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Desenvolvimento da motricidade humana nas aulas de Educação Física como estratégias pedagógicas

RC: 66254
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/educacao-fisica/desenvolvimento-da-motricidade

CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

CAMARGO, Vinicius Silva de [1], VARA, Maria de Fátima Fernandes [2]

CAMARGO, Vinicius Silva de. VARA, Maria de Fátima Fernandes. Desenvolvimento da motricidade humana nas aulas de Educação Física como estratégias pedagógicas. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 11, Vol. 08, pp. 131-148. Novembro de 2020. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao-fisica/desenvolvimento-da-motricidade, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/educacao-fisica/desenvolvimento-da-motricidade

RESUMO

O presente estudo tem por objetivo propor o Desenvolvimento da Motricidade Humana como estratégia pedagógica para qualificar as aulas de educação física. O aporte teórico que será utilizado nesta pesquisa, com metodologia bibliográfica, é composto por renomados autores que abordam o tema Motricidade Humana, dentre os quais destacamos: Kolyniak (2008), Sérgio (2003, 2012), Feitosa (1993) e  também sobre os fundamentos da didática em sala de aula, tais como: Melo e Urbanet (2012). Constatou-se no decorrer da pesquisa que a Educação Física tradicional está calcada no paradigma cartesiano/newtoniano, voltada para um viés tecnicista, sendo assim, a nova ciência do homem, a “Ciência da Motricidade Humana” é apontada como um meio para transformar este panorama atual da referida disciplina curricular, através de uma visão nova de homem e de sociedade. Deste modo, este estudo justifica-se pela necessidade de embasamento teórico-científico dos aspectos que norteiam a Ciência da Motricidade Humana, para que se constate uma melhora na conduta motora, psicológica e social das crianças e dos jovens no processo ensino aprendizagem, abandonando desta forma o dualismo antropológico e cartesiano para adotar um paradigma da complexidade.

Palavras-chave: Educação Motora, Motricidade Humana, Educação Física, Estratégia Pedagógica.

1. INTRODUÇÃO

Observa-se, atualmente, mudanças no perfil dos estudantes, decorrente da grande diversidade que existe no corpo discente das escolas e da influência das ferramentas tecnológicas (celulares/tablets) no cotidiano das aulas práticas de educação física, onde constatamos que grande parte dos estudantes que frequentam as séries finais do ensino fundamental demonstram não sentirem prazer e interesse em participar das atividades físicas, optando muitas vezes por ficarem conectados nas redes sociais ou qualquer outro tipo de entretenimento virtual, transformando, desta forma, essas aulas em um momento de total falta de objetividade e comprometimento com o componente curricular.

A partir disso, entende-se que pesquisar a Motricidade nas aulas de Educação Física surge de uma necessidade urgente de se buscar fontes teóricas confiáveis que embasem novas metodologias de ensino dos diferentes conteúdos da disciplina de Educação Física, pois, atualmente, essa importante disciplina passa por uma crise de cunho pedagógico e uma crescente desvalorização por parte do corpo discente e até mesmo do corpo docente, já que nota-se, não raras vezes, uma certa marginalização da educação física e dos profissionais dessa área, conforme afirma Feitosa (1993).

Assim, este estudo justifica-se pela necessidade de embasamento teórico-científico dos aspectos que norteiam a Ciência da Motricidade Humana para que se constate uma melhora na conduta motora, psicológica e social das crianças e dos jovens no processo ensino aprendizagem, abandonando desta forma o dualismo antropológico e cartesiano para adotar um paradigma da complexidade visando uma contribuição significativa para a humanização de nossa sociedade. Neste sentido Melo e Urbanetz (2008, p.105) “defendem que a educação tem o propósito de humanizar as novas gerações”, pois “a humanidade nos homens não é dada naturalmente, mas é produzida histórica e socialmente”.

Desse modo, um professor que atua apenas como mero transmissor de conteúdos, desconsiderando a diversidade existente em uma aula de Educação Física certamente provocará efeitos desastrosos na aprendizagem das crianças e jovens e não contribuirá em nada para o processo ensino-aprendizagem da escola e principalmente para a vida dos estudantes, pois, educação de qualidade é aquela que promove o desenvolvimento global do indivíduo em seus aspectos cognitivos, sociais e afetivos contribuindo desta forma para uma educação que vise o desenvolvimento integral do indivíduo.

Diante do exposto, o presente estudo tem como objetivo discutir a relevância da Ciência da Motricidade Humana no desenvolvimento das aulas do ensino fundamental séries finais na disciplina de educação física e investigar se a referida Ciência pode ou não contribuir com a qualificação do processo ensino-aprendizagem e, consequentemente, para o resgate do interesse dos estudantes pelo componente curricular.

