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Relação multicausal na morbimortalidade de SARS-CoV-2: uma análise comparativa entre os municípios potiguares

RC: 76101
107
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/saude/relacao-multicausal

CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

BEILFUSS, Daiane Débora [1], SANTIN, Sadi Bruno Freitas [2], PINHEIRO, Ana Carine Guedes [3], VARELA-BARCA, Francisco Napoleão Tulio [4]

BEILFUSS, Daiane Débora. Et al. Relação multicausal na morbimortalidade de SARS-CoV-2: uma análise comparativa entre os municípios potiguares. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 06, Ed. 02, Vol. 07, pp. 136-154. Fevereiro de 2021. ISSN: 2448-0959, Link de acesso:  https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/relacao-multicausal, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/saude/relacao-multicausal

RESUMO

O presente trabalho tem por finalidade analisar a multicausalidade de óbitos ocorridos no Estado do Rio Grande do Norte em pacientes infectados pelo SARS-CoV-2 em período correspondente entre o início e o pico da pandemia do referido vírus. No que se diz respeito à metodologia, foram coletados dados presentes junto a plataforma do DataSUS, que é aberta ao público, delimitando-se como período avaliativo, o tempo compreendido entre o dia 19 de março de 2020 e o dia 07 de julho de 2020. Os dados obtidos foram colocados em tabelas e gráficos que melhor pudessem permitir uma avaliação dos registros, utilizando-se de programa de informática para separar, ordenar e classificar as variáveis de análise. Observou-se um maior número de casos registrados na capital do Estado, mantendo-se o perfil das demais capitais brasileiras. O município de Mossoró, segunda maior cidade do RN, registrou o primeiro caso e a maior elevação das taxas de óbitos, desde que o estado notificou seu primeiro caso. Houve grande correlação da taxa de mortalidade e a presença de fatores como idade avançada (60-70 anos), presença de comorbidades como diabetes e Hipertensão Arterial, ser do sexo masculino (comportamental, por demora em receber tratamento hospitalar), ter baixa escolaridade (dificuldade de acesso ao serviço médico). O estudo da multicausalidade na morbimortalidade das vítimas da pandemia vem auxiliar como forma de prevenção e para diminuição de casos fatais, uma vez que ainda estamos passando pela pandemia, serve também para rápido manejo no futuro em casos de novas epidemias virais, servindo também como registro histórico de um momento difícil da história da humanidade.

Palavras-Chaves: Coronavírus, comorbidades, Potiguar.

1. INTRODUÇÃO

O Coronavírus é um vírus zoonótico, um vírus de RNA da ordem Nidovirales, da família Coronaviridae. O Coronavírus pertence a uma família de vírus que causam infecções predominantemente respiratórias e digestivas. Os primeiros representantes dessa família a infectar humanos foram isolados pela primeira vez em 1937, mas foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa. O vírus já é conhecido há muito tempo e a maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças as mais propensas a adquirirem, sendo os mais comuns o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43 e o HKU1 (BRASIL, 2020).

Cepas diferentes de coronavírus, como o SARS-CoV (causador da síndrome respiratória aguda grave ou SARS) e MERS-CoV (causador da síndrome respiratória do Oriente Médio ou MERS), já foram descritas e se tornaram casos de epidemias localizadas, não tomando grandes proporções. A doença chamada COVID-19 decorrente de um novo coronavírus descrito no final de 2019, após casos registrados em um grupo de pacientes com pneumonia de causa desconhecida, vinculado a um mercado atacadista de frutos do mar em Wuhan, China, difere do MERS-CoV e do SARS-CoV. O 2019-nCoV é o sétimo membro da família dos coronavírus que infectam seres humanos (ZHU et al., 2019).

Os vírus de RNA têm uma alta taxa de mutação, até um milhão de vezes maior que a de seus hospedeiros. Novos achados sugerindo que a nova cepa de coronavírus SARS-CoV, está evoluindo e as cepas europeias, norte-americanas e asiáticas podem coexistir, cada uma delas caracterizada por um padrão de mutação diferente (PACHETTI et al., 2020).

