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A Importância da Humanização na Assistência de Enfermagem no Centro Cirúrgico: Uma Revisão de Literatura [1]

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CONTEÚDO

ADAMI, Jamille Lopes Gomes [2]

BRASILEIRO, Marislei Espíndula [3]

ADAMI, Jamille Lopes Gomes; BRASILEIRO, Marislei Espíndula. A Importância da Humanização na Assistência de Enfermagem no Centro Cirúrgico: Uma Revisão de Literatura. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Edição 07. Ano 02, Vol. 01. pp 28-43, Outubro de 2017. ISSN:2448-0959

Resumo

Trata-se de estudo descritivo, uma revisão de literatura a partir de uma busca minuciosa da produção científica desenvolvida, com o objetivo de identificar e descrever as ações consideradas humanizadas no Centro Cirúrgico, em relação à prática assistencial da equipe de enfermagem. A coleta de dados foi realizada através do portal BVS, Scielo e Google Acadêmico e resultou em 06 referenciais considerados potencialmente relevantes para esta pesquisa. E de posse do material, procedeu-se então a leitura exploratória e interpretativa. As ações encontradas e destacadas nesta pesquisa envolvem: A forma de abordagem e de tratamento do cliente, Prestar todas as informações necessárias, O respeito à privacidade do mesmo e Valorizar a presença do familiar. A partir disso, foi então evidenciado que atitudes simples, interferem sobremaneira no processo de recuperação do paciente, sendo necessário que os profissionais de enfermagem que atuam neste setor, repensem e reavaliem a forma com que promovem o cuidado.

Palavras-Chave: Humanização, Centro Cirúrgico, Enfermagem.

1. INTRODUÇÃO

A Constituinte de 1988 foi um marco importante na História da Saúde Pública no Brasil, pois representou uma transformação radical ao reconhecer a saúde como um direito social, universal e igualitário e definindo-a como uma obrigação do Estado; e ainda, instituindo o Sistema Único de Saúde (SUS). A partir desse momento, houve uma formulação de um modelo de saúde voltado para as necessidades da população, consolidando a saúde como um dos direitos da cidadania, cujos contornos do novo modelo estão pautados nos princípios da Universalidade, Equidade e Integralidade da assistência (FINKELMAN, 2002).

Entretanto, desde a criação do SUS, a saúde é observada distante de ser um direito fundamental de todos, com uma visível decadência em todos os níveis de assistência dos estados. Acredita-se que tal situação é o reflexo da incapacidade de gestão neste setor pelos sucessivos governos e por sofrer as influências de todo o contexto político-social pelo qual o Brasil passou. Sendo assim, o retrato da saúde pública atual é representado por uma verdadeira crise do sistema, tais como: filas frequentes de pacientes; falta de leitos hospitalares para atender a demanda da população; escassez de recursos financeiros, materiais e humanos para manter os serviços de saúde operando; dentre outros (POLIGNAMO, 2001).

A Humanização no campo da saúde surge na urgência de se encontrar respostas à crise da saúde no Brasil, identificada por muitos como a falência do modelo SUS. Expressada até então, apenas por ações fragmentadas em diversos programas que buscavam a qualidade na atenção ao usuário (BENEVIDES; PASSOS, 2005). Contudo, em 2003, é lançada a Política Nacional de Humanização (PNH) ou HumanizaSUS, como também é conhecido, que busca pôr em prática os princípios do SUS no cotidiano dos serviços de saúde, produzindo mudanças nos modos de gerir e cuidar (BRASIL, 2013).

A PNH está pautada em três princípios: a Transversalidade, a Indissociabilidade entre atenção e gestão e por fim, o Protagonismo, corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos. A primeira entende que a Humanização deve estar inserida em todas as políticas e programas do SUS e transformar as relações de trabalho. A segunda, os trabalhadores e usuários devem buscar conhecer como funciona a gestão dos serviços e como participar ativamente do processo de tomada de decisão nas organizações de saúde. E o último, refere-se à ampliação da autonomia das pessoas envolvidas, que devem compartilhar responsabilidades. Pode-se perceber que para se efetivar a humanização é fundamental que os sujeitos participantes dos processos em saúde se reconheçam como protagonistas e corresponsáveis de suas práticas (BRASIL, 2013).