A fim de investigar se isso é realmente possível, propomos como problemática de pesquisa a seguinte indagação: A Ciência da Motricidade Humana pode contribuir para uma melhora significativa da qualidade das aulas de Educação Física e com isso colaborar positivamente no processo de ensino aprendizagem de nossos estudantes? O aporte teórico que será utilizado para a tentativa de responder esse questionamento, por meio de pesquisa bibliográfica, é composto por renomados autores que abordam o tema Motricidade Humana, dentre os quais destacamos: Kolyniak (2008), Sérgio (2003, 2012), Feitosa (1993)  e  também sobre os fundamentos da didática em sala de aula, tais como: Melo e Urbanet (2012).

Salientamos que com essa pesquisa visamos contribuir para a revitalização das aulas de Educação Física nos anos finais do Ensino Fundamental, a partir de reflexões acerca de novas práticas pedagógicas, com o intuito de resgatar o prazer de se praticar atividades físicas e, assim, interferir significativamente no processo educacional dos estudantes, rompendo com o paradigma cartesiano racionalista que ao longo dos anos vem influenciando nossa práxis educacional.

2. HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO FÍSICA COMO COMPONENTE CURRICULAR

O nascimento da Educação Física teve sua origem com o homem primitivo, a partir da necessidade de garantir sua subsistência e adaptar-se às condições do meio ambiente. Tolkmitt, 1993 nos esclarece que:

Os homens primitivos, pelas condições de vida a que os obrigava o ambiente físico, pelo perigo a que se expunham constantemente, pela necessidade de se protegerem cada vez melhor, pelas lutas de morte a que se condicionava a sua própria sobrevivência, possuíam excepcionais qualidades físicas.

Segundo Ramos (1982, p.16) “o homem primitivo, tinha sua vida cotidiana assinalada, sobretudo, por duas grandes preocupações – atacar e defender-se”.

Ao longo dos anos, a Educação Física sofreu várias influências em seus métodos de ensino, por meio de diferentes culturas e povos, tais como os Gregos que, segundo Ramos (1982, p.19) viam a atividade física como um: “meio para a formação do espírito e da moral. Platão, filósofo genial, referindo-se à ginástica, afirmava que ela unia aos cuidados do corpo o aperfeiçoamento do pensamento elevado, honesto e justo.”

Segundo Kolyniak (2008), diversos métodos de ensino nortearão a prática da Educação Física, tais como: a Ginástica Calistênica, Método Alemão, o Método Francês, o Método Natural Austríaco, o Método Desportivo Generalizado e o Método Psicocinético.

O método da Ginástica Calistênica foi originado na Suécia e sistematizado por Per Ling (1776-1839), o qual era um nacionalista influenciado pelo contexto político da Europa daquela época. Segundo Kolyniak (2008) este método dava ênfase na execução rítmica e rigorosamente padronizada de movimentos, pois o mesmo centrou-se na preparação de soldados e na manutenção da saúde.

Após a criação do método Calistênico, Kolyniak (2008) cita também o surgimento do Método Alemão, que foi proposto por dois pedagogos alemães influenciados por Rousseau, Johann Bernhard Basedow (1723-1790) e Cristoph Friedrich GutsMuts (1759-1839), entretanto quem popularizou este método após ter feito algumas modificações foi o professor primário alemão Friedrich Ludwig Jahn (1778-1852), que teve como propósito a prática de atividades físicas ao ar livre com a utilização de equipamentos simples, tais como troncos, barras, etc. Cabe destacar que o referido método (Método Jahn) foi originado no mesmo contexto político em que Ling estava inserido.

Kolyniak (2008) relata também o surgimento do terceiro método – o Método Francês – em 1920, na escola militar francesa Joinville-le-Pont. Este método teve como proposta principal o desenvolvimento corporal e a manutenção das funções orgânicas e da aptidão física, com base em conhecimentos anátomo-fisiológicos, o qual também foi originado em um contexto militar.

Para contrapor os métodos anteriormente criados, que davam ênfase a racionalização dos movimentos no processo de produção que, segundo Kolyniak (2008), foram aplicados de forma exacerbada após a Primeira Guerra Mundial, surgiu o Método Natural Austríaco, idealizado pelos biólogos austríacos Gaulhofer e Streicher, na década de 1920, o qual enfatizava  os movimentos naturais, excluindo dessa forma os exercícios que forçavam as articulações e os músculos através da utilização de cargas artificiais ou de movimentos acrobáticos.

