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Escola Teatro Bolshoi No Rio De Janeiro: Integração Entre Arte, Educação, Arquitetura

RC: 87661
823
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/arquitetura/escola-teatro

CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

SANTOS, Vanessa Lessa Fraga dos [1], SALGADO, Mônica Santos [2]

SANTOS, Vanessa Lessa Fraga dos. SALGADO, Mônica Santos. Escola Teatro Bolshoi No Rio De Janeiro: Integração Entre Arte, Educação, Arquitetura. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 06, Ed. 06, Vol. 02, pp. 142-173. Junho de 2021. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/arquitetura/escola-teatro, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/arquitetura/escola-teatro

RESUMO

O presente projeto é o resultado da reflexão sobre temas como o balé clássico, a arte, o ensino tradicional do Brasil e a arquitetura, como cada um está relacionado e como inseri-los na composição de um projeto arquitetônico, tendo sido apresentado como requisito para a obtenção de grau na faculdade de arquitetura e urbanismo da UFRJ.  Buscou-se um conceito que pudesse reunir todas as intenções projetuais e que fizesse a correlação entre a arte do balé clássico, a arte da arquitetura e o programa de necessidades para o empreendimento. A arte de projetar não deve simplesmente seguir padrões, parâmetros e formas rígidas e, nesse contexto, buscou-se desenvolver uma arquitetura fluida, leve e que tivesse características das artes e do balé clássico. Para isto, verificou-se a forma que o corpo da bailarina executa os passos de balé e como o eixo desse corpo possibilita os movimentos e a fluidez dos passos da coreografia. Não existe um “certo ou errado” ao realizar um projeto o que precisa ser levado em consideração são as diretrizes, necessidades e especificações para cada público, espaço físico ou cultura local. O projeto Escola do Ballet Bolshoi no Rio de Janeiro agrega os conhecimentos em dança, com aulas práticas e teóricas de ballet, jazz, contemporâneo, flamenca, sapateado e danças folclóricas ao ensino médio de formação realizado no Brasil. Os alunos aprendem técnicas de vídeo e música, além de terem aulas práticas e teóricas de música, o que amplia ainda mais a sua formação em dança, tornando-os bailarinos mais completos.

Palavras-chave: Projeto, Escola, Dança, Arquitetura, Arte.

INTRODUÇÃO

O projeto foi desenvolvido através da pesquisa do corpo da bailarina e de como este se comporta na realização dos passos de dança com leveza e fluidez para transmitir sensações, sentimentos, desejos e emoções. A dança pode ser considerada como a primeira manifestação do emocional humano ela sempre foi usada, mesmo que com passos simples, para externalizar alegrias e tristezas, vitórias e derrotas. Antes das colheitas ou das guerras as pessoas dançavam por acreditarem que isso seria bom. Com o passar dos anos a dança foi evoluindo e se tornando mais elaborada, deixando, em muitos casos, de ser espontânea para se tornar coreografada. Nasce assim a necessidade do ensino em dança e suas diferentes manifestações, agora, agregado ao ensino médio escolar para uma formação mais ampla e capacitada do indivíduo.

Para a bailarina, professora e coreógrafa brasileira Dalal Achcar a dança é arte em movimento e acompanhou e acompanha a humanidade desde os primórdios como observa-se no trecho de seu livro Balé uma Arte (ACHCAR, 1998, p. 15).

A dança é arte do movimento e da expressão, onde a estética e a musicalidade prevalecem. Na sua forma elementar, a dança é a necessidade natural e instintiva do homem de exaurir pela movimentação, um estado emocional. De um improviso desordenado a uma forma disciplinada, a dança acompanhou a evolução do homem, aperfeiçoando-se à medida que ele se civilizava (ACHCAR, 1998, p. 15).

