marcado de quatro a nove. No grupo, cada aluno na sua vez, jogou o dado e retirou a quantidade de cubinhos correspondente ao número que saiu no dado. Desta forma, esse número deu direito a retirar somente cubinhos. E ao juntar dez deles o aluno foi trocando por uma barrinha. E a cada troca de barrinha tinha direito a jogar novamente. Isso ocorreu com as barrinhas que ao juntar dez foram trocadas por uma placa e o direito de jogar novamente.

Esse jogo estimulou o cálculo mental dos alunos e terminou quando o aluno “X” conseguiu formar três placas. A compreensão dos agrupamentos na base dez é muito importante para o real entendimento das técnicas operatórias das operações fundamentais. O direito de jogar novamente desenvolveu a atenção e concentração dos alunos durante todo o jogo.

Ao desenvolver as atividades, a professora pediu aos alunos que eles mesmos fossem registrando da forma que quisessem os nomes dos diferentes tipos de peças do material. E na medida em que foram jogando, os alunos foram tornando concretas as relações numéricas abstratas, tornando mais fácil a compreensão e obteve-se, então, além da compreensão dos algoritmos, um ótimo desenvolvimento do raciocínio lógico, A criatividade e a motricidade de forma bem agradável.

4.1.2 BLOCOS LÓGICOS – A SIMPLICIDADE DO INSTRUMENTO QUE AJUDA A DESENVOLVER O PENSAMENTO MATEMÁTICO

Geralmente os blocos lógicos são bastante usados nas séries iniciais, principalmente na educação infantil e na educação de alunos surdos, pois permite que se desenvolva as primeiras noções de operações lógicas e suas relações como classificação e correspondência, fundamentais na aprendizagem dos conceitos matemáticos.

Eles formam um conjunto de peças geométricas pequenas, distribuídas em triângulos, quadrados, círculos e retângulos, que tem por objetivo ajudar na aprendizagem do aluno e possui quarenta e oito peças distribuídas em três cores (azul, amarelo e vermelho), quatro formas (retângulo, quadrado, triângulo e círculo), dois diferentes tamanhos (pequeno e grande) e duas diferentes espessuras (grosso e fino). Podem ser confeccionados de diferentes tipos de materiais (madeira, emborrachado, plástico, papel).

Na aula em que a professora usou os blocos lógicos, o conhecimento físico ocorreu quando os alunos pegaram, observaram e identificaram os atributos de cada peça. O lógico-matemático se deu quando a turma usou esses atributos sem necessitar ter o material em mãos (raciocínio abstrato).

A princípio os alunos manipularam a nível de reconhecimento o material, depois fizeram desenhos com as formas dos blocos lógicos, observando e comparando os tamanhos, as cores, e as formas. Esse trabalho foi realizado em pequenos grupos, onde os alunos enriqueceram o conhecimento das características físicas dos blocos através das conversas.

Ao findar esta atividade, as peças dos Blocos Lógicos foram distribuídas e espalhadas em cima da carteira, onde cada aluno individualmente pegou uma peça e colocou no meio do grupo, de modo que as peças foram empilhadas uma a uma. O aluno surdo fez de tudo para a “torre” não cair. Para o desenvolvimento desta atividade, eles tiveram que raciocinar qual a peça certa para a base, meio ou topo da torre, deixando as “piores” para o próximo colega. Nesta atividade, os alunos estimularam sua capacidade de discernir e raciocinar, além de estimular a motricidade. O aluno supracitado ficou extremamente aborrecido quando sua “torre” caiu. Mas a professora soube contornar a situação quando o ensinou a lidar com a sua frustração.

A professora apresentou um quadro aos alunos para que classificassem os blocos e criou junto com os alunos os atributos que foram dados para os tipos de blocos existentes. Os blocos foram separados de acordo com as seguintes categorias: (I) as quatro formas (círculo, quadrado, retângulo e triângulo); (II) as duas espessuras (grosso e fino); (III) os dois tamanhos (pequeno e grande); (IV) as cores (amarelo, azul e vermelho).