A humanização, em toda sua complexidade, é uma mudança das estruturas, da forma de trabalhar e também das pessoas. O HumanizaSUS compromete várias dimensões da atenção a saúde: prevenir, cuidar, proteger, tratar, recuperar, promover, enfim, produzir saúde (BRASIL, 2010). A enfermagem como parte da equipe de saúde e como atua através do cuidado, se torna um sujeito envolvido e corresponsável nesse processo. Isso porque a forma como se dá a relação entre profissionais e usuário do setor saúde é extremamente relevante no que diz respeito à humanização da assistência.

No Centro cirúrgico (CC) mais especificamente, a enfermagem fica sobrecarregada de atividades burocráticas e procedimentais, tornando-se muitas vezes mecânica ao prover a assistência. Esquecendo-se de que dialogar; oferecer a mão; e confortar o cliente, apesar de parecer atitudes simples, pode facilitar a realização do procedimento e a recuperação do mesmo. Portanto, surge à necessidade de resgatar a atenção humanística, visando à promoção da saúde e o bem-estar do paciente em sua integralidade, seja no pré, intra ou pós-operatório (BEDIN; RIBEIRO; BARRETO, 2004).

E em relação ao enfermeiro que trabalha no Centro Cirúrgico, esta discussão se torna ainda mais relevante, pois este tem a sua função assistencial desviada quase que totalmente para a gerencial. Isso ocorre porque a administração das instituições de saúde não compreende a importância dele na atenção ao paciente cirúrgico. Com isso, afetando sobremaneira a humanização do cuidado (BEDIN; RIBEIRO; BARRETO, 2004).

Enfim, a atuação da enfermagem no Centro Cirúrgico, um dos locais dentre do seu amplo espectro de atuação, constitui atividades de grande responsabilidade, pois o sucesso dos procedimentos realizados neste ambiente e o pronto reestabelecimento do cliente também depende dela. Isso porque seu trabalho envolve a assistência direta aos pacientes, ou seja, o contato com o ser humano. Logo, humanizar o cuidado ao paciente deveria ser considerado uma redundância, mas infelizmente não é.

Além disso, os avanços tecnológicos e a sobrecarga de atividades fazem com que as práticas dos profissionais de saúde sejam metódicas e as atitudes desumanizadoras. Diante dessa realidade, torna-se relevante a realização desta pesquisa, a fim de contribuir para incorporação de evidências científicas que melhore a assistência de enfermagem prestada ao paciente cirúrgico.

Giron e Berardinelli (2015) em busca da Produção científica da enfermagem de centro cirúrgico fizeram uma Revisão integrativa de Literatura e descobriram que os trabalhos encontrados sobre a humanização neste setor ainda apresentam número significativamente reduzido, ratificando ainda mais a importância da presente pesquisa. As principais temáticas encontradas por eles foram: a assistência e segurança do paciente adulto, o papel de gerência e assistência do enfermeiro, o ensino da disciplina cirúrgica na graduação e os fatores que afetam a saúde da equipe de Centro Cirúrgico.

2. OBJETIVO

Com base no exposto, este estudo tem como objetivo identificar e descrever as ações consideradas humanizadas no Centro Cirúrgico, em relação à prática assistencial da equipe de enfermagem, através da produção científica que aborda o assunto.

2.1 Objetivos Específicos

  • Conhecer o panorama das publicações sobre a temática;
  • Comparar os resultados obtidos com os Manuais da Politica Nacional de Humanização;
  • Incorporar evidências científicas a literatura para uma assistência de enfermagem mais humanizada.

3. METODOLOGIA

Esta pesquisa é uma revisão sistemática de literatura a partir de uma busca minuciosa da produção científica desenvolvida a cerca da Importância da Humanização em Centro Cirúrgico, com foco na atuação do profissional de enfermagem. Trata-se de um estudo descritivo e qualitativo. O primeiro busca descrever e documentar as características encontradas, identificando possíveis relações (GIL, 2010 POLIT; BECK; HUNGLER, 2004). E o segundo, busca captar o fenômeno em questão a partir de alguma perspectiva, seja em uma população ou em documentos, que são ricas fontes de dados (GODOY, 1995).

