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História: A Necessidade de Repensar o Ensino de História no Âmbito Educacional e Social

RC: 9664
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CONTEÚDO

OLIVEIRA, Rosane Machado de [1]

OLIVEIRA, Rosane Machado de. História: A Necessidade de Repensar o Ensino de História no Âmbito Educacional e Social. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Edição 05. Ano 02, Vol. 01. pp 408-433, Julho de 2017. ISSN:2448-0959

RESUMO

O estudo tem por finalidade verificar a necessidade de discutir e repensar o ensino de História no âmbito educacional e social. Nota-se, que o conhecimento histórico deve ser preservado nos diversos contextos sociais, principalmente na escola, onde muitas vezes, o ensino de História é não interpretado corretamente pelos professores. Portanto, a aula de História pode e deve ser preparada com base em metodologias concretas e recursos distintos, na busca do docente ministrar um excelente ensino de História em sala de aula. O objetivo principal da pesquisa é compreender a fragmentação existente no ensino de História e a despreparação dos professores frente ao processo do conhecimento histórico. O procedimento metodológico foi desenvolvido através de pesquisa bibliográfica exploratória. O assunto investigado oportuniza entender, que o ensino de História deve ser refletido constantemente, assim como, comprometido com o passado e com o presente dos educandos. O desafio analisado contemporaneamente remete-se, a uma falha na formação dos professores de História, há um distanciamento entre a teoria, e a prática docente. É possível perceber, que muitos docentes não se sentem seguros, ao colocar em prática o ensino de História. Contudo, a insegurança dos professores, causa um impacto negativo na vida e no conhecimento histórico dos discentes. Este é um dos motivos, do desinteresse dos alunos pelas aulas de História. Há uma dificuldade em compreender a história e sua finalidade na escola, pois o ensino, na maioria das vezes, não é crítico, não cativa, em muitos casos, não é comparado com a vida dos estudantes.

Palavras-Chave: Conhecimento Histórico, Ensino-Aprendizagem, Formação Docente Fragmentada, História.

1. INTRODUÇÃO

O estudo discute a necessidade de repensar o ensino de História no contexto escolar e na sociedade contemporânea. A escola, juntamente com os professores/educadores, pais e a comunidade escolar em geral, podem e devem ser capazes, de analisar, refletir e compreender verdadeiramente, que o ensino de História vai além de pequenos conhecimentos retirados dos livros didáticos, que muitas vezes, os docentes ou a própria instituição de ensino oferece aos estudantes.

É possível constatar, que quando o ensino de História é apresentado com reflexão em sala de aula, a aprendizagem dos estudantes torna-se mais significativa, sendo capaz de romper com os padrões tradicionais da aprendizagem neutra, passiva e fragmentada, ainda presente em alguns contextos educacionais.

Em análise a pesquisa, verificou-se, que ensino de História é imprescindível para o conhecimento humano na construção de identidade, e como base, serve de exemplo para compreender o presente por meio de uma reflexão histórica sobre os fatos do passado. Observa-se, que os estímulos do meio devem ser usados competentemente pelo professor de história, na busca de organizar um sistema de ensino concreto, qualitativo, e construtivo para todos os alunos, através de uma ação mediadora e intencional.  O professor mediador do ensino-aprendizagem de História deve possuir uma formação docente qualificada e comprometida com as reais necessidades de aprendizagem dos educandos, na busca de fazer a diferença nos diversos contextos sociais. O docente tem que ser capaz de despertar o gosto e o interesse dos discentes pelo aprendizado de História, assim como, obter dos alunos, uma atenção especial/ diferenciada, e uma curiosidade aguçada dos estudantes, em questionar e interpretar o passado com ênfase.

A escolha do tema proposto resultou de estudo, pesquisa, análise e entrosamento pelo assunto apresentado, assim como, de leitura, e compreensão de ideias de diversos estudiosos, que se dedicaram aos estudos no ensino de História, na busca de verificar quais soluções e conhecimentos os professores/educadores podem adquirir para desenvolver uma consciência histórica construtiva e um ensino de História sólido no contexto escolar. A abordagem metodológica é desenvolvida através de pesquisa bibliográfica exploratória (livros impressos, artigos, revistas, dicionários, entre outros.). Para Lakatos e Marconi (2001, p. 183), a pesquisa bibliográfica:

“[…] abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema estudado, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, materiais cartográficos, etc. […] e sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto […]”.

Com base na pesquisa sobre o ensino de História no contexto escolar e na sociedade, elaborou–se o seguinte problema de pesquisa em História.

Por que em muitas escolas os professores/educadores sentem-se despreparados frente ao processo do ensino de História no esclarecimento dos fatos sociais do passado?

Em relação ao processo do ensino-aprendizagem, é possível analisar em algumas escolas, um descomprometimento ético, político e pedagógico por parte do professor para com o ensino de História. Nota-se, que muitos professores sentem-se despreparados frente à prática do ensino de História no contexto escolar e nos demais contextos sociais, onde muitas vezes, tais educadores não repensam a prática pedagógica, ao selecionar conteúdos e métodos de aprendizagem. É necessário haver uma reflexão diária sobre a teoria e a prática pedagógica, pois quando não há reflexão no ensino-aprendizagem, certamente, o conhecimento não é efetivado. No entanto, a despreparação dos professores de História no contexto escolar, causa uma fragmentação no conhecimento histórico dos estudantes, atingindo também, a realidade cultural, política, religiosa e social dos alunos. O assunto investigado oportuniza conhecimentos em relação ao ensino de História. De fato, ainda há escolas que não levam em conta o saber histórico, a diversidade presente no ambiente escolar. Portanto, uma escola só pode ser considerada democrática, quando é capaz de modificar suas estruturas, sua concepção de ensino, e incluir sem exclusão.

O estudo visa contribuir para com historiadores, professores/educadores das diversas áreas de ensino, para que possam refletir a prática pedagógica, os métodos, e os recursos utilizados no ensino-aprendizagem.

