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O uso da tecnologia na educação: Perspectivas e entraves

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CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

SANTO, Sandra Aparecida Cruz do Espírito [1], SILVA, Joelma Tavares da [2], MOURA, Giovana Cristina de [3]

SANTO, Sandra Aparecida Cruz do Espírito. MOURA, Giovana Cristina de. SILVA, Joelma Tavares da. O uso da tecnologia na educação: Perspectivas e entraves. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 01, Vol. 04, pp. 31-45. Janeiro de 2020. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/uso-da-tecnologia

RESUMO

Ao refletir sobre educação, pensa-se, sempre, no dispositivo científico dos educadores, que, por vezes, responde, apenas, à comandos pedagógicos, o que torna a tecnologia, frequentemente, esquecida. Contudo, vive-se em uma época em que a sociedade pede uma visão tecnológica a respeito do mundo. Os docentes já não conseguem responder aos obstáculos da educação somente com um conhecimento científico-pedagógico, faz-se imprescindível, então, construir um conhecimento tecnológico e educacional para ministrar o conteúdo. Considerando-se alguns dos contextos associados à utilização da tecnologia ao ensino-aprendizagem, propõe-se refletir sobre a existência de uma desarmonia entre os olhares da ideologia da sistematização tecnológica bem como sobre a maneira como, solidamente, a maioria dos educadores a utilizam. Busca-se, ainda, analisar a precisão de uma formação efetiva de docentes. Nesta instrução de professores a respeito de ferramentas tecnológicas desconhece-se, comummente, a flexibilidade inerente das diversas formas de aprendizagem disciplinar assim como os tipos de metodologias pedagógicas que são mais aceitáveis para o ensino de cada matéria. Dessa forma, o conhecimento adquirido pela formação contínua de professores deverá ser formulado de acordo com cada componente curricular atrelado, para tanto, às tecnologias.

Palavras-chave: Tecnologia, pedagogia, conteúdo.

INTRODUÇÃO

Arranjar a tecnologia no ensino atual já é uma precisão inadiável, distinguida por todo profissional da educação que marcha atualizado com as derradeiras tendências na ciência. Dito isso, entretanto, é preciso conscientizar-se de que a forma com que essa saída deve ser empregada em turma de aula nem sempre é objetiva. Nesse contexto, o importante é saber como unir as novas formas de informar e aprender à idealização de aula que desejamos e ao currículo escolar.  O progresso tecnológico aproxima-se do cotidiano a partir de aparelhos conectivos como smartphones e tablets, igualmente na forma da internet e da conectividade plena. Esses artifícios materiais admite o acesso a orbe virtual e viajar no oceano de elementos armazenados ali. Essa tranquilidade em acessar dados é um dos grandes reforços da tecnologia para o campo educacional.

A Base Nacional Comum Curricular acatou diversas modificações para a educação nacional. Uma delas é o importante enfoco na tecnologia nas classes de aulas, visto que os alunos da Geração Z estão viajando em ambientes imaginários. Eles comunicam-se com desembaraço no meio dedal, às vezes mais do que seus progenitores e professores. Impulsionar e orientar o intercâmbio, nesses espaços, tem, abundantemente, a acrescentar ao exercício pedagógico. A tecnologia investe e contribui em diversos campos da sabedoria. Conceba e visualize a ideia de quão grandemente a realidade adicionada à realidade imaginária pode ajudar os estudantes de áreas que necessitem de identificação e banimento de qualquer desacerto ou inadequação. É essa a relevância social do presente estudo.

1. A RELAÇÃO DA TECNOLOGIA COM A EDUCAÇÃO NO CONTEXTO MODERNO

As Tecnologias da Informação e Comunicação, ou, simplesmente, TICs são consideradas como uma terminologia que expressa o mesmo sentido das Tecnologias de Informação (GONÇALVES et al, 2018; ALMEIDA; MOLL, 2018; FREITAS et al, 2017; CAMILLO; MEDEIROS, 2018; PEREIRA, 2019). A diferença entre ambas é que as TICs dizem respeito ao papel da comunicação moderna na tecnologia da informação. Já a Tecnologia da Informação é entendida como um conjunto de dispositivos individuais, como o hardware, o software, as telecomunicações ou quaisquer outras tecnologias que façam parte ou deem forma ao tratamento da informação. Nesse sentido, as TICs podem ser compreendidas como todos os recursos técnicos que são acionados para o tratamento da informação de forma a contribuir, sobretudo, na esfera da comunicação (SOARES-LEITE; NASCIMENTO-RIBEIRO, 2012; TAKAHASHI, 2005; BIANCHI; PIRES, 2010).

