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“VIVALDÃO” X “COHABAM DO PARQUE”: Impactos Socioambientais na Cidade de Manaus.

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CONTEÚDO

ALMEIDA, Fernando Rodrigues de [1]

ALMEIDA, Fernando Rodrigues de. “VIVALDÃO” X “COHABAM DO PARQUE”: Impactos Socioambientais  na Cidade de Manaus. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Edição 05. Ano 02, Vol. 01. pp 488-512, Julho de 2017. ISSN:2448-0959

RESUMO

Para desenvolver a Região Amazônica, o Governo Militar, criado pelo golpe de 1964, implantou a Zona Franca, construiu conjuntos habitacionais em Manaus, além do gigantesco Estádio Vivaldo Lima. Um conjunto de fatores em busca do crescimento econômico.    Todo esse Processo foi somado aos problemas ambientais para os igarapés, florestas e fauna da capital manauara. Este trabalho visa esclarecer às questões da sustentabilidade diante da construção dos conjuntos populares e do Estádio Vivaldo Lima para o meio ambiente da cidade de Manaus.

Palavras-chave: Governo Militar, Zona Franca de Manaus, Conjuntos Populares, Estádio Vivaldo Lima, Meio Ambiente, Sustentabilidade.

1. INTRODUÇÃO

Para desenvolver a Região Amazônica, o Governo Militar, criado pelo golpe de 1964, implantou a Zona Franca, construiu conjuntos habitacionais em Manaus, além do gigantesco Estádio Vivaldo Lima. Um conjunto de fatores em busca do crescimento econômico. O conceito de crescimento deve ser reservado para exprimir a expansão da produção real no quadro de um subconjunto econômico (FURTADO, 1983).

Todo esse Processo foi somado aos problemas ambientais para os igarapés, florestas e fauna da capital manauara. Este trabalho visa esclarecer às questões da sustentabilidade diante da construção do conjunto habitacional Castelo Branco e do Estádio Vivaldo Lima para o meio ambiente da cidade de Manaus. O princípio do desenvolvimento sustentável é, atualmente, assunto obrigatório nas discussões acerca de políticas de desenvolvimento, tratando-se de teoria que preconiza a revitalização do crescimento da economia global de modo a reduzir a degradação ambiental e a pobreza, posto que os modelos existentes de desenvolvimento não são sustentáveis a longo prazo, sendo seu pressuposto a mudança no crescimento econômico, para torná-lo menos intensivo e mais equitativo em seus impactos (CHERNI, 2002).

2. ZONA FRANCA

2.1. O CONTEXTO SÓCIO-HISTÓRICO-AMBIENTAL

Com o declínio da borracha natural, o deputado Francisco Pereira da Silva parecia dar-se conta da necessidade de se encontrar novas soluções para a economia local. Pois foi ele quem apresentou à Câmara do Deputados o Projeto de Lei nº 1.310, de 23 de outubro de 1951, em que propõe a criação em Manaus de um porto franco. Este projeto é que, emendado pelo deputado Maurício Joppert, foi convertido na Lei nº 3.173, de 6 de junho de 1957, transformando o porto em Zona Franca de Manaus. Não obstante sua regulamentação pelo Decreto nº 47.754, de 2 de fevereiro de 1960, a Zona Franca só entra em vigor, efetivamente, a partir de 28 de fevereiro de 1967, quando é reestruturada pelo Decreto-Lei nº 288.

O discurso do deputado federal Francisco Pereira da Silva/PSD-Am:

Há quem afirme, Sr. Presidente, não merecer maiores preocupações essa nova etapa de nossa política econômica, em relação à goma elástica, pelo aparecimento de fábricas de borracha sintética no País. Argumenta-se, por exemplo, que as exigências de consumo, a marcha acelerada do nosso progresso, os programas da indústria automobilística vão exigir, a partir de 1960, um tão grande volume de borracha que, mesmo havendo todo o estímulo à produção, todo o auxílio financeiro ou de qualquer natureza às explorações silvestres e ao plantio da cultura das heveas, as safras não corresponderão às exigências fabris.

ESTUDOS AVANÇADOS 19 (54), 2005 101 O argumento, porém, excessivamente pessimista para a borracha nativa e na base de um aceleramento industrial que, sendo possível, todavia está subordinado a fatores negativos, de interferência inevitável, no campo da produção de artefatos, merece, portanto, apreciação mais adequada aos fatos. A verdade é que as necessidades da indústria, modificados para melhorar os processos de produção, facilitados os financiamentos e a entrada de pessoal para a faina extrativa, poderão ser supridas pela borracha natural. De qualquer forma, Sr. Presidente, o quadro é impressionante. Daí por que solicitamos para ele a atenção do nosso ilustre e preclaro Ministro José Maria Alkmin, para que atenda, o mais rapidamente possível, às modestas e justas aspirações dos seringueiros e seringalistas, talvez os mais esquecidos e deserdados dos brasileiros, e, assim, não concorra, com a sua alta e sensível responsabilidade, para agravar uma crise que se arrasta por muitas décadas, sem solução corajosa e decidida.

