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A literatura infantil na perspectiva da formação do docente

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CONTEÚDO

ARTIGO DE REVISÃO

TOURO, Gilmara Pereira Macedo [1], PEREIRA, Elenir Ferreira [2], RODRIGUES, Micheli Evangelista [3], SILVA, Marilza Cajueiro da [4], PEREIRA, Suzana Aparecida [5], VERISSIMO, Suzana da Luz [6], SILVA, Rosiane Borges da [7]

TOURO, Gilmara Pereira Macedo. Et al. A literatura infantil na perspectiva da formação do docente. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 11, Vol. 12, pp. 17-26. Novembro de 2020. ISSN: 2448-0959, Link de acesso:https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/formacao-do-docente

RESUMO

O presente artigo tem como objetivo reconhecer a importância da literatura infantil à formação docente, com o intuito de incentivar o hábito de leitura as crianças, visto que a formação de hábitos se inicia na infância. Dito isso, o artigo também abordará informações importantes para que o docente consiga desenvolver o seu trabalho, estimulando a criança a apreciar a literatura infantil, gostar de ouvir histórias e manusear livros. Trata-se de um estudo realizado através de pesquisas bibliográficas, no qual identificou-se como resultado a importância de um adulto que ofereça constantemente livros, bem como goste de narrar histórias, dramatizar e viver junto com a criança o universo mágico dos contos da literatura infantil, pois sabe-se que este é um caminho que leva a criança a desenvolver a imaginação, emoções e sentimentos de forma prazerosa e significativa.

Palavras Chaves: Literatura infantil, leitura, formação docente.

1. INTRODUÇÃO

O presente artigo tem por intenção uma abordagem sobre a importância da literatura infantil e a formação do docente, partindo assim do conceito que a mesma contribui efetivamente para o desenvolvimento infantil, e ao mesmo tempo proporciona uma reflexão com os professores para que coloquem em prática na educação infantil essas histórias, trazendo mais alegria e diversão para as crianças.

Assim é por meio de uma história, que a criança pode encontrar os lugares maravilhosos, outros tempos, outras formas de pensar, de sonhar, enfim… Por meio de histórias as crianças aprendem conteúdo das mais diversas áreas do conhecimento. (ABRAMOVICH, 1999).

Portanto, apesar dos dados estatísticos do Brasil que revela a pouca leitura, não se pode deixar de enfatizar que ler é bom e vivenciando isso na infância, as crianças terão o hábito da leitura e se tornaram leitores assíduos.

Muitos pesquisadores mencionam que ao escutar uma história os alunos terão grandes oportunidades de serem bons leitores, mas infelizmente essa é uma prática muito raras nas salas de aulas de crianças pequenas e isto pode enfraquecer o hábito da leitura.

Oferecer um livro a uma criança é oferecer mistérios, magia, significados, milhões de fantasias e formas de lidar com afetos que decorrem dessa experiência. O livro ajuda a construir e elaborar esses afetos

Ressalta-se que no decorrer do trabalho será abordado como deve trabalhar a literatura Infantil com suas características próprias, e que a mesma deve enfatizar associação da literatura infantil com a Pedagogia, já que as histórias eram elaboradas para se converterem em instrumento dela.

2. LITERATURA INFANTIL

De acordo com o site Wikipédia a literatura infantil proporciona que a criança conheça o mundo, que é cheio de sonhos, realidade e fantasia estão totalmente ligadas permitindo que o leitor possa descobrir e atuar num mundo imaginário, podendo transformar a realidade em algo bom ou ruim.

Deste modo a literatura infantil é destinada a um público especial que corresponde às crianças entre dois a dez anos de idade, neste sentido os livros infantis, precisam ter uma linguagem rica e clara para que os pequenos leitores possam compreender e se maravilhar com o mundo encantado da leitura.

A literatura infantil também se destaca muito, quando o assunto se refere ao aprendizado propriamente dito, pois sempre traz em seu contexto lições sociais e morais com o intuito de preparar a criança para as diversas situações que a vida venha a proporcionar..

A literatura infantil também tem o poder de imortalizar culturas e costumes, de modo que quem ler ou ouvir, venha a conhecer, ou ao menos passe ter uma ideia de como é ou era a cultura e a paisagem da região em que a história se passa.

A literatura é uma linguagem específica que, como toda linguagem, expressa uma determinada experiência humana que dificilmente poderá ser definida com exatidão. Cada época compreendeu e produziu ao seu modo. E sem dúvida, conhecer a singularidade de cada momento da longa marcha da humanidade em constante evolução (JACOMELLI, 2008, p. 10).

