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A influência da dança na aprendizagem escolar

RC: 106924
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/educacao/influencia-da-danca

CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

MARTINS, Vanéria Paula Sousa [1]

MARTINS, Vanéria Paula Sousa. A influência da dança na aprendizagem escolar. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano. 07, Ed. 02, Vol. 04, pp. 21-31. Fevereiro de 2022. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/influencia-da-danca, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/educacao/influencia-da-danca

RESUMO

Embora a dança seja considerada como uma manifestação corporal presente no processo da civilização humana desde tempos remotos e de suma importância no processo educacional, apenas o básico não tem sido sendo suficiente para garantir o seu ensino escolar. O conteúdo dança nas escolas deve persuadir as pessoas sobre os benefícios que ela propicia ao educando. Ao indagar sobre a dança no desenvolvimento do aluno, surge um questionamento se: A dança pode melhorar a aprendizagem dos alunos na escola? O estudo teve como objetivo principal estudar a influência que a dança pode exercer sobre o comportamento e formação das pessoas, e analisar se a dança pode realmente contribuir para a melhoria da aprendizagem do aluno. A pesquisa foi de natureza qualitativa, do tipo bibliográfico. O estudo mostrou que a dança pode melhorar a aprendizagem, o comportamento social dos alunos, desenvolvendo aspectos motores e cognitivos, que levam à cidadania moral, moldando suas perspectivas e ideias.

Palavras chaves: Dança; Educação; Aprendizagem.

INTRODUÇÃO

A reflexão sobre o processo de ensino faz com que todos repensem a prática educativa. Aprenda sobre as escolas de hoje e veja a sala de aula como uma comunidade culturalmente constituída por meio do envolvimento de diferentes disciplinas que desempenham diferentes papéis no processo de ensino e aprendizagem (MOLINA E GARRIDO, 2002).

A última década tem sido fortemente marcada pelas discussões em torno da formação docente e identidade profissional. Sabe-se que os saberes docentes sobre a dança estão agrupados no campo investigativo e reflexivo, institucional e acadêmico da Educação Física, sendo reconhecida como prática pedagógica da cultura corporal de movimento. Desse modo, deve-se repensar a dança dentro do contexto escolar, onde ela deixa de ser apenas um recurso representativo em datas comemorativas passe a ter uma função educativa, pois a dança, apesar de parte integrante da cultura corporal, raramente aparece como um dos conteúdos obrigatórios da Educação Física para ser trabalhado no contexto escolar (ZIBETTI; SOUZA, 2007)

De acordo com Verderi (2009), observa-se que a dança foi uma das expressões de diversos eventos que marcaram uma era da humanidade, a partir da qual o homem pode demonstrar relações sociais e lúdicas dentro de uma sociedade.

Ao longo da história, a dança também foi associada ao mundo educacional, pois além de entretenimento e espetáculo, segundo Ferrari (2003), na educação, ela visa o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes, com todos os tipos de aprendizagem de que necessitam. Para o autor, é possível entender que ela tem um grande valor educativo com um vínculo importante com a educação, porque no pedagógico, ajuda no desenvolvimento do aluno, facilita o seu aprendizado e leva à construção do conhecimento.

Nesse ponto de vista, Pereira (2001) assegura que: a dança possui um teor essencial a ser desenvolvido no meio escolar, verifica-se assim, as intermináveis possibilidades de trabalhar com a própria corporeidade através desta atividade. Apreciada como uma manifestação corporal presente no processo da civilização humana desde tempos remotos, e de sua importância no processo educacional, o conteúdo dança nas escolas deve persuadir as pessoas sobre os benefícios que ela propicia ao educando, a refletir sobre a função dessa arte na formação do aluno.

Embasada nesses apontamentos pensou-se na temática dessa pesquisa: A influência da dança na aprendizagem escolar. Assim, a idealização do estudo partiu da observação de que a dança proporciona e potencializa o processo de interação entre as crianças do ponto de vista da sociabilidade e a segunda de que a dança no contexto escolar desenvolve habilidades físicas e cognitivas. O estudo tem relevância acadêmica, pois possibilita uma reflexão dos conteúdos que são trabalhados na formação inicial e a lacuna que existe entre a teoria dada e a prática aplicada na escola.

Neste contexto, tem como questão norteadora: A dança pode melhorar a aprendizagem dos alunos na escola? E como objetivo principal estudar a influência que a dança pode exercer sobre o comportamento e formação das pessoas, e analisar se a dança pode realmente contribuir para a melhoria da aprendizagem do aluno. A pesquisa foi de natureza qualitativa, do tipo bibliográfico.

