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Significado de sucesso profissional sob a ótica dos alunos do Ensino Médio

RC: 49151
227
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/educacao/sucesso-profissional

CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

GUIDA, Simone Leite Azevedo Gurgel [1], SOUZA, Marilza Terezinha Soares de [2]

GUIDA, Simone Leite Azevedo Gurgel. SOUZA, Marilza Terezinha Soares de. Significado de sucesso profissional sob a ótica dos alunos do Ensino Médio. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 04, Vol. 06, pp. 91-112. Abril de 2020. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/sucesso-profissional

RESUMO

O objetivo deste estudo é compreender o significado de sucesso profissional para alunos do primeiro ano do ensino médio, de uma escola pública, na região do Vale do Paraíba. Trata-se de uma pesquisa exploratória, com abordagem qualitativa. Os dados foram coletados por meio da realização de grupo focal, com dezessete estudantes do Ensino Médio. Para análise, foi utilizada a Teoria Fundamentada nos Dados. Os resultados revelaram três categorias emergentes: Variáveis na forma de conceber o sucesso profissional, Possíveis condições ou não para obtenção de sucesso profissional, Elaboração estratégica para obtenção do sucesso profissional, que descrevem crenças, valores e influências socioculturais dos estudantes em relação ao significado de sucesso profissional.

Palavras-chave: Estudante, Ensino médio, sucesso profissional.

1. INTRODUÇÃO

É comum que o sucesso profissional, almejado pelo jovem contemporâneo, contemple o processo de escolha profissional e sua inserção no mercado de trabalho. A escolha da profissão é um fator motivacional de crescimento para os jovens, imprimindo sentido em sua trajetória pela busca de sucesso na carreira, o que torna o tema relevante.

Transformações socioeconômicas ocorridas na contemporaneidade propiciam ao jovem uma visão diversificada na forma em conceber o sucesso profissional, desmistificando a ideia de estabilidade financeira, como forma de ser bem sucedido, promovendo uma versatilidade nesta concepção, na qual o sucesso não acontece somente vinculado a satisfação financeira, mas por meio da satisfação pessoal, desta forma o problema de pesquisa é identificar a forma como o jovem compreende e significa o sucesso profissional conforme seu contexto socioeconômico perante suas crenças e valores.

2. SIGNIFICADO DE SUCESSO PROFISSIONAL E SUAS DIMENSÕES

A busca de uma definição para o significado de sucesso pode remeter o sujeito a uma vasta conceituação, pois não há clareza ou facilidade na sua compreensão. O termo sucesso converge a uma diversidade de significações, que são baseadas em seus diversos conceitos, os quais, segundo Maia (2000), tornam-se uma hegemônica uniformidade e remetem à ideia de vitória. Assim, essa vertente do sucesso está em consonância com a ideia de positividade.

Todavia, em uma sociedade marcada por desigualdades, o sucesso pode ser concebido sob diferentes aspectos pelos jovens, não estando apenas vinculado a aspectos positivos. A condição de frequentar a escola pública, por exemplo, muitas vezes é vista como um dificultador para o ingresso na faculdade, em função da deficiência da formação dada aos alunos, dificultando seu acesso ao nível superior e, consequentemente, o atingimento do sucesso (Souza et. al, 2007).

Quanto à definição do conceito de sucesso, Maia (2000, p.8) afirma   que:

O sucesso é um conceito do nosso cotidiano. Com dimensões que se estruturam entre o conseguir “ter” até ao conseguir “ser”, os significados que lhe atribuímos estão ligados à ideia de ser capaz, de conseguir, de vencer, de alcançar.

A ideia de sucesso apresenta-se sob um conceito socialmente relevante e sua variação tem sua relevância à medida em que se analisa o formato que as representações das pessoas ocorrem dentro do grupo ao qual pertence. Essas representações ocorrem por meio da evolução das pessoas em uma mobilidade social, pois o indivíduo vivencia uma expectativa que pode ir além do contexto em que vive, vincula-a à vontade de vencer e acaba por não se limitar ao conformismo (Maia & Poeschl,2004).

