ARTIGO ORIGINAL
SILVA, Romilson Alves da [1], SILVA, Francisca Neres Alves da [2]
SILVA, Romilson Alves da. SILVA, Francisca Neres Alves da. O papel do professor na formação e hábito de leitura. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 04, Vol. 01, pp. 120-138. Abril de 2020. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/formacao-e-habito-de-leitura
RESUMO
O presente artigo buscou apresentar a importância do hábito de ler, como o professor deve atuar para mostrar aos alunos a importância da leitura na nossa vida, e como e escolhas de textos e livros fazem a diferença no despertar a curiosidade do educando em relação a leitura. Estimular o aluno a ler é dever de todos. Tendo o conhecimento em diversos estudos já realizados, que quanto mais cedo à criança for apresentada ao mundo dos livros, mais fácil será de tornar a leitura algo agradável para essa criança, cabendo a todos os professores, mas em especial aos docentes de educação infantil e ensino fundamental menor, a incumbência de mostrar a esses alunos o fantástico mundo da leitura. Considerando que o aluno que lê constantemente possui melhores habilidades de comunicação e expressão, e assim se tornará um cidadão consciente e crítico em relação aos seus direitos e deveres. Para que esse trabalho tivesse êxito, foram realizadas leituras de autores como Brodbeck, Costa, Cordeiro, Kleiaman, Zilberman e os Parâmetros Curriculares Nacionais em língua portuguesa. É preciso ver na leitura a oportunidade de aquisição de conhecimentos e uma melhor qualidade de vida.
Palavras-chave: Alunos, leitura, educador, hábito.
INTRODUÇÃO
O presente artigo buscou compreender a importância do hábito de ler, estimulando no aluno o interesse pela leitura de forma significativa e como esta faz parte da vida da sociedade, a importância de realizar uma leitura com clareza e fluência, e saber compreender as entrelinhas do texto, fazendo assim com que a leitura seja compreendida.
Como sabe-se a sociedade foi se modificando ao longo dos tempos e a cada passo dado é cada vez mais importante se manter atualizado e a leitura faz parte dessa atualização, o qual proporciona ao aluno novas experiências e aquisição de conhecimentos sendo também capaz de realizar escolhas de uma maneira mais consciente de suas ações, COSTA (2007, p.27) “…a criança estará formando o modo de pensar, os valores ideológicos, os padrões de comportamento de sua sociedade e, em especial estará alimentando seu imaginário”.
Contudo para que de fato o indivíduo seja um praticante ativo da leitura, a mesma deve ser apresentada o mais cedo possível ao universo dos livros, para que a criança sinta prazer em manusear esse livro e descobrir mesmo que em um primeiro momento sem o domínio das letras, mas possa fazer a leitura visual das imagens e contar a história de acordo com a sua imaginação. E com o decorrer de seu desenvolvimento cognitivo passa a ver e decifrar os sinais gráficos das letras.
Todavia, no entanto, é preciso que os professores busquem estratégias e tarefas de maneira mais eficaz que despertem curiosidade e prazer nos educandos, os quais podem até mesmo vir a gostar de ler e ver a sua importância para o dia a dia, ofertando aos alunos textos que proporcionem a prática da leitura e posterior a ela uma reflexão sobre a mesma, para observar se de fato a leitura foi realizada corretamente e se houve uma interpretação adequada, dessa maneira ZILBERMAN (2010, p.149) “A literatura infantil pode ajudar o professor a alcançar um resultado melhor, colaborando para o sucesso de seu trabalho”. Pois a leitura só é de fato aprendida lendo, ou seja, lendo se aprende a ler.
O professor precisa se organizar ter um planejamento adequado para cada tipo de aluno, e buscar conhecer a realidade de seus educandos, para assim fazer escolhas de textos que sejam atrativos para eles e os quais possibilitarão o interesse e o gosto por ler. Uma vez que o professor é um modelo a ser seguido, ele precisar também gostar de ler para poder ensinar a leitura a seus alunos.
Sabe-se que a realidade da educação brasileira nos dias de hoje não é a ideal há muito a se fazer e que há em salas de aulas muitos profissionais despreparados para lidar com os problemas do dia a dia de uma sala de aula, falta experiência e algumas vezes comprometimento, principalmente quando se fala em leitura, mas essa realidade pode ser mudada com o desenvolvimento de projetos voltados para a importância do ler nas nossas vidas, e buscando apoio junto às famílias e a sociedade em geral.
A conquista da leitura aumenta as possibilidades de interação social fertiliza o desenvolvimento tanto da linguagem como do pensamento, proporcionando ao aluno ou até mesmo ao professor um desenvolvimento intelectual o qual se torna capaz de realizar escolhas de forma mais consciente. A leitura tornou-se, hoje, uma ferramenta indispensável à vida em sociedade, a qual por sua vez abre as janelas do mundo para o ser humano.
A IMPORTÂNCIA DO HÁBITO DE LER
A comunicação está presente na vida dos seres humanos desde os primórdios de sua existência, no entanto com o passar dos tempos os seres humanos foram evoluindo, criando instrumentos para facilitar essa comunicação, no início apenas alguns sinais e símbolos e mais tarde alguns deste se transformaram em letras.
No entanto, esses códigos e símbolos deram origem à forma de escrita que usamos na atualidade, mas para que isso ocorresse muitas modificações aconteceram ao longo do tempo. Uma vez que, com as evoluções que acontecem na sociedade, seus feitos ficam registrados em livros e em outros tipos de documentos, sendo assim, é de suma importância que o ser humano saiba decifrar essas informações, para com isso aprimorar e repassar seus conhecimentos e experiências adquiridas.
