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Contestação ao modelo astronômico heliocêntrico, suas afirmações, incidência dos raios do sol, experimento de eratóstenes e orbita excêntrica de vênus [1]

RC: 87811
656
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/geografia/astronomico-heliocentrico

CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

FERNANDES, Ivete dos Santos [2]

FERNANDES, Ivete dos Santos. Contestação ao modelo astronômico heliocêntrico, suas afirmações, incidência dos raios do sol, experimento de eratóstenes e orbita excêntrica de vênus. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 06, Ed. 06, Vol. 03, pp. 97-121. Junho de 2021. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/geografia/astronomico-heliocentrico, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/geografia/astronomico-heliocentrico

RESUMO

Somos apresentados desde a infância ao conhecimento do modelo Heliocêntrico, mas, intuitivamente, podemos ter outra percepção para os fenômenos astronômicos sobre como a interação Sol, Lua e eclipses poderiam ser explicados. O objetivo deste artigo é trazer uma reflexão sobre o modelo astronômico vigente, contrapondo algumas elucidações da teoria do século XVII, de modo a apresentar incongruências através da lógica, no que sua previsão apresenta erros com relação à realidade. Para realização dessas contraposições foram realizados experimentos, através do modelo de Eratóstenes, observando a perpendicularidade do Sol e sua não compatibilidade com a teoria que tem como base um Sol enorme e distante. Utilizou-se, também, observações de modelos e programas como Stellarium e suas previsões, adequando metodologias utilizadas por Nicolau Copérnico, Tycho Brahe e outros, revendo os fatos e propondo uma nova metodologia para verificar a não excentricidade da órbita de Vênus e sua órbita mais elíptica, depois de Mercúrio. Assim, com o experimento de Eratóstenes e a observação do programa Stellarium, propôs-se uma nova metodologia para esses experimentos, visando reformulações na astronomia hoje aceita, uma discussão dos métodos e entendimento dos mesmos para corpos esféricos, reformulando conceitos e um possível novo modelo astronômico.

Palavras-chave: Astronomia; Modelo cosmológico; Contestação modelo astronômico; Experimento de Eratóstenes.

1. INTRODUÇÃO

Através da análise de todo o modelo astronômico instituído por Nicolau Copérnico e consolidado pelo Papa Gregório 13 no século XVII (DOGGETT, 1992), da análise de experimentos e da observância de conceitos contraditórios, este artigo impulsiona o questionamento de que um Sol, emitindo raios considerados paralelos, com um raio de 696.000 km, não poderia provocar penumbra, sendo que, nesta condição, os eclipses lunares ocorreriam em um tempo maior e os eclipses solares deveriam ter uma abrangência em quilômetros de mesmo diâmetro da Lua, para raios considerados paralelos.

Eratóstenes e seu experimento, que pode e deve ser validado também para demonstrar o tamanho do Sol, traça um paralelo entre a sua época e o fato dos 24,05º (latitude de Assuã) que hoje já não poderia estar perpendicular.

Nesse contexto, partindo da Terra como o ponto referencial, pois estamos em sua superfície, trataremos sobre como o Sol é visto da Terra, o porquê de seu nascimento e a visualização que temos no decorrer das horas, por meio de explicações lógicas para estes fatos, levando-se em consideração que se corpos orbitam outros por seus círculos máximos, estes também serão orbitados do mesmo modo. Por meio de uma visão lógica, entendemos que estes acontecimentos se dão de outra forma quando comparados às previsões do modelo astronômico vigente, como de fato deveriam ocorrer para um Sol enorme e distante que diverge e converge e suas influências sobre a Terra.

2. ERATÓSTENES

Eratóstenes vivia em Alexandria quando descobriu que no dia 21 de junho, em Assuã, o Sol incidia diretamente ao centro de um poço. Onde, a partir dessa observância, posteriormente, ele viria a calcular o tamanho da Terra verificando a sombra ao meio-dia solar, para um Sol a 90º.

Desta forma, ele fez seu experimento com o objetivo de medir o tamanho da Terra, o 1/360° da Terra. Observou que a sombra se zerou em uma haste de 1 metro devidamente prumada, na cidade de Assuã, ao passo que em Alexandria encontrou-se uma sombra equivalente a 7,2º (DUANE, 2010; SACROBOSCO, 2006) para 800 km de distância entre as cidades, encontrando uma circunferência, hoje calculada, em 40.075 km para a Terra (LASKY, 2000; DUNHAM, 1990).

Contudo, Eratóstenes não pensou que seria possível inverter o experimento, não apenas para saber o tamanho da Terra, mas também para confirmar o tamanho do Sol. Desta forma, fica evidente que um Sol enorme teria que ficar perpendicular a um raio imenso na Terra. Porém, tendo como premissa um Sol enorme e distante, isso não ocorre dentro do raio de 555 metros que se observa (DUANE, 2010; SACROBOSCO, 2006).

O experimento amplamente repetido durante séculos, pode ter dupla finalidade, sabendo-se que o Sol fica com a sombra zerada, ou seja, perpendicular a 555 metros, o que corresponde a 0,01º na Terra, para um Sol de 696.000 km de raio (BORGES, 2005; DUTKA, 1993).

Para um sol divergente, o experimento pode ser feito a qualquer dia, já que sua órbita ocorre por seus círculos máximos. Ao meio-dia solar, onde o Sol se encontra a 89º,50’ (elevação solar, que a sombra será zerada, de acordo com previsões do Stellarium), a partir de 1,11 km, também, se notará uma sombra muito pequena, confirmando, assim, que um Sol imenso não seria compatível. Ressaltando que a luz se propaga em linha reta (TREVISAN, 1997; KATZ, 1998).

O modelo astronômico atual admite uma convergência/divergência de 0,53º. Então, para o experimento de Eratóstenes, o Sol ficaria perpendicular a um raio substancialmente maior, mas, estranhamente, isto não fica em em um raio de 121,34 km que corresponde a 0,01° da circunferência do Sol. Para uma divergência de 0,53°, onde 121,34 km multiplicados por 53 resultaria em 6.431 km, que deveria estar perpendicular. Porém, isto não ocorre, ficando perpendicular apenas 1,11 km ou um raio de 555 metros, para uma curvatura de 111 km ou 0,01º na Terra (LONGHINI, 2010; CREASE, 2006).