2. O ENSINO DE HISTÓRIA NO CONTEXTO ESCOLAR

É possível voltar no tempo, ou nos acontecimentos históricos, e constatar com base em documentos oficiais, o quanto o ensino de História foi e contínua sendo influente na sociedade século após século. Portanto, nota-se contemporaneamente, que a História enquanto disciplina escolar, não é considerada relevante por algumas instituições de ensino. Mesmo diante dessa triste realidade, não podemos deixar de lembrar, que a História sempre foi parte essencial do currículo escolar da educação básica. Mesmo no período colonial, com o ensino jesuíta, ela estava lá, na forma de História Sagrada ou de Histórias de vidas de santos (hagiografia). Ás vezes seus conteúdos se combinaram com os de geografia, dando origem á disciplina de Estudos Sociais. Mas, mesmo disfarçada, ela de modo algum esteve ausente.

Por outro lado, mesmo a disciplina de história encontrando-se fragmentada em pleno século XXI, a História enquanto disciplina, ou campo do conhecimento, não deixa de ser importante e influente nos demais contextos sociais, nas relações entre as pessoas, no respeito aos diferentes modos de vida, grupos e comunidades, assim como, na investigação dos fatos da sociedade (passado x presente).

Cícero, um importante pensador romano da Antiguidade, definia a História como “mestra da vida”. Para ele, a História servia para a instrução moral dos jovens, uma vez que traz exemplos de ações virtuosas, dignas de serem imitadas, e ações más, que devem ser evitadas. Hoje, é claro, temos uma concepção mais ampla e mais complexa da História enquanto disciplina ou campo do conhecimento, mas, mesmo assim, a definição de Cícero ainda faz muito sentido. A História nos ajuda a tomar decisões de como agir.

Analisa-se, que a aprendizagem do conhecimento histórico sempre foi fundamental nas relações pessoais e interpessoais, ou seja, no campo (educacional, cultural, social, ético, moral, na investigação concreta dos fatos, tempo, espaço, e na reflexão crítica do passado sobre o presente). É essencial especificar, que o ensino de história vai além do professor/educador conseguir terminar todos os capítulos do livro, ou as atividades elaboradas para aquele semestre, ou de destacar no quadro negro “a linha do tempo” com os acontecimentos históricos que ocorreram na sociedade época após época, como também, de realizar leitura de documentos históricos sem reflexão crítica em sala de aula, pois tais ações, não contribuem para o entendimento oficial dos alunos, e nem mesmo, para o desenvolvimento dos estudantes enquanto cidadãos críticos, que saibam compreender a sociedade em que vivem, isto é, os educandos não saberão fazer interpretações ou ligações dos acontecimentos do passado para com o presente. No contexto escolar os discentes não podem fazer uso de cadernos, apenas para reproduzir escritos meramente tradicionais e isolados da realidade em que vivem, pois nesse caso, o professor/educador apenas transmitirá em sala de aula conhecimentos fragmentados/repetitivos, sem relação alguma para com a vida dos aprendizes em sociedade.

É imprescindível, que a escola, a sociedade e a comunidade escolar em geral, repensem o currículo e a relevância do conhecimento histórico na vida dos discentes que chegam até a escola. Mas, esse repensar sobre o aprendizado de História, deve ocorrer de forma ética, coletiva, com compromisso cultural, educacional e social, na busca de agregar valores ao ensino de História.

É fundamental que haja um entendimento sensato em relação ao ensino de História, aos conteúdos, e ao conhecimento histórico. A História é histórica, construída e escrita pelo homem. Dessa forma, o saber também é histórico, e concretizado pela ação do homem no espaço, desde os tempos primitivos. Diante desse fato, percebe-se o valor da História na vida e na aprendizagem das pessoas em diferentes épocas. O ensino de História é um elemento enriquecedor, que oportuniza compreender a realidade social dos acontecimentos. É preciso que as futuras gerações tenham acesso ao conhecimento histórico, para então, serem pessoas mais seguras em suas escolhas, assim como, agirem criteriosamente e saberem se posicionar eticamente em diferentes contextos sociais.

Para verificar com mais ênfase a influência do ensino de História na vida das pessoas em sociedade, é necessário uma reflexão em torno da História, como por exemplo: “Como seria nossas relações pessoais e interpessoais se vivêssemos em uma sociedade onde o conhecimento histórico não existisse ou fosse extinto pouco a pouco? ”. Por um instante, parece-nos sem sentido em algumas ocasiões, refletirmos sobre essa hipótese, mas se analisarmos concretamente, é possível constatar, que se o ensino de História não existisse em nossa sociedade, as relações com o mundo e com as pessoas seriam muito mais fragmentadas e fragilizadas sem o saber histórico, pois de fato, seria uma sociedade sem um acesso ao passado, sem histórias para serem analisadas, investigadas, discutidas e refletidas em família, grupos, comunidades, instituições, etc.

Portanto, nessa hipótese, poderiam surgir muitas interrogações, como por exemplo: “O que seria de nós enquanto seres humanos se não tivéssemos conhecimento de nossa própria história de vida, desde quando nascemos, até quando nos tornamos adultos e independentes? ” ou, “Se não soubéssemos a história de vida de nossos familiares – pai, mãe, avôs, bisavôs, tios, tias, primos entre outros?” ou “Como poderíamos se relacionar com outros povos e as várias culturas sem um conhecimento de seus costumes ou de suas histórias?” ou “Se não soubéssemos a História do nosso país?”, como por exemplo: “Quem achou ou descobriu o Brasil?”, “E quais foram os primeiros povos há habitar o território brasileiro?”.

Contudo, é possível verificar, que sem o ensino de História, seríamos um povo impossibilitado de conhecimento histórico, de saber cultural, de relações interpessoais, de compreensão de mundo e sociedade (política, economia, tempo, espaço, diversidade, grupos, comunidades, fontes, registros escritos, patrimônio sociocultural, etc.), isso, se caso não tivéssemos acesso ao estudo de História em nossas escolas, e em nossa sociedade contemporânea.

Quando refletimos veridicamente o saber histórico, podemos compreender com mais facilidade, a importância do ensino de História nos diversos espaços sociais.

Pode-se ressaltar que, se o ensino de História nas escolas fosse extinto pouco a pouco, obviamente, não teríamos acesso a um grande acervo do conhecimento histórico, produzido socialmente pelas pessoas que viveram décadas antes de nós. No entanto, nota-se, que sem a aprendizagem de História, seríamos pessoas sem senso crítico, perante o passado, frente à investigação dos fatos, e das novas descobertas na visão de (passado x presente x futuro).