A coleta de dados foi realizada durante o mês de julho de 2017, através do portal Scielo (Scientific Electronic Library Online), pela BVS (Biblioteca Virtual de Saúde) e pelo Google Acadêmico. Para a extração de dados utilizou-se os seguintes descritores: “Humanização”, “Centro cirúrgico” e “Enfermagem”, sendo que estas palavras-chaves foram cruzadas a fim de obter maior especificidade. No Google acadêmico, foram utilizados filtros: Com a frase exata – “cuidado humanizado” “enfermagem” e “operatório”; e também, Exibir artigos com data entre 2012 a 2017.

Posteriormente, foi realizada uma seleção dos estudos encontrados seguindo estes critérios de inclusão: artigos ou teses publicadas em periódicos indexados nos portais supracitados; disponibilizados na íntegra; no idioma português; que relatam estudos produzidos no Brasil, cuja data de publicação estava entre 2012 e 2017. Dentre os estudos excluídos estavam às resenhas, editoriais, artigos repetidos ou que não foram considerados relevantes para esta pesquisa.

De posse do material bibliográfico, os estudos selecionados foram avaliados, de forma sistemática, realizando uma leitura exploratória e interpretativa, de modo a analisar criteriosamente cada artigo. Após isso, procedeu-se a construção de uma matriz composta das seguintes informações: Título, autor/ano de publicação, tipo de estudo e resultados. A análise de dados teve como finalidade realizar a comparação das informações obtidas com os manuais referentes ao PNH e com o objetivo aqui proposto, sendo em seguida segregadas em uma síntese descritiva, no tópico da discussão.

4. RESULTADOS

A busca nas bases de dados supracitadas a partir dos descritores selecionados e cruzados, a fim de obter informações mais específicas, resultou em 335 estudos, destes 06 foram escolhidos como fonte de dados pela escassez de estudos que abordam o tema em questão. Na Biblioteca virtual de saúde (BVS) foram encontrados 60 trabalhos, sendo 02 considerados relevantes para esta pesquisa, 19 estavam repetidos, 14 estavam na forma de resumo, e 25 foram descartados. Na Scientific Electronic Library Online (Scielo) foram encontrados 02 trabalhos, mas sem relevância. No portal Google Acadêmico foi encontrado 273 estudos e destes somente 04 corresponderam aos critérios de inclusão. Destes 06 referenciais, todos estão no formato de artigo científico.

Os trabalhos selecionados foram:

Tabela 1 – Quadro analítico de artigos considerados potencialmente relevantes para a pesquisa

TÍTULO AUTOR / ANO DE PUBLICAÇÃO TIPO DE ESTUDO RESULTADOS
Concepções de Técnicos de Enfermagem acerca da humanização da assistência em Centro Cirúrgico MENDONÇA et al., 2016 Pesquisa de campo, descritiva e qualitativa Os profissionais trazem concepções sobre o tema humanização, no entanto sinalizam dificuldades para agenciar um cuidado humanizado;

A dinâmica de trabalho no setor implica em falta de tempo para atuar nessa dimensão.

Humanização da assistência de enfermagem no centro cirúrgico: o que pensam os técnicos de enfermagem OLIVEIRA et al., 2014 Pesquisa de campo, qualitativa Os técnicos de enfermagem têm muito a desenvolver a respeito da humanização e ainda haver uma maior orientação ao profissional que presta o cuidado ao paciente.
Humanização da assistência médica e de enfermagem ao paciente no

perioperatório em um hospital universitário

BARBOSA; TERRA; CARVALHO, 2014 Pesquisa descritiva, mediante

o método estatístico

Os resultados revelaram que, no período pré-operatório, dos entrevistados alguns apresentaram sentimentos de medo e outros não receberam nenhuma orientação.

Quanto à assistência prestada, há queixas.

Portanto, há necessidade de melhoria das ações e de atitudes voltadas para a humanização da assistência.