Durante a década de 1950, surgiu o Método Desportivo Generalizado, no Instituto Nacional de Esportes na França, o qual influencia até hoje a maioria das atividades propostas pelos professores de Educação Física em suas aulas e até mesmo as propostas pedagógicas de muitas instituições de ensino de nosso país. Esse método foi difundido no Brasil pelo professor Augusto Listello e procura incorporar e valorizar as atividades esportivas como conteúdo privilegiado das aulas de Educação Física. Segundo Kolyniak (2008) a característica principal desse método é a iniciação dos alunos em diferentes esportes, visando a aprendizagem de diferentes habilidades motoras através da prática esportiva prazerosa e com isso quebrando o formalismo dos métodos tradicionais de ginástica.

Kolyniak (2008) cita também o surgimento do Método Psicocinético que tem como base estudos em Psicomotricidade. Foi desenvolvido na França e na Alemanha, tendo destaque em sua sistematização o francês Jean Le Boulch. A Psicocinética tem como objetivo principal enfatizar o movimento efetuado conscientemente através da execução de grande variedade de movimentos em diferentes situações, com e sem material, a fim de evitar a fixação em movimentos já automatizados.

Destacado os principais métodos que influenciaram e influenciam o componente curricular de Educação Física a nível mundial, direcionamos nosso olhar, na próxima seção, aos fatos que marcaram a inclusão da Educação Física como componente do currículo escolar brasileiro.

2.1 EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL

A Educação Física Escolar no Brasil teve a sua inclusão no currículo escolar do Colégio Pedro II, do Rio de Janeiro em 1837, desta forma pode-se considerar que neste ano o referido componente escolar passou a existir oficialmente em nosso país.

Kolyniak (2008) esclarece que somente no ano de 1854 o então ministro Couto Ferraz teve a iniciativa de querer generalizar a Educação Física como prática obrigatória no sistema escolar, com a inclusão da ginástica como matéria obrigatória no ensino primário e a dança no ensino secundário. Foi Rui Barbosa, em 1882, quem recomendou a inserção obrigatória da ginástica para ambos os sexos através de um projeto de reforma do ensino primário, incluindo também a referida obrigatoriedade para os cursos de formação de professores.

Porém, a Educação Física passou a fazer parte de grande parte do sistema escolar brasileiro de maneira efetiva somente a partir de 1930. No período compreendido entre 1837 e 1930, os objetivos fundamentais da ginástica escolar centravam-se em duas preocupações básicas: saúde e eugenia (preocupação com a melhoria da raça), Isso se deu devido ao status político-econômico em que o Brasil estava inserido nesta época – período em que o Brasil havia se tornado politicamente independente de Portugal (Kolyniak, 2008).

A partir de 1930, na então chamada Era Vargas (era da Industrialização do país), Kolyniak (2008) destaca que foram incluídos novos elementos à prática da educação física escolar brasileira, elementos esses que ainda eram influenciados pelo discurso médico-militar, voltando-se para o desenvolvimento da força de trabalho (para responder às demandas da produção industrial) e o cultivo dos valores morais – valores do civismo e do patriotismo. A metodologia de ensino que predominava no período de 1930 a 1945, no ensino brasileiro de Educação Física, foi o método Francês, que já era adotado pelo exército na década de 1920.

Após a Segunda Guerra Mundial houve uma grande valorização do esporte, fato este que repercutiu significativamente na educação física escolar. Com isso na década de 1950, os antigos métodos baseados em inspirações médico-militar foram dando lugar a uma nova filosofia de trabalho que era baseada na esportivização generalizada, que levou o referido componente curricular a uma progressiva identificação com o esporte, Kolyniak (2008).

Kolyniak (2008, p.56) nos relata que a partir de 1969, já com a ditadura militar em pleno andamento em nosso país, “a educação física escolar passou a assumir o esporte como referência fundamental para o desenvolvimento escolar”. Tendo como principal interesse do governo federal a implantação de um projeto educacional caracterizado pelo tecnicismo, com o intuito de retirar do povo a oportunidade do mesmo desenvolver o senso crítico através de reflexões à cerca da realidade política e econômica de nosso país.

O esporte também servia como uma forma de projeção de uma imagem positiva do Brasil em pleno desenvolvimento, no cenário político internacional. Com este objetivo o esporte foi muito valorizado para que os nossos atletas tivessem uma melhora significativa em seus desempenhos nos Jogos Olímpicos e nos jogos Pan-americanos. Kolyniak (2008, p.60) nos esclarece que: “pode-se dizer que, no período de 1969 a 1980, a educação física escolar apoiava-se no valor educativo do esporte, tendo como grande objetivo a melhoria da aptidão física dos alunos e a iniciação esportiva”.

Com o declínio da ditadura militar deu-se início a uma reflexão sobre o significado da educação física como elemento da educação e como área de conhecimento. Neste contexto percebe-se que as tendências atuais da educação física escolar brasileira começaram a se delinear a partir de 1980. Kolyniak (2008, p.64) destaca que “na segunda metade dos anos 1980 a ‘crise da educação física’ manifestou-se, no âmbito escolar”, pois muitos professores de educação física sentiam-se inseguros com os conteúdos e metodologias de ensino que viam aplicando em suas aulas.

