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Cooperação e Integração entre Docentes de Distintas Gerações: Um Desafio na Nova Forma de Ensinar no Ensino Superior

RC: 18096
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CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

BARROZO, David da Costa [1], MAGALHÃES, Diego Ventura [2], FERREIRA NETO, Luiz Reis [3], FERREIRA, Marilia Matos Gonçalves [4]

BARROZO, David da Costa; et.al. Cooperação e Integração entre Docentes de Distintas Gerações: Um Desafio na Nova Forma de Ensinar no Ensino Superior. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 07, Vol. 07, pp. 110-141, Julho de 2018. ISSN:2448-0959. Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/cooperacao-e-integracao

RESUMO

O objetivo deste trabalho é analisar nas instituições de ensino em nível superior, os métodos de cooperação, integração e metodologias de ensino entre as distintas gerações de profissionais. A fundamentação teórica foi destacada conceitos, classificações e características das gerações inseridas no mercado de trabalho (Baby Boomer, X e Y) e os desafios na nova forma de ensinar.  A pesquisa foi realizada a partir do levantamento bibliográfico, pesquisa documental dos censos e dados do Instituto Brasileiros Geografia e Estatística – IBGE e pesquisa de campo na Faculdade de Belém- Fabel. Portanto, analisar os processos de cooperação e integração entre os docentes de gerações distintas do ensino superior resulta no modo de entender as novas formas de ensinar levando em consideração os pontos de vista dos objetivos institucionais e dos próprios docentes e discentes de diferentes gerações.

Palavra-chave: Cooperação, Integração, Docentes e Gerações.

INTRODUÇÃO

A forma de ensinar com o passar dos anos sofreu mudanças significativas, durante muito tempo o homem viveu de forma isolada, podemos recordar dos tempos remotos em que as famílias criavam alguns animais, possuíam plantações e viviam da caça em florestas para o seu sustento. Essa realidade aos poucos foi se transformando tanto no âmbito familiar, social e organizacional.

No que tange a educação é possível analisar ao longo da história uma transmissão de conhecimentos em nível familiar, os pais ou familiares com mais idades transmitiram para os mais novos os conhecimentos que possuíam. Com a evolução do tempo, a educação torna-se um grande diferencial entre os indivíduos de classe média e alta, atingindo um patamar de superioridade, entre os que possuem o nível superior ou os que não possuem.

Nas organizações o ambiente é formado por profissionais de diversas gerações, ou seja, de indivíduos nascidos em épocas diferenciadas e que cada geração possui características, valores, princípios e expectativas distintos umas das outras.

Os indivíduos de geração mais antiga, com mais de 45 anos, estão no auge de sua produtividade, já estão saturados de toda a evolução tecnológica e competição acirrada. Falar em inovação, para esta geração, é quase sem sentido. Segundo Men (2008) os indivíduos que compõem a geração intermediária, com a faixa etária de 30 e 40 anos, estão sobrecarregados de tal maneira que o tempo é incoerente para as atividades operacionais. Contudo, buscam se reciclar através de novos cursos, mas sentem-se inseguros e infelizes. Falar em inovação é encontrá-los céticos e seria exigir demais para que ofereçam criatividade.

A nova geração que chega às empresas traz inovações em termos de uma realidade diferenciada. Ainda segundo Men (2008) são frutos da era digital e capazes de experimentar várias tarefas ao mesmo tempo. Os jovens navegam na internet, ouvem música, falam ao telefone e no Windows Live Messenger[5] ao mesmo tempo, sem que isso os atrapalhe ou cause algum tipo de embaraço. Esse grupo é mais criativo e inovador que as gerações anteriores. E aí resulta o grande desafio das empresas, pois de maneira geral, as organizações perdem o grande potencial de trabalho porque não conseguem atender às expectativas e aos estímulos desses jovens. E os mais criativos são os mais difíceis de manter.

Este trabalho aponta justamente na questão de como reter as novas gerações integradas com as gerações mais antigas, pois cada geração possui características positivas e negativas próprias, sendo que os profissionais da faixa etária a partir dos 30 anos possuem o conhecimento e experiência e os mais novos a criatividade e inovação, havendo cooperação entre elas resulta no crescimento econômico da empresa.

No que refere-se ao mercado, é possível analisar que a sociedade vive em um mercado globalizado em que fatores internos e externos podem influenciar as organizações ou instituições de forma positiva ou negativa. O grande diferencial que cada empresa possui são os seus colaboradores, ou seja, o seu capital humano que possuem conhecimentos, valores, culturas e limitações.

A problemática da pesquisa é constituída pela seguinte pergunta: As instituições de ensino em nível Superior de Belém-Pará estão realizando o processo de cooperação e integração entre docentes de gerações distintas, com intuito de provocar a multidisciplinaridade no método educativo, visando à formação intelectual dos discentes de forma integrada?

Pretende-se com a problemática investigar os processos de cooperação e integração dos docentes de gerações distintas nas instituições de ensino superior, com o intuito de promover a multidisciplinaridade no método educativo e na formação integrada dos discentes. As características diferenciadas das gerações no que diz respeito às competências, necessidades, limitações boas condições de trabalho e metodologias de ensino existente entre as mais diversas gerações; diferenças entre os profissionais de gerações distintas, no que tange a métodos pedagógicos; e suas limitações que devem ser superadas através da ampliação da capacidade de cooperarem entre si, para que melhor alcançarem os objetivos institucionais.

Como objetivo geral, o estudo propõe-se: Analisar as instituições de ensino em nível superior, referentes aos métodos de cooperação, integração e metodologias de ensino entre as distintas gerações de profissionais.

E, como objetivos específicos: Determinar a relação entre as idades e tempo de trabalho dos docentes da instituição lócus da pesquisa e as características das gerações de profissionais; indagar as diferenças entre as gerações distintas no que se refere: competências, necessidades, limitações, boas condições de trabalho e identificar as formas pedagógicas de acordo com as caracterizações de cada geração.

DEFINIÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS DAS GERAÇÕES QUE ESTÃO NO MERCADO DE TRABALHO

As gerações são um conjunto de indivíduos nascidos em uma mesma época, cada geração possui características, valores, cultura, crenças e princípios diferenciados uma das outras. Como todo processo do indivíduo, as gerações formam como se fosse um ciclo e devem sempre adaptar-se para que possam conviver umas com as outras de forma harmoniosa.

Cada geração possui características diferentes, com valores e princípios distintos umas das outras. Os ciclos começam com uma geração idealista, passando para uma reativa, seguida de uma geração com consciência cívica e, finalmente, chegando a uma geração de adaptação que, mais uma vez, direciona para uma geração idealista. Juntos, os quatro ciclos compõem um “século” (MCCRINDLE, 2002, p. 2).

As diferenças existentes entre os indivíduos de uma geração e outra com o passar do tempo e a formação de quatro ciclos das gerações formam um século.  Contudo o que define uma determinada geração basicamente não são as idades e sim os acontecimentos históricos, sociais e culturais que determinado grupo de indivíduo viveu; influenciando em seu comportamento.

Diversas teorias existem para a idade exata que define uma determinada geração, o que, neste trabalho não é o mais importante. As melhores definições para caracterizar uma geração é que são um grupo de pessoas que possuam possuem vivências históricas compartilhadas; valores, visão e princípios de vidas comuns; semelhantes formas de relacionamento e de lidar com o trabalho e vida de formas diferenciadas.

De acordo com Moragas, (2003, p. 01) relata que a vivência dos mesmos acontecimentos históricos origina:

Atitudes, sentimentos e condutas semelhantes, que permitem identificar os seus membros como sujeitos da mesma geração, do mesmo modo, identificam-se com outras variáveis sociais que facilitam a análise dos grupos, que podem ou não coincidir com idades próximas. A experiência compartilhada na escola, em organizações econômicas ou ideológicas, a profissão, o lazer, a história, as guerras, as revoluções, o estilo de vida, a moda, a música e qualquer denominador da conduta de grupos identificam-se também como geração, sem referência à idade.

Com características distintas que cada geração possui – resultantes da época em que nasceram de suas referências culturais e de vários outros fatores -, esses grupos comportam-se de forma diferenciada no ambiente profissional, o que pode gerar desentendimentos e conflitos, em muitos casos. Para que isso não aconteça, os gestores necessitam entender que cada geração é motivada para exercer papéis diferentes e que cada uma é influenciada por questões culturais diferentes.

Significativo é o crescimento populacional no mundo, e da mesma forma no país e respectivamente no Estado do Pará. Conforme o censo 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, o crescimento populacional do Brasil alcançou a marca de 190 755 799 habitantes na data de referência;

Segundo o Censo 2010 (IBGE, 2010) “a série de censos brasileiros mostrou que a população experimentou sucessivos aumentos em seu contingente, tendo crescido quase 20 vezes desde o primeiro Recenseamento realizado no Brasil, em 1872”. O censo realizado no Brasil de 2010, o mais recente realizado, permite realizar comparações da taxa de fecundidade e mortalidade a partir do ano de 1872 a até 2010. A presente comparação permitirá compreender em que consiste a importância da dinâmica demográfica na relação intergeracional, na atual sociedade contemporânea.