Contudo, não devemos pensar com isso que a História seja equivalente a uma receita de bolo: coisas que deram certas no passado vão dar certo no presente, e coisas que deram errado no passado vão também dar errado no presente. Não, nada disso. O contexto em que determinada ação do passado ocorreu foi outro, e nada pode garantir que a mesma ação, se executada no presente, apresentará os mesmos resultados. Mas o estudo da História efetivamente aguça e amplia nossa compreensão da realidade social e ajuda-nos a nortear a ação social no presente.

No âmbito educacional é fundamental que o professor/educador saiba trabalhar competentemente com os educandos, isto é, o educador tem que saber promover estímulos significativos no ambiente de trabalho e no ensino-aprendizagem de História, desenvolvendo problemas de pesquisas, na busca dos discentes obterem capacidade crítica, questionar e opinar em sala de aula, onde os estudantes devem ser vistos como agente ativo de seu próprio conhecimento. Os conteúdos de História trabalhados no contexto formal devem estar interligados (teoria x prática), e o mais próximo possível da realidade histórica e cultural dos alunos que chegam até a escola. Ou seja, do cotidiano dos discentes. É inegável que, para que sejam ricas em significado, as aulas de História devem abarcar também, a realidade local, mais imediata. Mas, como advertem, Schmidt e Cainelli (2004, p. 112)

Em primeiro lugar, é importante observar que uma realidade local não contém em si mesma, a chave de sua própria explicação, pois os problemas culturais, políticos, econômicos e sociais de uma localidade explicam-se, também, pela relação com outras localidades, outros países e, até mesmo, por processos históricos mais amplos. Em segundo lugar, ao propor o ensino de História local como indicador da construção da identidade, não se pode esquecer de que, no atual processo de mundialização, é importante que a construção de identidade tenha marcos de referência relacionais, que devem ser conhecidos e situados, como o local, o nacional, o latino-americano, o ocidental e o mundial.

O ensino de História tem que ser qualitativo, democrático, exemplificado, aberto ao diálogo e a discussão. Os alunos precisam aprender a pensar historicamente, se expressar de forma clara e objetiva, argumentar, obter hipóteses, defender ideias, questionar o professor em relação às dúvidas que surgem, como também, trocar experiências e obter opiniões diversificadas, sobre o conhecimento histórico já produzido pelo homem na sociedade.

Certamente, estudar o passado, não é aceitar tudo que os livros didáticos nos apresentam sobre o ensino de História, mas sim, é sabermos diferenciar e repensar em relação aos fatos ocorridos, como por exemplo: “Ser crítico, saber se posicionar contra ou a favor daquele modo de vida, ou daquela sociedade, daquela época”.

Estudar História, é investigar o que ocorreu em cada século passado, é buscar alternativas, é pensar em métodos e sugestões futuras, para compreender de fato, os acontecimentos do presente. Pereira (2013, p. 13) relata o porquê é importante estudar história:

O conhecimento da história da civilização é importante porque nos fornece as bases para compreender o nosso futuro, permite-nos o conhecimento de como aqueles que viveram antes de nós equacionaram as grandes questões humanas.

O ensino de História no contexto escolar auxilia na compreensão dos fatos da sociedade, e principalmente, na compreensão de quem somos, pois, somos seres sociais e culturais, isto é, somos pessoas capazes de construirmos nossa própria identidade, seja ela, individual, coletiva, regional, nacional, etc. Oriá (2006, p. 134), ao descrever a importância da história para o desenvolvimento e formação do aluno, considera que:

Compreender quem somos, para onde vamos, o que fazemos, mesmo que muitas vezes pessoalmente não nos identifiquemos com o que esse mesmo bem evoca, ou até não apreciemos sua forma arquitetônica ou seu valor histórico. (…), pois é revelador e referencial para a construção de nossa identidade histórico-cultural.

Porém, no âmbito educacional, a História já foi uma disciplina curricular bem mais valorizada, tanto no espaço formal, como também, no espaço não formal.

O ensino de História fornece pilares construtivos para a formação cidadã dos educandos, tanto no desenvolvimento crítico, cultural, reflexivo, ético, moral, quanto para o desenvolvimento social e o respeito para com a diversidade. Para Pellegrini et al (2009, p. 03):

Ao estudarmos História, percebemos a importância do respeito à diversidade cultural e o direito de cada um ser o que é, e entendemos como esse respeito é indispensável para o exercício da cidadania e para construirmos um mundo melhor.

O ensino de História tem que ser valorizado e preservado no contexto escolar, onde o professor de História deve saber trabalhar eticamente, com base em pesquisas, e referências metodológicas, sabendo fazer bom uso de fontes históricas em sala de aula, e deixando um pouco de lado o “quadro negro”, ou seja, a aprendizagem em “quatro paredes”. Obviamente, o uso de materiais concretos e distintos no ambiente educacional, favorece o entendimento dos alunos sobre o ensino de História, onde o docente pode fazer uso, por exemplo, de registros escritos iconográficos, sonoros, imagens, podendo também, trabalhar em grupos com os estudantes no espaço não formal, promovendo debate e reflexão em torno das atividades de História.

O ensino de História deve estar voltado a valores fundamentais para a vida em sociedade, e para o conhecimento construtivo dos aprendizes. É necessário, valorizar a memória de cada sujeito histórico, que certamente, uma vez com luta ou não, construiu uma história, ou deixou marcas na época em que viveu, seja as marcas boas ou não, é preciso que saibamos respeitar, pois cada pessoa é livre para escolher seu caminho, para viver sua vida, e construir sua história. A aprendizagem de História deve ter como principal pressuposto, formar os discentes para que possam ser cidadãos autônomos, críticos, questionadores das diversas realidades existentes, e atuantes na sociedade na qual estão inseridos.

Todavia, ao estudar História, será possível verificar, que o ensino de História vai identificar o passado de uma maneira concreta. O passado tem uma forte ligação com o presente, e por este motivo, não se pode ignorar o saber histórico, ou deixá-lo de lado, não investigá-lo, não conhecê-lo ou não estudá-lo, pois é fato, que todos nós precisamos conhecer um pouco o passado, para então, construirmos alicerces de sabedoria, e esse passado, encontramos na História.