Podem ser compreendidas, ainda, como a própria Tecnologia da Informação bem como podem ser definidas como quaisquer formas de transmissão de informações. Dessa forma, correspondem a todas as tecnologias que interferem e mediam os processos informacionais e comunicativos dos indivíduos (GONÇALVES et al, 2018; ALMEIDA; MOLL, 2018; FREITAS et al, 2017; CAMILLO; MEDEIROS, 2018; PEREIRA, 2019). Contudo, é preciso reiterar que as TICs podem sem compreendidas, ainda, como um conjunto de recursos tecnológicos e integrados entre si. Esses têm como objetivo em comum proporcionar, por meio das funções de software e de telecomunicações, a automação e a comunicação dos processos voltados aos negócios, à pesquisa científica e ao ensino e aprendizagem. Este último é o foco deste trabalho.

No mundo moderno é comum que as TICs sejam empregadas e dissolvidas nas atividades mais variadas, e, dessa forma, em setores diversos, desde o mundo dos negócios até a esfera da educação (GONÇALVES et al, 2018; ALMEIDA; MOLL, 2018; FREITAS et al, 2017; CAMILLO; MEDEIROS, 2018; PEREIRA, 2019). É comum perceber a sua ação nas indústrias de automação, no comércio, nos setores voltados ao investimento, nos setores de informação simultânea, na comunicação e na educação para mediar os processos de ensino e aprendizagem. As TICs surgem, sobretudo, para atuarem como uma alternativa para facilitar, aprimorar e aperfeiçoar, aqui, no caso deste estudo, o campo da educação (SOARES-LEITE; NASCIMENTO-RIBEIRO, 2012; TAKAHASHI, 2005; BIANCHI; PIRES, 2010). Seu principal objetivo, logo no começo, era inserir os computadores no contexto escolar de forma a tornar o acesso à informação mais viável.

Segundo Peixoto e Araújo (2012), o computador é entendido como uma ferramenta pedagógica responsável por melhorar a qualidade e otimizar o processo de ensino-aprendizagem. Nesse sentido, os autores compreendem que o discente é o construtor do conhecimento enquanto que o professor é o responsável pela mediação entre o aluno, o computador e o saber (PINTO, 2004). É preciso, portanto, que o computador (e os demais recursos tecnológicos) sejam usados na sala de aula a partir de uma abordagem capaz de transcender o contexto atual. Para Lévy, tanto a cibercultura quanto o ciberespaço devem ser utilizados para apoiar ideias e/ou projetos que objetivam construir uma sociedade efetivamente democrática a partir de modelos pedagógicos pautados na inteligência coletiva.

As TICs, no domínio da educação, trouxeram, além do acesso à informação de forma mais dinâmica a possibilidade de exercer um processo de ensino-aprendizagem mais inovador, moderno, atrativo e atento às demandas sociais (GONÇALVES et al, 2018; ALMEIDA; MOLL, 2018; FREITAS et al, 2017; CAMILLO; MEDEIROS, 2018; PEREIRA, 2019). Não são ferramentas, apenas, do professor para que esses possam se capacitar, e, dessa forma, tornar as suas aulas mais modernas e atrativas. É algo a ser experienciado, também, pelo educando, visto que ambos, professor e aluno, comunicam-se, diariamente, a partir de redes e comunicações virtuais. O principal desafio é trazê-las para o contexto escolar (SOARES-LEITE; NASCIMENTO-RIBEIRO, 2012; TAKAHASHI, 2005; BIANCHI; PIRES, 2010). Essas tecnologias já fazem parte da vida desses, e, assim, não se pode ignorá-las: elas devem integrar a prática docente.