Para contextualizar este estudo, é fundamental a inserção dos fatores contribuintes que direcionaram para o processo que alterou o meio ambiente na cidade de Manaus. Um dos principais parâmetros foi a implantação da Zona Franca de Manaus. Criada pelo Decreto-Lei 288/1967 para impulsionar o desenvolvimento econômico da Amazônia, sob a administração Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA). O processo foi implantado no governo do Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, primeiro presidente da República, com o objetivo de desenvolver a região amazônica. Começou em 1967, fevereiro, na chamada “ Operação Amazônia”, uma ação geopolítica para ocupar a imensa região por meio de um processo que envolveu um polo difusor voltado pra emprego-renda no processo produtivo. Uma ação incentivada por meio de isenção de impostos federais e estaduais para três setores econômicos básico: Agricultura, indústria e serviços. O modelo foi implantado pelo processo de importação de produtos estrangeiros que abasteceram o mercado comercial de Manaus, sequencialmente à produção de equipamentos eletroeletrônicos nas indústrias do Distrito Industrial de Manaus e atividades agropecuárias. A figura 1, mostra as empresas do Distrito Industrial de Manaus, (atualmente) Pólo Industrial de Manaus (PIM). Instaladas na área da indústria eletroeletrônica. A figura 1, mostra os conjuntos de indústrias na área Industrial de Manaus, zona centro-sul.

Figura 1 - Fábricas do Distrito Industrial de Manaus. Fonte: Suframa (2010).
Figura 1 – Fábricas do Distrito Industrial de Manaus. Fonte: Suframa (2010).

2.1. EFEITOS SOCIOECONÔMICO

O Governo Militar construiu e inaugurou o Conjunto Castelo Branco em 1968 (PMM) e inaugurou o Estádio Vivaldo Lima em 1970, período equivalente à criação do Projeto Zona Franca em Manaus. Tal fator de transformação social foi transformado em fator de impacto ambiental, como comprovam diversos estudos, pois com a chegada da Zona Franca, vieram os empregos produzidos pela indústria e o comércio em Manaus. Com a criação do Distrito industrial de Manaus, a geração em massa de empregos provocou o maior efeito imigratório do país. Gente de todos os lugares vieram em busca de trabalho para melhorar suas qualidades de vida. O que é justo segundo SHEPARD (1996) que define qualidade de vida (QV) como resultante das percepções de saúde, capacidade funcional e outros aspectos da vida pessoal e familiar. Esse fato provocou grande aquecimento econômico no comércio, mas, esse crescimento desordenado, também provocou danos ao meio ambiente.

A população em Manaus foi triplicada em dez anos. Em 1970 a população manauara era de aproximadamente 311.000 habitantes (IBGE). Passados dez anos a cidade passou a ter cerca de 1.000.000 de habitantes, segundo o (IBGE), crescimento populacional alterando os limites margeantes da cidade de Manaus e nesse contexto vieram as invasões de áreas nativas, de margens de igarapés provocando danos irreparáveis ao meio ambiente. Grandes áreas desmatadas, igarapés invadidos por moradores que construíram suas casas sobre os mesmos e utilizando suas águas como esgotos de suas águas servidas (Figura 2).

Figura 2 - Casas construídas sobre o leito do Igarapé do Mindú. Fonte: Almeida,F.R. (2017)
Figura 2 – Casas construídas sobre o leito do Igarapé do Mindú. Fonte: Almeida,F.R. (2017)

Mostra casas construídas sobre o leito do Igarapé do Mindú, na área do baixo curso, Bairro Nossa Senhora das Graças, zona centro-oeste de Manaus. Essa é uma área de invasão o que permitiu a construção de 40 casas dentro do leito do Mindú. São residenciais que despejam seus efluentes nas águas do igarapé.  É uma região situada na foz do igarapé que acopla, além das casas citadas, prédios que utilizam as águas do riacho para escoar seus efluentes domésticos, fatores que podem causar a eutrofização das águas o que segundo SMITH & SCHINDLER (2009), a eutrofização pode levar à alteração no sabor, no odor, na turbidez e na cor da água, à redução do oxigênio dissolvido, provocando crescimento excessivo de plantas aquáticas, mortandade de peixes e outras espécies aquáticas, além do comprometimento das condições mínimas para o lazer na água.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1. Área de Estudos

Foram escolhidos dois referenciais para análise das questões ambientais no período do Governo Militar em Manaus: O Conjuntos Habitacional Castelo Branco, situado geograficamente a latitude -3.079223, longitude -60.01397 e o Estádio Vivaldo Lima a -3.079223, -60.013976.