Ainda segundo o Censo;

Até a década de 1940, predominavam altos níveis de fecundidade e mortalidade no País. Com a diminuição desta última componente da dinâmica demográfica em meados dos anos de 1940 e a manutenção dos altos níveis de fecundidade vigentes à época, o ritmo do crescimento populacional brasileiro evoluiu para quase 3,0% ao ano na década de 1950 (IBGE, 2010).

Pelo censo 2010 realizado pelo IBGE é possível analisar que nos anos de 40 e 50, aconteceu o aumento no ritmo do crescimento populacional, através do aumento na taxa de natalidade. Nesta fase, caracteriza-se o surgimento da geração baby boomer.

Ainda segundo o censo 2010 “a maior aceleração no crescimento absoluto da população do Brasil ocorreu durante a década de 1950, quando se observou um acréscimo de 18,1 milhões de habitantes, correspondendo a um incremento relativo de 34,9%” (IBGE, 2010).

Durante a década de 50, conforme apresentado pelo IBGE (2010) foram caracterizados como sendo o período que mais cresceu o índice populacional, pelo fator do aumento população, ou seja, pelo aumento da taxa de natalidade, tais índices apresentam números bastante significativos em quase toda linha do tempo considerando até os dias atuais.

Ainda segundo o censo 2010 (IBGE, 2010) no começo dos anos de 1960, inicia-se lentamente o declínio dos níveis de fecundidade, acentuando-se na década seguinte. Esse fato fez com que as taxas de crescimento subsequentes também caíssem.

Durante o período citado acima no começo dos anos de 1960, marca o início da geração X, é possível observar o declínio dos níveis de fecundidade, fruto da nova cultura social que iniciava em ser expressa.

Outra mudança populacional apresentada pelo censo 2010 (IBGE, 2010) em comparação com o Censo 2000, a população do Brasil cresceu 12,3%, o que resulta em um crescimento médio anual de 1,17%, a menor taxa observada na série em análise. Essa é outra mudança populacional que aconteceu ao longo da história.

Segue gráfico 1 com a pirâmide etária em 2011

Gráfico 1 – Pirâmide etária em 2011. Fonte: IBGE, 2008
Gráfico 1 – Pirâmide etária em 2011. Fonte: IBGE, 2008

Na pirâmide etária de 2011 é possível verificar suas bases largas indicando a alta taxa de natalidade, contudo inicia-se um estreitamento da referida base em relação a pirâmides de 1980; conforme subimos em direção ao topo, é possível analisar que continua acontecendo um estreitamento, porém em menos drástico em relação de 1980, indicando diminuição do índice de mortalidade e da baixa expectativa de vida aos indivíduos.   O censo populacional apresentou numericamente 181.551 Homens e 257. 508 mulheres com a faixa etária de 80 (oitenta) anos. O fato da busca incessante pelo bem-estar, saúde e melhorias na qualidade de vida. Para que uma população envelheça é necessário um aumento da expectativa de vida e uma diminuição das taxas de fecundidade. No Brasil, o aumento da expectativa de vida nas últimas décadas foi espantoso.

Segundo Oliveira (2010, p. 11):

O crescente aumento da expectativa de vida do ser humano, a redução da natalidade, a ampliação dos meios de conexão entre as pessoas e o aumento do acesso e da velocidade no fluxo das informações são fatores extremamente relevante que criam um momento singular em toda a história conhecida da humanidade, pois nunca cinco gerações diferentes conviveram em uma mesma realidade.

Neste sentido, o envelhecimento da população brasileira tem sido acompanhado por importantes mudanças ligadas ao desenvolvimento de novas tecnologias, ao aumento da escolarização, às mudanças nas relações familiares, à universalização da seguridade social, à melhoria dos níveis de saúde, dentre outras.  A mudança na pirâmide etária proporciona mudanças comportamentais e de relacionamento até mesmo nas famílias nucleares e estendidas; que necessitam conviver de forma harmoniosa apesar das diferenças existentes entre os indivíduos de gerações distintas. Neste sentido o IBGE no ano de 2008 realizou projeção para taxas de natalidade e mortalidade do Brasil para o ano de 2050.

O gráfico 2 apresenta a pirâmide etária  do ano de 2050:

Gráfico 2 – Pirâmide etária em 2050. Fonte: IBGE, 2008.
Gráfico 2 – Pirâmide etária em 2050. Fonte: IBGE, 2008.

Nas pirâmides etárias projetadas para 2050, dos homens e mulheres, são possíveis verificar suas bases estreitas na mesma projeção do topo indicando que tanto o indicador da taxa de natalidade, quanto o índice de mortalidade e a expectativa de vida aos indivíduos, encontram-se equilíbrio, ou seja, o controle da taxa de natalidade, o aumento da expectativa de vida e o baixo índice de mortalidade, será a consequência para a inversão da pirâmide etária brasileira.

A Inversão da Pirâmide etária brasileira não é apenas uma realidade local. O referido fato ocorre como fenômeno mundial de modo particular nos países desenvolvidos. O fato implicará nas relações sociais contemporâneas entre estas distintas gerações, caso não seja realizado a integração e cooperação intergeracionais, drásticos problemas poderão ocorrer, nos mais diversos segmentos sociais, familiares, culturais e outros.

De acordo com Sarmento, (2005, pp. 375-376);

A inclusão do conceito de “geração” na análise das relações sociais contemporâneas parece ser uma indisfarçável necessidade, não apenas porque os processos de estratificação têm uma dimensão (também) geracional, mas também porque as relações intergeracionais têm constituído um aspecto vital na mudança social.

A necessidade de associar os conceitos de geração e intergeracionalidade está no fato das mudanças das relações sociais, uma vez que ocorre uma inversão nas pirâmides etária e automaticamente nas relações entre estes indivíduos. Outro por trás, da mudança nos papéis sociais; estilo ou qualidade de vida; valores e crenças distintas e as relações existentes entre as gerações são fundamentos de profunda transformação das estruturas sociais.

Muitos teóricos estudam o comportamento do homem há décadas, tais estudos foram organizados por gerações de faixa etárias por apresentarem similaridades.

Todas as características já abordadas podem ser analisadas através da ótica da divisão de gerações, que são: baby boomer, X, Y, Z e alfa, conforme Oliveira (2010); Lipkin e Perrymore (2010) e Cerbasi e Barbosa (2009); contudo neste trabalho não serão abordados as questões das gerações Z e alfa, uma vez, que estas gerações tratam das crianças que não estão inseridas no mercado de trabalho e não possuem características muito bem delineadas por estarem em fase de construção de seus valores. Ambas as gerações possuem indicadores ou expectativas que devem nos futuros anos serem analisadas, estruturadas e embasadas.

Nos últimos tempos muitas análises sobre as gerações profissionais e suas diferenças foram realizadas. O assunto também se tornou pauta nas instituições nos mais diversos setores, em discutir questões ligadas ao perfil de cada profissional, características diferenciadas, suas limitações e a importância de ampliar a capacidade de cooperarem entre si, para que melhor alcançarem os objetivos das organizações. São alguns dos assuntos abordados nestas análises, discussões e âmbitos acadêmicos e empresariais, uma vez que o assunto é de relevância para sociedade.

Ao analisar os dados detalhadamente é detectado, que o fato do crescimento populacional não se dá, pelo aumento da taxa de natalidade e sim do prolongamento da expectativa de vida dos indivíduos, ou seja, a taxa de mortalidade está diminuindo a proporção da diminuição da taxa de natalidade.

O Brasil experimenta um processo de transformação profunda na pirâmide etária num curto espaço de tempo, este fato não é uma realidade somente do Brasil, muitos países desenvolvidos e outros que ainda estão caminhando para essa realidade já estão da mesma forma passando por modificações em suas pirâmides etárias.

Conforme pode ser analisado em Oliveira (2010), o aumento da expectativa de vida das pessoas se dá por muitos aspectos provocados pela melhoria e avanços científicos, políticos e maior difusão das informações. O fato de pessoas mais saudáveis, com melhor qualidade de vida e dispostas a continuar suas atividades profissionais, faz com que, o relacionamento entre gerações aconteça.

De acordo com Lima, (2007, p. 11);

A redução crescente dos nascimentos equivale à redução das proporções de jovens, enquanto o aumento relativo dos restantes grupos etários irá, em médio prazo, afetar de novo o equilíbrio intergeracional pela correspondente redução dos jovens adultos e dos adultos ativos, e o que significa exatamente isso?