De acordo com Parreiras (2012) a escola deve ser formadora de novos talentos; os educadores devem estimular a leitura com propósitos fundamentados na interpretação e compreensão das histórias infantis. Neste sentido a relação da literatura infantil com a escola é que ambas devem incentivar e fortalecer a formação do indivíduo.

Neste contexto as crianças podem imitar uma variedade de gestos e ações que vão muito além dos limites de suas capacidades. Por meio da imitação irão apropriar-se dos comportamentos leitores e significar a prática da leitura, condição necessária para a aprendizagem (MARANHÃO, 2012).

Assim Reyes (2010) menciona que a literatura é um dos aspectos mais importantes para a criança como ponto de partida para aquisição de conhecimento, meio de comunicação e socialização.

3. A LITERATURA INFANTIL E A FORMAÇÃO DO DOCENTE

Mediante a importância da literatura infantil, percebe-se que o papel do docente é estar adequando suas metodologias com a certeza de que mudanças acontecem o tempo todo, e que precisam estar atentos à elas.

Conforme Freire (1979, p. 58) “[…] para ocorrer uma mudança de postura é necessário que haja compromisso em querer mudar.” Assim é imprescindível que o professor busque um trabalho reflexivo no que se refere ao ensino por meio da leitura de maneira que suas aulas tenham o “momento de leitura” como um horário riquíssimo de conhecimento por meio da leitura e contação de história.

A escolha de um bom livro infantil é o passo inicial ( Figura 1), pois estará composto de ideias, aventuras, que farão com que os alunos participem de maneira efetiva, e os mesmo por meio da leitura poderão construir novas expectativas, novos olhares, novos conceitos e além de tudo podem ser autores de suas próprias histórias, mediante suas vivências.

De acordo com Marafigo (2012) a promoção da leitura nas escolas é uma incumbência de todos os professores, ou seja, todos têm a responsabilidade de trabalhar incentivando a leitura.

Figura 1: Livro Chapeuzinho Amarelo

Fonte: Arquivo pessoal

Diante da importância da literatura infantil, comprova-se que a mesma é dinâmica, mesmo que os alunos ainda não tenham o domínio da leitura e da escrita, e o professor é o elemento chave na perspectiva que os alunos não sejam somente alfabetizados, mas letrados.

Aprender a ler não é muito diferente de aprender outros procedimentos ou conceitos. Exige que a criança possa dar sentido àquilo que se pede que ela faça, que disponha de instrumentos cognitivos para fazê-lo e que tenha ao seu alcance a ajuda insubstituível do seu professor, que pode transformar em um desafio apaixonante o que para muitos é um caminho duro e cheio de obstáculos (SOLÉ, 1998, p.65)

A riqueza da literatura infantil está na maneira em que a mesma permite que as crianças tenham maiores oportunidades de serem protagonistas no seu cotidiano, buscando seus próprios objetivos e fazendo suas escolhas, construindo assim sua própria identidade.

Figura 2: Professora contando história

Fonte: arquivo pessoal das autoras

A postura investigativa é parte inerente à sua profissão, tem a ver com sua prática enquanto docente e objetiva melhorar seu trabalho, sua vida e consequentemente, possibilitando, assim, que cresça ao transformar as suas aulas em momentos prazerosos para as crianças.

Para Fonseca (2012) quando o professor está lendo a história para os seus alunos, eles aprendem os conteúdos da história e suas características, mas também observam como as pessoas utilizam a leitura, e os comportamentos de um leitor, no que se refere às práticas sociais de leitura.

A leitura é uma fonte onde pode-se usufruir e ampliar os conhecimentos. Ela é inesgotável e possui muitos suportes, como diferentes textos literários que além de informar nos levam ao mundo mágico das narrativas com seus personagens marcantes.

Existem os mais diversos caminhos para aguçar a imaginação da criança que podem ser desde a leitura de livros, ou por meio da contação de histórias com a utilização de acessórios como: dedoches, fantoches, músicas, cartazes, (figura 2) que favorecem o desenvolvimento cognitivo, expressivo e comunicativo dos alunos.

Figura 3: Dedoches de animais da fazenda.

Fonte: arquivo pessoal das autoras

Neste sentido a literatura é espaço de construção de subjetividades, portanto, o mesmo livro pode levar pessoas diferentes a lugares diversos, mexer com as sensações e sentimentos (NASCIMENTO, 2009).

Entretanto a criatividade (figura 4) do professor para trabalhar a leitura com crianças pequenas não pode faltar, pois elas se divertem e ao mesmo tempo aprendem, e de maneira surpreendente compartilham seus conhecimentos com as outras.

