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Filosofia e Educação Física, Apêndice Evolucionário?

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CONTEÚDO

SCHOENBERGER, Valdenir [1]

SCHOENBERGER, Valdenir. Filosofia e Educação Física, Apêndice Evolucionário?. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Edição 08. Ano 02, Vol. 02. pp 122-130, Novembro de 2017. ISSN:2448-0959 

Resumo

Filosofia e Educação Física, disciplinas escolares tidas nos tempos modernos como duas parentes distantes a muito esquecidas, que por vezes são suplantadas por disciplinas tidas com maior importância no cenário atual (Português e Matemática), representam o apêndice evolucionário de maior significância no campo evolutivo do sapiens. Foi graças a sua capacidade cognitiva de comunicar-se e sua capacidade física de movimentar-se que o homem primitivo conseguiu escalar os degraus evolutivos e deixar para trás espécies mais adaptadas na corrida pela sobrevivência. O pensar sobre as mudanças climáticas, as grandes migrações, costumes dos animais, a utilização de utensílios, o aquecer-se por meio do fogo, construção de vestimentas e sociedades, o plantar e cultivar como forma de subsistência, os trejeitos físicos durante a caça, coleta e o plantio; a gestualização motora que acompanha o homem ao longo do tempo. São esses os fatores primordiais que tornaram o homem o ser dominante sobre a terra. Abstraímos antes de tudo, somos capazes de prever antes de tentar. E, munidos de um intelecto que esta em constante exclamação sobre tudo e todos, emparelhado de uma enorme capacidade física, a qual transformou-nos de quadrupedes em bípedes, estabelecemos um novo paralelo no sentido evolutivo de evoluir. O presente estudo teve como objetivo fomentar uma discussão a respeito da importância das disciplinas de educação física e filosofia ao longo da historia humana e sua presente significância escolar. Conclui-se que educação física e filosofia são componentes de suma importância no caminhar evolutivo do homem, desta forma devem ser primadas de forma ininterrupta integral no cenário escolar atual.

Palavra-chave: Filosofia, Educação Física, Pedagogia.

O sapiens e seus primeiros passos rumo à filosofia

Quando nossos primeiros ancestrais caminharam sobre a terra à cerca de 2,5 milhões de anos, munidos de um cérebro de cerca de 600 centímetros cúbicos, e nada mais do que a vontade de prevalecer sobre as demais espécies (isso é, se eles tinham essa ideia em mente), percorremos uma longa jornada desde o ficar ereto, a produção das primeiras ferramentas e armas, formação de grupos para coleta e caça, domesticação do fogo, produção de alimentos, desenvolvimento da linguagem e a revolução cognitiva (HARARI, 2015). De certa forma podemos diagnosticar que evoluímos de maneira rápida e bem sucedida, levando em conta a biodiversidade existente e não mais existente que nos acompanha ao longo da história.

Mas, o que nos vem à mente é uma incógnita pertinente e corriqueira a todos, o que nos favoreceu ao longo dessa caminhada evolutiva? Podemos suscitar que o amadurecimento e uma melhora significativa em nosso sistema neural possam ter nos propiciado tal vantagem; ou a formação de redes sociais e cooperativas que ao longo do tempo se transformaram em vilas e posteriormente em cidades.

Quando pensamos em qualquer coisa (pessoas, objetos, relações, etc.) podemos abstrair a partir do que já conhecemos e entendemos sobre demais situações, como se buscássemos em nossas memórias ram determinada imagem desejada e a formulássemos a partir desta, uma vasta gama de situações a fim, não obstante, podemos de igual maneira formular estas abstrações em conjunto e em sociedade.  Conforme afirma (HARARI, 2015, p. 33):

“É relativamente fácil concordar que só o homo sapiens pode falar sobre coisas que não existem de fato e acreditar em meia dúzia de coisas impossíveis […]”.

“Podemos tecer mitos partilhados, tais como a história da bíblica da criação, os mitos do tempo do sonho dos aborígenes australianos e os mitos nacionalistas dos Estados modernos. Tais mitos dão aos sapiens a capacidade sem precedentes de cooperar de modo versátil e em grande número”.