O questionamento apresentado pela autora sobre o equilíbrio intergeracional serve de parâmetro para vários debates e reflexões. Ainda segundo a autora;

O que fazer com os muitos milhões de velhos que já estão tendo hoje uma perspectiva de ócio e desperdício vital nos 20, 30 anos (que logo poderão ser 40 ou 50) após a aposentadoria? [..,] o que fazer com seus filhos e netos triturada por uma engrenagem social de obsolescência rápida e planejada do ser humano, que faz pairar sobre profissionais de 30, 35 anos o fantasma do e se eu perder o emprego? A sociedade de modo geral deve reestruturar-se para absorver o potencial disponível de seus cidadãos desocupados, desempregados, subempregados, aposentados – jovens, adultos, idosos (LIMA, 2007, p. 11).

Com base na autora a sociedade contemporânea adéqua-se à nova realidade apresentada. Recentemente um estudo detalhado realizado pela Cornell University, descobriu que cerca de um terço de todos os profissionais das gerações mais antigas estão planejando uma segunda carreira, encontrando-se no início da terceira idade ou dos anos dourados. A pesquisa observou que nos Estados Unidos existem mais de 77 milhões de pessoas nesta geração, 26 milhões de sexagenários pretendendo entrar novamente no mercado de trabalho. São muitos trabalhadores com diferentes faixas etárias (MOEN; PLASSMANN; SWEET, 2001).

Esta realidade cada vez mais torna-se fato não apenas para os países desenvolvidos como também para os países emergentes, exemplo do Brasil que é no atual cenário econômico um país com grande potencial.

Para Oliveira (2010, p. 58) “As pessoas têm preferido continuar trabalhando, mesmo depois de aposentadas. Mas o posicionamento para o trabalho é um pouco diferente”. Conforme podemos observar até mesmo de forma não científica e comprovada, porém não é este o caso aqui em questão, grandes mudanças ocorreram entre as distintas gerações ao longo da história, tais acontecimentos marcam conflito de ideais no que refere-se ao uso da tecnologia, do conhecimento, da cultura, do valor, no modo de aprendizagem e de suas limitações.

Essa fase nos mostra um choque de ideias mais profundos, sendo, na verdade, um choque entre gerações que mudam radicalmente a forma como encaram o uso da tecnologia, do conhecimento, da cultura e, obviamente, do tempo e do dinheiro (CERBASI; BARBOSA, 2009, p. 21).

A realidade apresentada por Cerbasi e Barbosa (2009) é possível ser analisada em nosso cotidiano, tanto no ambiente do trabalho como familiar. O choque entre gerações acontece diariamente de forma direta ou indiretamente, cabe aos indivíduos a responsabilidade de buscar recursos ou metodologia para uma boa convivência e integração, com o intuito de minimiza tais atritos.

Segundo Oliveira (2010, p. 59):

Outro aspecto de grande impacto na realidade das cinco gerações é a diferença de atitudes e características de cada uma delas. Essas atitudes estão interferindo de forma diferente sobre as escolhas, expectativas e motivações das pessoas, alterando completamente a qualidade dos relacionamentos e provocando desgastes e perda de energia.

O autor supracitado comenta que outro aspecto que provoca grande impacto dentre as gerações existentes, são as diferenças e características que cada uma possui. Estes choques intergeracionais provocam o desgaste e perda de energia entre os indivíduos. Para que o cenário de atritos apresentados pelas gerações seja minimizado, os comportamentos devem ser supridos pela integração e cooperação entre as gerações de forma harmoniosa.

Outro aspecto importante a ser destacado é apresentado por Moragas (2003, p. 06):

O preconceito etário cria categorias falsas para os adultos que trabalham, […] o trabalhador idoso é menos seguro, sofre mais acidentes, é menos estável […] apresenta mais dificuldades para aprendizagem, […] não pode participar como trabalhador produtivo.

Apesar de cada geração possuir limitações, isso não significa afirmar que uma geração é mais produtiva que outra. Como o próprio autor relata o fato não passa de mero preconceito etário, todo ser humano possui a capacidade de desenvolver-se, de acordo com seu potencial e seu perfil. A integração e cooperação como já citado deve proporcionar um clima organizacional saudável em que os indivíduos passam a adquirir certa satisfação na realização de suas tarefas. Além disso, tal cooperação entre as gerações possibilitará que a população envelheça de forma mais digna e retardando sua dependência.

Segundo Lima (2007, p. 41);

[…] a importância da sociedade se preparar, com todas as suas gerações, para a troca de informação, comunicação, e solidariedade, visando a que essa população possa envelhecer melhor e retardar uma dependência, principalmente física, que atinge principalmente pessoas com mais de 80 anos.

É fato consumado que todas as gerações, pelo ciclo natural, deverão chegar à terceira idade. Fato este, que deve ser preocupação não apenas dos que já se encontram com esta idade, porém também daqueles que “caminham” para esta direção. O agravante nas relações sociais apresentado por Lima, (2007, p. 41) de visar à importância da sociedade se preparar, com todas as suas gerações, para a troca de informação, comunicação, e solidariedade, visando a que essa população possa envelhecer melhor e retardar uma dependência, deve tornar-se compromisso não apenas no aspecto individual como coletivo, ou seja, não apenas pessoal, porém organizacional.

Como já apresentado o índice de pessoas da terceira idade trabalhando ou pensando na sua recolocação no mercado de trabalho, aumenta gradativamente, na mesma proporção o mercado busca jovens para oxigenar suas organizações.

Entre as distintas gerações é possível analisar que as gerações mais novas exigem um ambiente de trabalho que proporcione não apenas a satisfação como também que atendam suas necessidades físicas, sociais e egoístas; características não destacadas nas gerações antigas. Contudo devemos levar em consideração que grande parte do tempo indivíduo se resume no ambiente de trabalho.

Segundo Visigalli; Morais, (2010, p. 84);

Passamos cerca de um terço das horas do dia no trabalho. Isso leva a crer que devemos esperar que o trabalho satisfaça muitos dos tipos de necessidades – físicas, sociais, egoísticas – e que, além disso, essas necessidades possam ser satisfeitas de muitas maneiras diferentes – fora do trabalho, em torno do trabalho e através do trabalho.

Segundo Visigalli; Morais, (2010) os indivíduo passa cerca de um terço das horas do dia no ambiente de trabalho, neste sentido o trabalho tem que satisfazer as necessidades dos profissionais. Contudo quando as organizações adotam programas levando em consideração as gerações distintas é necessário compreender que cada geração possui necessidades diferentes.

Outro desafio para gestão de pessoas é apresentado por Debert, (2004, p. 52) relata que “o processo de agrupar pessoas em função de sua geração é totalmente distinto do de agrupar pessoas em função de seu estágio de maturidade e de sua idade cronológica”, perpassa em integrar gerações distintas que possuem filosofias ideológicas, valores, cultura, histórias de vidas diferenciadas.

Nesta fase do trabalho será analisada de forma aprofundada cada uma das gerações, para que possa realizar um comparativo de suas características e respectivamente de suas formas pedagógicas, faz-se necessário compreender a grande complexidade existente em cada geração e as barreiras existentes para fazer com que as mesmas possuam cooperação e integração nos seus ambientes de trabalho.

Muitos são os autores que pesquisaram e pesquisam os perfis das gerações Baby Boomers, X, Y, Z e Alfa, porém nem sempre apresentam exatamente os mesmos períodos para identificar o nascimento dos integrantes de cada um dos grupos. Contudo os autores que abordam o assunto não divergem significativamente, na descrição das características das pessoas que compõem essas gerações, as influências históricas, sociais e culturais que cada geração teve (TULGAN, 2009; CERBASI; BARBOSA, 2009, OLIVEIRA, 2010; LIPKIN; PERRYMORE, 2010).

A tabela 1 contém o resumo das gerações inseridas no mercado de trabalho.

Tabela 1 – Resumo das gerações inseridas no mercado de trabalho

Gerações Período Faixa etária

(anos)

Influência Tecnológica na comunicação relacionada em cada geração Marco
Baby Boomer 1945-1960 67-52 – Maximização da televisão, telefone de teclado e uso de memorandos – Educação autoritária, rígida e disciplinar.

– Necessidade de reestruturar seus países.

– Formação cultural estreitamente tradicional.

– Popularização da televisão.

 

X 1960-1980 52-32  

– Telefones celulares, teleconferências e e-mail.

– Queda do Muro de Berlim.

-Início do microcomputador.

– Cultura hippie.

– Movimentos feministas.

– Surgimento da pílula anticoncepcional.

– Liberação dos comportamentos sexuais.

– Inserção da mulher no mercado de trabalho.

– Início dos divórcios entre os casais.

-Mudanças estruturais nas famílias.