Recordá-lo o passado, não significa que a história se repita, e sim destacar que esta pode buscar conhecimentos e ajudar a compreensão crítica das inovações do presente, as quais por sua vez, nos seduzem e nos inquietam (CHARTIER, 2009).

Sabe-se, que o interesse em querer saber sobre o passado é uma necessidade humana, e necessária para que os indivíduos possam repensar, e amadurecer ideias, sentimentos, atitudes, e valores nos diversos ambientes sociais.

No contexto escolar, os discentes necessitam de uma aprendizagem benéfica e significativa no ensino de História, onde deve haver um entrosamento, um diálogo e uma interação qualitativa no ensino de história, comparando-o com o presente, na busca de obter uma perspectiva positiva na educação contemporânea. Isso é trazer a história do passado, com comprometimento perante o presente dos estudantes, de forma mais harmoniosa e divertida, com base também, nos interesses dos alunos, onde a realidade dos educandos pode e deve ser inserida nas atividades, como ponto de partida nas aulas de História, podendo em certas ocasiões, o docente fazer uma aula diferenciada, como por exemplo: oportunizar aos estudantes um tempo de 15 minutos, e liberar um aluno por semana para que possa contar um pouco sua própria história de vida e sua experiência, para os colegas de classe, e também para o professor, onde o educador pode ressaltar para a turma, que a história de vida de cada educando, é uma história construtiva, construída ano após ano, e que cada estudante é um sujeito histórico.

Nota-se, que as atividades diferenciadas são essenciais no contexto educacional, as quais, devem fazer parte do currículo escolar. Trabalhar a oralidade em História é imprescindível para o desenvolvimento ativo e crítico dos alunos.

Contudo, o professor/educador deve buscar despertar sentimentos autônomos nos discentes, animando-os, preparando-os para compreender da melhor forma possível a História, o saber histórico, assim como, apresentando desafios e resolução de problemas para a turma em geral, com base em uma mediação qualitativa no ensino-aprendizagem.

2.1 O ENSINO DE HISTÓRIA NA INVESTIGAÇÃO DOS FATOS DO PASSADO NO PROCESSO EDUCACIONAL E SOCIAL

História é uma palavra que deriva de origem grega “Historie” que significa conhecimento através da investigação exata sobre os fatos do passado.

A influência do ensino de História é notável. A aprendizagem de História oferece oportunidade de compreensão de mundo, de reflexão em relação à sociedade em diferentes tempos, (passado, presente, futuro), como também, oportuniza o entendimento sobre a sociedade em que vivemos, e sobre os grupos nos quais estamos inseridos. A História ressalta a compreensão significativa dos fatos através da investigação fidedigna, em documentos oficiais, e históricos.

O ensino de História é histórico, sendo o mesmo benéfico para quem o adquire, crítico para quem o estuda profundamente, e reflexivo para quem o investiga e analisa-o nos diversos contextos da sociedade. É relevante ressaltar, que História é uma forma de ciência que estuda e investiga os fatos da realidade, a qual busca obter conhecimentos concretos sobre a sociedade e as pessoas que fizeram a história acontecer em cada século passado. A História estuda os fatos, os atos que compõem a existência humana, o ser humano e suas contribuições para a sociedade e as relações sociais ao longo do tempo. A História visa descobrir e identificar, como viviam as pessoas do passado, como os grupos sociais se relacionavam uns com os outros, como eram as instituições políticas, religiosas, a economia, o campo das ideias, os costumes de cada povo, as crenças, vestimentas, as diferenças e semelhanças, etc. Para Bittencourt, (2004):

História é uma ciência que estuda o desenvolvimento do homem no tempo. A história analisa os processos históricos, as personagens e fatos para poder compreender um determinado período histórico: “A afirmação de que a história pode ser concebida como uma narrativa de fatos do passado dos homens é por princípio, uma definição de história, […].” (BITTENCOURT, 2004, p. 140).

É natural que o ensino de História seja acompanhado de acontecimentos marcantes. Diante disso, o ensino deve ser concebido como um processo que busca uma compreensão articulada em relação ao passado, para transformar e ampliar a compreensão do presente e do futuro de forma construtiva.

É necessário refletir o ensino-aprendizagem de História em sala de aula, onde, verifica-se muitas vezes, que alguns discentes mostram não se interessar em estudar ou querer saber de fatos que aconteceram a tantos séculos passados, envolvendo pessoas desconhecidas, e na maioria das vezes, já falecidas, como também, de lugares distantes de suas realidades. Segundo Maria Auxiliadora Schmidt

A aula de História é o momento em que, ciente do conhecimento que possui, o professor pode oferecer a seu aluno a apropriação do conhecimento histórico existente, através de um esforço e de uma atividade com a qual ele retome a atividade que edificou esse conhecimento. É também o espaço em que um embate é travado diante do próprio saber: de um lado, a necessidade do professor ser o produtor do saber, de ser partícipe da produção do conhecimento histórico, de contribuir pessoalmente. De outro lado, a opção de tornar-se apenas um eco do que os outros já disseram. (SCHMIDT,2013, p. 57)

Ainda segundo a autora:

A prática em sala de aula assume desafios para que a educação histórica adquira um novo olhar do aluno, a função do saber histórico na vida dos sujeitos têm reconfigurado à didática da História na contemporaneidade, colocando novas demandas para a prática docente no contexto escolar e, consequentemente, para a formação de professores dessa disciplina, se tornando instrumento pelo qual poderá conhecer uma “pluralidade de realidades”, além de adquirir uma visão crítica da sociedade atual “resgatando, sobretudo, o conjunto de lutas, anseios, frustações, sonhos e a vida cotidiana de cada um, no presente e no passado.” (PINSKY, 2012, p. 65).

