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Os Novos Desafios que a Didática deve Propor e Implementar em Sala de Aula Brasileira

RC: 6151
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/educacao/desafios-didatica-deve-propor

CONTEÚDO

SANTOS, José Ribeiro dos [1]

SANTOS, José Ribeiro dos. Os Novos Desafios que a Didática deve Propor e Implementar em Sala de Aula Brasileira. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 01, Ed. 01, Vol. 11, pp. 159-174 dezembro de 2016. ISSN: 2448-0959

RESUMO

Novos desafios velhos paradigmas, uma das reclamações generalizadas de escolas e Universidade é de que os alunos não aguentam mais a forma como o professor da aula, reclama do tédio e a distância do conteúdo das aulas com a realidade diária. Do ponto de vista metodológico o educador precisa aprender a equilibrar processos de organização e outras atividades inseridas neste contexto, conhecimentos necessários para lidar com o uso das tecnologias para acompanhar de forma precisa o desenvolvimento do aluno em amplos aspectos, fazendo uso virtual e suas ferramentas. O objetivo deste estudo é verificar as mudanças atuais propostas na literatura nacional no período de 2000 a 2014 para a melhoria continua do ensina e aprendizagem na sala de aula brasileira. Método de pesquisa revisão bibliográfica. Os resultados apontam que a competência profissional do professor repousa em essencialmente na elaboração de uma síntese, cada vez mais renovada, entre a clareza das metas cientificas a serem atingidas e a sensibilidade referente a situação dos estudantes. Com isso conclui-se que, a didática é a ferramenta primordial mais apropriado para adquirir e ampliar seus conhecimentos técnicos científicos, e que sua forma de aplicabilidade dependerá do grau de conhecimento e competência gerencial não só do professor, mas dos processos de gestão comum todo.

Palavras-chave: Professor, Desafios e didática, Sala de aula.

INTRODUÇÃO

Novos desafios velhos paradigmas, uma das reclamações generalizadas de escolas e Universidade é de que os alunos não aguentam mais a forma como o professor da aula, reclama do tédio e a distância do conteúdo das aulas com a realidade diária. O computador trouxe uma série de novidades, de fazer mais rápido e mais fácil. Esperavam-se muitas mudanças na educação, mas a mídia sempre foi incorporada marginalmente. E a aula continuou predominantemente oral e escrita. As mudanças se processam rapidamente passam pelas descrenças na

Escola como fator importante na formação e preservação cultural de indivíduos e grupos. Hoje com a evolução tecnológica e a internet, podemos aprender de muitas formas e em lugares diferentes de uma maneira diferente da convencional. Mas ainda é a escola a certificadora no processo de ensino e aprendizagem. Segundo Moran, ele diz que hoje ensinar e aprender está sendo um desafio como nunca antes.

Para atender a didática na sala de aula é preciso estimular a prática pedagógica e os aspectos positivos, ressaltar a importância dos avanços conquistados, instrumentalizando e capacitando o educador a um desenvolvimento profissional continuado.

O pedagogo alemão Schimied Kowarzik chama a pedagogia de ciência, constituindo-se de teoria e prática da educação. Investiga teoricamente o fenômeno educativo, formula orientações para a prática a partir da própria ação, propondo princípios e normas relacionados aos fins e meios da educação. De acordo com (Libâneo, 2006), a indistinção entre os termos “ atividade docente e atividade administrativa organizacional’’ (designação correlatadas à gestão). Desta forma fica descaracterizada não apenas a atividade pedagógica, mas também a atividade organizacional.

Há muitas maneiras de discutir essas questões, especialmente entre as formas organizacionais do processo capitalista de produção e das formas de organização do trabalho em cada instituição, há outro caminho para compreender melhor essa temática, investimentos e mudanças nas políticas educacionais do país, isso favorecem e facilita os processos de gestão escolar. A internet diminuiu distância e permitiu o transporte de informação de uma maneira instantânea. De acordo com (ARAUJO, 2001), as concepções vigentes de educação sinalizam cada vez mais a urgência de buscar não apenas bases teóricas metodológicas, mas a construção de um pensamento educacional mais sintonizado com as exigências dos novos tempos.

TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS

Partindo do modelo da escola tradicional e passando pelo modelo da escola nova e palas pedagogias Libertarias e Libertadoras o autor Libâneo vai mostrando os fundamentos da educação a luz das diferentes propostas didático-pedagógicas, permitindo que o leitor educador conheça os modelos de ensino aprendizagem, de aluno e professor das interações que se apoia. “A identidade profissional dos docentes é assim entendida como uma construção social marcada por múltiplos fatores que integram entre si, resultando numa série de representações que os

Docentes fazem de si mesmos e de suas funções, estabelecendo consciente e inconscientemente, negociações das quais certamente fazem parte suas histórias de vida, suas condições concretas de trabalho o imaginário recorrente a cerca dessa profissão. (AQUINO, 2005; VARGAS, 2007).

No processo de formação continuada, os estudos apresentados por alguns   autores mostram que as formações de profissional da educação são necessários e contribuem para a formação de pesquisadores e educadores com melhores condições de articular teoria e prática, visando a produção de novas pesquisas em educação que incorporem essa temática.

Tradicionalmente a formação de educadores escolar vem abrangendo três dimensões da prática do docente- o saber, o sabre ser e saber fazer privilegiando-se uma a outra de acordo com a concepção filosófica do processo educativo que se adote (SOUZA, 2010).

Durante muito tempo acentuou o saber fazer em juízo do saber, ou seja, as características pessoais positivas do educador têm levado ora a neutralidade da prática do docente que valoriza um professor ausente, ora a um comprometimento pessoal político ou religioso, tão envolvente que dissolve a especificidade do ensino escolar- o saber e o saber fazer.

Estudos apontados por Libâneo (2007), diz que as imprecisões conceituais e ambiguidades apontadas na Resolução do CNE trazem consequências graves para a formação profissional, a limitação do desenvolvimento das teorias pedagógicas decorrente da descaracterização do campo teórico-investigativo da pedagogia e dos campos de atuação profissional do pedagogo especialista desaparecimento dos estudos de pedagogia no curso de pedagogia, levando ao abandono dos fundamentos pedagógicos necessários à reflexão do professor com relação a sua prática. A primeira consequência é que a descaracterização do campo teórico da pedagogia e da atuação profissional do pedagogo limita e enfraquece a investigação no âmbito da ciência pedagógica.

A pedagogia das competências tem sido apresentada pelos seus defensores como capaz de estabelecer novas práticas formativas comprometidas com a elevação do nível de conhecimento dos trabalhadores, com o desenvolvimento das potencialidades humanas e com a necessidade de superar a dualidade entre trabalho e educação, a força que assume essa noção na atualidade servindo como elemento de referência para formas em políticas educacionais e para a gestão de pessoal nas empresas. (LEITE, 2005).

Conceitos como ensino e aprendizagem são repensados a partir desta nova realidade e da ideia de desenvolvimento de competências, pois esta ideia estaria requerendo o rompimento com o tipo de formação voltada para o trabalho prescritos nos moldes tayloristas. Os discursos e a mobilização política em torno da escola pública e gratuita tendem a se tornar inócuos caso não sejam seguidos de intervenções.

É preciso que se conheça as disposições do aluno, em termos socioculturais e psicológicos, afim de que sejam conquistados seus interesses, sua colaboração, aspiração e formação contribuindo com as mudanças no cenário da educação brasileira, atentando para o fazer do educador social. As mudanças ocorrem constantemente por meio da interação de uns com os outros. A sociedade tem um movimento próprio, uma regularidade, um ritmo de mudanças que é mais forte do que a vontade ou planos de políticas individuais.