Em 30 de janeiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a epidemia da COVID-19 constituía uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) e em 11 de março de 2020, uma pandemia (WHO, 2019). No Brasil, o Ministério da Saúde (MS) atuou imediatamente, a partir da detecção dos rumos sobre primeiros casos. Em 22 de janeiro, o Centro de Operações de Emergência (COE) do Ministério da Saúde, sob a coordenação pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/ MS), foram acionados, usando desde o começo, a informação em saúde na população, como ferramenta para melhorar a detecção e o manejo de casos que, porventura, apareceriam (CRODA et al., 2020). O controle populacional foi infelizmente falho, talvez devido as dimensões colossais e econômicas atuais do país, além dos fatores socioculturais.

O surgimento da pandemia da Covid-19 (SARS-CoV-2) instaurada pelo mundo, tem se mostrado como um dos maiores desafios deste século, uma vez que pôs em xeque, não só a maneira como as doenças são tratadas no Brasil, mas também, o preparo médico, o cuidado e o conhecimento sanitário. Tendo a epidemia como um dos principais desafios sanitários, fazendo-se necessário não somente entender os mecanismos do agente infeccioso e buscar soluções de cura e prevenção, mas também entender o perfil sociodemográfico e de saúde da população em maior risco e aquela que está sendo mais acometida e levada a óbito (BRIDI et al., 2020).

De acordo com Marinelli et al., (2020) em junho de 2020 a região Nordeste era a segunda região em número de casos. Muito embora a letalidade na região seja inferior ao proposto pela Organização Mundial de Saúde, ainda é acima do registrado pelos números brasileiros. Em específico, no estado do Rio Grande do Norte (RN), até 7 de julho de 2020, foram registradas 892 mortes por COVID-19, segundo dados do Banco de Dados de Síndrome Respiratória Aguda Grave – incluindo dados da COVID-19, do Ministério da Saúde.

Nesse sentido, sob a ótica de óbitos por SARS- CoV-2, tem-se em vista um perfil multifatorial, no que concerne o perfil regional da doença, a dessemelhança sociocultural das diversas regiões brasileiras e a alta taxa de mutação do vírus. Não obstante, corroborando com os dados e procurando compreender a relação de morbimortalidade, ocorridos em decorrência do COVID-19, é de suma importância, a busca pelo estabelecimento de um perfil dos óbitos ocorridos no Rio Grande do Norte, a fim de entender a relação de causa e efeito em comum entre esses pacientes.

2. MÉTODOS

Nas últimas décadas, a epidemiologia tem aperfeiçoado de maneira expressiva sua maneira de analisar as populações. Isso, em grande parte, deve-se ao melhor entendimento dos processos saúde-doença hoje existentes e o avanço da tecnologia em todas as áreas do conhecimento humano. Assim, à luz da epidemiologia, os estudos epidemiológicos podem ser organizados entre os vieses observacionais e experimentais.

Nesse sentido, no contexto da análise e descrição dos dados coletados para esse estudo, é interessante ressaltar que a pesquisa é definida não somente pelo quesito ecológico, tendo em vista a unidade de análise ser uma população pertencente a uma área geográfica específica, no caso, o Estado do Rio Grande do Norte, com o objetivo de  averiguar os possíveis contextos sociais e ambientais que levariam ao óbito nesse período de isolamento social pela COVID-19, assim, estabelecendo uma relação de causa e efeito, como também uma análise de contexto descritivo. No que se concerne a sua perspectiva descritiva está respaldada à medida que se delimita um período para análise dessa série de vítimas, observando dados do DATASUS do período que vai do dia 19 de março de 2020 ao dia 07 de julho de 2020. Essa análise de dado faz que se classifique esse estudo em retrospectivo, tendo em vista a busca de informações do passado para contestar ou aprovar a hipótese sugerida no presente, assim, as variáveis selecionadas juntamente com a imersão qualitativa e quantitativa dos dados por meio de tabela e gráficos traduzirão a verdadeira perspectiva dessa doença nessa região e se essas variáveis influem ou não na morte dos indivíduos potiguares, sendo o principal critério o óbito como evolução do caso e o diagnóstico ter sido feito no Rio Grande do Norte.

