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Educação e inovação em tecnologia: A cultura tecnológica com o advento do Youtube como ferramenta de transmissão de conteúdos educacionais

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CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

BACELAR, Dandara Scarlet Sousa Gomes [1]

BACELAR, Dandara Scarlet Sousa Gomes. Educação e inovação em tecnologia: A cultura tecnológica com o advento do Youtube como ferramenta de transmissão de conteúdos educacionais. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 04, Vol. 04, pp. 05-15. Abril de 2019. ISSN: 2448-0959.

RESUMO

A emergência da tecnologia e sua integração ao cotidiano dos sujeitos sociais modificaram substancialmente todas as áreas da atividade humana. A internet trouxe consigo novas formas de comunicação e remodelou relações de ensino-aprendizagem. Nesse contexto, o presente trabalho propõe uma reflexão acerca do uso de mídias na educação, focando na plataforma Youtube como ferramenta de difusão do ensino e seu papel no processo de construção do conhecimento. Objetiva-se explanar como o processo de ensino-aprendizagem se beneficia e simultaneamente pode ser prejudicado por meio desta ferramenta tecnológica devido a falta de conhecimento ou seu uso de forma equivocada e apresentar algumas ferramentas essenciais oferecidas para o educador. Esta pesquisa buscou amparo teórico em Lemos (2004) que trata das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs).

Palavras chave: Tecnologia, Youtube, Educação.

1. INTRODUÇÃO

As novas tecnologias fornecem meios de conhecimento para o aprendizado na hora e no lugar oportunos, quando é desejado e da forma como é desejado.

Segundo Mota e Scott (2014), a terceira Revolução Educacional – É resultante da sucessiva inovação na sociedade moderna assim como o boom das NTICS e a utilização em níveis máximos das mesmas.

À medida que a mídia convencional tradicional é substituída por uma imprensa personalizada, a internet torna-se um espelho de nós mesmos. Em vez de usá-la para buscar notícias, informação ou cultura, nós a usamos para sermos de fato a notícia, a informação e a cultura (Keen, 2009, p.30).

A internet originou-se durante o período da Guerra Fria, em 1969, o governo dos Estados Unidos a fim de se fortificar ainda mais como potência e preocupado com possíveis ataques do governo Russo, voltou seus esforços para o Advanced Reserach Projects 13 Agency(ARPA), para que a mesma desenvolvesse uma rede capaz de continuar em funcionamento mesmo após uma possível quebra de conexão.

A repercussão das tecnologias da informação e comunicação (TICS) no que concerne a educação foram quase que imediatas, tal fato também se deve a globalização ocorrida nos últimos anos, o acesso antes restrito somente para uma classe social de maior poder aquisitivo, se disseminou para as demais, causando uma democratização, além de tornar o aprendizado significativamente independente e flexível.

Prensky (2001), ao afirmar que “nossos alunos mudaram radicalmente. Os alunos de hoje não são mais as pessoas que o nosso sistema educacional foi projetado para ensinar” já reforçará a ideia de mudanças antes mesmo do advento das facilidades que a plataforma Youtube traria para o ensino e aprendizagem.

As ponderações envoltas a temática do uso de mídias na educação não são novidade, deriva-se da atestação de sua enorme influição no que concerne a construção do homem até hoje e da inevitabilidade da curiosidade criada ao redor da evolução tecnológica.

Apresentar domínio das mídias e tecnologias, mas, não possuir controle na prática de repassar o conhecimento de forma coerente, com correto embasamento, não traz benefícios ao sujeito passivo desta relação, logo, o uso incorreto destes recursos, atinge a massa de forma negativa.

Em meados de 2005, iniciava-se aquela que pode ser considerada a maior hospedeira de vídeos do mundo, e, com esta, ocorrera o processo mais acelerado e difusão do conhecimento desde o início da busca do homem pelo saber, nasceu assim um problema, a grande divulgação de conteúdos nomeados de videoaulas, que em parte, ao invés de acrescentar, acaba por vezes, repassar informação incorretas.