Com o início da crise na Educação Física Escolar, houve um movimento de busca de renovação da mesma, com a utilização de teorias críticas da educação, com o foco voltado para as dimensões sócio/históricas e político/ econômicas do fazer pedagógico e suas implicações para a mudança dos objetivos, conteúdos e novas metodologias de ensino.

Segundo Kolyniak (2008), com a intensificação dos esforços voltados para a renovação dos objetivos da educação física, deu-se início a uma nova história para o referido componente curricular com a promulgação da lei nº 9394/1996 (LDBEN), tornando a mesma um componente curricular obrigatório, garantindo a sua legalidade e a sua integração na proposta pedagógica, respeitando as diferentes faixas etárias e peculiaridades da população escolar. Após a promulgação da referida lei (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB), o Ministério da Educação deu início a elaboração dos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental e, em 1997, foram publicados os Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física (PCNEF).

A partir deste momento a Educação Física Escolar brasileira deu um passo muito importante para a sua ressignificação de seus objetivos metodológicos de ensino. Acreditamos que somente através de um embasamento teórico/científico conseguiremos nos fundamentar para que a tão querida educação física escolar brasileira se torne uma prática pedagógica transformadora da nossa realidade social e com isso seja mais respeitada pela comunidade em geral.

Nesse sentido, torna-se um desafio muito grande desenvolvermos uma prática pedagógica na educação física escolar humanizadora e integrada às novas Metodologias de Ensino, que venham a contribuir para o crescimento ético e moral de nossa sociedade, uma vez que sabemos que a disciplina de Educação Física atualmente encontra-se em uma crise de identidade enquanto disciplina escolar, pois não é reconhecida como uma ciência, conforme afirma Feitosa (1993, p. 82):

A Educação Física não é ciência, não possui comunidade científica, e esses são apenas alguns dos grandiosos problemas com que se depara. É a primeira vez que, na história da Educação Física, surge um discurso englobante, que a habilita para um espaço de desenvolvimento científico autônomo e independente. Falta-nos, porém, a competente comunidade científica para a reconhecer e criticar o paradigma que ela personifica. (FEITOSA, 1993, p.82)

A partir disso é que sentimo-nos provocados a pensar em novas possibilidades para o ensino da Educação Física em âmbito escolar, vislumbrando como caminho para isso a ciência da motricidade humana, sobre a qual faremos referência no próximo capítulo.

2.2 CONTRIBUIÇÕES DA CIÊNCIA DA MOTRICIDADE HUMANA PARA UMA NOVA VISÃO PEDAGÓGICA DAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

A Educação Física, tradicional, está inserida em um contexto social/cultural em que prevalece o tecnicismo e o esporte de rendimento (competições), onde se trabalha com um olhar voltado para um viés de rendimento e competitividade exacerbada. Sendo assim a filosofia de trabalho do profissional da Educação Física ficou voltada somente para o desenvolvimento das habilidades motoras básicas e específicas das modalidades esportivas mais praticadas e conhecidas de nossa sociedade, tais como o futsal, voleibol, basquetebol e o handebol.

Desta forma o trabalho do educador físico restringiu-se somente em treinamentos técnicos (Tecnicismo) e principalmente o desenvolvimento das habilidades motoras específicas de cada modalidade esportiva (citadas anteriormente), nas aulas de Educação Física, com essa filosofia de trabalho, fica evidenciada a intenção de se trabalhar somente com os fundamentos técnicos básicos, tais como: passe, domínio, condução, drible, arremessos, jogos pré-desportivos etc..

Feitosa (1993, p.116) nos afirma que:

A Educação Física tradicional afirma-se cultura, mas não se sabe explicar no quadro de uma cultura entendida como criatividade, como invenção, como pesquisa, visto que sobrevive da esmola dos modelos analógicos e do entusiasmo desbordante de muitos dos seus técnicos e não de uma atitude científica, de uma decisão e compromisso científico que a visionem como fenômeno emergente, em evolução, no quadro geral das ciências.

Queremos com esse estudo contribuir positivamente para a construção de novos conhecimentos que venham a dar uma nova visão pedagógica para as aulas de Educação Física, visto que Feitosa (1993, p.32) afirma que “a referida Educação Física não pode continuar a operar platonicamente com dados científicos que lhe chegam de há cinquenta anos atrás”, pois se a mesma quer ser um instrumento de libertação e com isso se justificar como cultura deve procurar mudar o seu paradigma, porque, segundo a referida autora a educação física entra em crise quando entra em crise a visão cartesiana do homem.