Para que isso aconteça de forma objetiva e eficiente, é necessário que o indivíduo seja apresentado ao mundo dos livros desde cedo, criando assim o gosto pela leitura, mesmo que essa leitura ainda não seja realizada de forma padrão, com a decifração de códigos e símbolos, mas seja realizada através da imaginação e interpretação de imagens. De acordo com COSTA (2007, p.47):
Mesmo antes que a alfabetização confira certa independência de leitura à criança, o contato individual e silencioso com o livro tem função educativa, porque prepara o leitor para os contatos diretos entre as imagens lidas e o desenvolvimento de emoções e do imaginário, sem que haja intervenção e invasão do adulto.
Sendo assim, é importante proporcionar este contato da criança com o livro, mesmo antes de ela estar inserida no contexto educacional, e estar em fase de aprimoramento da leitura de modo padrão, para que a mesma desenvolva em si o habito de manusear um livro, e até mesmo, despertar o gosto pela prática da leitura como um habito, e ver que através da leitura pode se adquirir conhecimentos.
Contudo, observa-se a grande preocupação com a situação de alunos, que tem problemas no desenvolvimento da leitura. Dessa maneira, é preciso observar as mais deferentes possibilidades para a interpretação e compreensão de um texto, facilitando o seu entendimento. E não somente considerar a leitura apenas uma decodificação de sinais gráficos, a qual deva ser aprendida nas séries iniciais de sua vida acadêmica.
A leitura vai muito além de apenas uma decodificação de símbolos gráficos, da repetição de silabas, ler é saber compreender o que está nas entrelinhas do texto, fazer uma compreensão entre o que se leu e se entendeu desta leitura também faz parte do ato de ler. Saber realizar uma leitura, respeitando todos os sinais gráficos ali presentes, e ainda ser capaz de possibilitar a si mesmo, e a outros ouvintes e leitores, a capacidade de entender o sentido da sua leitura através da sua entonação.
Visto que, a leitura é mais do que decodificar textos escritos, significa interpretar criticamente o mundo, por meio da decifração das mais variadas mensagens e linguagens que chega até nós. Ao lado desse sentido vasto de leitura, há também, implicitamente um sentido amplo de linguagem, vista não apenas como tudo aquilo que nos cerca, e que é capaz de nos transmitir informações s sobre o mundo e a cultura de que fazemos parte.
Dessa maneira, os recursos utilizados que permitem comunicação entre os homens desde os princípios até as maiores conquistas estão relacionados à linguagem. Considerando esse sentido amplo de linguagem, pode se falar de várias linguagens, a linguagem verbal, e a linguagem não verbal. De acordo com BARBOSA, Et Al. (2013, p. 128)
O livro-texto, indicado pelo professor para o aluno, deve contemplar atividades em que a linguagem verbal seja correlacionada a atividades com as linguagens não verbal e digital.
Por meio desses diferentes tipos de estruturação linguística, é possível estabelecer comparações e relacionar os textos aos contextos de uso. Cada tipo de linguagem tem realizações textuais específicas, assim como particulares são seus contextos de ocorrência.
Portanto, linguagem verbal transmite de forma objetiva e completa a mensagem que se destina, por outro lado, a linguagem não verbal (linguagem visual) é altamente econômica porque sua base é o ícone, isto é, uma figura ou uma imagem cuja percepção se dá de forma imediata. Assim a linguagem ou língua é um sistema simbólico, formado por palavras e por leis combinatórias, que permite o exercício da linguagem verbal que provavelmente é eixo principal para despertar no indivíduo o hábito de ler.
Para que de fato a leitura faça parte da vida e do cotidiano dos alunos, é preciso fazer um diagnóstico de como se está incentivando esse hábito, e qual é o grau de importância destinado a ele em sua vida. Diante deste contexto, surge a necessidade de se repensar a prática desenvolvida na sala de aula, e de se perguntar: o que se faz com os educandos? Para acompanhar a velocidade dos acontecimentos ocorridos no cotidiano, torna-se necessário se colocar à disposição dos saberes. Segundo ZILBERMAN (2010, p.130):
A admissão ao mundo da literatura depende e ultrapassa a alfabetização e o letramento. Depende da alfabetização, enquanto envolve o domínio das técnicas de leitura e de escrita, e do letramento, na medida em que as práticas de leitura e escrita estão presente em cada etapa da experiência do sujeito.
Pode-se dizer que, uma das razões pelas quais o aprendizado da leitura pode ser tão difícil para as crianças, é que às vezes tem pouca informação visual relevante. Assim, uma maneira de facilitar o aprendizado da leitura seria fornecer ao aluno, textos que dependesse de conhecimentos que o mesmo já possui.
Todavia, no entanto, criando estratégias e tarefas de maneira eficaz que despertem curiosidade e prazer nos educandos, os quais podem até mesmo vir a gostar de ler. Despertando o interesse na leitura e descobrindo a importância da identificação e compreensão de cada parágrafo de um texto, consegue contribuir para que desperte curiosidades no leitor, e guiam a sua própria interpretação, ajudando-o inclusive a ter mais segurança, e a ficar menos indeciso. E para se tornar um bom leitor é importante segundo BARBOSA, Et Al. (2013, p. 47):
A leitura de textos é uma atividade na qual se levam em conta as experiências e os conhecimentos do leitor, além de que exige dele bem mais que o conhecimento do código linguístico, uma vez que ler e compreender o sentido do texto.
