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Estágio supervisionado ensino médio: planejamento e docência

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CONTEÚDO

Estágio Supervisionado

OLIVEIRA, Rosane Machado de  [1]

OLIVEIRA, Rosane Machado de. Estágio supervisionado ensino médio: planejamento e docência. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 05, Vol. 06, pp. 243-272. Maio de 2019. ISSN: 2448-0959

RESUMO

O Estágio Supervisionado Ensino Médio Planejamento e Docência teve por finalidade compreender o processo de ensino-aprendizagem em História. O objetivo geral da pesquisa foi realizar uma análise do contexto formal, das práticas pedagógicas desenvolvidas por uma professora da disciplina de História no Colégio Estadual Santo Antão, município de Bela Vista da Caroba-PR. O objetivo específico foi propor um plano de aula com base nas pinturas de Jean Baptiste Debret (o Jantar, passatempos depois do jantar, antes de 1830), e (Execução da punição de açoitamento). Para a elaboração e conclusão deste trabalho, utilizou-se, de um procedimento metodológico de natureza qualitativa. Assim como de pesquisa bibliográfica e de campo. O tema investigado oportuniza entender o quanto relevante é o conhecimento histórico na formação social, cultural e crítica dos discentes.

Palavras-Chave: História, Debret, Estágio Ensino Médio, Plano de Aula, Entrevista

INTRODUÇÃO

A atividade de Estágio Supervisionado Ensino Médio: Planejamento e Docência se constitui através da observação construtiva e da análise crítica em torno do contexto estagiado. Nota-se que o estágio é indispensável para a formação dos futuros profissionais que desejam atuar ativamente em sala de aula. De fato, o estágio sempre será uma das experiências mais gratificante e enriquecedora do conhecimento humano, pois o estágio oportuniza o saber concreto, através da ação – reflexão – ação (teoria e prática), como também, a coleta de dados, a investigação, a verificação, as entrevistas, e a pesquisa de campo no local estagiado.

O estágio é de grande importância, pois é um dos momentos mais significativos em uma licenciatura. Poderá ocorrer, desde o início do curso, possibilitando que a relação entre os saberes teóricos e os saberes das práticas ocorra durante todo o percurso da formação, garantindo, inclusive, que os alunos aprimorem sua escolha de serem professores a partir do contato com as realidades de sua profissão (PIMENTA; LIMA 2006, p. 5).

O Estágio Supervisionado Ensino Médio: Planejamento e Docência, foi realizado entre 26 de Fevereiro a 26 de Abril do ano de 2018, em dias alternados, no período vespertino, no Colégio Estadual Santo Antão (Ensino Fundamental e Médio) na cidade de Bela Vista da Caroba – PR. O relatório de estágio foi desenvolvido e concluído por mim Rosane Machado de Oliveira, acadêmica do Curso de Licenciatura Plena em História.

O Estágio Supervisionado Ensino Médio: Planejamento e Docência têm por objetivo oportunizar ao estagiário uma análise da realidade escolar, do cotidiano, da prática pedagógica, dos métodos utilizados, e dos recursos disponíveis para as atividades. O estágio complementa a formação acadêmica, possibilitando o confronto entre a teoria e a prática docente, isto é, reveste-se de um caráter diversificado, uma capacitação que oferece oportunidade de construir em conjunto, uma consciência crítica/ reflexiva sobre uma determinada realidade, com possibilidade de transformá-la.

O estágio propicia um conjunto de conhecimentos, ou seja, uma análise concreta em relação ao papel da escola em todos os seus campos de atuação. Nota-se, que nos cursos de Licenciatura o estágio é um elemento obrigatório e relevante para os futuros profissionais, ou seja, o estágio é uma atividade assegurada na matriz curricular.

A prática do estágio é necessária, para que haja uma reflexão, e uma articulação em torno da teoria e da prática pedagógica. O Estágio Supervisionado Ensino Médio: Planejamento e Docência quando desenvolvido concretamente no ambiente estagiado, é capaz de moldar gradativamente o pensamento do estagiário, e prepará-lo, para enfrentar a realidade em sala de aula com muito mais clareza das ações desenvolvidas.

Para a elaboração deste relatório de Estágio Supervisionado utilizou-se, de muitos procedimentos metodológicos, como às aulas expositivas ao vivo, via satélite (teleaulas), com interação via 0800, desenvolvimento de atividades de reflexão e debates entre aluno/ professor, via ambiente virtual de aprendizagem (fórum), com esclarecimentos de dúvidas com o professor da disciplina, e estudos na rota de aprendizagem. Utilizou-se ainda, de pesquisa bibliográfica realizada na biblioteca municipal de Bela Vista da Caroba – PR, e na biblioteca Universitária do Centro Universitário Internacional Uninter do polo presencial de Realeza – PR, assim como, de pesquisa de campo na instituição de ensino estagiada (Colégio Estadual Santo Antão).

Os itens que serão trabalhados neste relatório de estágio incluem: A identificação da escola estagiada, a concepção pedagógica adotada pela instituição de ensino, a descrição e análise reflexiva das atividades de estágio supervisionado, a caracterização estrutural, a caracterização dos profissionais que atuam na instituição estagiada, a caracterização da turma estagiada, o perfil da professora observada durante o estágio supervisionado, a descrição e análise das aulas observadas, a descrição das atividades de avaliação observada, o plano de aula elaborado e aplicado, as considerações finais, referências e apêndice.

