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A Leitura e a sua importância: Formação de Leitores no 3° ano do Ensino Fundamental

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CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

ZUCCA, Viviane Chagas [1], ALMEIDA, Roseli Maria Rosa de [2]

ZUCCA, Viviane Chagas. ALMEIDA, Roseli Maria Rosa. A Leitura e a sua importância: Formação de Leitores no 3° ano do Ensino Fundamental. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 09, Vol. 05, pp. 36-53. Setembro de 2019. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/formacao-de-leitores

RESUMO

O presente artigo faz parte do trabalho de conclusão do Curso de Pedagogia e buscou explicitar a importância da leitura para a formação dos alunos. A metodologia utilizada foi a de pesquisa qualitativa, o trabalho se realizou em uma escola pública da rede estadual, localizada no município de Naviraí – MS, a qual se atribuiu um nome fictício de “Recanto”. Os instrumentos para a coleta dados foram: questionário aplicado a coordenadora pedagógica de Língua Portuguesa e uma professora regente em sala de aula no 3º ano do ensino fundamental; foram realizadas cinco observações em sala de aula, com uma turma de 34 alunos. Fizeram parte da observação as atividades que o professor trabalha em sala de aula como incentiva o hábito da leitura e como é a aceitação dos alunos, e também se a leitura é vista pelos alunos como uma atividade prazerosa ou simplesmente como uma atividade obrigatória. Conclui- se através da pesquisa que as práticas de leitura para a formação de leitores no 3º ano do ensino fundamental e as estratégias metodológicas utilizadas por uma das professoras no trabalho com a leitura em sala de aula contribuem para a formação de leitores. Percebe-se que a leitura tem um poder de democratização do ser humano, em suas relações sociais e culturais, desta forma, a formação de leitores é uma tarefa de suma importância para a escola.

Palavras-chave: Escola, leitura literária, formação de leitores.

INTRODUÇÃO

O presente artigo é resultado de uma pesquisa que destacou a importância do hábito da leitura, identificando as práticas de leitura utilizadas por uma professora do 3° ano do ensino fundamental de uma escola da rede estadual na cidade de Naviraí – MS. A escola “Recanto” está localizada na área central da cidade de Naviraí e teve a sua criação através do Decreto nº 1.566 de 27/10/1978. Tem[3] como filosofia desenvolver o processo de mediação na formação de cidadãos com capacidade de pensar e agir mediante a elaboração de conhecimento científico erudito e universal, pretendendo com essa filosofia a formação de um aluno crítico, autônomo e participativo. Essa concepção busca garantir os direitos e deveres preconizados pela Constituição da República Federativa do Brasil, nos artigos 5º, 6º, e 14º, bem como os estabelecimentos no Estatuto da criança e do adolescente. Atualmente a escola conta com 13 salas de aula, com um quadro de docentes formado por 30 professores efetivos e 26 convocados, a escola atende nos turnos matutino, vespertino e noturno, com ensino fundamental e médio; O planejamento da escola é anual e é elaborado coletivamente definindo as atividades curriculares a serem desenvolvidas pela escola durante o ano, tendo como orientação o Referencial Curricular da Educação Básica de Mato Grosso do Sul. Estas atividades estão sempre sujeitas a replanejamento conforme necessidade do estabelecimento de ensino.

O município de Naviraí[4] está localizado na região Centro-Oeste do Brasil, no Estado de Mato Grosso do Sul, na microrregião de Iguatemi. A 57 km da divisa com o Estado do Paraná, foi fundado em 1963, atualmente possui aproximadamente 50 mil habitantes é o sexto município mais populoso do estado. Possui uma área total de 3.163 km2, que equivale a 14,47% da microrregião de Iguatemi e 1.09% do total do Estado de Mato Grosso do Sul. A distância do município da capital do estado é de 355 km. Naviraí possui clima tropical de altitude, caracterizado pelo verão chuvoso e o inverno seco.

Quanto à educação o município possui quatro Universidades e uma Faculdade que formam licenciados nas diversas áreas. A rede municipal de ensino é mantida pela prefeitura e possui sete escolas, sendo seis na área urbana, uma na área rural e cinco creches municipais.

Sabemos que dentre as experiências de vida das pessoas, a leitura aparece como uma das melhores formas de fazer viagens, conhecer o mundo e adquirir conhecimento sem sair do lugar. Segundo Magnani (2001), a leitura é o principal aspecto constituinte do pensamento crítico, pois a pessoa que lê conhece o mundo e conhecendo-o terá condições de atuar sobre ele, modificando-o e tornando-o melhor. Sendo assim, este trabalho buscou pesquisar as estratégias para o incentivo ao hábito da leitura em sala de aula, buscando deste modo a formação de leitores.

A leitura é uma prática social que envolve atitudes, gestos e habilidades que são mobilizadas pelo leitor, tanto no ato da leitura, como no que antecede a ela e no decorrer dela, também envolve disposições atitudinais, capacidades relativas à decifração do código escrito e a capacidade relativa à compreensão e a produção de sentido (BRASIL, 2008).