O PROCEDIMENTO DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM

A reflexão sobre o processo de ensino faz com que todos repensem a prática educativa. Aprenda sobre as escolas de hoje e veja a sala de aula como uma comunidade culturalmente constituída por meio do envolvimento de diferentes disciplinas que desempenham diferentes papéis no processo de ensino e aprendizagem (GARRIDO, 2002).

Para Verderi (2009) os professores devem estar cientes de que chegou a era da inovação e da ousadia, de ressignificar, e que a era da imitação desapareceu com paradigmas que não mais se enquadram na nova visão da pedagogia relacionada à formação holística dos alunos. Pensar o processo de ensino para facilitar a construção do conhecimento traz a ideia do ser humano como um indivíduo inacabado e capaz de refletir criticamente o que foi aprendido. Na busca pelo conhecimento, estudantes e professores é o corpo principal e devem agir de forma consciente. Não se trata apenas do tema do processo de aprendizagem, mas da integração do ser humano em uma cultura, história e uma experiência de vida particular.

Freire (1997) explica que as pessoas começam a ensinar quando descobrem sua capacidade de aprender. Nessa perspectiva, os professores aprendem enquanto ensinam e os alunos ensinam enquanto aprendem.

Vygotsky (1991) aponta que é necessário que os professores desafiem o nível dos alunos, não desrespeitando seus conhecimentos e experiências anteriores, mas que olhem para o futuro, para as habilidades que terão. desenvolvimento, socializando a experiência cultural acumulada na história humana.

De acordo com Vygotsky (1989) a ajuda dada nas atividades de aprendizagem das crianças é eficaz porque o que as crianças fazem hoje com a ajuda de adultos ou outras crianças mais velhas, elas farão sozinhas amanhã.

Verderi (2009) revela que o professor é quem cria as condições para o processamento da atividade, e o aluno é quem busca as condições para o desenvolvimento pleno nessa situação. Nessa relação, os professores também podem aprimorar o conhecimento que os alunos já trouxeram e, então, cultivar outras maneiras de aprimoramento. Para o autor, é compreensível que a aprendizagem seja um fenômeno extremamente complexo com dimensões cognitivas, emocionais, orgânicas, psicossociais e culturais. Ensinar só é significativo quando envolve aprender, por isso é importante saber como os professores ensinam e como os alunos aprendem, só assim o processo de ensinar e aprender pode acontecer, e os alunos podem aprender a pensar, sentir e agir.

A DANÇA NO AMBIENTE ESCOLAR

De acordo com Medina (2008) dança é caracterizada pela arte de movimentar o corpo e desempenha hoje um papel importante como forma de expressão que se tornou praticamente irrelevante para a realidade em que vivemos, faltam críticos e atores sociais. Para fazer uma analogia histórica, observou-se que, desde a antiguidade, todos os povos cultivavam formas de expressão como dança, jogos e lutas.

A dança sofreu interferências tecnológicas, também foi muito influenciada por novas condições sociais, dando origem a novas propostas de arte como forma de educação. Em 1996, as diretrizes e bases da educação do Brasil instituiu a arte obrigatória no território nacional, foram anunciados os parâmetros curriculares nacionais que pela primeira vez na história do país, teve a dança em sua lista de disciplinas. Ainda segundo os PCNs, os principais objetivos do documento seria a inclusão da dança nos PCNs, visando considerar o ensino da dança como uma atividade educativa e criativa, e proporcionar situações de conhecimento, seja brincando, pulando ou dançando (VIANNA; UNBEHAUM, 2006).

Quando se pensa em dança na totalidade escolar, deve-se priorizar abordagens pedagógicas, onde abordagem e produto são fundamentais para compreender a importância de uma prática respeitosa, corpo discente e liberdade de expressão. A visão de antropomorfização, inclusão, brincadeira, diferentes princípios artísticos e estéticos não pode ser perdida. De acordo com Laban (1990), a dança no ensino propende ajudar as pessoas a encontrar a relação do corpo com a totalidade da existência. Assim, na escola, não se deve buscar a perfeição ou a performance sensacional das danças, mas a capacidade de saber que a atividade criativa da dança proporciona aos alunos.

As artes, além de desenvolver formas individuais e coletivas de expressão, criatividade, espontaneidade, concentração, autodisciplina, promovem a plena interação dos indivíduos e o melhor relacionamento entre as pessoas. Dessa forma, confirma-se que o ensino de dança possui muitos elementos que precisam ser desenvolvidos dentro e fora da escola. Como sugere Arruda (1988), ou seja, em diferentes espaços educativos, formais e informais, para diferentes grupos, para que todos possam viver e vivenciar a dança, sentir e conhecer suas próprias histórias e expressar seus sentimentos.