Nas aulas de História, o professor/educador pode se deparar com situações de questionamentos por parte dos alunos, onde o docente deve saber ouvir os educandos e tentar responder adequadamente as perguntas realizadas pelos estudantes. Algumas perguntas podem se referir, por exemplo: “Por que devemos estudar História professor? ” “Estudamos sobre pessoas que já faleceram há tantos anos, por que estudarmos sobre elas? ” ou “Por que temos que saber sobre a Alemanha, Rússia, Prússia, França, Inglaterra, Itália, Egito, Mesopotâmia, Roma, Grécia, Esparta, Atenas, Portugal, União Soviética se somos brasileiros?” ou “Por que não podemos minimizar os estudos sobre as civilizações mais antigas e estudarmos um pouco mais a nossa realidade local?” ou então “O tempo Imperial e Republicano no Brasil e as implicações políticas?”.

Diante dos exemplos de questionamentos que podem surgir em sala de aula, no ensino de História, é importante que o professor/educador tenha compreensão e motivação na hora de responder, e ensinar seus alunos. O docente deve cativar os educandos para a aprendizagem de História, buscando uma metodologia de ensino estimulante, concreta e qualitativa, na busca de orientar e trabalhar competentemente com os discentes, como também, desenvolver um aprendizado ético e satisfatório no ensino de História.

É fundamental que o professor/educador inicie o trabalho em sala de aula, exemplificando o ensino de História com base no cotidiano de cada educando que chega até a instituição educacional, pois a história de cada aluno, faz muita diferença no entendimento significativo sobre o ensino de história na escola e na sociedade.

O cotidiano não se explica em si, mas através da história que é feita por homens e mulheres reais, que estabelecem relações entre si e com o mundo através do trabalho em sua dimensão de práxis humana; relações que são de exploração ou de solidariedade, de submissão ou de dominação, em face da diferente distribuição dos meios responsáveis pela produção da riqueza e, em consequência, do conhecimento (KUENZER, 2000, p.74).

O professor/educador pode e deve questionar a si mesmo, enquanto educador, isto é, questionar a sua prática pedagógica diariamente, como por exemplo: “O que os estudantes devem aprender de fato em História? ”, “Quais conteúdos podem fazer a diferença na vida e no saber dos educandos? ”, ou “Qual a melhor forma de ensinar o conhecimento histórico, na busca de despertar a atenção e a compreensão concreta dos alunos no contexto escolar? ”.

O professor/educador deve se atualizar constantemente no ensino de História em sala de aula, e buscar explicar aos alunos, à importância da aprendizagem de História no conhecimento da própria história de vida dos estudantes, de suas identidades enquanto cidadãos. É imprescindível, que os discentes obtenham a compreensão das diversas culturas existentes, dos sistemas políticos fixados, das estruturas sociais estabelecidas, econômica, religião, valores, entre outros.

Com base nisso, cabe ao professor/educador do ensino de História, refletir com seus alunos, e fazer debates em sala de aula sobre os conteúdos de história, assimilando os fatos verídicos do passado, com os fatos do presente, envolvendo o cotidiano dos discentes, na busca de incentivar os alunos a pensar historicamente, formando opiniões críticas e diversificadas sobre vários assuntos no ambiente formal, com base em investigação e participação dos estudantes nas atividades propostas.

É preciso, que o professor/educador repense com sensibilidade o ensino de História, analisando seu papel enquanto professor/historiador, o qual deve ter uma postura crítica, democrática e ativa no contexto escolar, isto é, saber apresentar e indagar os fatos históricos, com base em uma metodologia construtiva no ensino-aprendizagem dos discentes.

Ensinar e aprender história requer de nós, professores de história, a retomada de uma velha questão: o papel formativo do ensino de história. Devemos pensar sobre a possibilidade educativa da história, ou seja, a história como saber disciplinar que tem um papel fundamental na formação da consciência histórica do homem, sujeito de uma sociedade marcada por diferenças e desigualdades múltiplas (FONSECA, 2003, p. 38).

Analisa-se, que a sociedade contemporânea evoluiu através da investigação dos fatos, da pesquisa, do conhecimento histórico, e da aprendizagem repassada de geração em geração. Muitas informações e inovações que temos hoje em nossa sociedade decorrem de anos de pesquisas, de questões elaboradas, estudadas teoricamente e colocadas em prática por alguém, na busca de resultados cada vez mais qualitativo para a humanidade. Os estudos teóricos de séculos passados podem ser analisados, revisados e estudados novamente por outras pessoas, assim como, podem ser ampliados, modificados com o uso de novas fontes, novas informações, novas opiniões e novos conhecimentos, acrescentando pontos cada vez mais positivos para o conhecimento social e humano de todas as pessoas.

O professor/educador tem a tarefa de auxiliar, mediar, colaborar e incentivar seus educandos a compreender como se dá as relações sociais, na busca de entender o passado gradativamente e significativamente, tendo em vista formar cidadãos que sejam capazes de distinguir as diferenças entre passado, presente e futuro. Assim, Moretti apud Schmidt e Cainelli (2009, p. 34):

O professor de história ajuda o aluno a adquirir as ferramentas de trabalho necessárias para aprender a pensar historicamente, o saber-fazer, o saber-fazer-bem, lançando os germes do histórico. Ele é responsável por ensinar ao aluno como captar e valorizar a diversidade das fontes e dos pontos de vistas históricos, levando-o a reconstruir, por adução, o percurso da narrativa histórica.

O ensino de História deve acrescentar nitidamente, o respeito para com ás diferenças/diversidade, onde, não pode haver em nenhum contexto social, certos tipos de julgamentos tolos sobre a história das pessoas, a cultura, os valores, crenças entre outros, pois o conhecimento sobre o passado traz a “luz” uma visão crítica acerca do ensino de História, a qual se realiza principalmente na coletividade, pois quem faz a História acontecer são as pessoas, por isso mesmo, nenhuma pessoa ou grupos de pessoas, podem julgar a história de outras pessoas, porque a história é feita por todos nós, em um determinado tempo, espaço e sociedade.

O ensinar e o aprender História competentemente, exige do professor/educador disciplina, pensamento refletivo, construtivo, educativo, formativo no desenvolvimento da aprendizagem e na busca de ensinar os discentes a pensar historicamente. Pois, o pensar historicamente, apresenta um campo investigativo, amplo, aberto e incorporado de conhecimentos históricos. Na visão de Siman (2003):

Pensar historicamente supõe a capacidade de identificar e explicar permanências e rupturas entre o presente/passado e futuro, a capacidade de relacionar os acontecimentos e seus estruturantes de longa e média duração em seus ritmos diferenciados de mudança; capacidade de identificar simultaneamente de acontecimentos no tempo cronológico; a capacidade de relacionar diferentes dimensões da vida social em contextos sociais diferentes. Supõe identificar, no próprio cotidiano, nas relações sociais, nas ações políticas da atualidade, a continuidade de elementos do passado, reforçando o diálogo passado/presente (SIMAN apud CAINELLI; TUMA, 2003, p. 119).