Humanização no centro cirúrgico: a percepção do Técnico de enfermagem OLIVEIRA JUNIOR; MORAES; MARQUES NETO, 2012 Pesquisa qualitativa, descritiva-exploratória Esse grupo de profissionais considera importante a assistência humanizada, porém, na prática profissional, encontra dificuldades na efetiva implementação.
O acolhimento no Centro Cirúrgico na perspectiva do usuário e a Política Nacional de Humanização GIRON; BERARDINELLI; SANTO, 2013 Pesquisa de campo, etnometodológico e exploratório Há necessidade de maior divulgação no ambiente hospitalar e de oferta de cursos à distância para profissionais, no sentido de fortalecer as ações humanizadas no Centro Cirúrgico.
Significado do cuidado para enfermagem de centro cirúrgico SALBEGO et al., 2015 Pesquisa qualitativa, descritiva-exploratória Os participantes valorizam os aspectos psicológicos, sociais e afetivos de pacientes e familiares, expressando também visão holística no que se refere ao cuidado de si e com o outro.

5. DISCUSSÃO

A análise do conteúdo possibilitou conhecer a assistência de enfermagem considerada humanizada que é destinada aos pacientes cirúrgicos, seja no pré, intra ou pós-operatório. A maior parte dos estudos evidenciaram que o desafio de prestar um cuidado humanizado está em assistir o cliente em todas as suas necessidades em um ambiente que favorece e muito, uma atenção mecanizada. Para isso não irá se considerar a competência técnica da equipe de enfermagem, mas os aspectos subjetivos da prática profissional.

As ações encontradas e destacadas nesta pesquisa foram segregadas em: A forma de abordagem e de tratamento do cliente, Prestar todas as informações necessárias, O respeito à privacidade do mesmo e Valorizar a presença do familiar. Sendo que tais ações não incluem somente o agir; uma atividade expressa; um fazer, mas também como o profissional deve se portar ante a uma atenção humanizada.

A Política Nacional de Humanização (PNH) descrita em Brasil (2013, p. 03) “busca pôr em prática os princípios do SUS no cotidiano dos serviços de saúde, transformando modos de gerir e cuidar”. Entretanto, cabe ressaltar também que nesta pesquisa as ações encontradas e discutidas abarcam somente uma vertente, o modo de cuidar, mais especificadamente a forma da enfermagem assistir o paciente cirúrgico, mas sem, é claro, tornar irrelevante a discussão sobre os processos de gestão que cooperam para o mesmo fim.

A primeira forma de atenção humanizada que será aqui discutida envolve a maneira que a equipe de enfermagem aborda e trata o paciente cirúrgico. Sendo encontrada nos seguintes estudos desta pesquisa: (BARBOSA; TERRA; CARVALHO, 2014; GIRON; BERARDINELLI; SANTO, 2013; MENDONÇA et al., 2016; OLIVEIRA et al., 2014; OLIVEIRA JUNIOR; MORAES; MARQUES NETO, 2012; SALBEGO et al., 2015). Em todos eles, a atenção humanizada no contato com o paciente desde a primeira abordagem está relacionada com o acolhimento, com o estabelecimento de vínculo e com a necessidade de que o profissional de enfermagem tenha empatia com aquele em que cuida.

Mendonça et al. (2016) descreve, a partir de seus achados, o cuidado humanizado embasado em uma perspectiva altruísta, considerando-a com algumas atitudes. Dentre elas, se apresentar, tratar o paciente com carinho, com educação e respeito; entender que o ambiente do Centro Cirúrgico é desconhecido, o que pode gerar ansiedade e medo; demonstrar afeto, solidariedade, sensibilidade e compaixão; respeitar a unicidade de cada pessoa; se colocar no lugar de quem cuida, agindo conforme as expectativas que ele mesmo teria; e estabelecer um vínculo. O que pode ser evidenciado a seguir:

No imaginário do paciente, esse setor é dotado de certa obscuridade, onde ele se sente sozinho, amedrontado pela presença dos equipamentos/máquinas desconhecidos, de profissionais utilizando uniformes como gorros e máscaras, o que gera um sentimento de impessoalidade. Soma-se a isso a expectativa de passar por procedimentos que geram tensão e constrangimento (MENDONÇA et al., 2016, p. 2392).

Quando o profissional é capaz de se colocar no lugar do outro, tratá-lo como gostaria de ser tratado, compreendendo-o e agindo segundo as expectativas do próprio sujeito, surge a possibilidade de um encontro de valores e concepções. Essa interação permite que o profissional apreenda os sentimentos e sensações do outro e, a partir daí, escolha a melhor forma de assisti-lo visando atender às suas necessidades (MENDONÇA et al., 2016, p. 2393).