Sendo assim, o professor em sala de aula, pode e deve ofertar aos alunos textos que proporcionem a prática da leitura e posterior a ela, uma reflexão sobre a mesma, para observar se de fato a leitura foi realizada corretamente, e se houve uma interpretação adequada.
É valioso após a leitura o entendimento, não só para o interessado no artigo, diga-se de passagem, mais para o criador da produção saber que o seu recado foi entendido da melhor maneira possível, porém, na maioria das vezes com dupla interpretação.
No entanto, sabe-se que nem sempre quem lê alguma coisa familiariza-se espontaneamente com o que leu, em particular alguns nem conseguem, a não ser com o auxílio de outro suporte. São essas as pessoas que de qualquer forma se sentem isoladas do processo de comunicação instaurada em mensagens, as mesmas sentem-se cegos, surdos e mudos diante da compreensão possível da leitura e escrita, e qualquer vínculo comunicável com o mundo.
A leitura visa uma compreensão solidária, embora se desencadeie na convivência com as outras pessoas, para que isso aconteça, é importante que envolva o educando na habilidade da leitura, estimulando-o, dando ênfase ao aprendizado como ser humano e resgatando a arte de ler do indivíduo, porque para aprender a ler, é obviamente necessário compreender o processo da leitura.
Portanto, observa-se que nas séries iniciais é preciso que haja uma mudança para melhor instruir os alunos, a partir da alfabetização, uma forma seria transformar as aulas rotineiras em atividades dinâmicas educativas. Ou seja, que o professor, através do seu planejamento, vise o despertar da curiosidade, influenciando os alunos a procurar livros, e assim torná-los cidadãos críticos em relação ao mundo, com base nas interpretações constantes e diferenciadas que o leitor faz a si mesmo.
No entanto, seja quem for o leitor, o ato de ler sempre está vinculado com condições de desencadear e desenvolver pontas fundamentais, que venha fazer a diferença entre a sociedade política, econômica e cultural. Contudo para que isso aconteça faz-se necessário que educador haja com objetividade, coerência e equilíbrio em sala de aula, a partir de um envolvimento real e abrangente relacionado às práticas de leitura. COSTA (2007, p. 126):
Na escola brasileira, no entusiasmo e na vontade de fazer nascer o amor à leitura nas crianças, muito se tem insistido em atividades de motivação ou de complementação do ato de ler e interpretar. Não é rara a ocorrência de três ou quatro atividades após a leitura, como desenhar um personagem ou ambiente, dramatizar diálogos e situações a partir de um conto, produzir um texto escrito reformulando a história lida, comparar os textos escritos a filmes ou programas de televisão.
Portanto o incentivo e a variedade de atividades relacionadas após a leitura podem ajudar a facilitar que o aluno sinta esse desejo de ler. E que o ato de ler tem tudo a ver com quem transmite o exercício da leitura, ou seja, o responsável pelos textos tem que estar preocupado em despertar no leitor uma visão crítica e curiosa, para que o mesmo tenha o interesse em descobrir novos conhecimentos, e buscar maneira de compreender o mundo a partir da leitura. E para formar cidadãos críticos capazes de agir com reflexão, envolvendo práticas e teóricas.
Sendo assim, cabe ao corpo docente de uma unidade de ensino, perceber que o ato de ensinar vai muito além de transferir conhecimentos, mas que está ali como uma ferramenta de suporte para o aluno em seu desenvolvimento, e que a prática da leitura deve ser vivenciada pelo aluno, e o professor deve dar exemplos. Segundo COSTA (2007, p.96):
Cabe não esquecer que todo o trabalho de formação de leitores para a literatura não pode, em momento algum, menosprezar ou deixar em segundo plano o papel do professor enquanto mediador e enquanto exemplo de leitor, pois, “Aprender a ler requer que se ensine a ler. O modelo de leitor oferecido pelo professor e as atividades propostas para o ensino e a aprendizagem da leitura não são um luxo, mas uma necessidade”.
Portanto, o educador deve estar atento ao planejamento que será aplicado ao longo do seu trabalho, pois não ordenado, poderá pôr em risco o aprendizado do indivíduo, não somente como educando, mas também como um ser na sociedade, porque todo ser é único, e como tal, tem que ocupar seu espaço com dignidade, certo de que sua capacidade vai além do seu conhecimento prático.
Contudo, para que de fato isso ocorra, cabe ao professor honrar seu papel dentro e fora da sala de aula, trabalhando métodos que de qualquer forma incentive e ensine o que aprendeu, levando a crer que os melhores atos de aprender estão ligados a leitura e escrita, para que haja a compreensão do indivíduo.
Sabe-se que autenticidade é exigida pela prática de ensinar. E todo ser humano “é programado para aprender” como diria JACOB (1991), então quanto mais se prepara para ensinar mais se aprende, e quanto mais se prepara para aprender mais se ensina.
O ensino exige que o professor se aprofunde mais na leitura, uma vez que ele será o exemplo para seu aluno, pois não basta apenas dizer que praticar a leitura é importante, tem que fazer da leitura algo importante para que seus alunos sigam seu exemplo. Isso é o que é mais importante, dentro desse processo de ensino e aprendizagem.