ESCOLA ESTAGIADA

IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ESTAGIADA

O Estágio Supervisionado Ensino Médio: Planejamento de Aulas e Docência foi realizado no Colégio Estadual Santo Antão (Centro Estadual de Educação Básica), situado na Av. Rio Grande do Sul, s/n, Centro, CEP 85.745-000, no município de Bela Vista da Caroba no Estado do Paraná. O contato com o colégio pode ser realizado pelo telefone (46) 3557-1188 ou e-mail: [email protected]. O estabelecimento é autorizado a funcionar através da resolução número 20 do dia 26 de Abril do ano de 1982 Rec. Ensino Médio através da Resolução 2338 do dia 27 de Julho do ano 2000, inscrito no CNPJ sob o número 76.416.965/0001-21, pertencendo ao Núcleo Regional de Educação de Francisco Beltrão – PR, tendo como entidade mantenedora o governo do Estado do Paraná.

O colégio funciona no período matutino das 07h15min às 11h15min, no período vespertino das 13h00min às 17h00min, e no período noturno das 19h00min ás 23h00min. Oferta atendimento aos anos finais do ensino fundamental e ao ensino médio. A instituição atende 442 (Quatrocentos e Quarenta e dois alunos). O estágio foi realizado entre 26 de Fevereiro a 26 de Abril do ano de 2018, no período vespertino em dias alternados, sendo observada a turma do 1° ano A (Ensino Médio).

CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA DO COLÉGIO

A instituição na qual se realizou o estágio tem como principal característica o ensinar. A equipe pedagógica e os docentes buscam avaliar cada aluno, considerando a estrutura e o histórico familiar, e com base em informações construtivas procuram adequar a filosofia da escola à realidade dos discentes, sem que qualquer parte seja prejudicada. O objetivo é estabelecer laços entre (escola e família), para assegurar que os educandos tornem-se autônomos, capazes, e seguros para enfrentar os obstáculos que os farão cidadãos críticos e atuantes em sociedade.

A escola dispõe de muitos recursos didáticos pedagógicos, recursos esses, qualitativos, concretos e satisfatórios. Na parte pedagógica há constantes mudanças, no sentido de oferecer subsídios aos professores que, além de levá-los a descobrir novas metodologias de aprendizagem, leva-os também, a valorizar em particular, o desempenho dos alunos, desenvolvendo a autoestima e valorizando o saber empírico dos estudantes. Os conteúdos são elencados e preparados para um trimestre, e ao final deste, através do conselho de classe, realiza-se uma profunda análise do que foi trabalhado, identificando os pontos positivos e negativos, buscando soluções práticas e eficientes às dificuldades encontradas.

Segundo Freire (1982, p. 141) “conhecimento, porém não se transfere se cria através da ação sobre a realidade”. Portanto, há uma necessidade de saber o que realmente é objeto de estudo de cada área do conhecimento. Contudo, o conhecimento é o eixo que estrutura a educação, e a sociedade. Desta forma, o colégio enquanto uma das instituições responsáveis pela educação tem como função histórica, organizar, sistematizar, e desenvolver a capacidade educativa, ética e tecnológica de uma nação, isso porque, o conhecimento é o instrumento fundamental do homem para alcançar êxito pessoal e coletivo, bem como, de compreensão e de transformação da natureza e da sociedade.

Entende-se por sociedade uma organização mais justa, livre, pacífica, participativa e solidária. Uma sociedade que tenha consciência dos aspectos políticos, morais, sociais, educacionais e culturais. No entanto, concebemos por sociedade, um espaço que tenha por princípio a garantia do cumprimento dos direitos humanos, que garantam o desenvolvimento do homem na sua totalidade, sendo respeitado nas suas diferenças, sejam elas quais forem. A educação tem um papel fundamental na construção de uma sociedade mais justa, que consiste em formar cidadãos conscientes, conhecedores da sua realidade e capazes de nela interferir.

Se faz necessário uma consciência crítica em torno do papel da educação na escola e na sociedade contemporânea, como também, em torno das mudanças postas ao ensino-aprendizagem. É fato, que construir cidadania buscando formar cidadãos autônomos e capazes de refletir concretamente sobre a realidade em que vivem, é um grande desafio a ser enfrentado atualmente.

Analisou-se na instituição estagiada, que no interior da escola, uma das formas utilizada para se trabalhar a cidadania, é por meio da gestão democrática. Percebe-se que são nos momentos de discussão e decisão coletiva, que se expressa à democracia, e como consequência, a garantia dos direitos e deveres da comunidade escolar. “Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo” (FREIRE, 1987, p. 68).

O Projeto Político Pedagógico é um documento construído coletivamente (pais, alunos, professores, funcionários, diretor, pedagogo, ou seja, comunidade escolar em geral), em busca de desenvolver a identidade de uma escola pública, popular, democrática e de qualidade. Por meio de consulta ao Projeto Político Pedagógico da escola estagiada, foi possível identificar, que a instituição adota uma concepção de homem, sociedade, cultura, ensino-aprendizagem e cidadania. No projeto está contido a Proposta Pedagógica de cada disciplina, inclusive a de História.

O objetivo da construção coletiva do Projeto Político Pedagógico é repensar, refletir, e incorporar novas ideias á prática educativa, numa perspectiva emancipatória e transformadora, exigindo compromisso e responsabilidades por parte dos profissionais da educação, e dos próprios educandos, para que se assegure uma aprendizagem significativa. A avaliação para o Colégio Estadual Santo Antão é o meio encontrado para traduzir de forma objetiva o resultado das práticas desenvolvidas pelos docentes em relação aos seus discentes.

O processo avaliativo pode ser positivo ou negativo, traduzido pela aprovação ou reprovação dos estudantes. Aprovar é consequência do bom resultado nas avaliações, ou melhor, do aproveitamento do período letivo. A instituição de ensino formal considera aprovado o aluno que obtiver resultados positivos comparados ao referencial de média, neste caso, para o estado do Paraná a média referenciada é (6,0).

