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Prática docente em Educação Infantil em Tangara da Serra – MT

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CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

TRAVESSINI, Desideri Marx [1], CANDIDO, João Ernesto Pelissari [2]

TRAVESSINI, Desideri Marx. CANDIDO, João Ernesto Pelissari. Prática docente em Educação Infantil em Tangara da Serra – MT. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 06, Vol. 06, pp. 96-104. Junho de 2020. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/docente-em-educacao

RESUMO

O presente artigo compartilha uma experiência de atuação na educação infantil em uma turma de educação infantil, sendo escolhida a turma de pré II de uma escola do municipal de Tangará da Serra –  Mato Grosso, que é fruto do curso de graduação em pedagogia. Como forma de contextualizar os conteúdos teóricos que foram abordados durante a escolha da profissão docente e mostrar a importância do pedagogo no processo de troca de conhecimentos com os alunos da base educacional. Para tal trabalho, foram abordadas as leis educacionais vigentes, bem como a literatura acerca de metodologias e táticas de ensino, que auxiliaram na construção do presente trabalho. Trata-se de um estudo de caso, visto que a partir da análise feita em uma única escola, permitiu uma abordagem mais específica que contribuiu para fundamentar a prática didática.

Palavras-Chave: Educação Infantil, Leis Educacionais, didática.

1. INTRODUÇÃO

Este artigo traz a educação básica a partir da lei 9394/96 tem como objetivo a formação que propiciará ao educando condições para dar continuidade em sua vida social e profissional. Os profissionais da educação então surgem para auxiliar nesse processo através de suas práticas de ensino. No caso específico da educação infantil, a figura do pedagogo é de fundamental importância para a execução da linda tarefa do ensino. E nesta perspectiva é fundamental pensar a formação com o viés da prática em sala de aula.

Para Reis (2014) a formação nos traz ricas contribuições sobre a importância das crianças em idade de alfabetização terem acesso ao meio escrito e linguístico desde cedo, tendo em vista que nessa idade elas tendem a se apropriar do conhecimento adquirido.

O que acontece atualmente é que muitas são os anseios ao iniciar a jornada profissional, especialmente em cursos voltados para o ensino, e como muitos dos acadêmicos tiveram pouco, ou nunca tiveram contato com a sala de aula atuando como professores, é perfeitamente normal surjam inúmeros anseios e dúvidas quanto ao futuro como educador, sendo de extrema importância a realização de atividades e preparações anteriores a efetiva inicialização na vida docente. É com esse pensamento que também colocamos a importância de pensar a formação docente.

É no decorrer da vida acadêmica, que os conhecimentos são aperfeiçoados, a partir de diversas correntes filosóficas e teorias de aprendizagem, muitas delas apresentadas pelos professores, dentre alguns dos inúmeros pode-se aqui citar alguns como Jean Piaget, Henri Wallon, Paulo Freire dentre outros, que muito contribuirão e contribuem para o desenvolvimento de práticas pedagógicas inclusivas.

O presente artigo tem como objetivo compartilhar uma breve vivência docente na prática, onde se fez possível aprender e compartilhar ricas experiências com as crianças de uma sala da educação infantil no município de Tangará da Serra, MT, e também as práticas desenvolvidas durante a mesma.

Nos seguintes tópicos é apresentado o referencial teórico acerca das atividades realizadas durante a prática docente, em seguida uma caracterização e apresentação da Instituição onde ocorreu a prática, assim como uma contextualização sobre o projeto político pedagógico (PPP) e sua importância para o ensino, as atividades que foram desempenhadas durante a prática de forma detalhada, e ao final serão apresentadas as considerações finais.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

Desde que foi promulgada a Constituição Cidadã em 1988, a educação foi incorporada como um direito social, devendo ser incentivada pela família e ser oferecida pelo Estado, de maneira gratuita, sendo o atendimento em creches e pré-escolas direito das crianças (BRASIL, 1988).

A partir de 1996, com o advento da lei nº 9.394, conhecida como LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), que estabelece as diretrizes para educação nacional, a educação infantil é tratada nos artigos 29, 30 e 31:

Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, completando a ação da família e da comunidade. Art. 30. A educação infantil será oferecida em: I – creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade; II – pré-escolas, para crianças de quatro a seis anos de idade. Art. 31. Na educação infantil a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental.