A educação diz respeito ao “processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral da criança e do ser humano em geral, visando à   sua   melhor   integração   individual   e social”.  Para ocorrer essa integração é necessário   que   valores, conhecimentos, hábitos e comportamentos sociais sejam ensinados   e   aprendidos por   meio da educação para ensinar sobre as tecnologias na base da identidade e da ação do grupo e que se faça uso destas mesmas tecnologias para ensinar as bases da educação (SOUZA; PEREIRA; MACHADO, 2018, pp. 248-249).

Nesse sentido, o professor deverá atuar como um mediador dessas tecnologias, e, assim, de forma constante, precisa se aperfeiçoar frente à essas TICS para que mudanças positivas sejam notadas em sua atuação, ou seja, no exercício do ensino (GONÇALVES et al, 2018; ALMEIDA; MOLL, 2018; FREITAS et al, 2017; CAMILLO; MEDEIROS, 2018; PEREIRA, 2019). Defende-se, então, que o docente precisa saber utilizar essas ferramentas a seu favor, e, principalmente, a favor da educação. Assim sendo, as TICs no contexto educacional precisam ser acionadas de forma inteligente e consciente. Dessa forma, deve haver clareza nos objetivos que se deseja alcançar ao fazer uso dessas tecnologias (RIBEIRO; CALDAS, 2018). A partir desses objetivos, é preciso escolher metodologias novas bem como formas para que a prática pedagógica seja aperfeiçoada.

As novas tecnologias estão influenciando o comportamento da sociedade contemporânea e transformando o mundo em que vivemos. Entretanto, é fato já comprovado que elas, desconectadas de um projeto pedagógico, não podem ser responsáveis pela reconstrução da educação no país, já que por mais contraditório que possa parecer, a mesma tecnologia que viabiliza o progresso e as novas formas de organização social também tem um grande potencial para alargar as distâncias existentes entre os mundos dos incluídos e dos excluídos (SILVA, 2011, p. 539).

Com a inserção das tecnologias no cotidiano escolar é possível proporcionar o desenvolvimento crítico e criativo assim como a aprendizagem colaborativa (GONÇALVES et al, 2018; ALMEIDA; MOLL, 2018; FREITAS et al, 2017; CAMILLO; MEDEIROS, 2018; PEREIRA, 2019). Com a união dessas esferas torna-se viável a realização de atividades que garantem a interatividade entre aluno e professor. Vive-se, atualmente, na era tecnológica, e, dessa forma, é necessário aliar os conhecimentos que o educando trás da sua vivência com aquele proporcionado pela escola. É um processo essencial para a construção de saberes. Nesse sentido, a inserção das TICs no mundo globalizado é algo fundamental, sobretudo na esfera educacional, visto que, os alunos, vivem na era digital (RIBEIRO; CALDAS, 2018).

O ambiente digital surge como uma nova perspectiva no contexto escolar, abrindo espaço para uma maior interação humana mediada pelos gêneros eletrônicos, através da interdisciplinaridade. A linguagem universal e compartilhada no mundo inteiro, transforma o aprendizado do aluno, inserindo-o como sujeito social no contexto educacional e na tecnologia simultaneamente (DIAS; CAVALCANTE, 2016, p. 163).

É papel tanto do educador quanto da escola entender as tecnologias que se manifestam nos espaços diversos acessados pelos alunos (GONÇALVES et al, 2018; ALMEIDA; MOLL, 2018; FREITAS et al, 2017; CAMILLO; MEDEIROS, 2018; PEREIRA, 2019). Assim sendo, o uso das TICs, nas escolas, principalmente com o advento da internet nesses espaços, contribui para que haja uma expansão do acesso à informação de forma dinâmica, atualizada e inovadora. Com isso, deve-se promover a criação de comunidades colaborativas que privilegiam a comunicação. Permite-se, então, o estabelecimento de novas relações com o saber, visto que essas ultrapassam os limites dos materiais institucionais tradicionais e rompem, também, com os muros da escola, visto que se articula com outros espaços produtores de conhecimento.