O ensino de História é construído a partir de conceitos e interação humana, sendo que na escola o ensino de História deve se basear na liberdade de expressão, no ensino-aprendizagem ativo, democrático, coletivo, construtivo, verdadeiro e intencional nas relações entre alunos, educadores e das demais pessoas na sociedade. De acordo com Nemi (2009).

O conhecimento é construído a partir da internalização dos conceitos aprendidos culturalmente por intermédio da interação com o outro. Por isso, a escola deve criar situações de aprendizagem em que as crianças troquem experiências e, em seguida, com a coordenação do professor, sistematizem as trocas realizadas. (NEMI, 2009, p. 41).

Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino de História (2000) acrescentam que os alunos ao longo do Ensino Fundamental deverão ser capazes de:

  • Identificar o próprio grupo de convívio e as relações que estabelecem com outros tempos e espaços.
  • Organizar alguns repertórios histórico-culturais que lhes permitam localizar acontecimentos numa multiplicidade de tempo, de modo a formular explicações para algumas questões do presente e do passado.
  • Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos sociais, em diversos tempos e espaços, em suas manifestações culturais, econômicas, políticas e sociais, reconhecendo semelhanças e diferenças entre eles.
  • Reconhecer mudanças e permanências nas vivencias humanas, presentes na sua realidade e em outras comunidades, próximas ou distantes no tempo e no espaço.
  • Questionar sua realidade, identificando alguns de seus problemas e refletindo sobre algumas de suas possíveis soluções, reconhecendo formas de atuação política institucional e organização coletivas da sociedade civil.
  • Utilizar métodos de pesquisa e produção de textos de conteúdos históricos, aprendendo a ler diferentes registros escritos, iconográficos, sonoros.
  • Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a diversidade, reconhecendo-a como um direito dos povos indígenas e como um elemento de fortalecimento da democracia.

Como analisado, os Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino de História (2000), destacam o que os alunos ao longo do ensino fundamental, devem ser capazes de obter um bom desenvolvimento e um entendimento concreto sobre a sociedade na qual vivem, sendo que, para o aluno efetuar de fato esse bom desenvolvimento, é preciso que o professor/educador seja capaz de atribuir aos discentes um ensino-aprendizagem qualitativo e jamais quantitativo, pois o ensino deve ter um caráter crítico, reflexivo, autônomo, aberto ao diálogo e a socialização, na busca de uma aprendizagem significativa no ensino de História. Conforme Catão (1995).

A garantia da humanização histórica, que não se verifica senão na comunidade, pois na história o ser humano não se pode realizar sozinho, mas só se realiza como membro da comunidade, trazendo para a comunidade, especialmente para os mais jovens, as gerações futuras, a contribuição de sua própria humanização.

Atualmente, é possível verificar em muitas escolas, professores despreparados para desenvolver um trabalho concreto com os alunos no ensino de História. Sendo que, a má formação do professor historiador, reflete negativamente no ensino-aprendizagem dos estudantes, e no conhecimento do patrimônio cultural da humanidade. Em relação a isso, Pinsky; Pinsky, (2005, p. 22-23) acrescentam:

O professor precisa ter conteúdo. Cultura. Até um pouco de erudição não faz mal algum. Sem estudar e saber a matéria não pode haver ensino [….] Afinal, se o professor é o elemento que estabelece a intermediação entre o patrimônio cultural da humanidade e a cultura do educando, é necessário que ele conheça, da melhor forma possível, tanto um quanto outro [….] Noutras palavras, cada professor precisa, necessariamente, ter um conhecimento sólido do patrimônio cultural da humanidade. Por outro lado, isso não terá nenhum valor operacional se ele não conhecer o universo sociocultural específico do seu educando, sua maneira de falar, seus valores, suas aspirações. A partir desses dois universos culturais é que o professor realiza o seu trabalho, em linguagem acessível aos alunos.

Observa-se, que quando o professor/educador é um profissional que busca obter uma formação continuada, uma preparação docente, e uma atualização constante dos fatos da sociedade, é fato, que tal profissional terá uma maior capacidade de oferecer um ensino-aprendizagem qualitativo á todos os educandos.

Sabe-se, que ensinar historia não é uma tarefa fácil, pronta e acabada, por este motivo, os professores de História precisam sempre desenvolver pesquisas, buscarem se atualizar nos fatos sociais, se prepararem para responder as perguntas que podem surgir por parte dos discentes, como também, para o esclarecimento de dúvidas dos estudantes e curiosidades relacionadas ao saber histórico, pois isso, exige um conhecimento sólido, investigativo, um compromisso ético, moral e profissional por parte do professor/educador que está à frente do processo do ensino de História. Em relação a isso Demo (2009), acrescenta o conceito de história:

O que acontece na história é historicamente condicionado, e por isso não se produz o totalmente novo que não tivesse condicionamento histórico, pois já seria um ato de criação, do nada, introduzindo na historia condições não históricas. (DEMO, 2009, p. 90).

O ensino de História deve ser debatido coletivamente, e compreendido em sua dimensão particular e específica no ambiente formal e não formal. Contudo, deve também, romper com o ensino tradicional ainda existente em algumas escolas brasileiras, que infelizmente, fazem o uso da técnica, da memorização, e da decoreba no ensino-apredizagem dos estudantes, onde os aprendizes são vistos como sujeitos passivos frente ao processo de aprendizagem.

Significa, antes de tudo, que pensar o ensino de História como um dos usos possíveis que foram formulados para aqueles que se ocuparam de escrever sobre o passado articula-se a um tempo e ás formas próprias desse tempo de conceber a escrita da história. Implica, também, pensar o ensino da história em sua dimensão particular e específica de uso do passado, o que implica igualmente pensar a dimensão política subjacente a essa forma de uso social do passado. Finalmente, impõe-nos refletir acerca da memória e dos mecanismos de sua reprodução, muitas vezes a cargo das estratégias pedagógicas do ensino de História (GUIMARÃES, 2009, p. 38).