O ato de ensinar exige manifestação de caráter intelectual, analisando e criticando o conhecimento racional do ser humano como ponto de partida. Esta atitude poderá ajudar no desenvolvimento do ser humano, pois não haveria criatividade sem crítica. E que segundo COSTA (2007, p.126) “Ler se aprende lendo. Não se aprende por osmose, por resumo do enredo das narrativas ou pelo ativismo”.
Assim quanto mais o professor realizar o hábito da leitura, mais irá aprender e consequentemente terá uma bagagem de conhecimento maior para repassar a seus alunos, e também dará a seus educandos a oportunidade de buscar novo saberes através da leitura.
Desta maneira o propósito é compreender a leitura e os aspectos básicos da escrita, dando importância ao ato de ler usando todos os sentidos, emocional e intelectual, de modo a conhecer se melhor, aprendendo a se comunicar junto à sociedade, abrangendo todas as formas de leitura; sensorial, emocional e racional, envolvendo o conhecimento do ser como um todo, tendo em vista o crescimento da cultura letrada do país, a natureza da leitura em si, e capacidade da visão além do que está escrito.
O leitor por sua vez, na medida em que se desenvolvem capacidades dentro de si mesmo, mais é desenvolvida a aptidão para leitura, e uma leitura continuada, de modo geral revela a vivência do próprio homem, pois no decorrer do processo acontece aquela interação, homem-leitura-sociedade e por isso devemos respeitar a maneira que acontece o aprendizado de cada indivíduo, estimulando cada um a desenvolver a arte à sua maneira.
Portanto, o professor deve estar atento para facilitar o aprendizado de cada um de seus alunos. Uma vez que o contexto social brasileiro está marcado por profundas diferenças: sociais, econômicas, políticas e culturais, isso traz para o campo da educação grandes desafios, em particular no diz respeito às novas diretrizes curriculares.
Entende-se que para haver mudanças, é necessária ética profissional nas tarefas docentes, não importa que se trabalha com crianças, jovens ou adultos. É profundamente importante dizer que numa instituição, é necessário que se faça presente, profissionais conscientes e responsáveis que percebam que é o fundamental ainda é o respeito e a dignidade para com os outros na sua prática, onde moldará seres para o futuro. ZILBERMAN (2010, p. 100):
Além disso, a escola tornou-se um espaço inaudito de violência, sejam as instituições públicas ou privadas, reproduzindo, e às vezes até ampliando, mas, de toda maneira, particularizando a insegurança de que se ressente por inteiro a sociedade brasileira contemporânea. Também não é impróprio lembrar o desencanto que acompanha o exercício do magistério pelos professores: seja pela violência a que eles são objeto, seja pela baixa remuneração, seja pelo despreparado, seja pelo modo degradado com que muitas vezes a profissão é retratada…
É difícil, ao ensinar não correr riscos de discriminação, aceitação ou rejeição por parte do receptor, e que muitos outros fatores favorecem para que a nossa educação esteja sendo prejudicada e com isso o estimulo a leitura esteja sendo deixado de lado por alguns, no entanto é necessário se buscar novas práticas para que a nossa educação reassuma o seu devido lugar e seja novamente reconhecida e valorizada.
Pois, é certo que o antigo se foi transmitido ou captado de maneira coerente, ele será sempre preservado, terá uma validade, mesmo que o tradicional continua vivo. Só que diante destas situações volto a salientar, como formadores de opiniões, têm que pensar e agir, porque tem um mundo imenso nos esperando com decisões coerentes e objetivas, e tendo que estar disposto a planejar elementos que sejam decisivos para a sociedade.
Diante de todas estas circunstâncias é importante dizer que a natureza humana é divergente, às vezes impossíveis de ser compreendido, mas é necessário respeitar cada ser com suas diferenças e pensamentos, assim, na aceitação acontece à comunicação, e exercendo a própria comunicação dá início a compreensão de mundo e suas culturas existentes.
Através da leitura o educando tem a possibilidade de desenvolver seu crescimento cultural, o qual por sua vez, o possibilitará a um crescimento, tanto intelectual como um agente transformador da sociedade, facilitando-o a realizar escolhas de forma mais eficaz e consciente de suas ações.
No entanto, o descaso que o poder público vem tendo com a educação nos últimos anos, vem dificultando o desenvolvimento de projetos e práticas que valorizem o desenvolvimento da aprendizagem, e com isso dando possibilidades para que educadores despreparados prejudiquem o futuro da sociedade.
Falar de educação sem incluir o apoio da sociedade que a cerca é impossível, pois para se ter um ensino de qualidade é necessário que tenha benefícios do poder público, valorizando educadores com parâmetros dentro do contexto educativo sem politicagem e acordos de interesses particulares.
Com tudo, na educação pública principalmente, existem profissionais que não estão preparados, uma vez que a maioria das faculdades e universidades trabalha muito com teorias e a prática fica prejudicada, e muitos dos profissionais terão dificuldade de lidar com o que irão encontrar em sala de aulas.
Todavia, no entanto, percebe-se que professores despreparados podem levar para sala de aula alguns textos impróprios para a faixa etária dos educandos o que irá dificultar o entendimento e até mesmo desmotivá-los à prática da leitura. Algumas vezes na verdade, a aplicação da leitura ocorre como resultado do desenvolvimento e do aprofundamento de interpretações e raciocínio aos textos.
