REVISTACIENTIFICAMULTIDISCIPLINARNUCLEODOCONHECIMENTO

Revista Científica Multidisciplinar

Pesquisar nos:
Filter by Categorias
Administração
Administração Naval
Agronomia
Arquitetura
Arte
Biologia
Ciência da Computação
Ciência da Religião
Ciências Aeronáuticas
Ciências Sociais
Comunicação
Contabilidade
Educação
Educação Física
Engenharia Agrícola
Engenharia Ambiental
Engenharia Civil
Engenharia da Computação
Engenharia de Produção
Engenharia Elétrica
Engenharia Mecânica
Engenharia Química
Ética
Filosofia
Física
Gastronomia
Geografia
História
Lei
Letras
Literatura
Marketing
Matemática
Meio Ambiente
Meteorologia
Nutrição
Odontologia
Pedagogia
Psicologia
Química
Saúde
Sem categoria
Sociologia
Tecnologia
Teologia
Turismo
Veterinária
Zootecnia
Pesquisar por:
Selecionar todos
Autores
Palavras-Chave
Comentários
Anexos / Arquivos

O papel da interleucina 15 (IL-15) durante o processo inflamatório: características funcionais e estruturais e suas implicações na regulação da resposta imune

RC: 127986
526
5/5 - (10 votes)
DOI: ESTE ARTIGO AINDA NÃO POSSUI DOI
SOLICITAR AGORA!

CONTEÚDO

ARTIGO DE REVISÃO

FERREIRA, Rafael André [1], VELLOSO, Ricardo Viana [2]

FERREIRA, Rafael André. VELLOSO, Ricardo Viana. O papel da interleucina 15 (IL-15) durante o processo inflamatório: características funcionais e estruturais e suas implicações na regulação da resposta imune. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano. 07, Ed. 09, Vol. 06, pp. 43-58. Setembro de 2022. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/papel-da-interleucina

RESUMO 

IL-15 foi identificada em 1994 por dois grupos de pesquisa distintos, quando chamou a atenção pela sua capacidade de mimetizar os efeitos de IL-2 em ensaios que estimulavam a proliferação de células T IL-2-dependentes (CTLL2) na presença de anticorpos anti-IL-2. Em um experimento paralelo, cientistas da Immunex Corporation (Seattle, WA) fizeram a purificação de uma citocina de 14-15 kDa do sobrenadante de uma linhagem de células epiteliais de rim de macaco (CV-1/EBNA) por cromatografia seguida de sequenciamento. A esta citocina foi dado o nome de IL-15. Essa citocina compartilhava muitas propriedades biológicas de IL-2), como por exemplo, o fato de IL-15 possuir 4-α-hélices, e também compartilhar com IL-2 a cadeia  do seu receptor (IL-2R-  e a cadeia gama comum (Уc), que fazem parte do seu receptor heterotrimérico, além da subunidade de seu receptor que lhe é específica, a IL-15Rα.  Conhecer o papel da interleucina 15 (IL-15) durante o processo inflamatório, bem como suas características funcionais e estruturais e suas implicações na regulação da resposta imune é de grande importância para compreender a funcionalidade e complexibilidade do sistema imune inato e adaptativo. Em sua estrutura IL-15 possui 2 pontes de dissulfeto nas posições 42Cys-88Cys e nas posições 35Cys-85Cys e fortes seções helicoidais nas regiões 1-17, 18-57, 65-78 e 94-112 que, por sua vez, possibilitam a formação das 4-α-hélices. IL-15 se liga e desencadeia a sinalização através das cadeias β e У de seu receptor, que possuem afinidade intermediária pela citocina, participando tanto da ligação com IL-15, quanto da própria transdução de sinal. O presente artigo tem como objetivo discutir sobre o papel da Interleucina-15 (IL-15) durante a resposta inflamatória. Os dados relatados foram obtidos por meio de revisões da literatura durante um período compreendido entre o primeiro semestre de 2020 e primeiro semestre de 2022, por meio de pesquisa em livros e revistas científicas, e em sites de busca: www.scielo.com.br e www.pubmed.com.br. Assim, conclui-se que a interleucina-15 (IL-15) é uma citocina pró-inflamatória produzida principalmente por monócitos e macrófagos em resposta a agentes infecciosos, desempenhando importante papel modulador na imunidade inata e adaptativa.

Palavras-chave: Interleucina-15, Resposta inflamatória, Imunidade.

1. INTRODUÇÃO

O presente artigo tem como objetivo discutir sobre o papel da Interleucina-15 (IL-15) durante a resposta inflamatória. Interleucina-15 (IL-15) é uma citocina pleiotrópica pertencente à família das citocinas de 4-α-hélices que age principalmente durante a resposta inflamatória, atuando no aumento da proliferação de células NK e TCD8+ de memória, e inibindo a apoptose de vários tipos celulares (BUDAGIAN et al., 2006). A esta família de citocinas pertencem, também, as citocinas IL-2, IL-3, IL-4, IL-6, IL-7 e IL-21, bem como fatores de crescimento como: fator estimulador de colônia de granulócitos/macrófagos (GM-CSF), fator estimulador de colônia de granulócitos (G-CSF), eritropoietina e hormônios clássicos como fator de crescimento humano e prolactina (BAZAN, 1990).