Logo após, a professora fez um quadro na cartolina, escolheu alguns atributos e pediu aos alunos que separassem os blocos de acordo com as seleções realizadas. Primeiramente, escolheu apenas um atributo (quadrado). Exemplo: separar apenas as peças quadradas. Depois, foi acrescentando atributos (vermelho, fino, pequeno). Os alunos foram completando o quadro com a peça quadrada, pequena, fina e vermelha.

Todos os alunos participaram com grande entusiasmo das atividades propostas.

4.1.3. BARRINHAS DE CUISENAIRE – INTRODUÇÃO A CONSTRUÇÃO DOS FATOS

Criada por Georges Cuisenaire (1891-1976) a Escala Cuisenaire é composta por barras de dez cores, sendo cada cor de tamanho diferente da outra, numa escala proporcional de um centímetro de diferença para cada tamanho. Há variações deste jogo e, por isso, as medidas podem sofrer alterações. Mas as proporções de uma barra para outra são sempre respeitadas. Desta forma, todas as barras de um centímetro são da mesma cor, da mesma forma com as barras de dois centímetros e assim por diante.

Este jogo possui vários objetivos como: (I) trabalhar sucessão numérica, comparação e inclusão, as quatro operações, o dobro, a metade de uma quantidade e frações; (II) introduzir os conceitos maior/menor, grande/pequeno, igual/diferente; (III) estimular a curiosidade e criatividade; (IV) manter a concentração e atenção; (V) tornar concretos os conceitos básicos das primeiras operações matemáticas; (VI) possibilitar a compreensão da relação quantidade/numeral e a comparação de tamanho, entre números; (VII) favorecer o desenvolvimento de estratégias de lógica e pensamento; (VIII) trabalhar a construção da ideia de número; (IX) trabalhar a coordenação motora, análise-síntese, constância de percepção de forma, tamanhos e cores; (X) recuperar a autoconfiança e a confiança na condição de aprendizagem; (XI) estimular a questão de errar/acertar, fazer/desfazer; (XII) possibilitar a independência e autonomia; (XIII) visualizar as grandezas numéricas, sua composição e decomposição; (XIV) desenvolver a observação e percepção visual, entre outros.

Este último objetivo, o de desenvolver a observação e percepção visual, é primordial na aprendizagem do aluno surdo, como já citado em parágrafos anteriores, o canal mais importante para o surdo é a visão. Nesta direção, o americano Owen Wrigley, autor do livro A Política da Surdez (1996), que serve de embasamento teórico para vários trabalhos no Brasil, ajudou a desmontar a ideia de que a surdez seja algo concreto, de existência própria, independente dos sentidos que damos a ela. Dito de outro modo, ele contesta a surdez enquanto uma deficiência sensorial localizada no corpo e que traria consigo alguns impedimentos para a convivência num mundo prioritariamente feito de som. Para ele, a questão precisa ser deslocada de um problema do corpo individual para um problema social, com o consequente debate acerca do privilégio dos canais visuais em detrimento de outras possibilidades: invés do foco no canal auditivo deficiente, pensar num canal visual repleto de possibilidades.

Na aula em que a professora utilizou a escala Cuisenaire, o aluno surdo desempenhou muito bem a atividade, assim como a turma em geral. O objetivo de utilizá-lo foi o de tornar concretos os conceitos matemáticos, muitos dos quais de difícil assimilação quando enfocados de forma abstrata e relacionar as diferentes medidas com as diferentes quantidades, facilitando o entendimento das operações básicas de matemática. Por exemplo: quatro barras de dois centímetros equivalem a duas barras de quatro centímetros. Logo, quatro + quatro = oito. Após trabalhar bastante o material concreto, a professora levou a turma para trabalhar na folha, realizando o abstrato.

O jogo favoreceu a correspondência entre as estruturas mentais do aluno surdo e a relação que ele estabeleceu com as peças, por meio das atividades trabalhadas. Como atividade com esse material, a professora pediu aos alunos que criassem objetos, separando-os por tamanhos e cores, usando apenas as barras menores ou as maiores para fazer as montagens; ou aquelas que fossem da mesma cor.