Os autores supracitados identificam várias dimensões de sucesso, dando destaque a seis dimensões. A primeira dimensão, centrada no esforço, identifica o trabalho como árduo, que exige dedicação, aptidões físicas, treino e prática, como componentes essenciais para alcançar o sucesso. A segunda dimensão, de natureza intelectual, está além do esforço físico, conectando-se à capacidade psicológica. Essa dimensão, voltada à capacidade psicológica, associa-se a aspectos da criatividade, do empreendedorismo e da inteligência, os quais constituem componentes para perpetuar o sucesso. Embora divergentes, nota-se que o trabalho é o elo entre a primeira e segunda dimensões das representações de sucesso.

Na terceira dimensão, a autoconfiança relaciona sucesso à auto capacidade de iniciativa, eficácia, capacidade de decisão, força de vontade, persistência, pensamento positivo ao lidar com derrotas e autoestima. A quarta dimensão é a socio relacional, ou seja, a que considera a forma de socialização entre as pessoas. Nessa dimensão, observa-se que possíveis dificuldades de comunicação ocorrem devido à falta de simpatia, gentileza e ponderação, as quais são características importantes a serem praticadas. Notavelmente, a terceira e a quarta dimensão estão inter-relacionadas, já que vinculam a autoconfiança às relações humanas e de comunicação.

Maia e Poeschl (2004) concluem as dimensões de sucesso com significado espiritual e de equilíbrio do corpo. Nessa perspectiva, a quinta dimensão denota o sentido de sucesso para um espaço de fé e desejo de Deus, trazendo contentamento interior. Já a sexta dimensão relaciona a saúde ao sucesso, de forma que compreende o equilíbrio do corpo, por meio da sua funcionalidade pela ingesta de alimentos, pois o alimento influencia o bom funcionamento do organismo tanto a nível físico como mental. Nesse caso, a ausência de boa saúde dificulta a obtenção de sucesso.

Todas essas dimensões de sucesso, embora tenham sido apresentadas separadamente, mantêm uma mútua interação, como afirma Maia (2000, p. 23): “Este “elixir”, fórmula mágica, assentará numa combinação de todos estes múltiplos “ingredientes”, para alcançar um “estado de sucesso”.”

Sob a ótica da subjetividade, o sucesso está voltado à satisfação interior, mais do que aos resultados percebidos externamente na carreira escolhida, como dinheiro, título ou posição social. Na contemporaneidade, esse parece ser o viés do sucesso, pois o jovem busca um trabalho que proporcione, mais do que subsistência, um sentido de autorrealização (Venelli-Costa; Rodrigues; Kilimnik & Mesquita, 2017).A opção por uma carreira, faz parte do desenvolvimento do jovem, de forma que sua escolha o conduza a sua meta e promova sua satisfação pessoal (Junqueira, 2010).

Nos estudos de Oliveira, Detomini e Silva (2013), o sucesso foi vinculado à realização de algo bom e positivo, relacionando-se à posição social e à riqueza. Esses autores, embora apontem para um consenso aparente na definição do termo, não desprezam a amplitude que ele incorpora, pois, a percepção de sucesso é variável, imprimindo ao conceito um significado subjetivo. Nessa compilação de ingredientes para obtenção de sucesso, o jovem é confrontado com a necessidade de realizar escolhas e planejar seu futuro.

3. ESCOLHA PROFISSIONAL

A escolha profissional é um momento decisivo na vida do jovem, envolvendo aspectos voltados à definição da carreira, o que é determinante na trajetória que o conduzirá na futura profissão (Noronha & Otatti, 2010).Como essa escolha profissional geralmente ocorre durante o Ensino Médio, isso gera expectativas em relação ao futuro e acaba levando a uma opção permeada por influências externas. Nesse momento da escolha profissional, o jovem confronta-se com suas condições socioeconômicas e culturais, as quais exercem influências sobre suas decisões. (Santana, 2017).