E, dentro deste panorama, buscou-se um projeto que dialogasse com as necessidades do Ballet Bolshoi e que fosse uma forma de manifestar a arte através da arquitetura. A Escola do Ballet Bolshoi tem seu foco em crianças, adolescentes e jovens que gostam de se manifestar através da dança, em suas diferentes modalidades (ballet clássico, jazz, ballet moderno, street dance e sapateado) e níveis sociais. Aproximadamente 80% dos alunos são bolsistas e para que isso ocorra a escola possui o patrocínio de empresas e de pessoas físicas que apreciam a arte. Para que um aluno consiga estudar no Ballet Bolshoi, com bolsa é preciso ficar atentos às audições que são realizadas anualmente. Essas informações foram obtidas através do contato direto com a escola do Teatro Bolshoi em Santa Catarina onde verificou-se a existência de um relatório de atividades dos anos de 2007 e 2008 que foi o balizador para a realização do briefing do projeto e pode-se conhecer como é a organização da escola do Teatro Bolshoi (BOLSHOI, 2008/2007).

Segundo James C. Snyder e Anthony Catanese no livro “Introdução à Arquitetura” (1984) para se iniciar um projeto arquitetônico é extremamente importante que se tenha um conceito onde pode-se  canalizar e idealizar todos os conjuntos de informações pertinentes ao que deverá ser realizado na proposta projetual.

A concepção formal para o projeto da Escola de Teatro Bolshoi no Rio de Janeiro partiu de elementos do balé clássico como os giros e os movimentos fluidos e a leveza característica desse tipo de dança.

Figura 1: Conceito – montagem do autor

Fonte: Imagem do livro ACHCAR, DALAL. Balé uma arte . Editora Ediouro , Rio de Janeiro, 1998.

Para a escolha do conceito de projeto, analisou-se alguns aspectos da dança, mais precisamente do Balé Clássico. Neste estilo de dança pode-se observar algumas características muito importantes como: O eixo, a leveza, a fluidez dos movimentos e o equilíbrio, buscando-se usar essas características para servir de orientação e estímulo para a elaboração do conceito para o projeto arquitetônico.

Assim como uma bailarina precisa encontrar o seu eixo para a realização das piruetas e giros, também se partiu desse princípio para realizar o projeto. Através de um eixo traçou-se raios e destes raios obteve-se os prédios do Teatro, Escola e Alojamentos. Mas, não bastava somente o eixo, o projeto precisava ser fluido, leve, dinâmico e equilibrado e para isto buscou-se diferentes materiais, cheios e vazios nas edificações, grandes espaços abertos e muitas paredes curvas. Além desses partidos arquitetônicos, no projeto, utilizou-se os espaços externos para contar um pouco das histórias dos espetáculos de balé clássico para que a população, ao assistir uma peça, pudesse também vivenciá-las nos espaços físicos.

Assim como dizia o grande arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, “Se a reta é o caminho mais curto entre dois pontos, a curva é o que faz o concreto buscar o infinito.” (NIEMEYER, 2017) buscou-se usar formas curvas para dar a intenção de infinito, de algo orgânico e pensado de forma fluida e ampla, assim como ocorre nos passos das bailarinas.

Figura 2 – O conceito – O eixo da bailarina no projeto.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2011.

Segundo Carlos Alberto Maciel (2003) o arquiteto possui suas experiências e conhecimentos adquiridos ao longo da sua trajetória e, este conhecimento e pesquisas é de extrema importância para a realização dos projetos arquitetônicos bem pensados  e resolvidos funcional e esteticamente. Podemos observar este pensamento do autor no trecho abaixo:

Contudo, no processo de projeto, a compreensão e interpretação de cada aspecto colocado como premissa exige por parte do arquiteto a tomada de sucessivas decisões. Cada uma dessas decisões é um ato racional, operado a partir do conhecimento específico do problema, relativizado pela experiência vivida do arquiteto e pelo momento em que se realiza o projeto (MACIEL, 2003, sp).

Já o arquiteto Norman Foster também fala sobre o conhecimento prévio para a realização de um projeto no presente e que será deixado para o futuro. Segundo ele, o arquiteto desenha para o presente com os conhecimentos adquiridos no passado e para um futuro que é desconhecido (FOSTER, 2017).