O Colégio realiza o Pré-Conselho de Classe, onde a equipe pedagógica conversa com as turmas sobre dúvidas e sugestões, e em seguida, realiza o Conselho de Classe com todos os professores, onde é divulgado o resultado da conversa com os alunos. No Conselho de Classe, busca-se refletir os problemas de cada educando, e de cada turma, cuja execução das intervenções pedagógicas necessárias é tomada coletivamente com toda a equipe pedagógica, posteriormente, é informado à família sobre o que foi constatado de seu filho/ filha na escola, buscando se necessário, encaminhamentos a outros profissionais, como: psicólogos, assistente social, médicos, entre outros.

A hora-atividade é um momento de pesquisa, leitura, organização de trabalhos, troca de experiências com os colegas, elaboração do Plano de Trabalho docente e projetos, como também, de preparação e correção de avaliações. Quanto à evasão escolar, o colégio conta com o efetivo acompanhamento dos professores em relação à frequência dos educandos nas aulas.

Os professores contam com o Programa FICA (Ficha de Comunicação do Aluno Ausente), onde na medida em que se constata a ausência do aluno, por 05 (cinco) dias consecutivos, ou então 07 (sete) dias alternados no período de um mês, e esgotadas as iniciativas a seu cargo, o professor comunicará o fato à equipe pedagógica da escola, a qual entrará em contato com a família do estudante, orientando e adotando procedimentos que possibilitem o retorno do aluno.

No ambiente estagiado, verificou-se que, a participação dos pais é muito relevante. A instituição busca aproximar os pais da realidade e do cotidiano escolar de seus filhos. Essa aproximação entre escola e família, acontece através de promoções e comemorações escolares, assim como, de reuniões, assembleias, entre outras atividades.

A instituição de ensino busca discutir com a comunidade escolar os pontos positivos e os pontos negativos vivenciados pela escola, responsabilizando os pais, dentro do possível, e envolvendo-os, de forma construtiva e ativa no acompanhamento das atividades escolares, e da vida formal de seus filhos.

Notou-se, que a instituição de ensino busca apoiar e valorizar o trabalho de produção e criatividade dos seus alunos, através de projetos interdisciplinares e os propostos pela SEED, tais projetos se caracterizam por conferir à educação um sentido mais amplo, incorporando ao campo pedagógico as complexas relações. Por meio de entrevista realizada com a professora da disciplina de História durante o estágio, analisou-se, que a concepção de ensino adotada pela docente é de homem, educação e sociedade.

DESCRIÇÃO E ANÁLISE REFLEXIVA DAS ATIVIDADES DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL

A sala de aula na qual se realizou o Estágio Supervisionado Ensino Médio: Planejamento de Aulas e Docência tinha um tamanho adequado em relação ao número de alunos atendidos. A estrutura do colégio está em bom aspecto, a iluminação e a ventilação são de qualidade nos diversos ambientes da instituição de ensino. A limpeza é diária e higiênica em (salas, corredores, bebedores, biblioteca, laboratórios, mesas, carteiras, banheiros, saguão, quadra, cozinha, etc.).

As salas de aula são decoradas com muita criatividade pelos alunos, os quais fazem uso de imagens ilustrativas, poesias, cartazes com atividades diversificadas, envolvendo o mundo e as pessoas. Há também no colégio muitos recursos tecnológicos, os chamados (ambientes virtuais). Esses ambientes virtuais já estão inseridos no cotidiano de grande parte dos aprendizes, todavia, o acesso às televisões, DVDs, multimídia, sons e aos computadores, normalmente limita-se aos horários das aulas e das atividades de pesquisas propostas pelos professores, possuindo regras específicas de uso, como a limitação do tempo de acesso através da internet. Na disciplina de História os educandos podem pesquisar, por exemplo: museus, civilizações antigas, civilizações modernas, política, economia, escravidão no Brasil, entre outras atividades solicitadas pelo professor (a).

Os móveis em geral estão em perfeita conservação e a disposição de todos os jovens estudantes, e de toda a comunidade escolar. A climatização na região sudoeste do Paraná é tropical. Contudo, foi possível observar ainda, que no colégio há uma biblioteca exclusivamente para os professores para subsídio aos docentes ou ao pedagogo, com recursos didáticos diversificados e concretos. A instituição dispõe também, de uma equipada biblioteca para os alunos, de 01 laboratório de informática, de 01 laboratório de ciências, além de materiais esportivos e lúdicos. O colégio tem 12 salas de aulas, 01 sala de professores, 01 secretaria, 01 cozinha bem-equipada com material necessário para o preparo das refeições, 01 quadra de esportes, e 01 saguão para os alunos ficarem nos intervalos e fazerem suas refeições.

CARACTERIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NA ESCOLA ESTAGIADA

O quadro de funcionários conta com seis agentes educacionais I, duas diretoras, duas pedagoga, vinte professores, duas secretárias, um administrativo e três serviços gerais. Os professores, as pedagogas, as diretoras e os supervisores demonstram competência e otimismo nas relações cotidianas/ sociais e na gestão escolar, com compreensão da complexidade, das contradições e das singularidades, visando uma prática educativa democrática e sólida. A equipe pedagógica da escola atende pais e alunos diariamente, orientando a comunidade para sempre que possível se fazer presente nas atividades escolares e do espaço educativo formal. A equipe pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e implementação da proposta pedagógica na escola.

A equipe coordenadora é composta por supervisor, orientador educacional, corpo docente e bibliotecário, que servem de elo e une direção, funcionários, professores, pais e alunos. A equipe pedagógica participa de cursos de formação continuada para melhor atender os pais, alunos, e a comunidade em geral.

