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Uma revisão integrativa para identificar evidências na literatura da obesidade entre adolescentes

RC: 68188
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CONTEÚDO

ARTIGO DE REVISÃO

RAMOS, Mariana Pereira [1], ARCANJO, Flora Miranda [2], SOUZA, Isabel Fernandes de [3]

RAMOS, Mariana Pereira. ARCANJO, Flora Miranda. SOUZA, Isabel Fernandes de. Uma revisão integrativa para identificar evidências na literatura da obesidade entre adolescentes. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 11, Vol. 15, pp. 118-137. Novembro de 2020. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/nutricao/entre-adolescentes

RESUMO

Introdução: A obesidade é uma doença multifatorial causada pelo acúmulo excessivo de gordura no corpo. Está, intrinsecamente, relacionada ao desenvolvimento de várias doenças metabólicas. A alimentação inadequada na adolescência é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento precoce da obesidade e de outras doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como o diabetes, câncer e doenças cardiovasculares, com sequelas graves durante a fase adulta. Objetivos: Identificar evidências científicas, na literatura, que abordem fatores desencadeantes do sobrepeso e da obesidade na adolescência. Metodologia: Tratou-se de uma revisão integrativa da literatura. Foi realizada busca nas bases de dados PubMed, Lilacs e Scielo, com foco na pergunta norteadora “há evidência científicas nas publicações do decênio de 2019 a 2009 quanto ao aumento da ocorrência de sobrepeso /obesidade entre os adolescentes? A busca compreendeu os descritores em inglês e português: Estado Nutricional (Nutricional Status) OR Adolescente (Adolescent) OR Obesidade (Obesity). Resultados: Os artigos selecionados abordaram o estado nutricional dos adolescentes relacionados ao excesso de peso e à obesidade. Em sua maioria, os manuscritos relatavam a má alimentação dos adolescentes e a situação socioeconômica da família. Descreveram a importância, nessa fase da vida, da manutenção de uma alimentação equilibrava e saudável. Indicaram os riscos da obesidade e a mesma sendo fator para várias doenças crônicas, tais como diabetes, câncer e doenças cardiovasculares. Conclusão: Foi encontrado evidências do aumento preocupante da obesidade entre os adolescentes. Essa revisão também relata a necessidade de medidas de prevenção/educação alimentar, na saúde pública, direcionadas ao bem-estar dos adolescentes.

Palavra-Chave: Nutrição, estado nutricional, adolescentes, obesidade.

1. INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas, foi possível perceber mudanças nos padrões de consumo alimentar, em escala crescente para as escolhas dos processados e ultraprocessados. Para adaptar a alimentação ao ritmo acelerado da vida diária, as escolhas alimentares tornaram-se mais consistentes com o estilo de vida de cada pessoa (SODER et al., 2012).

A população começou a consumir alimentos com alto teor de gorduras, industrializados e fast foods. Assim, a busca por produtos in natura tais como cereais integrais, frutas, verduras e legumes reduziu com o passar do tempo (SARTI; CLARO; BANDONI, 2011).

No mundo, os adolescentes representam cerca de 20% da população total. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil, os jovens representavam 17% da população total em 2010. Considerando as necessidades nutricionais e a mudança do estilo de vida, os jovens são pessoas nutricionalmente vulneráveis. E, se os seus hábitos alimentares não forem adequados à idade, podem acarretar o risco de inúmeras doenças na vida adulta e terceira idade (BARBALHO et al., 2020; DE ASSUMPÇÃO et al., 2012).

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a adolescência é a fase entre 10 a 19 anos de idade. Essa fase da vida necessita de uma demanda nutricional maior, pois além das mudanças psicossociais, é um período de mudança biológica, maturidade sexual e do crescimento físico (PENTEADO et al., 2012). Essas mudanças podem ser afetadas por vários outros fatores, como genética, ingestão de alimentos, idade, etc., que afetarão o desenvolvimento individual (ROMERO et al., 2010).

A alimentação inadequada na adolescência é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento precoce da obesidade e de outras doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), com diabetes, câncer e doenças cardiovasculares, com sequelas graves na fase adulta (MAIA et al., 2018). Os hábitos alimentares dos adolescentes são caracterizados pela substituição de refeições por lanches industriais de alto teor calórico, ingestão de grandes quantidades de alimentos ultraprocessados ricos em gordura, açúcar e sódio e redução dos alimentos frescos tradicionais na dieta como arroz e vegetais (DA SILVA VARGAS et al., 2011).