Consideramos que nos dias atuais, é muito difícil trabalhar a leitura com as crianças, pois elas têm vários outros estímulos, tais como: assistir TV ou ficarem horas na internet, percebe-se que às vezes essa forma de lazer é considerada melhor e mais divertida do que ler um texto ou um livro, no entanto, é através da leitura que se pode aprender não só o conteúdo da escola, mas também sobre o mundo em que ela vive.

Com a pesquisa realizada na escola “Recanto” o objetivo da pesquisa foi identificar e verificar as práticas e metodologias utilizadas pela professora em sala de aula e se tais práticas apresentavam bons resultados no trabalho com a leitura. Foram observadas desta forma, as atividades realizadas pelos alunos no intuito de observar se a prática de leitura e os projetos desenvolvidos pela escola estão incentivando o hábito da leitura.

Devemos ressaltar que a leitura não é simplesmente um ato de prazer. Há muitas sensações envolvidas na leitura assim como medo, curiosidade, angústia, alegria, emoção. Muitas vezes, o leitor também sente dificuldade em ler, pois o texto é, de fato, difícil de ser lido e compreendido, portanto, essa prática também demanda esforço do leitor. De acordo com Magnani (2001) a leitura é uma operação intelectual que vai além do ato mecânico de identificar o escrito, pois como tudo o que o ser humano faz, o ato de ler é também uma reflexão sobre a prática, os seus fins e os seus métodos. Sabemos que a leitura é de fundamental importância para o estudo, para a construção e reconstrução do conhecimento. O ato de ler expande as experiências tanto de criança como de adulto, pois percebe-se novas formas de conhecer o mundo e a si mesmo.

Torna-se necessário que o professor trabalhe com práticas que desperte o interesse de seus alunos, a mais importante estratégia didática para a prática de leitura é a diversidade textual, ou seja, não se pode pedir que o aluno leia apenas durante as atividades em sala de aula, apenas o livro didático, é necessário que leiam textos do mundo, da realidade em que vivem, e assim tomando gosto pelo que leem.

A prática para incentivar o hábito da leitura e a formação de leitores é um processo que ainda apresenta muita dificuldade, para que haja sucesso na formação de leitores, devemos perceber nos alunos a capacidade de interpretar um texto e ir além da decodificação das palavras, isso é um processo difícil, mas não é impossível. Muitas vezes, o desprezo pela leitura é alimentado pelas famílias, que pouco ou nada se leem, ou não valorizam a aprendizagem da leitura dos filhos, mas, o processo de formação dos leitores é sustentado principalmente na própria escola, então cabe à escola oferecer aos alunos materiais de qualidade e práticas de leitura eficazes (BRASIL, 2001).

Há de se considerar que há uma leitura de textos curtos, tais como: piadas, horóscopo, dicas de beleza etc, o que não deixa de ser uma leitura, mas, são leituras rápidas, então podemos dizer que, o que está em crise, é a leitura mais crítica. Em relação a este assunto Grota ( 2008, p. 131 ) destaca que “ Compreendemos por formação e leitura a relação que existe entre dois conceitos: A leitura como meio de formação e os processos de formação do leitor”. Ou seja, nem todas as informações que lemos nos textos auxiliam na formação, no modo de ser, de pensar ou de agir, podemos ler um texto e passar a conhecer suas informações, mas se não o interpretarmos, e ele não gerar nenhuma modificação no modo de pensar, ele não fará parte da nossa formação.

Há pontos de vista bem diferentes com relação a ineficácia da formação de leitores e o hábito da leitura. Observa-se que quando o professor desenvolve uma prática de leitura na sala de aula, muitas vezes essa leitura é imposta aos alunos, sem qualquer respeito pelas escolhas deles, gerando com isso o total desinteresse. Outra questão é que algumas vezes essas leituras não têm nada a ver com a realidade dos alunos, com a sua vivência, com isso, ressaltamos a importância de utilizar em sala de aula textos e estratégias metodológicas que despertem o interesse dos alunos, ou seja que tenha diversidade textual, não usar apenas textos dos livros didáticos, mas também buscar outras fontes, de textos diversificados (BRASIL, 2001).

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Segundo Magnani (2001) a leitura não se fundamenta em um ato isolado entre um indivíduo, diante do escrito de outro indivíduo, a leitura não consiste em só decodificar os sinais, mas sim na compreensão total do signo lingüístico, enquanto fenômeno social, ou seja, não basta só ler por ler ou porque é necessário, pois deste modo a leitura não fará o menor sentido. É relevante considerar que o texto possibilita um diálogo entre o autor e suas idéias e o leitor com suas interpretações do escrito. Segundo Grotta (2008, p. 133) “a leitura fundamenta-se em uma atividade discursiva em que o leitor produz sentido ao que vê escrito, através de sua visão de mundo e das pistas fornecidas pelo autor”.