O software utilizado para a pesquisa foi o editor de dados estatísticos (Microsoft Excel®) para separar, ordenar e classificar as variáveis de análise. No que se refere a plataforma de acesso aos dados catalogados, foram selecionados dados, por meio da plataforma do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde – DATASUS – foi criado em 1991, com o desenvolvimento da FUNASA (Fundação Nacional de Saúde). Ele tem o principal objetivo facilitar o intercâmbio de informações entre as variadas escalas do Setor Saúde, promovendo, não somente o armazenamento de dados e suas análises pelo Ministério da Saúde, como desenvolver resoluções públicas por meio da análise de dados, mas também tem o objetivo de desenvolver softwares que auxiliem os diversos setores do SUS, exemplo, facilitar notificações, catalogar e armazenar dados de saúde dos indivíduos em escala municipal, contribuindo para integralização do SUS em meio a sua descentralização como foi elucidado na própria plataforma. Essa plataforma está presente em todos os lugares do País por meio das Regionais que executam a atividade de fomentar dados e auxílios técnicos.

Além disso, é interessante pontuar que a atualização do DATASUS é feita por sistemas e aplicativos, onde profissionais de saúde preenchem os dados que são armazenados em sistemas de bases. A sua funcionalidade está no fato da disponibilidade de dados e no fato de ter ferramentas disponíveis, a fim de se facilitar os diversos processos do Setor Saúde.

Os principais critérios de inclusão foram o paciente ter ido ao óbito pelo COVID-19 no Estado do Rio Grande do Norte. É interessante pontuar que os parâmetros analisados desses indivíduos foram a distinção entre sexo, idade, gravidez ou não gravidez, comorbidades, vacinação para gripe, pressão arterial, saturação de O2 e frequência cardíaca, os quais foram separados em setores, fazendo, assim, a análise dos aspectos sociais e os parâmetros de saúde. Após a separação, foram colocados em gráficos e analisados. Com esses itens podemos observar o perfil das pessoas mais acometidas que foram a óbitos. Se é jovem ou idosa; se é homem ou mulher; se a gravidez interfere na sintomatologia do vírus ou se contribuiu para o óbito; se quem era vacinado pela gripe foi a óbito; se existe relação entre descompensação da pressão arterial e óbito; além de possíveis relações entre saturação de O2 e frequência cardíaca com o número de mortos.

Os dados de população, por faixa etária, foram estimados a partir da Distribuição da população por sexo, segundo os grupos de idade do IBGE (BRASIL, 2020b), com referência na população do Rio Grande do Norte, feita pelo último censo em 2010. Esses dados de população foram utilizados no cálculo do Coeficiente de mortalidade específica por causas selecionadas (CMECS) por faixa etária, independente de sexo, que foi calculado segundo a fórmula: CMECS igual ao número de óbitos por causa específica em determinada faixa etária, multiplicada por cem e dividido pelo quantitativo populacional estimado.

3. RESULTADOS

Foram analisadas neste estudo 892 notificações de óbitos, constantes na plataforma DATASUS entre 21 de março de 2020 e 07 de julho de 2020 (BRASIL, 2020b). Todos os registros foram realizados pelas Regionais de Saúde do RN e todos os casos provêm de municípios desse estado, com maiores incidências na Regional de Saúde da Grande Natal que computa 660 casos (74%), avultando-se em Natal com 585 registros (65.6%). Em sequência, a II Regional de Saúde apresenta 177 casos (19.9%), destacando-se Mossoró com 169 (19%). As demais Regionais, I, III, IV, V e VI somam 55 ocorrências (6.2%). Esses dados estão representados no gráfico 1.

Gráfico 1 – Registro das notificações dos óbitos por Covid -19 por Regionais de Saúde do RN.

Fonte: DataSUS.

Durante o período estipulado neste estudo, considerando-se as notificações mensais, observa-se no mês de março o registro de 7 casos de óbito (0.7%), em abril 64 (7.2%), maio 257 (28.9%), junho 521 (58.4%) e julho, até o dia 7, 43 casos (4.8%), conforme o gráfico 2.

Gráfico 2 – Registro das notificações dos óbitos por Covid -19 no RN distribuídos por mês de ocorrência.

Fonte: DataSUS.

O primeiro óbito foi registrado em Mossoró no dia 21 de março, enquanto em Natal o caso inicial data do dia 25 de março. Apenas no mês seguinte houve registros em outras cidades, Pau dos Ferros (VI URSAP) em 14 de abril e Ceará-Mirim (Grande Natal) no dia 20 de abril.