Y 1980-2000 32-12 -Smartphones, redes sociais na internet, webcams, mensagem de texto, Instant Messaging, etc… – Intimidade a tecnologia e internet.

– Casais divorciados.

– Pais trabalhando.

– Viver em forma semi-isolados.

Fonte: Próprio do autor, embasado em: Lipkin e Perrymore (2010); Oliveira (2010).

Através da tabela 2 é possível observar as gerações que encontram-se inseridas no mercado de trabalho, o período que compreende a respectiva geração, faixa etárias (anos), as tecnológica na comunicação relacionada em cada geração e os marcos.

É importante ressaltar desta tabela os dados no que compreende a tecnologia na comunicação, uma vez que possui até o presente momento grande repercussão na mudança comportamental dos indivíduos. Para Lipkin e Perrymore (2010, p.94) “devido aos rápidos avanços tecnológicos e suas consequências positivas e negativas, abriu-se uma grande lacuna intergeracional no que se refere à comunicação”.

A grande gama de tecnologia de comunicação existente no período da geração Y, ao contrário das gerações anteriores, o fato proporciona essa lacuna intergeracional apresentada por Lipkin e Perrymore. Contudo, ainda segundo os mesmos autores (2010, p. 95) “surgiram diversos dialetos geracionais e conflitos entre culturas de diferentes gerações. […] Como cada geração tem sua forma de se comunicar, surgem mal-entendidos e desentendimentos”.

As diferenças existentes devida a comunicação e tecnologia que avançaram com o passar dos anos, proporciona conforme o autor supracitado o mal- entendimento e desentendimento entre as gerações.

O referido fato que deve ser superado através da integração e cooperação entre os indivíduos das gerações; ambiente propício para o desenvolvimento do conhecimento entre as gerações e o conhecimento da existência e características de cada indivíduo que compõem determinada geração.

UM DESAFIO NA NOVA FORMA DE ENSINAR

Faz-se necessário compreender que “tal qual o humano que é um ser complexo, pois concentra fenômenos distintos e diversos capazes de influir em suas ações e transformar-se, sempre, assim também é o conhecimento” (PETRAGLIA, 2008, p. 58). A cooperação e integração entre gerações distintas é uma realidade necessária em todos os campos dos indivíduos: familiar, escolar e profissional.

Neste sentido este tipo de cooperação e integração deve acontecer no ambiente escolar, levando em consideração duas dimensões: a primeira entre docentes/docentes e a segunda entre docentes/discentes, possuindo noção que a maioria das instituições possui professores de gerações distintas, assim como geração diferenciada entre docentes e discentes.

Para Petraglia (2008, p. 105) “é preciso que se considere a crise e as incertezas que as sociedades vivem hoje. É uma crise planetária, que pode ser enfrentada com a queda das fronteiras da ciência e do saber, que são complexos”.

Segundo Imbernón (2010, p. 21);

O professor e professora não deveria ser um técnico que desenvolve ou implementa inovações prescritas, mas deveria converter-se em um profissional que deve participar ativa e criticamente no verdadeiro processo de inovação e mudança, a partir de e em seu próprio contexto, em um processo dinâmico e flexível.

Os alunos possuem um apego e facilitação pelas fontes virtuais, visitas a comunidades, mensagens postadas “on-line”, gravações e filmagens autorizadas ou não, ou seja, todos os equipamentos e programas de última geração. Percebe-se que as habilidades tecnológicas e expectativas de aquisição do conhecimento entre as gerações distintas, são consolidadas pelas estruturas culturais das comunidades (virtual e social), de forma diferenciada. Paulo Freire (2006) faz referência ao papel do educador como conciliador, mediador na arte de estabelecer estratégias que privilegiam o diálogo entre os sujeitos.

O educador, a serviço do diálogo, acredita, em seu poder de criação e crítica. Estabelece, a partir de sua convivência com o educador e educando, a construção da equidade na situação que vivem. Uma pedagogia que elimina pela raiz às relações autoritárias, onde não há “escolas” nem “professor”, mas círculos de cultura e um coordenador cuja tarefa essencial é o diálogo (FREIRE, 2006, p.34).

Torna-se visível a necessidade de uma formação significativa, o diálogo das gerações presentes ao contexto.

A integração ao seu contexto, resultante de estar não apenas nele, mas com ele, e não a simples adaptação, acomodação ou ajustamento, comportamento próprio da esfera dos contatos, ou sintoma de sua desumanização, implica em que, tanto a visão de si mesmo, como a do mundo, não podem absolutizar-se, fazendo- sentir-se um ser desgarrado em suspenso ou levando-o a julgar o seu mundo algo sobre que apenas se acha. A sua integração o enraíza (FREIRE, 2006, p.35).

Diante das novas realidades contextuais e dos aspectos que cada geração traz consigo de conhecimentos, habilidades e atitudes – CHA. Faz-se necessário que os docentes não ignorem as novas realidades.

Não podemos ser ingênuos e desconsiderar que todas essas mudanças denotam o agressivo processo de globalização a que todos estamos submetidos. Esse processo chegou, para a grande maioria dos professores, sem aviso prévio, mas ele é uma realidade; ou mudamos nossa forma de fazer educação ou estaremos mais uma vez fadados ao insucesso. A mudança é irreversível (CASTANHA; CASTRO, 2010, p. 32).

A mudança na forma didática já é uma realidade presente em muitas instituições, conforme Castanha e Castro, (2010) que alerta “ou mudamos nossa forma de fazer educação ou estaremos mais uma vez fadados ao insucesso”. As mudanças são necessárias para que possa ser criado um ambiente educacional favorável, para o desenvolvimento intelectual e para a realização do processo de ensino-aprendizagem.

Conforme Castanha e Castro (2010) ressalta a necessidade de repensar as técnicas de ensino que devem ser utilizadas na sala de aula cada vez mais urgente. As técnicas antigas como: professor que permanece de costas para o aluno, que utiliza sempre a mesma metodologia ou recursos, que não busca conexão em rede e ao mundo, como exemplificado pela autora, devem ser substituídas.

Imbernón (2010, p. 11) ressalta que “o mais importante é que amplos setores demandam que a educação se aproximasse mais dos aspectos éticos, coletivos, comunicativos, comportamentais, emocionais, todos eles necessários para se alcançar uma educação democrática dos futuros cidadãos”. Neste sentido, é importante ressaltar que a educação tradicional necessita de transformação na forma de ensinar, ainda segundo Imbernón (2010, p. 12) relata que a:

Renovação da instituição educativa e esta nova forma de educar requerem uma redefinição importante da profissão docente e que se assumam novas competências profissionais no quadro de um conhecimento pedagógico, científico e cultural revisto. Em outras palavras, a nova era requer um profissional da educação diferente.

A renovação das instituições educativas relatada pelo autor na forma de ensinar, dá-se ao fato, que durante muitos anos a educação priorizou a transmissão de um conhecimento acadêmico ou a transformação do conhecimento comum dos alunos em um conhecimento acadêmico. Para Imbernón (2010, p. 14) “a profissão exerce outras funções: luta contra a exclusão social, participação, motivação, animação de grupos, relação com estruturas sociais, com a comunidade… E é claro que tudo isso requer uma nova formação: inicial e permanente”.

É preciso que o professor repense a sua forma de atuação. O seu papel mais importante na atualidade é o de mediador, para que então exerça a mediação entre a informação disponível e o aluno. É necessário que crie ou mobilize espaços, recursos e estratégias mais adequados (CASTANHA; CASTRO, 2010, p. 33).

A nova forma pedagógica proporciona que “os professores passarão a agir mais como orientadores e tutores de aprendizado para ajudar os estudantes a descobrir a abordagem da aprendizagem que, para eles, tenha maior sentido” (CHRISTENSEN; HORN; JOHNSON, 2009, p. 113). Neste sentido, para Castanha e Castro (2010, p. 33) o docente “precisa ser um gerenciador do processo de aprendizagem, de forma a possibilitar a construção da autonomia e autoria dos estudantes. É preciso que os alunos aprendam a aprender”.

Além da nova postura exigida aos docentes tornando-os orientadores e tutores de aprendizado, esta é mais uma evidência da necessidade de o professor “ser reflexivo e buscar estratégias pedagógicas que atendam às necessidades educacionais dos jovens” (CASTANHA; CASTRO, 2010, p. 36) de gerações mais novas.

Todas as instituições de ensino, desde as escolas de educação infantil até as universidades, devem possuir um novo olhar para a situação existencial das gerações distintas.  É de fundamental importância a realização de atividade que proporcione ao docente qualificação e desenvolvimento, através de programas de aperfeiçoamento entre os próprios docentes da instituição, permitindo a cooperação e integração entre eles.

