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Análise da Produção Científica Sobre Reações Hansênicas e Assistência de Enfermagem

RC: 10058
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CONTEÚDO

LESSA, Jeanne Duarte [1]

LESSA, Jeanne Duarte. Análise Da Produção Científica Sobre Reações Hansênicas e Assistência de Enfermagem. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Edição 06. Ano 02, Vol. 01. pp 72-83, Setembro de 2017. ISSN:2448-0959

RESUMO

A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa causada pelo Mycobacterium Leprae, representando ela um importante problema de saúde pública, devendo a enfermagem está à tenta a tal enfermidade a qual traz consigo a presença de reação hansênica com amplo aspecto de manifestações no curso da doença. Este trabalho teve como objetivo analisar o que se tem de produção científica sobre as possíveis reações hansênicas presentes na hanseníase. O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa com etapas pré-determinadas, onde utilizou-se as seguintes bases de dados SCIELO Scientific Eletronic Libray Online e LILACS Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, sendo selecionados sete estudos com período de 2007 a 2011 para construção da pesquisa. Os resultados evidenciaram 421 publicações sendo 117 encontrados no SCIELO e 304 no LILACS, onde destas verificou-se que 414 não estavam relacionados com a questão norteadora. As análises das publicações evidenciam que as reações são definidas como alteração decorrente do processo imunoinflamatorio que podem se exteriorizar em diferentes períodos da doença. Considera-se que o adoecer de hanseníase abrange aspectos complexos, cabendo o profissional enfermeiro estar atento ao lidar com portadores de hanseníase.

Palavras-Chave: Hanseníase, Reações Hansênicas.

INTRODUÇÃO

A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa causada pelo Mycobacterium Leprae, sendo a mesma de evolução lenta que se manifesta principalmente através de sinais e sintomas dermatoneurológico, representando ainda um importante problema de saúde pública não só pelo número de pessoas acometidas, mas pelas incapacidades que podem vir a ser desenvolvida. Sabe-se que a enfermagem deve está atenta a indivíduos que podem apresentar esta enfermidade a qual traz consigo intercorrências, ou seja, a presença das reações hansênicas no decorrer da doença 1,2.

As reações hansênicas apresentam um amplo aspecto de manifestações clínicas no curso da doença que reflete um fenômeno de hipersensibilidade diante do Mycobacterium Leprae, constituindo desta maneira uma intercorrência com sinais e sintomas que levam mais sofrimento ao indivíduo acometido, a mesma pode ocorrer tanto em pacientes paucibacilares (indeterminada e tuberculoide) quanto em multibacilares (dimorfa e virchowiana), podendo esses quadros reacionais serem classificados em tipo I ou reação reversa, tipo II ou eritema nodoso e a neurite isolada 3.

Tais manifestações ocorrem principalmente na hanseníase multibacilar, especialmente durante as fases reacionais, sendo ela uma consequência decorrente da infiltração e da proliferação direta do bacilo no órgão acometido do indivíduo 4.

Ações de enfermagem são de grande importância, pois a prevenção e controle da doença esta ligada a detecção oportuna, onde o enfermeiro enquanto profissional atuante configura-se peça essencial no combate e controle da hanseníase 5,6.

O momento de encontro entre profissional e cliente tem como finalidade identificar e prestar assistência de acordo com a necessidade do paciente. É através da escuta que podemos ter conhecimento das condições que se fazem presentes na vida do indivíduo, e ao mesmo tempo determina o perfil de saúde e doença, cabendo ao enfermeiro formar um vínculo de confiança e compromisso com o cliente, com o propósito de buscar a melhoria da qualidade de vida por meio de uma abordagem participativa de ambas as partes 5,7.

O retardo no diagnóstico diferencial entre recidiva e reação hansênica acarreta atraso também na conduta, o que irá contrariar o atendimento do paciente, ou seja, acarretando assim um atraso na intervenção de acordo com a necessidade do cliente, sendo essa uma dificuldade existente 3.