Foram utilizados os métodos múltiplos de Hoppen et all (1996) para pesquisa de campo e o método da flexibilidade segundo Mattos e Lincoln (2005) pela flexibilidade do estudo. Sotware Google Earth para identificação geográfica dos objetos de estudo, software Excel para elaboração das tabelas e gráficos, o PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO RÁPIDA DE HABITAT de Calisto et al (2002) para análise ambiental e a análise hídrica do igarapé do Mindú:

MÉTODOS UTILIZADOS · pH: A intensidade do caráter ácido ou básico é, geralmente, dado pela atividade de íons [H+ ], em mol.L -1 . Feita através de medidor portátil (pHmetro). · Condutividade Elétrica – C.E: É a capacidade da água de conduzir correte elétrica. Basicamente esse parâmetro é dado pela presença de íons, da concentração total, mobilidade e valência, e a temperatura. Feita através de medidor portátil (Condutivímetro). · Temperatura: A variação da temperatura depende da localização geográfica do ponto de coleta, da altitude, da vegetação ao redor e da cor da água. Por isso a importância de uma caracterização da bacia e da escolha do ponto de amostragem. Feita através de medidor eletrônico portátil. · Oxigênio Dissolvido – O.D: É um dos parâmetros mais importantes, pois determina o teor de oxigênio dissolvido na água que participa diretamente do sistema aeróbico dos organismos vivos do ecossistema aquático. Para essa análise é utilizado o método de Winkler.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA APHA – American Public Health Association; American Water Work Association – AWWA; Water Pollution Control Federation – WPCF. 2005. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. 21 ed. New York, 1268p.

3.1.1 CONJUNTO HABITACIONAL CASTELO BRANCO

Este estudo envolve o contexto sócio-histórico-ambiental do Conjunto Habitacional Castelo Branco, desde o período do governo militar, 1964, a criação do Banco Nacional de Habitação (BNH) e paralelamente uma Cooperativa Habitacional do Amazonas (COHAB-AM), com a missão de construir conjuntos habitacionais em todo o estado.

Para construção da “ COHABAM” do Parque 10, (popular) o Conjunto Habitacional Humberto de Alencar Castelo Branco, a ordem era desmatar o que fosse necessário, sem qualquer preocupação com o meio ambiente. O desmatamento atingiu a mata ciliar da região do bairro do Parque 10 de Novembro, nome herdado do Balneário do Parque 10 de Novembro, que fora o primeiro a sofrer as consequências antrópicas até ser desativado. Entende-se por vegetação ciliar ou ripária, aquela que margeia as nascentes e os cursos de água. Além destas, Martins (2007) cita entre as denominações comumente usadas em diferentes regiões do Brasil, floresta ripária, florestas ribeirinhas, matas de galeria, floresta ripícola, e floresta beiradeira.  Desenvolvimento a qualquer preço como defendeu o ministro do Planejamento brasileiro em 1972, época da Conferência de Estocolmo, tentando atrair empreendedores sem qualquer restrição ambiental.

O conjunto foi construído sem nenhum estudo ambiental. As matas ciliares devastadas, margens invadidas, a terra escoada pra dentro do Igarapé do mindú na região de inferior nível, Rua Paraíba. A figura 4, mostra a sub-bacia do mindú. O Igarapé do Míndú encontra-se com o Igarapé dos Franceses formando o Igarapé da Cachoeira Grande, acoplando-se ao Igarapé do Franco formando a Bacia do São Raimundo que deságua no Rio Negro.

Figura 3 - Mapa da sub-bacia do igarapé do Mindu. Fonte: SEMMAS (2017).
Figura 3 – Mapa da sub-bacia do igarapé do Mindu. Fonte: SEMMAS (2017).

A obra começou em 1965 e foi inaugurada em 1969,
sem nenhuma estrutura urbana. Casas com um, dois e três quartos, uma sala, uma cozinha, uma varanda na frente e sem muro de proteção (figura 4). Os esgotos em rede canalizavam suas águas servidas para dentro do igarapé do Mindú. A região do conjunto está situada acima da região do leito do Balneário do Parque 10 de Novembro e outros clubes de campo. Todos sofreram as consequências antrópicas causadas pelos moradores das casas do conjunto Castelo Branco. Entre estes, podemos citar o Guanabara Clube de Campo, Clube do Advogados, Muruama, todos desativados em função da contaminação das águas do Igarapé do Mindú

Figura 4 - Conjunto Castelo Branco. Fonte: IBGE (1968).
Figura 4 – Conjunto Castelo Branco. Fonte: IBGE (1968).

Toda a estrutura urbana do Bairro do Parque 10, foi criada baseada em dois parâmetros: O Balneário do Parque 10 de Novembro e o Conjunto Habitacional Castelo Branco, dois pontos de referência do igarapé do mindú. A rua Paraíba foi criada para ligar diretamente o conjunto da (COHABAM do Parque 10) ao bairro de Adrianópolis e aos demais bairros da cidade.