Para entender melhor a leitura e suas aplicações, são necessários dedicações e estudos. Por esse motivo, procura-se abordar o hábito da leitura e interpretações de textos, até porque, é uma dificuldade que está presente nas escolas atuais. Dessa maneira a escolha do tipo de material a ser usado é muito importante, e que segundo PEREIRA; SOUZA e KIRCHOF, (2013) “A construção de um panorama diverso deve ser um desafio e um compromisso para o professor da escola fundamental, pois esse é o estágio de formação do gosto pela leitura”.
A leitura é muito importante para que as pessoas possam melhorar e aperfeiçoar seus conhecimentos, quando se fala em hábitos de leitura tem-se a ideia de leitura de livros, revistas, jornais e folhetos. No entanto a leitura vai muito, além disso, uma vez que existem inúmeras formas de leitura, como por exemplo, a leitura da natureza que o cerca.
Sendo assim, a leitura do mundo é uma leitura ampla, a leitura de onde o educando está inserido, a capacidade que ele possui de descrever a sua realidade também deve ser vista como uma leitura de mundo, visto que esta pratica pode despertar a curiosidade de através da leitura, conhecer outros lugares e culturas. Essas observações e descrições de ambientes podem ser na verdade, as primeiras manifestações de como é importante ler e saber realizar uma leitura adequada.
Fazer uma boa leitura para os outros supõem na compreensão do texto a ser transmitido, pois a qualidade da transmissão vocal do texto depende da sua compreensão, visto que a compreensão do que se lê é fundamental para que de fato a sua leitura seja compreendida por aqueles que o ouvem.
Contudo, um instrumento utilizado, e que traz benefícios para o desenvolvimento da leitura e muitos educadores reconhecem a sua importância, é prática realizada por alguns pais de contar histórias à noite, e que nas escolas recebem o nome de canto da leitura.
Todavia, essas atividades são essenciais para despertar a curiosidade e a vontade de aprender das crianças que ainda não sabem ler. Pois, o fato de ter o contato com livros e até mesmo folheá-lo desperta interesse, e isso deve ser estimulado em casa e na escola, e deve ser usado como um recurso para despertar no indivíduo o interesse pela leitura.
Portanto, é necessário fazer do dizer uma das grandes práticas da língua escrita, a leitura e a produção de textos. O ato da leitura é sempre acompanhado de emoções, sejam elas de curiosidade, alegria ou medo. Assim as reflexões que hoje são feitas acerca da aprendizagem da leitura vão além do como ensinar a ler, dedicando especial atenção como ensinar a gostar de ler. De acordo com COSTA (2007, p.113):
Um encaminhamento que propicia o melhor desempenho dos professores formadores de leitores consiste em identificar a pesquisa no campo da leitura e da recepção de textos. Esse objetivo é sustentado pela crença de que não existe um bom docente em sala de aula se não o alimentar um pesquisador, isto é, se ele não for movido pela curiosidade e pela persistência em buscar descobrir o que ainda não conhece.
Portanto, cabe ao educador buscar meios e metodologias que propiciem essa busca por novos saberes, fazendo a escolhas de materiais que sejam condizentes com a faixa etária dos educandos, e, levando em consideração o estilo de leitura já realizado pelos mesmos.
Contudo, ao observar um pouco da trajetória da leitura no Brasil, pode se verificar que a partir da década de 70, estudos sobre a leitura no Brasil tomaram o caráter de investigação científica, impulsionados pelos avanços da psicologia cognitiva e das ciências da linguagem.
Todavia, no entanto, desvendar os processos subjacentes à leitura e à escrita, passou a ser o objetivo de vários pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento. A leitura tornou-se também discussões de numerosos congressos, cursos de treinamento de professores, e de publicações diversas. Uma vez que essa prática é fundamental para o desenvolvimento pessoal, e também é um dos mecanismos que medem a qualidade de desenvolvimento de um país.
Consequentemente, essas constatações permitem inferir que ler significa transforma a realidade, também o ato de ler pode ser entendido como o movimento inverso que transforma e modifica e capacidade de compreensão do homem. Ensinar a ler significa nessa ótica, ensinar o mecanismo de falar o texto, ou seja, de passar os olhos lentamente pelas linhas escritas, pronunciando sílabas, palavras e acima de tudo ser capaz de captar as entrelinhas. De acordo com ZILBERMAN (2010, p. 47):
A apropriação do texto se dá de modo praticamente ritualístico: primeiro, ele apalpa a obra, sentindo-a de modo táctil e explicitando a natureza carnal do livro. Depois, procura as figuras, detendo-se nas imagens visuais, para só então mergulhar nas letras, que os conduzem a universos fantásticos, distantes no tempo, no espaço e nas ideias, mas próximos dele, dada a materialidade do livro, para onde o leitor, apaixonado sempre retorna.
Portanto, esse fato pode ser justificado sob aspecto do despertar a curiosidade por aquilo que está escrito no texto, e com isso despertar outras habilidades que sejam capazes de proporcionar aos leitores, fontes de conhecimentos e aprimorar as já encontradas. A leitura tem por essa finalidade, despertar a curiosidade e estimular o desenvolvimento, o qual por sua vez pode e deve ser constantemente estimulado.
Porém, entende-se que hoje o conhecimento sobre esse processo continua avançando, e com isso aproximar as crianças da realidade da comunidade em que estão inseridas, poderá despertar o interesse delas em transformar e modificar a sociedade em que vive, e que através da leitura essa transformação pode ser realizada de maneira mais eficaz.