No que tange às questões econômicas que são decisivas, pode-se afirmar que a trajetória para alcançar o objetivo almejado em relação à profissão pretendida pode ter seu início com obstáculos a serem superados pelo jovem. Dentre eles estão: a falta de proventos para pagar um curso pré-vestibular ou mesmo sua realidade social que o conduza ao mundo do trabalho (Bastos, 2005). Essa mesma autora retrata um contexto controverso na escolha profissional. Ao mesmo tempo em que o Ensino Médio teve um aumento na sua oferta, possibilitando maiores oportunidades tanto para o mundo do trabalho quanto para a ideia de cursar a universidade, por outro lado as questões socioeconômicas posicionam-se como limitadores desse objetivo. Embora não determinem em definitivo suas escolhas, essas questões podem inibir horizontes do jovem, reduzindo suas opções para o ingresso na faculdade ou no mercado de trabalho.

A respeito dessas interferências na escolha profissional bem como dos aspectos individuais que a circundam, Santana (2017, p.57), identifica que:

Para os jovens do Ensino Médio de escolas públicas, o momento de decidir por caminhos a seguir é também a possibilidade de inserção profissional. A escolha determina e é determinada pelas possibilidades presentes que irão impactar no futuro. É uma escolha que não se dá de forma neutra; pois é permeada pelo mundo objetivo (o que proporciona) e pelo mundo subjetivo (o que representa para o jovem estudante).

Conforme se percebe, a escolha nem sempre ocorre sem a dúvida, é um momento de opção, um caminho a decidir entre outras possibilidades, por isso conflitos podem ocorrer. Entretanto, é um processo de evolução no percurso da vida (Santana, 2017).

Alterações sociais, que ocorreram na década de 1990, ocasionaram mudanças na concepção da escolha profissional, a qual deixou de ser baseada em conceitos tradicionais, como renda fixa, estabilidade no trabalho, e passou a ser vista como algo relacionado à flexibilidade, estratégias e mobilidades em projetos com menor intervalo de tempo (Buscacio & Soares, 2017). A partir desse novo cenário relativo à escolha da profissão, o jovem confronta-se com um percurso diversificado para obter sucesso profissional, nesse sentido a subjetividade do sujeito emerge a partir de valores como: satisfação, habilidade, equilíbrio entre família e trabalho, dando uma significação pessoal à percepção de sucesso. Portanto, conforme estas considerações, a pesquisa busca compreender qual significado o jovem de ensino médio atribui ao sucesso profissional, por meio de suas crenças, valores e influências socioculturais.

4. MÉTODO

A opção pelo método qualitativo para esse estudo ocorreu por contemplar a investigação dos significados, crenças e valores, pois, ao contrário da pesquisa quantitativa, em que se utilizam dados estatísticos, proporciona um estudo da exploração e do subjetivismo (Minayo, 2002).

Para realização dessa pesquisa, foram convidados a participar as três séries do ensino médio, selecionados dezessete alunos de ambos os sexos.  Foi realizado um grupo focal por série, e este estudo apresenta os resultados referentes ao primeiro ano do ensino médio com a participação de três alunos. A pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade de Taubaté (CEP-UNITAU) sob número do parecer: 3.092.479 e obteve sua aprovação.

O instrumento para a coleta de dados utilizado nesta pesquisa foi grupo focal, que de acordo com Bonfim (2009), é um modo de entrevista em grupo, por meio da interação entre as pessoas. Conforme o objetivo da investigação, os critérios foram determinados pelo pesquisador. Todas as informações obtidas refletem as percepções, crenças e atitudes dos indivíduos. Por meio da realização do grupo focal para coleta de dados, com os alunos dos primeiros anos, os diálogos foram gravados em áudio, transcritos e copiados para software The-Ethnograph 6.0 Qualis Research e posteriormente analisados.

A análise dos dados coletados foi realizada a partir da Teoria Fundamentada nos Dados (TFD), conforme Strauss e Corbin (2008), essa teoria é derivada dos dados, reunidos e analisados por meio de pesquisa. Os mesmos autores afirmam que a teoria proveniente dos dados se aproxima melhor da realidade do que a teoria baseada na reunião de uma sequência de conceitos definidos por experiências ou provenientes de investigação.

