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O Ensino Lúdico nos Anos Iniciais

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CONTEÚDO

VIEIRA, Luciene Batista [1], RODRIGUES, Elaine Aparecida Fernandes [2]

VIEIRA, Luciene Batista; RODRIGUES, Elaine Aparecida Fernandes. O Ensino Lúdico Nos Anos Iniciais. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo Do Conhecimento, Ano 01, Edição 11, Vol. 10, pp. 136-153. Novembro de 2016. ISSN: 2448-0959

RESUMO

A brincadeira é fundamental na formação de indivíduos que saibam enfrentar barreiras, improvisar nas mais diversas situações, refletir e criticar sobre o que lhe é disposto. O ensino brasileiro, principalmente nos anos iniciais, carece de novas abordagens para ser mais efetivo e melhor assimilado. O objetivo da pesquisa proposta é compreender o papel do professor na promoção da aprendizagem lúdica nas séries iniciais. A ludicidade é, reconhecidamente, um método de aprendizagem que pode trazer diversas melhorias para as crianças, tanto na esfera individual quanto na social. A metodologia revisão de literatura foi utilizada, com pesquisa em artigos científicos e monografias publicadas em bases on-line. O “aprender brincando” é a melhor maneira de compreender os assuntos ministrados nas disciplinas básicas da grade curricular. A ludicidade não é benéfica apenas durante as aulas de Educação Física, mas sim em todas as matérias. Cabe ao docente estimular seus alunos através dos métodos lúdicos para que tenham um efetivo e prazeroso aprendizado. É necessário o abandono da estagnação tradicional dos instrumentos pedagógicos para que se forme um melhor, e mais dinâmico, ambiente escolar.

Palavras-chaves: crianças, Escola, Ludicidade.

INTRODUÇÃO

O método lúdico é muito similar ao brincar, sendo importante meio de desenvolvimento total durante a infância, de modo especial em crianças das séries iniciais. O desenvolvimento infantil é realizado através da experiência social da criança. A imitação de situações cotidianas dos adultos cria um aprendizado pleno.

A brincadeira é fundamental na formação de indivíduos que saibam enfrentar barreiras, improvisar nas mais diversas situações, refletir e criticar sobre o que lhe é disposto. Com as brincadeiras a criança resolve conflitos internos, potencializando aspectos emocionais e psicossociais. Ademais, os jogos propiciam uma interação social. A coletividade é entendida e estimulada: os atos não são apenas de uma pessoa, mas sim de toda a equipe.

Na Educação Física o professor pode estimular o desenvolvimento do respeito, do trabalho em grupo, do esforço para a superação, da responsabilidade, autocontrole e participação. Ou seja, é o progresso de aspectos positivos entre as pessoas e as instituições.

A ludicidade é uma importante fonte prática de ensino, sendo cada vez mais entendida e aprofundada de modo científico. No atual contexto de descaso e mazelas atinentes à promoção governamental da educação, o instrumento lúdico é uma possibilidade de renovação do cotidiano em sala de aula, cabendo ao professor de Educação Física ponderar teoria e prática, visando sempre o bem-estar dos educandos.

O ensino brasileiro, principalmente nos anos iniciais, carece de novas abordagens para ser mais efetivo e melhor assimilado. Dessa forma, indaga-se: como a ludicidade pode auxiliar na nova concepção da educação nas séries iniciais?

O objetivo da pesquisa proposta é compreender o papel do professor na promoção da aprendizagem lúdica nas séries iniciais. A ludicidade é, reconhecidamente, um método de aprendizagem que pode trazer diversas melhorias para as crianças, tanto na esfera individual quanto na social. Assim, com a proposição deste estudo, almeja-se de forma específica: abordar a relação histórica entre o “brincar” antigo e a ludicidade contemporânea; delinear novos caminhos para a promoção da aprendizagem dos alunos, assim como seu desenvolvimento físico, emocional e psicológico; interligar o método lúdico à inserção da criança (indivíduo) na coletividade; ambientar o mundo lúdico nas aulas de Educação Física.

A ludicidade já faz parte do meio natural infantil. A criança, em suas primeiras brincadeiras, já imagina um mundo de faz-de-conta, e isso já ocorre desde os primórdios da humanidade. Ao entrar na área acadêmica, a brincadeira pode ser transformadora, sendo a “ponte” para o entendimento infantil do mundo adulto.