Sendo assim, partindo da ideia acima, para a realização do projeto para a Escola Teatro Bolshoi no Rio de Janeiro foi realizada uma pesquisa sobre os aspectos urbanísticos, acessibilidade, programa de necessidades, funcionalidades e a estética. Pesquisas através de visitas no Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro, localizado no bairro da Tijuca no Rio de Janeiro,  onde pode-se observar e conhecer o amplo programa de necessidades, possibilidades de materiais e revestimentos e o dimensionamento dos espaços. Estudos através do contato direto com os administradores da Escola do Teatro Bolshoi em Santa Catarina também foram de grande importância para a obtenção do briefing e para a realização dos estudos e projeto arquitetônico. Após as pesquisas iniciais e com os conhecimentos adquiridos foi possível realizar com mais segurança as tomadas de decisões adequadas para as necessidades encontradas.

DESENVOLVIMENTO

Para a realização do projeto levou-se em conta toda estrutura viária e a acessibilidade ao local e, por se tratar de um grande empreendimento, a área  para a execução do projeto precisaria  ser grande. Este também foi um fator importante para a tomada de decisão por um terreno nessa localidade. Um outro fator de extrema importância para a escolha foi o potencial futuro da região com complexos hoteleiros, grandes moradias, centros de convenções e negócios e probidade com os bairros da Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes e Jacarepaguá o que por si só já irá gerar um grande público para o local.

A proximidade com o Centro de Convenções – Riocentro, fica próximo da Vila Olímpica 2016, local com grande quantidade de pessoas e sendo um potencial público para o espaço, seja com as aulas, com espetáculos ou passeios nas áreas externas. Vias como a Transolímpica e Transoeste nas proximidades e um local de fácil acesso através de transporte público também foram fatores de grande importância para a tomada de decisão sobre a área escolhida.

Figura 3: Imagem para localização do terreno e seu entorno. Montagem do autor.

Fonte: Google Earth.

A partir deste momento passa-se a analisar o projeto arquitetônico propriamente dito, suas edificações, os espaços livres e a interação entre eles.

O projeto foi desenvolvido a partir de dados coletados através de livros, sites e informações da Prefeitura do Rio de Janeiro, através do manual para Elaboração de projetos da Prefeitura do Rio de Janeiro e do Relatório de revisão do Plano diretor decenal para a Cidade do Rio de Janeiro sendo apresentada a ficha técnica abaixo.

FICHA TÉCNICA DO PROJETO

Área terreno: 190.000m²

Área do teatro: 13.500m²

Área da escola: 28.500m²

Área do alojamento: 6.000m²

Área da residência: 5.400m²

Área total edificada: 53.400m²

– Portaria 24 horas

– Estacionamento 1: 176 vagas + 80 vagas PNE

– Estacionamento 2: 560 vagas

– Estacionamento de ônibus: 10 vagas

– Teatro para 1.400 espectadores

– Escola para 600 alunos com:

  • Setor médico
  • Setor de ensino médio
  • Setor de música
  • Setor de apoio
  • Setor de ensino de dançar em Alojamento para 150 estudantes

– Residência

12 apartamentos de 2 quartos

12 apartamentos de 1 quarto

– Área livre com espaços de esporte, lazer, descanso e contemplação

O terreno ficou dividido em portaria, estacionamentos para automóveis e para ônibus, prédio do teatro, prédio da escola, prédio do alojamento dos estudantes, prédio das residências dos professores e companhia de dança. Nas edificações pensou-se em usar mão de técnicas que pudessem gerar mais eficiência energética e conforto como o uso de telhado verde, captação de água da chuva para reuso e placas fotovoltaicas para geração de energia. Além disso, todo projeto, as aberturas nas lajes e os cheios e vazios das edificações foram feitos de forma orgânica e com curvas que transmitem a sensação de continuidade, infinito e fluidez característicos do balé clássico.

Figura 4 – Imagem autoral do projeto arquitetônico em perspectiva com a setorização das edificações.