Tal articulação poderá dar forma às mudanças substanciais no interior da escola. Sabe-se que as tecnologias e as mídias vieram para ficar, e, dessa forma, fazem parte do cotidiano dos sujeitos mais diversos, quer esses vivam na zona rural ou na urbana. Essa permanência dá vida à criatividade e à comunicação, sobretudo nos espaços virtuais oferecidos pela internet (GONÇALVES et al, 2018; ALMEIDA; MOLL, 2018; FREITAS et al, 2017; CAMILLO; MEDEIROS, 2018; PEREIRA, 2019). Nesse sentido, a utilização de recursos tecnológicos deve mediar o processo de ensino e aprendizagem. É uma vantagem nos dias atuais. Contudo, esses precisam ser bem escolhidos para que o aprendizado do educando possa ser motivado. Percebe-se, então, que para se alcançar bons resultados, depende, exclusivamente, de boas escolhas frente a essas ferramentas.

Para tanto é importante conhecer as particularidades da realidade escolar e assim introduzir diferentes tecnologias na escola: computador, vídeos, internet, data show, aparelho de som, TV, entre outros recursos que sejam positivos na prática pedagógica. A aprendizagem necessita ser desafiadora, com vistas a compreender o mundo e atuar na própria rede de conhecimentos, buscando desenvolver nos alunos as aptidões. Deve-se incluir nessa jornada o aprendizado sobre o uso correto de editores de textos, o Excel, programas, sites para pesquisa, e antes de tudo dar ênfase à escrita seja manual ou digital, ambas têm as suas prioridades, cada uma a seu modo, o uso do editor de textos promove a conexão de distintas formas de expressão, já que associa texto, imagem, fluxogramas, uso de autoformas, gráficos entre outros, além disso, é um suplemento na correção ortográfica (DIAS; CAVALCANTE, 2016, pp. 163-164).

Para que haja uma mediação dessas tecnologias por parte do docente é preciso que esses conheçam não apenas as tecnologias que desejam apresentar e utilizar em uma determinada turma. É preciso que ele conheça, principalmente, as especificidades e as necessidades do seu alunado. Alguns podem, por exemplo, preferirem o vídeo à música. Deve haver um processo contínuo de adaptação às especificidades do alunado (GONÇALVES et al, 2018; ALMEIDA; MOLL, 2018; FREITAS et al, 2017; CAMILLO; MEDEIROS, 2018; PEREIRA, 2019). A realidade local desses alunos bem como as condições de vida nas quais vivem devem ser igualmente nesse processo de escolha de recursos tecnológicos a serem utilizados no ambiente escolar. Tecnologias que não fazem parte do cotidiano desses alunos podem distanciar, novamente, os alunos do professor.

Uma aula que faz uso desses recursos de forma eficiente, torna-se, ao mesmo tempo, mais interessante, dinâmica, flexível, moderna e antenada às mudanças da vida real desses alunos. Oferece, portanto, a esses alunos, oportunidades para que esses sejam capazes de inventar e reinventar o mundo com os seus próprios olhos a partir do contato com a tecnologia. Favorecem, ainda, o levantamento das hipóteses dos alunos propostas por eles próprios sobre um determinado tema. Desencadeia, ainda, processos criativos a partir de uma participação ativa na construção do seu conhecimento e de sua cultura (GONÇALVES et al, 2018; ALMEIDA; MOLL, 2018; FREITAS et al, 2017; CAMILLO; MEDEIROS, 2018; PEREIRA, 2019). Tais objetivos são assegurados pelas Diretrizes Curriculares Nacionais.

A adesão escolar precisa estar suscetível no que se diz respeito às tecnologias educacionais, objetivando uma educação de qualidade e informatizada, para isso é preciso rever as diretrizes curriculares abordando a inclusão digital, uma vez que a internet desenvolve diversas aptidões no tocante ao ensino aprendizagem do educando (DIAS; CAVALCANTE, 2016, p. 163).

Estudos apontam que o uso das mídias e das ferramentas tecnológicas garantem, aos alunos, o acesso à diversos recursos midiáticos e tecnológicos (GONÇALVES et al, 2018; ALMEIDA; MOLL, 2018; FREITAS et al, 2017; CAMILLO; MEDEIROS, 2018; PEREIRA, 2019). Amplia-se, dessa forma, as diversas possibilidades de expressão bem como de autonomia, pois esses discentes conseguirão realizar atividades fora da sala de aula. Esse processo faz com que busca pelo conhecimento seja algo frequente. É uma estratégia que desperta a curiosidade e aproxima os pais e/ou responsáveis de seus filhos e os professores dos seus alunos. Esses alunos, por sua vez, perceberão que os tablets, smartphones, notebooks, computadores, câmeras digitais bem como as mídias sociais e outros aparatos tecnológicos possibilitam experiências diversas além do prazer (PEIXOTO; ARAÚJO, 2012; PINTO, 2004)