O estudo busca demonstrar como a ludicidade pode trazer inúmeros aspectos positivos para o ensino nas séries iniciais. A abordagem científica do tema o consolida no mundo acadêmico, o que posteriormente gera embasamentos cada vez mais concretos dos aspectos atinentes ao método lúdico.

É válido ressaltar que o mundo lúdico está se desenvolvendo juntamente com a sociedade. O brinquedo, a brincadeira e o jogo são instrumentos modeladores das características íntimas de cada educando.  O professor de Educação física, ao introduzir em suas aulas a aprendizagem através da ludicidade, não só proporciona diversos aspectos positivos já elencados, mas também propicia às crianças uma atividade prazerosa, corriqueiramente própria da infância.

Ao resgatar brincadeiras tradicionais como pique-esconde, pega-pega, pular corda, dentre outras, o professor demonstra às crianças as possibilidades extra tecnológicas. Nos dias atuais, os brinquedos eletrônicos são o principal meio das crianças se divertirem. Porém, tais instrumentos podem não ser a opção mais saudável ou que melhor desenvolva os aspectos fundamentais da criança. Assim, mais uma vez a ludicidade mostra sua importância, sendo um meio de demonstração de brincadeiras antigas, muitas vezes esquecidas pela vinda da “Era Eletrônica”.

Os jogos e as brincadeiras são instrumentos pedagógicos para o desenvolvimento de potencialidades. O professor de Educação Física trabalha como provedor do ensino lúdico, sendo mediador para que não haja cobranças excessivas e sim um convívio prazeroso durante a aula.

METODOLOGIA

A metodologia revisão de literatura foi utilizada, com pesquisa em artigos científicos e monografias publicadas em bases on-line.

As fontes consideradas para realização dessa pesquisa são artigos científicos alocados no Google Acadêmico e bases de dados em sites de Universidades brasileiras (UNIOESTE, UFRRJ, UFRGS, UNESP), publicados entre 2008 e 2013. Utilizar-se-á como palavras-chave: ludicidade, aprendizagem, Educação Física.

Para seleção das fontes, foram consideradas como critérios as bibliografias que abordam a ludicidade como fomentadora da aprendizagem nas séries iniciais. Os materiais serão coletados entre fevereiro e outubro de 2016.

Realizar-se-á leitura analítica para ordenar informações das fontes, obtendo resultados para a pesquisa e encontrando novas propostas de métodos lúdicos dentro da Educação Física.

1. O QUE É LUDICIDADE?

O lúdico é essencial ao mundo infantil, perpetuando por toda a vida do ser humano. Dessa forma, o faz-de-conta e a realidade se correlacionam, pois os jogos e as brincadeiras fazem parte do mundo infantil tanto quanto a realidade. A atividade lúdica funciona como elo integrador dos aspectos motores, cognitivos, afetivos e sociais. Naturalmente a criança possui o impulso de brincar. Quando esta vontade é interligada com a aprendizagem, o estudo se torna prazeroso e é realizado de forma intensa e abrangente. (MALAQUIAS, 2013)

Não importa a idade cronológica, a ludicidade sempre está presente na vida do ser humano. O método lúdico não deve ser entendido apenas como momentos de prazer e diversão, mas sim instantes de desenvolvimento criativo, interação social e maior domínio lógico, motor, cognitivo e afetivo. (IAVORSKI)

O lúdico tem origem na palavra latina “ludus” que significa jogo. Assim, de acordo com seu significado, refere-se ao ato de brincar, ao movimento espontâneo. Hoje, o conceito de lúdico extrapola o simples brincar, sendo concebido como necessidade básica da personalidade, do corpo e da mente. (ALMEIDA, 2006)

Todos os exercícios que possuem características de jogo, brinquedo ou brincadeira são englobados no aspecto lúdico. O jogo é uma regra, a brincadeira é o ato de brincar e o brinquedo é o objeto manipulável. São conceitos distintos, mas reunidos dentro do mundo lúdico. (SCHEIBER, 2010)