No entanto, sustenta-se que a compreensão do sistema de leitura exige um primeiro nível de reflexão sobre a língua, pois a língua foi aprendida em contextos de comunicação, mas para compreender a escrita e a leitura, é preciso considerá-la como um objeto em si, e descobrir algumas de suas propriedades especificas que são evidentes nos atos de comunicação. BARBOSA, Et Al. (2013, p. 116):
É própria do homem a capacidade de produzir histórias, de desenvolver argumentos para justificar seus pontos de vista, de descrever em pormenores, situações e lugares que, de alguma forma, lhe são significativos. Num primeiro momento, antes da invenção da escrita, ele o fazia valendo –se dos recursos próprios da expressão oral, corporal, gestual e, num período posterior, de desenhos representativos da realidade que pretendia retratar.
Pode se dizer seguindo os autores, que desde o surgimento da escrita e da leitura, é preciso saber decifrar não somente o que realmente está escrito, mas também como já mencionado, as entrelinhas do texto, e dar vida e emoção a leitura. Portanto se faz necessário que haja uma ligação entre o professor e aluno, e que ambos possam desfrutar dessas atividades com prazer.
Sabe-se que, as discussões acerca da atribuição de significado do ato de ler, passam necessariamente, pela compreensão das relações entre pensamento e linguagem. Uma vez compreendida essa dimensão mais ampla, pode-se avançar para aspectos específicos dessa relação, dentre elas as que se referem às interações entre o pensamento e a linguagem escrita.
Assim, a leitura é, portanto, condição necessária para a construção das operações lógicas, o que quer dizer que quanto mais refinadas são as estruturas do pensamento, mais a leitura será necessária para complementar à elaboração das mesmas. A conquista da leitura permite a elevação de situação, a libertação das fronteiras do espaço próximo e presente, isto é, dos limites do campo perceptivo, além disso, os objetos e acontecimentos podem ser inseridos em um quadro conceitual e racional, ou seja, em representações simultâneas de conjunto.
A conquista da leitura, aumenta as possibilidades de interação social, fertiliza o desenvolvimento tanto da linguagem como do pensamento, proporcionando ao aluno, e até mesmo ao professor, um desenvolvimento intelectual, o qual se torna capaz de realizar escolhas de forma mais consciente.
Sabe-se que, a importância do hábito da leitura está sempre ligada a tomada de decisões, seja por uma criança buscando identificar uma única letra do alfabeto, seja um intelectual buscando desvendar o significado de um texto obscuro. Assim, a leitura envolve comportamentos de incerteza por parte do leitor, contra os quais precisa utilizar-se de um conjunto de procedimentos.
Todavia, no entanto, cabe salientar ainda que na realidade brasileira, marcada por profundas desigualdades sociais, um grande número de crianças não tem oportunidades de usufruir de experiências significativas de leitura. Ao chegarem à escola, muitas dessas oriundas de ambientes marcadas pela oralidade, podem não ter convencimento da necessidade de aprender a ler. Assim, ao entrarem os sinais gráficos da escrita, podem não compreender por que devem fazer tanto esforço, se podem falar tudo o que está escrito e a escrita aparece como um mero substituto da fala. Dessa maneira, segundo ZILBERMAN (2010, p. 116):
Entre os códigos enumerados, o gráfico vem por último. Sua apropriação depende da intermediação da escola, que emprega recursos metodológicos para obter a aprendizagem desejada. A alfabetização como é concebida pela sociedade contemporânea, não pode dispensar a ação pedagógica, que se vale de um espaço característico, a sala de aula, e de um agente especialmente talhado para essa tarefa, o professor.
De acordo com a autora, cabe a escola a incumbência de mostrar aos alunos a existência dos códigos gráficos, e que estes também têm a sua importância no desenvolvimento de seu intelecto, e cabe ao educador a tarefa de despertar nesse aluno o gosto pela leitura, e instruí-lo a praticar com interesse.
Por tanto, tendo a instituição como um todo, a obrigação de ajudar a desenvolver projetos que visem o despertar para a pratica da leitura, e ajudar a mostrar aos alunos a importância dessa prática, principalmente aos que estão desmotivados, para que possam ser levadas a entender a leitura como uma atividade escolar, e muito além disso, pois a mesma faz parte da nossa vida em sociedade e realiza-la com fluência nos ajudará no desenvolvimento de habilidade das mais variadas áreas do saber. PEREIRA; SOUZA e KIRCHOF (2013, p. 52):
A construção de projetos resulta das concepções que o professor carrega consigo a respeito do que é literatura e da importância que exerce sobre o sujeito. O reconhecimento dessa importância faz com que o professor e assume o desafio de contribuir com a formação de leitores literários.
Entende-se que a mudança na forma da aprendizagem da leitura, modifica o comportamento profundamente arraigada, tanto na escola como na família, e a elaboração e execução de projetos voltados para a leitura proporciona um olhar diferenciado para essa prática.
Contudo, mesmo o Brasil sendo um país de contrastes educacionais, muitas famílias já possuem consciência de que a leitura dentro e fora da escola é essencial. E buscam formar parcerias com a escola para melhorar o desempenho em relação à formação do interesse pela leitura, e juntas buscam encontrar metodologias que se adequem a realidade da comunidade escolar em geral.
Sendo assim, acredita-se que entre os princípios metodológicos a favor da formação da criança leitora, deve estar à substituição do ensino da leitura, centralizada na decodificação sonora, pelo processo de leitura silenciosa. Uma mudança dessa natureza não se constitui em condição suficiente para a formação do leitor, mas em condição favorável da leitura como algo inseparável da compreensão.
