REVISTACIENTIFICAMULTIDISCIPLINARNUCLEODOCONHECIMENTO

Revista Científica Multidisciplinar

Pesquisar nos:
Filter by Categorias
Administração
Administração Naval
Agronomia
Arquitetura
Arte
Biologia
Ciência da Computação
Ciência da Religião
Ciências Aeronáuticas
Ciências Sociais
Comunicação
Contabilidade
Educação
Educação Física
Engenharia Agrícola
Engenharia Ambiental
Engenharia Civil
Engenharia da Computação
Engenharia de Produção
Engenharia Elétrica
Engenharia Mecânica
Engenharia Química
Ética
Filosofia
Física
Gastronomia
Geografia
História
Lei
Letras
Literatura
Marketing
Matemática
Meio Ambiente
Meteorologia
Nutrição
Odontologia
Pedagogia
Psicologia
Química
Saúde
Sem categoria
Sociologia
Tecnologia
Teologia
Turismo
Veterinária
Zootecnia
Pesquisar por:
Selecionar todos
Autores
Palavras-Chave
Comentários
Anexos / Arquivos

Fatores motivacionais e o uso de esteroides anabolizantes por praticantes de treinamento de força

RC: 27073
1.015
4.9/5 - (12 votes)
DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/educacao-fisica/fatores-motivacionais

CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

SOUZA, Carlos Alberto Rodrigues de [1], MOREIRA, Elisângela Claudia de Medeiros [2], NETO, Manoel Samuel da Cruz [3], DENDASCK, Carla Viana [4], BAHIA, Mirleide Chaar [5], FECURY, Amanda Alves [6], DIAS, Cláudio Alberto Gellis de Mattos [7], FERNANDES, Roseane da Silva Matos [8], FARIAS, Déborah de Araújo [9], OLIVEIRA, Euzébio de [10]

SOUZA, Carlos Alberto Rodrigues de. Fatores motivacionais e o uso de esteroides anabolizantes por praticantes de treinamento de força. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 03, Vol. 05, pp. 47-67. Março de 2019. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao-fisica/fatores-motivacionais

RESUMO

A presente investigação trata da identificação dos fatores motivacionais e o uso de Esteroides Anabolizantes (EA), uma vez que se percebe que a busca pelo corpo considerado perfeito em muitas situações pode ser capaz de pôr em risco sua própria saúde, sem preocupar-se com os possíveis efeitos colaterais. Por conta disso, procuramos analisar as consequências da utilização indiscriminada de EA para o corpo, tendo sido a investigação realizada por um grupo de 27 pessoas, compreendendo 63% de homens e 37% de mulheres em quatro academias na cidade de Castanhal-Pará. Para tanto, fez-se uso de questionário semiestruturado com 13 perguntas, em que teve como objetivo analisar a idade, grau de escolaridade, renda, tempo de uso, quais EA utilizados, medicamentos associados, finalidades do uso, efeitos colaterais, dentro outros aspectos. Dessa maneira, essa pesquisa identificou que os EA mais utilizadas por homens são enantato de testosterona e durateston, e por mulheres oxandrolona e winstrol, sendo que os principais fatores motivacionais para sua utilização compreendem a estética e o ganho de força. O questionário relata ainda vários efeitos colaterais e apesar disso, os sujeitos entrevistados demonstram um ciclo vicioso considerado grande.

Palavras-chaves: Esteroides Anabolizantes, Fatores motivacionais, Treinamento de força.

1. INTRODUÇÃO

Nos últimos anos está sendo evidente a busca excessiva pela imagem corporal, principalmente entre o gênero masculino, o que até pouco tempo atrás era considerado exclusividade do gênero feminino, sendo esses excessos associados a casos de anorexia e bulimia. Assim, percebe-se um considerável aumento na procura por exercícios físicos para fins de hipertrofia muscular, além da busca de meios que acelerem esse processo, como o uso de Esteroides Anabolizantes (EA) (SILVA, 2013).

Segundo Silva e Pires (2018) é importante pensar sobre os efeitos dos esteroides androgênicos anabólicos (ou apenas anabolizantes) na sociedade moderna porque são muitos os seus efeitos. O consumo abusivo dessas substâncias está aumentando cada vez mais a partir da necessidade de se “melhorar” a aparência física. Em doses excessivas pode acarretar em possíveis complicações para pessoas saudáveis, tais como câncer de próstata, doença coronariana, ginecomasia, disfunções e câncer hepáticos, além de vários outros problemas. O grande problema acerca do uso desses anabolizantes é que a sua venda ocorre de forma ilegal e falsificada, bem como o seu próprio uso é feito de forma indevida. Todas essas complicações desencadeiam o desenvolvimento dos problemas citados.