IL-15 tem um papel importante na proliferação, sobrevivência e diferenciação de muitos tipos diferentes de células. IL-15 foi identificada em 1994 por dois grupos de pesquisa distintos, quando chamou a atenção pela sua capacidade de mimetizar os efeitos de IL-2 em ensaios que estimulavam a proliferação de células T IL-2-dependentes (CTLL2) na presença de anticorpos anti-IL-2 (BURTON et al., 1994; GRABSTEIN et al., 1994).

No primeiro estudo, pesquisadores do National Institutes of Health demonstraram que uma linhagem de células T leucêmicas, denominada HuT-102, secretava uma linfocina de 14 kDa que era capaz de estimular a proliferação de células T e ativação de linfócitos granulares. Assim, essa linfocina foi chamada IL-T (BURTON et al., 1994). Em um experimento paralelo, cientistas da Immunex Corporation (SEATTLE, WA) fizeram a purificação de uma citocina de 14-15 kDa do sobrenadante de uma linhagem de células epiteliais de rim de macaco (CV-1/EBNA) por cromatrografia seguida de sequenciamento. A esta citocina foi dado o nome de IL-15. Essa citocina compartilhava muitas propriedades biológicas de IL-2 (GRABSTEIN et al., 1994), como por exemplo, o fato de IL-15 possuir 4-α-hélices, e também compartilhar com IL-2 a cadeia  do seu receptor (IL-2R-  e a cadeia gama comum (Уc), que fazem parte do seu receptor heterotrimérico, além da subunidade de seu receptor que lhe é específica, a IL-15Rα (GIRI et al., 1994). A subunidade cadeia gama comum (Уc) também é compartilhada por outras citocinas como IL-7, IL-9 e IL-21, que também possuem uma subunidade específica em seu receptor que garante uma ligação de alta afinidade e/ou sinalização downstream (LEONARD et al., 1995). IL-15 atua na modulação de uma resposta imune adaptativa seletiva (LODOLCE et al., 1998) e exerce um papel fundamental no desenvolvimento de distintas populações de células imunes, como as células NK, por exemplo (BECKNELL et al., 2005).

2. CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS DA IL-15 E PRINCIPAIS ACHADOS CIENTÍFICOS QUE MARCARAM SUA DESCOBERTA HISTÓRICA 

Em sua estrutura IL-15 possui 2 pontes de dissulfeto nas posições 42Cys-88Cys e nas posições 35Cys-85Cys e fortes seções helicoidais nas regiões 1-17, 18-57, 65-78 e 94-112 que, por sua vez, possibilitam a formação das 4-α-hélices (GRABSTEIN et al., 1994; PETTIT et al., 1997).  Na sua extremidade C-terminal, IL-15 possui, também, dois potenciais sítios para N-glicosilação (KURYS et al., 2000).  Através de um splicing alternativo que geram 2 mRNAs distintos, há a formação de duas isoformas de IL-15, que se diferenciam apenas no tamanho do seu peptídeo sinal (NISHIMURA et al., 2000; PRINZ et al., 1998), onde um dos transcritos, que possui um longo peptídeo sinal de 48-aa, é denominado IL-15LSP (do inglês “long signal peptide”) (GRABSTEIN et al., 1994), e outro transcrito que possui um curto peptídeo sinal de  21-aa é denominado IL-15SSP (do inglês “short signal peptide”)  (MEAZZA et al., 1996; NISHIMURA et al., 2000). Estas duas isoformas de IL-15 apresentam diferentes padrões de distribuição intracelular, tráfego, secreção e localização endossomal, o que remete para o importante papel do peptídeo sinal nos diversos mecanismos de controle da produção de IL-15 (MEAZZA et al., 1996; NISHIMURA et al., 2000; KURYS et al., 2000; PERENO et al., 2000).

Um fato importante é que IL15SSP, ao contrário de IL15LSP não é secretada, em vez disso, esta isoforma é estocada no citoplasma (KURYS et al., 2000; GAGGERO et al., 1999; PERENO et al., 2000). As duas isoformas de IL-15 também apresentam localização nuclear, podendo ser observado uma clara localização de IL-15 e seu receptor de alta afinidade, IL-15Rα, na membrana nuclear e núcleo (PERENO et al., 2000).

Diferentemente de outras citocinas, como IL-2 por exemplo, o mRNA de IL-15, que codifica uma proteína madura de aproximadamente 114 aminoácidos (Grabstein et al., 1994), é expresso constitutivamente por uma variedade de tipos celulares e tecidos, incluindo monócitos/macrófagos, células dendríticas, queratinócitos  e células da epiderme, fibroblastos  e células epiteliais de várias origens, células nervosas, rim, placenta, pulmão, coração e musculo esquelético (GRABSTEIN et al., 1994; MUSSO et al., 1999; DOHERTY et al., 1996; MATTEI et al., 2001; RÜCKERT et al., 2000; RAPPL et al., 2001; SATOH et al., 1998; SHINOZAKI et al., 2002; QUINN et al., 1995; RÜCKERT et al., 2009).