Caracterizando-se em um patamar geral, o contingente de óbitos do RN é definido quanto à raça/cor como: 387 (43,4%) parda; 215 (24,1%) branca; 24 (2,7%) preta; 16 (1,8%) amarela; 250 (28%) estão entre os ignorados e os casos não preenchidos, enquanto não há registros de indígenas.

Na relação de escolaridade foram registrados 79 (8,9%) sem escolaridade; 113 (12,7%) com ensino fundamental 1ºciclo (1ª a 5ª série); 69 (7,7%) com ensino fundamental 2ºciclo (6ª a 9ª série); 89 (10%) ensino médio (1º ao 3ºano); 41 (4,6%) com ensino superior. Os ignorados, não preenchidos e que não se aplicam esse quesito, perfazem 501 (56,2%) dos registros.

Adiciona-se aos registros 3 casos de gestantes, uma em cada trimestre gestacional. Tais dados estão representados no gráfico 3.

Gráfico 3 – Registro das notificações dos óbitos por Covid -19 no RN distribuídos por raça/cor e escolaridade.

Fonte: DataSUS.

Quanto à distribuição por sexo, foram contabilizados 386 casos de óbito do sexo feminino (43%); 505 do sexo masculino (57%) e 1 indefinido (0,1%). A média geral de idade é de 67 anos, tomando-se como base a soma total das idades divididas pelo número de óbitos (média simples); sendo que, conforme a tabela demonstrada abaixo, a maior concentração de casos é referida nas faixas etárias de 50-59 anos com 141 óbitos registrados (15.8%); 60-69 anos com 171 e 80-89 anos com 185. Nas demais faixas etárias foram notificadas 8 (0.9%) na faixa de 0-19 anos; 17 (1.9%) entre 20-29 anos; 49 (5.5%) entre 30-39 anos; 55 (6,1%) entre 40-49 anos; 52 (5,84%) entre 90-99 anos e 2 (0,22%) acima de 100 anos (Tabela 1).

Os dados obtidos foram distribuídos quanto as faixas etárias até 19 anos, seguindo um padrão com diferenças de 10 anos, divididos ainda por sexo. Dessa comparação, constata-se maior incidência no sexo masculino coincidindo com as faixas etária de maior concentração, sendo registrados 102 (60%) masculinos e 47 (33%) femininos entre 60-69 anos; 115 (55%) masculinos e 96 (45%) femininos entre 70-79 anos. Verifica-se uma diferença relevante entre 20-29 anos com 12 (71%) masculinos e 5 (29%) femininos, enquanto entre 0-19 anos a maioria registrada é feminina 5 (62,5%) para 3 (37,5%) masculinos. Acima de 80 anos percebe-se um equilíbrio com registros aproximados em ambos os sexos, 94 (51%) masculinos e 91 (49%) femininos entre 80-90 anos; 26 (50%) masculinos e 26 (50%) femininos entre 90-99 anos; e 1 (50%) registro para cada sexo (Tabela 1).

Tabela 1 – Distribuição por faixa etária e gênero dos caso de mortalidade por COVID-19.

*População estimada por faixa etária, independente de sexo, para o Estado do Rio Grande do Norte; **Coeficiente (CMECS) = Total n ×100.000 / População estimada para a faixa etária; ***Um caso teve o item “sexo” ignorado.
Fonte: DataSUS.

Por meio do cálculo do CMECS, segundo a faixa etária, no estado do Rio Grande do Norte, demonstrou-se que a faixa de 90 a 99 anos apresentou um coeficiente de mortalidade maior, sendo 513,33 óbitos por 100.000 habitantes dessa faixa etária. Além disso, contou-se 28,17 óbitos ocorridos, independentes de idade e sexo, em decorrência de Covid-19, a cada 100.000 pessoas (Tabela 1).