Os EA são substâncias químicas produzidas pelo córtex da suprarrenal, ou gônadas, que são responsáveis por diversificadas funções no organismo como, por exemplo, controle metabólico ou ainda de características sexuais. Dessa maneira, os EA androgênicos são substâncias sintéticas provenientes da testosterona, comumente utilizado em clínica médica, porém devido às suas propriedades anabólicas que costumam serem bem maximizadas nestas substâncias, estas passaram a ser muito utilizadas no meio esportivo (CUNHA et al., 2017).

A evidência da valorização do corpo musculoso, definido, e considerado ideal têm sido disseminados entre os jovens, evidenciando como maior número de adeptos àqueles que frequentam academias, já que nesse ambiente a competição pelo “corpo perfeito” demonstra-se em maior evidência (PEREIRA JÚNIOR et al., 2008; SOUSA et al., 2017).

Devido essa preocupação com a imagem corporal tem-se elevado entre os sujeitos influências em sua vida pessoal, causado pela diminuição da autoestima por conta dos reflexos negativos evidenciados pela preocupação com a estética corporal (SILVA, 2013).

Conseguir um aumento significativo de hipertrofia muscular ou perda ponderal necessita de um determinado tempo, tempo esse que faz com que os jovens busquem uma alternativa que faça essa espera diminuir. Para isso, buscam através dos EA um caminho mais curto para alcançar seus objetivos (IRIAT; ANDRADE, 2002; PEREIRA JÚNIOR et al., 2008).

Dessa maneira, surgem às diversas possibilidades para se conseguir alcançar um resultado mais rápido, mesmo que menos eficiente o que leva muitos jovens a utilização EA sem as devidas precauções e orientações médicas (IBIDEM, 2002; 2008).

O uso indiscriminado desse tipo de recurso pode trazer consequências negativas para o corpo como, por exemplo, alterações nos níveis hormonais, além de complicações fisiopatológicas (IRIAT; ANDRADE, 2002; SOUSA et al., 2017).

O aumento dos músculos e da aparente força física torna-se uma obsessão entre os praticantes de Treinamento de Força (TF). Essas atitudes traduzem-se por meio de competições percebidas entre grupos de jovens, principalmente homens, com idades que variam de 18 a 34 anos (IRIAT; ANDRADE, 2002; SOUSA et al., 2017).

O culto ao corpo demonstrado, sobretudo pelo investimento narcísico feito por esses atletas, e com o objetivo de evidenciar um melhoramento dos resultados obtidos com o treinamento, atrai várias pessoas que procuram resultados imediatos de suas práticas e, que são capazes de buscar outras alternativas para alcançarem seus desígnios, mesmo que por meios lícitos ou não (IRIAT; ANDRADE, 2002; SOUSA et al., 2017).

Tais atitudes demonstram um dos principais problemas da sociedade moderna: a busca por respostas rápidas e fáceis, que não necessitem de maior investimento, que não o financeiro (SILVA, 2013).

Dessa maneira, “a impaciência com o tempo necessário para o desenvolvimento da massa muscular com o exercício físico isoladamente, não se restringe, no entanto, aos iniciantes” (PEREIRA JÚNIOR et al., 2008, p. 48).

Na perspectiva dos autores, até mesmo os veteranos não costumam se contentar com o tempo necessário para o crescimento muscular e “com os minguados resultados obtidos por meio de uma suada musculação destituída de ajuda química” (IBIDEM, 2008, p. 48).De acordo com os escritos de Silva (2018) isto ocorre porque a musculação é um tipo de atividade caracterizada como um treinamento que exige, sobretudo, o desenvolvimento da força, assim pode ser definido como um exercício de contra resistência que, usualmente, utiliza-se de contrações musculares de alta intensidade para a produção dessa força. Os principais objetivos em se praticar a musculação é a obtenção de uma significativa melhora no desempenho esportivo e no condicionamento físico, bem como busca-se ganhar massa muscular de forma muito rápida, para tanto, recorre-se aos procedimentos não autorizados.

E é justamente a partir dessa “impaciência” que surgem as oportunidades rápidas e fáceis, traduzidas por meio do consumo exagerado de EA. Estes por sua vez, passam a se configurar como uma droga poderosa, capaz de permitir ao organismo trabalhar bem mais rápido, proporcionando resultados (quase que) mágicos, recompensando com rapidez e habilidade todo o tempo e suor gastos com a prática de TF (IRIAT; ANDRADE, 2002; SILVA, 2013; SOUSA et al., 2017).

Entretanto, todo esse efeito maravilhosamente rápido da utilização de EA exerce diversas implicações sobre o organismo (SOUSA et al., 2017).

Existem alguns fins terapêuticos com a utilização de EA, que são destinados ao tratamento de doenças, porém os efeitos adversos de quem ingere em longo prazo essas substâncias, podem variar de problemas simples como o surgimento de acnes a problemas cardiovasculares (MACEDO; YONAMINE, 2006; SOUSA, 2017).