Ao propor o desenvolvimento de cada atividade a professora foi observando o desenvolvimento da turma. Como: (I) o de entregar para os grupos de alunos cartelas com figuras que tinham o mesmo tamanho e a mesma cor das dez barras, pedindo que eles montassem as figuras, colocando as barrinhas coloridas sobre as tiras correspondentes; (II) o de entregar uma barrinha diferente para cada aluno. Em círculo, eles foram mostrando a sua barrinha ao outro colega, comparando-as. A professora fazia perguntas, como: “Quem tem a barrinha maior? Quem tem a barrinha menor? A sua barrinha é maior ou menor que a da aluna x?”; (III) a de pedir aos alunos que colocassem as barrinhas em ordem crescente e explorassem a posição delas, perguntando por que a barrinha lilás estava nesta posição ou por que a barrinha laranja é a última.

4.1.4 TANGRAM – SETE PEÇAS QUE  ABORDAM A CONSTRUÇÃO DE CONCEITOS GEOMÉTRICOS

O Tangram é um quebra-cabeça composto por sete peças: cinco triângulos retângulos isósceles de diferentes tamanhos, um quadrado e um paralelogramo, que permitem montar várias figuras diferentes.

Ele é uma ferramenta que auxilia no desenvolvimento da capacidade de concentração, do raciocínio lógico, da orientação espacial e exercita a criatividade, podendo também, privilegiar a cooperação, quando a montagem desse quebra-cabeça é feita em grupo, tornando-o menos complexo.

Com o uso do Tangram, o professor pode abordar os seguintes aspectos da geometria: (I) identificação das figuras geométricas; (II) comparação; (III) descrição; (IV) classificação; (V) desenhos e representações de figuras planas; (VI) noções de área e (VII) frações.

Ele pode ser feito de diferentes tipos de materiais (madeira, plástico, EVA, papel).

Na aula em que a professora usou o Tangram, o conhecimento físico ocorreu quando os alunos observaram diferentes figuras e reproduziram. Além disso, responderam perguntas como, por exemplo: “Qual o nome desta figura?”.

Primeiramente, os alunos estudaram a Lenda do Tangram e sua origem, depois reconheceram e exploraram o material montando o quadrado utilizando as sete peças com auxílio da professora.

Após esta atividade, a professora colocou no quadro algumas figuras formadas com o Tangram, como barco, casa, gato e pato, desafiando os alunos a montarem uma figura igual a dela.

Para que a atividade fosse desenvolvida, os alunos tiveram que pensar em como resolver o desafio.

Nesta atividade, os alunos desenvolveram a capacidade de discernimento, raciocínio lógico e motricidade. O aluno supracitado ficou extremamente aborrecido quando não conseguiu reproduzir a figura da professora. Mas ela soube conduzir a situação, quando o ajudou a reproduzir a figura e o ensinou a lidar com a sua frustração.

Todos os alunos participaram com grande entusiasmo e empenho das atividades propostas.

4.1.5 GEOPLANO – INTRODUÇÃO A FIGURAS GEOMÉTRICAS

O Geoplano mais utilizado é o quadrado confeccionado com madeira e pequenos pregos fixados formando um reticulado que pode ser utilizado com um elástico, pedaço de borracha ou barbante.

Foi utilizado para trabalhar: (I) Perímetro e área; (II) Diagonais e Simetria; (III) cálculo de figuras simétricas, arestas, vértices, construção de polígonos entre outras situações envolvendo geometria plana.

O objetivo principal do Geoplano é fazer com que os alunos explorem as figuras poligonais através da visualização e construção, desenvolvendo de forma mais fácil as habilidades de exploração espacial.

O Geoplano foi utilizado pela professora nas situações que envolveram o cálculo de área, arestas, figuras simétricas, perímetro, vértices, construção de polígonos entre outras situações envolvendo geometria plana. Foi muito bacana a forma com que os alunos assimilaram os conteúdos geométricos, o resultado foi realmente muito bom e motivador.