Os sinais e sintomas mais frequentes, anteriores ao óbito, foram dispneia, tosse, febre, saturação de oxigênio (O2) menor que 95% e desconforto respiratório. Dessa maneira, 82.4% dos pacientes apresentaram dispneia, 71.1% tosse, 65.2% febre, 63.1% saturação de O2 menor que 95% e 56.4% apresentaram desconforto respiratório. Há ainda, de se ressaltar o aparecimento, em menor porcentagem, de outros sintomas, como dor de garganta (11.2%), diarreia (9.7%), vômito (5.7%). Demais sinais e sintomas foram compilados e 43.5% dos pacientes os apresentaram anteriormente a seus óbitos, sendo estes, mialgia, anosmia, cefaleia e dor torácica. Nos gráficos 4, 5 e 6 é possível conferir a frequência desses sintomas relacionados com o sexo dos pacientes e os números percentuais desses dados, respectivamente. Um parâmetro não observado nos dados estatísticos foi a taquicardia como resposta fisiopatológica a queda de saturação pela patologia normal da síndrome viral (BHATLA et al., 2020).

Gráfico 4 – Frequência dos principais sinais e sintomas apresentados pelas vítimas de Covid-19 no RN distribuídos por sexo.

Fonte: DataSUS.

Gráfico 5 – Relação percentual dos principais sinais e sintomas apresentados pelas vítimas de Covid-19 no RN distribuídos por sexo.

Fonte: DataSUS.

Dos 892 casos de óbito analisados, uma grande porcentagem deles apresentavam comorbidades prévias. Em muitos casos, um mesmo paciente apresentava um ou mais morbidades e fatores de risco associados. A comorbidade mais frequente foi doença cardiovascular crônica, apresentando um total de 418, sendo representada por 46,8% dos pacientes que, mesmo antes da internação ou óbito, tinham a doença, sendo seguida de diabetes com 360 registros (40,3%).

Outros fatores citados na tabela do DATASUS agrupam fatores como neoplasias diversas, AVE prévio, Parkinson, tabagismo, correspondendo a 308 casos (34,5%). Em seguida ainda há registros de doença renal crônica com 50 (5,6%); pneumopatias crônicas 36 (4%); obesidade 32 (3,5%); doenças neurológicas 29 (3,2%); asma 22 (2,4). Tais dados são demonstrados nos gráficos 6 e 7, respectivamente (Gráfico 7).

Gráfico 6 – Frequência dos principais fatores de risco apresentados pelas vítimas de Covid-19 no RN distribuídos por sexo.

Fonte: DataSUS

Gráfico 7 – Relação percentual dos principais fatores de risco apresentados pelas vítimas de Covid-19 no RN distribuídos por sexo.

Fonte: DataSUS.

4. DISCUSSÃO

O Brasil é conhecidamente grande em território, marcando uma população não distribuída homogeneamente, nem etnicamente em sua origem, com realidades historicamente e socioculturalmente diferentes, portanto, as estratégias frente a pandemia devem seguir a mesma heterogeneidade de sua população, uma vez que impacta diretamente na adesão ao isolamento social, as prevenções não farmacológicas e acesso ao ambiente hospitalar (CAVALCANTE et al., 2020). Isso corrobora com a necessidade de se analisar os óbitos ocorridos no Rio Grande do Norte, a fim de se criar estratégias aplicáveis à realidade do Estado.

O total de casos notificados no RN no período referido contabilizou 892 registros, englobando todos os casos de obituário no Estado desde o início da pandemia de Covid-19 até o dia 07 de julho de 2020. O maior número de casos registrados concentrou-se na capital Natal, mantendo-se o perfil das capitais dos estados brasileiros, contudo com uma peculiaridade. As taxas de casos de óbitos confirmados de Covid-19 no RN demonstram um comportamento espacial não muito similar, quando se trata da realidade brasileira, uma vez que os municípios mais próximos à capital, registram maior número de casos confirmados, porém o município de Mossoró, segunda maior cidade do RN, registrou o primeiro caso e a maior elevação das taxas de óbitos, desde que o estado notificou seu primeiro caso. Essa elevação se deve ao enorme fluxo de carros e pessoas que trafegam entre os estados do Ceará e Rio Grande do Norte, mais especificamente entre Mossoró e Fortaleza. Este última, já representou um dos maiores números de óbitos e infecções por COVID-19 do Brasil. Tendo uma relação clara entre os dados colhidos sobre os óbitos os dois epicentros de infecção, a capital do Estado Natal/RN e Mossoró, por seu intenso trânsito de populacional com o estado vizinho Ceará (DIAS et al., 2019).