Ao tornar os usuários tanto passivo para recebimento de informações quanto ativos para produzirem a mesma, o Youtube deu brecha para a divulgação de conteúdo vasto e sem total controle, apesar de ter ferramentas contra conteúdos denunciáveis, ainda não há um especifico para a área da educação no núcleo geral do site ; referendar, qualificar, numerar o total de visualizações e até dar espaço para o usuário expor suas opiniões acerca dos vídeos assistidos, não ajuda, quando pensado no ato de repassar informações sem a total sabedoria.

O uso da tecnologia da informação e comunicação influência de forma relevante o que concerne o processo de ensino-aprendizagem, tal conexão entre professores, alunos, curiosos e a sociedade em geral, trouxe um boom inimaginável anos antes, a empolgação envolta a isto deve ser freada sempre que possível, pois, faz-se necessária sempre uma visão crítica para a melhora constante da mesma, assim, o artigo objetiva explanar a relação da tecnologia com a educação de forma sucinta e objetiva.

2. CULTURA, TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO

Apoiando-se no conceito elaborado por Tylor, afirmamos que cultura é:

Aquele todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e aptidões adquiridos pelo homem como membro da sociedade. Tylor(1871, apud LARAIA, 2006, p. 28).

Consoante a evolução do homem, a necessidade de ajuste quanto ao meio, fez com que este começasse a criar tanto a língua, como meios de fazer contas, vestimentas, locais para repouso, instrumentos para caça, a roda, as cidades para a reunião dos povos; assim, o desenvolvimento tanto social quanto cultural alavancou-se até o que vemos hoje com as tecnologias.

Lemos (2004, p. 19) reitera que “as novas tecnologias de comunicação e informação estão reconfigurando os espaços urbanos, bem como as práticas sociais destes mesmos espaços”. A cultura da sociedade atual está em constante mudança desde que a tecnologia passou a atuar ativamente no dia a dia de todos os envolvidos na mesma, muros geográficos e temporais foram derrubados com a implementação das mais variadas ferramentas criadas ao longo deste processo, tudo isto potencializou uma grande reestruturação cultural.

[…] ao transformar, ao longo do tempo, as formas de produzir e reproduzir os meios de sua própria sobrevivência, o ser humano modificou também suas relações humanas e com a natureza. As tecnologias que criou – desde a roda até o computador – geraram transformações na maneira de se comunicar, produzindo meios de comunicação cada vez mais complexos (SAMPAIO e LEITE, 1999, p. 13).

Com a utilização das ferramentas da tecnologia em massa, firmou-se a chamada cultura tecnológica, o homem mergulhou no mar das máquinas e o fluxo informacional intensificou-se, é fato inegável a influência dessa evolução nos costumes, atos e comportamentos dos sujeitos desse processo. Refletindo sobre esta cultura, todos os profissionais que fazem parte do processo de ensino-aprendizagem, devem reciclar-se sempre, repensando suas metodologias de ensino a fim de agregar as ferramentas das NTICS (Novas Tecnologias de Informação e Comunicação) no exercício da profissão.

Ao perceber que não sabe, o ser humano tem a tendência natural de buscar meios de aprender, já que é dotado de inteligência e, em consequência, de curiosidade. Assim, o docente tem de conhecer este facto para se engajar nas associações destes dois atributos, dos quais surge a criatividade, que fornece a base para as grandes invenções da humanidade. O espirito aventureiro instiga às descobertas. (TIBA,p.46)

Nos dias atuais é fundamental o aproveitamento de tais meios na educação, elas visam favorecer ponderações mais claras do mundo, das ideologias presentes na sociedade, estimulando a criatividade e o conhecimento acerca da coletividade em nível mundial; se empregado da forma correta, estará sempre prestando serviço para a cultura.