A realidade é que hoje não se pode ensinar e nem aprender como antes, pois as noções de competências exigem a formação da capacidade de estar em condições de responder ao não prescrito, da capacidade de antecipar a resolução do problema que se colocam requerendo para isso a mobilização de amplas dimensões da subjetividade da sociedade em geral. Estudos realizados por (MARQUES, 2010), apontam alguns aspectos na necessidade de aprimoramento, enfrentamento e comprometimento por parte dos docentes, uma vez quando a sociedade capitalista visa o tratamento e atendimento do sistema produtivo. Em suas conclusões aponta a importância da formação continuada como meio de oferecer ao professor a atualização e a educação social necessária afim de proporcionar uma formação de qualidade para os educadores, principalmente os idosos, seguimento que não recebe atenção especial durante os programas de formação inicial (graduação) em pedagogia.

GESTÃO DE PRÁTICA COTIDIANA

Segundo (SILVA, 2009), questionamentos sobre o que os fazem os educadores sentirem-se satisfeitos na prática cotidiana, esses educadores apontam para o fato de que suas intervenções propiciam uma melhora na qualidade de vida das pessoas por eles atendidas. Desse modo faz-se o uso da formação profissional e ainda adquirem aprendizados na relação estabelecida no desempenho de sua função. Há talvez o sentido de continuidade de ampliação dessa experiência. Em relação à insatisfação com a prática, o salário ganhou destaques nas manifestações dos Educadores sociais, geralmente são baixos normalmente responsabilizado por não permitir ao educador usufruir de um padrão de vida satisfatório, considerado ainda como empecilho para o investimento na formação educacional e professional (GERHARDT, 2006).

A pesar da necessidade evidenciada grandes partes dos educadores limitou-se a formação de base, não investindo no desenvolvimento de competências para o exercício do trabalho socioeducativo. Caberia então ao educador social a responsabilidade por uma escolha que evidencia o lugar em que se coloca diante das situações de adversidades. Pela queixa, a falta leva a mesmice.

Exigindo a busca por processos de mudanças que em certo sentido contemplam a noção de identidade, como norteador de metamorfose. De acordo com (Gerhardt, 2006), numa ótica sócio-cognitivo a noção de moldura de reconhecimento de que toda construção está investida de uma prescrição pública e por isso deverá estar sempre em negociação entre os interlocutores para atingir sua meta de transmitir informações. A proposta de romper com a relação monolítica falante-ouvinte a carreta uma redefinição do estatuto das interações peculiares ao ambiente escolar, entre alunos, professores, e entre professores e direção. Bem como das formas de avaliação de conteúdo.

GESTÃO ESCOLAR, UMA SALA DE AULA MODERNA

Num passado distante, as crianças religiosas e o senso comum eram as únicas fontes de conhecimentos legítimos para interpretar o mundo. A observação da natureza trazia uma compreensão precisa acerca do universo e as interpretações subjetivas, eram válidas até que se provassem o contrário. Para que um conhecimento seja válido no mundo moderno é preciso ser comprovado cientificamente.

O professor e o aluno no mundo moderno, industrializado, submetem-se a paradigma educacional racional ou tecno sistêmico. O educando submete-se as expectativas e diretivas do educador. De acordo com (SOUZA, 2007), a construção do conhecimento científico exigia a separação entre corpo e sujeito e objeto, teoria e prática, ciências exatas e ciências humanas.

As monarquias tiveram seu auge no século XX. O aluno neste contexto, é aquele que obedece à ordem da autoridade do professor que tudo sabe. Hoje a exigência do paradigma industrial do desenvolvimento tecnológico e as inúmeras maneira e fontes de se adquirir conhecimento levando a sociedade a reestruturação de modelos que se adequassem a exigência da atual modernidade.

Estudos realizados por (VILA, 2001), evidencia que não basta só a seleção de um conjunto de informações e teorias a serem depositadas no educando, como, na educação bancária. A seleção de conteúdo visa à organização do conhecimento a ser construído durante a disciplina de modo a nortear o aluno na busca pelo seu aprendizado, atendendo os objetivos proposto para cada unidade.