Esses alunos serão capazes de perceber que esses dispositivos podem ser utilizados para fins diversos, desde se entreter até estudar e trocar informações com pessoas distintas sobre o conteúdo aprendido (GONÇALVES et al, 2018; ALMEIDA; MOLL, 2018; FREITAS et al, 2017; CAMILLO; MEDEIROS, 2018; PEREIRA, 2019). Frequentemente, as mídias mais utilizadas pelos professores são a televisão, o rádio, os materiais impressos, os celulares, as câmeras fotográficas e os computadores (PEIXOTO; ARAÚJO, 2012; PINTO, 2004). Contudo, este estudo defende que existem inúmeras possibilidades para que essas mídias e dispositivos possam ser aproveitados e colocados em prática no dia a dia dos professores. O próprio MEC aponta algumas propostas para que essas mídias e recursos sejam incorporados no fazer docente. Essas propostas precisam popularizar, motivar e influenciar o uso da tecnologia em sala de aula.

Destaca que para que haja uma boa integração entre alunos e professores, constituída, por sua vez, a partir de elementos de caráter social e afetivo, visando uma aprendizagem significativa, deve-se ter, como premissa, o redimensionamento dos conteúdos para além do que é considerado tradicional (GONÇALVES et al, 2018; ALMEIDA; MOLL, 2018; FREITAS et al, 2017; CAMILLO; MEDEIROS, 2018; PEREIRA, 2019). É preciso, então, incluir o conceito de competência. Ele deverá ser colocado em prática por meio da inserção de recursos midiáticos, visando, sobretudo, o desenvolvimento de competências, habilidades e atitudes de cada aluno. A tecnologia promove, hoje, um grande evento social que é ampliado, a cada dia, com o uso desta pelos educadores no mundo todo. Ela favorece a comunicação, e, assim, não se separa, jamais, da esfera da educação.

2. AS CONTRIBUIÇÕES DA TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO

 A tecnologia e a sua utilidade na educação deixaram de ser inovação já há algum tempo e, do tempo que a informática foi engranzada no dia a dia dos educandos, as ferramentas digitais que vão nascendo aprimoram cada vez mais as novas composições de aprendizado. Este processo tecnológico não oferece, tão-somente, maneiras mais vivas para trabalhar os teores abordados nas salas de aula. Elas promovem inovações nas formas de instruir-se, permitindo, aos estudantes, assumirem um caráter muito mais crítico e influente no processo de incremento educacional. A tecnologia é um feitio de aprimorar a categoria da educação, uma vez que proporciona novéis caminhos para a educação e aprendizagem além de inovações metodológicas (BARRETO, 2004; FONSECA; QUEIROZ, 2018; ALCÂNTARA; LIMA, 2019; FREITAS, 2018).

Tem como propósito formar os docentes e ajudar esses a encontrar estratégias renovadas para o aperfeiçoamento do método educacional. Podem, também, tornar as aulas igualmente atraentes e modernas, aumentando, assim, as probabilidades para alunos e tutores, modificando, para tanto, a informação e tornando os cursos mais motivadores e expressivos. É um ótimo subsídio para aqueles educandos com facilidades ou problemas de aprendizagem, pois, por intermédio da educação personalizada, pode acordar o interesse deles para os cursos, ou seja, pode motivar bem como instigar esse alunado. Estas são maneiras, também, de abrir os olhos para curiosidade e inovações, estimulando, portanto, outras experiências por meio da tecnologia, para, assim, seguir construindo aptidões e contribuindo para a técnica de muitos alunos (BARRETO, 2004; FONSECA; QUEIROZ, 2018; ALCÂNTARA; LIMA, 2019; FREITAS, 2018).  Contudo, alguns estudiosos têm evidenciado o caminho negativo deste método.