De acordo com o PCN de Língua Portuguesa (2001) o domínio da linguagem oral e escrita são fundamentais para a participação social efetiva, pois é por meio dela que o homem se comunica, tem acesso à informação, expressa e defende pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo, produz conhecimento, ou seja, que nos tornamos autores da nossa própria história podendo expor nosso ponto de vista e criticar o que está em nossa volta, exercendo os nossos direitos de cidadãos, pois teremos o conhecimento de tudo que acontece em nossa volta, sejam nossos deveres ou nossos direitos. Desta maneira, Soares (2004, p. 31) considera que

A leitura literária democratiza o ser humano porque elimina barreiras de tempo e de espaço, mostra que há tempos para além do nosso tempo, que há lugares, povos e culturas para além da nossa cultura, e assim nos torna menos pretensiosos, menos presunçosos.

A leitura além do dever de ser democratizada é também democratizante, por isso o educador deve assumir um comprometimento com a formação de leitores, não apenas para desenvolver as suas habilidades de leitura, mas como possibilidade de democratização do ser humano, consciente de que em grande parte somos o que lemos. Ler com compreensão é ser capaz de produzir uma visão do texto, é relevante que ao final da leitura o leitor saiba sobre o que fala o texto.

A meta principal do ensino da leitura é a compreensão do texto, as estratégias de decifração e reconhecimento são muito importantes, mas não são tudo. Nos três primeiros anos da alfabetização espera-se que a criança seja capaz de ler cartazes informativos, jornais, revistas, ou seja, que já possua um conhecimento básico da leitura.

Para COSSON (2009 p. 40) “a leitura deve ser pensada como um processo linear com três etapas, a primeira etapa é a antecipação, a segunda a decodificação e a terceira a interpretação, ou seja, há várias formas de ler, não lemos da mesma maneira uma receita de comida e um poema. É com a antecipação que iniciamos a leitura, sendo que o primeiro passo é saber do que trata o texto, depois é necessário que façamos a sua decodificação, pois “entramos” no texto através das palavras, quando maior o nosso domínio sobre as palavras mais fácil será decifrá-las. Pode-se inferir que um leitor inicial apresentará mais dificuldade para esta decifração. A última etapa é a de interpretação. É relevante considerar que para interpretarmos é necessário um diálogo com o texto dentro do contexto, esta interpretação depende do que o autor escreveu, do que o leitor leu e das normas que regulam a leitura na sociedade. Para que haja uma boa interpretação é necessário que o leitor compreenda a mensagem passada pelo texto, quando cumprimos essas três etapas fechamos o ciclo da leitura.

Os alunos que não têm o hábito de ler escrevem mal e os professores que não leem também escrevem mal, e outro problema encontrado no processo de formar leitores são os meios de comunicação, pois entre ler e ficar em sites de relacionamento como MSN, Facebook ou na TV, uma grande maioria de pessoas preferem esses meios de lazer a ler, muitos acham que ler é “perda de tempo” não reconhecem a leitura como uma boa prática para se obter conhecimentos e se aperfeiçoar cada vez mais, ou fazer uma viagem pelo o mundo da imaginação, pois é por meio da leitura que podemos fazer uma viagens por mundos jamais visitado. O instituto PRÓ – LIVRO realizou uma pesquisa denominada “Retrato da leitura no Brasil” que através de seus dados, demonstra a realidade da leitura no nosso país.

Os dados obtidos em uma pesquisa realizada pelo instituto Pró Livro, que tiveram 5012 entrevistas domiciliares em 315 municípios de todos os estados brasileiros, no ano de 2011, mostram que muitos brasileiros ainda preferem outras atividades de lazer em detrimento da leitura, vejamos os dados: Assistir televisão 85%; Escutar música ou rádio 52%; Descansar 51%; Reunir com amigos ou família 44%; Assistir vídeos/ filmes em DVD 38%; Sair com amigos 34%; Ler (jornais, revistas, livros, textos na Internet) 28%; Navegar na Internet 24%; Praticar esporte 23%; Fazer compras 23%; Passear em parques e praças 19%; Acessar redes sociais (Facebook/ Twitter/ Orkut) 18%; Escrever 18%; Ir a bares/ restaurante 18%; Jogar videogames 13%; Viajar (campo/ praia/ cidade) 15%; Desenhar/ pintar 10%; Ir ao cinema/teatro/dança/concertos/museus/exposições 10%; Fazer artesanato e trabalhos manuais 6%. É relevante explicitar que para a pesquisa, leitor é aquele que leu, inteiro ou em partes, pelo menos 1 livro nos últimos 3 meses e não-leitor é aquele que não leu, nenhum livro nos últimos 3 meses, mesmo que tenha lido nos últimos 12. (PRÓ – LIVRO, 2010)

Precisamos superar a concepção de que o aprendizado inicial da leitura é apenas decodificar, converter letras em sons, por conseqüência dessa concepção as escolas vêm formando muitos leitores capazes de decodificar qualquer texto, mas apresentam grande dificuldade de interpreta .