3.1.2. BALNEÁRIO DO PARQUE 10

O Balneário do Parque 10 de novembro é margeado pela rua Efigênio Salles (Estrada do V-8), latitude -3.079223, longitude -60.013976 e cortava a rua Paraíba interligando o parque com o conjunto por duas alternativas de acesso: a rua recife e a rua Paraíba. O paradoxo ambiental foi criado em função do desenvolvimento urbano do bairro e o declínio do maior parque de lazer já projetado para dar qualidade de vida à população. A figura 4 mostra o balneário em pleno funcionamento nos finais de semana no começo dos anos 60, antes do golpe militar de 1964. O complexo era constituído de um (01) prédio Central, que servia como restaurante e salão de dança, piscina em concreto de águas naturais do igarapé do mindú, em forma de “L”, sendo 43 metros no sentido norte-sul e 140 metros no sentido Leste-Oeste, com dois metros e meio (2,5) de profundidade máxima, quadras esportivas naturais, zoológico

Figura 5 - Balneário do Parque 10. Fonte: IBGE (1963)
Figura 5 – Balneário do Parque 10. Fonte: IBGE (1963)

Desde de 1943(inauguração) até 1974 (interdição), os manauaras desfrutaram das belezas naturais do Balneário do Parque 10. O efeito contaminante das águas do Mindú causado, como comprovam estudos já realizados, pelas águas servidas do Conjunto Castelo Branco, desativaram o complexo de lazer e a falta da piscina natural, que era fonte de prazer, saúde pra população culminaram com o abandono do balneário por completo. Todos podiam praticar vários esportes como futebol. Voleybol, malhação em barras fixadas por todas áreas do terreno. Um fato histórico provocado pelo Governo Militar e sua meta de crescimento e desenvolvimento sem planejamento urbano e ambiental da cidade.

Gráfico 1 - Análise química das águas do Igarapé do Mindú, Bringel (1986), rua Paraíba, nível inferior. Fonte: Almeida,F.R.(2017).
Gráfico 1 – Análise química das águas do Igarapé do Mindú, Bringel (1986), rua Paraíba, nível inferior. Fonte: Almeida,F.R.(2017).

No gráfico 1, a análise química realizada pelo Químico Sergio Bringel, na região do inferior curso do Igarapé do Mindú em 1986, na rua Paraíba, com as características de alteração no baixo nível de Oxigênio Dissolvido na água, 1,8 mg.L-¹, o que caracteriza o processo de eutrofização das águas no ponto de coleta, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) adota como padrão mínimo= 5.  O Ph= 5,25 no limite do nível mínimo aceito pelo CONAMA/357/05 (6,0-9,0), a temperatura 28,3 está dentro do padrão ambiental. Esta região de análise hídrica do igarapé, era receptora de águas servidas dos esgotos do Conjunto Castelo Branco.

3.1.3. ESTÁDIO VIVALDO LIMA

Esta análise, além dos problemas ambientais provocados pelos esgotos do Conjunto Habitacional Castelo Branco, considerou o contexto histórico esportivo e ambiental do Estádio Vivaldo Lima, os efeitos provocados pela sua construção em pleno ambiente natural, as consequências e impactos provocados. A busca e ansiedade por um grande estádio de futebol, que representa a beleza, perpassa a condição de analisar o contexto natural que vai ser mitigado. A beleza, portanto, é objeto para nós, por ser a reflexão condição de a percebermos, mas é, ao mesmo tempo, estado subjetivo, pois o sentimento é condição de podermo-nos representá-la. Ela é, portanto, forma, pois que a contemplamos, mas é, ao mesmo tempo, vida, pois que a sentimos. Em poucas palavras: é nosso ato e nosso estado. (SCHILLER, 1991, p. 133). O Estádio Vivaldo Lima, conhecido como o Colosso do Norte, foi inaugurado em 05 de abril de 1970, com dois jogos: O Brasil A X Seleção Amazonense A e o Brasil B X Seleção Amazonense B. Estava totalmente lotado com aproximadamente 35.000 torcedores. Em 1995 o Vivaldão foi reinaugurado depois de uma reforma com o jogo Brasil 3 x 1 Colômbia.

3.1.4 GOVERNADOR PLÍNIO RAMOS COELHO

Uma das personalidades que vislumbrou uma sede digna do futebol baré, foi o Governador Plínio Ramos Coelho. Como nacionalino “fanático“, achou o lugar e colocou a pedra fundamental. Sua construção começou no período dos Governos Militares, forma social de agradar o povo que sempre adorou o futebol e em tal momento não havia transmissões por meio da televisão, logo o futebol era a maior atração dos fins de semana dos torcedores em todo o país.  Vários foram os estados contemplados com estádios gigantes. Manaus (Am), Belém (PA), Fortaleza (CE). Porém, a ideia de avançar para uma praça de futebol mais estruturada vem dos anos 50 com o governador do Amazonas Plínio Ramos Coelho, torcedor do time do Nacional Futebol Clube. Foi ideia sua a ideia de construção do Vivaldo Lima.