Segundo Luckesi são aquelas atividades que propiciam uma experiência de plenitude, em que nos envolvemos por inteiro, estando flexíveis e saudáveis. Para Santin, são ações vividas e sentidas, não definíveis por palavras, mas compreendidas pela fruição, povoadas pela fantasia, pela imaginação e pelos sonhos que se articulam como teias urdidas com materiais simbólicos. Assim elas não são encontradas nos prazeres esteriotipados, no que é dado pronto, pois, estes não possuem a marca da singularidade do sujeito que as vivencia. Na atividade lúdica, o que importa não é apenas o produto da atividade, o que dela resulta, mas a própria ação, o movimento vivido. Possibilita a quem a vivencia, momentos de encontro consigo e com o outro, momentos de fantasia e de realidade, de ressignificação e percepção, momentos de autoconhecimento do outro, de cuidar de si e olhar para o outro, momentos de vida. (ALMEIDA, 2006)

Dessa forma, o “brincar” deve ser levado a sério, entendido em outra concepção. É a apropriação pelas crianças das habilidades no âmbito da linguagem, da cognição e dos valores sociais. (RODRIGUES, 2009)

As atividades lúdicas são aquelas que integram a ação, o pensamento e o sentimento. Podem ser uma brincadeira, um jogo ou qualquer outra atividade que possibilite instaurar um dinamismo de integração do grupo ou de sensibilização. A escola tradicional dá importância apenas na transmissão de conteúdo, deixando o aspecto lúdico de lado durante a prática pedagógica. Os educadores discutem sobre as atividades lúdicas, mas não as praticam. Porém, essa transformação é complexa, pois exige uma preparação do professor no início de sua formação, o que por muitas vezes não acontece. Em uma sala adequada ao contexto lúdico, o professor renuncia a sua centralização, ao controle onipotente e repassa para o aluno uma postura ativa, aflorando sua espontaneidade e criatividade.  (ALMEIDA, 2006)

Callois (1986) expõe que a atividade lúdica, por ter caráter gratuito, é desacreditada na sociedade moderna. Mas, em contraponto, é essa característica que proporciona ao indivíduo o contato com a atividade de forma despreocupada. Da mesma forma, França (1994) complementa que as brincadeiras, dentro do currículo pré-escolar, são apenas determinadas como recreação que possibilita o desgaste de energia. (SCHEIBER, 2010)

O professor, através de uma formação lúdica, conhece-se melhor, desbloqueando resistências naturais ao jogo e ao brinquedo. O educador, nesta temática, vê nas brincadeiras um importante instrumento pedagógico.  (IAVORSKI, 2008)

Através do uso da ludicidade na sala de aula, o professor encontra uma maneira de ensinar divertida e prazerosa. Kishimoto coloca que “brinquedos e brincadeiras são formas privilegiadas de desenvolvimento e apropriação […] sendo instrumentos indispensáveis da prática pedagógica.” (SCHEIBER, 2010)

No mesmo sentido, Piaget (1971) afirma que o intercâmbio social realizado na brincadeira proporciona noções de lógica durante o desenvolvimento infantil, pois as crianças passam a usar as palavras que são compreendidas e utiliza-as com lógica. Para este autor, o novo olhar para a atividade lúdica propicia o desenvolvimento do pensamento e de outras capacidades. (ALMEIDA, 2006)

O desenvolvimento infantil está correlacionado à realidade de seu ambiente. Para Vygotsky, a aprendizagem progride a partir das relações sociais, sendo ligados à linguagem e ao pensamento, desde os anos inicias de vida humana. A formação da criança é influenciada por esta relação, sendo impactantes as práticas educacionais às quais ela será submetida. Caso a relação entre a pessoa e o ambiente seja defasada, seu desenvolvimento também será. (MALAQUIAS; RIBEIRO, 2013)

As vivências lúdicas propõem o despertar do prazer em aprender. O professor que não aprende, também não é capaz de ensinar. E através da sensibilização proposta pelo lúdico, o professor se coloca como sujeito passivo diante das atividades dinâmicas e desafiadoras, aguçando seu gosto pelo conhecimento. E como o professor pode se torna um aprendiz? Colocando-se no lugar da criança, deixando com que o mundo imaginativo e interdisciplinar demonstre como o “eu” pode contribuir no crescimento do “outro”. (ALMEIDA, 2006)

Por estes e diversos outros motivos que a ludicidade é essencial ao ser humano, não apenas como método recreativo, mas como proposta de busca por conhecimento. O desenvolvimento individual proporcionado pela ludicidade, interligado a fatores sociais e culturais proporcionam uma boa saúde física e mental, colaborando para o desenvolvimento integral e global do indivíduo em seu processo de conhecimento. (IAVORSKI, 2008)