O cuidar de portadores de hanseníase exige um amplo conhecimento sobre a patologia, anatomia, fisiologia e como lidar com aspectos que envolvem a doença, pois os indivíduos podem ser surpreendidos por quadros reacionais 3,7.

É de imenso valor ressaltar o acompanhamento dos clientes com reações hansênicas, devendo o profissional estimular a participação do usuário no programa, além de esclarecer sobre vários aspectos da patologia, afim de que os mesmos compreendam as manifestações clínicas que vivenciam, para que possam se sentir seguros no autocuidado de sua saúde 8.

Os indivíduos hansenianos podem ser surpreendidos por episódios reacionais, onde esse fenômeno pode surgir antes, durante ou após o tratamento da hanseníase, por isso assistência de enfermagem torna-se necessária, onde através do diagnóstico precoce, exames dermatoneurologico, prevenção de incapacidades, apoio psicológico e tratamento são ações que o profissional utilizar a favor do controle e redução da enfermidade 3,6.

Visto a importância sobre a assistência de enfermagem ao cliente portador de hanseníase, este estudo teve por objetivo analisar o que se tem de produção científica sobre as possíveis reações hansênicas presentes na hanseníase, relatando que o acompanhamento da hanseníase depende de um conjunto de ações fundamentais para prevenção e controle da doença.

A escolha desse tema se deu por perceber que as reações hansênicas torna-se presente nesta doença infecto-contagiosa, merecendo assim ser realizada uma análise dos estudos encontrados para saber o que os mesmos evidenciam sobre o assunto. Considerando de grande valor prosseguir com este estudo que é de interesse para a saúde publica, pois ela visa o diagnóstico precoce não permitindo que os casos confirmados da doença cheguem a desenvolver incapacidades físicas.

2. METODOLOGIA

Trata-se de um estudo de revisão integrativa com etapas pré-determinadas, ao qual incluem análise de pesquisa como foco sobre a temática estudada, tendo por objetivo analisar o que se tem de produção científica sobre as possíveis reações hansênicas presentes na hanseníase, sendo assim fornecida uma compreensão abrangente da assistência de enfermagem na hanseníase. Para iniciar a revisão foi definido o tema e o objetivo da pesquisa. As palavras-chave utilizadas na pesquisa foram: Hanseníase e Reações Hansênicas. As buscas pelas literaturas ocorreram por meio da internet, onde a consulta foi realizada através das seguintes bases de dados: Scientific Eletronic Libray Online (SCIELO) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), tornado a internet uma importante ferramenta de trabalho. Foram utilizados os seguintes critérios de inclusão: artigos em português com texto completo nas referidas bases de dados (SCIELO e LILACS) com período de publicação de 2007 a 2011, que adotaram uma abordagem de acordo com o objetivo do estudo. Foram excluídos da pesquisa: artigos não acessíveis com texto completo, artigos em inglês e espanhol e aqueles que não abordaram a temática proposta, e os que estavam em período de publicação não estabelecidos. Na busca foram realizadas pesquisas de acordo a temática, sendo também realizada a análise dos artigos encontrados determinando uma pré-seleção deles, onde foi realizada leitura dos temas e resumos, onde dessa forma utilizados para a construção da presente pesquisa.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A busca resultou em 421 publicações, onde foram encontradas 117 no SCIELO e 304 no LILACS. Dessas publicações foram selecionados sete artigos completos que se enquadravam de acordo com a pesquisa, sendo que quatro artigos foram selecionados na base de dados do SCIELO e três na base de dados do LILACS.

Através da primeira análise verificou-se que 414 publicações não estavam relacionadas especificamente com a questão norteadora ou não atendiam aos critérios de inclusão proposto, resultando assim em sete publicações que foram definitivamente utilizadas para a construção do presente estudo.

Foram observados que entre os artigos selecionados os mesmos abordavam diferentes tipos de revisões, dentre elas estudo transversal, estudo caso-controle, estudo retrospectivo, relato de caso e pesquisa descritiva.