Por um lado, as benfeitorias que a tecnologia ocasionou e tem apresentado são, sem suspeitas, enormes. Os smartphones são exemplos adequados de praticidade. Com eles, é admissível tirar fotos, registrar vídeos, acessar aplicativos benéficos no dia a dia, contrapuser e enviar e-mails, acessar redes sociais, dentre outras atividades. Além disso, a possibilidade de deliberar problemas a distância aproveitando a tecnologia é um tanto muito importante na época presente. Por outro lado, a utilização não moderada dos recursos tecnológicos pode provocar, diretamente, os diversos motivos de problemas sociais. O número desmedido de informações que são obtidas a partir da internet pode originar confusão e preocupação nas pessoas. Exatamente pelo fato de deparar com a existência de diversas portas que podem ser abertas, o indivíduo acaba por se sentir embaraçado e completamente irresoluto sobre um plano futuro (BARRETO, 2004; FONSECA; QUEIROZ, 2018; ALCÂNTARA; LIMA, 2019; FREITAS, 2018).

Os jovens se encaixam bem nesse modelo, pois, em inúmeras das vezes, não se compreendem. Todavia, tal exemplo não se atém apenas aos púberes. Além disso, outra dificuldade dos smartphones que aprecio grave é a omissão de atenção e enfoco que eles têm ocasionado em muitos seres humanos. Para que este propósito seja alcançado, é preciso conhecer alguns dos benefícios que estes instrumentos pedagógicos dedais oferecem, de tal maneira que seja útil para o plano de aula docente bem como para aprimorar o desempenho dos seus educandos.  Um aspecto inicial a ser considerado é que a utilização da tecnologia no ensino tem que estar, necessariamente, veiculada à aprendizagem, pois sua utilização apenas por modismo não ocasionará nenhuma prerrogativa para a aquisição de conhecimento. Nesse sentido, cabe apontar algumas estratégias para que as tecnologias sejam inseridas no cotidiano escolar.

2.1 APROXIME-SE DA VIDA DOS ALUNOS

É notório que uma geração na qual o indivíduo conta com a tecnologia tende a ser mais abrangente e, assim, apresenta uma precisão de análise mais arraigada. Sendo assim, torna-se imprescindível compreender a sucessão dos dias em que esses adolescentes vivem e, assim, identificar as suas precisões educacionais. De redes sociais como o instagram até mesmo plataformas de exame utilizadas, é imprescindível que professores, coordenadores e diretores estejam, consecutivamente, atentos às novas utilidades e possam, dessa forma, bancar a escola a partir de uma realidade mais próxima do universo social existido pelos alunos.

2.2 ADICIONAR VALOR AOS QUEFAZERES DO PROFESSOR AO INVÉS DE SUBSTITUÍ-LO

Na opção de recursos tecnológicos que arrisquem substituir o catedrático ou que apenas digitalizem trabalhos de memorização é mais produtivo arrazoar em como este procedimento pode socorrer o trabalho do educador.

2.3 USAR AS TÉCNICAS E SOFTWARES

A tecnologia, por aceitar o compartilhamento dos dados, torna a Instituição Escolar não mais o lugar que “detém” a informação. Ela, agora, pode ser conseguida, rapidamente, por intermédio de diversas metodologias que têm sido aproveitadas nas escolas para compartilhar informações entre educandos e professores, como o ensino a distância e as simulações computadorizadas.

2.4 A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA NO AMBIENTE DOCENTE

Esse estudo pretendeu mostrar que houve uma disseminação massiva das tecnologias de informação e de comunicação nos mais diversos setores da sociedade, e, com esse fluxo intenso, não se pode negar a relação existente entre o conhecimento informático e os demais campos do conhecimento (TOSCHI, 2005; PINTO, 2004; ALMEIDA, 2003). Esse processo criou uma nova forma de linguagem que precisa ser introduzida no contexto escolar: a linguagem digital. Nesse contexto, as tecnologias da informação e comunicação, ou, simplesmente, TICs, tratam-se de uma fusão de três dimensões distintas: a informática, as telecomunicações e as mídias eletrônicas e/ou digitais.

Elas criaram um encantamento no meio educacional; as possibilidades novas, alardeadas pelos teóricos e governo, que oferecem nesse campo são inúmeras, principalmente em relação aos conceitos de espaço e distância. Exemplos são as redes eletrônicas e o telefone celular. As novas tecnologias podem ser classificadas em mídia, multimídia e hipermídia. A mídia caracteriza-se por poucos elementos, como por exemplo, o rádio, o toca fitas que transmitem apenas som, ou seja, é só áudio; a televisão de antena também é uma mídia e já possibilita som e imagem. A hipermídia são os documentos que incorporam texto, imagem e som de maneira não linear (PINTO, 2004, p. 4).