Em consonância com isso a presente pesquisa teve como objetivo avaliar os fatores motivacionais para a utilização de Esteroides Anabolizantes e seus possíveis efeitos colaterais em praticantes de TF.

2. METODOLOGIA

A presente pesquisa trata-se de um trabalho quantitativo, pois busca salientar os aspectos dinâmicos, holísticos e individuais da experiência humana, ressaltando a utilização de procedimentos estruturados e instrumento formais para coleta de dados, isto é, com dados quantificados por meio analise estatística e apresentados em forma de gráficos (GERHARDT; SILVEIRA, 2009).

2.1 POPULAÇÃO E AMOSTRA

A pesquisa foi realizada com 27 voluntários, sendo 17 do sexo masculino e 10 do sexo feminino, com faixa etária de 18 e 41 anos.

A amostra desse estudo foi selecionada de maneira intencional e aleatória. Sendo intencional por apresentar-se diretamente vinculada a alunos de determinadas academias com características específicas; e aleatória, pois esta é a única maneira que nos permite a elaboração de planos de amostra representativa.

A aleatoriedade pode ser entendida por permitir que o pesquisador “estime até que ponto os resultados baseados em sua amostra tendem a diferir dos que seriam encontrados por meio do estudo da população” (MORESI, 2003, p. 67), o que caracteriza uma pesquisa estatística, na qual se torna possível compensar erros amostrais.

2.2 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO

Para a realização desta pesquisa, utilizou-se como critério de inclusão indivíduos com faixa etária a partir de 18 anos. Que estivessem fazendo uso de Esteroides Anabolizantes no momento da pesquisa, ou que já tivessem feito uso destas drogas durante os períodos de treino de suas vidas.

2.3 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO

Foram excluídos os sujeitos que não corresponderam aos critérios estabelecidos para a inclusão nesta pesquisa e sujeitos que apresentassem algum problema neurocognitivo aparente ou declarado.

2.4 INSTRUMENTOS DE PESQUISA

Para seleção dos indivíduos, os mesmos precisaram responder a um questionário semiestruturado, com 13 perguntas fechadas e/ou de múltipla escolha, adaptado de Paz (2014), com o intuito de verificar o perfil motivacional dos usuários de EA.

O questionário seguiu a concepção de Moresi (2003), no qual um questionário deve ser objetivo e obedecer a uma ordem lógica na elaboração das perguntas, que devem ser escritas com linguagem compreensível e adaptadas ao entendimento da população estudada.

2.5 AMBIENTE DA PESQUISA

A pesquisa foi realizada em quatro academias de musculação da cidade de Castanhal no Estado do Pará, e contou com a participação de praticantes de TF adequados aos quesitos necessários, citados anteriormente, e que se disponibilizaram a realização da mesma.

2.6 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para início da pesquisa foi elaborado um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e apresentado aos sujeitos da investigação para leitura e assinatura do consentimento em participar da pesquisa, já que de acordo com Gibbs (2009, p. 15) “os participantes de pesquisas devem saber exatamente o que está em foco, o que lhes acontecerá durante a pesquisa e qual será o destino dos dados que fornecerem depois que a pesquisa for concluída”.

A seleção dos voluntários foi realizada por meio de anúncios e entrevista prévia em academias do município de Castanhal-Pa.

Para compilação e posterior análise e discussão dos resultados, os dados obtidos foram compilados, tabulados e sua apresentação foi realizada por meio de gráficos ilustrativos.

2.7 ANÁLISE ESTATÍSTICA

Para análise e estatística descritiva utilizou-se de estatística simples utilizando-se do Software BioEstat versão 5.3 (AYRES et al., 2007). Posteriormente os resultados foram apresentados em forma de gráficos.

3. ASPECTOS ÉTICOS

O protocolo deste estudo segue as normas da Resolução nº466/12 do Conselho Nacional de Saúde do Brasil (BRASIL, 2013), que estabelece normas para pesquisas envolvendo seres humanos.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A pesquisa foi realizada com 27 participantes sendo 63% do sexo masculino e 37% do feminino.

A partir dos dados expostos na figura 1, observa-se que a faixa etária que mais utiliza EA não é formada por adolescentes, mas sim por adultos jovens que estão por faixa dos 30 anos de idade.

Figura 1: Idade dos usuários de EA. Fonte: Dados da pesquisa.

Dessa maneira, evidencia-se o que Iriat e Andrade (2002) afirmam que o maior número de usuários de EA compreende-se entre 18 e 34 anos de idade, com média de 26 anos e, na maior parte das vezes, são do sexo masculino.