Como já mencionado, não se constrói o conhecimento matemático através de metodologias mecânicas. A melhor forma de assimilar os conteúdos geométricos é através da manipulação, construção, exploração e representação das formas geométricas, e o Geoplano desenvolve de forma simples e direta todos esses princípios.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como já sabemos, a inclusão está garantida por lei, mas para que ela se efetive realmente e para que alunos surdos e ouvintes tenham uma educação de qualidade faz-se necessário que o professor tenha formação especializada. Uma criança não nasce sabendo, a ela são passados ensinamentos. O papel do professor neste sentido é o de mediador, pois ele deve apresentar atividades estimulantes como os jogos para que o próprio aluno descubra caminhos que o levam a seres sujeitos participante, criativos e construtores de conhecimentos e transformações de um mundo melhor.

Partindo desse princípio, é necessário que o professor busque aprender novas práticas pedagógicas e metodológicas em busca do sucesso no aprendizado de seus alunos. Que ele procure conhecer e se adequar as diversas formas de ensino para alunos, surdos ou ouvintes, levando o conhecimento para vida de todos eles.

Entretanto, o que se observou no contexto educacional do ensino da matemática, é que há uma constante preocupação por parte do professor em fazer com que o aluno “aprenda matemática” e com o uso dos jogos as aulas se tornam muito mais atraentes e desafiadoras abolindo a aprendizagem da Matemática como mera mecanização de exercícios, regras e sinais convencionais destituídos de qualquer significado para os alunos. No caso específico do Material Dourado, as relações numéricas abstratas passam a ter uma imagem concreta, facilitando a compreensão do conteúdo. Obtém-se, então, além do entendimento dos algoritmos, um notável desenvolvimento do raciocínio e um aprendizado bem mais agradável.

Quanto aos alunos surdos se faz necessário respeitar e aceitar a sua diferença que é a língua própria, no caso a Libras, de sua forma na percepção do mundo e até mesmo na construção do conhecimento. Sendo assim, se faz necessário professores que trabalhem com a educação inclusiva com objetivo de atender essas peculiaridades não só dos surdos quanto dos ouvintes, pois cada aluno é único.

Ele constrói conhecimento por meio da visão. Essa diferença precisa ser compreendida, respeitada e todos os alunos tanto ouvintes quanto surdos terem suas peculiaridades valorizadas e respeitadas. Deve-se almejar novas práticas pedagógicas que ajudem nas diversas áreas do conhecimento a construção de conhecimento, principalmente através de experiência visual, principal via de acesso ao conhecimento para alunos surdos.

Considerando a percepção visual, principal via de acesso ao conhecimento para os surdos e aspectos que valorizam o papel ativo do sujeito como construtor de seu conhecimento, e que valorizam o meio como desencadeador desta construção, destaco o valor dos jogos de regras como artifício de intervenção pedagógica, por permitir que os alunos tanto ouvintes quanto surdos experimentem contradições, criem estratégias, façam leituras de observáveis, construam coordenações que vêm despertar abstrações reflexivas e tomadas de consciência.

Acreditamos que a motivação e melhora na aprendizagem da matemática nesta turma durante essas atividades se deu devido ao uso dos jogos pedagógicos. Não propomos receitas, mas sugestões a serem adaptadas a cada realidade e contexto. Mais do que isso, espero com o artigo chamar a atenção para esse assunto, principalmente, em relação à necessidade de mais estudos que contribuam para aprofundar esse importante tema.

REFERÊNCIAS

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BRASIL, Ministério da educação – Secretaria de Educação Fundamental. PCN´S-Parâmetros curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1998.

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GRANDO, Regina Celia. O Jogo na educação: aspectos didático-metodológicos do jogo na educação matemática. 2001. Disponível em:<http://www.cempem.fae.unicamp.br/lapemmec/cursos/el654/2001/jessica_e_paula/JOGO.doc > acessado dia 22/08/11.

[1] Mestre em Educação pela USAL – Argentina, Pedagoga pela UNIPLI, Especialista em Dificuldades de Aprendizagem pela UERJ, Psicopedagogia pela UNIPLI, Gestão Escolar pela AVM, Educação Infantil pela FACNEC.

[2] Mestre em Matemática Aplicada à Computação Científica pela UERJ, Licenciatura em Matemática pela UERJ.

Enviado: Junho, 2018.

Aprovado: Junho, 2018.

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Angela Maria de Sousa e Silva

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