Fonte: Elaborado pelo autor do projeto, 2011.

O conjunto arquitetônico possui ainda espaços abertos ao ar livre com lazer para os alunos, professores e comunidade. Nestes espaços pensou-se em representar, contar e ensinar para a população os grandes espetáculos para o mundo da dança.

Historicamente, os balés eram acessados por pessoas com um maior poder aquisitivo e o objetivo desse projeto é democratizar e trazer a população em geral, democratizando o conhecimento do balé.

Abaixo serão apresentados cada um desses espaços livres.

Figura 5 – Imagem autoral do projeto arquitetônico em perspectiva com a setorização dos espaços livres.

Fonte: Elaborado pelo autor do projeto, 2011.

PRÉDIO DO TEATRO

Nesta edificação está localizado o Teatro do Ballet Bolshoi. O projeto consiste em um prédio circular onde buscamos representar o eixo e os giros de uma bailarina. Assim como os movimentos da dança são fluidos, amplos e leves a arquitetura para este espaço também é. Foi utilizado um conceito o mais aberto e amplo possível, com usos de materiais como vidro, aço, concreto de forma a transmitir a fluidez e leveza da dança na arquitetura.

Figura 6 – Imagem autoral. Planta baixa do teatro – Térreo.

Fonte: Elaborado pelo autor do projeto, 2011.

Neste espaço (figura 6) temos a bilheteria, um foyer com espaços de espera e descanso, um café, uma livraria, uma pequena enfermaria, um espaço de exposições e sanitários, além da área técnica com palco, coxia, camarim e o palco. Já na imagem a seguir (figura 7) encontra-se o acesso ao compartimento técnico, varanda, platéia, uma área de apoio com sanitários e circulação vertical (rampas de acesso e elevadores) e um foyer com mesas e espaços de descanso.

Figura 7 – Imagem autoral. Planta baixa do teatro – Mezanino.

Fonte: Elaborado pelo autor do projeto, 2011.

A seguir (figura 8) é onde está localizada a cabine de som, a cabine de iluminação, a sala multiuso e o sanitário. Este é um pavimento mais técnico e sem acesso ao público, apenas funcionários e pessoas previamente autorizadas podem acessar o local.

Figura 8 – Imagem autoral. Planta baixa do teatro – Pavimento técnico.

Fonte: Elaborado pelo autor do projeto, 2011.

Na imagem a seguir (figura 9) tem-se toda parte de apoio ao espetáculo com a diretoria, o depósito de palco, a oficina de cenografia, a oficina de elétrica, o camarim, a sala de ensaio, a sala de figurinos e a área da orquestra.

Figura 9 – Imagem autoral. Planta baixa do teatro – Subsolo.

Fonte: Elaborado pelo autor do projeto, 2011.

PRÉDIO DA ESCOLA

Nesta edificação está localizada a escola do Teatro e Ballet Bolshoi a edificação está localizada atrás do Prédio do Teatro e é praticamente integrada a este espaço através de um espaço teatro arena para pequenos espetáculos estudantis e aulas. Este espaço interliga os blocos do teatro e da escola, pois os fundos do palco podem ser abertos e é utilizado como o palco do teatro arena.

Figura 10 – Imagem autoral. Planta baixa da escola – Térreo.

Fonte: Elaborado pelo autor do projeto, 2011.

Neste espaço encontra-se a recepção com controle de acesso através de identificação e catracas, hall de elevadores e rampa de circulação vertical. O andar ainda conta com o refeitório e cozinha, a entrada de serviço, o setor administrativo, o setor médico, a entrada de ambulância e uma biblioteca.

Na próxima imagem (figura 11) tem-se a planta baixa do 1º pavimento da escola, neste andar está localizado o hall de elevadores e circulação vertical, o setor de ensino médio,  um setor de música onde acontecem aulas teóricas e práticas de música e um setor social para os alunos se encontrarem e para a interação e trocas de experiências entre eles com cursos extras, um grêmio estudantil, uma sala multiuso e um cinema além de sanitários.