Os dados foram analisados por meio da TFD, que é uma teoria criativa, segundo Strauss e Corbin (2008). Permitiu uma análise detalhada e comparativa dos dados, englobando as etapas a seguir:

  • Codificação aberta: essa fase compreendeu a interação dos dados com o pesquisador, momento para exposição do texto, de ideias e significados, foi nomeado e identificado os conceitos que representam o que os dados transmitiram. Nessa etapa, ocorreu a inspeção e comparação dos dados na busca de semelhanças e diferenças. Quando identificadas tais similaridades e diferenças, foi realizado o agrupamento dos conceitos. Nessa codificação aberta, por meio da microanálise o texto foi examinado linha por linha, e recortado a unidade de análise, que foi nomeada com uma palavra ou sentença, expressando o significado para o pesquisador. Esse mesmo procedimento foi utilizado para analisar uma frase, uma palavra ou um parágrafo. Nesta fase, foi utilizado os memorandos, que atuaram como lembretes ou fontes de informação, foram anotações feitas para armazenar ideias, de forma analítica e reflexiva, auxiliaram na integração dos conceitos no decorrer da análise dos dados.
  • Categorização: essa fase permitiu ao pesquisador agrupar conceitos semelhantes em categorias, de forma a dar significado ao que estava acontecendo. Este agrupamento permitiu a redução do número de unidades com as quais o analista trabalhou, estas categorias são conceitos que representam um fenômeno.
  • Codificação axial: nessa fase foi realizada a verificação de como as categorias e subcategorias se associaram, pois, elas se relacionam entre si de modo a originar explicações evidentes e precisas sobre o fenômeno.
  • Fenômeno central ou codificação seletiva: é a fase em que ocorreu alinhamento e interação das categorias, representando o tema central da pesquisa e reunindo outras categorias, de forma a obter um formato explicativo.

Para auxiliar na compreensão do percurso adotado, a Figura 1 ilustra o tratamento e a forma analítica na obtenção dos dados, com base na TFD.

Figura 1 – Tratamento e a forma analítica na obtenção dos dados. 

Fonte: Elaborado pela pesquisadora.

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados apresentados nesse artigo, foram extraídos de uma pesquisa com os alunos do primeiro ano do ensino médio. Foram encontradas três categorias emergentes dos dados que conduzem a compreensão do significado de sucesso profissional para o jovem, por meio de crenças, valores e influências socioculturais. A emersão destas categorias conduziu a discussão aqui sintetizada.

Por meio da análise dos dados, foram obtidas as seguintes categorias: Variáveis na forma de conceber o sucesso profissional, Condições que viabilizam ou não obter sucesso profissional e Elaboração estratégica para obtenção do sucesso profissional.

Conforme a tabela 1, os dados coadunam na categoria: Variáveis na forma de conceber o sucesso profissional.

Tabela 01 – Sucesso profissional: e suas variáveis
Categorias Subcategoria Códigos Fragmentos das Entrevistas
 

 

 

 

 

 

 

 

 

Variáveis nas formas de conceituar o sucesso profissional

 

 

 

 

Viabilização do sucesso profissional por meio da realização pessoal ·         Autorrealização Aluno Eletr. B: “Eu penso que sucesso profissional é você se dá bem na sua carreira, na sua profissão. Você fica feliz dentro do que a pessoa gosta de fazer, trabalha naquilo que gosta”.

“[…]eu acho que a pessoa tem que fazer o que ela gosta e seguir a profissão que ela gosta, independente de tudo. Se ela ganha bem ou não, ela tem continuar trabalhando pra ela aumentar o cargo dentro da profissão”.

·         Caminho a percorrer “[…]é, tem algumas pessoas que assim, tem o sonho de ser, sei lá, ator, músico, professor, profissões que parece ser difíceis, a pessoa tem que ter pelo menos uma linha pra poder seguir, pra pode chegar a essa carreira[…]”.
·         Satisfação com a conquista profissional “Aluno Eletr. A: Hum, quando você vê que uma pessoa tá lá, se deu bem[…]”.
·         Executar atividade de que gosta propicia obtenção do sucesso profissional Aluno Eletr. B: “É, eu acho que, independente de tudo, a pessoa tem que se sentir bem dentro da profissão que ela trabalha e daquilo que ela gosta[…]”.

“[…] mas também tem que ter o ponto em que a gente tem que saber o que a gente quer, não é o que os outros querem é o que você quer[…]”.

