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Percepção ambiental: Impactos provocados pela ação humana

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CONTEÚDO

ARTIGO DE REVISÃO

PINTO, Leila Cristina Botelho Carvalho Rodrigues [1], PINTO, João Rodrigues [2]

PINTO, Leila Cristina Botelho Carvalho Rodrigues. PINTO, João Rodrigues. Percepção ambiental: Impactos provocados pela ação humana. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 09, Vol. 03, pp. 41-50. Setembro de 2019. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/acao-humana

RESUMO

Trata-se de uma revisão bibliográfica, acrescida de um estudo de caso de percepção ambiental, realizado pelos estudantes do Curso Técnico Integrado de Floresta do Instituto Federal Baiano, no povoado supracitado, dando ênfase a relação do homem com o meio ambiente, através da assimilação, valorização e respeito. O objetivo foi entender os desafios, os avanços e as mudanças de comportamento do homem com a natureza, a partir dos estudos de Holtzer (1993), Kevin Lynch (1999), Hugh Prince. Os resultados apontaram que: a) os impactos ambientais têm modificado a paisagem natural; b) os impactos ambientais se devem, também, à necessidade do homem; c) os impactos têm gerado insatisfações, dividem opiniões; d) os impactos ambientais acompanham a história da comunidade investigada.

Palavras-chave: percepção ambiental, impactos, educação.

1. INTRODUÇÃO

Inicialmente é preciso que se diga que a degradação ambiental é um processo pelo qual se tem uma relação dos potenciais de recursos renováveis, provocados por uma combinação de agentes agindo no ambiente em questão.

Os impactos ambientais são ainda, desequilíbrios provocados pelo choque de relação do homem com o meio ambiente. Percebe-se que um dos fatores mais importantes e preocupantes hoje no extremo sul baiano são atividades sociais e econômicas, que vem acarretando problemas como desmatamento, erosão, perda da fauna e flora contaminação de rios etc.

Por isso, vale salientar o quão importante é trazer este tema para debater e refletir o Extremo Sul baiano, no que diz respeito ao processo de degradação ambiental, que, por sua vez, tem sido, de uma forma geral, esquecida pela maioria e os problemas têm surgido e passado despercebido.

Podemos afirmar, que apesar dos desafios, existem esforços de algumas instituições para tentar conter a degradação ambiental no Extremo Sul baiano. Porém, pode-se ressaltar, que é extremamente necessário, o apoio da comunidade organizada (políticas públicas, educação ambiental, políticas ambientais, apoio aos movimentos sociais, ongs, programas ecológicos etc.), e iniciativas concretas para o enfrentamento deste problema. Se cada um fizer a sua parte, certamente, teremos de volta um ambiente mais saudável, sustentável e garantidor de um futuro pleno para as comunidades da região e do ecossistema, como um todo.

2. EM BUSCA DO CONCEITO DE PERCEPÇÃO AMBIENTAL

Não é possível falar de degradação, impactos, problemas, sem o devido entendimento do significado de Percepção Ambiental, doravante PA. A PA se resume no processo de reunir e integrar informações acerca do meio, ocorrendo uma avaliação pessoal que varia conforme o indivíduo e as características do próprio ambiente.

Foi a partir das discussões mundiais sobre meio ambiente que o Brasil buscou inserir nas suas instituições, políticas que abrangem as questões ambientais, visando desenvolver um sistema descentralizado, responsabilizando União, Estados e Municípios pela gestão ambiental. Cada esfera governamental, seja ela Federal, Estadual, Municipal, exerce diferentes papéis no que diz respeito à execução da gestão pública ambiental. Afunilando para os municípios de forma que pode-se aplicar educação ambiental a nível local, podemos elencar: obtenção de informações, sensibilização para a participação popular, legislação local, parceria com empresas e execução de projetos, fiscalização, monitoramento da qualidade ambiental e recursos financeiros.

É a partir de uma gestão compartilhada, com foco na educação ambiental de valorização da percepção do indivíduo ou grupos de indivíduos, como forma de conscientização para o bem estar social e ambiental. Neste contexto, Rodríguez (2014) afirma que a Educação Ambiental, tem como propósito básico incorporar a cultura ambiental nas percepções, comportamentos e nos imaginários das populações. Fritzsons e Mantovani (2004, p.01) confirmam que a finalidade “é a conservação da natureza por indivíduos conscientes do seu papel como agentes da história do planeta”.