Assim, muitas vezes, os materiais feitos exclusivamente para ensinar a ler, não são bons, pois ensinam apenas a decodificar e o aluno constrói uma visão empobrecida da leitura. Outra concepção a ser superada é a do mito de uma interpretação única a de que o significado está dado no texto, pois o significado se constrói por meio do esforço de interpretação e compreensão do aluno, e com certeza, podemos encontrar várias interpretações de um mesmo texto, pois ao interpretar os alunos vão levar em conta o que entenderam e eles podem opinar de diferentes formas sobre um mesmo assunto.

Para que o aluno se interesse pelo processo de aprendizagem da leitura é necessário que os textos tenham significado, desta maneira o aluno passa a prestar mais atenção na leitura quando as palavras começam a dar sentido ao texto, é interessante o uso de textos que chame a atenção dos alunos, que proporcionem uma leitura prazerosa e divertida e não por obrigação, simplesmente para ganhar nota. Assim, afirma Soares (2004, p. 19), sobre a leitura literária “Considerando- a talvez de forma bastante ampla e um pouco simplista, a leitura que se faz por prazer, por opção, não por obrigação”, ou seja, fazemos vários tipos de leituras no nosso dia a dia, como por exemplo: relatórios, jornais, revistas, documentos, entre outras, que somos “obrigados a ler,” devido ao trabalho ou a outras necessidades do dia a dia, ou seja, não é uma leitura literária, feita por gosto, por prazer, como forma de lazer.

Segundo Grotta (2008) a leitura para a nossa formação é a leitura que de alguma forma nos faz refletir e mudar a nossa visão de mundo. Neste sentido, é imprescindível que a escola ensine os alunos a ler literatura por meio de um trabalho planejado e focado nos comportamentos leitores e na ampliação de repertório literário.

O trabalho com leitura tem que ser diário, com várias formas de trabalhar a leitura, seja ela silenciosa e individual, em voz alta, em grupo ou individual, através da escuta de alguém que lê ou até mesmo em duplas e silenciosamente, são várias maneiras para exercitar o hábito de ler diariamente (BRASIL, 2008).

Há de se destacar ainda que ler em voz alta é uma habilidade e há muitos alunos que apresentam grande dificuldade na leitura em voz alta e fazendo-a em silêncio podem compreender melhor o texto.

Outro aspecto a ser lembrado é que não é necessário que a criança aprenda a ler para gostar da leitura, o gosto pela leitura pode ser formado antes de aprenderem a ler, ouvindo outras pessoas lendo, ou seja, a criança pode aprender a se interessar pela leitura em casa, através de histórias que podem ser lidas para elas. É importante que os pais também estimulem os filhos, pois são muitos os benefícios que o contato com livros, ainda na primeira infância, é capaz de proporcionar. Várias funções psicológicas podem ser desenvolvidas, entre elas a memória e a capacidade de estruturar as informações, mas há de se observar que muitas crianças só terão este contato com a leitura por meio do processo de escolarização.

Para contribuir com o desenvolvimento da capacidade do aluno de ler com compreensão, é importante que o professor trabalhe a familiaridade com os gêneros textuais diversos através de contos, fábulas, parlendas, receitas, noticias canções, pois a capacidade de reconhecer diferentes gêneros textuais e identificar suas características favorece a compreensão do leitor diante do texto.

Desta forma, antes de começar a leitura é produtivo os processos de antecipação do conteúdo, com a elaboração de hipóteses, (do que se trata o texto? É triste ou engraçado? É uma história ou uma notícia?). É relevante também observar com as crianças o título, as ilustrações do livro, ou seja, trabalhar a imaginação da criança (BRASIL, 2008).

Neste processo é muito importante o estímulo do professor, trabalhando de forma que antecipe ao aluno algumas informações do texto a ser trabalhado para despertar assim a curiosidade do aluno e prender a sua atenção.

Segundo os PCNs de língua portuguesa (BRASIL, 2001). No processo de formação de leitores é preciso a organização do trabalho educativo para que os alunos experimentem e aprendam isso na escola, pois a formação de leitores ocorre em sala de aula e o professor é um mediador para seus alunos, e ver alguém seduzido pelo que faz, pode despertar o desejo de fazer também, por isso o professor deve fazer com que o aluno considere que a leitura é algo interessante e desafiador e que quando conquistada totalmente proporciona ao leitor uma independência e autonomia. Desta maneira, o professor tem que torná-los confiantes e proporcionar situações desafiadoras, para que os alunos “aprendam fazendo”, pois uma prática que não desperte o desejo de ler não será uma prática eficiente.