O surgimento de um novo tipo de sociedade tecnológica é determinado principalmente pelos avanços das tecnologias digitais de comunicação e informação e pela microeletrônica. (KENSKI, p.22).

A introdução das novas tecnologias trouxeram uma grande revolução nunca antes vista, houve a mutação de como os sujeitos analisam, compreendem e vinculam-se com o firmamento; entretanto ainda há quem refute a existência de um vínculo entre os avanços tecnológicos e as transições culturais do homem; porém, interposição decorrente da conjuntura cultural no progresso tecnológico expõem o quanto essas linhas estão intrinsecamente entranhadas. Aprendizagem colaborativa é muito mais significativa quando os estudantes podem trabalhar com alunos de outras culturas, podendo entender e perceber novas e diferentes visões de mundo, ampliando, assim, seu conhecimento.

Todos os participantes em novas comunidades/práticas sociais tornam disponíveis novas identidades – enquanto indivíduos – e novas formas de humanidade – enquanto membros de comunidades. Na medida em que a educação é iniciação em comunidades e especialmente em práticas de letramento genéricas e especializadas, novas tecnologias da informação, novas práticas de comunicação e novas redes sociais possibilitam novos paradigmas para a educação e a aprendizagem.(LEMKE)

A evolução do educador também é concebida no âmbito da aprendizagem coletiva, verifica-se ainda que a autonomia do mesmo se generaliza, pois, a partir do momento em que este vive novas experiências, suas práticas tornam-se mais incorporadas, influenciando assim, o meio profissional onde está inserido no momento em que partilha tais vivências tecnológicas.

3. O YOUTUBE

Desde a postagem de seu primeiro vídeo em 23 de abril de 2005 até a presente data, o Youtube atingiu 100% das expectativas iniciais do projeto; projeto este, focado na produção e distribuição de conteúdo, com possibilidade de cadastro de inúmeros usuários, compartilhamento e visualização de vídeos tanto caseiros quanto profissionais, o grande diferencial da plataforma é o investimento nos criadores de conteúdo que possuem número significativo de visualizações

A Plataforma conta com a disponibilização de comunidades voltadas para determinados temas, assim como possibilidade de criação de canais, os vídeos possuem classificação, possibilidade do usuário recomendar ou não e espaço para comentários se o dono do canal assim dispor. Há também a opção de acrescentar comentários de descrição na postagem dos vídeos, disponibilizando links, legendas, realizando o envio de textos para um núcleo restrito de usuários, assim como compartilhamento privado, oferecendo assim, ferramentas essenciais para uma boa edição.

Atualmente a empresa conta com 1 bilhão de usuários cadastrados em sua rede, com público em sua maioria de jovens e adultos de 18 á 34 anos, além de estar presente em mais de 91 países, traduzido para 80 idiomas e possuindo um número diário de visualizações de aproximadamente 1 bilhão.

Os avanços tecnológicos estão sendo utilizados praticamente por todos os ramos do conhecimento. As descobertas são extremamente rápidas e estão a nossa disposição com uma velocidade nunca antes imaginada. A Internet, os canais de televisão a cabo e aberta, os recursos de multimídia estão presentes e disponíveis na sociedade. Estamos sempre a um passo de qualquer novidade. Em contrapartida, a realidade mundial faz com que nossos alunos estejam cada vez mais informados, atualizados, e participantes deste mundo globalizado (1999, p.15).

Um levantamento feito pelo GOOGLE, indica que os brasileiros são a população que mais se utiliza de suas ferramentas, seja para conteúdo informativo, moda, games, música, gastronomia e esportes, e no que refere a educação. A empresa entrevistou cerca 1.500 brasileiros de todas as regiões do país, com idade entre 14 á 55 anos das classe A,B,C, representando 123 milhões de habitantes que consomem sua mídia diariamente; 86% dos entrevistado assistem vídeos na web, destes, 59% acessam o Youtube como fonte de notícias e 31% como fonte de aprendizado; chegando assim a um total de 42% de preferência de todo o consumidor brasileiro.