Sendo assim, segue alguns conceitos sobre Percepção e Percepcepção Ambiental: o psicólogo Hochberg (1973, apud ALTEMBURG, 2011), afirma que a percepção é um dos mais antigos temas de especulação e pesquisa no estudo do homem […]. Estudamos a percepção numa tentativa de explicar nossas observações do mundo que nos rodeia. Segundo esse autor, o estudo da percepção começou muito antes de existir a ciência da Psicologia, sendo as primeiras pesquisas, obras de fisiologistas e físicos.

A psicologia define “percepção” como: o processo de organizar e interpretar dados sensoriais recebidos (sensações) para desenvolvermos a consciência do ambiente que nos cerca e de nós mesmos, ou seja, a percepção implica interpretação (DAVIDOFF, 1983). Dorin (1984) explica a percepção, como sendo o procedimento pelo qual compreendemos aquilo que é externo a nós. Conforme o mesmo, “é um processo pelo qual tomamos consciência imediata dos objetos e fatos e de suas relações num dado contexto ambiental” (DORIN, 1984, p. 163). Percepção é sempre uma interpretação pessoal de um evento externo.

Por volta do ano de 1960, começaram as discussões e análises da percepção ambiental. Holtzer (1993), traz alguns autores humanistas e suas abordagens sobre percepção ambiental, entre eles, Kevin Lynch, que destaca o papel relevante do sujeito e sua imagem como fonte de estabilidade e equilíbrio do homem e sua ligação com o meio em que vive; Hugh Prince, que indica os aspectos subjetivos da arte e da descrição com a explicação, na qual a visão subjetiva não tinha lugar; Roger Downs, por sua vez, tinha como ponto de partida a geografia analítica e na percepção ambiental, uma maneira de explicar o comportamento espacial: “estrutural, que se refere à identidade e estruturação da percepção do espaço; avaliativa, que procura estimar os fatores ambientais valorizados pelas pessoas; da preferência, que procura diferenciar espacialmente os objetos a partir da escala de preferência” (HOLTZER, 1993, p. 115-121).

Apesar da temática não ser totalmente desconhecida, foi a partir da psicologia ambiental que consolida-se os estudos sobre percepção ambiental, e a partir da década de sessenta, sendo o período anterior caracterizado por investigações dispersas sobre as relações do ser humano com seu ambiente.

Diante do exposto, o trabalho fundamenta-se na percepção ambiental, em que o indivíduo parte da sua realidade, ou seja, do seu entorno para uma existência externa, desenvolve a capacidade de perceber além do mundo que o cerca. Robbins (1999), define-a como a maneira como os indivíduos organizam e interpretam suas impressões sensoriais, a fim de dar sentido ao seu ambiente. Segundo, Doron e Parot (2001, p. 570), a percepção indica uma “função de captação de informação dos acontecimentos do meio exterior, ou do meio interno, pela via dos mecanismos sensoriais”.

A percepção ambiental é, por sua natureza, algo individual, já que cada pessoa percebe conforme suas interações, sua cosmovisão, e reage de forma única, converte-se isso, como uma das principais dificuldades para a proteção de ambientes naturais, baseados na existência de diferenças nas percepções dos valores e da importância dos mesmos entre os indivíduos de culturas diferentes ou de grupos socioeconômicos que desempenham funções distintas, no plano social, nesses ambientes.

Marques e Colesanti (2013), afirmam que a educação e percepção ambiental despontam como armas na defesa do meio natural e ajudam a reaproximar o homem da natureza, garantindo um futuro com mais qualidade de vida para todos, já que despertam maior responsabilidade e respeito dos indivíduos em relação ao ambiente em que vivem.

No eentendimento de Ribeiro et al (2009), as convivências que decorrem entre ser humano e a natureza estão intrinsecamente ligadas com forma a qual determinados grupos interagem com o meio ambiente dentro da percepção real que se tem do espaço onde eles estão inseridos. Essa visão do ambiente estaria ligada à leitura que cada indivíduo ou comunidade faz do meio ambiente onde vive.

Conforme as modificações culturais sofridas pela sociedade ao longo do tempo, o comportamento, o sentimento, a visão, e, é claro, o relacionamento com o ambiente sofrerá significativas alterações. A cultura e o meio ambiente contribuem para diferentes interpretações acerca das particularidades da percepção e atitudes ambientais, bem como a ligação histórico-afetivos podem trazer acepções singulares a respeito do MA. Nessa perspectiva,

A percepção humana da realidade é individual e seletiva. Todavia, não se pode desconsiderar que, por mais diferentes que sejam as percepções de indivíduos e de grupos sobre o meio, como membros da mesma espécie, existem limitações ao ver os objetos e os fenômenos da realidade de uma certa maneira (RIBEIRO; LOBATO; LIBERATO, 2009, p. 56).