Destaca-se a importância que tem o professor como um leitor modelo, pois ao se mostrar apaixonado pelo que faz sem dúvida será um maior incentivo aos seus alunos. Lajolo (2007 p. 14) destaca que: “Técnicas milagrosas para convívio harmonioso com o texto não existem, e as que assim se proclamam são mistificadoras, pois estabelecem uma harmonia só aparente, mantendo intato, quando já instalado, o desencontro entre leitor e texto”. Ou seja, para o professor não basta uma técnica pronta para que ele possa seguir a risca, são necessárias práticas constantes de leitura onde tanto o aluno como o professor possam aprender constantemente.

Magnani (2001, p. 48) sustenta que “a prática da leitura de textos, assim compreendidas, devem fazer parte de todas as disciplinas que compõe o currículo escolar”. Há vários questionamentos sobre o estímulo à leitura em todas as disciplinas, mas a grande responsabilidade é sempre repassada para a disciplina de Língua Portuguesa, o que tem dificultado a formação de leitores em sentido mais amplo. O Pró – Letramento (BRASIL 2008) indica que “estudos da UNESCO apontam que o Brasil é um dos países onde menos se lê, apesar de um baixo índice de leitura per capita, houve um crescimento no mercado editorial, na categoria didática”. Esse aumento na venda dos livros didático ocorre pelo fato dos cursos de licenciatura curta, defendem teorias de que os professores devem ter um conhecimento amplo, ou seja, “um pouco de tudo”, com isso, o livro didático acaba sendo uma tábua de salvação para o cotidiano escolar.

De acordo com o Pró Letramento ( BRASIL 2008), os materiais didáticos apresentam várias falhas na sua qualidade de ensino, muitas vezes os professores usam o livro como uma tábua de salvação para administrar o pouco tempo que possuem para o preparo as aulas, e acabam sendo dominados pelo autor. A aprendizagem da leitura através do livro didático apresenta várias dificuldades, entre elas pode destacar: para não alongar a aula e não sobrecarregar os alunos os textos devem ser curtos, assim sendo muito difícil encontrar um texto integral nesses livros, neste caso o autor lança mão de fragmentos e adaptações (muitas vezes nem citam os verdadeiros autores ou obras), submetendo o texto a critérios utilitários; os exercícios de interpretação de texto já trazem respostas prontas, a interpretação é fechada, com respostas corretas já emitidas no livro, muitas vezes são respostas copiadas de trechos do próprio texto, impedindo assim uma interpretação do ponto de vista do aluno, pois são respostas repetitivas que não propõe uma leitura mais ampla do texto, basta somente perguntar ao aluno do lado em que página está a resposta. Consideramos que o livro didático é um suporte para o professor, e não o único material a ser utilizado e deve-se ter o cuidado para não “segui-lo à risca” (MAGNANI, 2001), ou seja, o livro didático é um material de apoio para os professores.

Pode-se concluir que tanto a formação do aluno quanto a do professor como leitor, é um processo que está sempre em movimento, em constante construção e reconstrução. O professor não precisa ser um mestre em leitura para contribuir com a formação de seus alunos como leitores, mas sim, precisa estar familiarizado com a leitura, e a praticá-la de maneira envolvente para seus alunos. Portanto, destaca-se a importância da leitura para o individuo porque é através dela que as pessoas têm acesso ao conhecimento e buscam informações para ampliar a sua visão de mundo.

METODOLOGIA

O presente estudo apresenta características diretamente relacionadas à pesquisa qualitativa, pois tem como característica a utilização de grande variedade de procedimentos para a coleta de dados. Esta coleta geralmente é feita através de observação participante ou não, entrevista ou questionários e da análise dos dados.

Na pesquisa qualitativa é bem valorizada a observação dos fatos e o cenário da pesquisa que tem o ambiente natural como sua fonte direta de dados. Tem no pesquisador seu principal instrumento, e a análise dos dados segue um processo indutivo, não buscando evidencias que comprovem hipóteses definidas antes do início dos estudos. Na realização da pesquisa qualitativa, a coleta de dados deve ser antecedida por uma inserção do pesquisador no conteúdo a ser analisado, ou seja, antes da coleta de dados o pesquisador deve fazer um levantamento bibliográfico sobre o tema proposto (MAZZOTTI & GEWANDSZNAJDER, 1998).

É importante destacar ainda que a pesquisa qualitativa descritiva envolve observar o que as pessoas fazem, conversar com elas a respeito, perguntar a outras pessoas sobre isso e tentar entender e explicar sobre o que está acontecendo, sem recorrer a números e estatísticas, ou seja, fazer uma análise do problema em estudo e descrevê-lo, e apontando a sua suposta solução ou melhoria.