Desta forma o homem sobreviveu e prosperou sobre as demais espécies com uma ampla e vasta capacidade de abstração sobre todas as coisas possíveis. A visão de algo, o vislumbre do inexistente, o imaginário; toda esta gama de possibilidades pertencentes ao hominídeo criou e ampliou vínculos, construiu possibilidades, influenciou e encorajou, exercitou a capacidade criativa; definiu novas regras e estabeleceu parâmetros do que se pode e se deve fazer; e de que forma deve-se fazer. Podemos nos maravilhar com a grande capacidade de construção das abelhas, o quão belo é a moradia de certos pássaros, mas somente o homem é capaz de visualizar com antecedência; de prever incoerências e impossibilidades no decorrer do projeto, calcular e analisar os prós e contras durante uma caçada, refletir o que foi o ontem e calcular o que será amanha crer em uma nova vida após seu findar terreno, e desta forma o sapiens alçou vôo, ergueu-se sobre duas pernas e definiu sua trajetória sobre si e sobre o cenário que o cerca. E desta forma o homem tornou-se consciente, desta forma ele pode olhar-se e olhar o mundo, desta forma o homem pode filosofar, sua maior capacidade evolutiva, o ato de refletir. Segundo tais afirmações podemos elencar as considerações de (CHAUI, 2000, p. 05) as quais definem:

“Em nossa vida cotidiana, afirmamos, negamos, desejamos, aceitamos ou recusamos coisas, pessoas, situações. Fazemos perguntas como “que horas são?”, ou “que dia é hoje?”. Dizemos frases como “ele está sonhando”, ou “ela ficou maluca”. Fazemos afirmações como “onde há fumaça, há fogo”, ou “não saia na chuva para não se resfriar”. Avaliamos coisas e pessoas, dizendo, por exemplo, “esta casa é mais bonita do que a outra” e “Maria está mais jovem do que Glorinha”.

O cerne filosófico, o epicentro questionador da filosofia inicia-se indagando e refutando às máximas estipuladas pelas ditas verdades ou crenças, deste modo poderíamos defini-la em uma simples frase: não podemos considerar correto o que imaginávamos ser a verdade, assim trazemos a exemplificação de Sócrates, onde o mesmo afirmava ser a inquestionável verdade filosófica, o ditame: “Sei que nada sei” (CHAUI, 2000). O principio do conhecimento esta em considerar nossa ignorância (não de modo bestial), mas uma ignorância onde estamos desconectados das verdades que nos cercam, e onde, o primeiro passo seria o próprio reconhecimento de tal situação.

Quando os primeiros hominídeos questionaram-se por que sentiam fome, frio, sede, sono, defecavam, mantinham relações sexuais, necessitavam de roupas, de fogo, de alimento, de moradia; onde deveriam unir-se para um melhor logrado na coleta e caça; quando estabeleceram ser melhor ficar de pé nas savanas para uma melhor observação dos arredores, pois o mato era um tanto quanto alto e postados de quatro a observação tornava-se difícil; quando estabeleceram laços de amizade e família criando desta forma uma sociedade organizada; quando regras foram criadas e estabelecidas para uma melhor sustentação do grupo de pessoas onde ditames eram norteadores para o que posso e não posso fazer, estabelecemos uma profunda conexão de nós com nós mesmos, com o mundo que nos cerca e com os demais de nossa espécie, foi só assim que começamos a criar uma sociedade fundada e baseada em princípios físicos, psicológicos, emocionais, históricos, sociais e culturais. Devo entender a mim mesmo antes de entender o mundo que me cerca, devo entender o mundo que me cerca antes de entender o próximo, devo entender o próximo antes de entender as relações históricas, sociais e culturais que solavancaram o homem ao patamar onde nos encontramos hoje. Estamos enraizados em um circulo vicioso que estabelece as respostas corretas aos mais preparados em perguntar.

Como bem define (FERREIRA, 2004, p. 406) filosofia é: “[…] o estudo que visa a ampliar incessantemente a compreensão da realidade, no sentido de apreendê-la na sua inteireza”, desta forma podemos considerar a filosofia como um meio de absorção e entendimento de tudo o que nos cerca, sem ao menos descartar nada.

E essa educação física, o que é afinal?