Por outro lado, a percepção, do ponto de vista da Psicologia, pode ser definida como o processo de organizar e interpretar dados sensoriais recebidos (sensações) para desenvolvermos a consciência do ambiente que nos cerca e de nós mesmos, ou seja, a percepção implica interpretação (DAVIDOFF, 1983). A percepção também é entendida por Dorin como o procedimento pelo qual compreendemos aquilo que é externo a nós. Segundo o autor, “é um processo pelo qual tomamos consciência imediata dos objetos e fatos e de suas relações num dado contexto ambiental” (DORIN, 1984, p. 163). Percepção é sempre uma interpretação pessoal de um evento externo

Para Barros (2007), a percepção é algo flexível e, em geral, as expectativas dos indivíduos influenciam suas percepções de diversas maneiras. Ao longo da vida diária, as percepções das pessoas se adaptam continuamente ao meio que as cerca, tendendo a dar ênfase aos aspectos da realidade que se encontram em harmonia com suas crenças. Segundo Noronha (2007), a compreensão da experiência perceptiva é diferente de individuo para individuo no tempo e no espaço. A percepção é um processo mais subjetivo do que se crê usualmente.

Dessa forma, perceber-se como parte intrínseca do meio é essencial para viver com qualidade e interagir de fato com a natureza e com o outro.

Não chega a ser uma novidade os três motivos para se analisar e combater os problemas ambientais: pela economia (evitando o desperdício); por respeito à sua casa, o planeta terra; ou pelo simples fato de querer ser útil à humanidade.

Segundo Martins (2009), área degradada é aquela que, após sofrer um forte impacto, perdeu a capacidade de retornar naturalmente ao estado original ou a um equilíbrio dinâmico, ou seja, perdeu sua resiliência. Mesmo os impactos ambientais podendo ser de forma positiva ou negativa ao meio ambiente, depois de uma área ter sido degradada, de maneira nenhuma ela voltará a ser como era antes do ocorrido.

Martins explica, que no Brasil, a partir da década de 1980, iniciou-se uma frente de reação ao processo de degradação ambiental, cujo foco é a restauração dos ecossistemas já degradados. Com tantos problemas ocasionados pela degradação ambiental, algumas medidas globais foram tomadas para tentar amenizar essa situação.

3. MATERIAL E MÉTODOS

Após uma abordagem também conceitual sobre o tema, agora será exposta os resultados da pesquisa (estudo de caso), desenvolvida pelos estudantes do curso técnico de Floresta do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano – Campus Teixeira de Freitas.

Trata-se de um estudo de caso qualitativo, de caráter descritivo, cujo objetivo é apontar, identificar e analisar os impactos ambientais provocados pela ação humana no povoado de Jardim Novo, localizado no município de Teixeira de Freitas/BA.

O estudo foi efetuado em parceria com os estudantes do curso técnico integrado de Floresta do IFBaiano – campus Teixeira de Freitas e assessorado pela CEPLAC.

4. LEVANTAMENTO DE DADOS

Em visita ao povoado de Jardim Novo, com a colaboração da CEPLAC de Teixeira de Freitas, percebeu-se que, na área, existem diversos locais que precisam de atenção, mas, infelizmente, a maioria da população não possui uma conscientização adequada, além da falta de recursos financeiros para proteger as áreas e tomar quaisquer outras providencias.

O diretor da CEPLAC, afirmou que a muitos anos se discute sobre a questão de degradação ambiental e a recuperação destas áreas. Mas, as pessoas, em sua ignorância na educação ambiental, sempre acreditaram que isso é apenas um discurso intelectual, que nada disso acontece realmente. Porém, aos poucos, alguns moradores começaram a perceber que aquilo é, de fato, verídico. A maioria, infelizmente, não leva em conta essa percepção ambiental e, o mais grave, não faz e nem muda seu modo de ver as coisas.

Os moradores mais atentos e conscientes, percebem a questão e acreditam que pode ocorrer uma grave adversidade, como por exemplo, a seca da lagoa, no período de longas estiagens. Nesta situação, a população começa a se preocupar, mas, quando retorna o período de chuva e essa lagoa volta ao seu estado normal, eles esquecem que a seca pode ocorrer novamente e em vez de tomar as devidas providencias continuam a repetir os mesmos erros.