Também é necessário compreender que o problema da resistência no processo de transformação na forma de ensinar, nos aspectos dos métodos pedagógicos, muitas das vezes não está apenas nos docentes, mas sim nos processos políticos sociais e educativos (IMBERNÓN, 2010).

A imposição de professores como meros executores do currículo, talvez fez com que os professores tenham visto a inovação como uma determinação exterior, artificial e separada dos contextos pessoais e institucionais em que trabalham (IMBERNÓN, 2010). Ainda segundo Imbernón, (2010, p. 21) “tudo isso adormeceu um coletivo que com frequência, se sente incapaz de inovar, perdendo assim a capacidade de gerar novos conhecimentos pedagógicos”.

Outra ação que deve ser realizada nas instituições que consideram de grande importância os temas das gerações distintas é o alinhamento deste compromisso com o Projeto Político Pedagógico – PPP ou com próprio currículo.

Pois Castanha; Castro (2010, p. 31) ressalta que:

Como educadores, sabemos que o processo de aprendizagem é relacional e, como tal, precisa estar instituído no coração do currículo. A necessidade do estabelecimento do vínculo é fundamental. O docente precisa conhecer e fazer uso das ferramentas tecnológicas utilizadas pelos alunos. Essa pode ser uma das estratégias de estabelecer esse vínculo.

Ao elaborar o PPP ou currículo é necessário que se leve em consideração quase todas as variáveis que envolvem o ambiente contextual que a instituição está inserida. Para Petraglia (2008, p. 79);

O currículo escolar é mínimo e fragmentado. Na maioria das veze, deixa a desejar tanto quantitativa como qualitativamente. Não oferece, através de suas disciplinas, a visão do todo, do curso e do conhecimento uno, nem favorece a comunicação e o diálogo entre os saberes; dito de outra forma, as disciplinas como seus programas e conteúdos não se integram ou completam, dificultando a perspectiva de conjunto, que favorece a aprendizagem.

Ao elaborar tal currículo é necessário considerar a complexidade, que se explica através das múltiplas influências do ato de pensar, intervindo no processo de ensino aprendizagem. Moreira (2000) ressalta a importância de obter dados sobre o que ocorre durante as atividades de ensino, ou seja, sobre o ambiente real, que possibilita pesquisar os interesses dos alunos. Tal pesquisa “pode fornecer informações bastante proveitosas aos docentes que desejam compreender melhor a dinâmica de suas classes, a partir do ponto de vista do estudante” (MOREIRA, 2000, p. 116).

A pesquisa é um recurso que deve “facilitar mudanças, tanto no que se refere ao atendimento dos objetivos de um curso, quanto à organização de um ambiente onde o aluno tenha mais satisfação e sinta-se mais motivado” (MOREIRA, 2000, p. 116).

A compreensão que as instituições são formadas por indivíduos de gerações distintas e com personalidades, valores, limitações, qualidades e características diferentes, influenciadas pelos aspectos já citados anteriormente.  São alguns dos “problemas e outras confusões que nos fazem crer que a escola ainda não definiu o seu papel no atual contexto histórico, social e político, carecendo construir sua identidade” (PETRAGLIA, 2008, p. 79). A construção de identidade institucional, perante ao contexto histórico, social e político é:

Um processo de construção perene e gradativo, que ocorre de dentro para fora e de fora para dentro, simultaneamente, em que as possibilidades individuais de cada um e do grupo são colocadas à frente das circunstâncias limitadoras que nos são impostas (PETRAGLIA, 2008, p. 79).

Todo o processo de construção e desenvolvimento do currículo é preciso, contudo, que as pessoas estejam envolvidas, querendo realizá-la, proporcionado melhorias quando necessário, assim como aprendendo continuamente dia a dia (PETRAGLIA, 2008).

O estabelecimento de vínculo entre professor-aluno durante alguns anos foi considerado um ato de desrespeito e muitas das vezes desnecessário, uma vez, que o professor era detentor do conhecimento, de forma absoluta, e apenas tinha a responsabilidade de transmitir informações (conhecimento).

Tudo isso implica considerar o professor com um agente dinâmico cultural, social, e curricular, capaz de tomar decisões educativas, éticas, morais, de desenvolver o currículo em um contexto determinado e de elaborar materiais curriculares com a colaboração dos colegas, situando o processo em um contexto específico e controlado próprio coletivo (IMBERNÓN, 2010, p. 22).

No início do século XXI é possível afirmar que o docente precisa conhecer sua classe, ou melhor, seus alunos: suas características, valores, desejos, necessidades, limitações e qualidades, para que da melhor forma proporcione na sala de aula o ambiente favorável para o desenvolvimento intelectual.

Para Castanha e Castro (2010, p. 34) “projetos interdisciplinares[6] apresentam-se como uma das estratégias pedagógicas eficientes para subsidiar a aprendizagem em tempos de mudança. Eles permitem o acompanhamento do professor de forma eficaz, independente das tecnologias que estão sendo utilizadas”.

Além dos elementos conceituais no processo de aprendizagem, o trabalho com projetos interdisciplinares favorece a cooperação, a relação mais solidária com seus pares e a conquista da descentração, tão necessárias para a superação do egocentrismo e imediatismo que caracterizam a geração Y (CASTANHA; CASTRO, 2010, p. 36).

No aspecto do ensino superior a falta de capacitação didática do docente que atua neste nível, prejudica o processo de qualidade oferecido nos cursos. Para Moreira (2000, p. 115) é ressaltado que:

Acreditamos que a pouca importância é atribuída à sala de aula do terceiro grau, enquanto objetivo de estudo, prejudica sobremaneira a reflexão sobre a qualidade do ensino oferecido em nossos cursos de graduação, assim como a organização de iniciativas que visem a melhoria do ensino e a capacitação didática do docente que atua nesse nível.

A educação com foco nas gerações distintas de profissionais, deve nortear toda a ação política pedagógica das instituições de ensino superior com intuito de promover que os “processos de formação devem dotar os professores de conhecimentos, habilidade e atitudes para desenvolver profissionais reflexivos e investigadores” (IMBERNÓN, 2010, p. 22).

O desenvolvimento de CHA deve ser constante tanto para os docentes quanto para os discentes de gerações distintas, buscando com isso, formar indivíduos com flexibilidade para enfrentar as complexidades humanas e do conhecimento.

O processo deve culminar na mudança comportamental dos envolvidos no processo, uma vez que, o conhecimento é chave para a mudança dos indivíduos. Neste sentido Imbernón (2010, p. 40);

Devemos evitar a perspectiva denominada genericamente técnica ou racional-técnica e basear os programas de forma de desenvolvimento de competências (com um conceito determinado de competência como habilidade técnica) que consistem em determinados tipos de estratégias tendentes a realizar a mudança com procedimentos sistemáticos que pretendem fazer frente à complexidade educativa com garantia de êxito.

O processo de desenvolvimento do CHA é contínuo e permanente, tanto para docentes quanto para discentes. No que diz respeito aos docentes ele deve proporcionar a formação dos mesmos que devem abandonar segundo Imbernón (2010, p. 42) “o conceito de professor/a tradicional, acadêmico ou enciclopédico e o do especialista-técnico […], cuja a função primordial é transmissão de conhecimento”.

Ao considerar as características profissionais de cada geração distintas, com foco nos docentes é necessário ressaltar, assim como nas demais profissões o desenvolvimento é oriundos de diversos fatores: “o salário, a demanda de mercado de trabalho, o clima de trabalho nas escolas em que é exercida a carreira de docentes etc. e, é claro a formação permanente que essa pessoa realiza ao longo de sua vida profissional” (IMBERNÓN, 2010, p. 46).

Cada geração, como já citado anteriormente nesta pesquisa, possui suas próprias expectativas de cada geração e não é diferente no ambiente educacional. Abaixo vamos analisar algumas características:

Os profissionais da geração baby boomer, buscam bons salários, promoções fruto da fidelização nas instituições não levando em consideração seus objetivos e expectativas pessoais, competitivos e voltados aos objetivos e metas, possuem dificuldade em perda de status e poder, para esses profissionais liderança é comandar e controlar, não possui preocupação com qualidade de vida e têm uma relação difícil com as novas tecnologias. (LIPKIN E PERRYMORE,2010; OLIVEIRA,2010; BANOV, 2011).

Os profissionais da geração X possuem experiência e dedicação, possui medo inconsciente de ser despedido ou ameaçado por alguém da geração Y, também possuem compromisso e fidelidade a empresa, foco nos objetivos e metas, equilibram a vida pessoal com a profissional, possuem uma relação intermediária com a tecnologia. (LIPKIN E PERRYMORE,2010; OLIVEIRA,2010; BANOV, 2011).