Comprovando que um raio de 555 metros realmente fica perpendicular, o que é incompatível com um Sol imenso. 121,34 km para 0,01º do Sol, ficaria perpendicular na Terra, o que obviamente representaria um raio muito maior na Terra que seu 0,01º. Contudo, se não fica, prova-se que Sol não pode ser imenso. Lembrando que o Sol diverge em 0,53º, num raio infinitamente maior ele deveria abranger essa perpendicularidade, tendo em vista que a luz se propaga em linha reta. (MOURÃO, 1987; GULBEKIAN, 1987).

3. RAIOS PARALELOS DO SOL

O modelo afirma que o Sol emite raios considerados paralelos, logo, 97% a 99% seriam paralelos. Para justificar um Sol de 696.000 km de raio, neste caso, ele teria que emitir raios considerados paralelos que, em termos rigorosamente científicos e práticos, não poderiam provir de uma fonte extensa, nem tampouco poderia produzir penumbra nem ângulos, assim como também não poderiam ficar perpendiculares na Terra em um raio de apenas 555 metros para solstício.  É absurda a hipótese de um Sol paralelo ficar perpendicular apenas neste raio que corresponde a 0,01º da curvatura terrestre, segundo o experimento de Eratóstenes, conhecido a séculos. Estranhamente Nicolau Copérnico conhecia esse experimento e não o levou em consideração, se assim o fizesse teria observado que seu modelo não procedia, pois um Sol imenso teria que ficar perpendicular a um raio também imenso, o que a realidade não demonstra. Desta forma, isso comprova este erro do modelo, lembrando, que se o modelo falha num ponto tão importante, torna-se nulo. O experimento de Eratóstenes, foi realizado admitindo-se que o Sol emitiria raios paralelos a Syene e Alexandria, assim, esse conceito de Sol emitindo raios paralelos vem de Aristarco, que calculou a distância Terra\Sol pela fase quarto crescente da lua (BOCZKO, 1984).

Um raio considerado paralelo também teria que no eclipse lunar provocar uma sombra do mesmo tamanho da Terra. No entanto, no eclipse solar, a sombra da Lua é de 270 km para uma Lua de 3.474 km, o que um raio paralelo não faria, ressaltando, que o raio paralelo, provocaria uma sombra de mesmo tamanho que o anteparo, o que no modelo, não corresponde ao observado (SAGAN, 1980).

O problema dos raios considerados paralelos, é que o raio do Sol só pode ser considerado paralelo se de fato fosse 100% paralelo. Caso ao contrário, não pode-se admitir que de 97% a 99% seriam considerados paralelos. Dito isso, podemos analisar um outro problema: raios paralelos não formariam penumbra, muito menos formariam ângulos que apenas os convergentes e divergentes produziriam. Se estes fossem paralelos, deixaria, assim, o Sol de ser uma fonte extensa para a ótica que formaria penumbra. Levando isto em consideração, o crepúsculo que nós vivenciamos todos os dias seria obra de ficção científica, porém ele é real, provando, assim, que raios do Sol não são paralelos, pois um corpo esférico tem que emitir raios convergentes e divergentes em uma pequena faixa que incide diretamente. A exemplo de seu 0,01º pode-se admitir como aparentemente paralelos os que incidem diretamente a Terra, ou seja, exatamente perpendiculares (GASPAR, 2000; AUJAC, 1980).

Um corpo esférico como o Sol não poderia emitir raios considerados paralelos, mas sim convergentes/divergentes, porém considerando o tamanho de 109 vezes o tamanho da Terra, neste caso, eles seriam paralelos. Em um trânsito de Vênus e Mercúrio, a Terra sendo quase do tamanho de Vênus, para o modelo astronômico atual, todos os dias haveria iluminação nas laterais da Terra, já que a Terra seria um pontinho no centro do Sol, o que acarretaria um crepúsculo de 12 horas, que não se tornaria noite absoluta em nenhum horário, já que a Terra orbitaria o Sol por seu círculo máximo. Assim, esses raios deveriam passar pelas laterais da Terra, ficando toda a Terra dentro desse raio, o que novamente não ocorre na realidade, já que a Terra estaria 23 horas e 56 minutos orbitando o Sol continuamente e eternamente, onde 2 corpos esféricos orbitam-se e são orbitados por seus respectivos círculos máximos. Desta forma, a mesma luminosidade solar seria emitida para a Terra em qualquer horário, seja dia ou noite, o crepúsculo deveria ocorrer continuamente nas mais de 12 horas, se noite, e diretamente a luz solar, para um raio solar infinitamente maior que passaria pela Terra, mas se noite ter-se-ia um crepúsculo de 12 horas. Em seu artigo, o astrofísico Ethan Siegel afirma que os raios do Sol são paralelos, assim não formariam penumbra. Em consonância, Carl Sagan, também reconhece, ao falar do experimento de Eratóstenes, que os raios solares são paralelos.

4. CITAÇÃO DE ETHAN SIEGEL

A razão pela qual os raios parecem ter uma forma divergente é por causa da perspectiva e do fato de que esses raios de luz verdadeiramente paralelos estão pousando mais perto de nós do que seu ponto de origem, bem no fundo das nuvens. Os raios do Sol são realmente paralelos, mas a menos que estejam vindo perpendicularmente a você, não parecerão ser assim. Isso é simplesmente o que parece quando você vê linhas paralelas enquanto elas se afastam de você. (ETHAN SIEGEL)

Na realidade, se os raios do Sol são considerados paralelos não podem formar penumbra nem ângulos, já que para nessa hipótese, o Sol seria de fato enorme e distante. Esta contradição despercebida até hoje, não pode afirmar conceitos antagônicos como os raios do Sol serem considerados paralelos e formarem ângulos concomitantemente.