É preciso que os alfabetizadores compreendam que a criança deva ler significativamente para aprender a ler, e para aprender muitas coisas lendo. Esta concepção recupera o prestígio da leitura na escola desde o início da alfabetização, prestigio este, ocupado, ainda em muitas escolas atuais, pela escrita mecânica, por meios de exercícios psicomotores com os quais se afirma estar preparando a criança para ler e escrever.
A leitura tornou-se hoje, uma ferramenta indispensável à vida em sociedade. O sucesso escolar, o sucesso profissional, a liberdade e a ascensão social, bem como a autonomia do cidadão, dependem, em grande parte, da capacidade de leitura, uma vez que tudo a nossa volta está rodeada de leitura das mais diversas formas e expressão.
Segundo BRODBECK; COSTA e CORREA (2013, p. 34):
Entre as diferentes atividades didáticas que são propostas pela escola, chamamos a atenção para o conjunto de preposições que visam à formação dos leitores críticos. Portanto, as atividades precisam ser consequência de um planejamento significativo que possibilite o conhecimento das etapas do processo de leitura, resultando no domínio pleno da leitura. Salientamos que a leitura e seus benefícios não são de uso e compromisso exclusivo da área de língua portuguesa.
Uma leitura realizada de forma espontânea e fluente, torna o leitor um cidadão capaz de compreender as facetas do mundo com mais facilidade, uma vez que saberá compreender de forma mais clara o que está se pretendendo dizer com aquele texto, é capaz de em poucos minutos entender as entrelinhas do texto, e assim poder fazer as suas escolhas de forma mais consciente de seus atos e ações, e que proporcionar o desenvolvimento de leitores ativos e um trabalho de toda a instituição escolar e não apenas dos professores de língua portuguesa.
Portanto, entende-se que a criança desde o nascimento, estabelece ralações com tudo que se apresenta ao seu redor, adquirindo assim consciência do mundo letrado. Essa consciência se faz através de interpretações de estímulos, reformulações e comprovações de hipóteses, entre outros.
No que diz respeito a leitura e a escrita, a criança desde cedo tem uma concepção apurada do processo, quando observa uma pessoa adulta lendo, quando vê seu nome escrito, quando faz leitura de símbolos, é a partir dessa identificação que as crianças começam a ter informações mais precisa sobre a escrita e a leitura.
No entanto, relacionar o que se fala com o que se escreve, oportuniza a mesma desenvolver a capacidade de aprender símbolos e não de fato aprender a ler e escrever, por isso se faz necessário que haja uma parceria entre escolas e famílias, para que de fato a leitura se torne algo presente no dia a dia do aluno.
Todavia, no entanto, a prática do professor na construção do processo de leitura e escrita é uma das estratégias a serem adotadas pelos educadores, e assim facilitar esse processo de aquisição, estimulando o aluno a também fazer parte desse momento. Uma vez que esse processo de investigação da psicogênese da leitura e escrita fornece aos professores pistas para melhorar e organizar sua prática pedagógica.
Portanto, ao realizar este trabalho pode e deve levar em consideração o que pensa a criança sobre a leitura, e colocar-se como mediador, atuando de forma responsável na construção desse saber. Esses são os fatores que influenciam essa conquista da aprendizagem.
Portanto fica explícita a organização da prática do professor em relação ao que vai ensinar. Para tanto, com essa compreensão de como o aluno constrói seu conhecimento, cabe ao professor criar oportunidades e fazer interações adequadas para que o aluno avance nesse processo construtivo.
Sendo assim, conhecer a realidade vivenciada nas escolas sobre o processo da construção da escrita e leitura, é um dos instrumentos facilitadores do despertar para o gosto e hábito da leitura. Dessa maneira pode se ajudar a evitar que às crianças percorram caminhos tortuosos e cruéis, por não acreditarem que as mesmas possuem conhecimentos próprios a respeito do que seja ler e escrever, e que estas avancem a partir das hipóteses criadas na relação que fazem com o objeto de estudo, a escrita e a leitura. Para LAJOLO e ZILBERMAN (1982, p. 59):
Ler não é decifrar, como um jogo de combinações, o sentido de um texto. É, a partir do texto, ser capaz atribuir-lhe significação, conseguir relacioná-lo a todos os outros textos significativos para cada um reconhecer nele o tipo de leitura que seu autor pretendia e, dono da própria vontade, entregar-se a esta leitura, ou revelar-se contra ela, propondo outra não prevista.
Porém, entende-se que a autora citada, quer dizer que a leitura é um processo de interlocução entre leitor e autor, mediado pelo texto. Encontro com o autor ausente, que se dá pela palavra escrita. Como o leitor, neste processo não é passivo, mas é o agente que busca significação.
O ensino da leitura é um empreendimento de risco se não existir empenho por parte do educador, e não estiverem fundamentos numa concepção teórica firme sobre os aspectos conativos envolvidos na compreensão de textos. Tal ensino pode facilmente desembocar na exigência da mera reprodução das vozes de outros leitores, mais experientes ou mais poderosos do que o aluno.