Para Giron, Berardinelli e Santo (2013) a humanização, está na forma de cuidado, de entendimento e do conhecimento prático do profissional que é capaz de compreender as reais necessidades do usuário. Está também, intimamente relacionado com o acolhimento, ou seja, na maneira dos usuários serem bem atendidos no setor. Oliveira Junior, Moraes e Marques Neto (2012) e Salbego et al. (2015) trazem uma percepção semelhante da humanização da assistência de enfermagem, baseado no bem-estar do paciente, na visão integral do mesmo, na postura holística e no acolhimento individualizado, utilizando-se principalmente do diálogo.

Oliveira et al. (2014) destaca que a enfermagem do Centro Cirúrgico precisa se livrar do seu papel puramente técnico e integrar-se no cuidado total daquele paciente, se isso acontecer, a abordagem e tratamento do cliente será, sem dúvidas, humanizado. Isso porque em poucas ocasiões o indivíduo está tão dependente e inseguro. Já para Barbosa, Terra e Carvalho (2014) além do que já fora citado, envolve principalmente a articulação dos avanços tecnológicos com as relações humanas, pois a tecnologia é extremamente relevante para a qualidade da assistência, mas ela não pode substituir o contato humano, o toque e o falar.

Todos os autores citados neste tópico concordam que os serviços não estão preparados para acolher os usuários durante o seu processo de tratamento no setor. Os achados mostram que a forma de abordagem e de tratamento humanizada da enfermagem com o paciente cirúrgico está relacionada com as diretrizes: o acolhimento e a ambiência.

Segundo Brasil (2006) e Brasil (2013), que descrevem a Política Nacional de Humanização, o acolhimento está na recepção do usuário, na escuta, na responsabilização integral do paciente, em permitir que o mesmo expresse seus anseios e em garantir uma atenção resolutiva. Já a ambiência está relacionada com a estrutura física, social, profissional e de relações interpessoais voltadas para a atenção acolhedora, resolutiva e humana, é a atenção dispensada ao usuário, marcados pelo olhar, olfato e audição.

O segundo tópico encontrado nos artigos selecionados abrange a prestação de informações ao paciente, sendo encontradas em: (BARBOSA; TERRA; CARVALHO, 2014; GIRON; BERARDINELLI; SANTO, 2013; MENDONÇA et al., 2016; OLIVEIRA et al., 2014; OLIVEIRA JUNIOR; MORAES; MARQUES NETO, 2012; SALBEGO et al., 2015). Todos os estudos citam a necessidade de esclarecer as dúvidas do paciente cirúrgico para que a assistência seja realmente mais humana, sendo que deve acontecer desde o primeiro contato, ou seja, possui relação com a primeira ação aqui descrita.

Para Mendonça et al. (2016) a forma humanizada de assistência da equipe de enfermagem está no fato do paciente ser ouvido, compreendido e acolhido. Isso porque a ansiedade do paciente, principalmente no pós-operatório imediato, é grandiosa, é o momento de maior dúvida, pois ele encontra-se com alteração do nível de consciência, com seus reflexos diminuídos e com dor. O paciente tem dúvidas sobre o seu estado de saúde e então, nesse momento, a equipe de enfermagem deve oferecer as informações necessárias, de forma clara e objetiva.

Giron, Berardinelli e Santo (2013) relata da importância da oferta de informações para o usuário, mas destaca tal importância, com ênfase, no período pré-operatório, a fim de explicar a permanência no setor e todo o transoperatório, para sanar as suas dúvidas. O que pode acontecer através de uma visita do enfermeiro antes dele chegar ao Centro Cirúrgico ou mesmo quando adentra a unidade. E Oliveira Junior, Moraes e Marques Neto (2012) trouxeram em seus achados que as informações prestadas auxiliam os pacientes à tomada de decisões sobre o seu cuidado. Idem (2012) destacam o cuidado humanizado em trechos relatados pelos sujeitos de sua pesquisa como:

Cuidar, confortá-lo, conversar ou dialogar, explicando cada procedimento realizado (OLIVEIRA JUNIOR; MORAES; MARQUES NETO, 2012).