De acordo com a Lei n° 9394/96 as Diretrizes e Base da Educação Nacional de 20 de dezembro de 1996 (DOU-23.12.96), que estabelece as diretrizes e base da educação no Artigo 1º – diz que a educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. Já o Artigo 3º estabelece os princípios e fins da educação são eles.

I- Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II- Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;

III- Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;

IV- Respeito à liberdade e apreso a tolerância;

V- Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

VI- Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

VII- Valorização do profissional da educação escolar;

VIII- Gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino;

IX- Garantia de padrões de qualidade;

X- Valorização da existência extraescolar;

XI- Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

(MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO)

Quanto a técnica de ensino-aprendizado (SILVA, 2009), coloca que uma alternativa para a dinamização do aprendizado seria a variação das técnicas; outra seria a introdução de inovações nas técnicas já existentes ou conhecidas para poder atender melhor a didática nas escolas e universidades atual. Um outro conceito importante seria a mesclagem entre os interlocutores que caracteriza toda ação humana, ou seja, a busca das intenções do outro com base nas suas observações. A partir de uma perspectiva didática, ao longo da história da educação, é visível à percepção de que o processo de ensino-aprendizagem se compõe em práticas e teorias      indissociáveis. O objetivo deste trabalho é verificar as mudanças atuais propostas na literatura nacional no período de 2000 a 2014 para a melhoria continua e efetiva do ensina e aprendizagem na sala de aula brasileira.

MATERIAIS E MÉTODOS

Trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica, integrativa. Tendo como embasamento teórico o levantamento dos dados realizado em fontes como: Bireme, Lilacs, Scielo, e livros didáticos. Para a pesquisa deste trabalho foram usados os descritores: professor, desafios & didática e sala de aula. Ao utilizar os descritos citados, foram encontrados 30 artigos que estavam disponíveis em língua portuguesa, desses artigos sendo um de tese de doutorado. Inicialmente procedeu-se a checagem dos títulos, autores e resumos, com o objetivo de separar as publicações repetidas, a seguir foram esmiuçadas todas as publicações encontradas e selecionados os artigos inerentes ao assunto abordado. Foram descartados doze artigos, por não atender os objetivos do estudo e foram utilizados os demais artigos após o levantamento das citações e posterior fichamento cuja descrição atendeu os objetivos do estudo proposto.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

A competência profissional do professor repousa em essencialmente na elaboração de uma síntese, cada vez mais renovada, entre a clareza das metas cientificas a serem atingidas e a sensibilidade referente a situação dos estudantes (seu grau de desenvolvimento, seu conhecimento e suas possibilidades efetivas de evolução. O tempo reduzido que o professor tem para elaborar uma síntese entre suas percepções e seus objetivos.

Com isso o ensino revela uma intenção, a de produzir aprendizagem sabemos que depois de Piaget, não se pode mais entender o ensino como simples apropriação de um conteúdo, uma informação um conhecimento ou uma atitude, o ato assimilador na essência da aprendizagem legitima corresponde a mobilização de inteligência redundando em progresso cognitivo, em capacidade ampliada para conhecer ou aprender. Deverá ser sim um modo crítico de desenvolver uma prática educativa de um projeto histórico, que não se fará somente pelo Educador, mas juntamente com educando e outros membros dos diversos setores da sociedade (SILVA, 2009).

A investigação educacional que emerge a partir de planejamento conjunto, entre professor e investigador de estratégicas educacional ou de ferramentas tecnológicas que podem ser usadas nas

Salas de aula, promovendo a aprendizagem, tem sido enfatizada por aqueles que se propõe ou que se preocupa com a necessidade de teoria e prática na formação do educador. (LUCKESI, 1989), afirma que a didática para assumir um papel significativo na formação do educador, deverá mudar os seus rumos. Deverá ser um elo fundamental entre as opções filosóficas e políticas da educação, os conteúdos profissionalizantes e o exercício de um turno de educação.