Os sujeitos da pesquisa desenvolvida na escola “Recanto” foram uma professora que atua em sala de aula, na turma do 3ºano do ensino fundamental e uma coordenadora pedagógica de Língua Portuguesa, que é responsável pelo teste de leitura realizado bimestralmente com os alunos do 3º ao 5º ano do ensino fundamental. À escola pesquisada atribuímos um nome fictício de “Recanto” para resguardar a identidade dos participantes. É uma escola da rede estadual no município de Naviraí-Ms. Foi realizado um questionário com a professora e a coordenadora pedagógica, alem de cinco observações em uma sala de aula com trinta e quatro alunos.

Na primeira etapa da pesquisa foi realizado um levantamento bibliográfico com base em alguns autores que exploram o assunto. Na segunda etapa a professora do 3º ano e a coordenadora pedagógica responderam a um questionário. Foi solicitada à professora a permissão para divulgar o método de trabalho desenvolvido com seus alunos e a maior dificuldade encontrada ao se trabalhar com a leitura. Após a aplicação dos questionários, os dados coletados foram organizados e em seguida foi feita a comparação das respostas da coordenadora e das professoras. Na terceira etapa foram analisados os dados, que passaram a constituir o Trabalho de Conclusão de Curso, que após avaliação será apresentado para a banca avaliadora.

DISCUSSÃO DOS DADOS COLETADOS

Os questionários foram respondidos por uma professora e uma coordenadora pedagógica da escola “Recanto”. A coordenadora (P1[5]) tem Curso de Licenciatura em Letras e já trabalha na educação há 12 anos, a mesma é coordenadora pedagógica de Língua Portuguesa da escola pesquisada e é responsável pelo teste de leitura que é feito bimestralmente com as turmas do 3º ao 5º ano do ensino fundamental, este teste e um programa da secretaria de educação do estado de mato grosso do sul (SED). A professora (P2) do 3º ano tem Curso de Licenciatura em Pedagogia e já atua em sala de aula há 27 anos. Transcrevemos abaixo nos quadros as respostas que foram dadas as questões e logo abaixo se realiza uma análise dos resultados.

Quadro 1

Fonte: autor.

Pode-se perceber com as respostas das professoras, que ambas usam praticamente as mesmas técnicas de circulação de livros, leitura e releitura de textos em sala de aula, mas que trabalham com a leitura em voz alta, e este tipo de leitura às vezes pode ser uma dificuldade para os alunos que não possuem esta habilidade. Podemos perceber que elas utilizam também o reconto de histórias. E destacam ainda a importância da interdisciplinaridade, pois a leitura não é só responsabilidade do professor de língua portuguesa, mas sim de todos os professores não importando a disciplina em que atua. Outro aspecto importante que podemos destacar é diversidade textual, ou seja, ambas levam essa diversidade para sala de aula, e esta é uma técnica muito importante para incentivar os alunos na leitura.

Quadro 2

Fonte: autor.

A professora e a coordenadora pedagógica descreveram que quanto maior a dificuldade do aluno, maior deve ser o incentivo para que esse aluno passe a ler mais e cada vez melhor, sempre mostrando que ele pode ir além do que ele já consegue, ou seja, não existe um limite para a leitura, cada vez mais o aluno pode se aprimorar nos seus conhecimentos através da leitura e assim superar suas dificuldades.

Quadro 3

Fonte: autor.

De acordo com as respostas da professora e da coordenadora pode-se destacar que ambas definem a leitura como a melhor maneira de se adquirir conhecimentos, pois quanto mais se lê, mais é aprimorado o conhecimento e quanto mais há uma interação com o mundo, mais há condições de atuar e modificar os meios em que vivemos e atuar junto à sociedade para melhorar os direitos e deveres de cidadãos. Segundo Soares (2004, p. 18 ) “a democracia é entendida como distribuição igual de oportunidades e de direitos de inclusão e de participação na sociedade”, ou seja a democracia nada mais é do que a igualdade nos diretos e deveres de cada indivíduo na sociedade em que vive, e através da leitura as pessoas adquirem conhecimento para atuar nessa sociedade, pois a leitura tem o poder de democratizar o ser humano.

Quadro 4

Fonte: autor.

Pode-se analisar que tanto a professora, quanto a coordenadora pedagógica têm boas recordações de seus processos de formação de leitoras e destacam ainda que, sempre tiveram incentivo, o que é muito importante para que o aluno desperte o gosto pela leitura, seja na sala de aula ou em casa, é relevante também o contato com livro e a resposta da segunda professora deixa isso bem claro, pois ela relata que se apaixonou pela leitura quando ganhou de presente uma cartilha, por isso é muito importante que a criança tenha contato com o livro não só na escola, mas em casa também.

Quadro 5

Fonte: autor.

Ao analisar as respostas pode-se destacar que ambas concordam com a importância do professor modelo para incentivar os seus alunos, então se conclui que para formar leitores, é preciso que o professor seja ele mesmo, um leitor, e o que fazer, então, quando ele não o é? Como a resposta a essa questão poderia se fazer o mesmo que se faz com os alunos, ou seja, criar condições para que a literatura vire um hábito.