Já a geração Y possuem autoestima não alterando seus valores, são deslumbrados por desafios, e querem fazer alguma coisa de seu jeito, buscam a realização de seus sonhos, são impulsivos e enfrentam sem medo posições de poder e autoridade, são indivíduos de multitarefa, possuem estreita relação com a tecnologia , facilidade com reuniões virtuais, desejam da organização flexibilidade de horário e possuem roupas informais , dificuldades com hierarquia, vivem em rede e odeiam burocracia, controles e atividades rotineiras. (LIPKIN E PERRYMORE,2010; OLIVEIRA,2010; BANOV, 2011).

“A mistura de gerações no trabalho pode ser, na melhor das hipóteses, empolgante e enriquecedora, mas, na pior delas, uma experiência irritante e frustrante”. (KAYE; EVANS, 2004, p.193). Neste sentido, as instituições de ensino estão com profissionais das três gerações em seus quadros funcionais, como analisado com características distintas. Através da boa convivência, cooperação, integração em atividades, proporcionado aos discentes que também são de outra geração, a instituição passará a possuir uma identidade própria não menosprezando o contexto individual e atual que cada geração sofreu ou sofre influência.

A educação passa a tomar uma dimensão ampliada, os alunos do século XXI, buscam respostas para os problemas enfrentados pela sociedade como a questão ambiental, social e econômica; os mesmos estão utilizando a tecnologia para buscar informações e soluções para seus problemas; esses alunos passam grande parte dos seus tempos utilizando as novas tecnologias de forma multitarefas, seus pais como perfil da família moderna passam grande parte do tempo no ambiente de trabalho.  O lado sócio-afetivo destes alunos fica a mercê dos recursos tecnológicos.

Neste sentido, o docente do referido século, deve proporcionar que a sala de aula torne-se um ambiente propício para a interação social destes alunos, tornando-os indivíduos capacitados para análise e críticas dos problemas enfrentados pela sociedade moderna. Além disso, os docentes devem considerar os benefícios que a tecnologia pode proporcionar no ambiente educacional.

Outro aspecto relevante que os docentes devem suscitar é sobre a importância que as novas gerações dão para questão ambiental e social, nunca tão bem observada nas gerações anteriores.

A questão sócioafetiva dos alunos passa a ter grande significado no processo de ensino aprendizagem para o século XXI. Os jovens devido à alta permanência e utilização da tecnologia deixam de realizar tarefas que priorizem a comunicação, interação e diálogo pessoal. Como por exemplo, pode ser mencionada a questão de brincadeiras infantis comuns no passado como futebol, pipas, petecas e outras, que estimulam o desenvolvimento de interação social e diálogo pessoal, uma vez que as mesmas crianças e jovens, priorizam atualmente os jogos e redes de relacionamentos virtuais.

Além das barreiras de comunicação, integração e diálogo, a ausência destas atividades proporcionam problemas sócioafetiva . Ou seja, são formados indivíduos com dificuldades em realizar e manter relações sociais e com sérios problemas afetivos.

METODOLOGIA

A metodologia utilizada nesta investigação adotou um estudo não-experimental, de tipo descritivo e de enfoque qualitativo com alguns dados quantitativo e com as características de estudo de caso, porque caracteriza, sem manipulação os perfis dos docentes das gerações Baby Boomers, X e Y; da Faculdade de Belém- Fabel, situada no estado do Pará-PA, no município de Belém.

Para Hernández Sampieri; Fernández Collado; Baptista Lucio (2006, p. 109) o objetivo da pesquisa descritiva “consiste em descrever situações, acontecimentos e feitos, isto é, dizer como é e como se manifesta determinado fenômeno”.  Neste sentido, a investigação propõe analisar de forma descritiva as características dos indivíduos que compõem as gerações de profissionais (docentes) de distintas e as formas adotadas de cooperação e integração entre os mesmos na instituição lócus da pesquisa. Os dados quantitativos e qualitativos serão processados e organizados de forma clara, possibilitando aos leitores uma melhor compreensão do assunto.

Para realizar a coleta de dados, aplicou-se a técnica de análise documental através de documentos oficiais, teses e artigos das gerações distintas de profissionais, cooperação e integração e aspectos da área da educação.  Ademais, aplicou-se a técnica de entrevista, com aplicação de um roteiro não-estruturado, aos integrantes, docentes do ensino superior do curso de Administração da Faculdade de Belém – FABEL, e a técnica de observação por meio de fotografias e lista de observação das técnicas pedagógicas adotadas pelos docentes de distintas gerações.  Por fim, desenvolver-se-á a análise e sistematização dos dados recolhidos, confrontando-os com o referencial teórico construído.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Determinar a relação entre as idades e tempo de trabalho dos docentes da instituição lócus da pesquisa e as características das gerações de profissionais

Os três primeiros questionamentos na entrevista realizados com os docentes do curso de Administração da Fabel, diz respeito à faixa etária, tempo de atuação na área da educação na instituição ou em outra e tempo de serviço na instituição lócus da pesquisa. Para realização levou-se em consideração a faixa etária aproximada de cada geração, ou seja, para geração Y 12 – 32 anos, X 32 – 52 anos e Baby Boomer 52 – 67 anos.  Segue tabela 2 contendo os dados coletados.  Segue tabela 11 com o demonstrativo da faixa etária, geração tempo de instituição e na área da educação dos docentes entrevistados.

Tabela 2 – Demonstrativos dos docentes da Fabel

Classificação das gerações * Faixa etária Percentual Tempo de instituição Percentual
Y 12 -32 anos 0 Até 1 anos 1
X 32 -52 anos 11 1-5 anos 5
Baby Boomer 52 -67 anos 1 6- 10 anos 6
**Tempo de atuação na área da Educação 3 a 20 anos
*  É projetada com base na idade das gerações Baby Boomer, X e Y.
** É a média de tempo dos docentes entrevistados.

Fonte: Diego Ventura Magalhães

As datas precisas para o início e término de cada geração podem até ser diferentes na visão de cada autor, porém a essência central dos fenômenos culturais, sociais e econômicos; que influenciam o comportamento dos indivíduos de determinada geração possuem semelhança. Neste sentido, a pesquisa revelou, que no quadro funcional docente do curso de Administração da Fabel, 11 (onze) caracterizam-se como sendo da geração X e 1 (um) da geração Baby Boomer não contendo profissionais da geração Y.

Indagar as diferenças entre as gerações distintas no que se refere: competências, necessidades, limitações, boas condições de trabalho.

No mundo globalizado que passa por constantes transformações no desenvolvimento do trabalho, em todos os âmbitos. Não é possível somente com o conhecimento adquirido no curso de formação universitária, garantir colocação de um profissional no mercado de trabalho, ou até mesmo o fato de ter trabalhado por muitos anos em uma mesma empresa, que até alguns anos atrás era considerado um fator importante, esses não são mais levado em consideração no momento da inserção profissional.

Diante deste cenário, em que o mercado de trabalho é competitivo e as instituições buscam cada vez mais pessoas qualificadas, para atender os seus objetivos estratégicos, é que surgiu a necessidade de pensar quais as competências necessárias para cada funcionário que compõem o quadro funcional.

Dentre os entrevistados é possível analisar através das respostas (que segue tabela 3) as características, competências e habilidade considerados pontos fortes dos mesmos.

Tabela 3 – Características, conhecimento, competências e habilidade dos docentes.

Identificação Geração Características Conhecimento Competências Habilidade
Docente  

 

X

Determinação,

Responsabilidade

Especializações nacionais e internacionais,

Cursos de qualificação

*** Experiência no mercado de varejo (23 anos)
Docente C X Fidelidade à empresa, *** Prática docente Incentivador à pesquisa
 Docente E Baby Boomer Organização,

Liderança,

Titulação *** ***
Docente F X  

Proatividade

 

Titulação Capacidade Técnica Membro dos avaliadores Nacionais (publicações)
Docente G X Pontualidade,

Comunicativa,

Dinâmica,

Persistente,

Carismática,

Honesta

*** *** ***

*** Simboliza que os docentes entrevistados não informaram tal requisito esboçado na tabela acima.

Fonte: Docentes entrevistados (2013).

Diante das respostas apresentadas pelos docentes entrevistados (2013) é possível analisar que na grande parte das características, conhecimentos, competências e habilidades fornecidas pelos mesmos são relacionados aos que de forma teórica os autores abordam. Cabe ressaltar que por motivo da instituição não possuir profissionais da geração Y, não foi possível identificar tais aspectos para os profissionais desta geração.

Todos os entrevistados de forma simples e precisa apresentaram suas características, contudo ao delinear as Competências, Habilidades e Atitudes- CHA, nem todos apresentaram respostas para o questionamento apresentando desta forma, lacunas no quadro demonstrativo.