Comparativamente para formas geométricas, sendo Sol e Terra esféricos, sua curvatura ou superfície, no caso do Sol, sendo imenso, seria praticamente uma reta, não tendo curvatura alguma. Em presença de uma Terra minúscula, o Sol incidiria paralelamente e perpendicularmente em quase todo o raio da Terra, no entanto, isso não ocorre. Exemplificando: em uma bola de gude, sua superfície ou curvatura é de fato uma curva acentuada, porém comparando ao Sol, seria praticamente uma reta, ou seja, causaria raios considerados paralelos, estando perpendicular a Terra, já que ela também rotaciona.

A superfície ou curvatura do Sol, sendo quase uma reta, consequentemente traçando retas perpendiculares, seriam praticamente paralelas entre si, fazendo, assim, sentido a afirmação de que sol emite raios considerados paralelos, porém, não formariam penumbra nem ângulos, produzidos no mundo real. Descaracterizando a afirmação do modelo para os raios do Sol, que de fato convergem e divergem. Lembrando, também, que na Terra, não é possível visualizar sua curvatura, mas sabendo, de forma indireta, que ela é esférica. (TIPLER, 2009).

Os raios crepusculares que são observados, não poderiam se formar para raios absolutamente paralelos ou considerados paralelos, se assim acontecesse, seriam obras de ficção científica. Não podendo existir no mundo real, já que raios paralelos não formam ângulos nem produzem penumbra (CREPUSCULAR RAYS, 2012).

Um corpo esférico, somente poderia produzir raios convergentes e divergentes, levando em consideração que sua origem é circular e terá obrigatoriamente que convergir e divergir. Não existem no universo corpos de grandes proporções que não sejam esféricos. (WALKER, 1990; BERRY, 1961).

Exemplificando um local peculiar no mundo: a Torre Eiffel. O Sol ficaria perpendicular somente a um raio de 555 metros, demonstrando, assim, um Sol pequeno. Se o modelo fosse real, o Sol imenso ficaria não só perpendicular à torre, mas também à um raio imenso, o que não condiz com o observado.

Portanto, concluímos que o modelo Heliocêntrico, esquece novamente de que um Sol divergente, que possui 0,53º de divergência, não poderia ter essa abrangência na Terra. No experimento de Eratóstenes, ficar perpendicular a um raio de apenas 555 metros, que corresponderia a 0,01º da curvatura terrestre é desproporcional aos mesmos 0,01º da circunferência do Sol, que são equivalentes a 121,34 km. E a divergência, foi esquecida? O Sol divergindo para o modelo astronômico real, 111 km para 1º na Terra e 0,01º do Sol, corresponderiam a 121,34 km para 0,53º, totalizando 6.431,02 km. Assim, no mundo real, ficar perpendicular a um raio de 555 metros é totalmente ilógico para o modelo Heliocêntrico (BRETONES, 1999).

5. PRECESSÃO

Assuã, localiza-se na latitude 24,05º Norte, o que demonstra que o Sol está diminuindo sua precessão, ou reduzindo de 24,05º para 23,5º ou 23,27°, ou seja, há uma redução de 0,78º na precessão, significando que no passado, até à latitude 24,05º, o Sol ficava de fato perpendicular, como comprovado por Eratóstenes.

No entanto, o programa Stellarium, aponta que no ano de 15020, a estrela Polaris estará numa elevação de 44°, onde poderá ser vista de Porto Alegre/RS. Entretanto, percebemos um equívoco do Stellarium, uma vez que este fenômeno ocorreria ao contrário do que se foi afirmado, onde no futuro, teríamos o Sol praticamente sob o equador e duas estações do ano, primavera e outono, sob o ponto de vista da precessão, já que o Sol sempre estará aproximadamente à 90º com a Polaris, para os dias de hoje. Assim, no futuro, o Sol tenderá ao equador, estando essa previsão de elevação da Polaris de 44º totalmente equivocada.

Um Sol menor e mais próximo orbitando a Terra e tendendo ao equador, oscilando hoje em 23,27º, acima ou abaixo do equador, no futuro oscilará apenas ao equador, como demonstrado por Eratóstenes a 2.200 anos. Nos dias de hoje, essa precessão está reduzindo. Contudo, o Stellarium aponta para o ano de 15020 uma precessão de 23,5º + 23,5º, ou seja, de 47º, que acarretaria, em trópicos sendo deslocados, regiões polares derretendo, uma tragédia iminente em alguns anos; o que também não corresponde ao 24,05º (latitude) de hoje de Assuã. Desta forma, nota-se que o que no passado estava perpendicular, hoje já não está. (ASENSI, 1990; GOLDSTEIN, 2002).

Já que o Sol oscila 23,27º ao trópico de Câncer ou ao Trópico de Capricórnio, o cálculo do Stellarium de elevação de  47º para Polaris para o ano 15020, não procede. Em uma elevação de 90º – 23,27º = 66,73º, ou seja, quando reduzir 23,27º, a Polaris estará deslocada em 23,27º, não 44º como afirmado, cuja elevação passará para 66,73º Norte. Dessa forma, comprovamos que a previsão do Stellarium está equivocada, pois o Sol também se deslocaria em igual proporção ao trópico (ZEILIK, 2003).

O Sol, hoje, de fato, incide sobre os trópicos a 23,5º ou 23,27º acima ou abaixo do equador. Se em 2.200 estava a 24,05º, havendo uma redução de 0,78º, quando comparada à precessão existente atualmente, o que já é bastante significativo, então em 65.633 anos, teríamos uma redução dos 23,27º, contrariando a previsão do Stellarium. Este fato, é amplamente documentado, tendo assim aproximadamente 0,78º para 2.200 anos, para uma precessão de 23,27º em 65.633 anos, não compatível com o que o Stellarium prevê. Uma precessão de 47º é incompatível com os 2 mil anos de redução de 24,05º para 23,27º, que irá tender a quase zero.