Através das leis e resoluções acerca da educação infantil, mesmo sendo de responsabilidade do município, se faz necessária a mobilização e participação de toda a sociedade no incentivo para que as crianças continuem na escola.

Segundo bibliografias, os planos de regência da educação infantil devem ter como foco principal o uso de recursos visuais, possibilitando assim que as crianças ampliem seu conhecimento sobre o conteúdo ao qual o profissional irá aplicar. Assim segundo Eisner (2008) citado por Santos (2011):

Há quatro coisas principais que as pessoas fazem com a arte. Elas a fazem. Elas as vêem. Elas entendem o lugar da arte na cultura, através dos tempos. Elas fazem julgamentos sobre suas qualidades. Além disso, […] “as artes envolvem aspectos estéticos que estão relacionados à educação da visão, ao saboreio das imagens, à leitura do mundo em termos de cores, formas e espaço; e propiciam ao sujeito construir a sua interpretação do mundo, pensar sobre as artes e por meio das artes (EISNER, 2008, p.85) citado por Santos (2011).

Sendo assim a criança após ter contato com os recursos visuais, isso tende a  criar um vínculo com a arte, seja a reproduzindo no papel através de desenhos ou até mesmo cantando as músicas presentes nos vídeos.

As práticas pedagógicas voltadas ao eixo da interação através de brincadeiras, engloba diversas habilidades dentre elas a imersão nos diferentes gêneros linguísticos (BRASIL, 2010).

O Projeto Político Pedagógico (PPP), define a identidade da escola e indica caminhos para ensinar com qualidade. Tendo toda a escola seus objetivos que deseja alcançar.

De acordo com Gadotti (2000), a construção do Projeto Político Pedagógico é exclusiva da direção da escola, sendo necessária a participação de todos os envolvidos no processo de aprendizagem, pautando-se nos princípio da autonomia e democracia.

A proposta pedagógica das instituições de Educação Infantil deve ter como objetivo garantir à criança acesso a processos de apropriação, renovação e articulação de conhecimentos e aprendizagens de diferentes linguagens, assim como o direito à proteção, à saúde, à liberdade, à confiança, ao respeito, à dignidade, à brincadeira, à convivência e à interação com outras crianças (BRASIL, 2010).

3. MATERIAL E MÉTODOS

A presente pesquisa teve abordagem de forma qualitativa, pois pode ser caracterizada com a tentativa e uma compreensão detalhada dos significados e características situacionais apresentadas pelos entrevistados, em lugar da produção de medidas quantitativas de características ou comportamentos.

Para a realização do artigo, foram necessários alguns instrumentos importantes na metodologia cientificam, dentre eles, coleta de dados, análise documental, (PPP, e Regimento Escolar), pesquisa bibliográfica, entrevistas com equipe diretiva e professora, a observação do planejamento dos trabalhos.

A população observada foi uma professora e 25 alunos da educação infantil (Pré II).

Durante a realização da prática docente, foi possível ter acesso ao PPP da Instituição, onde percebe-se que o mesmo está bem estruturado, apresenta o histórico da escola, todo o referencial teórico da legislação referente a educação infantil. O zelo que os profissionais têm em relação ao que está especificado no projeto também é notório, uma vez que ao observar os profissionais durante o período de observação confirmou-se.

Atualmente, a Instituição onde foi realizada a prática docente, atende em média 300 crianças no período matutino e vespertino, com carga horária de quatro (4) horas diárias cada. As atividades da mesma são voltadas ao bem-estar, e desenvolvimento da criança, de acordo com o que é apresentado na LEI Nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Respeitando a carga horária mínima de 800 horas e 200 dias letivos, cujo calendário é elaborado em parceria com a secretaria e Educação e Cultura.

Figura 1: Instituição onde foi realizada a prática

Fonte: Os autores.

A estrutura da Instituição é bem ampla, cotando com oito (08) salas de aula climatizadas com TV, aparelho de TV e DVD, brinquedos e livros infantis, três (03) banheiros com pias, chuveiros, cozinha e refeitório interligados, além de um amplo espaço para atividades recreativas das crianças. O quadro de funcionários, conta com aproximadamente 30 profissionais, desde professores, secretários, auxiliar de desenvolvimento infantil e pessoal terceirizado.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O tema trabalhado durante a prática foi, da área ambiental, através conto “A primavera da lagarta” de Ruth Rocha. A ideia foi apresentar as crianças um contato maior com o meio ambiente e com a leitura.