Figura 11 – Imagem  autoral. Planta baixa da escola – 1º Pavimento.

Fonte: Elaborado pelo autor do projeto, 2011.

Na imagem a seguir (figura 12) observa-se a planta baixa do 2º pavimento da escola. Este é um andar mais voltado para o ensino da dança propriamente dita. Nele temos o setor para aulas práticas de danças, aulas teóricas, sala de ensaios, cenografia, figurinos, vestiário e depósito, além de sanitários e a circulação vertical com o hall de elevadores. Todos os pavimentos possuem aberturas verticais onde conseguimos visualizar todos os andares.

As áreas de convivência internas foram pensadas e projetadas com a mesma intenção das edificações, são espaços orgânicos, amplos e fluidos que transmitem a sensação de infinito.

Figura 12 – Imagem  autoral. Planta baixa da escola – 2º Pavimento.

Fonte: Elaborado pelo autor do projeto, 2011.

Na próxima imagem (figura 13) tem-se a planta baixa do pavimento técnico e cobertura da escola. Neste local estão localizados os reservatórios de água da chuva, caixa d’água, o gerador, casa de máquinas do ar-condicionado, um depósito da área técnica, além de um terraço verde que possibilita um maior conforto térmico.

Figura 13 – Imagem autoral. Planta baixa da escola – Pavimento Técnico.

Fonte: Elaborado pelo autor do projeto, 2011.

PRÉDIO DOS ALOJAMENTOS DOS ESTUDANTES

Nesta edificação está localizada a área de residências temporárias dos estudantes de outras regiões do Rio de Janeiro, Brasil ou países próximos e que precisam de um local para morar durante o período do ensino até a sua formação.

Figura 14 – Imagem autoral. Planta baixa, alojamento estudantil – Pavimento Térreo.

Fonte: Elaborado pelo autor do projeto, 2011.

O projeto tem uma recepção com controle de acesso e um hall de elevadores centralizado no prédio e duas rampas (também com controle de acesso) nas extremidades. Neste pavimento encontramos o apartamento do zelador, uma administração, uma lavanderia, uma cozinha coletiva, uma área de estar e de jogos para os alunos e alguns cinco apartamentos.

A seguir pode-se observar a imagem referente ao pavimento tipo da edificação (figura 15) onde tem-se a circulação vertical no centro e nas extremidades, porém, agora só encontramos os apartamentos.

Figura 15 – Imagem autoral. Planta baixa, alojamento estudantil – Pavimento Tipo.

Fonte: Elaborado pelo autor do projeto, 2011.

Na imagem abaixo (figura 16) observa-se os ambientes da cobertura do prédio do alojamento dos estudantes. Nesta planta baixa conseguimos visualizar o terraço verde, um depósito a caixa d’água, um hall de elevadores e o telhado.

Figura 16 – Imagem autoral. Planta baixa, alojamento estudantil – Cobertura.

Fonte: Elaborado pelo autor do projeto, 2011.

PRÉDIO RESIDÊNCIA DOS PROFESSORES E CIA DE DANÇA

Nesta edificação está localizada a área de residências dos professores e dos profissionais da companhia de dança.

Figura 17 – Imagem autoral. Planta baixa, Residência dos professores – Térreo.

Fonte: Elaborado pelo autor do projeto, 2011.

No local temos uma recepção mais centralizada na edificação e duas rampas de acesso laterais, todas as circulações verticais possuem controle de acesso. Ainda no térreo foi projetado um espaço para estar e jogos dos professores e profissionais da cia de dança, uma administração, uma lavanderia, uma cozinha coletiva, uma papelaria e uma farmácia.

A seguir pode-se verificar o andar tipo desta edificação (figura 18) onde foram projetados os apartamentos dos professores com apenas 1 quarto e os apartamentos de 2 quartos para os profissionais da cia de dança.

Figura 18 – Imagem autoral. Planta baixa, Residência dos professores – Tipo.

Fonte: Elaborado pelo autor do projeto, 2011.