Marques (1999) afirma que a dança na educação permite uma integração entre o conhecimento intelectual dos alunos e as habilidades criativas dos alunos, facilitando uma percepção mais clara das sensações contidas na expressão do indivíduo. Em outras palavras, ao enfatizar a expressão, a espontaneidade e a criatividade, ele afirma que o valor educativo da dança se manifesta em dois aspectos: primeiro, o campo do movimento saudável e segundo, através do fortalecimento da harmonia pessoal e social através da observação acurada de esforço. Cabe destacar que Rudolf Laban apresentou seus primeiros fundamentos teóricos no início do século 20. Apesar de ter superado dicotomias, como a separação entre aprendizagem intelectual e criação, ele continua sendo um teórico visionário e importante para a dança, especialmente em o campo da educação.

Marques (1999) sugere que quando se pensa em dança educativa, é preciso se preparar a partir da realidade e do contexto em que o aluno está inserido para que o conteúdo ensinado possa ser transformado de forma consciente e questionável.

Segundo Ossona (1988) a dança ganhou cada vez mais espaço devido aos benefícios que vão desde a melhora da autoestima, passando pelo combate ao estresse, depressão, até o desenvolvimento acadêmico. No entanto, quando a dança é incorporada ao conteúdo escolar, não se pretende formar bailarinos, mas sim proporcionar aos alunos uma relação mais próxima e produtiva com as habilidades acadêmicas e atléticas. Nessa visão, o papel da dança na educação é contribuir no processo ensino-aprendizagem, auxiliar os alunos na construção do conhecimento. E, além disso, apoiar os professores como fonte de materiais didáticos.

Verderi (2009) alega que: a dança escolar deve dar aos alunos a oportunidade de desenvolver todas as áreas do seu comportamento humano, através da diversidade e complexidade, oportunizando ao estudante o desenvolvimento mais amplo da sua identidade. Dessa forma, beneficia ao aluno amplas transformações interiores e exterioras, relacionadas à sua conduta, na maneira de se expressar e refletir.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Segundo Laban, (1990) ao criar e expressar a dança explana-se em seus compassos e natureza, se aprende a incluir a sua essência com a exterioridade.

Nesse sentido, Freinet (1974) verificou que o papel da dança na prática educativa é preservar, natural e espontaneamente, as expressões de nossa cultura e a demonstração física como porta para o desenvolvimento do aprender em que utiliza o corpo em movimento, estimulando a expressão emocional e favorecendo o aprendizado.

Morandi (2006) também defende a dança na escola, com forma de conscientizar os alunos sobre os princípios do movimento, preservando sua espontaneidade e desenvolvendo a expressão criativa. Para o autor a dança escolar não deve priorizar a execução dos movimentos certos e perfeitos a um padrão técnico imposto que cria competição entre os alunos.

Marques (2003) concorda ao afirmar o movimento é uma forma de expressão e comunicação para os alunos e que a prática da dança deve visa transformar o aluno em um cidadão crítico, participativo e responsável, capaz de se expressar, comunicar-se em diferentes linguagens, desenvolver a autoexpressão e aprender a pensar o movimento

Seguindo esse pensamento, Verderi (2009) concluiu que a dança na escola deve ter um papel fundamental como atividade educativa e, por meio dessas atividades, fortalecer a autoestima, a autoimagem, a confiança e o autoconceito sobre mim mesmo. Para o autor, a função educativa da dança visa o desenvolvimento físico, emocional e social dos alunos.

Piconez (2003) alerta para que as atividades de educação em dança não isolem os alunos entre quatro paredes, mas que, estimulem aos alunos a descobrirem sua própria expressão e criatividade. Diante disso, fica notório que a dança é um processo de aprendizagem que permite aos alunos aprender por meio da vivência de seus corpos, compreender as perspectivas do outro, desenvolver habilidades e expressar sua criatividade. Assim, a dança permite o aprendizado de uma forma prazerosa que, por meio da prática, estimula os alunos a todo o momento.

Para Bertoni (1992), a dança como fator educacional contribui no desenvolvimento psicológico, social, anatômico, intelectual, criativo e familiar. Nessa perspectiva, para o autor, a dança contribui para uma educação motora consciente e global, proporcionando diversos benefícios no que se refere aos aspectos físicos, sociais e intelectuais.

Fux (1983) apontou a dança como uma ferramenta de estímulo a criação e a espontaneidade e defende o trabalho da dança voltado para a aprendizagem e não como uma forma de recreação.

Para Nanni (1995) é por meio da motricidade, através dos seus gestos, que a dança amplia o conhecimento.

Freinet (1991) defende que os professores devem utilizar a dança como fonte de alegria, que pode enriquecer a aprendizagem em diferentes disciplinas, para estimular a aprendizagem livre e confortável, na relação entre corpo e mente.