O aumento da prevalência de obesidade entre adolescentes sempre foi uma preocupação do poder público, pois está relacionada ao alto potencial de morbimortalidade na vida adulta e à redução da expectativa de vida (ENES; SLATER, 2010). Estudo realizado pelos autores Wang et al (2002), em países em desenvolvimento socioeconômico, mostrou que a prevalência de excesso de peso em adolescentes aumentou expressivamente nas últimas décadas. O aumento observado foi de 62% nos Estados Unidos e 240% no Brasil (SILVA et al., 2020).

A obesidade é uma doença multifatorial causada pelo acúmulo excessivo de gordura no corpo. Está relacionada ao desenvolvimento de várias doenças metabólicas (DE FREITAS et al., 2014).

Atualmente, a obesidade é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma epidemia global, que atinge milhões de crianças, adolescentes e adultos em países desenvolvidos (RODRIGUES et al., 2011).

A ingestão de calorias excedentes ao predito para a idade, realizada pelo consumo de alimentos ricos em açúcar e gordura pode ser um dos fatores importantes no desenvolvimento da obesidade (DE ANDRADE; DE ARAÚJO; PITANGUI, 2017). Outro fator é o uso excessivo de tecnologia. Os adolescentes passam mais tempo em casa, usando computadores e videogames, tornando-se assim pessoas sedentárias (PETROSKI; PELEGRINI; GLANER, 2012) .

Assim, a presente pesquisa teórica objetivou identificar evidências, nas publicações científicas do decênio de 2019 a 2009, quanto aos fatores desencadeantes da obesidade na adolescência.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

O presente estudo tratou-se de uma revisão integrativa da literatura, um método específico de revisão teórica que resume evidências, empíricas e científicas, para fornecer uma compreensão mais abrangente de um problema (BOTELHO; CUNHA; MACEDO, 2011). A revisão integrativa permite a síntese de vários estudos publicados, possibilizando gerar novos conhecimentos com base nos resultados de estudos anteriores (DUNWOODY et al., 2008).

Para tanto, nesse estudo, foram executadas as etapas de formulação do problema de pesquisa; a elaboração da pergunta norteadora; uma etapa de pesquisa bibliográfica; uma etapa de avaliação/análise de críticas dos manuscritos recuperados; a discussão dos achados juntamente com a apresentação consolidada da revisão realizada (DUNWOODY et al., 2008).

A questão de pesquisa delimitada foi: há evidência científicas nas publicações do decênio de 2019 a 2009 quanto aos fatores desencadeantes do aumento da ocorrência de sobrepeso /obesidade entre os adolescentes?

Para localização e seleção dos estudos foi realizada a busca nas seguintes base de dados: Lilacs (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), PubMed e SciELO (Scientific Electronic Library Online).

Os critérios de inclusão foram: artigos publicados em portugueses e inglês, no período compreendido entre 2009 a 2019, disponíveis na íntegra e gratuitamente. E deveriam estar alinhados com o foco do estudo: fatores desencadeadores da ocorrência de obesidade entre adolescentes.

Foram excluídos documentos cujo conteúdo referenciavam-se à escrita de teses, dissertação e monografias de especialização/MBA. Além disso, foram removidos artigos em que a pesquisa se aprestava fora do escopo de busca e artigos duplicados.

A pesquisa ocorreu no período de 06 de agosto de 2020 a 20 de agosto de 2020, utilizando os seguintes Descritores em Ciência da Saúde (DeCS) em português e inglês: Estado Nutricional (Nutricional Statusl), Obesidade (Obesity) e Adolescente (Adolescent). Sendo estas as chaves combinadas com o uso do operador AND.

Primeiramente, foram lidos os títulos dos artigos recuperados pelas bases de dados, e excluídos os não relevantes. Em seguida, para pré-selecionar os manuscritos para a etapa de leitura completa, foram lidos os resumos. A última constou da leitura completa do texto, avaliação e consolidação das evidências dos fatores predisponentes à obesidade.

Assim, foram encontrados como resultado das buscas pelos descritores 1.000 artigos, nas três bases de conhecimento pesquisadas. Desse total, foram descartados, após a leitura do título, 800 manuscritos pelos motivos de estarem indexados de forma repetida em mais de uma base e os não aderentes ao tema.

Na etapa de pré-seleção dos documentos, 200 artigos foram examinados pelo título, resumo e palavras-chave. Nesse conjunto foram escolhidos 36. Os 164 manuscritos descartados não foram selecionados por se tratarem da obesidade na enfermagem, obesidade em idosos, obesidade em crianças e documentos oriundos de trabalhos monográficos, dissertações e teses.

Para a última etapa, de leitura completa do conteúdo dos documentos, restaram 36 artigos. Desses foram excluídos 19 por não responderem adequadamente a pergunta norteadora, ou seja, avaliavam adolescentes em conjunto com outros públicos ou avaliaram sob a perspectiva da fisioterapia/ enfermagem.