É essencial que a escola, juntamente com os professores/educadores busquem aprimorar as práticas pedagógicas no ensino de História, utilizando como base a realidade sociocultural dos discentes inseridos no ambiente escolar, pois o ensino de História deve ser exemplificado, estruturado e valorizado historicamente, principalmente por aqueles que fazem parte da instituição de ensino. Para o autor Rüsen (2007), o conhecimento histórico é:

o trabalho com o conhecimento histórico na escola é fundamental na formação da consciência histórica, ou seja, no processo de interiorização como determinação de formas de organizar e dar sentidos às experiências individuais e coletivas dos jovens alunos. Essas experiências são importantes para a definição e inserção do sujeito em seu próprio destino.

No ensino de História, é imprescindível que os alunos não só memorizem informações, mas também, pensem historicamente. Nesse sentido, o uso de fontes históricas na aprendizagem de História é de suma importância.

Embora tradicionalmente o tipo de fonte privilegiada pelos historiadores sejam os documentos oficiais, existe, atualmente, uma abertura cada vez maior para outras categorias de fonte, como cartas, textos jornalísticos, textos literários, imagens, depoimentos orais, filmes etc.

A escola deve ter uma função socializadora/ educadora, a qual deve exercer um papel ético, democrático e inclusivo, na busca de romper padrões de exclusão, e não ser uma instituição reprodutora de desigualdades sociais, como também, de conteúdos repetitivos sem análise crítica, e sem relação nenhuma com a realidade cotidiana dos alunos.

A escola é o lugar de aprender a interpretar o mundo para poder transformá-lo, a partir do domínio das categorias do método e de conteúdos que inspirem e que se transformem em práticas de emancipação humana em uma sociedade cada vez mais mediada pelo conhecimento. O lugar de desenvolver competências, que por sua vez mobilizam conhecimentos mas que com eles não se confundem, é a prática social produtiva (…) Cabe às escolas, portanto, desempenharem com qualidade seu papel na criação de situações de aprendizagem que permitam ao aluno desenvolver as capacidades cognitivas, afetivas e psicomotoras relativas ao trabalho intelectual, sempre articulado, mas não reduzido ao mundo do trabalho e das relações sociais (…) Atribuir à escola a função de desenvolver competências é desconhecer sua natureza e especificidade enquanto espaço de apropriação do conhecimento socialmente produzido e, portanto, de trabalho intelectual com referência à prática social (KUENZER, 2002, p. 8).

O ensino de História abrange uma diversidade de fatos (culturais, educacionais, políticos, sociais, econômicos, entre outros), sendo que o ensino tradicional, não leva em conta essa diversidade no ensino de História. A aprendizagem de História deve ser concretizada com base em objetivos claros e específicos, que indicam ações significativas para o desenvolvimento e para o ensino-aprendizagem qualitativo de todos os estudantes. Segundo Rüsen (2010),

Os processos de aprendizado da História precisam ser pensados para além de serem considerados como processos dirigíveis e controláveis, mas, em que pese o fato de estar ainda em construção uma teoria da aprendizagem histórica referenciada em uma cognição situada na própria História, isso pode ser fecundado por concepções teóricas do aprendizado histórico que tenham como finalidade principal a formação e desenvolvimento da consciência histórica, constituindo-se, assim, a possibilidade de uma relação mais orgânica entre a cultura histórica e a cultura escolar de uma sociedade.

Pode-se afirmar que o ensino de História oportuniza o conhecimento de “velhos” e “novos” acontecimentos, de forma real e nítida. É fato, que as pessoas precisam obter informações e saber sobre o passado, para então, construírem princípios e valores estruturados para se viver bem sociedade. Nesta análise, é fundamental especificar o ensino de História.

[…] ensino de História possui objetivos específicos, sendo um dos mais relevantes que se relaciona à constituição da noção de identidade. Assim, é primordial que o ensino de História estabeleça relações entre identidades individuais, sociais e coletivas, entre as quais as que se constituem como nacionais (BRASIL, 1997, p. 26).

A releitura do passado se faz necessária para o reconhecimento da História, das marcas do passado, e da compreensão de quem somos enquanto pessoas humanas. A História é uma disciplina, ou campo de conhecimento, que permite inúmeras abordagens, pois sabemos que não existe apenas uma História na face da terra, mas sim, múltiplas histórias.

Na escola, os professores/educadores devem desenvolver um ensino-aprendizagem que vá além dos muros escolares, isso é, um ensino além da sala de aula, que vá de encontro com o ambiente não formal, dos contextos educacionais, onde os docentes possam desenvolver uma aprendizagem de História que atenda aos interesses de toda á comunidade, e principalmente, dos educandos.

3. METODOLOGIA

Na procura de analisar a necessidade de repensar o ensino história no processo de ensino-aprendizagem no contexto escolar e na sociedade em geral, a realização e conclusão desde trabalho, baseou–se em pesquisa bibliográfica exploratória, realizada na biblioteca pública do município de Bela Vista da Caroba – PR, como também, na biblioteca Universitária do Polo Uninter de Realeza – PR, onde, utilizou-se de (livros impressos, obras de diversos autores, artigos científicos, revistas, dicionários, entre outros.).

Na pesquisa, foi possível identificar, a necessidade da escola juntamente com os professores/educadores, em desenvolver práticas pedagógicas diversificadas e concretas no ensino de História, utilizando como ponto de partida a realidade sociocultural dos educandos, na busca de valorizar o conhecimento dos estudantes, os quais trazem consigo, histórias, crenças, tradições, opiniões, sonhos, alegrias e sofrimentos. Contudo, é preciso que o ensino de História seja compreendido historicamente pelos discentes, na busca de construir uma consciência crítica, ativa, e ética sobre os fatos.

A pesquisa bibliográfica como citada acima, foi realizada com base em material bibliográfico referente ao assunto apresentado, analisado em escritos sob a visão de vários autores, assim como em suas obras. Na busca por obter respostas aos questionamentos suscitados pela consecução das metas estabelecidas, optou-se pelo estudo de natureza qualitativa, que para Gil 2008:

Vale-se de procedimentos de coleta de dados os mais variados, o processo de análise e interpretação pode, naturalmente, envolver diferentes modelos de análise. Todavia, é natural admitir que a análise dos dados seja de natureza predominantemente qualitativa (GIL 2008, p.141).