“[…]importa a profissão que você queira, ou o lugar onde você vai trabalhar, é aquilo que você quer, é aquilo que você gosta, então o sucesso vem[…]”

·         Equilíbrio entre autorrealização e o retorno financeiro

 

 

 

 

 

 

“[…]pode tá fazendo o que ele gosta e pode ganha pouco e ele pode fazer o que ele não gosta e ganha muito fica vamos dizer assim, numa balança intermediária entre o que você gosta e a questão do dinheiro”.“[…]assim oh, pode até ser que a pessoa goste de um emprego não muito bom, mas ganha um dinheiro bom, alto e aquele emprego que ela gosta, ganha dinheiro pouco, ela tem que ver isso, ela se confundi muito, vai nas ideias dos outros, nossa aquilo é bom pra você”.
A realização financeira como base para sucesso profissional

 

 

 

 

 

 

 

 

 

·         Prioriza a satisfação financeira que, a longo prazo, proporciona a autorrealização profissional

 

“[…]então, seria mais ou menos assim, num primeiro momento, embora você tivesse executando uma coisa que não gosta, mais obtendo um bom retorno financeiro e, quando você tivesse com esse retorno, de acordo, vamos dizer assim, você poderia buscar sua satisfação pessoal. Mas depois de você já ter uma estabilidade financeira”.
·         Retorno financeiro como meio para obter a autorrealização pessoal imediata  Aluno Eletr. A : “É mais ou menos, porque o que eu gosto, eu quero mais, mais se não tiver condições de conseguir agora, eu pulo pro outro. Eu penso assim, você ter que deixar de fazer uma coisa que eu gosto pra fazer uma que eu não goste, pra poder ter o que eu quero, ao mesmo tempo”.
·         Satisfação financeira supera realização pessoal […]dependendo do que você ganha ou vai ganhar, até fica, você vai se acostumando, se for coisa que você não quer de verdade e ganha pouco, então sai, procura uma coisa melhor”.
·         Influência familiar “[…]aí eu penso, tem gente que passa numa coisa, que às vezes a mãe pede, né, tipo, um curso. Tem gente da minha sala que fala que não gosta, fala minha mãe que quis que eu estudasse aqui, ma,s mano, se for assim[…]”

Fonte: Elaborada pela pesquisadora

Nos estudos aqui realizados, a definição de sucesso consiste em uma variedade de conceituações, como aponta Maia (2000). Conforme essa consideração, na análise, a realização pessoal é percebida pelos entrevistados como uma das formas na obtenção do sucesso profissional, quando o jovem faz o que gosta.

Essa percepção dos sujeitos de pesquisa coaduna-se com o que defendem Venelli-Costa et al. (2017), sobre o sucesso profissional ser compreendido por meio de autorrealização pessoal, sobrepondo valores como a obtenção de dinheiro, posição na sociedade ou títulos.

De forma antônima, os mesmos resultados também identificam que o sucesso profissional se vincula ao fator financeiro, como forma de obtê-lo. A existência de ampla variação na definição do termo, ocasionando possíveis associações como a riqueza, status social e a realizações positivas imprimem ao conceito um significado subjetivo (Oliveira et al, 2013).

A tabela 2 formulada retrata as Condições que viabilizam ou não obter sucesso profissional.

Tabela 02 – Condições para o sucesso
 

 

 

 

Categoria Subcategoria Códigos Fragmentos das Entrevistas
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Condições que viabilizam ou não obter sucesso profissional

 

Refinamento da conduta como forma de inserção social

·         Dificuldade em desenvolver-se no trabalho por falta de experiência Aluno Eletr. B:” Você não ter experiência naquilo que você tá fazendo[…]não tá consciente daquilo que você tá fazendo, é um ponto negativo, não saber lidar com as pessoas direito, trabalhar em grupo, não ter paciência, ficar nervoso”.
·         Padrão de comportamento inadequado

 

“[…]pode prejudicar ele tanto na entrevista de trabalho, como eles falaram, palavras de baixo calão, gíria, comportamento malcriado, que pode ter vindo tanto da família como da escol. Ah, o coleguinha tá experimentando droga, ah, vou experimentar também. Aí sua vida vira de cabeça para baixo, ele começa a entrar na laia dos outros, pra começar a se sentir incluído. É o que todo mundo fala, é a Maria vai com as outras, se o coleguinha tá lá, tá fumando droga, bebendo, tá fazendo coisa errada e a pessoa vê e acha aquilo legal e vai fazer. E isso vira um vício, um ciclo repetitivo[…]”
·         Modos de agir inadequados “[…]quando a pessoa vai amadurecendo, vai se tornando um adulto, vai querer entrar no mercado de trabalho[…] […]eles vão perceber que você fuma, que você bebe, que você tem uma boca de baixo calão, que você fala de mal jeito e eles vão ter uma visão ruim de você, eles vão ver o estado que você é[…]”.