A educação física tradicional é fruto do racionalismo antropológico cartesiano, que nos remete a tal dicotomia corpo e mente, donde resulta a educação meramente de um físico, que pressupõe somente um corpo biológico que não pensa e nem tem opinião própria.

Tojal (2004, p. 09) afirma que na cultura brasileira o termo educação física é reducionista, “pois esse termo é reducionista e é compreendido simplesmente como ‘educar o físico’”, visão esta que não representa o que realmente se desenvolve nessa área.

Sérgio (1999) que é o grande precursor da nova Ciência “da Motricidade Humana”, nos dá uma nova visão de homem, pois no paradigma cartesiano/newtoniano este liga-se geralmente a forma técnica, visando somente o resultado obtido muitas vezes através de repetições incansáveis de movimentos, dando a entender que os estudantes que não possuem um perfil que se enquadre no paradigma acima citado (de rendimento) são considerados incapazes ou até mesmo incompetentes.

A Educação Motora que é o ramo pedagógico da Ciência da Motricidade Humana, vem para romper com este viés mecanicista, neste sentido Tojal (2004, p.17) nos esclarece que:

[…] a Motricidade Humana distanciando-se dos conceitos da Educação Física tradicional, que é mecanicista, que pressupões uma visão cartesiana/newtoniana, que separa corpo e mente e preocupa-se mais com o resultado – liga-se geralmente à forma técnica de execução de modelos estereotipados, organizados na composição de tempos e repetições.

Sendo assim a nova Ciência da Motricidade Humana nos permite alterar a visão de homem, pois o mesmo é um ser prático, que depende do seu corpo e utiliza o mesmo para as relações de trabalho e lazer, construindo desta forma sua história através da motricidade.

O homem – segundo o novo paradigma, o paradigma da complexidade –  é um ser em constante evolução, que está em busca de sua transcendência,  transcendência nas palavras de Tojal (2004, p.16) deve ser entendida como como “desejo de ultrapassar, superar ou superar-se, ligado à intencionalidade operante do próprio indivíduo como condutor da sua própria história[…]”.

Em consonância a isso, Sérgio (1995, p. 23) afirma que “o Homem é um apelo à transcendência e, como tal, um ser práxico que na totalidade corpo-alma-natureza-sociedade e pela motricidade procura transcender e transcender-se, visa ao Absoluto”.

Como uma ciência, que se baseia na complexidade, a Motricidade Humana não consegue admitir que o professor seja um mero transmissor de técnicas acabas e prontas, técnicas estas que foram enraizando-se em nossas praticas pedagógicas  (da Educação Física) através da história, citada anteriormente neste artigo,  e com isso enfatizando apenas o fator  disciplinador nas aulas da referida disciplina. A Motricidade Humana não apresenta formulas prontas e inacabadas para a aplicabilidade no contexto escolar, mas acreditamos que a referida Ciência vem para nos ajudar a desbravar novos horizontes para a Educação Física, fato esse que observaremos no próximo capítulo.

2.3 DESENVOLVIMENTO DA MOTRICIDADE HUMANA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA: RECONSTRUINDO AS BOAS PRÁTICAS PEDAGÓGICA

No contexto escolar que nos encontramos neste momento, onde somente a técnica e a competitividade exacerbada tomam conta de nossa prática pedagógica, nos voltamos para a construção de novas metodologias que venham a enriquecer essa área de conhecimento. Nesse sentido, buscamos apoio em Feitosa (1993, p. 148) que salienta “precisamos tratar o problema da robotização do movimento como, talvez, o ponto de partida para a revolução pedagógica”. Com isso queremos deixar claro que não temos a intenção de apresentar receituário pronto e acabado, nem   temos a pretensão de resolver todo o problema da Educação Física Escolar Brasileira, mas contribuir singelamente para uma reconstrução democrática e emancipadora de nossa prática pedagógica, visando uma real “humanização de nossa sociedade”, a qual Freire (1987, p.38) defende:

O que nos parece indiscutível é que, se pretendemos a libertação dos homens, não podemos começar por aliená-los ou mantê-los alienados. A libertação autêntica, que é a humanização em processo, não é uma coisa que se deposita nos homens. Não é uma palavra a mais, oca, mitificante. É práxis, que implica na ação e na reflexão dos homens sobre o mundo para transformá-lo.

A Ciência da Motricidade Humana e sua nova visão de homem nos ajuda a perceber a real necessidade de atualização da escola e suas políticas pedagógicas, no tocante filosofia de trabalho da educação física, pois na atualidade o que se constata é uma forma ultrapassada de se trabalhar esse componente curricular, pois o que se valoriza é somente a performance e a competitividade, herança do paradigma cartesiano/newtoniano.