Existe um fino controle da produção de IL-15 ocorre, em parte, pela presença de vários sítios e iniciação (AUG) localizados na região não codificadora 5’ UTR, sendo no total 12 AUGs em humanos e 5 AUGs em camundongos. Experimentos que visavam elucidar a importância da presença desses AUGs no controle da expressão de IL-15 mostraram que a retirada de cada um desses códons antes do códon de início aumentava cerca de 10 a 15 vezes a produção de IL-15 (BAMFORD et al., 1996).

A cadeia α do receptor de IL-15 (IL-15Rα) é uma proteína transmembrana tipo I (ANDERSON et al., 1995; GIRI et al., 1995). A ligação de IL-15 com seu receptor específico (IL-15Rα) ocorre independente da presença das subunidades β e Уc (GIRI et al., 1995). Essa cadeia específica do receptor de IL-15 possui um curto domínio citoplasmático e uma região extracelular rica em prolina e treonina, que é um domínio responsável pela interação com IL-15 denominado domínio Sushi (GIRI et al., 1995).  Os domínios Sushi são domínios que, também, contém 4 cisteínas que formam 2 pontes de dissulfeto ligadas por padrão 1-3 e 2-4, que também são encontrados em várias proteínas envolvidas na via do complemento e na cascata de coagulação. Esse domínio é essencial para interação do receptor com IL-15 (PERKINS et al., 1988; WEI et al., 2001).

IL-15Rα contém apenas 1 domínio Sushi, porém IL-15 possui dois sítios de ligação para IL-15Rα, onde ocorre uma ampla rede de interações iônicas entre IL-15 e IL-15Rα (GIRI et al., 1995). Semelhantemente a IL-15, o mRNA de IL-15Rα é expresso em uma variedade de tipos celulares imunes e não imunes, como por exemplo: células T, células B, do cérebro, do intestino, do fígado, do músculo esquelético, do pulmão, do coração e do rim (GIRI et al., 1995; ANDERSON et al., 1995; WALDMANN et al., 1999; FEHNIGER et al., 2001; TEJMAN-YARDEN et al., 2005; SCHLUNS et al., 2004).

3. SINALIZAÇÃO CELULAR MEDIADA POR IL-15

IL-15 se liga e desencadeia a sinalização através das cadeias β e У de seu receptor, que possuem afinidade intermediária pela citocina, participando tanto da ligação com IL-15, quanto da própria transdução de sinal. Estas cadeias não possuem atividade enzimática sendo, desta forma, a própria ligação com a citocina que causa a sua oligomerização. Todavia a sinalização por meio destas subunidades necessita de recrutamento de quinases no domínio citoplasmático destas moléculas (COSMAN et al., 1993). A sinalização mediada por IL-15 em linfócitos  T resulta na ativação de Janus quinase (JAK) (que tem papel crítico na sinalização de diversos membros da superfamília de receptores de citocinas), culminando na ativação da proteína transdutora de sinal e ativadora de transcrição (STAT) (JOHNSTON et al., 1995; LEONARD et al., 2001). Assim que ocorre a interação do receptor com seu ligante, as JAKs associadas são colocadas próximas, porém em oposição, permitindo a sua fosforilação cruzada e consequente ativação. A cadeia β recruta JAK1 e a cadeia Уc recruta JAK3.

Dessa forma, é possível ocorrer a fosforilação e ativação de STAT3 e STAT5, respectivamente (JOHNSTON et al., 1995).  Existem resíduos específicos de tirosina nos domínios citoplasmáticos das subunidades β e Уc que também se fosforilam e são utilizados como sítios de encaixe para STAT (GAFFEN et al., 1998). Dessa forma, as proteínas STAT recrutadas são fosforiladas por JAK ativadas. As STATs fosforiladas em suas tirosinas formam homo e heterodímeros  que se translocam para o núcleo afim de se ligar em seus elementos regulatórios no  DNA alvo e ativar a expressão gênica (LEONARD et al., 2001).

Tem sido demonstrado que  a via de sinalização por IL-15 é capaz e ativar fatores de transcrição como NF-kB e AP-1 e, também, ativar a proteína c-myc (ZHU et al.,1994; MCDONALD et al., 1998). Existem estudos que demonstram a existência de uma outra  via, com receptor alternativo,  em mastócitos mediada por IL-15, denominado IL-15RX,  e que não exige a participação das cadeias β ou Уc, também culminando na ativação de JAK2/STAT5 e Tyk2/STAT6 (TAGAYA et al.,1996; MASUDA et al., 2001; MASUDA et al., 2000). Além das células T e NK, a sinalização mediada por IL-15 é capaz de afetar outros tipos celulares (OHTEKI et al., 2001; OHTEKI et al., 1998; VAN BELLE et al., 2005; LODOLCE et al., 1998; BECKNELL et al., 2005; MA et al., 2006), como por exemplo: neutrófilos e eosinófilos, estimulando a produção de IL-8 (MCDONALD et al., 1998; CASSATELLA et al., 2000; MUSSO et al., 1999; GIRARD et al., 1996; GIRARD et al., 1998; PELLETIER et al., 2002; BOUCHARD et al., 2004; HOONTRAKOON et al., 2002; OTTONELLO et al., 2002; WATSON et al., 1998); desenvolvimento e a proliferação de mastócitos (Galli et al., 2005) e macrófagos (D’AGOSTINO et al., 2004; MAEURER et al., 2000); em células dendriticas durante a infecção por Listeria monocytogeneses (MATTEI et al., 2001; DUBOIS et al., 2005; LIU et al., 2000).