Nota-se, então, que a multimídia integra vários elementos e aparatos. Eles podem ser elementos e/ou dispositivos diferentes que devem ser interconectados que precisam ser apresentados a partir de módulos ou, ainda, por meio de um computador multimídia (TOSCHI, 2005; PINTO, 2004; ALMEIDA, 2003). No mundo contemporâneo, o computador e demais ferramentas tecnológicas são compreendidas como instrumentos indispensáveis. Nesse sentido, a contribuição das reflexões aqui postas tem como escopo principal incentivar o uso dessas tecnologias a partir de um computador, visto que integra imagem, áudio e vídeo no contexto docente, uma vez que tais tecnologias, a cada dia, tornam-se meios para que seja possível sobreviver no mundo moderno. Assim sendo, discussões que refletem sobre a relação entre tecnologia e ensino devem ser feitas para que ela seja, efetivamente, introduzida na sala de aula.

CONCLUSÃO

A tecnologia tem potencialidade transformadora e em um conjunto cujas conexões imaginárias são responsáveis pela movimentação em tempo real de um ventilar infinito de conhecimentos pode, efetivamente, propor novos caminhos para aprendizagem. O grande desafio é construir conhecimento e protagonizar a mente de moços cada vez mais antenados com as transformações de seu tempo. Atualmente, o domínio da tecnologia simula um dos principais ambientes de inserção igualitária e em um ambiente educacional cuja aprendizagem considera este aspecto da vida real, o conjunto de seus alcances e as inter-relações que se põem com os objetos de aquisição do conhecimento potencializa o aumento das habilidades cognitivas.

A metodologia educativa torna-se, deste jeito, mais ampla e eficaz, resultando na cassação com práticas pedagógicas abalizadas na unilateralidade da inclusão professor-aluno e na mera transferência de conteúdo dos componentes curriculares, permitindo assim, a liberdade usual de espaços, a divisão de saberes, a cooperação e a valorização da fabricação cultural e mental da comunidade. Será possível evoluir muito mais nesta estrada quando se caminhar para além de livros digitais. A tecnologia oferece possibilidades múltiplas de aprendizado. A modificação que a educação no planeta todo enfrenta é o efeito natural do comparecimento cada vez mais intenso da tecnologia no dia-a-dia de todos, e, é uma trajetória inevitável.

A progressão tecnológica teve papel ativo na quebra do modelo de que a escola não transforma. Um dos agravantes para o avanço desse processo é a ausência de investimento naqueles responsáveis pela transmissão de conhecimento. Segundo o educador Gilberto Lacerda, professor da Universidade de Brasília (UnB), 90% dos cursos de desenvolvimento para professores não contêm nenhum estudo de informática tornado para a educação. “O educador precisa saber gerenciar (a tecnologia ou novos recursos), principalmente porque a autonomia dos alunos nesse assunto é enorme. Os profissionais são sempre o centro da problemática”, esclarece Gilberto. O investimento é a botão impulsionador da questão.

As escolas não têm interesse em custear a desenvolvimento de seus professores. Eles estão habituados a darem aula da mesma forma. É preciso sair da zona de conforto. Por meio dos recursos tecnológicos, os estudantes se tornam atores principais e autônomos. O educador precisa se aparelhar para permitir que o seu discípulo faça algumas de suas descobertas sozinho. A tecnologia é um aparelho de abertura das Unidades Escolares para o mundo, sendo que viabiliza o desenvolvimento de cidadãos mais acoplados. O que está em movimento é uma revolução cultural, o método de construção de uma escola mais interativa, viva e atraente.

REFERÊNCIAS

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[1] Mestranda em Ciências da Educação.

[2] Mestranda em Ciências da Educação, Pós graduada em Educação Especial e Inclusiva, Pós graduação em Psicopedagogia Clínica e Institucional, Graduada em Pedagogia.

[3] Orientadora. Mestranda em Letras pela Unesp.

Enviado: Agosto, 2019.

Aprovado: Janeiro, 2020.

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