A análise dos artigos incluídos na revisão foi iniciada com vista a identificar a temática abordada no estudo, onde após sucessivas leituras dos textos foi possível detectar os diversos enfoques.

Optou-se por aprofundar na análise das publicações que envolviam as reações hansênicas por ser o maior enfoque do estudo.

Em relação ao quantitativo das publicações analisadas a tabela abaixo apresenta o período de publicação e o numero de artigos utilizados.

Tabela 1: Quantitativos selecionados segundo o período de publicação.

Período Número de Trabalhos
2007 1
2008 2
2009 2
2010 1
2011 1
Total 7

 

A maioria das publicações evidenciam que as reações hansênicas são definidas como alteração decorrente do processo imunoinflamatorio mediado por antígenos do Mycobacterium Leprae que estabelecem relação com a carga bacilar e resposta imunológica do hospedeiro, exteriorizando-se manifestações inflamatórias aguda, cutâneas e neurológicas. Podendo elas ocorrer antes, durante ou após o tratamento poliquimioterapico (PQT) 3,9,10,11,12,13.

Observou-se também que em um único artigo consta que tais manifestação são similares as doenças reumáticas, onde as diversas queixas clínicas podem se assemelhar a outras enfermidades, tornando assim um desafio o diagnóstico nos primeiros meses e anos em que ocorrer a enfermidade 4.

Os episódios reacionais em hanseníase mantêm-se como um dos grandes desafios para o programa de controle da hanseníase em países endêmicos, como no caso do Brasil. De acordo com duas publicações relatam que aproximadamente cerca de 25% a 30% das pessoas acometidas pela doença tem reações ou dano neural em algum momento 10,11.

Estados reacionais quando ocorre antes do diagnóstico e do tratamento são beneficiados, visto que tal fato incentiva a busca pela solução do problema, aqueles que manifestam as reações durante o tratamento são assistidos e o diagnóstico da reação e tratamento são mais acessíveis, já no caso em que ocorre após a alta pode ser limitado por uma série de fatores com entraves no acesso, deficiência na investigação de clientes com essas possíveis reações, educação em saúde deficiente, pois as práticas educativas sobre os estados reacionais devem ser inseridas no contexto para o controle da endemia e a incompreensão do próprio clientes sobre as informações passadas pelo profissional 10.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabeleceu critérios clínicos e laboratoriais constituídos pela baciloscopia e histopatologia, sendo essa técnica indicada apenas aos doentes e suspeitos de acordo com as normas do Ministério da Saúde (MS), sendo esses marcadores imuno laboratoriais importantes para diferenciar reação hansênica de hanseníase clínica e/ou recidiva 12.

De acordo com analise realizada nos artigos, as publicações documentam que os estados reacionais podem surgir tanto durante o tratamento como também no primeiro ano após a alta, já as reações tardias que são classificadas como recidiva podem ocorrer após três ou cinco anos da alta, ondes os indivíduos que sofrem de episódios reacionais após alta demostram ter mais possibilidades de serem retratados em virtude de suspeita de recidiva 3,9,13.

Os bacilos podem permanecer relativamente protegidos da ação imunocelular e da terapêutica, onde em condições propícias voltam a proliferar, podendo assim ser um reflexo do comportamento imunológico do individuo, o que reforça que o próprio tratamento da hanseníase pode ser um fator precipitante para o surgimento, estimulando a reatividade inflamatória 3,13.

Através dos estudos analisados pode-se identificar uma variação dos indivíduos acometidos pelos estados reacionais, o qual mostra que o sexo masculino é mais propício a ser acometido, apresentando as seguintes faixas etárias: de 20 à 40, 30 à 44 e 30 à 59 anos, onde a maior proporção de homens com reações podem ser uma característica da doença, demostrando desta maneira a necessidade de um acompanhamento mais cuidadoso desses pacientes por apresentarem maior propensão 3,12.

As reações hansênicas são divididas em três tipos, reação reversa, eritema nodoso e neurite isolada.