Com base nas leituras realizadas, queremos salientar a importância de propor uma nova práxis nas aulas de educação física, fato esse que urge devido às transformações que o mundo moderno (sociedade) nos impõe diariamente, de uma forma muito acelerada. Sobre isso Feitosa (1993, p. 155) alerta que “o mundo moderno necessita de uma escola viva, de uma pedagogia sintonizada com a transformação permanente e galopante que caracteriza a sociedade e o homem atuais”.

Com o Desenvolvimento da Motricidade humana como pano de fundo para a realização das aulas de educação física, salientamos que a sua pedagogia deve estar voltada para a descoberta constante de novas possibilidades que visem à libertação do educando, tornando o mesmo como centro do processo educacional, valorizando desta forma a sua história de vida e principalmente a sua individualidade como ser humano.

A partir disso, destaca-se a importância do engajamento do professor em uma nova proposta de trabalho da educação física, proposta essa que está atrelada a uma pedagogia voltada para a inovação de sua metodologia de ensino, pois, segundo Feitosa (1993, p. 156):

Uma pedagogia decorrente da ciência da motricidade humana preconiza o primado da personalização sobre a massificação. Personalização que seria o máximo de expansão individual, atingindo os limites das possibilidades pessoais e, portanto, a diferenciação máxima de cada indivíduo no todo social.

Nesse contexto espera-se do educador físico a sensibilização e a percepção das mudanças no perfil dos educandos e com isso a flexibilização das suas estratégias de trabalho, visando a real conscientização dos mesmos para o desenvolvimento de uma práxis pedagógica, na qual o professor e os alunos – juntos- constroem uma nova realidade social, combatendo, dessa forma, as desigualdades sociais existentes. Em consonância a isso, Feitosa (1993, p. 153) destaca que:

[…] A nossa pedagogia não tem sentido sem uma visão do homem e do mundo. Formula uma concepção científica e humanista que encontra a sua expressão numa práxis diagonal na qual professores e alunos juntos, no ato de analisar uma realidade desumana, a denunciam, anunciado ao mesmo tempo a sua transformação, em nome da libertação do homem […].

Com essa nova proposta de trabalho, queremos que o nosso educando se torne uma pessoa mais livre e produtora da sua própria história, sendo assim salientamos que a Ciência da Motricidade Humana nos permite trabalhar com o movimento livre e consciente, utilizando-se dos esportes, danças, recreação e tantas outras formas diferentes de se desenvolver tais habilidades. O trabalho com base nessa filosofia utiliza-se de uma gama imensa de atividades, as quais visam o desenvolvimento da Motricidade e não apenas com o propósito de desenvolver movimentos robotizados.

Feitosa (1993) salienta que o movimento humano é de fundamental importância, pois através dele o ser humano pode transformar o meio em que vive e produzir cultura. Ela também evidencia que através da ótica da Ciência da Motricidade Humana o movimento humano toma uma proporção muito mais importante do que um simples mecanismo de alavancas corporais ou mudança de lugar (deslocamento), revelando assim uma intencionalidade do ser em movimento.

Em seu estudo sobre as implicações pedagógicas e educacionais da ciência da motricidade humana, Pereira (2005) alerta sobre a importância de desenvolvermos uma prática pedagógica libertadora e humanizadora através da Educação Motora – que é o ramo da Ciência da Motricidade Humana.

Sobre a variedade de situações de aprendizagem propostas através da Motricidade Humana, Feitosa (1993) esclarece que o educando é incitado a imaginar, a inventar e criar novos modos de relação no ambiente físico e humano, liberando a sua personalidade através de sua originalidade, constituindo-se assim um espaço fértil de possibilidades para o surgimento do homem novo, mais humanizado, livre, crítico e consciente e libertador.

Visando aprofundar um pouco mais nosso estudo sobre a Ciência da Motricidade Humana, traremos a seguir os princípios norteadores para prática com os estudantes.

2.4 PRINCÍPIOS NORTEADORES DA PRAXIS EDUCATIVA COM BASE NA MOTRICIDADE HUMANA

Ao pensar em uma práxis embasada na Motricidade Humana faz-se necessário retomar as palavras de Pereira (2006, p.36) que explica “educar pela Motricidade é educar para a criticidade, para a autonomia, para a liberdade e para transcendência, da vida humana”. É isso que almejamos para a prática de educação física escolar. No entanto não temos a intenção de formular um receituário acabado e pronto, pois acreditamos que esta nova ciência está dando os seus primeiros passos para que em um futuro não muito distante possamos vislumbrar novos horizontes para a nossa Educação Física Escolar Brasileira.