“[…]que eu acho principalmente que esses jovens são rebeldes, que esses rebeldes, eles tão tentando ganhar emprego, só que esses chefes não estão querendo aceitar por causa desse fato, de serem rebeldes malcriados. Eles não querem isso pra uma empresa”.

·         Influência da postura “[…]o chefe manda fazer tal coisa, você fica mexendo no celular, é a postura que você tá usando, se for uma postura boa vai ser um sucesso, se for uma postura ruim eu acho que vai ser um ponto negativo”.
·         Adequar-se ao trabalho em equipe nos diferentes grupos “[…]saber lidar com as pessoas, com gente mais velha ou com gente mais nova, ou você saber trabalhar em grupo, também é bem importante isso. Saber respeitar os outros na opinião delas, das pessoas”.
·         Comportar-se com

cordialidade e respeito ao próximo

“Aluno Eletr. A: Porque postura conta muito, numa entrevista de emprego, conta demais[…]”

“Aluno Eletr. B: Ter educação com as pessoas e com a sua formação[…]”

·         Reações conflitantes entre pais e filhos influenciam o percurso de sucesso para o jovem “Aluno DS A: Eu acho que esse jeito meio rebelde, tanto do jovem quanto da população que tá entrando no mercado de trabalho, tem um pouco de relação tanto com a escola e com a família[…]”

“[…]porque às vezes a família tá passando por algum problema, o pai e mãe não estão se dando bem, o filho tá começando a mexer com drogas, tá começando a entrar num caminho que pode atrapalhar[…]”.

 

Transpor obstáculos como condição para obter sucesso profissional

·         Encorajar-se, mesmo diante da crítica para superar desafios

 

“[…] enfrenta várias coisas, vai passa pessoas falando pra mim: “ah você não consegue, eu vou mudar de emprego, eu não vou gostar daquilo, vai um montão de complicações atrás de você.”.  E se você tem uma cabeça boa e sabe lidar com aquilo, você tem um sucesso garantido”. “[…] tem gente que pensa que é um bicho de sete cabeças, mas não é, só você quere[…] ”.
·         Evolução da carreira visando ao sucesso “[…]coisas boas e crescer dentro daquilo que você exerce dentro da sua profissão, você pode começa do zero, mais se você cresce, sai do ponto zero e ir aumentando cada vez mais, você obter um sucesso dentro da sua carreira”.
·         Esforçar-se, replanejar-se para alcançar o sucesso

 

 

 

 

 “Aluno DS A: É mais ou menos, o emprego ele é, tipo, uma montanha, uma montanha, você vai escalando a montanha até você chegar na altura que você quer, é um ciclo[…]”.

“Aluno Eletr. B: Ah, eu penso é, que é um ciclo, entendeu? Só que você vai começar, vai caminhar e consegui aquilo que você quer,, às vezes nada vai ser fácil, entendeu? Eu vou entrar aqui nessa área que eu quero e pronto. Eu posso entrar do nível zero, de uma coisa que eu não queria pra chegar naquilo que eu quero. E isso é um ciclo, entendeu? Porque sempre você pode começar do devagar, aí você caminha pra você chegar longe, naquilo que você quer”.

·         Superar obstáculo e persistir “[…]às vezes, você pode tropeçar e cai, pode voltar tudo de novo e tentar subir novamente a montanha, pode cai de novo. Se você vê que não consegue subi essa montanha, você segui para outra, tenta subir uma mais fácil ou uma mais difícil, pra tenta pelo menos chega num topo. É o que algumas pessoas tentam fazer, que é o fato delas terem dois ou mais empregos[…]”.
 