Os estados reacionais podem corresponder a exacerbação da imunidade celular ou demostra efeitos de acentuada formação de imunocomplexos denominados por reação hansênicas tipo 1 e tipo 2 10.

Segundo Brandão10 em torno de 25% de todos os pacientes com hanseníase podem ter reação tipo 1, sendo mais frequente nos multibacilares (dimorfa e virchowiana), já no caso de reação tipo 2 a frequência varia podendo chegar a 50% nos multibacilares.

Algumas publicações indicam que nas reações tipo 1 ou reação reversa (indica aumento da imunidade celular) é observado a reativação das lesões que torna-se edemaciadas, eritematosas, brilhantes e podem evoluir com descamação de toda a lesão associada a hipercromia residual ou levar a ulceração das mesmas 9,10.

As reações tipo 2 ou eritema nodoso (exacerbação da imunidade humoral) é um evento mediado por imunocomplexos, podendo haver aumento transitório da imunidade celular, a mesma é caracterizada por aparecimento súbito de nódulos inflamatórios, dérmicos ou subcutâneos, eritematoso, com calor local, móveis á palpação e frequentemente doloroso, podendo ainda surgir comprometimento de nervos, lesões oculares, edema inflamatório de mãos e pés e eritema nodoso graves como ulceração ou acometimento de órgãos internos e reação necrotizante da pele 9,10.

A também a existência de uma terceira classificação dos estados reacionais, sendo ela a neurite isolada que é denominada como o aparecimento de dor espontânea ou a compressão de troncos nervosos periféricos acompanhados ou não de edema localizado e de comprometimento da função neurológico, no entanto tem a possibilidade da neurite se desenvolver sem a presença de dor o que caracteriza como neurite silenciosa, mais pode ocorre alteração de sensibilidade e/ou força motora 3,10,13.

Na assistência prestada aos estados reacionais são incluídas a programação de medicamentos.

É de extrema importância o profissional diferenciar o estado reacional de um caso de recidiva, onde para as reações o cliente deverá receber tratamento anti-reacional, sendo assim indicado segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) o uso de corticoides no tratamento da reação reversa e a talidomida para tratamento de eritema nodoso, já nos casos de recidiva reiniciar o esquema da poliquimioterapia (PQT), sabendo-se que o esquema de tratamento para os paucibacilares (pessoas com poucos bacilos e que não transmite a doença) é de seis meses e dos multibacilares (pessoas com muitos bacilos e considerados a principal fonte de infecção) é de doze meses 3,11.

Uma das publicações indica que a organização da assistência aos estados reacionais são vinculadas as ações de controle da hanseníase, ou seja, a aquisição e distribuição de medicamento anti-reacionais como prednisona e a talidomida são responsabilidade do Ministério da Saúde (MS) e das Secretarias de Saúde, no entanto o dimensionamento de pacientes em uso de tais medicações e responsabilidade em uso de tais medicamentos é responsabilidade dos serviços de saúde 10.

A prednisona usada em dose elevada ou por tempo prolongado pode acarretar aumento da pressão arterial, aumento da taxa glicêmica e glaucoma. E a talidomida que é outra medicação para quadro reacional pode causar dependência e sonolência devendo ter controle e guarda da medicação devido à mesma ser teratogênica 11.

Entre as publicações analisadas uma destaca que o tratamento precoce e adequado dos episódios reacionais reduz em até 60% o dano neural, tornando importante a experiência do profissional de saúde quanto à identificação, diagnóstico e tratamento desses episódios que terão impacto na prevenção de incapacidades físicas 11.

Enquanto enfermeiro o mesmo devera realizar orientações de prevenção de deformidade, ou seja, alertar o cliente que apresenta mãos e pés com alteração de sensibilidade que podem facilitar o surgimento de úlceras que com o tempo podem vir a infeccionar e transforma-se em deformidades, sendo assim função do profissional aconselhar ao uso de luvas e calçados adequados para prevenir essas complicações, visto também importante indicar o uso de hidratantes e óleo mineral no caso de diminuição da função sudorípara e sebácea que ocorre com o dano neural 11.