Um dos moradores mais antigo, o senhor Cabral, narrou uma triste história. Segundo ele, na época do auge da mineração do povoado, um rapaz, morador do local, ia explodir uma pedra para abrir uma mina. O primeiro passo: colocar as bombas no local, ele e as outras pessoas, fizeram isso. Faltava apenas socar as bombas. Porém, enquanto um outro rapaz, descia, para buscar o pedaço de pau (já que se batesse com um pedaço de ferro, no momento em que o ferro encostasse na rocha gerariam faíscas e acenderiam as bombas, causando a explosão precoce), o tal rapaz decidiu bater justamente com uma estaca de ferro, e aconteceu uma tragédia. A bomba explodiu e ele veio a óbito, felizmente, ninguém mais se feriu gravemente, já que as outras pessoas já haviam descido.

O senhor Cabral afirmou que aquela morte foi lamentável, mas de certa forma, foi uma ajuda, já que, se ele continuasse vivo, permaneceria explorando os recursos naturais erroneamente.

Após esse breve bate papo, ele levou o grupo de estudantes do IFbaiano ao encontro do Henrique, um dos administradores do povoado. Henrique os acompanhou até a propriedade do senhor Nivaldo. Na propriedade existe uma nascente que está totalmente descuidada, o gado pisoteia o minador, o que provoca o entupimento das nascentes e contamina a água.

Em conversa com o senhor Nivaldo, ele contou que planeja cuidar da nascente, só é difícil, porque, não tem dinheiro para cercar o local. O proprietário mostrou uma área, a qual, ele mesmo reflorestou.

5. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

Os estudantes do Curso Técnico Integrado de Floresta, do IFbaiano, analisaram os impactos ambientais causados pela ação humana na cidade de Teixeira de Freitas; a metodologia para realização dessa pesquisa foi definida através de estudos bibliográficos com o acervo da biblioteca do Instituto, além das orientações dos técnicos locais e do professor orientador da disciplina Introdução à Metodologia Científica, ministrada pelo Prof. Dr. João Rodrigues Pinto, conforme estabelecido.

Ao analisar estes impactos, na visão dos estudantes, que, por sua vez, destacaram as formas de percepção ambiental através dos moradores da comunidade investigada, pode-se constatar que os resultados levam a crer que: a) os impactos ambientais têm modificado a paisagem natural; b) os impactos ambientais se devem, também, à necessidade do homem; c) os impactos têm gerado insatisfações, dividem opiniões e acarretam uma série de problemas; d) os impactos sociais acompanham a história da comunidade seja de modo direto (provocado) e/ou indireto (desastres naturais).

Logo, essa concepção de percepção ambiental se expande para o pensar e o sentir humanos. E se a mídia realmente exerce uma grande influência no modo de ser e perceber das pessoas, é preciso considerar isso nos processos de sensibilização ambiental. No entanto, isso dependerá também da maneira como os expectadores e leitores compreendem ou interpretam as mensagens passadas. Pensar na preservação do meio ambiente implica, por exemplo, um repensar as formas e padrões de consumo. A regra passa a ser o atendimento às necessidades básicas do indivíduo, evitando abusos, desperdícios e tudo o que for supérfluo.

É mister refletir, a quem atende determinada abordagem comercial. Baseado na consciência que a natureza é matéria prima, meio de exploração comercial e capitalista, faz-se necessário pensar para quê se compra e quais impactos isso traz à coletividade.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Vale salientar a diferença entre os impactos positivos e negativos causados pelo homem no meio ambiente. Segundo a Resolução CONAMA Nº 001, de 23 de janeiro de 1986, “considera-se impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas […]”. Ou seja, essas alterações podem ser tanto benéficas, quanto maléficas para o meio ambiente.

No povoado de Jardim Novo, foi possível observar, de forma clara, essa diferença. Enquanto um dos moradores se preocupou com o ambiente, e decidiu reflorestar uma área, modificando as propriedades biológicas daquele local, trazendo algumas espécies de fauna e flora ao seu habitat natural; outro morador, não se preocupou tanto. Deixou sua área em contato com o gado e em tempos de seca, sofre com a escassez dos recursos hídricos.