O panorama atual da comunicação está intensificando a interação entre mídias de maneira frenética, as mídias do passado estão abalroando ambas as formas de ingresso aos mais variados conteúdos alocados na rede, fazendo assim com que o conteúdo escorra nas mais diversas plataformas.

Dados relevantes para se entender o peso da plataforma na produção e visualização de conteúdo educacional, segue abaixo:

Figura 1 – Relevância do Youtube para os Brasileiros

Fonte: GOOGLE, 2017

Quando pensado nesta plataforma como ferramenta de renovação das metodologias de ensino responsável, é perceptível a eficiência significativa tanto na comunicação quanto no ato de transmitir e produzir mais conhecimento, criando um círculo vicioso qualificado com inúmeras oportunidades para quem usufrui das informações, tornando-se aliado crucial no processo de fortalecimento da relação ensino-aprendizagem, assim, o receptor da informação se sente componente importante na construção do saber, do conhecimento, isto torna o ato de aprender mais prazeroso; a internet pode ser compreendida até mais que a tecnologia em si, mas, como um meio comunicacional de valor inexorável

A formação assídua e coerente deve ser conspectada como um método importante no aperfeiçoamento do ensino, assegurando assim um súpero proveito dos processos de aprendizagem.

O que vemos hoje são inúmeros fenômenos sociais em que o antigo “receptor” passa a produzir e emitir sua própria informação, de forma livre, multimodal (vários formatos midiáticos) e planetária, cujo sintoma é às vezes confundido com “excesso” de informação. As práticas socio comunicacionais da internet estão aí para mostrar que as pessoas estão produzindo vídeos, fotos, música, escrevendo em blogs, criando fóruns e comunidades, desenvolvendo softwares e ferramentas da Web 2.0, trocando música etc. (Lemos, 2009, p. 39)

Aqueles que repassam conhecimento devem se qualificar constantemente, primando pelo domínio integrado do uso das novas tecnologias, pois ora, “o profissional competente não deve apensa saber manipular as ferramentas tecnológicas, mas incluir sempre em suas reflexões e ações didáticas a consciência de seu papel em uma sociedade tecnológica” (BRITO, 2006, p.VII)

Refletindo na ideia de inovação; para a evolução do transporte marítimo, fora criado o avião, existindo a necessidade de mais, fora criado o transporte coletivo aéreo e assim, até os dias atuais, a necessidade tem criado a oportunidade.

O Youtube fora concebido diante da necessidade de assistir vídeos com maior facilidade, massificando-se ao longo dos anos, se tornando um dos principais meios de estudo online, também pelo fato do crescimento significativo relacionado ao ensino EAD, as pessoas se desarmaram do preconceito, receberam essa inovação e transmitiram; tal fato tornou essa plataforma uma das maiores do mundo.

3.1 RECURSOS VOLTADOS PARA A EDUCAÇÃO E SEU CONTROLE

Desde o ano de 2015 a empresa vem se conscientizando e criando recursos completamente voltados para o ensino, o Youtube para Escolas(YOUTUBE SCHOOL), Youtube Professores(YOUTUBE TEACHERS) e o Youtube Educação(YOUTUBE EDUCATION) propondo oferecer acesso a vídeos e ferramentas à escolas e demais profissionais que sentissem necessidade de implantar seu uso em sala de aula.

A mesma também preocupou-se com o público mais fragilizado com o bombardeio de informações e assim criou o Youtube Crianças (YOUTUBE KIDS), como uma forma de controlar o conteúdo que estas receberiam de suas plataformas de vídeo, com seções próprias das faixas-etárias escolhidas pelos pais e uma filtragem mais limpa e apropriada de vídeo.