IL-15 estimula a formação de células tipo osteoclastos em cultura de medula de osso de camundongo in vitro (OGATA et al., 1999). Também foi demonstrado que células endoteliais do cordão umbilical humano (HUVEC) e células endoteliais das microvilosidades intestinais humanas (HIMEC) expressam mRNA de IL-15Rα e lL-15, onde IL-15 estimulou angiogênese in vivo e in vitro (NILSEN et al., 1998; YANG et al., 2002; ANGIOLILLO et al., 1997). IL-15 é altamente expressa no músculo esquelético a nível de mRNA possuindo efeitos anabolizantes musculares in vitro, assim como outro fator de crescimento potente tipo insulina, o IGF-1 (QUINN et al., 1995). IL-15 e todas as três subunidades do IL-15R são amplamente expressas no sistema nervoso central de camundongos e humanos, incluindo o córtex frontal e parietal, hipocampo, medula espinhal, tálamo e cerebelo (HANISCH et al., 1997; KUROWSKA et al., 2002).

Apesar de existirem diversos trabalhos que elucidam a via de sinalização mediada por IL-15 e de seu papel estimulatório no sistema imune, poucos trabalhos investigam o papel da IL-15 intracelular durante a infecção por diversos patógenos. A maioria dos trabalhos publicados envolvem a quantificação da IL-15 secretada em soro de pacientes acometidos com algum tipo de infecção, mostrando, na maioria das vezes, um aumento acentuado nos seus níveis.

A interleucina 15 possui várias características que a difere das outras citocinas, e apesar de compartilhar alguma semelhança estrutural com IL-2, como, por exemplo, o fato de possuir 4-α-hélices, IL-15 não tem sua expressão restrita a apenas células do sistema imune, mas também pode ser encontrada em vários tipos celulares, onde exerce o principal papel de indução da proliferação e inibição de apoptose. A expressão de IL-15 foi relacionada a  infecção por diferentes patógenos, como por exemplo: por Mycobacterium leprae (MAEURER et al., 1999), Cryptococcus neoformans (MODY et al., 1998), Leishmania infantum (MILANO et al., 2002), C. parapsilosis (NÉMETH et al., 2014), vírus HHV-6, HSV, EBV, vírus sincitial respiratório, vírus da estomatite vesiculosa, vírus da gripe, reovírus e vírus Sendai (FLAMAND et al., 1996) Candida albicans, Escherichia coli e Staphylococcus aureus (TRAN et al., 2003).

4. O RECEPTOR DE IL-15 E SUA IMPORTÂNCIA BIOLÓGICA NA SINALIZAÇÃO DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA

 IL-15Rα, componente de alta afinidade, normalmente presente em seu receptor e, que é produzido em maior quantidade comparado a IL-15, possa também existir tanto na forma ligada à membrana quanto na forma solúvel, que é liberada da membrana por clivagem proteolítica. Esse lançamento da forma solúvel de IL-15Rα (sIL-15Rα) difere muito entre situações fisiológicas e patológicas, afetando as propriedades de sinalização de IL-15 em diversos aspectos (BUDAGIAN et al., 2004). Foi demonstrando que em camundongos, a geração da forma de solúvel de IL-15Rα é mediada pela enzima conversora do TNF (BUDAGIAN et al., 2004; MORTIER et al., 2004) e que presença de sIL-15Rα em fluidos biológicos pode afetar negativamente a disponibilidade de IL-15 livre por competição pela preferência de IL-15 junto ao seu receptor cognato que permanece ligado à membrana.

Outro ponto importante é que a habilidade de sIL-15Rα em formar complexos com IL-15 pode causar dificuldade de detecção de IL-15 livre em soro ou sobrenadante de cultura celular, uma vez que IL-15 possui dois sítios de ligação para IL-15Rα em regiões denominados domínos Sushi (BULFONE-PAUS et al., 2006; BUDAGIAN et al., 2006; MORTIER et al., 2004; NOWELL et al., 2003). Além do mais, trabalhos realizados in vivo mostraram que a administração de sIL-15Rα em cultura de células NK induziu a inibição da proliferação das células e das respostas de células T antígeno-específicas, mostrando que esta forma solúvel de IL-15Rα age de forma a dificultar a interação de IL-15 secretada com seu receptor (NGUYEN et al., 2002).

5. DADOS RETROSPECTIVOS DE ENSAIOS UTILIZADOS PARA DETECÇÃO DE IL-15 EM DIFERENTES ORGANISMOS E AMOSTRAS BIOLÓGICAS 

Alguns trabalhos mostraram a tentativa da detecção da presença de IL-15 por meio das mais diversas técnicas. Apesar de muitos autores terem conseguido detectar a banda correspondente a massa molecular da IL-15 no tamanho esperado de 15 kDa, boa parte deles utilizou IL-15 recombinante em variados sistemas de expressão (EICKHOFF et al., 2011; VIJAY et al., 2015). Assim, a maioria dos trabalhos que envolve a quantificação de IL-15 utiliza técnicas como PCR em tempo real, imunohistoquímica e ELISA, que, no momento, é o padrão ouro para quantificação de citocinas, e muitos deles estão citados neste trabalho. Porém, alguns autores documentaram as mesmas dificuldades que encontramos durante o ensaio de western blotting.