Neste sentido elencaremos alguns princípios, desenvolvidos por Feitosa (1993), que devem nortear a práxis educativa com base na referida proposta pedagógica (Motricidade Humana):

– COMPLEXIDADE–CONSCIÊNCIA: “a complexidade é um sinal de consciência tanto ao nível neuro-psico-motor como ao nível das relações sociais que estimulem esta consciência” (FEITOSA, 1993, p.161). O autor justifica esse principio por acreditar que todo ato pedagógico deve oferecer a possibilidade de autoconhecimento, sendo esse o passo fundamental de todo o caminho educacional em busca de mais ser.

– DIÁLOGO: “com a visão da ciência da motricidade humana, o diálogo deverá distinguir a relação do simples contato, possibilitando o encontro verdadeiro, que não exclui o conflito”, uma vez que na linha da complexidade,  o diálogo se configura como “uma fonte clara, inequívoca, de conhecimento e de novos conhecimentos” (FEITOSA, 1993, p.163).

– CRIATIVIDADE: “as condutas motoras só satisfazem verdadeiramente a pessoa, quando a criatividade permite o nascimento do possível, abre acesso à transcendência” (FEITOSA, 1993, p.164), caminho esse pelo qual o individuo se conscientiza de que é sujeito fazedor de histórias e não objeto.

– SOLIDARIEDADE: “do ponto de vista pedagógico é uma palavra-chave para a educação motora porque a totalidade é uma palavra-raiz para a ciência da motricidade humana” (FEITOSA, 1993, p.165).

– CIENTIFICIDADE: O autor sugere que as propostas a serem trabalhadas com o ser humano objetivem o desenvolvimento do ser humano, “através da motricidade, visando uma consciência da importância e do significado do corpo” (FEITOSA, 1993, p.166).

– FORMAÇÃO: Onde a formação se sobreponha à informação, impondo-se, assim, como princípio norteador da ação pedagógica.

– CONFIANÇA-ESPERANÇA: Esse principio é justificado pelo fato que “a esperança liga-se ao ato pedagógico no mesmo momento em que se admite o homem como ser aberto à transcendência e, portanto, projeto” (FEITOSA, 1993, p.169), assim a dupla confiança-esperança se faz necessária porque a confiança é imprescindível no ato de se projetar.

– PRAXIS: Se torna um principio norteador porque “transforma a ação pedagógica exigindo coerência e reflexão rigorosa, o que a tornará mais lúcida e justa. A práxis implica responsabilidade para além da consciência da ação” (FEITOSA, 1993, p.170).

– AMOR: O autor justifica a inclusão do amor como principio norteador do ato pedagógico por acreditar que esse é o mais importante e o maior de todos eles, pois “Amar é colocar o outro como Outro, deixar advir nele o Significante. Assim, é o amor que, na situação analítica torna possível a passagem à sublimação. Ele é ato, então”. E, além disso, enfatiza que “o amor está na origem de todo ato transcendente, seja essa transcendência de si mesmo, dos outros ou do mundo em direção ao absoluto” (FEITOSA, 1993, p.172).

Completo esse eneagrama, que se configura como um símbolo catalisador dos princípios norteadores da ação pedagógica da Ciência da Motricidade Humana,  Feitosa (1993) alerta sobre a necessidade da presença de todos estes princípios norteadores para que se consiga desenvolver uma práxis pedagógica realmente inovadora, motivadora e que venha a agregar novas metodologias de ensino para se trabalhar a imensa gama de condutas motoras existentes nos esportes, lutas, ginástica, atividades recreativas, etc. Ainda, Feitosa (1993, p. 175) esclarece que é de fundamental importância que para o êxito do desenvolvimento desta abordagem pedagógica, “devemos tentar refletir criticamente as possibilidades de transformação e superação desse desporto, que ‘é a técnica aperfeiçoada do rendimento corporal’”.

2.5 METODOLOGIA

O presente estudo consiste em uma pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo aonde foram elaborados resumos de diversas obras literárias, com o objetivo de contribuir de forma simples sem ter a pretensão de esgotar todas as possibilidades de construção do referido conhecimento pesquisado, relativo as práticas pedagógicas tendo como viés o desenvolvimento da Motricidade Humana nas aulas de educação física escolar.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste texto apresentamos quatro tópicos importantes para a estruturação da presente pesquisa. Primeiramente abordamos um breve histórico da Educação Física como componente curricular, com o intuito de elencar as primeiras tendências pedagógicas que surgiram como precursoras do referido componente curricular. O segundo tópico diz respeito à evolução das tendências pedagógicas, mais especificamente no Brasil, destacamos com isso as várias metodologias e tendências que influenciam a nossa pratica pedagógica até os dias de hoje, sempre voltadas para o paradigma cartesiano/newtoniano. Também se percebe que as referidas metodologias estão ultrapassadas, afetando dessa forma o interesse dos educandos pelas práticas corporais. Ao constatar as diversas dificuldades de se motivar os estudantes para a prática das atividades físicas no cotidiano escolar, resolvemos pesquisar novas metodologias que viessem a enriquecer o cotidiano das aulas de educação física, com isso percebemos que a crise do referido componente curricular era mais profunda do que se imaginava.