Com base em estudos realizados, pode-se dizer que, em síntese, quem está sendo mais atingido pela Covid-19 são as pessoas que vivem em determinados centros compactados urbanos associado ao precário sistema de transporte coletivo. Embora tenham mapeado os locais que concentram os maiores números de origens ou destinos dos fluxos de circulação por transporte coletivo, não é possível afirmar se o contágio ocorreu no percurso do transporte, no local de trabalho ou no local de moradia. Mas o que está evidente é que, quem usou transporte coletivo, foi mais impactado pelos casos ocorridos (LEIVA et al., 2020).

Quanto a maior incidência de casos, é possível verificar que o perfil apresentado demonstra concentração da pandemia no RN em junho com o maior número de registro de óbitos. Mais da metade dos óbitos e casos confirmados desde o início da pandemia no estado, no dia 12 de março, foram registradas no mês de junho. Segundo a SESAP um dos critérios para acreditar que o pico da pandemia se deu nesse mês considera as estatísticas oficiais de novos casos e mortes registrados por dia. Esse número não deve estar em crescimento, tampouco apresentar uma queda pontual. Outrossim, deve se manter por pelo menos duas semanas, período de incubação do novo Coronavírus e tempo que os epidemiologistas consideram suficiente para saber que não foi só uma oscilação (SESAP, 2020).

De acordo com o site SESAP/RN ainda, a faixa de óbitos por covid-19 no RN corresponde Homens = 55,78 % – Mulheres = 44,22 %, corroborando com o perfil constatado no período dessa pesquisa que inferiu os percentuais de 57 % masculinos e 43% femininos.

No que se refere a letalidade, registra-se (0,94 %) em jovens (de 0 a 19 anos de vida); (1,07 %) em adultos (de 20 a 59 anos de vida); 12,81 % em idosos (acima de 60 anos de vida) e idosos (70,28 %), o grupo com mais óbitos (SESAP, 2020). Esses dados são evidenciados na faixa etária de maior obituário registrado nos gráficos deste estudo, coincidindo com a elevação dos números na faixa acima de 60 anos.

Nesse sentido, é importante destacar que segundo censo 2020, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, a relação populacional idosos/jovens, vem se alterando em todos os países, mas em específico, no Brasil, essas porcentagens vêm acompanhadas de um salto na expectativa de vida e no que diz respeito ao contingente crescente de idosos. Esse aumento, traduzido graficamente em “Pirâmide Etária”, vem, ao longo dos anos, sofrendo com o estreitamento de sua base (jovens e crianças) e o alargamento do seu topo (idosos). As consequências não só no financiamento de previdências sociais, podem significar a necessidade de uma mudança nos paradigmas financeiros, mas em concomitância, no que diz respeito a atenção e no acesso a informações de saúde (CAPUCHA, 2014).

A Política Nacional do Idoso, sancionada em 4 de janeiro de 1994, assegura a essa população, o balizamento de ações que visem, sobretudo, acesso e direito em saúde de forma plena (BRASIL, 1994). Contudo, quando se depara com a realidade de Envelhecimento Ativo, definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), na otimização de qualidade de vida, e tendo o acometimento de uma grande parcela idosa, por SARS-CoV-2, percebe-se que apesar de garantidos os direitos, sua aplicabilidade se torna incompetente e inconstitucional, haja vista o grande número de óbitos nessa população, vítimas da pandemia, coincidindo com o maior índice de letalidade.

Tendo como ótica os sinais e sintomas, foram destacados como principais: dispneia, febre e tosse, condizentes com a apresentação de estudos semelhantes, sendo que a maioria dos pacientes apresentou mais de um sintoma concomitantemente, o que justifica o número de sintomáticos ultrapassar o número total dos casos analisados. Nesse ínterim, partindo da análise do Protocolo de Manejo Clínico para o Novo Coronavírus, publicado pelo Ministério da Saúde, os principais sintomas prováveis são os mesmos destacados neste presente estudo, com uma diferença somente na proporção em que aparecerem. Enquanto no dado do Ministério a febre era o sintoma mais apresentado, nos dados colhidos do Rio Grande do Norte o sintoma passa a ser a dispneia. Essa diferença se encontra na gravidade do quadro apresentado, uma vez que os pacientes que vieram a óbito e que são o alvo desse estudo, tiveram uma agudização severa da doença, significando o aumento de sintomas menos propensos em quadros leves.