Esses dados estão de acordo com os resultados encontrados na presente pesquisa, o que vem ressaltar a busca pelo corpo perfeito sem considerar a saúde. E que também são corroborados por Pereira Júnior et al. (2008) que destacam que a busca pela conservação e melhoramento da saúde passa a ser substituída, em diversos casos com usos de EA, pela procura do “corpo perfeito”.

É relevante salientar ainda que embora o TF contribua bastante para a manutenção da saúde e do bem-estar do indivíduo, quando essa prática passa a ser efetivada, sobretudo com uso dos EA de maneira indiscriminada, sem o devido acompanhamento de profissionais adequados da área, o que antes era um grande benefício passa a ser um malefício para a saúde de seus praticantes.

De acordo com a figura 02 torna-se possível observar que 35% dos homens têm ensino superior completo, e que 35% destes ainda estão cursando. Enquanto que entre as mulheres 50% já tem uma graduação e 30% ainda está cursando. Comparando a figura 02 com a figura 03 (renda mensal) podemos observar que 94% dos homens atingem no máximo 3 salários mínimos mensais, contra 20% das mulheres que declararam receber mais de 3 salários mínimos mensais.

Figura 2: Grau de escolaridade dos participantes. Fonte: Dados da pesquisa.
Figura 3: Renda mensal dos participantes. Fonte: Dados da pesquisa.

Na pesquisa de Azevedo et al. (2012) foi encontrado resultado diferente destes, em que o autor relata que os indivíduos participantes da investigação descreveram renda familiar igual ou superior a 7 salários mínimos, tanto para homens quanto para mulheres.

A partir disso, é possível identificar que independentemente do grau de escolaridade ou renda mensal, a busca pelo corpo considerado ideal não se limita ao poder aquisitivo, pois a renda baixa não influencia no uso, influencia na qualidade do produto, pois é notório que a maior parte dos sujeitos do sexo masculino (53%), recebe até um salário mínimo e mesmo assim não se privam da utilização de EA. E em relação ao sexo feminino 30%, ganham mensalmente esse valor e também fazem uso dos EA.

Ainda em relação a figura 2 referente ao grau de escolaridade, observa-se que a maior parte dos sujeitos (70-80%) possui ou está cursando o Ensino Superior.

Foi encontrado resultado semelhante na pesquisa de Azevedo et al. (2012) na qual descreve que a maioria dos sujeitos concluiu ou está concluindo o Ensino Superior. Os autores ressaltam também que o elevado grau de instrução dos sujeitos da sua pesquisa, ao que tudo indica, foram favorecidos de acesso à informação sobre o uso de EA.

O que se destaca entre os dados da presente pesquisa e os demais trabalhos já realizados com essa temática, é que essa característica de possuir maior ou menor nível de instrução parece influenciar diretamente na utilização ou não de EA. Quanto mais instruído for o indivíduo, mas informações sobre o uso dos AE e mais propensão a utilizá-los (AZEVEDO et al., 2012).

Cabe destacar, porém, que isso é apenas um facilitador ao acesso e uso das drogas, e que o conhecimento ou não por parte dos usuários não os livra de apresentarem possíveis efeitos colaterais decorrentes do uso dessas substâncias.

Em relação a finalidade do uso de EA (figura 4), (82%) dos homens e (100%) das mulheres afirmam que o que os levam a usar EA é a estética.

Figura 4: Finalidade do uso do EA. Fonte: Dados da pesquisa.

A pesquisa de Iriat e Andrade (2002) demonstra resultado análogo, uma vez que os autores apresentam em sua pesquisa, como sendo o maior motivo para utilização de EA, o mesmo fator motivacional, ou seja, a estética. Os autores afirmam ainda que com o passar dos tempos esse resultado tende a aumentar, haja vista que as pessoas vêm buscando cada vez mais o chamado corpo perfeito esteticamente.

Pode-se evidenciar que a procura pela conservação e melhoramento da saúde passa a ser suprimida, em diversos casos, pela busca incessante do “corpo perfeito” (PEREIRA JÚNIOR et al., 2008).

Tais fatos demonstram ainda que aumento dos músculos e da aparente força física demonstrada, principalmente, pela insatisfação ao que se considera comum, vem se tornando cada vez mais uma obsessão entre os praticantes de TF.

Cabe ressaltar, com base nos presentes resultados, corroborados por outras pesquisas sobre o tema, que essa busca pelo corpo perfeito na maioria das vezes é mediada pelo uso de EA, traz efeitos devastadores na saúde do indivíduo que faz uso dessas substâncias.

A figura 4 expõe ainda que essas atitudes não são apenas entre os indivíduos do sexo masculino, mas que tem se tornado crescente também entre um número significativo de mulheres, sobretudo quando se ressalta a questão estética.