Quando ouvimos o seguinte ditame popular: “quem tem boca vai a Roma”, devemos considera-lo uma verdade significante ao ato evolucionário do homem. Nesta pequena frase suscitamos dois pontos significativos aos quais o hominídeo quadrupede nunca teria saído ou evoluído aos patamares atuais. Em primeiro lugar devemos nos ater ao ato verbal, ou seja, falar, gesticular-se por meio da fala com terceiros na obtenção e propagação de informações, e como vimos no tópico anterior, foi graças a nossa capacidade de abstração, na capacidade de filosofar que conseguimos nos sobressair sobre as demais espécies. Posteriormente devemos considerar nossa capacidade física, para obter algo ou poder chegar a algum lugar devemos nos movimentar, realizar o ato físico de sair de nosso estado de inércia e locomover-nos. E neste caso como bem completa (TOJAL, 2004, p. 153 – 154):

“A motricidade humana emerge da corporeidade como sinal de quem está no mundo para alguma coisa, isto é, como sinal de um projeto, e desta forma o homem é presença no espaço e na história, com o corpo, no corpo, desde o corpo e através do corpo, uma vez que basicamente não existe qualquer diferença entre motricidade e corporeidade, tendo em vista que ambas fazem parte da complexidade biológica do humano”.

Desta forma o homem primitivo conseguiu, por meio de movimentos pré-existentes e posteriormente treinados e automatizados reverberar suas habilidades atléticas no campo de batalha africano, ou seja, caçar ou ser caçado. Os primeiros hominídeos denominados caçadores coletores mudavam-se constantemente (mês, semana, dia) levando consigo seus pertences, devemos ainda salientar que neste período histórico não havia animais de carga nem tão pouco o advento da roda como forma de divisão de carga, a qual era carregada por dezenas ou centenas de quilômetros (HAHARI, 2015). Ainda de acordo com o autor (2015, p. 57 – 58):

“Os sapiens não saíam apenas à procura de alimentos e materiais. Também saíam à procura de conhecimento. Para sobreviver, precisavam de um detalhado mapa mental de seu território. Para maximizar a eficiência de sua busca cotidiana por alimento, precisavam de informações sobre os padrões de crescimento de cada planta e os hábitos de cada animal. Precisavam saber quais alimentos eram nutritivos, quais eram nocivos e quais podiam ser usados como remédio e de que forma. Precisavam conhecer o progresso das estações do ano e os sinais de alerta que precediam uma tempestade ou um período de seca. Estudavam cada corrente, nogueira, caverna de urso e depósito de sílex nas redondezas. Cada individuo precisava entender como fabricar uma faca de pedra, como remendar um manto rasgado, como preparar uma armadilha para um coelho e como enfrentar avalanches, picadas de cobra ou leões famintos”.

A primeira vista ou aos olhos de um leigo, pode-se cogitar um atraso/déficit de aprendizado e aprimoramento motor no que se diz respeito às habilidades físicas desenvolvidas pelos hominídeos. Mas, como muito bem nos salienta (HARARI, 2015) um caçador coletor deveria transformar um pedaço de pedra em uma ponta de lança em questão de minutos, tarefa a qual fracassaríamos vergonhosamente ao tentar imitar, pois a maioria de nós carece de um profundo conhecimento especifico sobre os materiais primários (sílex e basalto) e a falta de habilidades motoras finas para o pleno desenvolvimento do trabalho.

Nos dias atuais não necessitamos de uma vasta gama de habilidades de coleta e caça, graças ao entendimento da importância e formulação de sociedades pelo sapiens, gozamos hoje com uma vida social, com a qual podemos contar com: casa, escola, clube, mercado, farmácia, hospital, parques, etc. Tornamo-nos seres civilizados, seres sociais na aurora da cientificidade. Mas de certa forma, ainda somos carentes de movimento, necessitamos desta capacidade humana de realizar gestos complexos para um completo gasto energético e uma fuga do sedentarismo latente. De igual forma como a filosofia esta para um perfeito questionamento quanto às várias incógnitas da vida, a educação física esta para um perfeito movimentar-se culturalmente. Como nosso ancestral pensou e movimentou-se para sobreviver nos primórdios da humanidade, também hoje; devemos pensar e movimentarmo-nos para uma perfeita qualidade de vida física e intelectual.

A disciplinada de educação física possui em seu cerne, em seu interior mais significativo uma consolidação pedagógica, ou seja, numa disciplina normativa que expõem e concretizam seus ensinamentos através de uma prática didática, instrutiva que resulta em objetivos concretos no viés formador, desta forma, ela não pode ser entendida ou confinada a princípios gnosiológicos próprios, sendo eles de cunho cientifico ou filosófico (GAYA, 1994). Concomitantemente enfatiza o autor (1994, p. 32):

“Em nosso entendimento, significa configurá-la como um conjunto de conhecimentos (disciplina), que enuncia de forma concreta (através de nossas aulas, enfim de nossa ação ou prática pedagógica) um conjunto de fórmulas abstratas (preceitos éticos, morais, políticos e estéticos) que indicam como algo deva ser em toda a situação em que se admitem juízos”.