A primeira medida da obliquidade da eclíptica é creditada a Eratóstenes pelo valor de 23º 51’ 20”, o que se encontra em quase concordância com as alegações deste trabalho, quanto a precessão e concomitantemente a obliquidade da eclíptica.

Na época de Eratóstenes, na latitude 24,05º, que é a latitude de Assuã, o Sol estava perfeitamente perpendicular, conforme comprovado através de inúmeros e repetidos experimentos realizados por ele, sempre zerando a sombra, sob a justificativa de que a precessão na época era outra, reduzindo hoje para 23, 27º. Contudo, no futuro estima-se que, estando a precessão próximo de zero, teremos praticamente duas estações do ano: primavera e outono, o que acarretaria mudanças no cenário agrícola do mundo, onde teremos maior abundância de gêneros alimentícios em algumas regiões que hoje são praticamente improdutivas, surgindo novas áreas férteis, pois uma área significativa pode se transformar em zona temperada durante o ano devido a mudança na precessão. (ARAUJO, 2003).

Sendo assim, o Stellarium prevê para o ano de 15020 uma precessão de 47º, que não condiz com a evolução da precessão observada. Uma previsão matemática para o ano de 15020, não pode estar em desacordo com 2.200 anos de um experimento amplamente repetido, que comprova que a perpendicularidade do Sol reduziu sua precessão de 24,05º para 23,27º, sendo este fato amplamente documentado. (LONGHINI, 2010).

6. COMO SOL É VISTO DE UM AVIÃO A GRANDES DISTÂNCIAS E EVIDÊNCIAS FÍSICAS

Considerando como o Sol é visto de um avião às 12 horas e constatando que  corpos esféricos orbitam outros por seus respectivos círculos máximos, assim visto do avião o Sol teria que ser visto, estando a 150 milhões de km, também no círculo máximo da Terra, já que como referencial o Sol estaria no círculo máximo da Terra\equador, a qualquer hora, bastando que o avião estivesse voando na parte dia, estando o avião viajando pelo equador teria que o Sol ser visto a qualquer hora sempre na linha do horizonte durante o  dia, nunca deveria ser visto às 12 horas a 90º com o avião, admitindo-se num dia de equinócio, como de fato se vê. Já que o Sol estaria a 150 milhões de km, sendo impossível o avião ir à 90º com o Sol, sempre estaria na linha do horizonte, ou a 150 milhões de km a frente ou contrário ao avião, nunca a 90º já que estaríamos sobrevoando a órbita da Terra, a 11\12 km de altitude, o referencial do Sol a 90º seria visto da Terra apenas, pela rotação da mesma, conforme avalizado pelo modelo. No avião não temos o mesmo referencial da Terra ou a rotação como motivo para vermos o Sol nascendo a leste ficando a 90º às 12 horas e declinando a oeste. Se o Sol ficasse nas mediações da via Láctea, a Terra orbitaria o Sol também por seu círculo máximo, logo, vendo da Terra o Sol também teria que ficar no seu círculo máximo, sempre seria visto na linha do horizonte, um pouco abaixo ou acima se viajasse pelos trópicos; Mas isso não ocorre, no entanto o Sol é visto a 90º com o avião na altitude de cruzeiro  para o horário das 12 horas, quando no modelo atual o Sol deveria ser visto sempre na linha do horizonte a qualquer horário, se dia, assim o modelo falha novamente (JOHN, 2005).

Se o Sol fosse visto na linha do horizonte a qualquer horário, de dia o modelo estaria correto, mas vemos a 90º com o avião, lembrando que o avião está sujeito a gravidade terrestre, mas está isenta da rotação da mesma, assim o Sol não poderia ser visto como da Terra, sendo que o  modelo afirma que rotação é  responsável por vermos o Sol, mas do avião isto mudaria e o Sol deveria ficar no círculo máximo, já que estaríamos mais próximos do círculo máximo da Terra ou seja a 11 km dela (em médio para os voos). De um avião contornamos a Terra em 40.075 km, à 11\12 km de altitude, nunca em nenhum momento poderia o avião estar a 90º com o Sol, logo, o Sol estaria sempre a 150 milhões de km, nunca a 90º, sendo visto na linha do horizonte, ou a esquerda ou à direita do avião, sendo o Sol da dimensão que o modelo afirma (LANCIANO, 2014).

6.1 O MOVIMENTO ANUAL DO SOL

O Movimento anual do Sol, no modelo astronômico atual, é visto como um carrossel que gira em razão do movimento de translação da terra sobre o Sol que, por sua vez, seria visto à frente das 12 constelações equatoriais em seu aparente movimento anual de 1° dia. Porém, observa-se que novamente seria incongruente, uma vez que na rotação da Terra de 23 horas e 56 minutos também daria 1° dia em relação às constelações, o que anularia ou somaria, dando 2º. No entanto, o modelo atribui esse movimento a translação da Terra, mas e o 1º da rotação? Se anulados não haveria o movimento anual em relação às estrelas e se somados resultaria no 2º, o que também estaria errado. O Stellarium demonstra o 1º em relação às constelações, fato amplamente divulgado de que o Sol tem um movimento diário de 1º em relação às estrelas/constelações. Contudo, se este está imóvel no centro da galáxia, não poderia apresentar este movimento, já que o Sol está mais próximo que as estrelas, e se passando a frente destas demonstraria um movimento real, como demonstrado no experimento de Eratóstenes, para um Sol menor e mais próximo, considerando um modelo geocêntrico (SANTIAGO, 2021).

7. A ROTAÇÃO DA TERRA

A rotação da Terra corresponde a 23 horas e 56 minutos e é responsável pelo nascimento do Sol e da Lua. Porém, com 23 horas e 56 minutos, o Sol ainda não nasce, precisando de 3,94 minutos para nascer, de modo a ter que “pedir emprestado” 3,94 minutos todos os dias da rotação seguinte, totalizando aproximadamente 1.440 minutos em 1 ano.

