ARTIGO ORIGINAL
SANTOS, Francélia Aparecida de Almeida [1], CAMPOS, Tiago Aparecido de Melo [2]
SANTOS, Francélia Aparecida de Almeida. CAMPOS, Tiago Aparecido de Melo. Geografia nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 11, Vol. 03, pp. 14-22. Novembro de 2020. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/geografia
RESUMO
Este artigo apresenta uma experiência de ensino-aprendizagem através de metodologia lúdica que pode ser desenvolvida para os anos iniciais do ensino fundamental, em forma de oficina, como ponto observador e focando, que a Geografia pode ser vista como um conjunto de procedimentos que se conduzem por processos cognitivos registrados na memória do aluno, os quais afloram durante o contexto de atividades. Com um sentido maior de promover um bem social-cultural no processo de ampliação e compreensão do mundo e, essa tarefa, não é aperfeiçoada apenas nas séries iniciais, uma vez que se constitui em um processo longo, que necessitará ser iniciado, provocado, amparado e desenvolvido durante os conhecimentos escolares, afirmando que se formam cidadãos na relação dialógica entre aquele que ensina e aquele que aprende a refletir sobre a contribuição, considerando a Geografia uma matéria essencial no processo de aprendizagem. Esse tema é relevante à área, pois nos ajuda a entender a função da Geografia na escola e a sua relevância em relação à educação e a vida dos alunos, em seu desenvolvimento pessoal, preocupando-se com a formação de seus valores, atitudes, emoções e sentimentos, buscou-se através de diversos textos, um apoio teórico para esta proposta do artigo.
Palavras- chaves: Geografia, aprendizado, conhecimento, família.
INTRODUÇÃO
O presente Artigo representa o estímulo de adquirir conhecimento sobre uma suma importância que a Geografia e sua função, raciocinar se sobre a contribuição da Geografia na formação do aluno dos anos iniciais escolares e sobre seu valor da criação. Busca-se também avaliar o papel da Geografia de modo geral, sobre seus aspectos e possibilidades, visto que há a necessidade, por parte de toda a sociedade, de uma maior conscientização e estímulo à preservação do Meio Ambiente.
E como surgiram, mudanças, transformações, nos métodos de ensino até nos darmos com o que deparamos hoje em nossas escolas, e o conteúdo que passamos para nossas crianças. Por isso deverá adequar-se a realidade e experiência dos alunos, esses acontecimentos estimularam a expansão da escola pública, possibilitando o ingresso à educação a uma grande maioria da população.
Este artigo aborda da possibilidade de a criança estudar a geografia nos anos iniciais na alfabetização. A educação no Brasil passa por grandes mudanças, talvez não tanta quanto à sociedade exigisse, mas sem dúvidas significativas. Nesse contexto, a Geografia, como elemento curricular na escola básica, até mesmo modifica-se, ou seja, por força das políticas públicas como, por exemplo: Parâmetros Curriculares Nacionais, seja por exigências da própria ciência. Assim, pensar o desempenho da Geografia na educação básica infantil torna-se significativo, uma vez que estimar-se o todo desse nível de ensino e o comparecimento de conteúdos e objetivos que abrangem as séries iniciais e a educação infantil.
Esta pesquisa veio ter uma verificação se a Geografia pode estar contribuindo para a formação das crianças com vista à aprendizagem de conteúdos curriculares de Geografia nos anos iniciais do Ensino Infantil Fundamental, tem importante função em construir menções espaciais a partir de uma alfabetização cartográfica que amplia a relação natureza-sociedade.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundarias, compreende toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico, etc… Seu alvo é colocar o pesquisador em contato direto com tudo que foi documentado, sobre o assunto apontado.
Os fatos acima abordados em razão deles que nasceu a iniciativa de se elaborar este artigo “Geografia Anos Iniciais Do Ensino Fundamental”, no intuito de pesquisar, considerar e caracterizar os fatores que no âmbito escolar. Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998), é nosso dever auxiliar os alunos no processo da construção do conceito de tempo baseado na observação direta do céu, utilizando as regularidades observadas pelos nossos antepassados que, por conseguinte, permitiram a orientação no espaço e no tempo.