Traçar os CHA’S dos funcionários é de fundamental importância para fortalecer ou oferecer cursos de qualificação para os funcionários.  Ao referir-se do ponto de vista do CHA é possível definir que conhecimento tem como foco principal o saber, ou seja, são baseados nos conhecimentos técnicos, escolaridade e cursos realizados. No ponto de vista de habilidades tem como principal foco o saber fazer, ou seja, é baseado na experiência, nos conhecimentos, tendo colocado em prática o saber adquirido. Já atitudes: tem como foco principal o querer fazer. É baseado no ter atitudes compatíveis para obter resultados em relação aos conhecimentos e habilidades adquiridos ou a serem adquiridos.

Neste sentido, com as mudanças constantes no mundo e a evolução da era do conhecimento faz-se necessário determinar a consolidação dos conhecimentos, habilidades e atitudes que determinam o novo perfil docente é de suma importância para eficácia das práticas adotadas em sala de aula.

No que diz respeito a boas condições de trabalho esse é um assunto de grande relevância na gestão contemporânea, uma vez, que está ligada diretamente a qualidade de vida no trabalho – QVT[7] dos funcionários.  Neste sentido, sua compreensão passa, necessariamente, pela palavra e percepção do trabalhador e não apenas pela observação de procedimentos, comportamentos e atos, por mais detalhista que seja.

Contudo faz-se necessário compreender que não pode-se confundir QVT com melhorias apenas nas condições de trabalho (que esse é apenas uma vertente do QVT), como era o praticado nas organizações que utilizavam as melhorias no ambiente de trabalho com a finalidade de acalmar e conter os ânimos dos funcionários que reclamavam das péssimas condições a que eram submetidos.

Neste sentido o homem moderno deve ser entendido sob um aspecto biopsicossocial, ou seja, pessoas formadas segundo muitos especialistas por três dimensões: biológica, psíquica e social. O modelo biopsicossocial representa uma tentativa para integrar o psicológico “psico” e o meio ambiente “social” no modelo biomédico “bio”.

Os aspectos biológicos incluem a genética, os vírus, as bactérias e os defeitos estruturais e outras doenças físicas, ou seja, o homem recebe influências do seu organismo internamente; do aspecto psicológico, da sua percepção própria, experiências e vivências de mundo (incluem as crenças, stress, emoções e comportamentos) e finalmente, os aspectos sociais estão ligados nas normas sociais de comportamento, relacionamentos sociais, das classes sociais e do grupo étnicos.

Conforme pesquisa realizada pela psicologia, que buscou respaldo em outras ciências para realizar tal afirmação, a pessoa é composta dos três aspectos, de forma integrada, quando um dos aspectos não está em perfeita condições os outros dois acabam sendo abalados, uma vez, que os mesmos convivem em plena harmonia.

Ao analisar o homem como um ser biopsicossocial é possível deparar-se com a realidade que pode influenciar o indivíduo através do seu aspecto psico que são as motivações.   Segundo Frederick Herzberg, ponderou a motivação como sendo fruto da hierarquia das necessidades humanas que são: Fisiológicas, segurança, amor/ Relacionamento, estima e realização pessoal.

Necessitamos de motivos internos para que possamos definir e alcançar os nossos objetivos. Motivação é a vontade, o motivo que nos leva à ação. Os desejos, aspirações, necessidades têm influência na escolha de alternativas ou caminhos, atuando como mola propulsora do comportamento de cada um (AZEVEDO, 2000 p.99).

Na visão de Soto (2002, p.66);

O estudo da motivação permite entender, conhecer o comportamento humano, o que, por sua vez, permite prevê-lo e, portanto, controlá-lo (autocontrole ou heterocontrole) por meio do controle das necessidades ou motivos que impulsionam o comportamento e dos objetivos ou metas que o dirigem.

Com esse prisma do homem como um ser biopsicossocial que através de suas motivações e controle do comportamento do mesmo para alcançar os objetivos institucionais que é de fundamental importância proporcionar boas condições e qualidade de vida no trabalho favorável.

No que diz respeito a condições de trabalho na instituição lócus da pesquisa foi possível analisar que todos priorizaram a estrutura física da instituição, salvo algumas exceções que além destas, apresentaram outras condições relevantes para execução de suas atividades. Vale ressaltar que por lei é obrigação básica do empregador assegurar as condições básicas para o empregado realizar suas atividades.

Para o docente C boas condições de trabalho são “quando o empregador disponibiliza todo material e recursos necessários para o docente realizar com efetividade sua função. Como por exemplo: equipamento, salários compatíveis de mercado e apoio da coordenação”. Neste sentido o docente M “possuir salas climatizadas, boas carteiras, projeção de crescimento, salário justo compatível de mercado e atividade realizada”.

O docente B ressalta que “é ter todos os recursos necessário para realização das tarefas. Essa dificuldade senti aqui”. O docente B através de sua resposta apresenta um problema que ele passou na instituição pesquisada, conforme observado em lócus, a instituição disponibiliza para os docentes computador, datashow, televisão e aparelho de DVD; para realização de suas aulas, no entanto, faz-se necessário que o docente realize a solicitação para o setor responsável.

Através das respostas é possível analisar que boas condições de trabalho, para os entrevistados está relacionado à infraestrutura, salários e apoio da coordenação (dos superiores), tais características podem ser analisadas nas gerações Baby boomer e X. Neste sentido, é possível afirmar que as características teóricas das gerações encontram-se alinhadas com as características práticas dos docentes entrevistados da geração Baby Boomer e X.

Identificar as formas pedagógicas de acordo com as caracterizações de cada geração

Hoje muitas são as metodologias que podem ser adotadas em sala de aula, desde as mais tradicionais até as modernas. A aula expositiva tradicional tornou-se obsoleta e apresentou a proposição de uma nova aula expositiva, condizente com a atualidade. Antigamente, como a aula levava em consideração os conteúdos, o professor quase ignorava o aluno e os seus anseios.

Hoje, é imprescindível ministrar uma aula atrativa, interessante para os discentes e que desperte o interesse de buscar novas informações na internet ou outros meios. Neste sentido faz-se necessário que os docentes entendam quem são seus alunos, o seu modo de vida, o seu modelo mental e suas características.

As instituições de ensino apresentam no presente corte da linha do tempo maioria dos alunos pertencente à geração Y e, em breve, chegarão às universidades os integrantes da mais nova geração, a Z.  E os docentes  universitários são da X e até da Baby Boomer. Por esse motivo é clássico conflito de gerações acarretando impactos importantes no processo de ensino-aprendizagem.

Através da tabela 4 é possível encontrar as respostas dos entrevistados no que se refere às metodologias adotadas na sala de aula, as metodologias adotadas por todos possuem semelhanças.

Tabela 4 – Metodologias adotadas pelos docentes entrevistados.

Identificação Geração Metodologias
Docente A X Aula expositiva, aulas práticas e atividades de Grupo
Docente D X Debate, júri simulado, painel integrado, aula dialogada e Pesquisas eletrônicas
Docente E Baby Boomer Aulas expositivas, exposições e debates com base em textos.
Docente F X Aulas expositivas, atividades em grupo e jogos de empresas

Fonte: Diego Ventura Magalhães

No que refere-se às metodologias adotadas pelos docentes entrevistados da instituição lócus da pesquisa é possível analisar que os mesmo utilizam uma gama de metodologia diferenciadas, de acordo com a disciplina e assuntos que estão sendo ministrados em classe. Dentre os entrevistados o docente E (baby boomer) foi o único que apresentou desvios de respostas no que diz respeito aos demais entrevistados, ele utiliza como metodologia as “Aula expositivas, exposições e debates com base em textos” o que impulsiona para um controle do conhecimento, a exemplo do modelo antigo. Uma vez que prioriza aulas expositivas, exposições e debates com textos previamente elaborados e estabelecidos, limitando desta forma o aluno de buscar novas informações sobre o assunto e gerando novos conhecimentos.

Com a evolução das práticas pedagógicas e da tecnologia, cada vez mais os docentes necessitam estar preparados para novas realidades e contextos que podem aparecer na sala de aula. A grande parte dos alunos universitários são jovens da geração Y, indivíduos que nasceram “conectados” como muitos autores os caracterizam por nascerem envolvidos pelas novas tecnologias, avanços da internet e da comunicação.

A tabela 5 apresenta as respostas dos docentes entrevistados no que refere-se aos recursos didáticos adotados na sala de aula.

Tabela 5 – Recursos tecnológicos adotadas pelos docentes entrevistados.

Identificação Geração Recursos Didáticos tecnológicos
 Docente A X Datashow, computadores e Multimídias
Docente D X Todos disponibilizados pela instituição.
Docente E Baby Boomer Permito que os alunos realizem pesquisas na internet. Porém ressalto que utilizo somente o datashow
Docente F X Wi fi para celulares e outros equipamentos para pesquisas dos discentes, notebook, computadores e datashow

Fonte: Diego Ventura Magalhães

Dentre os docentes pesquisados é possível analisar que apesar de não serem integrantes das gerações que nascem “conectadas”, os mesmos possuem consciência da importância das novas tecnologias para educação. Vale ressaltar que o docente E, que caracteriza-se como Baby boomer, apesar de utilizar somente o datashow em suas aulas, permite que seus alunos utilizem internet, e lógico, a tecnologia com isso para suas pesquisas.