Para Iriat e Andrade (2002), essas atitudes são identificadas por meio de competições estéticas percebidas entre grupos de jovens do sexo feminino nesses ambientes, especialmente entre o público com idade variante entre 18 e 34 anos.

Pereira Júnior et al. (2008), complementam essa ideia afirmando que em diversas situações, essa impaciência pela busca de resultados rápidos não se resume a um único gênero, nem a praticantes de TF iniciantes, mas abrange também um nível considerado alto de pessoas que praticam TF a bastante tempo.

Percebe-se assim que o investimento narcísico realizado por esses atletas de TF atrai pessoas não atletas, que procuram resultados imediatos, mesmo que para isso necessitem buscar alternativas consideradas lícitas ou não.

Outro fator que ganha destaque, é que (35%) dos homens e (30%) das mulheres, considera o ganho de força como a segunda maior finalidade para utilizar EA. E somente (12%) dos homens entrevistados afirmam fazer o uso para fins de competições.

Em outras palavras, esses dados demonstram que um dos principais problemas evidenciados por esse processo de uso indiscriminado de EA, descreve uma busca por respostas rápidas e fáceis, sem se preocupar com consequências, e que não precise de maior investimento, que não seja o financeiro.

Com base na figura 5 pode-se analisar que os EA mais utilizados pelos homens foram enatanto de testosterona e durateston, que foram citados por (59%) dos usuários, seguido de winstrol com (53%) e trembolona (35%).

Figura 5: Esteroides Anabolizantes (EA) mais utilizados. Fonte: Dados da pesquisa.

No trabalho de Paz (2014) o autor apresenta resultados semelhantes, em que o EA mais utilizado pelos indivíduos do sexo masculino foi o durateston. O autor relaciona esse resultado devido a essa droga caracterizar-se com um dos EA encontrados mais facilmente pelos usuários, menor custo benefício.

Já em relação às mulheres, os EA mais utilizados foram a oxandrolona com (60%), seguido de winstrol com (30%) e da trembolona com (20%) das citações.

Na pesquisa de Patrício (2012), a autora obteve resultados diferentes, pois os EA mais utilizados, relatados pelas mulheres sujeitas da investigação foram: Estanozolol, Decadurabolin (DECA) e Hormônio do Crescimento (GH) menor efeito colateral se comparado aos outros 2 EA. Essa divergência nos tipos de EA utilizados entre os dois estudos, provavelmente deve-se as condições financeiras, acesso todos tem, condições talvez não.

Com base na figura 6, podemos verificar que (41%) dos homens declararam não fazer nenhum tipo de associação de outros medicamentos com EA. Por outro lado, (29%) deles fazem o uso de suplementação nutricional, e ainda (29%) utilizam o tamoxifeno.

Figura 6: Associação de outros medicamentos com o uso de EA. Fonte: Dados da pesquisa.

Com base no trabalho realizado por Oviedo (2013) o tamoxifeno é uma droga farmacológica de venda livre, utilizada por homens com a finalidade bloqueadora dos estrógenos, utilizada para evitar o aparecimento de ginecomastia e retenção hídrica, o que resulta na perda da definição muscular. Cabendo destacar que este medicamento foi desenvolvido com objetivo de tratamento do câncer de mama em mulheres.

Em relação às mulheres não foram obtidas nenhuma citação do uso de tamoxifeno. Apenas (12%) dos homens e (20%) das mulheres usam diuréticos, que se trata de uma substância utilizada com a finalidade de diminuir a retenção hídrica. Dessa forma, (50%) das mulheres não fazem o uso de qualquer outro medicamento além dos EA, e somente (30%) utilizam suplementação nutricional.

No trabalho de Frizon et al. (2005), os sujeitos da pesquisa relataram fazer alguma associação de outros medicamentos com o uso de EA, em que descreveram associar os EA a utilização com suplementos alimentares. Os indivíduos faziam essa associação acreditando que assim poderiam reduzir os efeitos colaterais oriundos dos EA.

Com base nas informações da figura 7, (47%) dos homens já fazem o uso de EA a mais de um ano e (18%) usa a pelo menos seis meses a um ano. Contrariando o número evidenciado das mulheres, em que somente (10%) destas já fazem o uso a mais de um ano e, a maioria, (40%) delas, faz o uso a menos de um mês.

Figura 7: Tempo de uso dos EA. Fonte: Dados da pesquisa.

Na pesquisa de Patrício (2012), a autora define que os praticantes de TF do gênero feminino, costumam fazer alguns ciclos de utilização dos EA, que variam de quatro a dezoito semanas e, a partir disso, definem alguns intervalos que podem variar de um mês a um ano para repetir o ciclo.

De acordo com as afirmações da autora, podemos inferir que o curto período identificado nessa investigação, já que (40%) das pesquisadas utilizam EA a menos de um mês, pode estar relacionado à forma como se organizam os ciclos de utilização dos EA, bem como o tempo de influência relacionado à prática de TF.