Na imagem a seguir (figura 19) vê-se a planta baixa com o terraço verde, o reservatório de água da chuva, a caixa d’água, um depósito e o telhado, assim como no prédio do alojamento.

Figura 19 – Imagem autoral. Planta baixa, Residência dos professores – Cobertura.

Fonte: Elaborado pelo autor do projeto, 2011.

OS ESPAÇOS EXTERNOS – APRENDENDO SOBRE O BALLET PROJETO – “O CORSÁRIO”

Este é o espaço onde serão realizadas feiras de eventos, artesanatos entre outras. Um ambiente amplo com a utilização de pergolados para criar ambientes sombreados, bancos para descanso e locais para a montagem das barraquinhas das feiras de artesanato e locais para a montagem das barraquinhas das feiras de artesanato.

Figura 20 – Imagem autoral. Marcação dos espaços “O Corsário”.

Fonte: Elaborado pelo autor do projeto, 2011.

PROJETO – “COPPÉLIA”

Assim como o ballet, este espaço é alegre e para diversão. Um espaço com piscinas para aulas de natação e outras atividades aquáticas e uma para diversão que é aberta para a comunidade em datas específicas.

Figura 21 – Imagem autoral. Marcação do espaço “Coppélia”.

Fonte: Elaborado pelo autor do projeto, 2011.

PROJETO – “GISELLE”

Espaço de descanso e contemplação onde a pessoa poderá relaxar, ler um livro, fazer um lanche ou simplesmente apreciar a vista e contemplar o local. Para o projeto foram pensadas áreas com bancos, pérgolas, plantas e lagos artificiais.

Figura 22 – Imagem autoral. Marcação do espaço “Giselle”.

Fonte: Elaborado pelo autor do projeto, 2011.

PROJETO – “HARLEQUINADE”

O local foi projetado com quadras de esportes e ringues de patins e skate para a diversão dos alunos, professores, profissionais e da comunidade local.

Figura 23 – Imagem autoral. Marcação do espaço “Harlequinade”.

Fonte: Elaborado pelo autor do projeto, 2011.

PROJETO – “O LAGO DOS CISNES”

O local possui um anfiteatro para apresentações ao ar livre. Além disso, um grande lago artificial que se torna uma cascata e serve de fundo do palco. No ambiente temos muita água, árvores, arbustos e flores passando uma atmosfera de uma floresta mágica.

Figura 24 – Imagem autoral. Marcação do espaço “O Lago dos Cisnes”.

Fonte: Elaborado pelo autor do projeto, 2011.

PROJETO – “O QUEBRA NOZES”

Como este ballet possui muitos atos e cenários diferentes também se optou por fazer dois espaços para este tema.

Um espaço simboliza a parte do primeiro ato, do reino das neves, onde criamos um espaço de descanso e contemplação com um clima de uma floresta mágica e gelada com muita neve e frio. O local possui um lago artificial, um deck de madeira, muitas árvores, arbustos e vegetação e alguns bancos para descanso.

O outro ambiente representa o segundo ato, o reino dos doces e confeitos, onde fizemos um grande parque de brinquedos com muitas cores e enfeites simbolizando doces como bombons, pirulitos, balas, cupcakes, entre outros. Um espaço para muita brincadeira e diversão com balanços, pula-pula, casinhas, circuitos, entre outros, tudo de forma lúdica e causando uma ilusão que os doces cresceram e ficaram gigantes. Um ambiente como se fosse um parque temático.

Figura 25 – Imagem autoral. Marcação dos espaços “O Quebra Nozes”.

Fonte: Elaborado pelo autor do projeto, 2011.

IMAGENS DO PROJETO – PERSPECTIVAS

Na imagem a seguir (figura 26) verifica-se uma visão geral do projeto com o lago no primeiro plano e as montanhas ao fundo. Podemos notar os espaços ao ar livre e como estes espaços são fluidos e se conectam com as edificações. Estudamos o espaço como um coreógrafo estuda o palco e monta uma coreografia com cheios e vazios, dinamismo, movimento e fluidez.