Uma concepção clara do processo conativo, entretanto, permite reproduzir em sala de aula, mediante tarefas que imitam o comportamento do leitor proficiente, aquelas estratégias que caracterizam o comportamento reflexivo, de nível consciente do leitor, necessário ao desenvolvimento dessas estratégias no aluno. Tal imitação, se bem elaborada, ainda se constitui num suporte temporário, a ser retirado mais tarde, para recriar o comportamento do leitor experiente. Ao recriá-lo, o professor mostra para o aluno que o texto não precisa ser necessariamente impenetrável, muito embora, sua experiência inicial com o texto escrito tenha criado essa expectativa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao concluirmos esse trabalho, podemos afirmar que a leitura é algo no qual não se pode chegar a uma conclusão final exata de como ela é, e como cada ser humano se apropria dela, podemos concluir afinal que a pratica da leitura é fundamental para o desenvolvimento intelectual do ser humano, e que é um dos meios para ser bem-sucedido no mundo moderno.
Sabe se que a comunicação esteve, e está presente na vida dos humanos desde os primórdios de sua existência, e esta foi evoluindo de acordo com as necessidades do homem até chegar ao que temos hoje, e a escrita juntamente com a leitura, fazem parte desse processo.
Contudo, a leitura nos proporciona conhecimento de lugares diferentes, culturas diferentes, sem ao menos sair da nossa casa ou sala de aula, mas desde que esta seja realizada com prazer e satisfação.
Por isso se faz necessário o conhecimento do mundo dos livros, e quanto mais cedo as pessoas tiverem acesso a boas leituras, será mais fácil essa prática se tornar algo diário, e se tratando de alunos esse contato deve ocorrer dentro e fora da sala de aula, deve ser vista não apenas como uma parte obrigatória da disciplina voltada para a área da linguagem.
Todavia, a leitura em si, vai muito além da simples decodificação de letras e símbolos gráficos, é preciso saber compreender aquilo que se leu, fazer análises sobre o texto, interpretar e compreender as entrelinhas do texto, ser capaz de fazer argumentações.
Contudo, para que essa leitura seja atraente para o aluno, cabe ao professor a incumbência de fazer boas escolhas, uma vez que a escolha de bons textos e livros podem influenciar no aprender a gostar de ler e assim fazer com que o aluno seja capaz de compreender a importância da leitura, e que a realização do ato de ler o ajudara a se tornar um cidadão mais crítico, sendo capaz de analisar e fazer escolhas com mais convicção da sua decisão.
No entanto, a pratica da leitura e a visão de que ela é importante ainda passa por certos infortúnios principalmente na educação pública brasileira, onde a mesma por um certo período era vista apenas como algo da escola e como sendo uma prática obrigatória, um requisito para ser aprovado, sendo obrigatória muitas vezes vista como algo chato e insuportável, e não se dava importância para os benefícios que a leitura proporciona quando realizada com prazer, com satisfação sendo algo que se faz por gostar.
Todavia essa realidade vem sendo modificada, e a escola vem buscando a cada dia aperfeiçoar seus métodos e metodologias de incentivo à leitura, realizando um trabalho em parcerias com a família, para que pais, alunos e professores compreendam que a leitura é importante e que através dela, é possível se tornar pessoas melhores, capazes de fazer escolhas com mais consciência.
Parafraseando o ditado popular, “que o trabalho dignifica o homem”, à leitura dignifica o conhecimento, pois a pessoa que lê, com certeza terá maior conhecimento, e a suas chances de ser bem-sucedida no mundo são maiores.
REFERÊNCIAS
BARBOSA, C. S… [et al.] Linguística aplicada. Curitiba InterSaberes, 2013. – (Série Por Dentro da Língua Portuguesa).
BRODBECK, J. T.; COSTA, A. J. H.; CORREA, V. L. Estratégias de leitura em língua portuguesa. – Curitiba: InterSaberes, 2013. – (Série Por Dentro do Texto).
COSTA, M. M da. Metodologia do ensino da literatura infantil. – Curitiba: Ibpex, 2007. 171p.: il.
JACOB, F. Nous sommes programés, mais pour apprendre. Les Courrier de L’Unesco. Paris. Février, 1991.
LAJOLO, M; ZILBERMAN, R. A formação da leitura no Brasil. São Paulo: Ática 1982.
PEREIRA, M. E. M.; SOUZA, L. S de. KIRCHOF, E. R. Literatura infantojuvenil/ – Curitiba: InterSaberes, 2013. – (Série Por Dentro da Literatura).
ZILBERMAN, R. A leitura e o ensino da literatura. – Curitiba: InterSaberes, 2010. – (Série Literatura em Foco).
[1] Pós-graduado a nível de especialização em Pedagogia Escolar: Supervisão, Orientação e Administração Escolar (2006), pela Faculdade Internacional de Curitiba (FACINTER)/Instituto Brasileiro de Pós-Graduação e Extensão (IBPEX); pós-graduando a nível de especialização em Geografia, Meio Ambiente e Sustentabilidade e Psicopedagogia Institucional e Clínica, pela Faculdade Venda Nova do Imigrante (FAVENI); graduado em Licenciatura Plena em Pedagogia (2005), pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA); graduado em Licenciatura Plena em Geografia (2020), pela Faculdade Educacional da Lapa (FAEL).
[2] Licenciada em Pedagogia pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), 2003 a 2005; pós-graduada em Pedagogia Escolar: Supervisão, Orientação e Administração (FACINTER), 2007 a 2008; pós-graduada em Psicopedagogia Clínica e Institucional, 2008 a 2009 (UNINTER), graduanda em licenciatura Plena em Matemática, pela FAEL, 2017 a 2021.
Enviado: Janeiro, 2020.
Aprovado: Abril, 2020.