Em relação aos homens, observa-se na figura 7, destaca-se que (47%) dos investigados já fazem uso de EA a mais de um ano, portanto, é possível compreender que se o uso tem se tornando contínuo, os usuários têm conseguido alcançar, pelo menos momentaneamente, os efeitos desejados e por isso se mantém fazendo o uso frequente de EA.

A esse respeito, Paz (2014), nos faz atentar para a utilização indiscriminada de EA, pois são várias as possíveis consequências ligadas ao uso contínuo desses produtos, sobretudo os relacionados diretamente com efeitos colaterais na saúde dos indivíduos.

Complementando esta ideia Barquilha (2009), já citava que os usuários de EA podem desenvolver dependência na utilização dessas drogas. Em casos mais graves, o autor evidencia abstinência seguida de possível depressão. Essas alterações do Sistema Nervoso Central podem ocorrer em decorrência de sérias alterações hormonais, que comprometem a bioquímica do metabolismo cerebral.

Nesse sentido, além dos riscos relacionados ao corpo, tem-se tornando bastante comuns efeitos psicológicos ligados aos EA, principalmente a agressividade, incluindo mudanças súbitas de comportamento, irritabilidade, raiva, hostilidade, podendo até chegar a atos violentos e criminosos.

Ainda com base na perspectiva de Barquilha (2009) classificam-se três subdivisões relacionadas a permanente utilização dos EA em relação aos efeitos psicológicos. São essas: os efeitos imediatos, que incluem o aumento exagerado da confiança, assim como a motivação e a diminuição da fadiga. Por conseguinte, estabelece-se a perda da inibição decorrente do uso contínuo e com altas doses de EA. E, por fim, evidenciam-se os efeitos colaterais mais graves, compreendendo o sentimento constante de agressividade que evolui, consubstancialmente para comportamentos violentos, incluindo ainda possibilidades de atos criminosos.

A figura 8 mostra os efeitos colaterais durante o uso de EA, em que se chama atenção para o aumento de libido sexual, demonstrando que (53%) dos homens e (20%) das mulheres afirmam ter percebido aumento significativo durante o uso. Acne também é um dado que merece evidência, pois (41%) homens e (60%) mulheres tiveram relatos do seu aparecimento durante a utilização de EA. E a agressividade foi algo que se manifestou com predominância somente nos homens, evidenciado (41%) dos sujeitos.

Figura 8: Efeitos colaterais durante o uso de EA. Fonte: Dados da pesquisa.

Frizon et al. (2005) em seu trabalho descrevem que (50%) dos usuários de EA, de sua investigação, citaram algum tipo de efeitos adversos. A agressividade/alteração no humor foi o mais citado desses efeitos, seguindo do aparecimento de acnes. Os autores relacionam esses efeitos colaterais ao uso prolongado de EA.

Patrício (2012) relata em sua pesquisa com mulheres, resultados análogos, que a maioria delas relatou como efeitos negativos relacionados ao uso de EA, o aparecimento de acne.

Outras características identificadas nessa investigação destacam ainda em percentagens menores, mas não menos importantes, o aparecimento de pressão alta, náuseas, acne, depressão, dependência, alterações na libido e no sono e agressividade em ambos os gêneros.

Esses fatores evidenciam que mesmo sabendo dos riscos ou já tendo manifestado quaisquer tipos de efeitos colaterais, ainda assim, os sujeitos permanecem a utilizar EA.

Como observamos na figura 9, temos em maior destaque em (53%) dos homens e (80%) das mulheres obtiveram os EA por intermédio de amigos. Em seguida, (41%) dos homens conseguiram os EA através de outros estabelecimentos comerciais com estrutura física.

Figura 9: Meio de obtenção dos EA. Fonte: Dados da pesquisa.

Estes dados diferem da pesquisa realizada por Guérios (2014), em que os meios de obtenção de EA mais utilizados foram os estabelecimentos comerciais disponíveis na internet.

Ainda considerando os resultados desse autor e comparando com a presente pesquisa, ressaltamos que a obtenção de EA, por formas legais com controle médico é composta por uma parcela muito pequena dentre os usuários em ambos os estudos.

Apesar de (88%) dos homens e (100%) das mulheres acreditarem que o acompanhamento médico previne doenças futuras, apenas (35%) dos homens e (30%) das mulheres fizeram algum acompanhamento médico durante o uso de EA. Acredita-se que isso se destaca pelo fato de que (82%) dos homens e (90%) das mulheres acham que os efeitos colaterais do uso indiscriminado de EA podem ser prevenidos ou revertidos com o uso de outros produtos e ou medicamentos de venda livre sem a necessidade da prescrição médica (FRIZON et al., 2005).