O currículo de Cidadania Digital do YouTube(YouTube Digital Citizenship Curriculum), oferece aos profissionais da educação suporte no ensino sobre as politicas do Youtube; as formas de denunciar conteúdos que prejudiquem seu aprendizado e desrespeitem os outros, como proteger a privacidade no mundo virtual, como serem responsáveis em sociedade e como serem cidadãos engajados.

O Google oferece ainda treinamentos voltados para educadores aplicarem recursos do Gsuite for Education( Gmail, Hangouts, Google Agenda, Drive, Docs, Planilhas, Apresentações, Groups, News, Play, Sites, e Vault.) de forma personalizada; após o treinamento feito online, o educador está apto a realizar um exame monitorado através de Webcam, neste, são testados o aprendizado e aplicabilidade de recursos tecnológicos na educação, sendo aprovado, recebe o titulo de Educador Certificado pelo Google – Nivel 1, podendo chegar até o último nível de treinamento a ser realizado na sede do Google Campus Brasil em São Paulo, que é o de Inovador Certificado pelo Google Education, recebendo suporte para desenvolver projetos de inovação na área do ensino, participação no grupo global de educadores, além de contar com recursos mensais para aprendizagem e desenvolvimento.

Além das ferramentas acima citadas, também deve-se considerar os meios juridicos de tutela para a proteção e filtragem de conteúdos na rede:

 Sempre será possível requerer ao Poder Judiciário que, liminarmente ou em antecipação dos efeitos da tutela, remova ou bloqueie o acesso a informações ilícitas disponibilizadas por um provedor de conteúdo em um web site, ou armazenadas em um provedor de hospedagem, quando presentes os requisitos previstos para a concessão da medida.  (Responsabilidade civil dos provedores de serviços de Internet, cit., p. 211)

Ressalta-se ainda uma discussão recente sobre a utilização de mecanismos de filtragem, afirmando que os mesmos podem vir a ser considerados meios de se restringir a liberdade de expressão dos produtores de vídeos, porém, se pensado na proteção dos sujeitos envolvidos nesta relação, não consideramos tal fato como arbitrário, filtros devem ser adotados assim como o treinamento prévio, pois, a proteção do usuário deve sempre estar em primeiro lugar; porém, a empresa deve primar pela transparência com o usuário, quando este não passar pela filtragem.

4. METODOLOGIA

A presente pesquisa busca se inserir numa interpelação qualitativa, visando observar e estudar as ocorrências que influenciam a educação na atual conjuntura social tecnológica, em especifico, o uso do Youtube como ferramenta para transmissão de conhecimento. O trabalho buscou basear-se numa análise bibliográfica reflexiva, analisando o uso de tecnologia dentro e fora do ambiente escolar.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A sociedade encontra-se em constante mudança, dia após dia surgem novas tecnologias, novos costumes, novos conceitos e novas aplicabilidades , tais fatos influenciam tanto positivo quanto negativamente, ao inserirmos o Google – Youtube no cotidiano do homem, este, adaptou-se e, os sujeitos adquiriram novos modos de se comunicar e adquirir conhecimento, o que antes era repassado somente em sala de aula, passou a ser aprendido através de smartphones e computadores, assim, a cultura tecnológica instalou-se em todo este processo.

Diante do exposto, sugere-se nesta conclusão que para uma maior efetividade no que diz respeito a produção de conteúdo educacional, o Google como também a sua plataforma Youtube deveriam expandir a empregabilidade do currículo de cidadania digital, fazendo assim, o mesmo ser pré-requisito para a liberação de postagens com a temática em questão. Pois, ao colocar a exigência de se obter tal conhecimento prévio para o usuário, há um maior controle preventivo, dirimindo assim a difusão de conteúdo incorreto, incompleto, de forma bastante significativa.