1.1 O JOGO E SUAS ESPECIFICAÇÕES

A aprendizagem através dos jogos é um modo dinâmico da conquista do saber, de forma que a criança “tome gosto” pelo aprender, sentindo prazer em estar no ambiente educacional. O professor é beneficiado de forma concomitante, visto que o repasse de seus conhecimentos através dos métodos lúdicos é facilitado, permitindo uma investigação sobre o modo de pensar do aluno, auxiliando-o no seu aperfeiçoamento através da transposição de suas dificuldades. (IAVORSKI, 2008). Segundo Piaget (1972) “o jogo é um artifício que a natureza encontrou para envolver a criança numa atividade útil ao seu desenvolvimento físico e mental”. (SCHEREIBER, 2010) Paulo Freire expõe (2002):

O jogo como desenvolvimento infantil, evolui de um simples jogo de exercício, passando pelo jogo simbólico e de construção, até chegar ao jogo social. No primeiro deles, a atividade lúdica refere-se ao movimento corporal sem verbalização, o segundo é o faz-de-conta, a fantasia, o jogo de construção é uma espécie de transição para o social. Por fim o jogo social é aquele marcado pela atividade coletiva de intensificar trocas e a consideração pelas regras. (CEBALOS, 2011).

O jogo de exercício é usado quando a criança ainda não desenvolveu sua linguagem verbal, repetindo apenas os gestos através da mímica. Este tipo de jogo potencializa os aspectos sensoriais e motores. “O jogo de exercício não tem outra finalidade que não o próprio prazer de funcionamento.” O jogo de construção deixa de lado o simbolismo e visa à inserção da criança e sua percepção como integrante de uma comunidade. É característico deste jogo materiais variados para manipulação infantil, principalmente seu contato com a natureza. Dessa forma, potencializam-se os aspectos cognitivos, motores e afetivos da criança, aguçando sua criatividade dentro da sistemática escolar. (IAVORSKI, 2008).

O jogo simbólico é a aplicação do real por símbolos, onde o faz-de-conta ganha destaque. Há liberdade no regramento, sendo os desejos infantis adaptados à atividade. As crianças encontram no jogo simbólico a possibilidade de realização de seus sonhos, aflorando seus medos, angústias e os aliviando. A imitação realizada pela criança pode ser diversificada com a vivência de diferentes personagens em diversos contextos. No jogo de regras é permitido o desenvolvimento lógico infantil, trabalhando primordialmente o respeito e a ética. É preciso que se observem as regras, planejando-se estrategicamente e raciocinando de forma operatória. Além do desenvolvimento cognitivo, o jogo de regras proporciona grandes avanços no aspecto emocional, pois a criança precisa lidar com perdas e ganhos. (MODESTO, 2014)

2. EDUCAÇÃO FÍSICA NOS ANOS INICIAIS

A Educação Física é uma disciplina obrigatória no currículo escolar básico das escolas brasileiras, obtendo uma abordagem específica para cada fase de desenvolvimento infanto-juvenil. Durante as séries iniciais, o trabalho realizado através da Educação Física deve ser metódico, visto que é a fase mais importante para a prática da atividade motora, momento em a criança aperfeiçoa seus movimentos. (COSTA, 2014).

Neste sentido, o estudo se desenvolve com intuito de destacar as principais abordagens discentes dentro da Educação Física; e a importância destas para o desenvolvimento infantil no campo das atividades físicas.

2.1 A EDUCAÇÃO CORPORAL E O MOVIMENTO

O desenvolvimento humano busca interferências do mundo externo para sua formação. A Educação Física surge neste contexto como instrumento de desenvolvimento biológico humano, acentuando suas percepções corporais e sensoriais, ao mesmo tempo em que desenvolve aspectos psicológicos. (MENEZES, 2016)

O movimento é intrínseco aos seres vivos, não sendo único e estável, mas evoluindo ao longo do tempo e do crescimento do indivíduo. Tanto pelo desenvolvimento da maturidade, quanto pela experiência da realização dos movimentos. Ao nascer, o ser humano possui predominantemente como ações motoras os reflexos, que com o tempo desaparecerão e darão lugar aos movimentos consequentes do amadurecimento do sistema nervoso. Desta forma, o indivíduo poderá locomover-se e manipular uma variedade de objetos. (SOUZA, 2007)