Durante o uso de EA, (94%) dos homens e (90%) das mulheres afirmaram que alcançaram um aumento de massa muscular, seguido de ganho de forca (82%) homens e (80%) mulheres, acompanhado ainda de (53%) homens e (70%) mulheres de emagrecimento (figura 10).

Figura 10: Alterações benéficas observadas a partir do uso de EA. Fonte: Dados da pesquisa.

Na pesquisa de Patrício (2012) foi observado alterações positivas no ganho de massa muscular em mulheres, resultado esse que está de acordo com a principal alteração relacionada ao uso de EA por mulheres no presente estudo.

Em relação a isso Marcondes et al. (2004), evidenciam que a realização de estudos controlados demonstrou que o número e o tamanho de fibras musculares costumam aumentar quando associados a utilização de EA, propiciando um aumento significativo na massa muscular do indivíduo.

5. CONCLUSÃO

Com a realização dessa investigação observamos que, o uso de EA por indivíduos tanto do sexo masculino quanto feminino, na faixa etária dos 30 anos vem crescendo cada vez mais, buscando hipertrofia e emagrecimento de uma forma rápida para chegar ao tão sonhado “corpo perfeito”, mesmo que para isso, se pague um preço alto em relação à saúde.

Apesar de existir uma fiscalização para a venda de EA, a investigação mostrou que os sujeitos não obtiveram dificuldade para consegui-los, independentemente da origem dos produtos. Além disso, evidenciaram-se diversos efeitos colaterais ligados a utilização de EA como, por exemplo, pressão alta, alterações de sono e da libido, agressividade, dentre outros.

Ademais, acrescenta-se que a estética tem se destacado como o principal fator motivacional para a utilização indiscriminada de EA, seguido do ganho de força. Adverte-se assim, que a fiscalização na distribuição de EA necessita de ainda mais rigor, uma vez que facilmente tem sido administrado por usuários despreparados e que dificilmente demonstram-se preocupados com os possíveis efeitos colaterais, sejam esses já existentes ou não.

Embora a maior parte dos investigados, incluindo homens e mulheres, estarem cursando ou já terem concluído o ensino superior, demonstraram pouca preocupação com sua saúde, mesmo tendo consciência dos efeitos colaterais ligados ao uso contínuo de EA.

A pesquisa demonstrou ainda que o fator econômico não á algo capaz de impedir a manipulação e consumo de EA.

Desse modo, a investigação obteve o seu objetivo esperado que era identificar um perfil motivacional para o uso de EA, podendo servir assim para alertar os usuários desses produtos sobre os efeitos colaterais de seu uso, bem como ressaltar a relevância da necessidade de procura de profissionais qualificados para auxiliá-los quando da necessidade de sua utilização.

REFERÊNCIAS

AYRES, M.; AYRES JÚNIOR, M.; AYRES, D. L. E SANTOS, A. A. BIOESTAT – Aplicações estatísticas nas áreas das Ciências Bio-Médicas. Mamirauá. Belém, PA. 364 p, 2007.

AZEVEDO, A. P.; FERREIRA, A. C.; SILVA, P. P.; CAMINHA, I. O.; FREITAS, C. M. Dismorfia muscular: A busca pelo corpo hiper musculoso Motricidade, v. 8, n. 1, p. 53-66, 2012.

BARQUILHA, G. Uma análise da incidência de efeitos colaterais em usuários de esteroides anabolizantes praticantes de musculação da cidade de Bauru. Revista Brasileira de prescrição e fisiologia do exercício. v. 3. n. 14, p. 146-153, 2009.

CUNHA, L. F. B.; SILVA, M. H.; LIMA, A. K. B. S.; SOUSA, T. B. C.; LIMA, C. B. Uso progressivo de anabolizantes: abordando efeitos desejados e malefícios causados a jovens e atletas. Temas em saúde. v. 17, n. 2, p. 249-259, 2017.

FRIZON, F.; MACEDO, S.M.D.; YONAMINE, M. Uso de esteróides andrógenos anabólicos por praticantes de atividade física das principais academias de Erechim e Passo Fundo/RS. Rev. Ciênc. Farm. Básica Apl., v. 26, n.3, p. 227-232, 2005.

GERHARDT, T. E.; SILVEIRA, D. T.; Métodos da pesquisa. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009. Disponível em http://www.ufrgs.br/cursopgdr/downloadsSerie/derad005pdf. Acesso em: 05 mar. 2016.

GIBBS, G. Análise de dados qualitativos. Porto Alegre: Bookman: Artmed, 2009.

GUÉRIOS, A. M. Documentação e quantificação dos esteróides enabólicos androgênicos mais utilizados por fisiculturistas homens da Região de Curitiba. Curso de Especialização em Treinamento de Força e Hipertrofia, Setor de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Paraná. 36f, 2014.