Figura 4: Palitoches “Branca de Neve”

Fonte: arquivo pessoal das autoras

Neste sentido é preciso que a escola invista em projetos de leitura, na formação de bons contadores de histórias, bibliotecas e em livros de literatura infantil de boa qualidade, e que os alunos tenham o livre acesso aos materiais literários para poderem desfrutar de uma boa história e mais ainda de serem criativos e solidários com os outros.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do exposto percebeu-se que a literatura infantil está presente na escola, e todo o trabalho de leitura precisa ser pensado de maneira criativa, tanto para alunos de educação infantil como para os anos iniciais do ensino fundamental.

Investir na literatura infantil da escola é proporcionar aos alunos novos conhecimentos, novos desafios e novas maneiras de pensar e viver numa sociedade que cada vez mais está atrelada às novas tecnologias, mas que mesmo há tantas tecnologias digitais, os livros ainda são primordiais para o desenvolvimento dos alunos.

Assim o professor deve basear seu trabalho de leitura na sala de aula com atividades permanentes, ou seja, uma situação que acontece de forma sistemática e que possibilita a familiarização com os novos conteúdos e conhecimentos por meio de reapresentação constante.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABRAMOVICH, F. Literatura Infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 1997.

BETTELLHEIM, B. A psicanálise dos contos de fadas. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980.

FONSECA, E. Interações com olhos de ler. Apontamentos sobre a leitura para a prática do professor de Educação Infantil. São Paulo. Editora Blucher. 1ª impressão. 2012.

JACOMELI, C.; BONANI, E. A Literatura Infantil Contribuindo no Aprendizado dos Educadores das Séries Iniciais. Finav, Naviraí, 2008.

JESUALDO, R. A literatura infantil. São Paulo: Cultrix, 1982.

KAERCHER, G. E. P. da S., et al. Convivendo com crianças. In: CRAIDY, Carmem M. O educador de todos os dias: convivendo com crianças de 0 a 6 anos. Porto SP: Ática, 1992.

MAIA, J. Literatura na Formação de Leitores e Professores. São Paulo: Paulinas, 2007.

MARANHÃO, D.  O trabalho do professor na Educação Infantil. Editora Biruta. 2012. 1ª edição.  São Paulo.

NASCIMENTO, C. O fantástico mar de histórias. In: Letras de Luz -Projeto de Incentivo à Leitura. Oficina 1 – Mil e uma Leituras. Energia do Brasil, Fundação Victor Civita, 2009.

PALO, M. J.  OLIVEIRA, M. R. D. Literatura infantil: voz de criança. São Paulo, SP: Ática, 1992.

PARREIRAS, N. Do ventre ao colo, do som a literatura: livros para bebês e crianças. Belo Horizonte: RHJ, 2012.

SOLÉ, I. Estratégias de leituras. São Paulo: Artmed, 1998.

SOLÉ, I. Estratégias de leitura. Trad. Cláudia Schilling. 6. Ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.

VILLARDI, R. Ensinando a gostar de ler e formando leitores para a vida inteira. Rio de Janeiro: Qualitymark/Dunya, 1999.

XAVIER, M. L. M. Ensino de língua materna: para além da tradição. E se a historinha não funciona? Porto Alegre: Mediação, 1998.

ZILBERMAN, R.; SILVA, E. T. Leitura: perspectivas interdisciplinares. São Paulo: Ática, 1995.

[1] Curso de Pedagogia-Licenciatura, Artes Visuais-Licenciatura, Pós-graduada em Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental, Pós-graduada em Educação Especial Inclusiva com ênfase em Dificuldade de Aprendizagem, Pós-graduada em Alfabetização e Linguagem.

[2] Curso de Pedagogia, Artes Visuais Licenciatura. Pós-graduada em Educação para a Infância: Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, Neuropedagogia e Educação Especial e Pedagogia Social.

[3] Curso de Geografia e Pedagogia. Pós-graduada em Educação Especial, Libras, Educação Infantil e Anos Iniciais.

[4] Curso de Pedagogia Licenciatura Plena, Pós-Graduada em Educação Infantil, Séries Iniciais, Psicopedagogia, Educação Especial Inclusiva.

[5] Curso de pedagogia, pós-graduada em educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental de nove anos, pós-graduada em educação especial e inclusiva com ênfase nas deficiências.

[6] Curso de Pedagogia Licenciatura Plena, Pós-Graduada em Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, Educação Especial e Inclusão.

[7] Curso de Pedagogia, pós-graduada em educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental, Educação especial e Inclusiva, Gestão e Coordenação.

Enviado: Agosta, 2020.

Aprovado: Novembro, 2020.

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Gilmara Pereira Macedo Touro

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