No entanto, o Sol nasce com aproximadamente 24hs, assim, no primeiro dia com 23 horas e 56 minutos ainda não veríamos o Sol. Em 1 mês, o Sol teria uma defasagem de 2 horas ao nascer, e em 6 meses de 12 horas. Para o equador terrestre, o Sol teria que nascer durante a madrugada num período, porém isso não ocorre, pois os 3,94 minutos são cumulativos todos os dias, assim não pode o motivo do nascimento do Sol ser a rotação da Terra. Sendo 24 horas correspondentes à 360º diários da rotação da Terra, as 23 horas e 56 minutos, seriam equivalentes a aproximadamente 359º, sendo os 3,94 minutos equivalentes a 1º grau.  Portanto, há um descompasso entre a rotação e o nascimento do Sol. Levando em consideração a região Sudeste, a exemplo do mês de julho, em que o Sol nasce praticamente todos os dias com 24 horas, concluímos que seu nascimento teria que ter outro motivo, tendo que se desvincular da rotação, o que significaria que o Sol teria seu movimento independentemente da rotação, ao passo que a rotação seria responsável pelo movimento aparente das estrelas em 0,985º todos os dias. Os 3,94 minutos diários, em 365 dias, resultam em 24hs, e em 1 ano, resultariam em 1 dia a menos no cômputo total (MÁXIMO, 2011; ALBANESE, 1997).

Com a Lua acontece algo interessante, ela precisa de 24 horas e 50 minutos para nascer. Logo, 50 minutos multiplicados por 365 dias resultam em 18250 minutos, que divididos por 60, e logo em seguida por 24 horas, resulta em 12,67 dias. Desta forma, para nascer apenas no excedente a lua teria que “pedir emprestado” 12,67 dias de uma rotação inexistente? Para explicar esse fenômeno, o modelo tem que de fato desvincular o nascimento do Sol e da Lua da rotação da Terra, fazendo sentido com relação ao movimento aparente das estrelas de 0,985º dia ou de aproximadamente 1º, completando o ciclo em 365/366 dias (SPECK, 1997).

Ou seja, para 365 dias, haveria 12,67 dias a menos para a Lua. Em suma, para o sol teríamos 365 rotações de 23 horas e 56 minutos. Com 1º correspondentes aos 3,94 minutos multiplicados por 365 dias teríamos um dia a menos para a rotação, e, para a Lua, os 50 minutos multiplicados por 365 dias no cômputo total resultariam em 12,67 dias a menos para a rotação, porém sabendo do movimento de 13º diários, o raciocínio acima seria levando em consideração apenas para a rotação da Terra (CAMINO, 1985).

Deste modo, o Sol deveria nascer durante a madrugada, assim como a Lua nasce, devido a defasagem de 3,94 minutos diários, já que a rotação da Terra é de 23 horas e 56 minutos em defasagem as 24 horas (em média) do nascimento do Sol. Tendo variações durante o ano, dependendo da estação do ano.

Portanto, temos que desvincular Sol e Lua da rotação, pois a mesma apenas faz 0,985º no movimento aparente ou 1°, aproximadamente, em relação às estrelas. (MANTECON, 1998).

8. ECLIPSE LUNAR

O eclipse lunar ocorrendo pela sombra da Terra, sendo causado por raios paralelos, deveria causar uma sombra de mesmo tamanho que seu anteparo, para um diâmetro de 12.756 km. No entanto, a ciência calcula o diâmetro da sombra em 9.200 km, sendo contraditórias as informações, uma vez que se os raios do Sol podem ser considerados paralelos de 97% a 99%, o cálculo não poderia ser tão diverso. Por outro lado, o vértice do cone de sombra da Terra é de 0,53º. No entanto, se temos uma noite de 180º, ou seja, de 12 horas, levando em consideração que para 24 horas teríamos 360º no equador cuja variação ao longo do ano é de pouquíssimos minutos, como poderia um Sol imenso causar um vértice de cone de sombra de 0,53º para a noite ou eclipse lunar, que tem o mesmo motivo, a sombra da Terra? Já que temos de fato a figura de um cilindro reto de 180º, um cone de sombra de 0,53º seria visível para uma claridade ou penumbra de 180º – 0,53º = 179,47º. Para visualizar o que o modelo afirma teríamos que ter 179,47° de crepúsculo/penumbra/meia luz/iluminação, contudo, o modelo afirma apenas o vértice do cone de sombra de 0,53º de umbra ou de noite calculada, no entanto, não vemos isso ocorrendo no céu, o que visualizamos é 180º de umbra/sombra/noite para o equador. Sendo assim, visualizamos uma coisa e o modelo afirma outra, completamente distinta do que deveria ser visto. Neste caso, os eclipses lunares deveriam ser explicados de outra forma, pois levando em consideração os 0,53º do vértice do cone de sombra, uma noite corresponderia a apenas 2,12 minutos. Para o modelo estar correto, teria que ter uma noite ou um eclipse lunar ocorrendo em 2,12 minutos, pois ambos teriam a mesma causa, a sombra da Terra (DA SILVEIRA, 2017; BACKRUD, 2007).

9. CONSEQUÊNCIAS DOS 0,53º

Para termos um vértice de cone de sombra de 0,53º, consequentemente teríamos que ter noites menores no equador, porém não temos. A diferença entre dias e noites são mínimas para o equador terrestre, mas na previsão do modelo deveria ter uma diferença significativa nas noites e dias maiores, já que o Sol imenso incidiria numa área muito maior quando dia, mas por que não temos? Para equador, não levamos em consideração os trópicos, que como o Sol incide obliquamente, haveria sim algumas mudanças (LONGHINI, 2010).

A luz que se propaga em linha reta, incidiria e englobaria praticamente toda a Terra, ficando apenas 0,53º na sombra\umbra. No eclipse lunar, ocorrendo dentro da sombra da Terra que seria visível do céu em 180º, o vértice do cone de sombra de 0,53º não poderia ser visto, seria uma umbra dentro de outra umbra, o que obviamente não seria possível de visualizar, pois assim, ambas se anulariam e o eclipse não iria ocorrer, ou deveria ocorrer para qualquer noite, ou seja, um eclipse total em todas as noites com duração de toda a noite, já que a noite corresponde a 12 horas e não ao vértice do cone de sombra de 0,53º, pois noite e eclipse lunar tem o mesmo motivo: a sombra\umbra da Terra (LIMA, 2013).