Sendo assim, os artigos que compõem esta revisão somam-se 16 artigos. A Figura 1 apresenta o esquema da seleção dos estudos.

Figura 1 -Processo de seleção dos artigos.

Fonte: Mariana Pereira Ramos, 2020

3. RESULTADOS

Características gerais dos estudos

Foram selecionados para esta revisão 16 artigos oriundos de estudos transversais e um longitudinal. O tamanho da amostra foi variado, com ‘n’ entre 105 a 2.209 integrantes.

Evidenciou-se que dos estudos analisados, todos foram produzidos por autores brasileiros, envolvendo de três a nove, pesquisadores, contabilizando oitenta e nove colaboradores em estudos alvo da temática deste trabalho.

Destacou-se também que quinze publicações eram indexadas em revistas brasileiras e uma em estrangeira.

Grande parte dos trabalhos selecionados abordaram como principal assunto o estado nutricional dos adolescentes relacionando-o com excesso de peso e a obesidade. Entre os fatores listados nos estudos para tal fato, há má alimentação e a má qualidade de vida correlacionada com a situação socioeconômica familiar. Os autores foram unânimes com o registro da importância, nessa fase de vida, da manutenção de uma alimentação equilibrada e saudável.

A maioria dos estudos utilizaram como metodologia principal a avaliação das medidas antropométricas; consumo alimentar avaliado por meio do recordatório de 24 horas; levantamento de dados sociodemográficos e econômicos; sendo esses dados tratados e agrupados para classificar o estado nutricional dos adolescentes, com possíveis associações ao perfil social e econômico familiar.

O gráfico 1 demonstra o número de publicações conforme o país de origem. Destaca-se que no Brasil foram encontrados quinze manuscritos e um do Irã.

Gráfico1: Número de publicações conforme país de origem

Fonte: Mariana Pereira Ramos, 2020

No gráfico 2, consolidou os estudos do decênio avaliado, indicando que a obesidade na adolescência veio em um crescendo. Os principais fatores para tal realidade, listados pelos pesquisadores, foram as mudanças socioeconômica, a cultura alimentar familiar e os maus hábitos nutricionais. Desse modo, a obesidade, entre adolescentes, vem sendo umas das doenças mais preocupantes no mundo, com um aumento elevando.

Gráfico2- Obesidade dentre um decênio

Fonte: Mariana Pereira Ramos, 2020

Os estudos selecionados estão apresentados no quadro 1, conforme a identificação do artigo, tipo de estudo, participantes/idade/pais, principal objetivo, metodologia e conclusão.

Quadro 1 – Classificação dos estudos selecionados que identificam evidências dos fatores predisponentes da obesidade na população adolescente, em que as coletas dos dados das pesquisas ocorreram no decênio 2009- 2019.