Por ocasião do seu segundo mandato em 1963, como dedicado torcedor nacionalino passou a concretizar a ideia que tinha desde o seu primeiro governo (anos 50), estava convicto que o futebol amazonense merecia jogar em um novo estádio. Sua ideia era usar o local da primeira ponte, localizada ao lado do Palácio Rio Negro, avenida 7 de Setembro, centro da cidade de Manaus. Essa ideia não foi concretizada pela ação negativa dos engenheiros. Em seguida sugeriu a Ponte de Ferro Benjamin Constante, ao lado da Cadeia Pública Raimundo Vidal e também foi desaconselhado pela engenharia.

Figura 6 - Planta da visão aérea do Estádio Vivaldo Lima
Figura 6 – Planta da visão aérea do Estádio Vivaldo Lima

A ideia de construir um novo estádio o acompanhava em todos os momentos. Plinio Coelho compartilhou tudo isso com o pai do radialista Arnaldo Santos, Caetano de Andrade (que também era nacionalino) e estava sempre participando das conversas políticas que sempre terminavam em futebol.

Figura 7 - Terreno onde foi instalada a pedra fundamental e construído o estádio Vivaldão. Fonte: Skyscrapercity, 1963.
Figura 7 – Terreno onde foi instalada a pedra fundamental e construído o estádio Vivaldão. Fonte: Skyscrapercity, 1963.

A figura 7, mostra o local escolhido pelo Governador Plínio Ramos Coelho, ao lado do hospício (atualmente avenida Constatino Nery). Segundo Arnaldo Santos, que estava presente quando o governador afirmou que havia encontrado o local ideal para a construção do novo estádio. Sua fala foi incisiva: “ Pô, não dá mais pra continuar assim com o nosso futebol, Caetano, já sei onde vou fazer este estádio. Vai ser lá em Flores”. Lançou a pedra fundamental no Bairro de Flôres. Sua fala sugeria que no local tinha onça, jacaré, cobras, mas que lá seria construído O Vivaldo Lima.

Foram 12 anos só com a pedra fundamental, sem se fazer nada. Isso na década de 50, pois logo após veio a revolução em 1964. Após a sua reeleição, ele foi cassado pela revolução, segundo Arnaldo Santos, que na época apresentava um famoso programa na extinta TV Ajuricaba: “A.S. NOS ESPORTES”.

3.1.5. GOVERNADOR ARTHUR CÉSAR FERREIRA REIS

Com o governador Arthur César Ferreira Reis, vieram as ideias concretas para dar vida ao estádio. No seu governo foi criada a primeira comissão do grupo trabalho denominado GECENE que teve como presidente o então Deputado Estadual João Braga, Arnaldo Santos foi chamada para compor tal grupo.

3.1.6. Governador Danilo Matos Areosa

Quando assumiu o governo Danilo Areosa, incorporou a equipe criada no governo de Arthur Reys, a Federação Amazonense de Futebol (FAF), na época comandada por Flaviano Limongi, que ficou conhecido no futebol amazonense como o “ Baluarte” do Futebol Baré. Nesta época todos achavam o local do Vivaldão perigoso, mas a decisão foi mantida.

Na figura 8, a presença de Flaviano Limongi, presidente da Federação Amazonense de Futebol, o Governador Danilo de Matos Areosa. A imagem área do Vivaldão em construção nos anos 60, com toda a área em volta ainda intacta e sem a presença de bairros.

Figura 8 - Flaviano Limongi, Danilo Areosa, grande propulsor do projeto do Vivaldo Lima; ao lado, 'Torneio de Gratidão' em homenagem a Areosa. Fonte: Baú Velho(2013).
Figura 8 – Flaviano Limongi, Danilo Areosa, grande propulsor do projeto do Vivaldo Lima; ao lado, ‘Torneio de Gratidão’ em homenagem a Areosa. Fonte: Baú Velho(2013).

HOMENAGEM A DANILO AREOSA

Na época, anos 60, a Estrada de Flores formatava o Bairro de Flores, e era formada por concreto até certa parte e depois toda sua estrutura era de barro batido. No imaginário popular, o bairro de Flores estava completo com o Vivaldão, que tinha como referência o balneário da Verônica. Daí em diante o cenário futebolístico amazonense mudava de vez, mesmo que só com um gramado inserido no local após a passagem dos tratores. Arnaldo Santos recorda que, antes dos grandes clássicos acontecerem, a primeira disputa no ainda iniciado Vivaldo Lima foi de um torneio de base, o que marcou a pré-inauguração do gramado em fevereiro de 1969.

– Fizeram uma partida de futebol do Campeonato Infanto-Juvenil, com sete equipes, e o São Raimundo chegou à final contra o Sheik Clube. O primeiro gol no Vivaldo Lima foi marcado pelo Caroço, que ainda está vivo. Nesta ocasião, o Vivaldão só tinha o gramado, seco mesmo. Aí foi uma festa só. O governador Danilo Areosa ficou tão prestigiado pelo publico que se empolgou. E foi daí que melhorou a imagem dele. Segundo Arnaldo Santos, O Danilo Areosa é que levou o estádio Vivaldo Lima em 1970 ao “boom”.