Verifica-se hoje alguma contestação a investigação educacional no que se refere a sua aplicação, à formação de professores realizadas nas universidades investigadoras constitui-se como um processo mediador entre a investigação e as práticas aplicadas. Estudos realizados por (OLIVEIRA, 2009), constata-se que a exploração didática da linguagem usada pelos professores na sala de aula abrange diversos saberes, parte-se do pressuposto teórico que a linguagem cientifica desenvolve o pensamento cientifico e com a complexificação deste desenvolvimento, transforma-se num valioso instrumento de desenvolvimento dos processos cognitivos e orienta a construção do próprio conhecimento.

A ação de reflexão compõe um todo inseparável, a menos que seja para uma compreensão lógica e didática do processo. Este esfacelamento entre teoria e prática são interessantes aos detentores do poder, pois que poderão tomar as decisões, deixando aos executores tão somente as decisões de como fazer sem nunca lhes permitirem interferência no que fazer.

Embora as constantes mudanças tenham sido positivas na área da educação ainda existem diversos desafios a serem vencidos em prol da educação brasileira, deverá haver integralidades múltiplas das políticas sociais e educacional, com o interesse coletivo da população. Uma das maneiras ou desafios seria disponibilizar recursos e investimentos para a formação continuada do educador. O educador devido o papel que ele assume perante a sociedade e a responsabilidade a ele atribuída deveria ser melhor remunerado. É dele a responsabilidade de despertar o interesse do educando, formular estratégicas para atingir as metas propostas de acordo com o plano pedagógico em vigência de cada instituição de ensino

Estudos realizado por (LEITE, 2005) apontam que a reflexão do professor em olhar para sua prática e analisa-la com um interlocutor-observador externo contribui para a aprendizagem e sobretudo pela dificuldade de aprendizagem identificado no comportamento dos alunos, ao desempenhar as atividades proposta. O entendimento da complexidade do processo educativo, levando a perceber que não      existe uma causa isolada para seu fracasso ou sucesso, e sim uma série de fatores que podem ocasioná-lo, cabendo ao professor a condução de estratégicas para gerenciar de maneira precisa, as eventuais causas.

Desde os primeiros movimentos de alfabetização no Brasil, a maioria desses profissionais não tinha a formação em magistério, sendo chamado de professores leigos. Constata-se que em 1824, com a constituição sob forte influência europeia formalizou-se a garantia de um instrumento primário e gratuito para todo cidadão, mas pouco ou case nada foi realizado em termos de educação durante o período de império.

A constituição de 1834 ficando a função de regulamentar o ensino superior sob responsabilidade da coroa, e o ensino elementar e secundário sob responsabilidade das províncias. E em 1867, apenas 10% da população em idade elementar encontrava-se matriculados. A partir de meados de 1910, os intendentes passaram a indicar a necessidade de investir na construção de espaços reservados ao funcionamento de escolas que atendessem às exigências de luminosidade, ventilação, localização adequada e relativa estética (LUCHESE, 2012).

A questão do acesso ao ensino superior, no Brasil, pressupõe breve incursão na história da educação superior, no sentido de identificar e delimitar alguma trajetória direta ou indiretamente, configuração das universidades teve um modelo próprio de universidade, Países centrais, podendo-se constatar nos IES públicas e privadas. Desde o seu advento, a educação superior no País esteve voltada para os filhos das famílias da elite social e econômica. No Brasil Colônia, os jovens eram enviados para estudar nas universidades europeias, especialmente em Coimbra e Portugal. Com raras exceções, alguns jovens vindos de famílias menos favorecidas conseguiam frequentar cursos meio do ingresso na vida religiosa e, chegada da Corte Portuguesa.

De acordo com o censo, Brasil tem 6,5 milhões de universitário, sendo 6,3 milhões em cursos de graduação e 173 mil na pós-graduação. O crescimento das matrículas em 2010 foi de 7,1% em relação ao ano de 2009, segundo dados do censo da educação superior divulgados. Esses estudantes estão matriculados em 29.507 cursos de graduação presenciais e a distância, distribuídos em 2.377 instituições de ensino superior públicas e privadas. Em 2002, ingressaram em cursos de graduação nas universidades federais 148,8 mil alunos e, em 2010, esse número chegou a 302,3 mil.