IRIAT, J. A. B.; ANDRADE, T. M. Musculação, uso de esteroides anabolizantes e percepção de risco entre jovens fisiculturistas de um bairro popular de Salvador, Bahia, Brasil. Caderno de Saúde publica, v.18, n.5,p.27,2002.

MACEDO, F. F.; YONAMINE, M. Uso de esteróides andrógenos anabólicos por praticantes de atividade física das principais academias de Erechim e Passo Fundo/RS. Revista de Ciências Farmacêuticas Básica e Aplicada. v. 26, n. 3, p. 227-232, 2005.

MARCONDES, F. K.; MOURA, M. J. C. S.; CUNHA, N. S.; CUNHA T. S.; Esteróides androgênicos e sua relação com a prática desportiva, 2004. Disponível em: http://www.scielo.br/. Acesso em: 01 ago. 2017.

MORESI, E. (Org.) Metologia da pesquisa. Universidade Católica de Brasília. Brasília: Distrito Federal, 2003.

NETO, A. P. S; ACIOLE, E. H. P. Consequências do uso indiscriminado de esteroides anabolizantes à saúde humana. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 10, Vol. 06, pp. 113-124 Outubro de 2018.

OVIEDO, E. A. A. As Consequências do uso indevido dos esteroides anabolizantes androgênicos nas esferas civil, penal e administrativa: conhecer, prevenir, fiscalizar e punir. Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Faculdade de Direito da Universidade de Brasília. 58f, 2013.

PATRÍCIO, A. C. S. O uso de esteroides anabolizantes por mulheres praticantes de musculação. Trabalho de Conclusão de Curso (TCC – Bacharelado). Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo. 30f, 2012.

PAZ, M. M. Uso de esteroides anabólicos nas academias da cidade de Queimadas – PB. Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Universidade Estadual da Paraíba, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, 24p, 2014.

PEREIRA JÚNIOR, R. M.; OLIVEIRA, V. S.; BRITO, P. G.; BAGANHA, R. J. Anabolizantes e consumo de anabolizantes em praticantes de musculação. ENAF Science. v. 03, nº 2. P. 48-51, 2008.

SILVA, I. B. B. A satisfação com a imagem corporal de indivíduos praticantes de musculação em uma academia na cidade de Lauro Muller-SC. Trabalho de Conclusão de Curso (TCC – Bacharelado). Faculdade de Educação Física. UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE – UNESC: Santa Catarina. 47f. 2013.

SILVA, P. D. Consumo Alimentar dos Praticantes de Musculação no Pré e Pós-Treino. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 06, Vol. 06, pp. 108-122, Junho de 2018.

SOUSA, S.; RODRIGUES, W. R. H.; SILVA, R. A.; ZANUTO, E. C. PERFIL DE USUÁRIOS DE ESTEROIDES ANABOLIZANTES NO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE PRUDENTE-SP. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo. v. 11. n. 63. p.383-389. Maio/Jun. 2017.

[1] Graduado em Educação Física pela Universidade Federal do Pará, Campus Castanhal – UFPA.

[2] Mestre em Teoria e Pesquisa do Comportamento. Docente da Universidade do Estado do Pará – UEPA, Belém (PA), Brasil.

[3] Mestre em Enfermagem. Universidade do Estado do Pará.

[4] Doutora em Psicanálise: Pesquisadora do Centro de Pesquisa e Estudos Avançados- CEPA (São Paulo).

[5] Doutora em Ciência: Desenvolvimento Sócioambiental. Docente e Pesquisadora do Núcleo de Autos Estudos Amazônicos da Universidade Federal do Pará – NAEA/UFPA.

[6] Doutora em Doenças Tropicais. Docente e Pesquisadora da Universidade Federal do Amapá, AP. Pesquisadora colaboradora do Núcleo de Medicina Tropical da UFPA (NMT-UFPA).

[7] Doutor em Teoria e Pesquisa do Comportamento. Docente e Pesquisador do Instituto Federal do Amapá – IFAP.

[8] Doutora em Educação. Docente e Pesquisadora do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Pará – ICS/UFPA. Dra. em Doenças Tropicais. Docente e Pesquisadora da Universidade Federal do Amapá, AP. Pesquisadora colaboradora do Núcleo de Medicina Tropical da UFPA (NMT-UFPA).

[9] Mestre em Biodinâmica e Movimento Humano. Docente e Pesquisadora na Universidade Federal do Pará (UFPA), Campus Castanhal.

[10] Doutor em Doenças Tropicais. Docente e Pesquisador do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Pará – ICB/UFPA.

Enviado: Fevereiro, 2019.

Aprovado: Março, 2019.

4.9/5 - (12 votes)
Carla Dendasck

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pesquisar por categoria…
Este anúncio ajuda a manter a Educação gratuita