3.1.7. OS JOGOS HISTÓRICOS

A construção do Vivaldo Lima durou certa de 12 anos, começou em 1958 foi inaugurado em 1970. A partida inaugural foi no dia 5 de abril de 1970 – com dois jogos de futebol, na verdade. Inicialmente entre as seleções B (reservas) do Brasil e do Amazonas, e logo a seguir entre as seleções A (titulares). Nas duas partidas a Seleção venceu por 4 a 1. Este evento foi presenciado pelo então presidente da Fifa, Stanley Rous, e pelo à época presidente da Confederação Brasileira de Futebol, João Havelange. Os quatro gols da seleção B do Brasil foram marcados por Dadá Maravilha, que futuramente viria a defender as cores do Nacional-AM. Muitos jogos marcaram o Vivaldo Lima, um deles inesquecível: Fast x Cosmos de New York, teve o maior público já registrado no estádio Vivaldo Lima: 56.950 espectadores (FAF).

Figura 9 - Equipe do Fast Clube que enfrentou o Cosmos de New York. Time tricolor tinha o campeão de 1970, Clodoaldo, o quinto em pé. Fonte: Baú Velho (2017)
Figura 9 – Equipe do Fast Clube que enfrentou o Cosmos de New York. Time tricolor tinha o campeão de 1970, Clodoaldo, o quinto em pé. Fonte: Baú Velho (2017)

3.1.8. VIVALDO LIMA: IMPACTO AMBIENTAL

A construção do Vivaldo Lima, alterou totalmente o meio ambiente. O desmatamento em área natural selvagem, igarapés, fauna e flora sofreram grandes alterações com a construção, que durou cerca de 12 anos (1958-1970). O Vivaldo Lima, foi um dos primeiros contribuinte de efluentes para o Igarapé dos Franceses, latitude  -3.0815730474821934, longitude -60.03114223480224,uma vez que o sistema hidro-sanitário não utilizava   sistema de estação de tratamento, tendo em vista que não haviam moradores nas áreas adjacentes por ocasião do processo de construção da obra. A retirada da floresta em torno do estádio, atenuou a fauna e provocou a chegada de novos moradores motivados pelas invasões o que proporcionou a criação de bairros na área: O Bairro da Alvorada, Conjunto Dom Pedro I formataram todo o início urbano no contexto territorial do Estádio Vivaldo Lima.

4. MATERIAIS E DISCUSSÕES

Esta pesquisa envolveu os contextos sócio-históricos-ambientais dos efeitos provocados pela construção do Conjunto residencial Castelo Branco, localizado geograficamente com latitude 3º 5¹33.90”S e longitude a 60º 0¹56.78”0e do Estádio Vivaldo Lima com longitude -3.079223, latitude -60.013976. Contexto de uma pesquisa bibliográfica e de campo, com metodologia quali-quantitativa baseada em depoimentos públicos de personagens que estiveram presentes nos fatos que originaram a construção dos objetos de estudos, documentários, livros, jornais e mensurações realizadas no ambiente analisado.

4.1.  ANÁLISE SÓCIO AMBIENTAL

Foram levantados os dados socioambientais com os fatos históricos da região ocupada na data dos fatos originários das propostas de criação dos objetos de estudo, o Conjunto Habitacional Castelo Branco e o estádio Vivaldo Lima, o que envolveu as questões antropológicas e sociais que alteraram o meio ambiente. Para obtenção de dados, foi utilizado o Protocolo Avaliação Rápida de Habitat com base em Calisto et all (2002).

4.2. PESQUISA DOCUMENTAL

Foram usadas pesquisas de documentos como revistas, jornais, documentários, gráficos, tabelas estatísticas, gravações, fotografias que podem ser utilizadas em função de não terem recebido algum tipo de análise, o que está de acordo com LAKATOS (2006). As pesquisas documentais, foram realizadas na Federação Amazonense de Futebol (FAF), as entrevistas abertas  com jornalistas e radialistas e historiadores e moradores pioneiros da área.

A amostragem está vinculada ao conhecimento prévio do pesquisador, o que fato contempla o pensamento de MARCONI e LAKATOS, 2008, quanto a área de foco da pesquisa, de modo que as seleções dos sujeitos envolvidos tenham informações com conhecimentos necessários para investigação científica.

4.3. ANÁLISE HÍDRICA DO IGARAPÉ DO MINDÚ

A análise hídrica das águas do Igarapé do Mindú, foram realizadas na região do inferior nível, na região do Balneário do Parque 10 de Novembro com mensurações do PH, Condutividade Elétrica (CE), Oxigênio Dissolvido (OD). As aferições foram realizadas para análise comparativa com o padrão do CONAMA 357/2005.