Todos os professores têm formação de nível superior, e alguns com formação do PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional) há nível de Mestrado. Setenta por cento (70%) dos funcionários trabalham em tempo integral há mais de dez anos no colégio, e oitenta por cento (80%) dos professores possuem especialização lato sensu na disciplina que ministram. A direção é composta por duas diretoras, sendo uma diretora auxiliar, as quais possuem graduação e especialização. Os profissionais que trabalham na instituição estagiada são pessoas que possuem uma postura ética voltada para o bem estar de todos, principalmente dos alunos que frequentam a instituição de ensino. Os profissionais são gentis, comunicativos, ativos, participativos, e atenciosos para com os estudantes, os quais buscam dialogar, trocar ideias, experiências, sentimentos, e até mesmo se envolver em algumas brincadeiras com os discentes.

CARACTERIZAÇÃO DA TURMA ESTAGIADA

No decorrer do estágio foi possível observar a turma do 1°ano A do Ensino Médio. O número de alunos na turma totalizava 30 (vinte e seis), sendo 12 do gênero masculino e 18 do gênero feminino. Na turma não havia nenhum aluno em processo de inclusão.

Durante as observações e participações nas aulas de História, verificou-se que a relação dos alunos diante das aulas e dos conteúdos propostos pela professora foi de intensa participação. Os educandos foram espontâneos e apresentaram interesse, disciplina e dedicação nas aulas, como também, trabalharam em equipe e estabeleceram diálogo entre as demais áreas do conhecimento.

Observou-se ainda, que os discentes preservam atitudes de valores e respeito em questão às diferenças de opiniões, ou qualquer outra diferença encontrada em sala de aula.

A comunicação entre os estudantes e a professora foi constante e amigável, os quais fizeram uso de uma linguagem padrão, com o uso de algumas gírias. Os aprendizes foram ativos, comunicativos, compreensivos, e buscaram transmitir suas ideias com entusiasmo e segurança.

O diálogo é um princípio educativo que beneficia tanto os alunos, quanto os professores, sendo o diálogo à base de uma boa convivência social e coletiva. Durante as aulas assistidas, analisou-se, que a comunicação foi frequente entre a turma e a professora. O diálogo foi preservado nas aulas de História como um ponto de partida para a concretização do conhecimento histórico, ou seja, para a conquista de um ensino-aprendizagem qualitativo. O nível socioeconômico e cultural dos educandos é composto na sua maioria de classe baixa. A concepção de História apresentada pelos alunos é de educação, homem e sociedade.

PERFIL DA PROFESSORA OBSERVADA DURANTE O ESTÁGIO SUPERVISIONADO

A professora da turma na qual o Estágio Supervisionado foi realizado tem formação em Licenciatura Plena em História. A docente é Graduada em História desde o ano de 1992, pela FAFI (Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Palmas – PR), com Pós-Graduação em Supervisão Escolar realizada no município de Pérola D’Oeste – PR. Também realizou o PDE (Programa de Desenvolvimento de Educação) no Campus da Unioeste, em Marechal Cândido Rondon.

Em entrevista com a professora da turma foi possível identificar que a docente atua 28 anos na área da educação, sendo uma experiência de trabalho contínua e significativa no colégio, a qual atende as turmas do Colégio Estadual Santo Antão dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.

A professora observada é muito organizada quanto aos conteúdos e ao uso do material didático, assim como, expõem suas ideias com clareza, fazendo com que os alunos compreendam as atividades de forma construtiva. A docente é dinâmica e permite que os estudantes possam expor opiniões, dúvidas, como também, fazer questionamentos em sala de aula.

A professora foi atenciosa a todo o momento com os discentes. Em sala de aula a docente fez uso de uma linguagem culta, demonstrando ser muito comunicativa, aberta ao diálogo, ao debate, a interação e a disposição para a solução de dúvidas dos estudantes. A professora tratou todos os alunos de maneira democrática/ igualitária, a qual buscou trabalhar com recursos concretos e com metodologias de ensino diversificadas, com o intuito de despertar o interesse dos educandos pelos conteúdos de História. A concepção de História apresentada pela professora é de criticidade, humanidade, educação e sociedade.

A avaliação adotada pela docente baseou-se, principalmente na observação e na aprendizagem dos estudantes, como por exemplo: se os discentes participaram das aulas ativamente, se demonstraram interesse nas atividades propostas, se aprenderam os conteúdos, e se foram disciplinados em sala de aula. As aulas são e todas registradas no livro de Registro de Classe On-line (RCO) aonde todas as observações sobre a turma e os alunos são relatadas no livro on-line, assim como as frequências e notas.

DESCRIÇÃO DAS AULAS OBSERVADAS E MINISTRADAS NO ENSINO DE HISTÓRIA DURANTE O ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Quadro 1. Descrição das aulas assistidas no 1° ano A (Ensino Médio)