O censo também mostrou que a educação presencial e a distância atende pessoas com perfis diferentes. A idade média dos alunos matriculados em

Cursos presenciais, por exemplo, é de 26 anos e na educação a distância, 33 anos. A educação a distância cresce e atinge outro público que de outra forma talvez não tivesse acesso à educação superior.

As matrículas nas instituições federais de educação superior no turno da noite variaram positivamente nos últimos dez anos. Ficaram acima de 20% e alcançaram, em 2010, 28,4% em cursos presenciais, a oferta de matrículas em cursos presenciais no turno da noite cresceu de 56,1% em 2000 para 63,5% em 2010, segundo dados do Censo da Educação Superior divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).

Censo mostra que o perfil médio do professor de instituição pública é do sexo masculino, média de idade de 44 anos, brasileiro, com doutorado e regime de trabalho em tempo integral. Nas instituições particulares também predominam os homens, média de 34 anos, brasileiros, com mestrado e regime de trabalho horista — recebem pagamento de acordo com a carga horária e têm como função exclusiva ministrar aulas. Se faz necessário salientar que além das mudanças nos processos educacional, político e social é preciso haver condições favoráveis e competência da sua aplicabilidade por parte de quem elabora o planejamento, aplica e avalia os resultados obtidos.

Nos últimos vinte anos, o Brasil assistiu a um notável processo de crescimento de seu ensino superior. No começo dos anos noventa do século passado, somavam-se 1.540.080 estudantes matriculados no ensino superior no Brasil. Esse número saltou para 2.694.245 de estudantes em 2000 e para 6.379.299 em 2011. Segundo dados do Ministério da Educação.

Desde logo, cabe apontar um paradoxo. O crescimento evidente e notável do ensino superior brasileiro, em termos absolutos revela-se insuficiente quando confrontado, em termos relativos, à dimensão e às expectativas da população brasileira. Em que pese o enorme aumento do investimento público e privado nesse nível de ensino, tem havido uma redução do ritmo de crescimento da matrícula e a permanência de desafios e problemas.

Outra questão levantada pelo autor Libâneo é que há diversos tipos de professores no ensino fundamental. Os mais tradicionais contentam-se em transmitir a matéria que está no livro didático. Suas aulas são sempre iguais, o método de ensino é quase o mesmo para todas as matérias, independentemente da idade e das características individuais e sociais dos alunos.

Desde a estruturação do curso de Pedagogia, em 1939, sempre houve a preocupação com os aspectos legais e administrativos da escola, geralmente vistos na disciplina de Administração Escolar.

CONCLUSÃO

Conclui-se que, a didática é a ferramenta primordial mais apropriado para adquirir e ampliar seus conhecimentos técnicos científicos, e que sua forma de aplicabilidade dependerá do grau de conhecimento e competência gerencial não só do professor, mas dos processos de gestão comum todo.

A quantidade de informações científicas disponível é grande e crescente. As diretrizes baseadas em revisões sistemáticas, são meios que permite que as informações sejam transformadas em conhecimento, ou seja, reunidas organizadas, e criticamente avaliadas. São recursos do que já foi publicado sobre o tema obtendo-se uma visão de muitos autores, sendo extremamente úteis para a tomada de decisão e o seu uso no campo da didática.

Embora as constantes mudanças tenham sido positivas na área da educação ainda existem diversos desafios a serem vencidos em prol da educação brasileira, deverá haver integralidades múltiplas das políticas sociais e educacional, com o interesse coletivo da população.

A luz das incertezas das políticas educacional se dá na melhoria continuada, expansão e ampliação de projetos sócio educativos que viabilize a interação entre educador e educando, dando-lhe liberdade de escolhas ao realizar as tarefas impostas pelo educador. Ainda que a curto prazo se espere do professor maior conhecimento dos conteúdos de sua matéria e o domínio de formas de transmissão, a fim de garantir maior competência técnica e contribuição da aprendizagem.