 

Persistência, estímulo para superar-se e obter o sucesso profissional

·         Manter foco na busca do objetivo para a carreira profissional “[…]ter um ponto em que eles têm que pensar no que eles vão fazer, pra poder ir bem, tipo, nós três, como exemplo, a gente tá no primeiro ano do Ensino Médio, daqui algum tempo a gente vai pra uma carreira mais profissional que é o trabalho. Então, pelo menos a gente tem que ter na mente o que a gente pode fazer, pra ter um lugar no mercado de trabalho”.
·         Dedicação para adquirir conhecimento profissional “[…]pra você poder ir bem, ter um futuro promissor, conseguir subir na vida, também tem a questão de ralar, estudar[…]”.
·         Espera incentivo e reconhecimento do meio em que vive, seja de amigos ou familiares “Aluno DS A: É o que as pessoas em si acham importante é ter apoio assim, é bom ter apoio de familiares, amigos, pessoas próximas, é porque a gente sabe que o que a gente vai tá fazendo, vai tá agradando aos outros ou senão agradando a si. É o ponto talvez que muitos se importam é ter apoio […]”.

“[…]a força daquela pessoa pra você poder contínua, pra não

acaba desistindo no meio do caminho[…]um ponto de apoio, aonde você vai poder ouvir as coisas boas do que você tá querendo seguir[…]”.

Fonte: Elaborada pela pesquisadora

Na observação dos dados, é possível observar o código comportamento inadequado do jovem como o uso de vocabulário pobre e ora rebelde, em uma etapa na qual ocorre transformação psicossocial na vida jovem (Junqueira, 2010). Essa postura inadequada exerce influência negativa na busca pelo sucesso profissional, tornando-se um fator condicionante na inserção no mercado de trabalho.

Na compilação dos códigos que remetem à origem da categoria Condições que viabilizam ou não obter sucesso profissional , foi possível observar que o jovem, na busca pelo sucesso profissional, pode encontrar obstáculos que vão desde recursos financeiros, sua condição social até a forma como o seu contexto lhe proporciona o acesso ao mundo do trabalho (Bastos, 2005).

Se o contexto social e os recursos financeiros são obstáculos para o jovem, por outra ótica, a sua perseverança reflete seu desejo em obter sucesso profissional. Nesse aspecto, o estímulo para superar-se e obter o sucesso profissional retrata que a dedicação, o incentivo do grupo de pertença e o objetivo almejado são fatores estimulantes na obtenção do sucesso. Essas ponderações conduzem à ideia de que a orientação profissional pode auxiliar o jovem nesse caminho a percorrer e na percepção do seu potencial, conduzindo-o a um curso ou profissão desejada (Santana, 2017).

Finalizando a análise dos dados, obteve-se a categoria Elaboração estratégica para obtenção do sucesso profissional, ilustrada na tabela 3.

Tabela 03 – Estratégias para atingir o sucesso profissional
Categorias Subcategorias Códigos Fragmentos das Entrevistas
 

 

 

 

 

 

Elaboração estratégica

para obtenção do sucesso profissional.

 

Planejamento e ação para alcançar conquistas

·         Planejamento para alcançar sucesso “[…]então, eu penso e acho que a pessoa tem que ter uma linha pra saber o que ela quer, como conseguir, o que fazer pra conseguir e chegar a esse ponto que é o emprego dos sonhos dela.

Aluno Eletr. A: É tipo uma redação, né, começo, meio e fim”.

·         Estabelecer meta para chegar ao sucesso

 

Aluno Eletr. A: “Estudar bem, muito, tentar entender, se não entendeu, pergunta pro professor, suga ele o máximo possível[…]”.

“[…] pega o que você tem que fazer e segui em frente, aí no final de tudo você tá com sucesso nas suas mãos”.