Os estudantes devem ser orientados para articular informações com dados de observação direta do céu, utilizando as mesmas regularidades que nossos antepassados observaram para orientação no espaço e para medida do tempo, o que foi possível muito antes da bússola, dos relógios e do calendário atual, mas que junto a eles ainda hoje organizam a vida em sociedade em diversas culturas, o que pode ser trabalhado em conexão com o tema transversal Pluralidade Cultural. Dessa forma, os estudantes constroem o conceito de tempo cíclico de dia, mês e ano, enquanto aprendem a se situar na Terra, no Sistema Solar e no Universo (BRASIL, 1998, p. 40).
O desenvolvimento social faz parte da educação. Sem ela, regressaríamos ao estado primitivo em pouco tempo. Ela base social, histórico e cultural para todas as pessoas.
A participação é a forma mais prática de formação para cidadania. A educação para cidadania acontece quando há a participação no processo de tomada de decisão. Quanto mais às pessoas se envolverem nos assuntos da escola, maior será o fortalecimento do projeto autônomo da mesma. “o respeito à autonomia e à dignidade de cada um é um imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder aos outros”. (FREIRE,1997, p. 66).
A EDUCAÇÃO E SUA FUNÇÃO SOCIAL
Segundo Oliveira (2004) quando se é discutido a função social da educação e da escola, a educação é compreendida no seu sentido amplo, enquanto há a realização da prática social em instituições e movimentos sociais, sendo estas constituintes e constitutiva dessas relações.
A escola refletiu sempre o seu tempo e não podia deixar de refleti-lo; sempre esteve a serviço das necessidades de um regime social determinado e, se não fosse capaz disso, teria sido eliminada como um corpo estranho inútil (PISTRAK, 2005, p. 29).
Em uma sociedade que espera da escola que realize a função de preparação do aluno para o mercado de trabalho, seja numa expectativa imediata da profissionalização em nível médio ou mediata através da formação de intelectuais e profissionais liberais em nível superior. Essa expectativa da sociedade apenas reforça o projeto educativo da classe burguesa que atende aos seus interesses e tem requerido a isenção social da maioria, a desrealização humana dos trabalhadores, a inversão dos valores sociais, éticos e morais.
Sendo assim, se faz necessário reconhecer, que a qualidade da educação nas escolas vem a implicar nos recursos, financiamento, investimento, além de muitos outros fatores, tanto internos quanto externos, que influenciam o processo ensino-aprendizagem. Portanto, não só o currículo, mas outras políticas precisam ser implantadas para que juntas e articuladas viabilizem melhores condições sociais e culturais para a população.
Frigotto (1999) aponta que a escola é uma instituição social que atua no campo do conhecimento, dos valores e das atitudes; e ainda, mesmo sendo desqualificada para isso, articula determinados interesses e desarticula outros. Deste modo, com a existente desta contradição em seu interior, há a possibilidade da mudança.
Sendo assim, para que se pense a respeito da função social da escola é necessário, primeiramente, repensar o seu próprio papel, sua organização e os atores que a compõem.
GEOGRAFIA NO ENSINO INFANTIL
A geografia é considerada uma área da ciência de suma importância, especialmente na educação infantil, pois nessa fase a criança precisa descobrir o mundo que o cerca como forma de orientar-se, localizar-se, deslocar-se e atuar no meio em que vive.
Straforini (2001) consta que é de extrema importância o ensino da geografia nas primeiras fases de vida, visando o desenvolvimento cognitivo, corporal, social e cultural do indivíduo, de modo a contribuir para a compreensão das relações humanas e suas ações no ambiente e vice-versa.
Assim as atividades pedagógicas desenvolvidas devem motivar e preparar a criança para o respeito às diferenças, diálogo, o estímulo pela investigação e pesquisa, possibilitando o despertar pela e para a inovação. Trabalhar o desenvolvimento do aluno em um ambiente de cooperação envolvendo todos os procedimentos em buscando edificar de um conhecimento concreto e significativo, pois aprendizagem e ensino caminham com os argumentos em que as crianças se inserem, com o objetivo de prepará-los para atuarem na sociedade como protagonista.