Com essa constatação resolvemos adentrar em um mundo novo onde abordamos de forma simples, mas séria, a nova Ciência da Motricidade Humana, que tem como precursor o Professor Doutor Manuel Sérgio, onde abordamos no terceiro e quarto tópicos deste artigo as contribuições que a referida ciência nos apresenta para que consigamos alterar o panorama atual em que se encontra a educação física escolar brasileira.

Constatamos que essa abordagem tem muito a acrescentar às nossas práticas pedagógicas cotidianas, pois a mesma é calcada em uma filosofia que realmente liberta e desenvolve o ser humano, ampliando os nossos horizontes através de atividades que venham a contribuir para a construção do homem novo. Sendo uma Ciência nova, que vem para nos sustentar como trabalhadores da Motricidade Humana, procuramos elencar alguns princípios norteadores das práticas pedagógicas em sala de aula, pois a mesma tornou-se um amontoado de técnicas desprovidas de sentido para os nossos educandos.

Estamos cientes que com essa pesquisa não estão encerrados os estudos dessa nova Ciência, por acreditarmos que ela se encontra em uma fase de construção de bases sólidas de conhecimentos, para que em um futuro não muito distante ela consiga despertar uma significativa valorização de nossa profissão. Com isso queremos deixar o nosso convite para os futuros profissionais que queiram contribuir para a continuação das pesquisas nesta área do conhecimento, por acreditarmos que essa nova filosofia de trabalho é o início das mudanças tão sonhadas pela grande maioria dos profissionais da Educação Física escolar Brasileira.

Por fim, salientamos que de forma alguma pretendemos desvalorizar a Educação Física com essa pesquisa, mas sim contribuir para que ela se torne uma área do conhecimento autônoma e independente, adquirindo desta forma novos rumos conceituais. Nossa maior aspiração é chamar a atenção para a Ciência da Motricidade Humana, por acreditarmos que essa abordagem é capaz de revolucionar conceitualmente e cientificamente a Educação Física Escolar,  projetando-a para um novo rumo. Sendo assim somos capazes de deslumbrar um futuro muito promissor para a futura Educação Motora, ramo pedagógico da Ciência da Motricidade Humana.

REFERÊNCIAS

BRASIL, Ministério, da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9.394, de 20 dezembro de 1996. Diário Oficial da União, Brasília, DF, dez.1996.

FEITOSA, Anna Maria. Contribuições de Thomas Khun para uma epistemologia da motricidade humana. Lisboa: Instituto Piaget, 1993.

FREIRE, Paulo, Pedagogia do Oprimido, ed. Rio de janeiro, 1987.

KOLYNIAK, Carol Filho, Educação Física Uma (nova) Introdução, educ – editora da PUC, São Paulo, 2008.

MELLO, A. de.; URBANETZ, S. T. Fundamentos de Didática, 1ª Edição, Curitiba, Ed. Intersaberes, 2012.

PEREIRA, A. M. A Ciência da Motricidade Humana: Implicações Pedagógicas e Educacionais. (Doutoranda na Universidade da Beira Interior – Portugal). Disponível em: www.uel.br/…/CONPEF2005/MESASPALESTRAS/cienciadamotricidade.pdf

RAMOS, Jayr Jordão, Exercícios Físicos na História e na Arte: do homem primitivo aos nossos dias. Ibrasa, São Paulo, 1982.

SÉRGIO, Manuel, Motricidade Humana: Um Paradigma Emergente. Editora da Furb, Blumenau, S.C., 1995.

_________, Um Corte Epistemológico: Da educação física à motricidade Humana, Instituto Piaget, Lisboa Portugal, 1999.

TOJAL, João Batista, Da Educação Física à Motricidade Humana: A Preparação do Profissional, Instituto Piaget, Lisboa Portugal, 2004.

TOLKMITT, Valda Marcelino, Educação Física uma Produção Cultural: Do Processo de Humanização à Robotização! E depois?, Módulo – Editora e Desenvolvimento Educacional Ltda, Curitiba, 1993.

[1] Pós-graduação e graduação em Educação Física.

[2] Orientadora. Graduada em Educação Física (UFPR) e Fisioterapia (UTP). Mestre em Educação (UFPR).

Enviado: Julho, 2020.

Aprovado: Novembro, 2020.

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Vinicius Silva de Camargo

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