Observe que, para o modelo astronômico atual, o Sol não é representado 109 vezes maior que a Terra, muito menos o ângulo do vértice dos desenhos ilustrativos do modelo corresponde a 0,53º, sendo assim, a penumbra/crepúsculo/meia luz/iluminação seria de 179,47º para a realidade e isso não é o que vemos a noite, ou seja, não há 12hs de crepúsculo, já que 0,53º corresponderia a apenas 2,12 minutos na noite. Fazendo uma regra de 3 básica: 360º está para 24hs ou 1440 minutos, assim como 0,53º estaria para 2,12 minutos, o que neste caso, representaria uma noite/eclipse lunar que tem o mesmo motivo, a sombra/umbra da Terra, seria de 2,12 minutos para o modelo estar correto. Lembrando que o modelo argumenta que devido à distância, o Sol seria visto com seu tamanho angular reduzido, observa-se que, se propagando a luz em linha reta, essa penumbra se propagaria pelas laterais da Terra iluminada pelo Sol, num raio de 696.000 km e passaria pelo raio da Terra de 6.378km, convergindo a luz em 0,53º, os 179,47º de céu seriam de penumbra/iluminação e apenas os 0,53º seriam de umbra, o que seria visível no céu. Assim como vemos a sombra durante um dia ensolarado, também veríamos essa umbra, no entanto, temos uma noite de 180º, ou seja, de 12hs, para o equador e não de um vértice de cone 0,53º de umbra, ou de 2,12 minutos. Ocorrendo o eclipse a qualquer hora da noite, não poderíamos ver uma umbra na noite dentro de outra umbra de 0,53º, sendo necessário, assim, rever esses conceitos, pois em uma noite de aproximadamente 12hs, não poderia ser um vértice de cone de sombra de 0,53º (PRÍNCIPE JR, 1970).

10. ESTAÇÕES DO ANO

No modelo as estações do ano ocorrem por causa da inclinação do eixo da Terra, de 23,5º. Em uma esfera só existe um eixo, sendo assim, em um círculo máximo o eixo longitudinal ou horizontal sempre estará equilibrado com seu eixo central de gravidade. Se dividirmos uma esfera em 4 partes, essa divisão longitudinal será o eixo inclinado ou principal, ao passo que os outros círculos menores serão os paralelos a este, que seriam correspondentes aos trópicos. No entanto, se o Sol está perpendicular ao trópico, já não estará perpendicular a este eixo central, estando 23,5º deslocado do equador, deslocando-se assim da Polaris, o que na realidade não acontece. Contudo, no modelo, isso deveria ocorrer, isto é, no equinócio, o Sol estaria no trópico a 89,50’ no meio-dia solar, enquanto no solstício, a 66º.  No entanto, no solstício o Sol deveria estar a 89,50’, e Polaris a 90º (aproximadamente) norte, contudo, a elevação solar será de 66º em relação a Polaris, dessa forma sua visualização ficaria desfocada duas vezes no ano (QUEIROZ, 2004).

Se o eixo fosse inclinado, ele não estaria equilibrado com a gravidade, e isto é um dos problemas desta hipótese. O outro é qual seria o motivo para haver a inversão do sentido da inclinação solar ora privilegiando o hemisfério norte ora invertendo o sul? O modelo não traz explicação plausível para essa inversão (ANTUNES, 1996).

A inclinação do eixo é utilizada para explicar as estações do ano, mas para o equinócio este mesmo eixo, não é inclinado. Nos demonstrativos das estações do ano, no equinócio, o eixo deixa de ser inclinado, ou se inclina, o sol acima ou abaixo, no equinócio diretamente sobre o equador, esquecendo assim, do eixo inclinado. Esta mesma inclinação corresponde a precessão dos equinócios, que na época de Eratóstenes era de 24,05º (PRECESSÃO, 2011).

Sendo as estações do ano explicadas apenas pelo eixo de inclinação da Terra, observa-se que no equinócio esse eixo não estaria inclinado, a precessão passaria não para 25.770 anos, mas para 12 meses, a Polaris teria que estar ora a 90º norte e ora a 44º, levando em consideração a elevação solar as 12 horas, para o ano de 15020 percebemos que isso não ocorreria na realidade, o que demonstra outra incongruência no modelo. Na realidade, os 0,78º de redução da precessão de Eratóstenes, que atualmente está em 23,27º, e não 46,54º como o Stellarium aponta, logo, em 65.633 anos o Sol tenderá ao equador e a elevação de Polaris será de 66,73º.

O eixo da Terra, hipoteticamente, estaria dividindo a Terra em 4 partes, de maneira vertical e horizontal. Essa parte que divide em 2 metades verticalmente é o eixo de gravidade que, coincidentemente, imaginando uma Terra no espaço e estando perpendicularmente a ela num outro corpo, este se inclinando a 23,5º, sairia desse eixo e a terra cambalearia, saindo de seu eixo natural de gravidade. Ainda mais rotacionando inclinada, o Sol teria que privilegiar um hemisfério em relação a outro, mas que força o faria mudar seu direcionamento? Se fosse assim todos os planetas fariam o mesmo, orbitando o Sol, mas estão no mesmo plano da eclíptica. Sob a perspectiva de um Sol enorme e uma Terra minúscula, onde a Terra seria um pontinho em relação a ele e estaria orbitando por seu círculo máximo, o Sol teria que iluminar simultaneamente os 2 polos da Terra, independente da estação do ano, já que corpos esféricos orbitam-se por seus círculos máximos. Assim, a iluminação seria distribuída por igual em ambos os polos, não importando se o eixo fosse inclinado ou não. Na realidade, um polo é iluminado quando o Sol está deslocado 23,5º acima ou abaixo do equador, contudo o polo contrário deveria também estar iluminado, já que a Terra orbitaria por seu círculo máximo. Assim, a iluminação deveria ocorrer em ambos os polos nos solstícios, ou seja, quando o Sol está deslocado 23,5º Norte ou Sul, estando nos polos elevado a 23,5º, independentemente do eixo, porém, este fato novamente não ocorre. Assim, concluímos que essa hipótese do modelo é nula (GONÇALVES, 2011).