Identificação do Artigo Tipo de Estudo/ Participantes/ Idade/ Pais Principal Objetivo Metodologia Conclusão
GOMES³ et al, 2009 Trata-se de um estudo transversal com a participação de 523 adolescentes, com idade entre 10 anos completos e os 20 anos incompletos, na cidade de Niterói, Rio de Janeiro, Brasil. O artigo investigou-se a relação entre o estado nutricional e a situação socioeconômica familiar de adolescentes moradores de Niterói, Rio de Janeiro, Brasil Foram avaliados os seguintes dados: medidas antropométricas; informações sócias demográficas. As medidas foram utilizadas para classificar o estado nutricional.  As informações sociodemográficas foram colhidas por meio de um questionário padronizado A obesidade dos adolescentes estudados aparece em maiores proporções nos 1 e 2 quintos de renda familiar. O número de moradores do domicílio encontra-se diretamente associado ao baixo peso/magreza em adolescentes. Foi evidenciada uma tendência positiva de aumento na proporção de adolescentes com sobrepeso/obesidade segundo os quintos de renda familiar per capita
ENES³ et al, 2009 Trata-se de um estudo transversal com a participação de 105 adolescentes, com idade entre 10 a 14 anos, da Cidade de Piedade, São Paulo, Brasil. O objetivo principal do estudo foi identificar os fatores dietéticos e de atividade física associados ao estado nutricional de adolescentes escolares. Foram avaliados os seguintes dados: consumo alimentar (recordatório de 24 horas), padrão de atividade física, e atividade sedentária e o estado nutricional avaliado pelo IMC. Para identificar os fatores associados ao estado nutricional, recorreu-se a regressão linear múltipla. A prevalência de excesso de peso foi maior entre os meninos. Dos adolescentes 18% foram considerados ativo a atividade física. E de sete em cada dez adolescentes dedicam mais de duas horas as atividades sedentárias. Concluiu-se que há necessidade de novas investigações de caráter possível que estabeleçam relações mais claras entre fatores relacionados ao estilo de vida e o IMC dos adolescentes.
DANTAS⁴ et al, 2010 Trata-se de um estudo transversal com a participação de 134 adolescentes entre 10 a 19 anos de idade, da cidade de Santa Inês- MA, Brasil. O principal objetivo do estudo foi identificar a prevalência de sobrepeso e obesidade em adolescentes de uma escola particular. Foram avaliados os seguintes dados: o estado nutricional segundo o índice de massa corporal por idade, dados socioeconômicos e hábitos diários. Por um meio de um questionário aplicado para os adolescentes responderem. Encontrou-se 28,3% dos adolescentes em risco de sobrepeso, 10,4% deste grupo eram obesos, 51,4% eram estróficos e 9,7% com baixo peso. Conclui-se que o sobrepeso e a obesidade, crescente e preocupante. Indica que as escolas precisam de ações de educação nutricional, de maneira contínua.
EUTZLING⁵ et al, 2010 Trata-se de um estudo transversal e um estudo longitudinal com a participação de 2.209 adolescentes entre 13 a 14 anos de idade na cidade de Pelotas, RS, Brasil. O principal objetivo deste estudo foi descrever a frequência com que escolares adolescentes de Pelotas (RS) estão seguindo as recomendações nacionais para uma alimentação saudável. Foram avaliados os seguintes dados: frequência e o consumo alimentar, foram utilizados um questionário proposto pelo Instituto Nacional do Câncer. Foram construídos desfechos baseados nos dez passos para a alimentação saudável proposta pelo Ministério da Saúde do Brasil. Os hábitos alimentares saudáveis mais frequentes foram o consumo diário de feijão e leite. Quase metade dos jovens referiu ingerir batata frita e salgadinho no máximo uma vez por semana. Um terço dos jovens estudados consomem alimentos ricos em gorduras e açúcar mais de duas vezes por semana. Concluiu-se que os adolescentes estão com baixos hábitos alimentares saudáveis, sendo a frequência mais baixa entre jovens com maior nível socioeconômico e entre meninas.
FRAINER⁷ et al, 201 Trata-se de um estudo transversal, com a participação de 426 adolescentes de 10 a 18 anos, da cidade de Salvador, Brasil. O principal objetivo do estudo foi estimar a prevalência e identificar fatores associados ao excesso de peso em adolescentes. Foram avaliados os seguintes dados: a frequência de consumo alimentar e atividade física, maturação sexual, medidas antropométricas. Foram visitados aproximadamente 20 domicílios em cada setor censitário, aleatoriamente na cidade. O estado nutricional foi classificado por meio dos pontos baseados no IMC. A prevalência de excesso de peso para ambos os sexos foi de 14,3%. Estimou-se que a maturação sexual precoce e insuficientes níveis de atividade física, ajustados pela idade são associados, de forma independente, ao excesso de peso em adolescentes. Concluiu-se que excesso de peso pode ser considerado elevado entre os adolescentes da cidade de Salvador. Consideram-se necessária a adoção de políticas públicas de prevenção e combate ao excesso de peso.
COSTA⁵ et al,2011 Trata-se de um estudo transversal, com a participação de 383 adolescentes, entre 10 a 19 anos de idade, da cidade de Cascavel, Paraná, Brasil. O objetivo principal do verificar a prevalência de sobrepeso e obesidade em adolescentes atendidos em unidade de saúde de referência para adolescentes, com sua associação com idade e sexo. Foram avaliados os seguintes dados: Avaliação antropométrica, utilizando o peso e a altura para aferição do IMC. A aferição das medidas foi realizada durante a pré-consulta média, Os adolescentes participante da pesquisa apresentaram 15,4% de sobrepeso e 7,6% de obesidade, totalizando excesso de peso em 23,0%, encontrou-se significância estatística entre o estado nutricional e a faixa etária dos adolescentes. Concluiu-se que a prevalência de sobrepeso e obesidade encontrada foi elevada.
 