O povoado em questão era rico em minério, e isso foi um propulsor para a migração de pessoas de regiões próximas para esse pequeno povoado do município de Teixeira de Freitas. E de acordo com a Resolução Conama Nº 001, de 23 de janeiro de 1986, deve ser realizado um estudo e feito um relatório sobre os impactos ambientais nas atividades de extração de minério e etc., mas infelizmente não se tem conhecimento de nenhum documento oficializando a migração correta daquela área.

O manejo incorreto da mineração fez com que o solo se desgastasse e em alguns pontos se pode observar a degradação de áreas de rio, que eram ricas em pedras e minérios e atualmente se encontram secas e esgotadas.

Uma solução para algumas áreas de nascentes seria o isolamento da área de acordo com a legislação ambiental, que é em um raio de 50m. E o reflorestamento dessa área. Também é necessária a reeducação ambiental, pois segundo os moradores, os mesmos só dão a devida importância para o meio ambiente, em tempos de seca, já que ocorre falta da água. Em tempos de abundância, é como se não existissem problemas.

REFERÊNCIAS

BARROS, J. R. A percepção ambiental dos quilombolas Kalunga do Engenho e do Vão de Almas acerca do clima e do uso da água. Ateliê Geográfico Goiânia-GO v. 6, n. 4, p.216-236, 2002.

DAVIDOFF, L. F. Introdução à psicologia. São Paulo: McGraw – Hill do Brasil, 1993. 237p.

DORIN, Lannoy. Enciclopédia de Psicologia Contemporânea: Psicologia Geral. v.1. São Paulo: Livraria Editora Iracema, 1984.

DORON, R.; PAROT, F. Dicionário de Psicologia, Lisboa: Climepsi Editores, 2001. 856 p.

FRITZSONS, Elenice; MANTOVANI, Luiz Eduardo. A educação ambiental e a conservação da natureza. Disponível em: http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=237. Acesso: 10/05/2019.

HOLTZER, W. A geografia humanista anglo-saxônica: de suas origens aos anos 90. Revista Brasileira de Geografia. Rio de Janeiro, v. 55, n. 1/4, p. 109-145, 1993.

HOCHBERG, J. E. Percepção. Trad. de Álvaro Cabral. 2 ed. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1973.

LEE, Terence. Trad. de Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Zahar, 1977.

LYNCH, Kevin. A imagem da cidade. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

MARTINS, S. V. Recuperação de Matas Ciliares. 2. ed. rev. E ampl. – Viçosa, MG: CPT, 2007.

MARTINS, S. V. Recuperação de Áreas Degradadas. Viçosa, MG. Editora Aprenda Fácil. 2009.

MARQUES, D.V.; COLESANTI, M.T.M. Uma proposta de Educação Ambiental para áreas verdes: o exemplo do bosque John Kennedy, Araguari/M.G. Disponível em: . Acesso em: set. 2013.

MELAZO, G. C. Percepção ambiental e educação ambiental: uma reflexão sobre as relações interpessoais e ambientais no espaço urbano. Olhares & Trilhas, Uberlândia, v. 6, n. 6, p. 75-51, 2005.

NORONHA, I. O. Percepção e Comportamento Socioambiental: a problemática dos resíduos sólidos urbanos. Revista Acadêmica – SENAC On-line, v. 3, p. 6, 2007.

PRINCE, Hugh C. A imaginação geográfica. Landscape, v. 11, n. 1, p. 22-25, 1961.

ROBBINS, S. Comportamiento Organizacional, México: Prentice-Hall, 1999, p. 199-217

RIBEIRO, Wallace Carvalho; LOBATO; Wolney; OLIVEIRA, Lídia Maria Ribeiro de; LIBERATO, Rita de Cássia. A concepção de natureza na civilização ocidental e a crise ambiental. Disponível em: http://www.uvanet.br/rcgs/index.php/RCGS/article/view/8. Acesso em: 10/04/2019.

TUAN, Yi-Fu. Espaço e lugar: a perspectiva da experiência. São Paulo: Difel, 1980.

[1] Licenciada em Ciências Biológicas (UFES); Especialista em Gestão em Sistemas Agrícolas (UFLA); Mestranda em Educação (Unigrendhal).

[2] Graduado em Letras (UFES); Especialista em História do Brasil (UFES); Mestre em Teatro (UNIRIO); Doutor em Linguística e Língua Portugues (PUC-Minas).

Enviado: Julho, 2019.

Aprovado: Setembro, 2019.

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Leila Cristina Botelho Carvalho Rodrigues Pinto

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