·         Empenhar-se na organização da rotina e executá-la “[…]mas também você fala assim: “Nossa, tenho que fazer aquilo”. Mas chega em casa e dorme, não tem vontade de fazer nada. Pô, se tem internet em casa, pesquisa no youtube, vídeo-aula de tal, que não entendi do professor. Pensa: “Nossa, eu tenho que programar meu dia: como vai ser meu dia amanhã? Eu tenho que fazer isso, isso, isso, tenho que ajudar minha mãe, tenho que estudar, tenho que tratar do meu cachorro, tenho que fazer tudo isso.” Tentar fazer tudo que ele quer em um dia, em proporções certas[…]”
·         Demanda de esforço “Aluno Eletr. A: É porque se você pensa: “Nossa, eu quero aquilo.” Para eu levanta e pega uma água, eu já tenho que fazer esforço, imagina pra eu chegar onde eu quero? Eu vou ter que enfrenta várias coisas[…]”.
·         Não desistir da busca pelo sucesso profissional “[…]saber que nada é fácil, vai demorar, pode demorar o quanto for possível, mas você vai conseguir um dia […]

Fonte: Elaborada pela pesquisadora

No momento da escolha por uma carreira, o jovem confronta-se com aspectos voltados a sua condição socioeconômica e cultural, as quais podem interferir em suas opções (Santana, 2017). Baseado nessa consideração, observou-se que a manutenção de um planejamento, como estratégia de sucesso profissional, é fato evidenciado nos resultados, por meio dos códigos obtidos nas narrativas dos sujeitos desse estudo.

Além do planejamento, a opção pela carreira é outro fator que evidencia o amadurecimento do jovem, já que sua escolha profissional deve ser promotora de satisfação pessoal (Junqueira, 2010).

A percepção de sucesso, que as categorias emergentes dos dados propiciam em nossa pesquisa, é o fomento da singularidade da imersão do fenômeno, o qual leva em consideração fatores socioeconômicos e culturais da vida dos jovens, como promotores ou não de sucesso profissional. Visto por essa ótica, o conceito de sucesso assume o viés da subjetividade, que se vem discutindo ao longo desse estudo.

Para melhor compreensão desse fenômeno, a Figura 2 ilustra o fenômeno central da pesquisa, Singularidade dos fatores socioeconômicos e culturais, mediante a subjetividade do conceito de sucesso profissional, considerando os resultados obtidos com os alunos do primeiro ano do Ensino Médio, por meio das categorias emergentes.

Figura 2 – Fenômeno central da pesquisa

Fonte: Elaborado pela pesquisadora.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta pesquisa objetivou compreender o significado de escolha profissional para o jovem do ensino médio, por meio da influência do seu contexto socioeconômico e familiar, identificando suas crenças e valores.

Os resultados foram obtidos por meio de um grupo focal realizado com três alunos do primeiro ano do ensino médio, o que caracteriza uma limitação de considerações emergentes dos dados devido a pequena amostra. Neste contexto foi possível identificar que os alunos do primeiro ano do ensino médio, denotam que o sucesso profissional está vinculado as suas condições socioeconômicas e seus proventos, que algumas vezes são dificultadores, porém não limitadores para que continuem a buscar o sucesso almejado. Recorrem a orientação profissional por exemplo, como forma de expandir possibilidades e desta forma alcançar o sucesso profissional. Por meio das considerações dos jovens, e da estratégia adotada, voltada à obtenção de recursos financeiros, realização profissional, status ou cargo alcançado, revelam a singularidade e subjetividade que o jovem do ensino médio na contemporaneidade, significa o sucesso profissional.

Visando contribuir em futuras pesquisas de interesse pelo tema, esta abordagem pode ter outro desdobramento, se  considerarmos a ideia de investigar como o jovem do ensino médio de escola particular compreende o significado de sucesso profissional, fomentando a discussão pelo tema e contribuindo com novas investigações sob uma nova ótica do aluno de escola privada.

REFERÊNCIAS

BASTOS, Juliana Curzi Efetivação de Escolhas Profissionais de Jovens Oriundos do Ensino Público: Um Olhar sobre suas Trajetórias. Revista Brasileira de Orientação Profissional v.6, n.2, p.31- 43, 2005. Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rbop/v6n2/v6n2a04.pdf Acesso em: 01 mai. 2018.

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[1] Mestranda em Educação, Especialista Em Docência do Ensino Médio, Técnico e Superior em Enfermagem, Graduada em Enfermagem.

[2] Doutora em Psicologia.

Enviado: Março, 2020.

Aprovado: Abril, 2020.

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