Os padrões comparativos do resultado da pesquisa e estudos já realizados nos mesmos pontos do leito do Igarapé do Mindú. Este estudo realizou (02) duas coletas hídrica, nos meses de novembro de 2016 e janeiro de 2017, o que reflete dois momentos do igarapé: o baixo nível de água do leito em novembro (2016) e o alto nível de água em janeiro (2017) em função das chuvas na região. Os pesquisadores da UFAM (LAMESP) e do CMDI (Laboratório de Química), realizaram a análise química das águas. Os dados coletados foram tabulados e formatados no software EXCEL 20017.

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

5.1. ANÁLISE SÓCIO-AMBIENTAL

Época de plena interação entre o homem e a natureza na cidade de Manaus, onde os manauaras tinham como lazer as águas geladas dos igarapés e as partidas de futebol, em plena fase da geografia que finalizava seus limites no Bairro de Adrianópolis e sua extensão se deu exatamente em função da construção do Balneário do Parque 10 de Novembro, inaugurado em 1943 e do Estádio Vivaldo Lima que começou sua construção em 1958 e só foi inaugurado em 1970. Dois fatores contribuintes para o crescimento desordenado da cidade somados ao Tecnicismo aplicado em Manaus com a criação da Zona Franca em 1968(IBGE). Este fatos concordam com Carlos (1994), afirma que a Revolução Industrial criou as condições necessárias para o capital acumulado pudesse se reproduzir e a sociedade deixa de ser rural para transformar-se em urbana.

Outros fatores foram somados aos problemas ambientais ao longo do tempo.

Nos anos 70 ainda não haviam estudos comprovados e publicados no Amazonas sobre  efeitos antrópicos. A natureza formatava a fauna, flora, rios e igarapés em sua forma original. Não havia poluição. Manaus era habitada nas zonas sul, centro sul e oeste. Os igarapés da cidade estavam limpos e naturais, assim como as  matas ciliares, fauna e flora intactos. As mudanças só ocorreram depois da implantação da zona franca de Manaus, que provocou o efeito migratório causando as maiores transformação na capital e no Estado do Amazonas como  o movimento de pessoas  em busca de emprego nas fábricas do distrito Industrial.

Em 1970, de acordo com o IBGE, Manaus tinha pouco mais de 2.500 hectares para uma população de 283.685 habitantes, com densidade demográfica de 112 habitantes por hectare. Dez anos depois, essa densidade diminuiu para menos de 50%, aproximadamente 53 habitantes por hectare. A população de aproximadamente 1.000.000 (um milhão de habitantes) (IBGE) passa a se concentrar na área urbana e o crescimento da capital aumenta de forma alarmante em comparação com o Estado. Após a década de 60, ocorre um declínio na população rural na mesma proporção que a população urbana aumenta. A representatividade da Zona Rural se torna tão pequena que o censo realizado em 1991 aponta apenas 0,49% (4.916 habitantes) (FILHO, 1999).

5.2. ANÁLISE QUÍMICA DO IGARAPÉ DO MINDÚ

O igarapé do Mindú possui extensão de 22,5 km (PMM), corta toda a cidade desde a Reserva Duque no Bairro Cidade de Deus até a Ponte do Bilhares na Avenida Constantino Nery. Nos anos 50,60,70 o nível antrópico no nível superior e médio era irrelevante pois não haviam bairros naquela região da cidade de Manaus. Porém, no final da década de 60 e início da década de 70, na região do Balneário, as águas sofriam as ações dos esgotos das casas do Conjunto Habitacional Castelo Branco e rapidamente veio a contaminação e consequente desativação do mesmo em 1974 (PMM).

Nesta pesquisa realizamos a coleta na região do balneário com o seguinte resultado em novembro de 2016, na montante 1, PH=6,88, Condutividade Elétrica (CE)=2955 uS.cm-¹, Oxigênio Dissolvido= 2,78 mg.L-¹, Temperatura= 29,1 °C, Turbidez= 459 UNT.

Na Jusante 1:PH= 7,02, Condutividade Elétrica (OD)= 301,2 uS.cm-¹, Oxigênio Dissolvido (OD)=2,38 mg.L-¹, Temperatura= 29,0 °C, Turbidez= 492 UNT.

Em janeiro de 2017 (montante2): PH=6,9, Condutividade Elétrica (CE)=297,4 uS.cm-¹, Oxigênio Dissolvido (OD)=2,71 mg.L-¹, Temperatura= 29,6 °C, Turbidez=458 UNT.

Na Jusante2: PH=7,05, Condutividade Elétrica (CE)=302,3 uS.cm-¹, Oxigênio Dissolvido (OD)=2,37 mg.L-¹, Temperatura= 29,5 °C, Turbidez=496  UNT.

Na tabela 1, os resultados da análise química desta pesquisa e os valores estabelecidos pelo CONAMA 375/2005:

Tabela 1 – mostra o resultado da análise hídrica realizada pela     LAMESP-UFA ,em janeiro de 2017.