Um leitor modelo é um grande incentivo para quem está se formando leitor, pois quando alguém fala de algo com grande entusiasmo, com paixão pelo que faz logo desperta o interesse do leitor em formação e assim, se o professor indicar um livro só por indicar, poucos vão se interessar para ler, mas se o professor indicar com empolgação, comentar um pouco sobre o conteúdo, deixar um “suspense”, um clima de curiosidade para que o aluno queira saber mais sobre o assunto, eles irão ficar curiosos e ler. Então se pode destacar que o professor modelo é um grande incentivador para os alunos.

Quadro 6

Fonte: autor.

Pode-se observar na resposta da coordenadora (P1) que de alguma forma ela acredita no incentivo dos pais em relação à leitura, ao contrário a professora (P2) que já acredita na total falta de incentivo dos pais, mas ao analisar esta questão não é possível afirmar com convicção que realmente os pais não incentivam seus filhos, pois há muitos casos de pais que não possuem instrução necessária para ensinar a ler, mas desenvolvem esforços para que seus filhos tenham acesso à leitura e a escrita. Para formar uma comunidade de leitores, nada melhor do que estabelecer o contato com as famílias e oferecer a elas a possibilidade de utilizarem uma boa literatura. Encontros com autores e atividades de contação de histórias atraem os familiares e ajudam a tornar a leitura uma prática conhecida socialmente.

Quadro 7

Fonte: autor.

Pode-se ver que a primeira resposta da coordenadora (P1) relata a falta de espaços que incentivem a leitura e também a falta de bibliotecas, e a professora ( P2) retoma a ideia de falta de incentivo dos pais, realmente é necessário que se crie ambientes propício à leitura para estar incentivando as crianças a lerem, tanto na escola quanto em casa.

Também é importante destacar que o professor não precisa utilizar só biblioteca para que a criança tenha contato com os livros, ele pode fazer esta exposição em sala de aula ou até mesmo no pátio, isso pode ser uma maneira de se fazer uma aula diferente e prender mais a atenção de seus alunos através da leitura. Mas, não é possível afirmar e generalizar que a maior dificuldade seja a falta de incentivo dos pais, pois muitas vezes esses pais podem não ter o contato, e nem saber utilizar os materiais para trabalhar a leitura com seus filho, é lógico que a falta de incentivo pode causar dificuldade, mas não é a única razão para a má formação do aluno leitor.

Através da realização das observações objetivada na pesquisa constatou-se que a escola possui o espaço de biblioteca, mas por ser um espaço muito pequeno a maioria dos professores optam por levarem os livros para a sala de aula. Ao acompanhar uma destas aulas, pode-se constatar que é feita uma exposição de vários livros na sala de aula e o aluno tem opção de livre escolha, logo após é feito um registro do livro e os alunos têm até cinco dias para devolver o material emprestado. A coordenadora pedagógica de Língua Portuguesa desenvolve um projeto de leitura nas series do 3º ao 5º ano na escola “Recanto”. Este projeto consiste na contação de história para os alunos do ensino fundamental no período vespertino, em que os alunos do Ensino Médio que estudam no período matutino (uma vez por semana um grupo de alunos vão à escola no período vespertino e passam por todas as salas de 3º e 5 º, contando histórias e realizando atividades referente ao texto). Na observação de uma dessas contações de história, foi possível perceber, que quando a história é muito longa e com poucas ilustrações, os alunos se dispersam com muita facilidade.

É muito importante destacar que, quando os contadores de história foram “caracterizados”, os alunos prestaram mais atenção, se interessaram mais pela leitura, e ficaram em silêncio na sala. Outras estratégias, tais como: fazer um círculo na sala, contar a história encenando a fala dos personagens é métodos que despertam a curiosidade da criança ao ouvir o texto. A duração das atividades era de uma aula por semana (50 minutos), a coordenadora relatou que depois do inicio deste projeto “os alunos passaram a se interessar mais pela leitura, tantos os alunos do ensino fundamental quanto os do ensino médio, e houve um aumento considerável no índice de leitura na escola (P1)”.

Outro ponto importante a destacar é o programa “Além das Palavras ” um projeto da secretária estadual de educação (SED), que realiza teste de leitura bimestralmente em todas as escolas da rede estadual de ensino, o teste consiste em avaliar durante 1 minuto a quantidade de palavras que o aluno lê, a velocidade, a precisão, o ritmo, a entonação, a compreensão, a acentuação e pontuação da leitura todos estes aspectos são devidamente analisados e avaliados pela professora que aplica o teste. Ao acompanhar a aplicação de um destes testes, podemos perceber que os níveis de leitura dos alunos mostram um grande desempenho comparando avanços entre o 1º para o 4º bimestre. Os professores também relatam que após o início deste programa os alunos tem se dedicado mais a leitura, e melhorou consideravelmente o desenvolvimento nas atividades realizadas em sala de aula.