Saeed e colaboradores (2001) avaliaram a produção e distribuição de IL-15 em amostras da interface de tecido de articulações que haviam apresentado rejeição à implantes. Além de reconhecer múltiplas bandas, sendo a maioria, com massa molecular entre 63-65 kDa, o anticorpo anti-IL-15 também reconhecia bandas de 13kDa, por isso foi sugerido que essas múltiplas bandas poderiam ser correspondentes a IL-15 em diferentes fases de processamento, denominadas pré-pro-IL-15, cujo processamento seria similar ao da insulina. Após tratamento enzimático, que utilizou N-glicopeptidase F, foi possível observar bandas menores, inclusive de 13kDa. Por outro lado, Escudero-Hernández e colaboradores (2017) analisaram a presença de IL-15 em amostras de tecido de duodeno de pacientes portadores da doença celíaca, utilizando um anticorpo anti-IL-15 monoclonal.

Assim, foi possível detectar a presença de múltiplas bandas, inclusiva aquela que correspondia ao peso de 15 kDa. Porém, quando utilizado um anticorpo anti-15Rα, também era possível detectar essas mesmas múltiplas bandas, cujas massas variavam entre 40-56kDa. Sendo assim, foram indicadas sendo resultado da formação de um complexo composto por IL-15 e a cadeia alfa de alta afinidade que compõe o seu receptor. Em relação a muitas citocinas, inclusive IL-15, já havia sido reportada a sua capacidade de serem N-glicosiladas ou formar oligômeros (BALKNILL, 1996). Por outro lado, Ouyang e colaboradores (2013) apontam o fato de que, no ambiente citoplasmático, IL-15 interage fortemente com a cadeia alfa de alta afinidade de seu receptor, o que age como uma chaperona, lhe conferindo maior estabilidade e meia-vida (DUITMAN et al., 2008).

6. CONCLUSÃO

A IL-15 é reconhecida como uma citocina com potentes efeitos de sobrevivência e imunomodulação nas células dos sistemas imunitários inatos e adaptativos que desempenham um papel central nos mecanismos de defesa contra agentes patogênicos. Embora a IL-15 partilhe o complexo de sinalização βγ e algumas funções com a IL-2, a IL-15 não induz muitas das toxicidades provocadas pela IL-2. A capacidade da IL-15 em ativar e expandir células NK, células NKT, a memória efetora de CD8+ e linfócitos T, faz da IL-15 um excelente adjuvante de citocinas a ser incorporado em estratégias de vacinação contra doenças infecciosas para melhorar a sua eficácia ou para usar como uma modalidade imunoterapêutica para tratar doenças ou infecções. Ao contrário das respostas imunitárias protetoras que defendem o hospedeiro contra agentes infecciosos, a IL-15 também está implicada no desenvolvimento de várias doenças autoimunes e inflamatórias crónicas, por exemplo, que necessitam serem abordadas em revisões futuras.

REFERÊNCIAS

ANDERSON D.M. et al. Chromosomal assignment and genomic structure of IL-15. (1995). Genomics. 25:701-706.

ANGIOLILLO A.L. et al. Interleukin-15 promotes angiogenesis in vivo. (1997). Biochem Biophys Res Commun. 233:231-237.

BALKWILL F. (1996). Cytokine: A practical approach. Oxford: IRL Press.

BAMFORD R. N. et al. Interleukin (IL) 15/IL-T production by the adult T-cell leukemia cell line HuT-102 is associated with a human T-cell lymphotrophic virus type I region /IL-15 fusion message that lacks many upstream AUGs that normally attenuates IL-15 mRNA translation. (1996). Proc Natl Acad Sci, USA. 93:2897–2902.

BAZAN J.F. Haemopoietic receptors and helical cytokines. (1990). Immunol Today. 11:350-354.

BAZAN J.F. Structural design and molecular evolution of a cytokine receptor superfamily. (1990). Proc Natl Acad Sci, USA. 87:6934–6938.

BECKNELL B., CALIGIURI M.A. Interleukin-2, interleukin-15, and their roles in human natural killer cells. (2005). Adv Immunol. 86:209–39.

BOUCHARD A., RATTHÉ C., GIRARD D. Interleukin-15 delays human neutrophil apoptosis by intracellular events and not via extracellular factors: role of Mcl-1 and decreased activity of caspase-3 and caspase-8. (2004). J Leukoc Biol. 75:893–900.

BUDAGIAN V. et al.  (2006). IL-15/IL-15 receptor biology: a guided tour through an expanding universe. Cytokine & Growth Factor Reviews. 17(4):259–280.

BUDAGIAN V. et al. Natural soluble interleukin-15Ralpha is generated by cleavage that involves the tumor necrosis factor-alpha-converting enzyme (TACE/ADAM17). (2004). J Biol Chem. 279:40368–75.