O estudo de natureza qualitativa possibilitou um aprofundamento significativo e construtivo sobre o ensino de História nos diversos contextos sociais. A pesquisa desenvolveu-se através de investigação, leitura, reflexão, e com base em análise pessoal sobre o tema norteador do trabalho.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante o desenvolvimento do trabalho, foi possível compreender, que o conhecimento histórico sempre existiu na sociedade, isto é, a História é construída com base nas relações humanas, sociais, culturais, educacionais, políticas, econômicas, entre outras. O ensino de História oportuniza o entendimento sobre os diversos acontecimentos ocorridos na sociedade, em diferentes contextos sociais, relacionados a diversidade cultural dos povos, grupos sociais dominantes na sociedade, os excluídos/ marginalizados, comunidades, religiões, partido político, valores, e os diferentes costumes das pessoas época após época.

A História investiga e estuda o passado na busca de refletir, analisar e comparar com o presente. Com base nisso, verifica-se a necessidade das escolas e dos professores, em desenvolver um ensino de História em prol da realidade local de cada aluno que chega até a instituição educacional, ou seja, de fazer uso do cotidiano dos aprendizes como ponto de partida para o conhecimento.

O tema apresentado remeteu-se a compreender a fragmentação da disciplina de História no processo de ensino-aprendizagem no contexto escolar. Na pesquisa identificou-se, que o ensino de História deve ser visto “com outros olhos”, ou seja, deve ser discutido e refletido por todos que compõem a equipe escolar, principalmente, pelos professores de História. De fato, o saber histórico quando bem exemplificado, é capaz de “iluminar” o conhecimento contemporâneo, trazendo respostas objetivas há muitos questionamentos do século XXI. Os professores/educadores não devem jamais esquecer-se, da importância do ensino de História no contexto formal e não formal.

É essencial que a escola, juntamente com os professores, pais, comunidade, e a sociedade em geral, analisem e valorizem a aprendizagem de História, pois, se não fosse o ensino de História detalhado nos livros didáticos, em cartas, em fotos, em entrevistas, entre outras fontes, não teríamos um conhecimento concreto em relação ao saber histórico. No contexto formal, é necessário que o docente desenvolva propostas pedagógicas articuladas entre o fazer História e o fazer pedagógico, tendo por objetivo, a construção do saber histórico, buscando a participação ativa dos estudantes, e oferecendo condições aos alunos de fazer e construir História nos diversos espaços.

Portanto, se algum momento os discentes se sentirem desmotivados para com o ensino de História em sala de aula, cabe ao professor animar os alunos, apresentando-lhes materiais concretos, recursos alternativos, e metodologias de ensino diferenciadas. Na aprendizagem de história, é imprescindível que os discentes aprendam a pensar historicamente, pois o pensar historicamente é fundamental para que se possa concretizar a aprendizagem gradativamente.

Contudo, os estudantes não devem ser receptores de informações isoladas, ou mesmo, não podem aprender com base na decoreba dos fatos, ou da memorização de temas sociais relevantes, como por exemplo: (nomes de pessoas, lugares, civilizações, ou mesmo, datas históricas, como por exemplo: o dia da Independência do Brasil).

Sabe-se, o quanto é influente trabalhar o ensino de História com base em filmes que relatam gradativamente a realidade das histórias ocorridas em cada época histórica, como também, com imagens, pinturas, cartas, etc. Um exemplo de fonte histórica, que pode ser trabalhada e discutida com os discentes em sala de aula, é a carta de Pero Vaz Caminha, a qual pode ser utilizada como ferramenta pedagógica.

A carta de Caminha serve para orientar, e estimular o gosto dos educandos pelos conteúdos de História. Na carta, Caminha relata a trajetória realizada junto com Pedro Álvarez Cabral, especificando o momento em que os portugueses desembarcaram do navio em terras brasileiras, e foram recebidos pelos indígenas á beira mar. Na carta, Caminha relata também, a cultura, a comunidade, e a relação dos povos indígenas na Terra Nova.

O assunto apresentado contribuiu significativamente na compreensão do ensino de História no contexto escolar e na sociedade. A disciplina de História investiga o passado concretamente, a qual busca investigar a realidade dos fatos, e só os considera verídico após um longo e rigoroso processo de análise, estudo, investigação, comprovação e avaliação. A História é um campo repleto de investigações, pesquisas, saberes, acontecimentos, como também, de construção histórica, e identificação de determinados grupos sociais, e de suas identidades. O ensino de História pode ser considerado como uma “memória individual”, pois a História é capaz de registar cada fato em seu devido contexto, registrando (dia, mês, ano, e até mesmo, a hora em que ocorreram os acontecimentos).

O estudo apresentado visa contribuir positivamente para com estudiosos das mais diversas áreas do conhecimento, principalmente, para com os professores da área de História, para que possam refletir a prática pedagógica no ensino de História e na formação dos estudantes enquanto cidadãos de direitos. No entanto, é fundamental que se faça novos estudos, e novas pesquisas em torno do tema discutido, e escrito neste trabalho, pois há uma necessidade de repensar a relevância da História na escola, na sociedade, no cotidiano e na vida de todas as pessoas, principalmente dos aprendizes.

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[1] Graduada em Pedagogia pela Faculdade Internacional de Curitiba – PR, (FACINTER), Graduanda de Licenciatura Plena em História – Turma de Julho do ano 2016 da FACINTER, Especialização em Educação Especial e Inclusiva (FACINTER), Especialização em Docência no Ensino Superior pela Faculdade de Educação São Luís de São Paulo – SP, Pós-Graduanda em Gestão Escolar: Orientação e Supervisão – Turma de Março do ano 2016 da Faculdade de Educação São Luís – SP

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Rosane Machado de Oliveira

Uma resposta

  1. excelente conteúdo, me auxiliou muito para formular minha dissertação para a faculdade de pedagogia na disciplina de metodologia de história, obrigada, fonte devidamente citada.

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