Tratar-lhe bem, manifestando interesse em seu estado atual, esclarecendo dúvidas e proporcionando-lhe conforto e segurança (OLIVEIRA JUNIOR; MORAES; MARQUES NETO, 2012).

Salbego et al. (2015) diz que minimizar as dúvidas trazidas pelo paciente durante a submissão ao processo cirúrgico deve ser uma preocupação da equipe de enfermagem, sendo a comunicação um instrumento essencial para explicar o procedimento em suas minucias e assim transmitir calma e segurança. Para Oliveira et al. (2014, p. 2) frente a assistência humanizada é preciso “manter um contato prévio, com o indivíduo que será submetido a um procedimento, se torna muito importante, deve-se explicar sobre a cirurgia que será realizada e esclarecer as principais dúvidas”.

Já para Barbosa, Terra e Carvalho (2014) deve haver um preparo prévio através de uma visita pré-operatória de enfermagem com objetivo de explicar tudo que envolve o transoperatório, esclarecer a realização de exames e estar atento as possíveis complicações. Isso propicia calma e tranquilidade, diminuindo, assim, a ansiedade ocasionada por falta de informações.

O enfermeiro deve oferecer informações quanto às normas e rotinas e quanto ao tratamento, acompanhar os pacientes e se mostrar disponível para sanar as dúvidas sempre que necessário, construindo uma relação de confiança e comunicação. Ao realizar a orientação, devem-se levantar as necessidades de conhecimento e esclarecimento dos pacientes, respeitando o nível de instrução de cada um para que a comunicação seja eficaz, e, assim, quanto maior o entendimento menor é o nível de ansiedade nesse período (BARBOSA; TERRA; CARVALHO, 2014).

As informações encontradas acerca da necessidade de esclarecer as dúvidas dos pacientes cirúrgicos puderam ser evidenciadas na Cartilha da Política Nacional de Humanização, Brasil (2006, p. 58) como uma obrigação “As unidades de saúde garantirão que o usuário tenha todas as informações que precise, que ache necessário”. Entretanto, isso também faz parte da PNH como uma diretriz, a Defesa dos direitos do usuário, conforme o Brasil (2013, p. 12) “Todo cidadão tem direito a uma equipe que cuide dele, de ser informado sobre sua saúde e também de decidir sobre compartilhar ou não sua dor e alegria com sua rede social”.

Além de ser uma questão de humanização, é por si só um direito, conforme consta na Portaria nº 1.820, de 13 de agosto de 2009, no Art. 3º, Parágrafo único, Inciso II que dispõe sobre os direitos e deveres dos usuários da saúde:

Art. 3º Toda pessoa tem direito ao tratamento adequado e no tempo certo para resolver o seu problema de saúde.

Parágrafo único. É direito da pessoa ter atendimento adequado, com qualidade, no tempo certo e com garantia de continuidade do tratamento, para isso deve ser assegurado: […]

II – informações sobre o seu estado de saúde, de maneira clara, objetiva, respeitosa, compreensível quanto a:

a) possíveis diagnósticos;
b) diagnósticos confirmados;
c) tipos, justificativas e riscos dos exames solicitados;
d) resultados dos exames realizados;
e) objetivos, riscos e benefícios de procedimentos diagnósticos, cirúrgicos, preventivos ou de tratamento;
f) duração prevista do tratamento proposto;
g) quanto a procedimentos diagnósticos e tratamentos invasivos ou cirúrgicos;
h) a necessidade ou não de anestesia e seu tipo e duração;
i) partes do corpo afetadas pelos procedimentos, instrumental a ser utilizado, efeitos colaterais, riscos ou consequências indesejáveis;
j) duração prevista dos procedimentos e tempo de recuperação;
k) evolução provável do problema de saúde;
l) informações sobre o custo das intervenções das quais a pessoa se beneficiou;
m) outras informações que forem necessárias.