BULFONE-PAUS S. et al. (1997). Differential regulation of human T lymphoblasts functions by IL-2 and IL-15. Cytokine. 9:507–13.

BURTON J.D., et al. (1994). A lymphokine, provisionally designated interleukin T and produced by a human adult T-cell leukemia line, stimulates T-cell proliferation and the induction of lymphokine-activated killer cells. Proc Natl Acad Sci, USA. 91:4935–9.

CASSATELLA M.A., MCDONALD P.P. (2000). Interleukin-15 and its impact on neutrophil function. Curr Opin Hematol. 7:174–7.

COSMAN D. (1993). The hematopoietin receptor superfamily. Cytokine. 5:95–106.

D’AGOSTINO P. et al. (2004). Interleukin-15, as interferon-gamma, induces the killing of Leishmania infantum in phorbol-myristate-acetate-activated macrophages increasing interleukin-12. Scand J Immunol. 60:609–14.

DOHERTY T.M. SEDER R.A. SHER A. (1996). Induction and regulation of IL-15 expression in murine macrophages. J Immunol. 156:735-741.

DUBOIS S., et al. (1999). Natural splicing of exon 2 of human interleukin-15 receptor alpha-chain mRNA results in a shortened form with a distinct pattern of expression. J Biol Chem. 274:26978-26984.

DUBOIS S.P., WALDMANN T.A., MULLER J. (2005).  Survival adjustment of mature dendritic cells by IL-15. Proc Natl Acad Sci USA. 102:8662–7.

DUITMAN E. H. et al. (2008). How a cytokine is chaperoned through the secretory pathway by complexing with its own receptor: lessons from interleukin-15 (IL-15)/IL-15 receptor alpha. Mol Cell Biol. 28:4851–4861.

EICKHOFF C.S. et al. (2011). Co-administration of a plasmid DNA encoding IL-15 improves long-term protection of a genetic vaccine against Trypanosoma cruziPLoS Negl Trop Dis. 5(3): e983.

ESCUDERO-HERNÁNDEZ C. et al. (2017). Association of the IL-15 and IL-15Rα genes with celiac disease. Cytokine. 99:73-79.

FEHNIGER T.A., CALIGIURI M.A. (2001). Interleukin 15: biology and relevance to human disease. Blood. 97:14–32.

FLAMAND L., STEFANESCU I., MENEZES J. (1996). Human Herpesvirus-6 enhances natural killer cell cytotoxicity via IL-15. J. Clin. Invest. 97(6): 1373-1381.

GAFFEN S.L., GOLDSMITH M.A., GREENE W.C. (1998). Interleukin-2 and the interleukin- 2 receptor. San Diego: Proc Natl Acad Sci, USA. 15;89(6):2165-9.

GAGGERO A. et al. (1999). Differential intracellular trafficking, secretion and endosomal localization of two IL-15 isoforms. Eur J Immunol. 29:1265–74.

GIRI J.G. et al. (1994). Utilization of the beta and gamma chains of the IL-2 receptor by the novel cytokine IL-15. EMBO J. 13: 2822-2830.

GIRARD D., BOIANI N., BEAULIEU A.D. (1998). Human neutrophils express the interleukin-15 receptor alpha chain (IL-15Ralpha) but not the IL-9Ralpha component. Clin Immunol Immunopathol. 88: 232-240.

GIRARD D. et al.  (1996). Differential effects of interleukin-15 (IL-15) and IL-2 on human neutrophils: modulation of phagocytosis, cytoskeleton rearrangement, gene expression, and apoptosis by IL-15. Blood. 88: 3176-3184.

GRABSTEIN K.H. et al. (1994). Cloning of a T cell growth factor that interacts with the beta chain of the interleukin-2 receptor. Science. 264: 965–8.

HANISCH U-K. et al. (1997). Mouse brain microglia express interleukin-15 and its multimeric receptor complex functionally coupled to Janus kinase activity. J Biol Chem. 272:28853–60.

HOONTRAKOON R. et al. (2002). Interleukin-15 inhibits spontaneous apoptosis in human eosinophils via autocrine production of granulocyte macrophage-colony stimulating factor and nuclear factor-kappaB activation. Am J Respir Cell Mol Biol. 26:404–12.

JOHNSTON J.A. et al. (1995). Tyrosine phosphorylation and activation of STAT5, STAT3, and Janus kinases by interleukins 2 and 15. Proc Natl Acad Sci, USA. 92:8705–9.

KUROWSKA M. et al. (2002). Expression of IL-15 and IL-15 receptor isoforms in select structures of human fetal brain. Ann N Y Acad Sci. 966:441–5.

KURYS G. et al.  (2000).  The long signal peptide isoform and its alternative processing direct the intracellular trafficking of interleukin-15. J Biol Chem. 275:30653–9.

LEONARD W.J. (2001). Role of JAK kinases and STATs in cytokine signal transduction. Int J Hematol.  73:271–7.

LEONARD W.J., SHORES E.W., LOVE P.E. (1995). Role of the common cytokine receptor gamma chain in cytokine signaling and lymphoid development. Immunol Rev. 148:97-114.