[…] a educação geográfica contribui para a formação do conceito de identidade, expresso de diferentes formas: na compreensão perceptiva da paisagem, que ganha significado à medida que, ao observá-la, nota-se a vivência dos indivíduos e da coletividade; nas relações com os lugares vividos; nos costumes que resgatam a nossa memória social; na identidade cultural; e na consciência de que somos sujeitos da história, distintos uns dos outros e, por isso, convictos das nossas diferenças (BRASIL, 2017, p. 357).
No Brasil a realidade da educação tem sido bastante discutida e analisada atualmente. Dentro dessa discussão, tem se demonstrado a necessidade de uma revisão das conjecturas básicas na prática pedagógica do ensino infantil com o intuito de fazer surgir uma transformação da qualidade do processo de ensino aprendizagem.
Deve partir do professor, através de suas experiências com o apoio dos seus conhecimentos para alcançar resultados positivos, a matéria e os métodos que ele utiliza para ensinar. Com métodos significativos utilizados pelo educador, o aluno tem aguilhoamento para criticar, criar opiniões sobre o que se lê e interpretar.
Neste contexto, a Geografia é a ligação entre o ensino e aprendizagem da criança que consentirá que a mesma aprenda de maneira significativa, todos os sentidos da vida em sociedade, a partir do uso do espaço geográfico, que estimula e ajuda em seu desenvolvimento com grande facilidade. É função do professor incentivar a compreensão e produção de novos conhecimentos, proporcionando melhor capacitação e construção dos saberes, por meio de reflexões e ações da realidade do mundo que os cercam.
Ensinar para a criança que o nosso planeta e a Terra que é a nossa grande casa, o lugar onde todos nós moramos e que nele a natureza tem diferentes tipos de paisagens, que estão sempre em constante modificação. De modo que o homem é responsável por quase toda a mudança que ocorre na natureza, e pela própria natureza.
A Geografia ensina a criança noção de espaço, durante seu caminho de casa para a escola ela tem um contato visual de tudo ao seu redor, e cabe ao professor usar esta ferramenta ao seu favor, cada aluno faz um trajeto diferente e tudo que esta ao seu redor e uma paisagem diferente, as casa, as árvores, o céu e a rua. Podemos observar a distância de casa até a escola, os pontos cardeais tudo se transforma a partir de uma caminhada até a escola.
O professor tem que ensinar o lúdico levando as brincadeiras para sala de aula mostrar o globo terrestre, ensinar a localização da cidade, do estado e dos pais que a criança mora através dos mapas, as crianças tem que saber que sua moradia ocupa um lugar um espaço em um bairro, numa rua em uma cidade, todas as informações são necessárias para as crianças ficarem situadas sobre o espaço em que ela vive.
A Geografia na educação Infantil pode ampliar na criança o desenvolvimento das noções de representação e orientação de lugar, paisagem, lateralidade, espaço e tempo, com estratégias de ensino que possam vir a ajudá-la no seu desenvolvimento cognitivo, cultural e social ao longo da vida (SILVA e CABÓ, 2014, p. 3).
Sendo assim, através das brincadeiras que a criança vivencia, há a ocorrência de novas experiências para o desenvolvimento infantil e para a obtenção de conhecimentos aos educandos, pois criam novos desafios do cotidiano e do lúdico, que levam a identificação da criança à realidade ou faz com que ela seja capaz de criar significados e sentidos novos a arte de aprender, por meio de descobertas, criações, invenções e produções de novos conhecimentos, de modo que a mesma obtenha conhecimento de sua maneira ou, ainda, associe de sua maneira os acontecimentos cotidianos ampliando seu vocábulo em momentos especiais proporcionados pelas brincadeiras.
Trabalhar o desenvolvimento do aluno em um ambiente de cooperação envolvendo todos os processos do ensino e aprendizagem, em conjunto com os contextos vivenciados pelas crianças, a fim de prepará-los para atuarem como protagonistas na sociedade. Envolver o aluno com a Geografia familiarizando-o com atividades que retratem a realidade dos mesmos, oferecendo a oportunidade de identificar e orientar a criança relacionando-a com seu cotidiano.
Sabemos as dificuldades que os alunos têm com a realidade de tempo e espaço. É de suma importância que este problema seja enfrentado, e solucionado no processo educacional especialmente nas primeiras séries, tendo em vista a contribuição na construção do aprendizado. Sendo assim, o profissional desta área precisa buscar novos métodos, aprimorando assim seus conhecimentos. Com essa nova geração de crianças que passa a maioria do seu tempo vendo televisão, videogames e no computado, sem uma rotina de estudo e com os pais ocupados em decorrência do trabalho, sem ter tempo para seus filhos e para perguntar a eles como foi o seu dia, muitas crianças são afetadas ocasionando grande desinteresse por parte delas a em suas responsabilidades.
