REVISTACIENTIFICAMULTIDISCIPLINARNUCLEODOCONHECIMENTO

Revista Científica Multidisciplinar

Pesquisar nos:
Filter by Categorias
Administração
Administração Naval
Agronomia
Arquitetura
Arte
Biologia
Ciência da Computação
Ciência da Religião
Ciências Aeronáuticas
Ciências Sociais
Comunicação
Contabilidade
Educação
Educação Física
Engenharia Agrícola
Engenharia Ambiental
Engenharia Civil
Engenharia da Computação
Engenharia de Produção
Engenharia Elétrica
Engenharia Mecânica
Engenharia Química
Ética
Filosofia
Física
Gastronomia
Geografia
História
Lei
Letras
Literatura
Marketing
Matemática
Meio Ambiente
Meteorologia
Nutrição
Odontologia
Pedagogia
Psicologia
Química
Saúde
Sem categoria
Sociologia
Tecnologia
Teologia
Turismo
Veterinária
Zootecnia
Pesquisar por:
Selecionar todos
Autores
Palavras-Chave
Comentários
Anexos / Arquivos

CARDOSO, Miriam Limoeiro. O mito do método. Boletim Carioca de Geografia, Rio de Janeiro, ano 25, 1976.

RC: 31761
325
Rate this post
DOI: ESTE ARTIGO AINDA NÃO POSSUI DOI
SOLICITAR AGORA!

CONTEÚDO

RESUMO

CRUZ, Uilmer Rodrigues Xavier da [1]

CRUZ, Uilmer Rodrigues Xavier da. CARDOSO, Miriam Limoeiro. O mito do método. Boletim Carioca de Geografia, Rio de Janeiro, ano 25, 1976. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 06, Vol. 06, pp. 93-95. Junho de 2019. ISSN: 2448-0959

Socióloga brasileira que, ao longo do desenvolvimento de suas pesquisas, analisa o processo de produção do conhecimento sobre a sociedade, fundamentada na teoria marxista. Com base nas obras de Karl Marx, e, portanto, afirmando, categoricamente a existência da realidade concreta, Cardoso trabalha, de forma detalhada e cuidadosa, a ideia do real como objeto teórico construído. Doutora em sociologia e professora (aposentada) da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Universidade Federal Fluminense. A professora é autora do livro: Ideologia do Desenvolvimento no Brasil: JK-JQ, Ed. Paz e Terra, 1978.

O artigo foi elaborado como fundamentação da exposição da autora sobre “Método científico” no Seminário de Metodologia e Estatística, PUC/RJ em 19/01/1971.

A autora traz uma reflexão sobre o método, dividido em quatro partes. Na primeira parte ela desenvolve uma reflexão do que seria o método senão uma técnica sem uma discussão mais profunda dos critérios de cientificidade, dificultando a reflexão autêntica, necessariamente crítica, sobre o método. Segundo a autora, a epistemologia cartesiana já não consegue dar conta da ciência moderna e defende que é preferível refletir que adotar métodos engessados de pesquisa. A autora discute a relação do pesquisador com seu objeto, com o conhecimento, com a realidade e com a experiência, que, no final, é o que realmente importa. O importante seria a relação entre a teoria explicadora e aquilo que ela explica, o que se exige que se recorra à experiência na sua adequação a realidade. Por maior que seja o controle, a realidade que a pesquisa pretende conhecer é mais rica que a teoria que ela se refere. Segundo a autora, é através da experiência que o pesquisador apresenta uma participação efetiva.

Na segunda parte do texto a autora traz contribuições acerca da história da ciência, em que afirma que cada avanço da ciência se marca por uma descontinuidade com o todo teórico anterior e sem esse rompimento o progresso científico é impossível. A ciência se constitui de um processo constante de pesquisa em interrelação profunda com os produtos intelectuais desta pesquisa. Ela é tanto método quanto teoria, um como condição do outro e, para isso, a autora enumera quatro pontos de abstração necessários: ponto de “não retorno”, a ruptura epistemológica, as demarcações ou rupturas intra-ideológicas e as redefinições ou rupturas intra-científicas.

Cardoso nos diz que tanto a teoria quanto o método têm seu poder modificados pelas descontinuidades e grandes descobertas científicas, pois não há um conjunto de normas e regras que garantam a cientificidade, em que discorre sobre a importância da vigilância do método e a autonomia da pesquisa.

Na terceira parte do texto a autora nos traz uma reflexão sobre a supervalorização do método científico. Segundo a autora, entre as suposições básicas do método científico contam-se as seguintes: recolhem-se indivíduos do real para com eles compor, sistematizando, uma “cópia” do objeto, que se confunde com a objetividade. Considerando o objeto como o objeto real que se oferece, constituindo esta oferta nos “dados” o sujeito não devendo interferir, mas apenas captar estes dados e trabalha-los, o conhecimento não é senão o resultado da manipulação deles e o essencial para consegui-lo é o método (técnica) adequado.

Na terceira parte do texto a autora traz uma discussão sobre o método científico como uma ilusão empirista, propondo uma indagação sobre o que seria filosofia da ciência e salienta que não há ciência sem filosofia e não há filosofia sem ciência, em que a teoria está sendo sempre transformada e fazer ciência transforma incessantemente o método e nos traz as contribuições da psicologia sobre o assunto, em que a transformação do objeto a conhecer se dá de dois modos: por ação física e por ação lógico-matemática.

Para a autora, o método só assume a altura que lhe cabe quando compreendido como relação que é parte de um conjunto de relações, que especificam um corpo teórico que por si só forneça as garantias de certeza do produto que elabora. O maior método é o guia geral que esclarece e encaminha as ideias. A doutrina da ciência depende de sólida formação teórica, de abertura metodológica, de rigor e de vontade, quase que num sentido de necessidade imperiosa de conseguir a explicação mais refinada, mas adequada, levando até os limites a capacidade teórica da totalidade com que se opera.

O texto nos leva a compreender sobre a importância do método enquanto ferramenta de pesquisa e a medida do rigor e autonomia na construção da mesma. A autora constrói o artigo com uma linguagem clara e objetiva, apresentando uma nova forma de ver o método já discutido anteriormente por outros autores. É uma leitura que exige conhecimentos prévios para ser entendida, além de releituras e pesquisas quanto a conceitos e contextos apresentados. O texto tem por objetivo trazer um diálogo com estudantes universitários, pesquisadores, cientistas e profissionais da área para que os mesmos possam refletir, pesquisar, discutir ou se posicionar criticamente sobre o assunto abordado.

REFERÊNCIA

CARDOSO, Miriam Limoeiro. O mito do método. Boletim Carioca de Geografia, Rio de Janeiro, ano 25, 1976.

[1] Mestrando em Geografia, Licenciado em Geografia.

Enviado: Abril, 2019.

Aprovado: Junho, 2019.

 

 

Rate this post
Uilmer Rodrigues Xavier da Cruz

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

POXA QUE TRISTE!😥

Este Artigo ainda não possui registro DOI, sem ele não podemos calcular as Citações!

SOLICITAR REGISTRO
Pesquisar por categoria…
Este anúncio ajuda a manter a Educação gratuita