PETRIBÚ⁵ et al, 2011

Trata-se de um estudo transversal, com a participação de 600 adolescentes, na faixa etária de 15 a 20 anos, no município de Caruaru, Pernambuco. A pesquisa teve como objetivo investigar a dominância e os fatores associados ao sobrepeso e obesidade em jovens do ensino médio da rede pública estadual do município de Caruaru (PE) Foram avaliados os seguintes dados: avaliação antropométrica, sociodemográficas e econômicas e relacionamento ao estilo de vida. Realizou-se regressão logística binária, adotando-se a ocorrência do sobrepeso e obesidade como desfechos. A prevalência de sobrepeso foi de 19,0%, não houve diferença em relação aos sexos dos adolescentes. A proporção de sobrepeso foi maior entre aqueles que relataram sobre de estresse, ou sedentários. Observou-se também que a prevalência de sobrepeso e obesidade está ligada aos fatores de risco modificáveis, como a falta de atividade física, e as horas passadas em frente a TV.
CUREAU⁵ et al, 2012 Trata-se de uma pesquisa transversal, com a participação de 422  jovens, entre 14 a 18 anos de idade, da cidade de Santa Maria-RS, Brasil O estudo teve como principal objetivo verificar a prevalência e fatores associados ao sobrepeso/obesidade em adolescentes matriculados no 1 anos do ensino médio. Foram avaliadas as medidas antropométricas, medidas pelo índice de massa corporal e a aplicação de um questionário, respondido individualmente. A preponderância de sobrepeso e obesidade foi de 23,8%, estiveram associadas a fatores variáveis: sexo masculino, ser dispensado das aulas de ed. física, e ter uma boa ligação com os colegas. Foi exposto que a prevalência de sobrepeso e obesidade foi alta.
VASACONCELLOS³ et al,2013

 

Trata-se de um estudo transversal, com a participação de 328 adolescentes, na faixa etária entre 10 a 18 anos de idade, na cidade de Niterói, Rio de Janeiro, Brasil. O principal objetivo deste estudo foi avaliar a inter-relação entre o estado nutricional e o tempo de tela em uma amostra probabilística de adolescentes. Foram avaliados os seguintes dados: medidas de massa corporal e estatura e um questionário com questões sociodemográficas também foi aplicado. 25,7% dos adolescentes sofriam com o excesso de peso, sendo 18% com sobrepeso e 7,7% com obesidade. A média de tempo semanal de TV foi de 41,2horas, sendo maior entre as meninas. O tempo de tela não foi diferente entre os sexos, mas os meninos passam mais tempo na frente do tempo jogando. Concluiu-se que os adolescentes apresentaram elevada prevalência de excesso de peso associado ao estilo de vida inadequado.
PINHO⁵ et al, 2014 Trata-se de um estudo transversal, com a participação de 535 adolescentes, na faixa etária entre os 11 e 17 anos de idade, da cidade de Monte Claros (MG), Brasil O estudo teve como principal objetivo identificar a prevalência de excesso de peso e o consumo alimentar entre adolescentes. Foram avaliados os seguintes dados: foram coletados através de entrevistas, os dados demográficos e econômicos, o consumo alimentar foi avaliado através de um questionário quantitativo. Aferiu-se peso e altura para a avaliação do estado nutricional. Registrou uma prevalência de excesso de peso de 18,5%. Houve uma diferença significativa entre os gêneros para o IMC maior entre as meninas. Concluiu-se que a prevalência de excesso de peso e o consumo alimentar inadequado mostrou-se preocupante para a população estudada e precisaria de uma demanda adequada para uma intervenção nutricional.
BREVIDELLI⁴ et al, 2015 Trata-se de um estudo transversal de amostra 107 adolescentes, na faixa etária entre 15 a 19 anos de idade, do município de Campinas, São Paulo, Brasil

 

A pesquisa teve como principal objetivo verificar a prevalência e os fatores associados ao sobrepeso e à obesidade entre adolescentes. Utilizou-se um questionário com perguntas sociodemográficas e fatores de risco para sobrepeso e obesidade. Foram coletadas as medidas antropométricas dos adolescentes (peso/altura), para se classificar o estado nutricional dos mesmos. A prevalência de sobrepeso e obesidade foi de 16,8% no total da amostra.  Entre os meninos o sobrepeso e a obesidade foram de 28,6% e entre as meninas de 23,1%. Ao se avaliar os adolescentes com sobrepeso e obesidade encontra-se uma saúde irregular, consideram o estado ruim. Concluiu-se que  a metade estava com sobrepeso e obesidade.
KELISHADI⁶  et al, 2016 Trata-se de um estudo transversal nacional, com  amostra de 1348 estudantes, a idade média dos participantes era de 12 anos, do pais Irã. O estudo teve como objetivo explorar a associação da frequência alimentar (FA) com índices antropométricos e pressão artérias (PA). Foram avaliados os seguintes dados: o consumo alimentar e as medidas antropométricas. A FA foi definida como a soma da frequência de consumo diário das principais refeições, e a associação entre FA e disfunções do peso, obesidade abdominal e PA foi avaliada com diferentes modelos de regressão logística ajustadas pelos possíveis fatores de confusão. A FA mais alta foi associada a redução nos valores médios das medias antropométricas e de PA, bem como a menor prevalência de obesidade generalizada e abdominal em crianças e adolescentes. São necessário estudo longitudinais para avaliar os efeitos de longo prazo da FA sobre a composição corporal.
SILVA⁹  et al, 2017 Trata-se de um estudo transversal, de amostra de 818 adolescentes de faixa etária entre 10 a 14 anos, da Região Metropolitana de Grande Vitoria, ES, Brasil. O objetivo do estudo foi descrever o crescimento e o estado nutricional de adolescentes frequentadores de escolas públicas. Foram avaliados os seguintes dados: peso/altura para a obtenção do perfil nutricional; os dados socioeconômicos foram obtidos por um questionário padrão. Foi identificado excesso de peso em 27,7% dos adolescentes, sobrepeso foi de 18,7% e obesidade 8,4% e obesidade grave foi de 0,6%. Os adolescentes alcançaram um crescimento adequado, porem apresentaram prevalência elevada de excesso de peso.
CIACCIA ⁸ et al, 2018 Trata-se de um estudo transversal, com a participação de 680 adolescentes, de idade entre 10 a 16 anos de idade, Brasil. O objetivo deste estudo foi verificar a prevalência e os fatores associados ao sobrepeso e obesidade em adolescentes do ensino fundamental. Foram avaliados os seguintes dados: medidas antropométricas, um questionário foi realizando com os estudantes. Para obtenção do índice de massa corporal realizou-se a medição do peso e altura. Foi realizando um teste qui-quadrado. A prevalência de sobrepeso e obesidade foi entre 19,97% e 19,85%. Mostrou-se com essa pesquisa que houve uma alta de sobrepeso nas últimas décadas, e que os fatores associados nesse estudo foram o peso de nascimento e a relação cintura e estatura.
 