A disciplina de Educação Física deve propiciar ao aluno o seu desenvolvimento motor, de forma diversificada e complexa. O principal objetivo da disciplina deve ser o de oferecer experiências de movimentos, para que a criança se adapte às demandas e exigências do cotidiano. (SOARES, 2012)

O desenvolvimento motor está relacionado ao desenvolvimento cognitivo. Nos anos iniciais, a criança é introduzida no sistema educacional, como participante de um contexto onde deve assimilar o conteúdo aprendido e colocá-lo em prática. Dessa forma, o desenvolvimento lógico é aperfeiçoado. A autonomia gerada deve ser desenvolvida também pelo pensamento crítico, desafiando a criança a criar alternativas diante das dificuldades. Assim, as atividades de movimento devem ser constituídas de sentido para o aluno, inseridas em sua realidade. Futuramente, todo este trabalho inicial gerará frutos, pois o adulto que foi, quando criança, incentivado a praticar exercícios os faz com prazer, possuindo um estilo de vida mais ativo. (SOARES, 2012)

2.2 EDUCAÇÃO FÍSICA E SUAS ABORDAGENS

A Educação Física já foi entendida como apenas um momento de diversão ou de trabalho corporal. Na contemporaneidade, ela é instituída como uma disciplina que faz parte do projeto pedagógico escolar. Durante as aulas atuais de Educação Física não são desenvolvidas apenas habilidades, mas sim competências importantes para um relacionamento comunitário, onde a criança aprende a partilhar, escutar, trocar experiências e desenvolver diversas habilidades. (COSTA, 2014)

Durante a infância, a Educação Física é um instrumento que possibilita a transposição dos limites infantis. Através do brincar, é trilhada uma jornada de sucessos e desafios, onde as atividades motoras são realizadas, proporcionando ao aluno sensações que ele experimenta através de seu próprio corpo. (COSTA, 2014)

A Educação Física atinge dois níveis de atuação. O primeiro se refere ao desenvolvimento da capacidade motora e o segundo terá como foco a aprendizagem de novas habilidades e destrezas motoras. É perceptível que os dois níveis são intimamente ligados. Pode ser afirmado que a Educação Física deve ser direcionada para o desenvolvimento da agilidade, coordenação e equilíbrio, proporcionando ao indivíduo um conhecimento sobre o próprio como; bem como dentro da disciplina devem ser ensinados valores como o respeito, a cooperação e a tolerância. (SOUZA, 2007).

As atividades a serem desenvolvidas nas séries inicias no Ensino Fundamental são as seguintes: jogos, esportes, dança e ginástica; e ainda […] a psicomotricidade, percepção do corpo no espaço, coordenação óculo-manual, coordenação óculo-pedal, orientação espacial, organização espacial, estruturação espaço-temporal, esquema corporal. […] habilidades a serem desenvolvidas: valências físicas (equilíbrio, força, velocidade, flexibilidade, coordenação, capacidade rítmica. E por último o aprimoramento das percepções (acuidade visual, acuidade auditiva, acuidade gustativa, olfativa e tato). (COSTA, 2014)

É importante deixar as crianças de certa forma “livres” dentro do horário de Educação Física. As crianças podem, desta forma, criar suas próprias brincadeiras, através do uso de bolas, cordas ou de seu próprio corpo, saltando e correndo. Entretanto, este não deve ser um ato de abandono pedagógico: a mediação do adulto no processo educativo da criança é indispensável. (COSTA, 2014)

2.3 IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NAS SÉRIES INICIAIS

A disciplina de Educação Física nas séries iniciais é de grande importância, possibilitando aos alunos a oportunidade de desenvolver habilidades corporais e de participar de exercícios como jogos, lutas, ginásticas, danças, dente diversos esportes. O objetivo da prática de exercícios físicos é a expressão de sentimentos e emoções. (MOURA, 2013)

O desenvolvimento motor, como já exposto, avança exponencialmente durante a infância. E o que se adquire durante este período é levado por toda a vida da pessoa. Assim, é importante que o professor de Educação Física esteja presente para elaborar e adequar as atividades propostas, valendo-se tanto de práticas pedagógicas como de seu conhecimento científico. As atividades coletivas não devem ser vistas apenas como um todo, mas sim contempladas na individualidade da personalidade de cada aluno. (MOURA, 2013)

O papel da Educação Física nas séries iniciais é ajudar no aperfeiçoamento da coordenação motora e cognitiva, de forma que os alunos explorem competências e habilidades necessárias ao pleno desenvolvimento corporal.  (COSTA, 2014).