Figura 26 – Imagem autoral. Vista geral do projeto.

Fonte: Elaborado pelo autor do projeto, 2011.

Uma entrada imponente e ampla, com grandes palmeiras imperiais e uma guarita que também segue a mesma linha conceitual que norteia todo projeto arquitetônico, foi idealizada para o empreendimento. Na imagem a seguir (figura 27) observa-se uma perspectiva dessa entrada com a guarita em forma circular e, do lado direito a área de descanso e contemplação do espaço designado para o balé “Giselle” e ao lado esquerdo o espaço “O Quebra Nozes”.

Figura 27 – Imagem autoral. Vista geral do projeto.

Fonte: Elaborado pelo autor do projeto, 2011.

Na imagem anterior (figura 27) tem-se o prédio do teatro com sua fachada curva e a movimentação de cheios e vazios. Um grande espelho d’água cerca está frente e uma ampla passarela vermelha leva o público ao espaço interno. Mais ao fundo temos uma parte do prédio da escola e bem ao fundo a edificação onde fica o alojamento de estudantes.

Figura 28 – Imagem autoral. Vista geral do projeto.

Fonte: Elaborado pelo autor do projeto, 2011.

Anteriormente (figura 28) observa-se uma perspectiva com os prédios do alojamento dos estudantes à direita e um trecho do prédio das residências dos professores e da companhia de dança. Ao centro tem-se a área externa que conta a história do balé “O lago dos Cisnes” que consiste em um anfiteatro e um grande lago que se torna em uma cascata que se torna o painel de fundo do palco. Ao fundo se encontram os prédios de escola e do teatro.

Já na imagem a seguir (figura 29) vê-se uma outra visão da área do anfiteatro com a cascata e lago.

Figura 29- Imagem autoral. Vista geral do projeto – Área “O Lago dos Cisnes”.

Fonte: Elaborado pelo autor do projeto, 2011.

Na imagem a seguir (figura 30) tem-se uma outra perspectiva com os prédios de residência dos professores ao fundo e a área de feirinhas e exposições.

Figura 30 – Imagem autoral. Vista dos espaços ao ar livre – O Lago dos Cisnes.

Fonte: Elaborado pelo autor do projeto, 2011.

Abaixo (figura 31) observa-se uma vista área do prédio dos alojamentos com a área de lazer das piscinas no primeiro plano e mais ao fundo as quadras de esportes.

Figura 31 – Imagem autoral. Vista geral do projeto.

Fonte: Elaborado pelo autor do projeto, 2011.

A seguir (figura 32) pode-se observar o espaço de descanso e contemplação e o teatro. Uma vista da Rua Salvador Allende para o interior do empreendimento. No projeto para a área de descanso foi pensado em lagos artificiais com bancos para descanso e leitura e um jardim com muitas flores e árvores.

Figura 32 – Imagem autoral. Vista geral do projeto.

Fonte: Elaborado pelo autor do projeto, 2011.

Logo abaixo (figura 33) tem-se uma outra perspectiva com todas as edificações do empreendimento.

Figura 33 – Imagem autoral. Vista geral do projeto.

Fonte: Elaborado pelo autor do projeto, 2011.

Na imagem a seguir (figura 34) observa-se uma perspectiva do prédio do teatro com os grandes espelhos d’água e a ampla passarela de acesso ao interior da edificação. Podemos observar a forma circular e a movimentação da fachada.

Figura 34 – Imagem autoral. Vista da entrada com os espaços ao ar livre, portaria e teatro ao fundo.

Fonte: Elaborado pelo autor do projeto, 2011.

Abaixo (figura 35) vê-se mais uma vista da entrada do empreendimento com o lago artificial no primeiro plano e o prédio do teatro ao fundo.

Figura 35 – Imagem autoral. Vista geral do prédio do Teatro.

Fonte: Elaborado pelo autor do projeto, 2011.