RODRIGUES⁶ et al, 2018

Trata-se de um estudo transversal, composto por 785 adolescentes, entre 10 e 13 anos de idade, da cidade de Santa Cruz do Sul, RS, Brasil. O objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre obesidade e aptidão física relacionada à saúde em escolares de 10 a 13 anos de idade. Foral avaliados os seguintes dados: peso/altura, para a avaliação do pernil nutricional; avaliação da flexibilidade, para isso foi utilizado um teste de sentar e alcançar, utilizando o baco de Welles; A APCR foi avaliada por um teste de corrida/caminhada de 6 minutos, em pista atlética demarcada. Em ambos os sexos, os valores de IMC são superiores entre os adolescentes. Os adolescentes com sobrepeso/obesidade apresentaram maior prevalência de baixos níveis. Concluiu-se que a presença de sobrepeso e obesidade está associada com baixos níveis de resistência abdominal e aptidão cardiorrespiratório.
MOREIRA⁴  et al, 2019 Trata-se de um estudo transversal com amostra de 406 adolescentes entre 15 a 19 anos de idade, no município de Macapá-AP. O estudo teve como principal objetivo descrever a prevalência de sobrepeso e obesidade em adolescentes e os fatores associados Para a prevalência de sobrepeso e obesidade foi utilizado o índice de massa corporal, e as informações sobre os fatores associados foram coletados através de um questionário com dados sobre as características socioeconômica e hábitos alimentares. A prevalência de sobrepeso e obesidade em geral foi de 26,3%, sendo mais elevados nos meninos e os fatores associados em ambos os sexos foram inatividade física, e horas de tela no final de semana. O estudo mostrou que a prevalência de sobrepeso e obesidade foi elevada, e associada a falta de atividade física, e a horas contadas na frente de TV, celular.

4. DISCUSSÃO

4.1 FATORES ASSOCIADOS AO EXCESSO DE PESO EM ADOLESCENTES

A obesidade pode ser atribuída ao acúmulo excessivo de gordura, sob a forma de tecido adiposo, devido ao balanço energético positivo. Esse fato pode prejudicar a saúde pessoal. A obesidade na adolescência é preocupante, pois tem sido associada ao aparecimento precoce de doenças como hipertensão arterial, dislipidemias, aumento da ocorrência de diabetes, e várias outras complicações corporais preocupantes (ENES; SLATER, 2010).

Nos países em desenvolvimento, o conhecimento sobre a obesidade em jovens é mais limitado devido à ausência de estudos de qualidade publicados. É necessário reunir informações sobre estudo que tenham como identificar e monitorar a prevalência e a tendência do excesso de peso entre os mais jovens, para controle e prevenção dessas condições. A presente revisão identificou que o sobrepeso e obesidade nos adolescentes vem aumentando na década estudada, apontando o aumento de obesidade como um agravante ao bem-estar desse público jovem (TASSITANO; TENÓRIO; HALLAL, 2009).

Um estudo realizado na cidade do Rio de Janeiro por Gomes e colaboradores (2009) com o objetivo de investigar a relação entre o estado nutricional e o nível socioeconômica da família. Esse estudo mostrou aumento significativo entre o baixo peso e a magreza entre adolescentes com um nível socioeconômica baixo e classificados como sedentários. A pesquisa expôs que jovens que moravam com mais de três pessoas e que passavam mais tempo em casa, encontravam-se com uma dificuldade maior em relação à saúde nutricional.