LIU T. et al. (2000). Differences in interleukin-12 and -15 production by dendritic cells at the early stage of Listeria monocytogenes infection between BALB/c and C57 BL/6 mice. Cell Immunol. 202:31–40.

LODOLCE J.P. et al. (1998) IL-15 receptor maintains lymphoid homeostasis by supporting lymphocyte homing and proliferation. Immunity. 9:669-676.

OTTONELLO L. et al. (2002). Differential regulation of spontaneous and immune complex-induced neutrophil apoptosis by proinflammatory cytokines. Role of oxidants, Bax and caspase-3. J Leukoc Biol. 72:125–32.

MAEURER M. et al.  (1999). Interleukin-15 in mycobacterial infection of antigen-presenting cells. Scand. J. Immunol. 50: 280-288.

MAEURER M.J. et al. (2000). Interleukin-7 or interleukin-15 enhances survival of Mycobacterium tuberculosis-infected mice. Infect Immun. 68:2962–70.

MASUDA A. et al. (2000). Interleukin-15 induces rapid tyrosine-phosphorylation of STAT6 and the expression of interleukin-4 in mouse mast cells. J Biol Chem. 275:29331- 29337.

MASUDA A. et al. (2001).  Interleukin-15 prevents mouse mast cell apoptosis through STAT6- mediated Bcl-xL expression. J Biol Chem. 276:26107–13.

MATTEI F. et al. (2001).  IL-15 Is expressed by dendritic cells in response to type IIFN, double-stranded RNA, or lipopolysaccharide and promotes dendritic cell activation. J Immunol. 167:1179–87.

MCDONALD P.P. et al.  (1998). Interleukin-15 (IL-15) induces NF-kappaB activation and IL-8 production in human neutrophils. Blood. 92:4828-4835.

MEAZZA R. et al. (1996).  Identification of a novel interleukin-15 (IL-15) transcript isoform generated by alternative splicing in human small cell lung cancer cell lines. Oncogene. 12:2187–92.

MILANO S. et al. (2002). IL-15 in human visceral leishmaniasis caused by Leishmania infantum. Clin. Exp. Immunol. 127:360-365.

MODY C.H., SPURRELL J.C.L., WOOD C.J. (1998). Interleukin-15 induces antimicrobial activity after release by Cryptococcus neoformans-stimulated monocytes. The Journal of Infectious Diseases. 178: 803-814.

MORTIER E. et al. (2004). Natural, proteolytic release of a soluble form of human IL-15 receptor alpha-chain that behaves as a specific, high affinity IL-15 antagonist. J Immunol. 173: 1681–1688.

MUSSO T. et al. (1999). Human monocytes constitutively express membrane-bound, biologically active, and interferon-gamma-upregulated interleukin-15. Blood. 93:3531- 3539.

NÉMETH T. et al. (2014). Transcriptome profile of the murine macrophage cell response to Candida parapsilosisFungal Genet. Biol.  65:48–56.

NGUYEN K.B. et al. (2002). Coordinated and distinct roles for IFN-alpha beta, IL-12, and IL-15 regulation of NK cell responses to viral infection. J Immunol. 169:4279–87.

NILSEN E.M. et al. (1998). Cytokine profiles of cultured microvascular endothelial cells from the human intestine. Gut. 42:635–42.

NISHIMURA H. et al. (2000). Differential roles of interleukin 15 mRNA isoforms generated by alternative splicing in immune responses in vivo. J Exp Med. 191:157–69.

NOWELL M.A.  et al. (2003). Soluble IL-6 receptor governs IL-6 activity in experimental arthritis: blockade of arthritis severity by soluble glycoprotein 130. J Immunol. 171(6):3202–9.

OGATA Y. et al. (1999). A novel role of IL-15 in the development of osteoclasts: inability to replace its activity with IL-2. J Immunol. 162: 2754–60.

OHTEKI T. et al. (2001). Critical role of IL-15-IL-15R for antigen-presenting cell functions in the innate immune response. Nat Immunol. 2: 1138–1143.

OHTEKI T. et al.  (1998). The transcription factor interferon regulatory factor 1 (IRF-1) is important during the maturation of natural killer 1.1+ T cell receptor-alpha/beta+ (NK1+ T) cells, natural killer cells, and intestinal intraepithelial T cells. J Exp Med. 187:967-972.

OUYANG S. et al. (2013). TNF stimulates nuclear export and secretion of IL-15 by acting on CRM1 and ARF6. PLoS One. 7;8(8):e69356.

PELLETIER M., RATTHÉ C., GIRARD D. (2002).  Mechanisms involved in interleukin-15-induced suppression of human neutrophil apoptosis: role of the anti-apoptotic Mcl-1 protein and several kinases including Janus kinase-2, p38 mitogen-activated protein kinase and extracellular signal-regulated kinases-1/2. FEBS Lett. 532:164–70.

PERENO R. et al. (2000) IL-15/IL-15Ralpha intracellular trafficking in human melanoma cells and signal transduction through the IL-15Ralpha. Oncogene 19: 5153–5162.

PERKINS S.J. et al. (1988). A study of the structure of human complement component factor H by Fourier transform infrared spectroscopy and secondary structure averaging methods. Biochemistry. 27:4004–12.