11. DEFINIÇÃO DE PONTO

Uma gotícula de água, sendo quase indetectável, quando aglomerada forma oceanos. Apesar de seu formato curvo na menor expressão, juntas se tornaria aparentemente plana em sua extensão, mas que na realidade possui uma leve curvatura no todo. Quando se incide luz também refletirá divergindo (MACHADO, 1986; CLARKE, 1985).

12. EXCENTRICIDADE DAS ÓRBITAS DOS PLANETAS

O método da ciência para o cálculo da excentricidade dos planetas é determinado pelas distâncias deles ao Sol, achando-se um valor próximo de zero, em que quanto mais próximo de zero menos elíptico é sua órbita. Estes cálculos são feitos para todos os planetas. Tomando como exemplo Mercúrio, temos que: 69.816.900 -46.001.200 = 23.815.700, agora adicionando, 69.816.900 + 46.001.200 = 115.818.100, fazendo a divisão: 23.815.700 / 115.818.100 = 0,2056302, chegando à conclusão de que Mercúrio é o mais elíptico dos planetas. E para Vênus: 108.942.000 – 107.476.000 = 1.466.000 agora adicionando 108.942.000 + 107.476.000 = 216.418.000, fazendo a divisão: 1.466.000 \ 216.418.000 = 0,0067739, concluindo que, para a ciência, esta é a menor excentricidade.

Por observação direta do céu, sabemos que os planetas têm órbitas distintas de seus períodos e que podemos observá-los separadamente, fazendo um comparativo com outros que também têm órbitas bastante elípticas. A exemplo de Vênus e Mercúrio, nota-se que ambos são muito elípticos, pela observação direta quando passam pelo ponto zero grau, ou seja, na linha do horizonte, num período totalmente irregular, demonstrando sua órbita elíptica. No entanto, para a ciência, Vênus seria o mais próximo de zero para excentricidade. Um estudo no Stellarium, para a cidade de Macapá, Mercúrio, Vênus, Netuno e sua elevação a 0º, demonstra que: sempre às 18 horas, quando o planeta passa pela linha do horizonte na elevação de 0º, vista da Terra, a seguir pela ordem dos mais elípticos para o menos: sempre na elevação 0º em que aponta no horizonte ou declina, verificando os períodos de tempo decorridos, que seria análogo a distância ao Sol, deveria dar o mesmo padrão, no entanto pelo período observado a 0º, chegamos a números próximos de 0,100356 para 04\06\2028 ou 0,14625 para 13\01\202, percebendo-se que sua órbita é bastante elíptica para Vênus, assim como a de Mercúrio também é. Esse foi o fator determinante para Nicolau Copérnico, quando percebeu esta mesma irregularidade nos períodos em que os planetas visíveis eram vistos na linha do horizonte, deduzindo, assim, que suas órbitas eram elípticas. No entanto, o modelo atribui a Vênus uma incrível excentricidade que não pode ser confirmada em sua observação. (LANGHI, 2009)

Se o período é tão irregular, Vênus não pode ter a excentricidade mais próxima de zero. Calculando pela distância de Vênus ao Sol, seria tão elíptico quanto Marte, Júpiter e Saturno. Assim, demonstramos que Vênus é o segundo mais elíptico pela observação do Stellarium a 0º no horizonte, para a latitude de Macapá. Posto esta afirmação, os dados demonstrados a seguir são reais e tirados do Stellarium, desta forma, esta mesma verificação pode ser feita em outros períodos de 8 anos, que irão repetir o padrão observado abaixo (CANALLE, 2003).

Mercúrio visto de Macapá às 18hs. Graus de elevação – tempo decorrido; menor espaço de tempo/maior.

11/12/2020 – 18hs – 0º

12/02/2021 – 18hs – 0º – 63

11/04/2021 – 18hs – 0º – 58 – 63-58=63+58=5/121=0,04132

14/06/2021 – 18hs – 0º – 64 – 58-64=58+64= 6/122=0,04918

10/10/2021 – 18hs – 0º – 118 – 64-118=64+118=54/182=0,29670

23/11/2021 – 18hs – 0º – 44 –

26/01/2022 – 18hs – 0º – 64 – 44-64=44+64=0,18518

23/03/2022 – 18hs – 0º – 56

25/05/2022 – 18hs – 0º – 63 – 56-63=56+63=7/119=0,0588

05/07 /2022 – 18hs – 0º – 41

24/09/2022 – 18hs – 0º – 81 – 41-81=41+81=40/122=0,32786

Vênus visto de Macapá às 18hs. Graus de elevação – tempo decorrido; menor espaço de tempo/maior.

06/02/2020 – 18hs – 0º

12/02/2021 – 18hs – 0º – 251

13/01/2022 – 18hs – 0º – 337 – 251-337=251+337=0,14625

05/10/2022 – 18hs – 0º – 265

16/08/2023 – 18hs – 0º – 315 – 265-315=254+315=50/580=0,08620

14/05/2024 – 18hs – 0º – 271

25/03/2025 – 18hs – 0º – 315 – 271-315=271+315=44/586=0,07508

16/12/2025 – 18hs – 0º – 266

23/10/2026 – 18hs – 0º – 311 – 266-311=266+311=45/577=0,07798

14/07/2027 – 18hs – 0º – 264

04/06/2028 – 18hs – 0º – 325 – 264-325=264+325=61/589=0,100356

Netuno visto de Macapá às 18hs. Graus de elevação – tempo decorrido:
menor espaço de tempo /maior.