Nessa perspectiva, o quadro clínico da COVID-19 constata-se a semelhança ao de outras viroses respiratórias, tais como, febre, tosse geralmente seca, cansaço e, em casos mais graves (5%), dispneia, sangramento pulmonar, linfopenia grave e insuficiência renal. Em 80% dos casos, os sintomas são leves. O que tem chamado a atenção dos clínicos são as complicações cardíacas desta doença. Num estudo que avaliou 138 pacientes internados por COVID-19, 16,7% desenvolveram arritmia e 7,2% apresentaram lesão cardíaca aguda (STRAMBELLI e UIP, 2020).

No que se trata da análise das doenças preexistentes, segundo o portal Centers for Disease Control and Prevention (CDC) a lista de quem corre maior risco de evoluir com gravidade, caso infectado pelo SARS-CoV-2. Os idosos e pessoas com comorbidades são o centro das preocupações. Porém, algumas condições subjacentes endossaram a lista. Segundo o CDC, os fatores de risco aumentam constantemente com o aumento da idade e não são apenas aqueles com mais de 65 anos que têm maior risco de doenças graves. A lista de condições médicas subjacentes que aumentam o risco de doenças graves, incluem doença renal crônica; doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC); obesidade; estado imunocomprometido (sistema imunológico enfraquecido); condições cardíacas graves, como insuficiência cardíaca, doença arterial coronariana ou cardiomiopatias; anemia falciforme; diabetes tipo 2. Outras condições que podem aumentar o risco de uma pessoa ter doença grave: asma, hipertensão, condições neurológicas (demência, AVC) e gravidez (CDC, 2020). Tais comorbidades são amplamente evidenciadas nos casos de óbitos no RN, destacando-se as cardiopatias e diabetes. Cabe ressaltar que também existem casos em que um mesmo paciente era portador de mais de um fator de risco, o que explica a ocorrência de registros além do número total de casos analisados.

Nesse contexto, é possível diagnosticar ainda, que em meio à pandemia do novo Coronavírus, profissionais de saúde se deparam com o desafio de descobrir e cuidar pacientes em estado grave que possuem comorbidades silenciosas, desconhecidas pelos pacientes ou ainda que não estavam sendo tratadas de maneira eficaz. Segundo relatos de diversos médicos e enfermeiros ouvidos por diferentes veículos de comunicação, são frequentes os casos de pessoas com doenças preexistentes, como diabetes, hipertensão arterial e tuberculose que desconheciam tais comorbidades até serem internadas com a Covid-19 (REIS e LIMA, 2020). Nesse viés, visualiza-se na análise dos obituários do Rio Grande do Norte que a morbidade mais evidente corresponde a diabetes e cardiopatias, e nessa perspectiva, acredita-se que a falta de conhecimento de muitos sobre sua própria doença tenha favorecido a agudização dos sintomas do Coronavírus que contribuíram para sua fatalidade.

Quanto a subnotificação e a qualidade de dados disponibilizados pelo DATASUS e pela plataforma Coronavírus Brasil do Ministério da Saúde, observa-se que com o aumento nos números de infecções por COVID-19, houve em concomitância um expressivo aumento nos números de óbito por SRAG (casos em que não se há confirmação da origem dos problemas respiratórios referidos). Isso pode significar uma subnotificação e possível falha diagnóstica em óbitos que possam ter sido causados por SARS-CoV-2. Não obstante, isso traz consequências na profundidade da análise desta e de futuras pesquisas sobre o tema.

Para examinar os obituários decorrentes da Covid-19 por um viés social, constata-se que as características locais, sociais e demográficas devem ser levadas em consideração nas estratégias de resposta à epidemia, uma vez que o país possui uma população grande, distribuída de forma não homogênea no território, com diferenças culturais e geográficas que podem influenciar na adesão às intervenções não farmacológicas, além de ostentar marcantes desigualdades sociais e no acesso aos serviços de saúde (BHATLA et al., 2020). Dessa forma, é possível inferir que os determinantes sociais influenciam no perfil dos pacientes que vieram a óbito, uma vez que o acesso à informação quanto a doença, medidas de prevenção, o acesso ao atendimento médico e internação se deram de forma heterogênea,  na qual nem todos são favorecidos. A partir do gráfico 3, que apresenta a escolaridade, percebe-se que a maioria dos indivíduos concluiu até o ensino fundamental, enquanto apenas 41 tem formação superior. Outrossim, entende-se que a pandemia atingiu o contingente de classe social mais baixa.