Amostra PH – CEµS.cm-1 ODmg.L-1 Temp°C Localização
1 6,9 297,4 2,71 29,6 Montante
2 7,05 302,3 2,37 29,5 Jusante
CONAMA 357/05 6,0 – 9,0 ≥ 5

Fonte: Almeida, F.R.2017.

Podemos observar, na tabela 1 e no gráfico 2, que os resultados da pesquisa na região do Balneário do Parque 10 de Novembro, estão muito próximo dos valores adotados pelo CONAMA357/05. O potencial de hidrogênio (PH), de 6,9/7,05 está dentro do padrão estabelecido pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (6.0/9,0), o nível de Oxigênio Dissolvido (OD)2,71/2,37 mg.L-¹, está muito próximo do valor oficial de ≥ 5 mg.L-¹, a temperatura está dentro da normalidade, a Condutividade Elétrica está muito alta em relação ao padrão.

Gráfico 2 - Análise Físico-química das águas do Igarapé do Mindú, piscina do Balneário do Parque 10 de Novembro. Fonte: Almeida,F.R.(2017).
Gráfico 2 – Análise Físico-química das águas do Igarapé do Mindú, piscina do Balneário do Parque 10 de Novembro. Fonte: Almeida,F.R.(2017).

CONCLUSÕES

O conjunto Habitacional Castelo Branco e o Estádio Vivaldo Lima, foram construídos, no meio do espaço natural da área rural de Manaus. Ambos causaram grandes impactos ambientais, provocaram desmatamento, alteração da fauna e da flora, além de efetuarem alterações nos igarapés hídricas nos igarapés do Mindú e Franceses. Os dados compilados dos resultados obtidos nas mensurações físico-química das águas do Mindú provam que o nível antrópico dos esgotos do Conjunto Castelo Branco, desde a sua inauguração até os dias atuais, tem alterado   o PH, Oxigênio Dissolvido (O.D.), a Condutividade Elétrica (C.E.), Turbidez em toda a região do inferior curso, região da antiga piscina do Balneário do Parque. Não há resultados de análises químicas das águas do Igarapé dos Franceses na região Estádio Vivaldo Lima (atualmente Arena da Amazônia).

Concluímos também que os dois parâmetros, foram responsáveis por ações sociais que resultaram em invasões e os surgimentos de novos bairros em torno dos mesmos. Como exemplos de bairros criados podemos citar, em função do Conjunto Castelo Branco, o Bairro da União e Bairro da Alvorada adjacente ao Estádio Vivaldo Lima. Um contexto somado à criação da Zona Franca de Manaus e o efeito migratório que desencadeou todo o processo desordenado de crescimento da cidade Manaus.

REFERÊNCIAS

APHA – American Public Health Association; American Water Work Association – AWWA; Water Pollution Control Federation – WPCF. 2005. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. 21 ed. New York, 1268p.

SHEPARD, ROY J.Nutritio Reviews: Apr 1996; 54,4.

NAHAS,M.V, (1995). O Conceito de vida ativa a atividade física como fator de qualidade de vida. Boletim do NuPAF-UFSC.n.3.p.1.

Resolução do CONAMA nº 430/11 Brasil, 2011.

Resolução nº 375/05, do Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA balneabilidade (BRASIL, 2005).

Técnicas de Pesquisa-7ª edição.2008 (Cód. 2590152).Lakatos.Eva Maria/Marconi Marina de Andrade.Atlas.

SMITH & SCHINDLER, (2009)- Eutrophicatio Science.

CALISTO,M. et al. Aplicação de um protocolo de Avaliação  Rápida de Habitat em atividade de ensino e pesquisa (MG_RJ)- Acta Limnologia Brasiliensia, 34, 91-94 (2002).

FURTADO, CELSO. Cultura e Desenvolvimento, (1983)-www.cult.ufba.br/enecult2009/19127.

CHERNI,JUDITH, A.(2002)-Princípio do Desenvolvimento Sustetável- www.egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/anexos/26811-26813-1-PB.

HAMM, Christian (2009): Experiência estética em Kant e Schiller. In: WERLE, M. A.; …… que não as suas próprias” (Schiller (1991), 54; (2009), 103). 227 Schiller.

https://digitalis-sp.uc.pt/…/Harmonia%20e%20Autonomia%20da%20Aparência%20e

www.livrariacultura.com.br/p/livros/esportes-e-lazer/futebol/bau-velho-1102815

ESTUDOS AVANÇADOS 19 (54), 2005 101

BRASIL. CÂMARA DOS DEPUTADOS. Diário do Congresso Nacional (seção I), 6/ 8/1957, s/p.

[1] Mestrando

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Uma resposta

  1. Excelente.
    Só uma errata.
    Manaus triplicou de população, não em 10 anos, como dito. E sim, em 20 anos.
    1970 340.000
    1980 659.000
    1991 1.010.000

    Censo do IBGE

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