É importante ressaltar que a comunicação é outro fator importante nos processos da aprendizagem, o professor precisa saber compreender o que os alunos dizem ou fazem. E o aluno precisa compreender o que o professor procura dizer-lhes. Para tanto, é preciso conhecer e analisar como se inter-relacionam as políticas educacionais, a organização e gestão das escolas e as práticas pedagógicas na sala de aula.

O professor não pode se contentar apenas em desenvolver saberes e competências para ter uma boa atuação em sala de aula, é preciso tomar consciência do sistema escolar e enxergar além. Houve assim uma     Transformação democrática de um ensino genérico para uma abordagem de uma escola e ensino concretos, todavia, cabe-se questionar se a mudança ocorreu somente na abordagem/compreensão do objeto; se o objeto de estudo da disciplina continuou a ser a escola e a organização do ensino e até mesmo se a legislação e os documentos constituem o eixo básico da apreensão da escola e do ensino.

As políticas educacionais e organizacionais que vemos hoje estão diretamente relacionadas às transformações econômicas, políticas, culturais e geográficas que qualificam o mundo atual. Com isso verifica-se que sem investimentos na área educacional de nada adianta ter um professor com ideias revolucionárias se não envolver toda a sociedade, pais e alunos nesse processo de implementação de melhorias.

REFERÊNCIAS

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AQUINO, Ligia Maria Leão de; Vargas, Sonia Maria de. Estudos sobre a Docência e identidade profissional dos educadores num curso de mestrado em educação. Revista. Amazônida (PPGE/UFMA), VOL.1 P30-48, 2005.

BARBOSA, Flávia Aparecida dos Santos. Freitas, Fernando Jorge Correia de. A didática e sua contribuição no processo de formação do professor.disponivel em: http://fapb.edu.br/media/files/35/35_1939.pdf

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GERHARDT, Ana Flávia Lopes Magela. Uma visão sociocognitiva da avaliação em textos escolares. Revista educação & sociedade. Vol.27 n° 97 campinas dezembro de 2006.

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LIBÂNEO, José Carlos. Diretrizes curriculares da pedagogia: imprecisões teóricas e concepção estreita da formação profissional de educadores. Revista educação & sociedade vol.27 n° 96 Campinas 2006.

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 LUCHESE, Terciane Ângela. Kreutz, Lúcio. Das escolas de improviso às escolas planejadas: um olhar sobre os espaços escolares da Região Colonial Italiana, Rio Grande do Sul. Revista Brasileira de História e Educação. V,12,n2 [29] 2012. Caxias do Sul.

LEITE, Lucia Pereira; Aranha, Maria Salete Fábio. Intervenção reflexiva: instrumento de formação continuada do educador especial. Psicologia: teoria e pesquisa vol.21 n° 2 Brasília 2005.

LUCKESI, Cipriano Carlos. O papel da didática na formação do educador. Livro didático 8ª edição Petrópolis R.J p 23-30, 1989.

MORAN, José Manuel. Os novos espaços de atuação do educador com as tecnologias. Revista educação & sociedade são Paulo 2007

MARQUES, Denise Travasso. Formação de educadores: um perspectiva de educação de idosos em programas de EJA. Revista educação & pesquisa vol.36 n° 2 são Paulo 2010.

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SOUZA, Régis Luiz Lima de. Formação continuada dos professores e professoras do município de Barueri: compreendendo para poder atuar. Disponível em BV- FE/ USP, São Paulo, 2007

VILLA, Eliana Aparecida; Cadete, Marilde Meire Miranda. Capacitação pedagógica: uma construção significativa para o aluno de graduação. Revista Latino Americana de Enfermagem vol.9 n° 1 Ribeirão Preto São Paulo, 2001.

[1] Mestrando em Ciências da Educação pela Universidad Politécnica y Artística Del Paraguay. Professor dos cursos de pós-graduação da Faculdade Associada Brasil. Especialista em docência do ensino Médio, Técnico e Superior. Enfermeiro emergencista, especialista em urgência e emergência com ênfase em APH. Pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

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José Ribeiro dos Santos

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