Porém, ao ser confrontado o estudo de Gomes e colaboradores (2009) com outro realizado na mesma época na cidade de São Paulo (ENES; PEGOLO; SILVA, 2009) mostrou que jovens que passam mais tempo em casa, com mais tempo de tela tecnológica, computador/TV, e com menos horas de atividade física, tem probabilidade de devolver obesidade. Assim Enes e colaboradores (2009) investigaram jovens entre 10 a 14 anos e indicaram prevalência de excesso de peso de 15,2%. Nesse percentual estavam aqueles que não praticavam atividade física.

Uma pesquisa nacional em Santa Inês, realizada por Dantas e colaboradores (2010), houve prevalência de obesidade entre jovens de 10 a 19 anos em 19,4%. Nesse público investigado, os adolescentes de classe média (até três salários) apresentaram maior prevalência de obesidade. Esses indivíduos investigados relataram períodos elevados de inércia, em frete as telas de TV/videogame/computador e menor frequência de atividade física. Ainda registraram a falta de hábitos saudáveis.

Os pesquisadores Neutzling e colaboradores (2010) encontraram dados similares aos do estudo de Dantas e colaboradores (2010). Constaram que 18,3% dos adolescentes abordados não tinham nível maior de obesidade. Para tanto, mantinham hábitos saudáveis, não realizam atividades físicas e passavam longos períodos de tempo em frente ao computador.

Frainer e colaboradores (2011) e Petribú e colaboradores (2011), estudaram a respeito do estado nutricional e os fatores associados ao sobrepeso e obesidade nos adolescentes de 10 a 18 anos. Os estudos indicaram a falta de atividade física e de bons hábitos alimentares como sendo os principais. Ao analisar esses fatores na pesquisa de Frainer e colaboradores (2011), os autores mostraram que a insuficiência de atividade física, com uma má alimentação e a maturação sexual, são fatores que podem levar a um excesso de peso. A prevalência de excesso de peso neste estudo em ambos os sexos foi de 14,3%, os adolescentes submetidos ao um questionário onde relataram não consumir frutas no dia a dia e consumir alimentos ultra processados diariamente, que é outro fator que pode levar ao um excesso de peso. Complementarmente, Petribú e colaboradores (2011), relatam a alta prevalência de obesidade entre os adolescentes é associada aos fatores de risco modificáveis, tais como o consumo de álcool, percepção negativa de sono, tempo de TV superior a três horas por dia e o consumo de doces igual ou superior a quatro vezes por semana com inatividade física. A amostra estudada teve com prevalência de sobrepeso e obesidade de 19,0% entre os jovens.

Outro fator prevalente é a puberdade masculina e feminina, mesmo sendo similares, não são idênticas. Ambas envolvem transformações e resultados próprios do gênero. O estirão nas meninas coincide com o início da puberdade, o dos meninos atrasam em média dois anos em comparação com as das meninas. Este é um período crítico, em que os indivíduos podem ser sensíveis a ambas as deficiências nutricionais (DALLA COSTA et al., 2011). O estudo realizado por Costa e colaboradores (2011), mostrou que 23,0% dos adolescentes estudados tiveram prevalência de obesidade entre os mais jovens, no começo do estirão.

Cureau e colaboradores (2012) realizaram um estudo na cidade de Santa Maria (BR) com jovens adolescentes de uma escola pública. A pesquisa relatou um elevado número de sobrepeso e obesidade de 23,3% dentre os adolescentes. Um fator interessante que foi mostrado com essa pesquisa foi a não participação em aulas de educação física. Esse público não participante foi o que mais apresentou, na análise multifatorial, risco 3 vezes maior quando comparado com o público de alunos que participam da componente curricular de Educação Física. Ainda há os que se referirão ter uma boa relação com os colegas. Nesse caso, também houve a associação de risco fatorial, afastando a hipótese de que ser solitário está ligado ao excesso de peso.

Contudo, um estudo similar realizado em 2013 por Vasconcellos e colaboradores (2013) em uma escola pública expôs que alunos solitários tende a ter uma tendência maior ao sobrepeso, 25,7% dos adolescentes estudados sofrem com um excesso de peso. O estudo apresentou que os adolescentes entre 10 a 17 anos que não frequentam as aulas de educação física, e que passam jogando, assistindo ou mexendo no computador tem a probabilidade de 25% de desenvolver sobrepeso. Essa prática influencia, na conclusão dos autores, na falta de atividade física e na má alimentação.