A significância fundamental da educação física está contida na sua relevância quanto componente educativo e pedagógico, reverberando sua inabalável e indispensável valência como disciplina curricular, e à medida que se configurara como ação fomentadora de valores e atitudes, habilidades e condutas humanas, que se expressão na ação pedagógica de um mediador pedagógico (o professor de educação física), que a partir dos elementos da cultura física (o desporto, o jogo, a dança, a ginástica e as atividades lúdicas) impõe um intencional crescimento maturacional que se torna imprescindível (devido principalmente à especificidade da educação física) na formação de crianças e jovens, este entendimento predispõe que a educação física é sobre tudo movimento, operando no campo pedagógico, desta forma ela assume uma cadência normativa de valores quanto ao que se deve ser ensinado ou aprendido como relevante na cultura física, nos hábitos de vida e na promoção de saúde (GAYA, 1994).

Desta forma consideramos ser de suma importância uma profunda reavaliação quanto ao valor e importância atribuídos a filosofia e educação física, pois como apresentado nos tópicos anteriores, estas duas disciplinas originarem-se e evoluíram em conjunto com o ser humano, moldando e sendo moldadas ao longo de nossa curta trajetória.

Considerações finais

Consideramos a evolução humana, a partir dos resquícios de símios (ainda latentes quando nos falta lógica) uma caminhada curta, mas significativamente produtiva. Filosofia e Educação Física são duas valências que andam de mãos dadas desde os primórdios e que tiveram um enorme valor para nossa espécie, filosofia (como ato de pensar á partir do nada), diferentemente da posta nos dias atuais, a qual discorda das observações tidas como verdades supremas e educação física (como o movimento puro de caminhar, saltar, agachar-se, etc.), diferentemente da apresentada ao homem contemporâneo, disposta como movimentos corporais e atividades lúdicas históricas e culturais.

Com o passar dos anos filosofia e educação física moldaram e foram moldadas pela ação do homem, de cunho essencial para a sobrevivência nas savanas africanas, temos hoje uma vertente salvadora nestas duas disciplinas, a de preparar o homem para o sedentarismo físico e mental. O homem moderno em seu conservadorismo energético vive uma inércia corporal, onde representamos apenas papéis de coadjuvantes. Pratica-se pouco o pensamento e pensa-se pouco a atividade física. Continuamos quase inalterados em comparação com o homo sapiens no quesito estrutura física, mas nos distanciamos e muito quando se trata de iniciativa e autonomia no pensar e no movimentar-se, criamos uma rede de comodidades que nos impedem de sermos proativos.

Entendemos ser a escola – um sistema dinâmico e complexo – o palco principal para uma plena e completa execução e continuidade desta caminhada evolutiva tanto para educação física como para filosofia. Foi graças a esses pressupostos que nos propusemos a formular esta analise aqui apresentada, cujas vertentes sugerem significantes aspectos a considerar sobre as disciplinas acima citadas. Concluímos que o debate sobre a valorização das disciplinas e sua significância no decorrer da construção do homem devem estar fortemente pautadas em espaços formativos escolares, tanto na formação inicial quanto na continuada, propiciando uma reestruturação social enraizada por valores de solidariedade e de uma plena convivência com o outro.

REFERÊNCIAS

CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. Ed. Ática, São Paulo, 2000.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário da língua portuguesa. 6ª ed. 896f. Curitiba: Positivo, 2005.

GAYA, Adroaldo. Mas afinal, o que é educação física? Movimento, Porto Alegre, ano 01, n. 01, p. 29 – 34, set, 1994.

HAHARI, Yuval Noah, Sapiens – Uma breve história da humanidade – 1º ed. – Porto Alegre, RS: L&PM, 2015.

TOJAL, J. B. A. G., Da Educação Física à Motricidade Humana – A preparação do profissional. Lisboa/Portugal: Editora Piaget, 2004.

[1] Professor da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso – Graduado em Educação Física, Pós Graduado em Educação Física Escolar e Mestrando em Ciências da Educação.

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Valdenir Schoenberger

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