CONCLUSÃO

Este estudo apresentou as influências; percepções; características dos indivíduos da geração Baby Boomer, X e Y; a gestão de pessoas contemporânea; os conflitos entre as gerações; a cooperação e integração entre os profissionais de gerações distintas.

De acordo com a bibliografia levantada foi possível caracterizar três gerações distintas atuantes no mercado de trabalho, a geração Baby Boomer os indivíduos que nasceram entre os anos 1945-1960, a geração X os indivíduos que nasceram entre os anos 1960-1980 e a geração Y que compreende aos indivíduos que nasceram entre os anos 1980-2000.

No que diz respeito ao primeiro objetivo específico é possível verificar que os indivíduos que compõem as gerações possuem perfis distintos, influenciados pelos elementos históricos, sociais e culturais. Neste sentido, cada indivíduo de determinada geração possui características diferenciadas de indivíduo de outra geração; fato compreendido através das influências já citadas.

A instituição lócus da pesquisa, de forma particular na amostra utilizada para realizar esse trabalho, foi possível delinear 1(um) docente da geração Baby boomer, 11(onze) da geração X e não possuir profissionais da geração Y. Contudo foi possível delinear a características da geração Y, através da bibliografia utilizada. Neste sentido, os jovens que constituem a geração Y possuem como característica o sentimento de liberdade de expressão e igualdade.

Também tomando base na investigação do primeiro objetivo específico é possível ressaltar que as instituições são repletas de indivíduos de gerações distintas, as peculiaridades de cada geração influenciam o comportamento profissional nas organizações, não obstante nas instituições de ensino, tanto no aspecto da educação infantil até a educação superior.

Neste cenário dinâmico, o trabalho docente e a educação superior passam a ser alvos de profundas modificações, que se pautaram na revisão epistemológica da formação profissional, orientados por uma política educacional alargada e flexível, o que poderia comportar muitas inovações nas instituições, pois esta política

[…] consistia em adaptar os currículos às mudanças dos perfis profissionais, para o que foram adotados os princípios orientadores para as mudanças dos currículos dos cursos de graduação: flexibilidade na organização curricular, dinamicidade do currículo, adaptação às demandas do mercado, integração entre graduação e pós-graduação, ênfase na formação geral, definição e desenvolvimento de competências e habilidades gerais (OLIVEIRA, 2000, p. 137).

Posturas arcaicas de metodologias, recursos e práticas de ensino devem ser revistas e modernizadas, para que atenda de forma efetiva as necessidades educacional e pessoal dos docentes e discentes. Imbernón (2005, p. 07) diz que:

a profissão docente deve abandonar a concepção predominante no século XIX de mera transmissão do conhecimento acadêmico, de onde de fato provém, e que se tornou inteiramente obsoleta para a formação dos futuros cidadãos em uma sociedade democrática: plural, participativa, solidária, integradora.

Os anseios da sociedade pluralista em que leva-se em consideração as características geracionais, seus conhecimentos, desejos, valores e limitações; exige tais modificações no processo de ensino aprendizagem. Novas competências, habilidades e atitudes são exigidas dos docentes do século XXI. Para Kuenzer (2001, p. 17-18) estabelece algumas mudanças

[…] o desenvolvimento de competências cognitivas superiores e de relacionamento, tais como análise, síntese, estabelecimento de relações, criação de soluções inovadoras, rapidez de resposta, comunicação clara e precisa, uso de diferentes formas de linguagem, capacidade de trabalhar em grupo, gerenciar processos para atingir metas, trabalhar com prioridades, avaliar, lidar com as diferenças, enfrentar os desafios das mudanças permanentes, resistir às pressões, desenvolver o raciocínio lógico e formal aliado à intuição criadora, buscar aprender permanentemente, e assim por diante.

Tais mudanças são exigências dos novos discentes que entram nas instituições de ensino superior. Vale ressaltar que são indivíduos da geração Y, ou seja, possuem uma gama imensurável de conhecimentos, oriundo das novas tecnologias e avanços da internet; da mesma forma são indivíduos multitarefas que realizam várias atividades ao mesmo tempo e que exigem rapidez em tudo que fazem, não aceitando processos lentos, falta de criatividade, superioridade e autoridade imposta ou autoritária.

Com intuito de proporcionar uma visão sistêmica entre docente / discentes e uma educação integrada / continuada, os docentes precisam realizar cooperação e integração entre si, priorizando não apenas os conteúdos que serão lecionados em classe, mas também as metodologias que serão utilizadas.

O processo de cooperação e integração não apenas dos docentes, porém de todos dos funcionários da instituição é de responsabilidade da gestão ou melhor do departamento de gestão de pessoas. Considerar que as práticas de gestão de pessoas no período contemporâneo devem ser um estímulo para elevar o nível de comprometimento dos colaboradores,  gerenciando talento, conhecimento e capital humano disponível, a fim de, formar a consolidação de equipes comprometidas com a missão, visão e metas organizacionais/institucionais.

Contudo são necessárias as instituições, compreenderem que não se trata de profissionais com características, limitações, conhecimentos, habilidades, atitudes e valores iguais. As práticas da gestão de pessoas devem levar em consideração os diferentes perfis dos profissionais de gerações distintas.

O ato de fazer com que essas gerações convivam em harmonia no ambiente de trabalho é um desafio para a gestão de pessoas. Contudo devem ser analisados os benefícios que as instituições poderão ganhar em inovação, competitividade e melhoria no ensino aprendizagem dos discentes.

Neste sentido, as instituições contemporâneas devem passar, conforme abordado acima, propiciar situações de integração e cooperação, dinamizando mecanismos a fim de identificar as características e os talentos de cada geração, garantindo a construção de um clima favorável à satisfação pessoal concomitante em uma educação efetiva e integrada.

É necessário também que as instituições compreendam a importância da cooperação e integração dos docentes, com o intuito de alcançar seus objetivos institucionais; desenvolvimento pessoal e intelectual dos mesmos; minimização dos conflitos geracionais; promoção de um programa multidisciplinar que possibilite aos discentes uma educação integrada e continuada. Contudo é necessário compreender que cooperação é um processo de interação social em que os objetivos devem ser em comuns e as ações compartilhadas para todos os colaboradores.

A cooperação e integração entre os indivíduos de gerações distintas é ferramenta para a minimização de tais conflitos, a utilização nas instituições de ensino, de forma particular nas de nível superior, proporciona além da minimização dos conflitos geracionais; maior disseminação de informação; superação de limitações; multidisciplinaridade e integração no processo de ensino aprendizagem e melhores ferramentas para estímulos motivacionais do quadro funcional.

Diversas são as metodologias de ensino adotadas na sala de aula, o perfil dos docentes influencia na prática adotada em sala de aula. Neste sentido, foi possível analisar que a formação continuada e permanente dos docentes é de fundamental importância para a atualização das práticas docentes. A realização da cooperação e integração entre os docentes impulsiona os mesmos para adequação das novas realidades, tecnologias e necessidade das gerações mais novas, respectivamente, adotando as metodologias de acordo com as necessidades das disciplinas e da classe.

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APÊNDICE- NOTA DE RODAPÉ

5. É o novo nome para a nova geração do “MSN Messenger um programa de mensagens instantâneas criado pela Microsoft Corporation.

6. Para Petraglia (2008, p. 83) define, então interdisciplinaridade como colaboração e comunicação entre as disciplinas, guardadas as especificadas e particularidades de cada uma.

7. Qualidade de Vida no Trabalho é um conjunto de ações de uma empresa que envolve diagnóstico e implantação de melhorias e inovações gerenciais, tecnológicas e estruturais, dentro e fora do ambiente de trabalho, visando propiciar condições plenas de desenvolvimento humano na realização do seu ofício (Albuquerque; França, 1998, p. 41).

[1] Graduado em Administração pela Faculdade de Belém- Fabel.

[2] Mestre em Ciência da Educação pela Universidad de Asuncion- UAA  . Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Faculdade Faci. Graduado em Administração Comércio Exterior pelo Centro Universitário do Pará- CESUPA.

[3] Especialista em Administração Financeira e Analise de investimentos pela Fundação Getúlio Vargas- FGV. Graduado em ciência contábeis pela Universidade Federal do Pará – UFP.

[4] Mestre em Economia pela Universidade Federal do Pará – UFPA. Especialista em Auditoria e controladoria pela Faculdade Faci. Graduada em Administração Comércio Exterior pelo Centro Universitário do Pará- CESUPA.

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Diego Ventura Magalhães

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