O enfermeiro tem como atribuição a realização de atividades de educação em saúde e detecção precoce de casos novos, visando diminuir a falta de conhecimento sobre a doença, o número de pessoas sem tratamento e a ocorrência de sequelas, aumentando dessa maneira o conhecimento da população acerca do assunto e instrumentalizando-os á descoberta de casos novos 10,11.

O profissional deve permitir que o cliente exteriorize seus anseios e expectativas, possibilitando desta forma que o mesmo compreenda a vivência da pessoa acometida, devendo o profissional acompanhar o doente ou referenciá-lo a outro nível de atenção em saúde que tenha condições de resolutividade dos seus problemas 11.

Evidencias tem demonstrado que a família exerce um importante papel na vida desses indivíduos, sendo assim um aspecto de extremo valor para superação da doença, representando a família um apoio necessário no momento de fragilidade emocional trazida pelo estigma da doença 11.

É importante ressaltar que nem sempre a hanseníase é diagnosticada precocemente em função do conhecimento insuficiente dos profissionais acerca da doença, onde antes de iniciar o exame físico é de extrema importância realizar a anamnese para conhecer informações sobre sinais e sintomas dermatoneurológico da doença 11.

De acordo com Brandão10 A Organização Mundial da Saúde refere que a qualidade dos serviços de saúde que prestam assistência à hanseníase estar baseada no treinamento do pessoal de qualquer nível de atenção à saúde destes indivíduos, já o Ministério da Saúde refere que as ações de controle da hanseníase devem ser executadas na atenção primaria, e os estados reacionais devem ser acompanhados por profissionais com maior experiência ou por unidades de maior complexidade.

Pode-se relatar que as ações desenvolvidas por esse profissional no combate contra a hanseníase e suas manifestações estar relacionada a promoção, prevenção e reabilitação, que contribuem para a recuperação e reinserção social dos acometidos pela doença, tornando assim de tal forma todos esses atos essenciais para o controle, redução e eliminação desta enfermidade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Identifica-se que o adoecer de hanseníase abrange aspectos complexos, onde as pessoas que são acometidas por esta enfermidade estão sujeitas a sofrerem de quadros reacionais que podem surgir antes, durante ou após o tratamento da doença, sendo estes estados justificados pela resposta do sistema imunológico ao agente etiológico presente no organismo do indivíduo, acarretando manifestações que podem ocasionar problemas ao mesmo, ou seja, constituindo intercorrências que levam sofrimento e sequelas muitas vezes mais expressivas que as esperadas na hanseníase sem quadro reacional. Vale ressaltar que a epidemiologia para a enfermagem é um importante instrumento facilitador do estudo das doenças de agravos à saúde da população. Torna-se desta forma importante que enquanto profissional da saúde os mesmos tenham experiência e subsídios que facilitem a identificação, diagnóstico e tratamento desses episódios, cabendo ao profissional enfermeiro realizar orientações ao cliente acerca da patologia e acompanhá-lo, possibilitando compreender a interferência do estado reacional na vida de tais indivíduos acometidos, relatando desta maneira a importância das ações desenvolvidas pelo enfermeiro que deverá estar atento ao lidar com portadores de hanseníase e na questão do aparecimento de reações hansênicas.

REFERÊNCIAS

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5-LANZA FM, LANA FCF. O processo de trabalho em hanseníase: tecnologias e atuação de equipe de saúde da família. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2011;(20):238-46. (acesso em: 15/02/2016). Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/tce/v20nspe/v20nspea30.pdf.

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7-FREITAS CASL,; SILVA NETO AV,; XIMENES NETO FRG,; ALBUQUERQUE IMAN, CUNHA ICKO. Consulta de enfermagem ao portador de hanseníase no Território da Estratégia da Saúde da Família: percepções de enfermeiro e pacientes. Rer Bras Enferm. Brasília; 2008; 61(esp): 757-63. (acesso em: 06/03/2016). Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reben/v61nspe/a17v61esp.pdf.

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[1] Enfermeira

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