Data/Mês/Ano Horário Aulas observadas e participadas durante o estágio de História
01/03/2018 13h00min ás 17h00min 1° Aula – Café a nova riqueza: Foi trabalhado com a turma a riqueza e a influência do café no Brasil no início no século XIX no período colonial. No entanto, discutiu-se também, a questão da escravidão, da mão de obra escrava, onde os fazendeiros precisavam de muitos trabalhadores para a plantação e colheita do café, sendo que essas tarefas eram destinadas aos escravos, os quais eram explorados e mal tratados. Em seguida, foi elaborado questões em torno do tema, e solicitado que os discentes respondessem individualmente.
15/03/2018 13h00min ás 17h00min 2° Aula – A docente solicitou aos alunos que elaborassem uma pesquisa em grupo de até 3 membros, sobre o tema (a agricultura brasileira na contemporaneidade) . A pesquisa foi realizada na biblioteca do colégio, fazendo uso de livros, jornais, revistas, dicionários, e com acesso aos computadores, onde os estudantes buscaram investigar, analisar e destacar os pontos positivos e negativos da agricultura hoje, e compará-los com a agricultura do período colonial.
22/03/2018 13h00min ás 17h00min 3° Aula – Guerra do Paraguai: Em sala de aula, a professora exibiu um vídeo o qual narrava através de charges à guerra do Paraguai. Depois de assistido o vídeo de aproximadamente 20 minutos, a docente iniciou uma discussão com os alunos sobre a Guerra do Paraguai, acrescendo que a guerra perdurou durante seis anos no país, tendo como ditador Francisco Solano Lópes. A professora buscou exemplificar ainda, que a guerra do Paraguai ocorreu porque o Paraguai não tinha uma saída para o Oceano Atlântico, e por este motivo estava disposto a guerrear com o Brasil, conquistar o território e ter o mar, ou seja, a saída para o Oceano Atlântico, através dos rios da Bacia do Prata. Em seguida, a docente elaborou questões sobre o tema debatido e solicitou que os estudantes respondessem em dupla.
29/03/2018 13h00min ás 17h00min 4° Aula – Cinema – Fonte audiovisual: Nessa aula, sob orientação da professora da turma, foi assistido o filme, Mauá: o imperador do rei (direção de Sérgio Rezende, Brasil, 1999). Em seguida, foi discutido o filme em sala de aula, e solicitado que os educandos elaborassem um texto crítico, reflexivo e argumentativo, sobre como a escravidão e o império é retratada no filme.
05/04/2018 13h00min ás 17h00min 5° Aula – Desenvolveu-se uma atividade com base em cruzadinha. A cruzadinha composta por 18 letras foi elaborada pela própria professora. Para resolvê-la os estudantes puderam pesquisar no livro didático da disciplina. Na cruzadinha foram trabalhadas as palavras (Monarquia X República). A cruzadinha contava com 18 lacunas a serem preenchidas corretamente pelos discentes. Depois de respondida, os aprendizes entregaram para a professora fazer a correção e avaliá-los.
12/04/2018 13h00min ás 17h00min 6° Aula – Diversidade e desigualdade no Brasil: O tema trabalhado referiu-se aos povos indígenas, aos negros e aos brancos. As atividades foram propostas com base em questões relevantes, como por exemplo: Em que posição os negros e os indígenas foram retratados no Brasil perante os brancos no século XIX? Hoje em pleno século XXI os negros e os indígenas são vistos de forma diferente que no século XIX?
19/04/2018 13h00min ás 15h00min 7° Aula – Poema de Castro Alves (1847 – 1871). “A canção do africano”. Essa atividade foi realizada com os discentes através de pesquisa bibliográfica. Nesse poema verificou-se, a canção que o autor contrapõe a vida dos negros no continente africano e no Brasil. Depois da pesquisa, os alunos buscaram analisar, interpretar, e escrever um relato sobre o que entenderam da canção, assim como, manifestar sua opinião no relato.
26/04/2018 13h00min ás 17h00min 8° Aula – Plano de Aula: Pinturas de Jean Baptiste Debret – O Jantar e o Acoitamento dos Escravos. Essa aula foi aplicada por mim estagiária, como exercício da atividade docente.

 

Fonte: Rosane Machado de Oliveira. Março e Abril de 2018.

O papel dos conteúdos diversificados em sala de aula foi relevante para o desenvolvimento crítico/ reflexivo, cognitivo, e para a formação geral dos discentes. Sendo que nas aulas observadas os conteúdos de História foram bem exemplificados, construtivos e significativos no que diz respeito ao ensino-aprendizagem dos educandos.

As atividades trabalhadas foram desenvolvidas com clareza e com mediação, assim como, vinculadas à prática educativa, os quais proporcionaram conhecimentos e saberes qualitativos na formação histórica dos estudantes. A metodologia de ensino empregada pela professora durante ás aulas ministrada foi coerente com os conteúdos de História ensinado.

Durante as aulas assistidas, foi possível verificar que a docente utilizou-se de diversas formas de exposição de conteúdos, sendo que a forma predominante foi à exposição dialogada. Contudo, ainda fez uso de exposição unilateral, recursos didático e audiovisual. Ou seja, a professora utilizou-se de muitos recursos pedagógicos durante as aulas ministradas na disciplina de História, tais como, cadernos de anotações, livros pedagógicos, dicionários, cartazes, filme, poema, revistas pedagógicas, TV, entre outros.

Em sala de aula a professora promoveu a participação de todos os alunos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem, de maneira ativa e construtiva, com base em uma metodologia de ensino concreta, e com o uso de recursos pedagógicos diferenciados. A docente promoveu ainda, a interação dos alunos entre si enquanto colegas de classe. Enquanto estagiária também promovi a participação e a interação de todos os alunos a partir de uma boa metodologia de trabalho.

A professora fez uso de fontes históricas em suas aulas de forma crítica e reflexiva. Como relatado no quadro um, foi trabalhado com os discentes o filme Mauá: O Imperador do Rei (Direção de Sérgio Rezende, Brasil, 1999), como também, o poema de Castro Alves. A perspectiva histórica que se desenvolveu durante as aulas de História teve ênfase em aspectos políticos, econômicos, culturais, e sociais.

4.1 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DE AVALIAÇÃO MINISTRADAS E OBSERVADAS DURANTE O ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Durante o Estágio Supervisionado foi possível verificar que, a professora realizou duas atividades avaliativas, sendo que tais atividades contribuíram para o desenvolvimento qualitativo dos aprendizes. O encaminhamento de cada avaliação realizada ocorreu de forma contínua, processual e diagnóstica. A docente buscou considerar a realidade histórica e social de cada estudante inserido no contexto escolar, assim como, a participação, a comunicação, a disciplina em sala de aula e o interesse dos educandos pelas aulas de História. A docente avaliou os discentes considerando também, os recursos utilizados, os conteúdos trabalhados e o ensino-aprendizagem adquirido pelos alunos, não tendo o foco apenas no processo final (aprovado x reprovado), ou seja, a nota, ou a classificação dos educandos entre “bons ou ruins”. Loch (2000, p. 31) afirma que avaliar:

[…] não é dar notas, fazer médias, reprovar ou aprovar os alunos. Avaliar, numa nova ética, é sim avaliar participativamente no sentido da construção, da conscientização, busca da autocrítica, autoconhecimento de todos os envolvidos no ato educativo, investindo na autonomia, envolvimento, compromisso e emancipação dos sujeitos.