No gráfico 3 também é possível analisar as vítimas do COVID-19 quanto à raça/cor, evidenciando- se o maior número referido na população parda.  Esse fator é também demonstrado em outro estudo, comprovando que ser da etnia parda foi o segundo fator de risco mais importante para a COVID-19, só perdendo para a idade. Outro dado é que os brasileiros hospitalizados nas regiões Norte e Nordeste tendem a ter mais comorbidades do que no centro-sul, com proporções semelhantes entre os vários grupos étnicos.

Nesse ínterim, com os estudo de Baqui et al., (2020), foi possível perceber um padrão étnico, de pessoas hospitalizadas por COVID19 no Brasil.  O autor divide as regiões brasileiras de acordo com seus padrões sociodemográficos, resultado em uma separação Centro-Sul e Norte, o último compreendendo a região nordestina também.  Destaca-se, na região norte, um elevado número de comorbidades pré-existentes ao surgimento do COVID, sendo discrepante, quando comparados aos dados do centro-sul. Os dados da região norte corroborando com níveis mais baixos de expectativa de vida e de maiores fatores de risco associado.  Os gráficos 6 e 7 mostram a relação de fatores de risco, onde é factível comparar os dados gerais do Estado, bem como gênero que foram a óbito e que apresentavam as respectivas comorbidades, sendo possível inferir que mesmo anterior a pandemia, as taxas de doenças cardiovasculares crônicas e diabetes se mostram extremamente altas, respaldando os dados desta pesquisa (BAQUI et al., 2020).

5. CONCLUSÕES

O perfil dos óbitos decorrentes da Covid-19 descritos neste estudo, relativo aos casos ocorridos no Rio Grande do Norte no período descrito anteriormente, é semelhante aos descritos em outros estudos sobre o assunto no Brasil, porém com algumas peculiaridades. A multicausalidade na morbimortalidade das vítimas da pandemia perfaz uma série de fatores que contribuíram para o desfecho dos casos, destacando-se como morbidade principal as cardiopatias e o diabetes com o maior número de registros. Quanto aos sintomas, percebe-se um agravamento frequente nas condições respiratórias, sendo a dispneia, como fator de alarme para observação familiares e agentes de saúde comunitários. Quanto ao gênero, encontra-se uma incidência um pouco maior no masculino, o que pode ser relacionado à fatores comportamentais, servindo como fator importante de melhora dos atendimentos e do papel do agente comunitário de saúde na busca ativa por estes pacientes, no intuito de rápido atendimento dos mesmos.  Em uma análise social, verifica-se um número maior de vítimas em classes de baixa escolaridade, levando a refletir sobre uma possível redução nos casos, se houverem políticas públicas para melhor acesso aos sistemas de saúde em tempo precoce por estes paciente, mais uma vez tornando o papel dos agentes comunitários de saúde de grande importância na melhoria das estatísticas.

A maioria dos casos também foram registrados na capital e na região metropolitana de Natal, porém com o início da pandemia na cidade de Mossoró o que foi desencadeado por uma posição geográfica, pela grande rota de tráfego entre Fortaleza e Mossoró. Nesse sentido, constata-se que a circulação de pessoas influenciou de forma primordial para a disseminação da Covid-19 no RN e a combinação com os demais fatores e comorbidades elevaram os índices de mortalidade decorrentes da pandemia. Além de observar dos pontos importantes a serem tratados pelos agentes comunitários para melhoria nos atendimentos precoces de alguns grupos populacionais.

REFERÊNCIAS

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[1] Acadêmica de Medicina.

[2] Acadêmico de Medicina.

[3] Acadêmica de Medicina.

[4] Doutor em Ciências da Saúde.

Enviado: Dezembro, 2020.

Aprovado: Janeiro, 2021.

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Francisco Napoleão Tulio Varela Barca

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