Com o desenvolvimento do mundo tecnológico e a sua introdução em diversas áreas, a escola tem tido dificuldades para manter um padrão de ensino e aprendizado, portanto cabe ao professor usar estas tecnologias ao seu favor, com o propósito de estimular o interesse do aluno em aprender novos conhecimentos.
Deste modo, é necessário que o professor, mediador do conhecimento, reflita sobre seus novos métodos de aprendizagem, a fim de favorecer a compreensão da linguagem e da escrita para a melhoria do desempenho do processo de aprendizagem. É essencial que o educador esteja de modo continuo a pesquisar e experimentar novos caminhos.
CONCLUSÃO
Podendo mostrar a toda comunidade escolar, a importância da Geografia na formação de um cidadão. Assim sendo, ferramenta de ensino aprendizagem, como objeto de levar conhecimento que a Geografia precisa ser apresentada de uma forma lúdica aos alunos da series iniciais do ensino fundamental. Deste modo, defende-se que as estratégias precisam ser ensinadas para que o aluno aprendiz se torne um do espaço e tempo. No entanto, acredita-se que este ensino precisa acontecer em situações contextualizadas e significativas, de modo que o aluno possa reconhecer a Geografia como uma atividade social que permite a sua atuação no cotidiano e sua inserção no mundo.
Ao concluir esta pesquisa observa se que precisamos rever os métodos de ensino para que possamos atingir os resultados que foram estabelecidos, enriquecendo a aula com as e atividades que leva os alunos a construir o seu próprio mundo cheio de magia em uma viagem a lugares que só a Geografia pode proporcionar momentos prazerosos.
Neste contexto a Geografia é uma base que o aluno se identifique com os lugares, a natureza, o tempo e o espaço e tenha uma boa intepretação sobre o que ver e ler. Sendo assim a família também tem um papel fundamental nesta etapa, incentivando suas crianças, pois elas fazem parte de uma sociedade com modo de pensar totalmente incorreto sobre o Meio Ambiente e tudo que envolve a Geografia.
REFERÊNCIA
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: MEC, 2017.
BRASIL. Ministério da Educação e do desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais terceiros e quarto ciclos do ensino fundamental: Ciências. Brasília, DF: MEC/SEF, 1998.
BUENO, J. G. Função social da escola e organização do trabalho pedagógico. Educar, Curitiba, n. 17, p. 101-110. 2001. Editora da UFPR
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1997.
FRIGOTTO, G. A produtividade da escola improdutiva. 5. ed. São Paulo: Cortez, 1999.
OLIVEIRA, J., et al. Políticas e Gestão na Educação. Brasília, DF: Liber Livro, 2006b. p. 21-50.
PISTRAK. Fundamentos da escola do trabalho. Tradução Daniel Aarão Reis Filho. 4ª.Ed. São Paulo: Editora Expressão Popular Ltda., 2005.
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Parâmetros Curriculares Nacionais. Introdução. Brasília: MEC/SEF, 1997.
STRAFORINI, R. Ensinar geografia: o desafio da totalidade mundo nas séries iniciais. 2001. 155p. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Instituto de Geociências, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP. 2001.
SILVA, D.; CABÓ, L. J. As Contribuições da Geografia na Educação Infantil: Processo de Ensino e Aprendizagem Utilizando o Espaço Geográfico. Anais CINTEDI, v. 1, n. 1, 2014.
[1] Mestrado Concluindo em Educação. Pós-graduação em Gestão Escola, supervisão e orientação, Língua Inglesa, Português no Ensino Fundamental e Médio, Personal Trainer e Educação física Escolar; Graduação em Letras “Português/Inglês e suas respectivas literatura, Educação física e Pedagogia.
[2] Orientador. Mestrado em Ciências Em Educação. Especialização em Gestão E Orientação Educacional. Graduação em Ciências Biológicas.
Enviado: Março, 2020.
Aprovado: Novembro, 2020.