Na imagem a seguir (figura 36) observa-se a área do espaço “O Quebra Nozes” no reino dos doces e confeitos, um local com muitos brinquedos lúdicos e brincadeiras, muita cenografia, um parque temático com uma grande escala onde as pessoas parecem “encolher”.

Figura 36 – Imagem autoral.  Perspectiva da área “O Quebra Nozes”.

Fonte: Elaborado pelo autor do projeto, 2011.

Na imagem a seguir (figura 37) tem-se a área entre o teatro e a escola. Neste espaço temos o teatro ao ar livre.

Figura 37 – Imagem autoral. Perspectiva da área entre o teatro e a escola.

Fonte: Elaborado pelo autor do projeto, 2011.

Figura 38 – Imagem autoral.  Perspectiva da área de recepção da escola.

Fonte: Elaborado pelo autor do projeto, 2011.

Na imagem acima (figura 38) observa-se a área de entrada da escola. É uma imagem ainda esquemática para mostrar um ambiente interno com muitas curvas, amplo e fluido.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Buscou-se neste trabalho demonstrar um conceito que foi o norteador para a realização de um estudo projetual para um grande complexo com edificações para moradia, lazer e educação,  utilizando mão de tecnologias sustentáveis e unindo a arquitetura ao universo da dança em um ambiente democrático, inclusivo e acessível tanto para alunos como professores e comunidade em geral objetivando a construção de um conjunto arquitetônico que pudesse ser um legado da presente para as futuras gerações.

Foram realizados estudos e o projeto básico com imagens e plantas gerais e das edificações. O intuito é apenas de caráter educacional, não estando em nível de detalhamento para ser executado e precisando de mais estudos sobre a legislação local para, se for o caso, ser realizada a sua construção.

REFERÊNCIAS

ACHAR, Dalal. Balé uma arte. Editora Ediouro, Rio de Janeiro, 1998.

BOLSHOI, ESCOLA DO TEATRO NO BRASIL. Relatório de atividades. Fornecido pela escola após contato através de e-mail pessoal em 2011, Santa Catarina, 2008/2007.

BOLSHOI, BALLET. Prédio atual do Ballet Bolshoi em Santa Catariana. Imagens cedidas pela Escola do Teatro Bolshoi através de e-mail pessoal. Contato e pesquisa realizada em 2011.

COREOGRÁFICO, Centro Coreográfico do Rio de Janeiro, Visita técnica guiada pelo Centro Coreográfico, Tijuca, Rio de Janeiro, visita realizada em 2011.

FOSTER, Foster. Frases de arquitetos que traduzem o melhor de sua arte. Vivadecora, setembro, 2017. Disponível em  https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetura/frases-de-arquitetos/

MENSCAL Renato. Projetos de Teatros e Escolas cordialmente cedidos pelo arquiteto e professor Renato Menescal. Pesquisa realizada em 2011.

MACIEL, Carlos Alberto. Arquitetura, projeto e conceito. Arquitextos, São Paulo, ano 04, n.043.10, Vitruvius, dez. 2003. Disponível em arquitextos 043.10: Arquitetura, projeto e conceito (1) | vitruvius

NIEMEYER, Oscar. Frases de arquitetos que traduzem o melhor de sua arte. Vivadecora, setembro, 2017. Disponível em  https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetura/frases-de-arquitetos/

PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO. Manual para a elaboração de projetos escolares na Cidade do Rio de Janeiro, IBAM/CPU, PCRJ/SMU, 1996.

PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO. Relatório de revisão do plano diretor decenal da Cidade do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2006.

SNYDER, James C. e CATANESE, Anthony. Introdução à Arquitetura. Rio de Janeiro: Ed. Campus Ltda., 1984.

[1] Pós-graduada em Design de Interiores, Conforto Ambiental e Luminotécnica Aplicada pela Faculdade Metropolitana de SP e Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela UFRJ.

[2] Orientadora. Doutorado em Engenharia de Produção.

Enviado: Março, 2021.

Aprovado: Junho, 2021.

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Vanessa Lessa Fraga dos Santos

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