O terceiro tópico está relacionado com o respeito à privacidade do paciente, visto que no ambiente cirúrgico o paciente encontra-se despido de suas vestes e vulnerável. Tais ações foram encontradas em: (GIRON; BERARDINELLI; SANTO, 2013; MENDONÇA et al., 2016; OLIVEIRA et al., 2014). Estes trabalhos destacam esta categoria em seus achados porque acreditam que deve ser parte da prática humanizada da equipe de enfermagem a fim de não expor o paciente a situações constrangedoras.

É importante para o profissional considerar as prioridades do paciente no que tange à sua privacidade, no sentido de colaborar para a realização de ações que garantam ao paciente a proteção de sua privacidade. Entretanto, para além da dimensão de práticas que podem ser realizadas no CC e que contribuem para preservar a intimidade e o pudor do paciente, é essencial destacar o vínculo que a equipe de enfermagem deve estabelecer com a intenção de transmitir segurança. Assim, o paciente sente-se menos incomodado com a necessidade da exposição (MENDONÇA et al., 2016, p. 2393).

Para Giron, Berardinelli e Santo (2013, p. 769) esta categoria está relacionada com o conceito de Ambiência, “que se refere ao espaço físico, como um local que visa o conforto, privacidade e individualidade, dos sujeitos envolvidos, contextualizando elementos do ambiente que interagem com as pessoas”. Portanto, é preciso refletir sobre o processo de trabalho para a promoção de um atendimento humanizado, acolhedor e resolutivo. Para Oliveira et al. (2014) é preciso respeitar o cliente assistido, preservando a intimidade e privacidade do mesmo.

Sobre isso, a PNH descrita em Brasil (2010) e Brasil (2013) traz a privacidade do paciente dentro da diretriz denominada Ambiência. Entretanto, Brasil (2006, p. 7) traz também como um objetivo que deve nortear as ações de Humanização na rede SUS, cuja necessidade é de “adequar os serviços ao ambiente e à cultura dos usuários, respeitando a privacidade e promovendo a ambiência acolhedora e confortável”.

O último tópico encontrado nos estudos que foram alvo da presente pesquisa, foi definida como a Valorização da presença do familiar, encontradas em: (BARBOSA; TERRA; CARVALHO, 2014; OLIVEIRA et al., 2014; OLIVEIRA JUNIOR; MORAES; MARQUES NETO, 2012; SALBEGO et al., 2015). Estes autores destacam que a busca pela humanização não se refere a ações prestadas apenas aos pacientes, mas também aos familiares que possuem os mesmos objetivos de cura e recuperação.

Para Oliveira Junior, Moraes e Marques Neto (2012) é preciso que a equipe de enfermagem compreenda a situação em que o paciente cirúrgico se encontra e que os familiares também estão passando; independente se é no período pré, trans ou pós-operatório, há necessidade de fazer o bem. Barbosa, Terra e Carvalho (2014) traz que o vínculo dos profissionais de enfermagem com os familiares através do cuidado com carinho, amor e respeito são também pré-requisitos para a humanização da assistência.

Oliveira et al. (2014) ressalta que “é necessário incluir os familiares no processo de decisão sobre o seu cuidado, valorizando o diálogo, dando importância às necessidades dos mesmos, respeitar as crenças e valores”. E para Salbego et al. (2015):

[…] consolida-se a família como parte integrante da prática de cuidado, valorizando angústias, dúvidas e expectativas, a fim de desenvolver um cuidado congruente e de qualidade, iniciando desde o período pré-operatório até o pós-operatório, com o apoio da equipe, neste caso em particular, dos técnicos de enfermagem (SALBEGO et al., 2015, p. 49).

Neste contexto de cuidado da enfermagem, a família possui um papel fundamental no processo de cuidar, enquanto referência para o paciente e também para a equipe. Também é preciso reconhecer que, na figura do paciente adoecido, a família assume a condição de sofrimento mútuo e assim, a doença é, de certa maneira, também desta família que se faz presente, apoiando e compartilhando destes momentos (SALBEGO et al., 2015, p. 51).

Brasil (2006) descreve o sujeito a quem deve receber uma atenção humanizada como aquele dotado de uma identidade pessoal, resultado de um processo de produção de subjetividade, que está sempre no coletivo, determinado por muitos vetores e dentre eles, a família. Fonseca e Peniche (2008) destaca a humanização da assistência do paciente sempre ligada à família e por estar sempre presente, a enfermagem tem o dever de intervir para minimizar o sofrimento e dar suporte emocional.