Rocha e Rodrigues (2007) verificaram que a dança no ambiente escolar é realizada apenas em aniversários e eventos específicos agendados pela unidade escolar. são fatores que contribuem para a ausência da dança nas escolas.

Nesse mesmo segmento, Cazé (2008) buscou em sua pesquisa rastrear espaços de dança em escolas de ensino fundamental pertencentes à rede pública Salvador/BA. O referido autor buscou verificar se a dança ocupou o espaço preconizado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDB nº. 9.394/96 e pelos Parâmetros Curriculares Nacionais/1998, que determina que as escolas públicas incluam a dança em seu currículo. Os resultados da pesquisa mostram que a dança não é aplicada nas artes nas escolas públicas Salvador/BA, e a proposta de parâmetros curriculares nacionais/1998 não foi acatada.

Segundo Coletivo de Autores (1992) a dança em seu contexto escolar pode se configurar como um conteúdo, que ao ser trabalhado pode viabilizar um caráter culturalmente constituído pelos gestos e expressão, buscando potencializar a expressão corporal, uma forma de linguagem, um conhecimento universal e um patrimônio da humanidade que igualmente precisa ser transmitido e assimilado pelos alunos.

Cunha (1992) destacou que para o trabalho de dança fazer parte do processo educativo das escolas é necessário um trabalho consciente, onde o indivíduo possa se emergir e se compreender nas suas verdadeiras possibilidades físicas.

Segundo Piconez (2003) o ensino de atividades de dança não pode isolar os alunos em quatro paredes, mas, as crianças devem se inspirar para descobrir seu potencial expressivo e criativo. Para o autor, a dança tem um papel muito importante no processo de aprendizagem, ela permite que os alunos aprendam por meio de sua própria experiência física, compreendam as perspectivas dos outros, desenvolvam habilidades e expressem a sua própria criatividade. Assim sendo, a dança permite que o aprendizado aconteça de forma prazerosa.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Perante explanação, não há como opor-se que a dança auxilia no processo da aprendizagem escolar. Por meio dessa arte, sendo a dança uma atividade completa que exercita o corpo, a mente e a alma, são muitos os aspectos de desenvolvimento progressivo, ela melhora no desempenho escolar, na mudança positiva de comportamento.

Embora a dança seja considerada como uma manifestação corporal presente no processo da civilização humana desde tempos remotos e de suma importância no processo educacional, a sua prática deve ser planejada e orientada a atender toda a sua dimensão pedagógica em si, utilizando-a como uma ferramenta educacional, para alcançar a aprendizagem. Assim, o conteúdo dança nas escolas deve persuadir as pessoas sobre os benefícios que ela propicia ao educando, para garantir que ela de fato influencie na aquisição de conhecimento, na melhora do comportamento e raciocínio, se tornando uma ferramenta de ensino eficaz para a aprendizagem do aluno.

Nesse sentido, pode se responder ao questionamento apontado no início do estudo: A dança pode melhorar a aprendizagem dos alunos na escola? Logo, conclui-se que atividades como a dança pode melhorar significativamente o comportamento social dos alunos, além de desenvolver aspectos cognitivos e motores que levam à cidadania moral, moldando suas perspectivas e ideias, consequentemente melhorando a sua aprendizagem. No entanto, os educadores devem buscar uma prática de ensino mais ampla com a dança, que norteie os indivíduos a desenvolverem suas habilidades criativas à medida que descobrem suas habilidades, contribuindo de maneira incisiva para a sua formação crítica, autônoma e consciente, visando uma transformação social.

O presente estudo teve como objetivo principal analisar a prática da dança no ambiente escolar e a influência que ela pode exercer na aprendizagem, avaliando se a dança pode realmente contribuir para a melhoria da aprendizagem do aluno. Os estudos apontados mostraram que a dança pode trazer inúmeros benefícios para as pessoas e que se pode relacionar a prática da dança no contexto escolar, como uma maneira educativa de combate a problemas de aprendizagem e comportamentais. Em virtude disso, fica clara e urgente à necessidade dos professores, repensarem a sua prática em relação aos conteúdos e didática do ensino da dança nas aulas, para que ela seja contemplada em toda sua grandeza.

Acredita-se que essas reflexões suscitem novas ideias e discussões, principalmente o aprofundamento da dança nos espaços escolares como parte importante para auxiliar o desenvolvimento do processo de ensino e da aprendizagem

REFERÊNCIAS

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[1] Mestre em Ciências do Esporte, Pós-Graduada em Psicopedagogia Clínica e Institucional, Graduada em Educação Física, Licenciatura em Ciências Biológicas, Pedagogia e Licenciatura em História. ORCID: 0000-0002-1810-6378.

Enviado: Fevereiro, 2022.

Aprovado: Fevereiro, 2022.

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Vanéria Paula Sousa Martins

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