Analisou-se, que todas as avaliações realizadas pela docente não tiveram a intenção de medir, ou de classificar os conhecimentos dos alunos, mas sim, de aprimorar as habilidades dos aprendizes, respeitando o tempo de cada um na realização dos exercícios. Considerando também, a frequência de 75%, as faltas, os atestados médicos, os atrasos na disciplina, o programa RCO (Registro de Classe On-line), os temas de casa (trabalhos, estudos individuais e em grupos) o uso do uniforme na escola e em sala de aula, as regras para o uso do celular em sala, as regras internas e o cumprimento do regimento.

Assim, a avaliação no contexto estagiado assume uma dimensão orientadora, cooperativa e interativa, onde as implicações obtidas no decorrer da prática conjunta do professor e dos alunos são confrontadas com os objetivos propostos, a fim de verificar os avanços e as dificuldades encontradas, e desta maneira, reorientar o trabalho docente na construção dos projetos pedagógicos.

PLANO DE AULA

IDENTIFICAÇÃO

a) Estagiária: Rosane Machado de Oliveira

b) Escola: Colégio Estadual Santo Antão

c) Disciplina: História

d) Turma: 1° ano A (vespertino)

e) Sala: 01

f) Prof.ª Regente: Elisabete Seitz Kappel

g) Horário da Aula: 13h00min às 17h00min

h) Data: 26/04/2018

TEMA

Pinturas de Debret: O Jantar e o Acoitamento dos Escravos

JUSTIFICATIVA

O tema é muito relevante para ser trabalhado em sala de aula, sendo que as obras de arte de Jean Baptiste Debret do período colonial (escravocrata) como o Jantar, passatempos depois do jantar, antes de 1830, e a pintura Execução da punição de açoitamento, apresentam informações de muita valia para ser discutida e trabalhada com os discentes no contexto formal, na busca de incentivar a análise crítica e reflexiva sobre uma determinada realidade histórica.

Tais pinturas de Debret podem auxiliar o professor de História na elaboração de uma metodologia de ensino muito mais construtiva e qualitativa, facilitando o entendimento dos alunos no processo histórico. É fato que, quanto mais fonte o docente ter acesso e fazer uso em sala de aula para explicar o processo histórico, melhor será a compreensão dos alunos de mundo, sociedade, cultura, valores, entre outros.

OBJETIVOS

Objetivo Geral:

  • Propor em sala de aula um seminário sobre a relevância das pinturas (o Jantar, passatempos depois do jantar, antes de 1830), e a pintura (Execução da punição de açoitamento) para o ensino-aprendizagem em História.

Objetivos Específicos:

  • Desenvolver uma reflexão crítica em torno da escravidão no Brasil através da análise das pinturas de Debret.
  • Promover debates com a turma sobre a escravidão no período colonial e o tratamento dos senhores “brancos” para com os negros.
  • Propor aos discentes a elaboração de um texto crítico/ argumentativo sobre as pinturas (o Jantar, passatempos depois do jantar, antes de 1830), e a pintura (Execução da punição de açoitamento).

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DO CONTEÚDO TRABALHADO E METODOLOGIA DE ENSINO ADOTADA

As atividades propostas com base nas pinturas de Debret do período colonial são fundamentais para o conhecimento histórico dos discentes. É fato que, estudar o período colonial através de pinturas, é muito mais significativo e atrativo em sala de aula. Porém, é necessário que o professor/ orientador faça uma análise qualitativa em torno das pinturas e dos pintores selecionados para trabalhar em sala, assim como, é preciso que o docente do ensino de História realize uma interpretação coerente, ou seja, uma leitura das pinturas antes de apresentá-las aos estudantes.

Ao professor de história cabe ensinar ao aluno como levantar problemas procurando transformar em cada aula de história, temas e problemáticas em narrativas históricas. Ensinar história passa a ser então, dar condições ao aluno poder participar do processo de fazer o conhecimento histórico de construí-lo. (SCHMIDT; CAINELLI, 2009, p. 57).

Nas pinturas de Debret, é possível perceber como o povo negro era tratado com inferioridade em relação aos brancos durante o período colonial. No entanto, percebe-se que, o que mais valia para os brancos era a força do negro, era o trabalho, o rendimento de seus serviços, mas não a sua pessoa, muito menos, sua cor de pele. No Brasil os portugueses recorreram à utilização da mão de obra escrava, pois:

[…] colonizadores tinham conhecimento das habilidades dos negros, sobretudo por sua rentável utilização na atividade açucareira das ilhas do Atlântico. Muitos escravos provinham de culturas em que trabalhos com ferro e a criação de gado eram usuais. Sua capacidade produtiva era assim bem superior à do indígena. (FAUSTO, 1999, p. 24)

Nota-se, como havia interesse por trás de cada decisão e cada escolha realizada pelos “patrões brancos”. O negro era desprezado pelos senhores de posse, e ao mesmo tempo, era tido como a “salvação desses senhores”, pois a força para o trabalho vinha do povo negro.

A pintura é uma fonte história imprescindível para a estruturação do conhecimento histórico dos estudantes, sendo essencial a utilização e a indagação de diversas pinturas no ensino de História. A metodologia utilizada para essa atividade, baseou-se em imagens de Debret em cartazes, assim como, do livro didático do aluno.