Para isso foi entregue aos alunos um crachá em forma de borboleta com os nomes de cada um, para que a interação ocorresse com mais facilidades com eles.

Figuras 2 e 3: Caracterização da sala de aula

Fonte: Os autores.

Também se utilizou dois vídeos em desenhos bem didáticos, sobre a história A primavera da Lagarta e sobre a metamorfose da borboleta.

Nossa intenção foi de que através do contato visual e auditivo que as crianças tiveram através do conto “a primavera da lagarta” pudessem em formato de desenho complementar a experiencia do aprendizado, uma vez que é nessa fase que a criança tem seu primeiro contato com a escrita e leitura.

Figuras 4 e 5: Alunos assistindo ao vídeo e produzindo

Fonte: Os autores.

Nas imagens acima é possível observar as crianças produzindo, algo que nos chamou atenção durante o período da regência foi que todas as crianças adoram desenhar, e todas o fazem bem, Andrade et al (2007), ressalta a  importância de elogiar todos os alunos durante a execução das atividades, pois isso as motiva e faz com que sempre produzam melhor.

Optou-se por não entregar desenhos prontos para que eles apenas colorissem, ao invés fomos ao quadro e desenhamos como um modelo para que eles pudessem se espelhar, e assim fazíamos perguntas como: “o que tinha na historinha?”, as crianças então respondiam, participando juntas da criação.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante a preparação para a qualquer prática em sala, há sempre uma grande ansiedade e insegurança. Afinal de contas o novo sempre assusta. Porém, através de muita preparação auxiliou para entrar em sala de aula e desenvolver da melhor forma a prática.

A tensão passou com o decorrer das aulas, onde os alunos e a professora de sala foram muito receptivos e me fizeram sentir à vontade. A liberdade de trabalhar à vontade facilitou muito. Uma vez que mesmo a professora estando todo o tempo na sala, em momento algum interferia no andamento da aula, e nos deixa controlar os alunos a minha maneira. Isso foi fundamental, pois, assim pude encontrar forma de lidar com as crianças, tendo em vista que, cada professor tem sua forma de trabalhar.

Pensar sobre a formação docente também se fez presente neste artigo, são várias fases de formação pedagógica até chegar a essa prática. E a partir disto se faz necessário pensar em ações de formações que deem uma clareza aos futuros docentes. E como vimos na prática é também necessário a formação continua de professores para lidar com as inúmeras interfases da educação.

A prática/regência ocorreu de forma tranquila, pois, os alunos são bem-educados e participativos, e estavam sempre colaborando com o bom andamento da aula. Sempre há alguns momentos em que é necessário ser um pouco mais firme, mas no geral, não houve muitas dificuldades na realização da prática.

REFERÊNCIAS

ANDRADE, Andréa Faria; ARSIE, Keilla Cristina; CIONEK, Odete Mariza. A CONTRIBUIÇÃO DO DESENHO DE OBSERVAÇÃO NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM. 2007. 8 f. Tese (Doutorado) – Curso de Artes, Graphica, Curitiba, 2007. Disponível em: <http://www.exatas.ufpr.br/portal/docs_degraf/artigos_graphica/ACONTRIBUICAODODESENHO.pdf>. Acesso em: 13 abr. 2018.

BRASIL. LEI n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil/ Secretaria de Educação Básica. – Brasília: MEC, SEB, 2010. 36p.

GADOTTI, Moacir. Perspectivas atuais da educação, Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa Social: Métodos e Técnicas. São Paulo: Atlas, 1999

SANTOS, E. S., Trabalhando com Alunos: Subsídios e Sugestões, Revista do Projeto Pedagógico, Revista Gestão Universitária, Edição 40, 2011.

TOZONI-REIS, M. F. de C.; CAMPOS, L. M. L. Educação ambiental escolar, formação. Educar em Revista, Curitiba, Brasil, Edição Especial n. 3/2014, p. 145-162. Editora UFPR.

[1] Esp. em Psicopedagogia Institucional Clínica e Educação Infantil.

[2] Mestre em Desenvolvimento Rural.

Enviado: Janeiro, 2020.

Aprovado: Junho, 2020.

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Desideri Marx Travessini

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