Aos profissionais atuantes na área da educação em sala de aula, aconselhasse um trabalho pedagógico ainda mais voltado para a inserção das tecnologias, democratizando-a, conforme é possível observar na afirmação de Prata:

É necessário possibilitar a comunidade escolar vivenciar esse processo de inclusão digital, por intermédio de situações potencialmente pedagógicas e catalisadoras, que garantam a apropriação e a sustentabilidade dessas tecnologias, e principalmente, que permitam a autonomia da escola na gestão desse processo (PRATA, 2002, p. 77).

A busca pela certificação do Google for Education é opcional, porém, observa-se que a mesma é de grande valia para o educador que busca estar atualizado com as mais diversas ferramentas das tecnologias da informação e comunicação, agregando as metodologias do ensino já aplicadas no seu núcleo escolar.

As tecnologias não são inescusáveis no que concerne as metodologias voltadas para a aprendizagem, contudo, são instrumentos do inseridos neste contexto, o sustentáculo do processo de conhecimento e do uso das tecnologias sujeita-se na correta instrução daquele que emprega o uso da tecnologia em sua metodologia.

REFERÊNCIAS

BRITO, Glaucia da Silva. Inclusão digital do profissional professor: entendendo o conceito de tecnologia. Artigo apresentado no 30º Encontro Anual da ANPOCS, 24 a 28 de outubro de 2006; no GT24 – Tecnologias de informação e comunicação: controle e descontrole.

FILHO, Cavalieri. Responsabilidade civil dos provedores de serviços de Internet, cit., p. 211

GOOGLE. Ajuda do Youtube – Recursos para Educadores . Disponível em: https://support.google.com/youtube/answer/2802327?hl=pt-BR&ref_topic=2803240. Acesso em: 9 nov. 2018.

GOOGLE. Relatório Youtube Insights . Disponível em: https://drive.google.com/file/d/0B7Qk1E0wjv-ASUNsNWJnUEtWNFE/view. Acesso em: 9 nov. 2018.

GOOGLE. Google for Education. Disponível em http://www.google.com/edu/teachers/youtube/curric/. Acesso em: 8 nov. 2018.

KEEN, Andrew. O Culto do Amador: como blogs, MySpace, YouTube e a pirataria digital estão destruindo nossa economia, cultura e valores. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. 2009.

KENSKI, Vani Moreira. Educação e tecnologias: Um novo ritmo da informação. 8. ed. Campinas: Papirus, 2012. p. 15-25.

LEMKE, J. L. Letramento Metamidiático: transformando significados e mídias. Trabalhos em Linguística Aplicada, vol.49, n.2, s.p., jul/dez. 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-18132010000200009&script=sci_arttext.

LEMOS, André. Cibercidades: um modelo de inteligência coletiva. In: LEMOS, André (Org). Cibercidade: as cidades na cibercultura. Rio de Janeiro: E-papers Serviços Editoriais, 2004, p. 19.

PRATA, C. L.. Gestão escolar e as novas tecnologias. In: ALONSO, M. et al. Formação de gestores escolares: para a utilização de tecnologias de informação e comunicação. São Paulo,2002.

PRENSKY, M. Digital natives, Digital immigrants. On the Horizon. Vol. 9, No. 5: NCB University Press. 2001.

SAMPAIO, Marisa Narcizo e LEITE, Lígia Silva. Alfabetização tecnológica do professor. 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 1999.

TIBA, Içami. Ensinar aprendendo: como superar os desafios do relacionamento professor aluno em tempos de globalização. São Paulo: editora gente, 1998

TEACHER CENTER. Google For Education. Disponível em: https://teachercenter.withgoogle.com. Acesso em: 5 nov. 2018.

YOUTUBE. Youtube para a Imprensa. Disponível em: https://www.youtube.com/intl/pt-BR/yt/about/press/ . Acesso em: 8 nov. 2018.

[1] Discente Do Curso Superior Em Análise E Desenvolvimento De Sistemas.

Enviado: Dezembro, 2018

Aprovado: Abril, 2019

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Dandara Scarlet Sousa Gomes Bacelar

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