PETTIT D.K. et al. (1997). Structure-function studies of interleukin 15 using site-specific mutagenesis, polyethylene glycol conjugation, and homology modeling. J Biol Chem. 272:2312-2318.

PRINZ M. et al. (1998) Alternative splicing of mouse IL-15 is due to the use of an internal splice site in exon 5. Brain Res Mol Brain Res. 63:155-162.

QUINN L.S., HAUGK K.L., GRABSTEIN K.H. (1995). Interleukin-15: a novel anabolic cytokine for skeletal muscle. Endocrinology. 136:3669-3672.

RAPPL G., et al. (2001). Dermal fibroblasts sustain proliferation of activated T cells via membrane-bound interleukin-15 upon long-term stimulation with tumor necrosis factor-a. J Invest Dermatol. 116:102–9.

RÜCKERT R. et al. (2000).  Inhibition of keratinocyte apoptosis by IL-15: a newparameter in the pathogenesis of psoriasis? J Immunol. 1 65:2240–50.

RÜCKERT R. et al. (2009). Interleukin-15 stimulates macrophages to activate CD4+ T cells: a role in the pathogenesis of rheumatoid arthritis? Immunology.126 (1):63–73.

SAEED S., REVELL P.A. (2001). Production and distribution of interleukin 15 and its receptors (IL-15Ralpha and IL-R2beta) in the implant interface tissues obtained during revision of failed total joint replacement. Int J Exp Pathol. 82:201–209.

SATOH J. et al. (1998). Interleukin-15, a T-cell growth factor, is expressed in human neural cell lines and tissues. J Neurol Sci. 155:170–7.

SCHLUNS K.S., KLONOWSKI K.D., LEFRANÇÓIS L.  (2004). Transregulation of memory CD8 T-cell proliferation by IL-15Ralpha+ bone marrow-derived cells. Blood; 103:988–94.

SHINOZAKI M. et al., (2002). IL-15, a survival factor for kidney epithelial cells, counteracts apoptosis and inflammation during nephritis. J Clin Invest. 109: 951–60.

TAGAYA Y. et al. (1996). Identification of a novel receptor/signal transduction pathway for IL-15/T in mast cells. EMBO J. 15:4928-4939.

TAGAYA Y., KURYS G., THIES T.A., et al. (1997).  Generation of secretable and nonsecretable interleukin 15 isoforms through alternate usage of signal peptides. Proc Natl Acad Sci U S A. 94:14444-14449.

TEJMAN-YARDEN N. et al. (2005). Renal cells express a functional interleukin-15 receptor. Nephrol Dial Transplant. 20:516–23.

TRAN P. et al. (2003). Host’s innate immune response to fungal and bacterial agents in vitro: up-regulation of interleukin-15 gene expression resulting in enhanced natural killer cell activity. Immunology. 109:263–70.

VAN BELLE T., GROOTEN J. (2005). IL-15 and IL-15Ra in CD4+ T cell immunity. Arch Immunol Ther Exp. 53:115–26.

VIJAY N. et al. (2015). Expression of bovine interleukin 15 and evaluation of its biological activity in vitro. Vet World. 8(3): 295–300.

WALDMANN T.A., TAGAYA Y. (1999). The multifaceted regulation of interleukin-15 expression and the role of this cytokine in NK cell differentiation and host response to intracellular pathogens. Annu Ver Immunol. 17:19-49.

WATSON R.W.G. et al. (1998). The IL- 1b-converting enzyme (caspase-1) inhibits apoptosis of inflammatory neutrophils through activation of IL-1b. J Immunol; 161:957–62.

WEI X. et al. (2001). The Sushi domain of soluble IL-15 receptor alpha is essential for binding IL-15 and inhibiting inflammatory and allogenic responses in vitro and in vivo. J Immunol. 167:277–82.

YANG L., THORNTON S., GROM A.A. (2002). Interleukin-15 inhibits sodium nitroprusside-induces apoptosis of synovial fibroblasts and vascular endothelial cells. Arthritis Rheum. 46:3010–4.

ZHU X. et al. (1994). Interleukin- 2-induced tyrosine phosphorylation of Shc proteins correlates with factor-dependent T cell proliferation. J Biol Chem. 269: 5518–22.

[1] Mestre em Bioquímica e Imunologia, Especialista em Hematologia e Imuno-hematologia, Especialista em Biomedicina Estética, Graduado em Biomedicina, Graduado em Formação Pedagógica para Graduados Não Licenciados – Biologia e Química. ORCID: 0000-0001-7391-7651.

[2] Doutor em Educação, Mestre em Educação. Especialista em Ensino de Língua Portuguesa. Especialista em Direito Civil. Especialista em Psicopedagogia. Licenciado em Letras. Licenciado em Pedagogia. Bacharel em Direito. ORCID: 0000-0001-9563-1451.

Enviado: Junho, 2022.

Aprovado: Setembro, 2022.

5/5 - (10 votes)
Rafael André Ferreira

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

POXA QUE TRISTE!😥

Este Artigo ainda não possui registro DOI, sem ele não podemos calcular as Citações!

SOLICITAR REGISTRO
Pesquisar por categoria…
Este anúncio ajuda a manter a Educação gratuita