As ações destacadas nesta pesquisa estão relacionadas ao modo de cuidar mais humano, desempenhado pela equipe de enfermagem. Foram denominadas como: a forma de abordagem e de tratamento do cliente; prestar todas as informações necessárias; o respeito à privacidade do mesmo; e valorizar a presença do familiar. Apesar de parecerem atitudes simples, no Centro cirúrgico a rotina faz com que os profissionais se tornem mecânicos e esta postura humanizada fique longe de ser executada.

Cabe ressaltar que muitas outras ações são necessárias para que as mudanças nos modos de cuidar, preconizada pela Política Nacional de Humanização realmente se concretizem. Com o objetivo, é óbvio, de uma atenção mais humana e com a garantia dos direitos do usuário da saúde.

CONCLUSÃO

Esta pesquisa bibliográfica teve como objetivo identificar e descrever as ações consideradas humanizadas no Centro Cirúrgico, em relação à prática assistencial da equipe de enfermagem, através da produção científica que aborda o assunto. Foram encontrados apenas seis referenciais que se encaixavam nos critérios de inclusão e após a seleção destes trabalhos, foi realizada uma leitura exploratória e interpretativa, o que possibilitou a segregação dos resultados a fim de facilitar o processo de discussão.

As ações foram agrupadas e denominadas como A forma de abordagem e de tratamento do cliente, Prestar todas as informações necessárias, O respeito à privacidade do mesmo e Valorizar a presença do familiar. E diante do exposto sobre a assistência de enfermagem humanizada no Centro Cirúrgico, independente do período, foi possível identificar que atitudes simples, como as que foram supracitadas, interferem sobremaneira no processo de recuperação do paciente.

Portanto, é necessário que os profissionais de enfermagem que atuam neste setor, repensem e reavaliem sempre a sua forma de cuidado e que tenham uma postura baseado na empatia, cuidando do usuário e sua família como gostaria de ser cuidado. Uma atenção embasada no respeito a individualidade, na postura holística do profissional, na troca de informações e no estabelecimento de vínculo e de confiança, a fim de que o processo cirúrgico seja uma etapa tranquila e sem sofrimento.

Contudo, vale ressaltar que esta pesquisa teve como limitação a quantidade de estudos encontrados para a revisão de literatura, o que mostra que este tema ainda é um vasto campo a ser explorado por pesquisas científicas, que podem contribuir e muito para mudanças na postura profissional dos trabalhadores de enfermagem.

REFERÊNCIAS

BARBOSA, Andréia Cristina; TERRA, Fábio de Souza; CARVALHO, João Batista Vieira de. Humanização da assistência médica e de enfermagem ao paciente no perioperatório em um Hospital Universitário. Revista de enfermagem da UERJ. Rio de Janeiro, v. 22, n. 5, p. 699-704, 2014.

BEDIN, Eliana; RIBEIRO, Luciana Barcelos Miranda; BARRETOS, Regiane Aparecida Santos Soares. Humanização da assistência de enfermagem em Centro Cirúrgico. Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 06, n. 03, p. 400-409, 2004.

BENEVIDES, R.; PASSOS, E. A humanização como dimensão pública das políticas de saúde. Cadernos de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 10, n. 3, p. 561-571, 2005.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Humanização. Formação e intervenção / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Política Nacional de Humanização. – Brasília: Ministério da Saúde, 2010.

_____. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Humanização.  HUMANIZASUS. Portal da Saúde SUS. S.d. Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/sas/ humanizasus. Acesso em 24 de julho de 2017.

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[1] Artigo apresentado ao Curso de Pós-Graduação em Enfermagem em  Gestão de Bloco Cirúrgico, turma nº 09, do Centro de Estudos de Enfermagem e Nutrição/Pontifícia Universidade Católica de Goiás.

[2] Enfermeira, especialista em Neonatologia pela Universidade de Cuiabá, atuante na empresa Santa Casa de Misericórdia de Rondonópolis

[3] Doutora em Ciências da Saúde – FM-UFGD, Doutora – PUC-GO, Mestre em Enfermagem – UFMG, Enfermeira, Docente do CEEN

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Jamille Lopes Gomes Adami

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