Durante o teste é estipulada uma quantidade de palavras á serem alcançadas pelo aluno, os alunos do 3º ano tem que ler a quantia de 90 a 110 palavras por minuto, os alunos do 4º ano leem de 130 a 140 palavras por minuto e os alunos do 5º ano leem de 140 a 150 palavras por minuto, o texto é de acordo com o grau de dificuldades de cada ano, e já vem elaborado pela SED. Depois de realizado o teste individual a professora faz uma avaliação coletiva, tece alguns comentários na sala de aula e em seguida é feita a tabulação dos dados, e para finalizar é elaborado um gráfico com a divulgação dos índices para que os alunos tenham o conhecimento da evolução da leitura na escola.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante das evidências expostas e refletidas neste artigo, destaca-se a importância da leitura na vida do indivíduo, e como é indispensável que a criança tenha desde cedo um contado com a leitura, para poder assim desenvolver o interesse e o gosto.

Ao realizar esta pesquisa teve-se como objetivo a identificação das estratégias metodológicas utilizadas em sala de aula para o trabalho com a leitura. Pode-se destacar que a professora utiliza projetos de leitura que estimulam e incentivam a leitura por meio de contação de história, trabalhando com a diversidade textual e a opção de escolha dos textos pelos próprios alunos, através da exposição dos livros na sala de aula para que eles possam escolher o livro de sua preferência. Sem dúvida foram identificadas estratégias metodológicas que apresentam um bom resultado para a formação do leitor, despertando o interesse e o gosto pela leitura.

Tem se defendido que a escola é um lugar privilegiado para estimular o gosto pela leitura, mas infelizmente as salas de aula brasileiras nem sempre têm formado leitores. Acredita-se ser possível mudar esse quadro, para isso é preciso compreender que, antes de analisar e refletir sobre outros aspectos da leitura, os estudantes precisam gostar de ler, e isso só se faz de uma maneira, lendo.

Conclui-se destacando a importância de incentivar a criança a ler, pois somente com práticas e métodos que estimulem a leitura é que conseguiremos alcançar o objetivo que é formar leitores, e deste modo contribuiremos para a educação, cultura e lazer das crianças, que poderão assim mudar para melhor o futuro do nosso país. Através desta pesquisa oportunizou-se conhecer um pouco mais sobre os métodos utilizados pela professora em sala de aula e que apresentaram bons resultados, o que contribui para enriquecer a formação profissional do pedagogo.

REFERÊNCIAS

ALVES-MAZZOTTI, A. J. ; GEWANDSZNAJDER, F. O método nas ciências naturais e sociais. O planejamento de pesquisas qualitativas. São Paulo: Pioneira, 1998.

AMORIM, G. Retrato da leitura no Brasil. São Paulo: Instituto PRÓ-LIVRO, 2008.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Fundamental, 2001.

BRASIL. Pró-letramento: Alfabetização e linguagem: Brasília: Ministério da Educação, Secretária da Educação Básica, 2008.

COSSON, R. Letramento literário: Teoria e prática: São Paulo: Contexto, 2009.

GROTTA, E. C. B. Formação do leitor: importância da mediação do professor, Campinas SP: Komedi, 2008.

LANKSHER, C; KNOBEL, M. A. A pesquisa como investigação sistemática: pesquisa pedagógica do projeto a implementação. Porto Alegre: ARTMED, 2008.

LAJOLO, M. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. 6º Ed. São Paulo: Ática, 2006.

MAGNANI, M. R. M. Leitura, literatura e escola: Sobre a formação do gosto. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

NAVIRAÍ. Histórico do município de Naviraí-MS. Disponível em >http/www.naviraí.ms.gov.br. Acesso em 12/10/2012.

SOARES, M. Literatura e democracia cultural. In: SANTOS, M.A.P.S. (Org.). Democratizando a leitura: Pesquisas e práticas. Belo Horizonte: Ceale, Autêntica, 2004.

APÊNDICE – REFERÊNCIAS DE NOTA DE RODAPÉ

3. Informações fornecidas pela escola por meio da Proposta Pedagógica.

4. Informações disponíveis no site http/www.naviraí.ms.gov.br e site www.ibge.gov.br/cidades.

5. P1 Refere-se à coordenadora pedagógica, P2 à professora ( ambas responderam o questionário).

[1] Professora graduada no Curso de Pedagogia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul- CPNV.

[2] Doutorado em Educação; Mestrado em Educação; Especialização em Educação Infantil: Ensino Aprendizagem; Graduação em Pedagogia- Licenciatura Plena. Professora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul- Campus de Naviraí. Coordenadora do projeto de Extensão Formação de professores em leitura e literatura infantil.

Enviado: Abril, 2019.

Aprovado: Setembro, 2019.

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Viviane Chagas Zucca

Uma resposta

  1. Parabéns, gostei muito do seu trabalho, muito desenvolvido sobre o tema, bem assertivo e conciso.

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