DESENVOLVIMENTO DA AULA

Primeiramente, em sala de aula, busquei questionar os estudantes do 1° ano A, se a turma em geral se interessava por obras de arte, por pinturas em tela, ou se já haviam pintado alguma tela, ou então, realizado algum curso de pintura em contextos formais ou não formais.

Busquei em sala de aula, abrir espaço para uma interação, ou seja, para um diálogo com os educandos. Em seguida, apresentei para os alunos as atividades propostas por meio do livro didático, e por meio de cartazes com as pinturas de Debret ampliadas, sendo que as pinturas escolhidas para o trabalho em sala foi o: (O Jantar passatempos depois do jantar. Antes de 1830, e a Execução da punição de açoitamento).

Depois de uma análise construtiva e de um debate coletivo em torno das duas obras de Debret, as quais retratam a inferioridade dos negros e o tratamento miserável que recebiam de seus patrões “brancos”. Solicitei que as atividades fossem elaboradas e desenvolvidas da seguinte forma: Reuni os alunos em grupos de três membros, para a realização de um texto crítico em torno das duas pinturas expostas em sala de aula e debatidas com a turma em geral, sendo que o texto deveria conter até trinta linhas e receber um título de acordo com as obras de arte de Debret trabalhada. Para o desenvolvimento do texto os estudantes puderam contar com o livro base da disciplina, cartazes com as pinturas em tamanho amplo, e com as explicações oportunizadas por mim professora-estagiária da turma.

Contudo, foi possível perceber e avaliar no final da aula que os educandos participaram ativamente das atividades propostas, os quais buscaram trocar opiniões com os colegas e com o grupo de trabalho, de maneira significativa, e construtiva. Sendo que os textos foram desenvolvidos com êxito por cada grupo de alunos. Em seguida, realizou-se a leitura de cada texto em sala de aula, havendo um novo debate entre os grupos e seus textos sobre a escravidão no período colonial com base nas obras de arte de Debret.

RECURSOS

Livro didático, cartazes, caneta, lápis, borracha, quadro, cadernos, canetão, folhas de sulfite, giz, etc.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nota-se, que o Estágio Supervisionado é um elemento curricular essencial para o desenvolvimento profissional e social na carreira do futuro docente, sendo o estágio uma experiência (teórico-prática), que oportuniza conhecimentos construtivos/ significativos tanto no contexto formal, quanto no contexto não formal.

Durante o desenvolvimento do Estágio Supervisionado Ensino Médio: Planejamento de Aulas e Docência verificou-se, o quanto é relevante se deparar com a realidade cotidiana do contexto escolar, assim como, participar em sala de aula, questionar, planejar, participar ativamente da prática pedagógica, do acompanhamento das ações do pedagogo, do diretor, do professor (a), e da comunidade escolar em geral. É fundamental que haja uma relação dinâmica, uma amizade por parte do professor e dos demais funcionários da escola, para com os pais e com os alunos que a instituição de ensino recebe.

No colégio estagiado há muitas ações positivas em prol do desenvolvimento do aluno. E através de pesquisa de campo no contexto escolar, foi possível observar, entrevistar, participar, planejar aula, acessar documentos e regimentos do colégio, como também, analisar e refletir o encaminhamento pedagógico, o desenvolvimento das atividades, o processo de ensino–aprendizagem, as dificuldades encontradas e a avaliação dos discentes.

Analisou-se ainda, que na instituição estagiada o processo de ensino e o processo avaliativo ocorrem de forma ética, democrática e compartilhada com a comunidade escolar. Percebe-se que na instituição predomina o princípio da democratização, a qual se alicerça em uma visão emancipadora e cidadã, com um diálogo aberto para com a comunidade escolar, com a participação das famílias dos alunos nos assuntos relacionados à educação/ ensino-aprendizagem.

O Estágio Supervisionado contribuiu significativamente para a futura formação docente no Curso de História, sendo que possibilitou um contato concreto com a realidade estagiada, assim como, um aprendizado sólido e reflexivo com as diversas realidades encontradas na escola, principalmente na turma do 1° ano A do Ensino Médio.

Os momentos de observações e participação no espaço estagiado foram momentos em que a descrição dos sujeitos foi observada e descrita neste relatório de estágio, incluindo a posição social, o comportamento/ disciplina, interesse, aprendizado, ciclo, etc. No desenvolvimento do trabalho foi possível fazer uso das palavras dos sujeitos, tornando o documento mais preciso e fidedigno, onde o local estagiado foi detalhado da melhor maneira possível. As observações e as participações realizadas no decorrer do Estágio Supervisionado foram fundamentais para a análise reflexiva sobre a prática pedagógica em sala de aula e no ensino-aprendizagem de História.

Conclui-se, que o Estágio enquanto disciplina curricular possibilita ao estagiário um conhecimento construtivo do campo que se deseja atuar futuramente, ou seja, oportuniza um entendimento qualitativo e articulado em torno da teoria e da prática docente, assim como, aprendizagens e vivências construtivas, através do contato real com o local estagiado, e com as diversas pessoas e realidades encontradas.

REFERÊNCIAS

CORDEIRO, Gisele do Rocio. Orientações e dicas práticas para trabalhos acadêmicos/ Gisele do Rocio Cordeiro; Nilcemara Leal Molina; Vanda Fattori Dias (Org.). – 2.ed. revisada e atual. – Curitiba: InterSaberes, 2014. Bibliografia. ISBN 978-85-8212-967-8, 181 p.

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 1987.

_________. Ação cultural para a liberdade. 5 ed. São Paulo: Paz e Terra, 1982.

LOCH, Jussara M. de Paula. Avaliação: Uma perspectiva emancipatória. Química Nova na Escola. São Paulo, n. 12, p. 30-33, nov. 2000.

MANUAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO: Ensino Médio – Planejamento e Docência. Carga horária: 100h. Curitiba-PR, 2018.

PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. Estágio e docência: Diferentes concepções. Revista Poíesis – Volume 3, números 3 e 4, pp.5-24, 2005/2006.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA ESCOLA: Colégio Estadual Santo Antão. Ano 2011.

REGIMENTO ESCOLAR: Colégio Estadual Santo Antão. Ano 2012.

Debret, Jean-Baptiste. O jantar. Passatempos depois do jantar. Antes de 1830.

Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:A_Brazilian_family_in_Rio_de_Janeiro_by_Jean-Baptiste_Debret_1839.jpg>. Acesso em 29 set. 2016.

______________.Execução da punição de açoitamento. Disponível em:

<https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Debret__L%27Ex%C3%A9cution_de_la_Punition_de_Fouet.jpg>. Acesso em 29 set. 2016.

FAUSTO, Boris. História Geral do Brasil. São Paulo: Edusp, 2000.

SCHMIDT, M. A; CAINELLI, M. Ensinar História. Pensamento e ação na sala de aula. 2. ed.- São Paulo: Scipione, 2009.

APÊNDICE

Entrevista realizada com a Professora de História do 1° ano A, durante o Estágio Supervisionado – Ensino Médio no Colégio Estadual Santo Antão de Bela Vista da Caroba – PR.

  1. Quanto tempo de experiência na área da Educação?

Atuo 28 anos na área da Educação.

2. Em que período concluiu sua Graduação em História? Há outro curso de Graduação ou Pós-Graduação na área educacional?

Conclui minha formação acadêmica em História no ano de 1992 (FAFI – Palmas). Fiz Pós-Graduação em Supervisão Escolar, na cidade de Pérola D’Oeste – PR. Também participei do PDE (Programa de Desenvolvimento de Educação), no Campus da Unioeste, em Marechal Cândido Rondon.

3. Enquanto profissional da educação achas relevante que o ensino de História faça parte do currículo escolar brasileiro? Por quê?

Com certeza, é extremamente relevante o ensino de História, pois entender a formação da sociedade, como se forjou o processo civilizatório, são algumas das funções possibilitadas pela disciplina. Ademais, ao buscar esse entendimento possibilita a construção de uma cidadania mais crítica.

4. O que é ensinado para os alunos na disciplina de História no 1° ano A, se baseia no Currículo Nacional?

Cada turma tem conteúdos específicos, baseados no Currículo Nacional, assim procuramos trabalhar os conteúdos construtivamente, fazendo uso de diferentes metodologias, bem como, adequando a nossa realidade local.

5. Em sua opinião qual a formação que um docente deve ter para ministrar um ensino-aprendizagem qualitativo em História?

Minimamente deve ter uma formação Universitária.

6. Quais as estratégias pedagógicas utilizadas em sala de aula? E qual sua concepção de História?

Procuro problematizar o conteúdo a ser abordado, instigando o aluno a querer entender o processo histórico ali presente, bem como, faço uso de diferentes recursos pedagógicos (audiovisual, charges, documentários, mapas, paródias, entre outros).

Quanto a minha concepção de História é que deve-se pautar na criticidade, para formar um cidadão que entenda quais são seus direitos e deveres na sociedade em que vive.

7. O uso de fontes históricas diversificadas no ensino-aprendizagem dos estudantes é relevante? Por quê?

Sim, é muito relevante, pois ao fazer uso de diferentes fontes históricas, abre-se um leque de oportunidade para se interpretar uma determinada situação em um terminado período histórico. As fontes são vestígios do passado, as quais devem ser trabalhadas em sala de aula de forma crítica e reflexiva, pois o uso de fontes no ensino colabora positivamente no desenvolvimento da aprendizagem dos estudantes.

8. Em sala de aula ou no contexto não formal é possível ensinar História aos aprendizes de forma dinâmica e reflexiva? Como?

Sempre há possibilidades quanto ao ensino-aprendizagem, porém é perceptível que, a cada dia, enfrentamos uma maior dificuldade em despertar em nossos educando o gosto pela reflexão. Muitos não querem parar para refletir, querem a resposta pronta, acabada, e sem análise.

9. Durante as aulas foi possível perceber o interesse e a participação construtiva dos discentes para com os conteúdos de História. Com base em pesquisa, sabe-se que a maioria dos alunos “detestam” a História e o seu campo de estudo. Como explica o fato dos aprendizes serem participativos e dedicados nas aulas de História?

Sabemos que a disciplina de História é considerada enfadonha e está cada vez mais difícil despertar o interesse dos alunos de um modo geral. Então, procuro usar uma linguagem mais acessível ao público em questão. Também procuro iniciar o conteúdo utilizando um elemento instigador, como música, por exemplo.

10. O conhecimento histórico deve ser preservado ou não preservado pela escola e pela sociedade contemporânea?

Logicamente que sim, até porque sem a preservação do conhecimento não há memória. É extremamente necessário se preservar o conhecimento histórico para que, dessa forma, aja a construção de uma sociedade politizada.

DOCUMENTOS ANEXOS

[1] Graduada em Licenciatura Plena em Pedagogia pela Faculdade Internacional de Curitiba – PR, (FACINTER). Graduada em Licenciatura Plena em História – pela Faculdade Internacional de Curitiba (FACINTER). Graduanda de Licenciatura Plena em Sociologia – Turma de Outubro de 2017 da (FACINTER). Especialização em Educação Especial e Inclusiva (FACINTER). Especialização em Docência no Ensino Superior pela Faculdade de Educação São Luís de São Paulo – SP. Especialização em Gestão Escolar: Orientação e Supervisão pela Faculdade de Educação São Luís – SP. Especialização em Ensino Lúdico pela Faculdade de Educação São Luís – SP

Enviado: Maio, 2018

Aprovado: Maio, 2019

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Rosane Machado de Oliveira

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