16/09/2020 – 18hs – 0º

20/03/2021 – 18hs – 0º – 185

19/09/2021 – 18hs – 0º – 183 – 185-183=185+183=2/368=0,0054347

22/03/2022 – 18hs – 0º – 184

14/06/2060 – 18hs – 0º –

14/12/2060 – 18hs – 0º – 183 -184-183=184+183=1/367=0,0027247

17/03/2100 – 18hs – 0º –

17/09/2100 – 18hs – 0º – 184 – 184-183=184+183=1/367=0,0027247

02/07/2150 – 18hs – 0º –

03/01/2151 – 18hs – 0º – 185 – 185-184=185+184=1/369=0,00271

Já que para a ciência Vênus é o planeta mais excêntrico ele deveria seguir o exemplo de Netuno com um período totalmente previsível em repetições sistematicamente simétricas. Contudo, posto os períodos irregulares apontados em 0º, verifica-se que Netuno é de fato o mais excêntrico pelo seu período simétrico, seguido de Vênus e Mercúrio. Entretanto, o modelo calcula a excentricidade de Vênus por suas distâncias, que não correspondem ao período que ele está a 0º no horizonte dado pelo Stellarium, observando a discrepância quanto aos períodos de tempo e suas distâncias, onde se acharia o mesmo resultado para Netuno, mas para Vênus, ficaria antagônico, como demonstrado (CANTARINO, 2007; DREYER, 1906).

Copérnico, dentre vários atributos foi um astrônomo que, ao observar as órbitas e seus aspectos perceptíveis, percebeu que Vênus, Marte e Netuno eram e são os planetas mais elípticos, de mais fácil observância a olho nu, mostrando assim que os perfeitos epiciclos de Ptolomeu e sua teoria geocêntrica, baseadas em planetas que discorriam em órbitas perfeitamente circulares, estava errado. Sendo assim, essa mesma observação é válida, uma vez que Vênus não pode apresentar a órbita mais excêntrica, de 0,006772. Posteriormente, isso também foi constatado por Tycho Brahe e Johannes Kepler, assim, exatamente por essa observação o modelo heliocêntrico foi consolidado (DAMASIO, 2011; MATTHEWS, 1994).

Quanto mais uma órbita se aproxima de 0,00…, mais circular ou excêntrica será essa órbita, e se a excentricidade for de 0,10 ou 0,20 mais elíptica será essa órbita. Desta forma, é razoável entendermos que a órbita de Vênus, neste período observado, é de 0,14625, sendo o segundo mais elíptico do Sistema Solar (BELTRAME, 1995).

Assim, observando que Vênus não é o mais excêntrico e que a sua excentricidade não pode ser de 0,006772, fato comprovado pelo Stellarium, concomitantemente pela segunda vez, a mesma observação será base para mudança de modelo astronômico, considerando que se há uma falha em apenas uma observação este se torna nulo (GROTZINGER, 2013; HAND, 1998).

13. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Observamos não somente um, mas vários pontos de incongruências no modelo Heliocêntrico, sendo oportuno sua reformulação baseado em lógica e experimentação, visando outra perspectiva, propondo metodologias para confirmar ou não essa nova hipótese, observando o experimento de 2.200 anos lhe invertendo o objetivo, para constatar o tamanho do Sol, um outro modelo cosmológico a ser discutido, que agregam pontos de modelos já bastantes discutidos, de observações pertinentes, mas sob novo aspecto realinhado, confrontando dados, observações e reformulando conceitos. Muito já se avançou de Ptolomeu até agora. Por meio do exposto acima, percebemos que Copérnico não observou o experimento de Eratóstenes, a perpendicularidade do Sol nos solstícios e equinócios. Portanto, a observação do experimento determinará um novo modelo que, apesar de conhecido, foi pouco entendido e aplicado não para determinar o tamanho da Terra, mas para confirmar o tamanho do Sol. Reafirmando que a ciência se trata de uma evolução eterna de conhecimento que leva em conta a vital importância dos antecessores nesta evolução.

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[1]  APÊNDICE – NOTA DE RODAPÉ

A Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento, em decorrência de seu caráter idôneo, prezando pela imparcialidade e transparência do trabalho que realiza, vem a público esclarecer que suas publicações, passam por revisores aos pares, não identificados um ao outro, bem como ao autor do artigo. Todos os nossos parceiros revisores e editores têm como princípio o respeito à ciência e seu caráter de constante mutação. Acreditamos que os questionamentos e as contestações fazem parte do processo de crescimento da ciência, pois nada é estático neste globo terrestre.
Prezamos pela imparcialidade na divulgação do conhecimento científico, portanto, não vinculamos o aceite do artigo a titulação acadêmica do pesquisador, a fim de tornar o ambiente acadêmico científico um lugar democrático e de acesso a todos!
Com relação ao material intitulado: “Contestação Ao Modelo Astronômico Heliocêntrico, Suas Afirmações, Incidência Dos Raios Do Sol, Experimento De Eratóstenes E Órbita Excêntrica De Vênus”, publicado pela autora: Ivete dos Santos Fernandes, apesar de apresentar alguns pontos sensíveis, passíveis de serem argumentados através da produção de outros materiais científicos, e de sua linguagem pouco acadêmica, traz considerações e questionamentos que merecem ser pensados, refutados ou comprovados, e, ainda testados por toda a comunidade acadêmica científica.
Colocamo-nos à disposição para recepcionar quaisquer materiais que possam contribuir com as discussões levantadas pela autora.
Lembramos ainda que, independentemente da coerência do artigo e de sua validade científica ou não, em ambiente acadêmico deve prevalecer o respeito mútuo e as objeções devem ser direcionadas aos argumentos trazidos pelos autores. Os comentários, não devem ser fundamentados em meras demonstrações de ódio gratuito. As possíveis controvérsias apresentadas pelo trabalho devem ser respondidas ponto a ponto sem ataques ao autor.

Atenciosamente

Revisora Chefe

[2] Licenciada em Ciências Exatas.

Enviado: Outubro de 2020.

Aprovado: Fevereiro de 2021.

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