A má alimentação, portanto, é um dos principais fatores associados ao sobrepeso em um estudo realizado por Pinho e colaboradores (2014) com estudantes de uma rede pública. A prevalência de excesso foi de 18,5%. Foi observado na pesquisa um baixo consumo de fibras, cálcio e vitaminas. Por outro lado, o carboidrato e o colesterol, eram consumidos em excesso. Muitos participantes relataram consumir industrializados e fast food em excesso.

Brevidelli e colaboradores (2015) realizaram um estudo similar em uma escola pública em Campinas-SP, Brasil. A pesquisa expôs que 16,8% jovens sofrem de obesidade. Foi relatado que os adolescentes têm um consumo muito baixo de alimentos in natura. Os fatores principais associados a obesidade neste estudo foram descritos que a maioria dos jovens realizava as refeições assistindo à TV, e não praticavam atividade física.

Kelishadi e colaboradores (2016) constataram em seu estudo que adolescentes mais novos que realizam quatro, cinco ou até seis refeições, diariamente, apresentam menores chances de se tornarem obesos. Os pesquisadores indicaram a presença de maior controle dos pais quanto ao consumo alimentar. Os adolescentes mais velhos relataram que o café da manhã foi a refeição mais suprimida pelos estudados. A maioria consumia alimentos com alta ingestão calórica, ricos em açúcar e gordura. A pesquisa mostrou que 1,89% dos pesquisados sofrem de obesidade, sendo mais prevalentes nos jovens, no final da adolescência.

Relatórios de pesquisa sobre o desenvolvimento físico de adolescentes apontou que o crescimento do corpo é caracterizado pela soma de fenômenos celulares, biológicos, bioquímicos e morfológicos. A sua interação é realizada através de planos geneticamente predeterminados e é afetada pelo meio ambiente (PETROSK et al, 2008).

O estudo realizado por Silva e colaboradores (2017) mostrou que a prevalência de baixa estatura encontrada foi de 1,8%, e a incidência de sobrepeso, 18,7%, e obesidade, 8,4%, foram elevadas no público de adolescentes investigados.

A prevalência de obesidade e sobrepeso é constantemente relacionada aos baixos níveis de atividade física e aptidão cardiorrespiratória. A aptidão física é definida como a capacidade de realizar as atividades diárias, sem fadiga. Rodrigues e colaboradores (2018) realizaram uma pesquisa com jovens adolescentes que evidenciou índices elevados de sobrepeso/obesidade, indicada em 31,6%. Os autores indicaram que a maioria dos jovens são caracterizados por baixos níveis de aptidão física.

Ciaccia e colaboradores (2018) notaram que adolescentes sedentários, tente a ter um risco maior no desenvolvimento de sobrepeso/obesidade, quantificado em 19,97%. O estudo também mostrou que os estudantes nascidos com o peso inferior a 1.500 gramas tiveram chances elevadas de apresentar sobrepeso e obesidade na vida adulta.

Os hábitos alimentares adquiridos nesta fase da vida podem promover mudanças relacionadas a comportamentos de risco e levar ao surgimento de doenças crônicas não transmissíveis. Um estudo realizado por Moreira e colaboradores (2019) com o objetivo de descrever a prevalência de sobrepeso/obesidade e identificar os fatores associados, mostrou que o sedentarismo dos adolescentes, o tempo na frente de uma tela tecnológica, as condições socioeconômicas mais baixas, e os hábitos alimentares inadequados, foram os fatores mais referenciados no estudo. A prevalência geral de sobrepeso/obesidade foi de 26,3%.

Por ser considerado um problema de saúde pública, devem tomar medidas para se resolver o aumento de sobrepeso/obesidade em adolescentes, estratégias de saúde pública se fazem necessárias. As mudanças no estado nutricional dessa população podem causar problemas de saúde futuros sérios e sobrecarga do sistema de assistência à saúde coletiva (MEIMEI BREVIDELLI et al., 2015).

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Foi encontrado evidências do aumento preocupante da obesidade entre os adolescentes. A obesidade na adolescência é um problema de saúde pública, que não só afeta o crescimento e o desenvolvimento físico, mas também afeta a dimensão social, emocional e a classificação social. Neste estudo revisão pode-se identificar que a obesidade entre jovens está relacionada aos fatores biológicos, sociais e nutricionais.

Essa revisão também relata a necessidade de medidas de prevenção/educação alimentar, na saúde pública, direcionadas ao bem-estar dos adolescentes.

5. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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[1] Graduanda em Nutrição.

[2] Orientadora. Nutricionista, Mestre em Tecnologia dos Alimentos pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), graduada na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).

[3] Computação. Doutora em ciências da Engenharia da Produção. Docente do Curso de Fisioterapia. Orientadora em Iniciação Cientifica. Centro Universitário União das Américas.

Enviado: Novembro, 2020.

Aprovado: Novembro, 2020.

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