Os cursos de Pedagogia e o curso Normal formam profissionais para a unidocência, sendo as aulas ministradas pelos titulares das turmas iniciais do Ensino Básico. É imprescindível que a disciplina de Educação física seja aplicada de modo correto e coerente, não apenas através de jogos aleatórios ou gerando exercícios que somente visem o divertimento das crianças. (COSTA, 2014). Os profissionais devem estar capacitados para ministrar aulas que se atenham à idade da criança e os exercícios adequados para ela, buscando sempre seu desenvolvimento físico, cognitivo e psicológico. (MOURA, 2013)

São imprescindíveis muito estudo e pesquisa, bem como conhecimento amplo sobre desenvolvimento humano, anatomia e fisiologia, para que o professor realize uma real Educação Corporal, que seja positiva para a criança.  (COSTA, 2014) O educador, em seu trabalho, deve potencializar as atividades ministradas, para que o aluno tenha uma variedade de experiências motoras modificadas constantemente, de forma que evolua e facilite uma série de aprendizagens. (SOUZA, 2007)

O ideal seria uma interdependência entre o que está sendo ministrado na sala de aula e o ambiente dos exercícios físicos. Frequentemente os professores de Educação Física planejam suas aulas sem interagir com o projeto pedagógico proposto pela escola. Buscar uma correlação com as demais disciplinas é o que se almeja no papel atual da Educação Física escolar. (SOUZA, 2007)

3. LUDICIDADE NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Os professores encontram diversos desafios durante seu trabalho, principalmente em tornar suas aulas mais dinâmicas e atrativas. O recurso lúdico deve ser utilizado de forma séria e planejada, não deixando o jogo ser jogado por si, sem nenhum vínculo pedagógico. (CAVALLI, 2012)

A escola é um meio de influência, pois produz e reproduz os processos de construção do ser humano. Assim sendo, o jogo é um instrumento dentro da jornada educativa das pessoas que sempre possui lugar de destaque na grade curricular. Porém, sua utilização deve ser mediada pelo professor. (VALDUGA, 2011)

A Educação Física no contexto social brasileiro sempre possuiu finalidades definidas. Já foi utilizada para higienizar a sociedade, para a conquista de prêmios em competições esportivas, e até mesmo com o intuito militarista. Hoje, há um conceito muito distorcido desta disciplina. Muitos acreditam que seu objetivo é a distração dos alunos e o “desgaste” de suas energias para que se tornem mais calmos durante as aulas teóricas. (MODESTO, 2009)

O jogo durante as aulas de Educação Física, se manifesta de maneira espontânea. As crianças aliviam suas tensões, esquecem seus medos e “mergulham” em uma expressão de contentamento. O exercício lúdico assegura um momento de prazer dentro da aprendizagem, sendo importante o docente preparar suas aulas de forma que o jogo não se torne uma obrigação. Ao colocar o jogo apenas com o objetivo de regramento, a essência da atividade perde seu caráter, deixando de ser espontâneo. (MARQUES; KRUG, 2009)

Quando a criança joga, ela opera com o significado de suas ações, o que faz desenvolver sua vontade e, ao mesmo tempo, tornar-se consciente das suas escolhas e decisões. Por isso, o jogo apresenta-se como elemento básico para mudança das necessidades e da consciência. Ainda num contexto de Educação Física escolar, o jogo deve ser proposto como uma forma de ensinar, educar e desenvolver ao aluno seu crescimento cognitivo, afetivo-social e psicomotor, facilitando e permitindo a interação com o grupo. (MARQUES; KRUG, 2009)

Atualmente, a Educação física inserida no ambiente educacional rompe com os valores tradicionais de ordem, disciplina e imutabilidade, buscando a construção de um cenário educacional de valores mais modernos. Essa ruptura de paradigmas é tortuosa, mas é possível. O redimensionamento atual da atividade física vê o movimento humano como natural; dessa forma, o professor elabora seu trabalho a partir da compreensão de que cada faixa etária de alunos encontra-se em uma fase do desenvolvimento corporal. O lúdico, durante as séries iniciais, ensina mais do que gestos ou palavras; através destas atividades são compreendidos novos valores como respeito e amizade, além de desenvolver a imaginação e o raciocínio. (FONSECA, 2007)

Os exercícios lúdicos devem ser diversificados, proporcionando aos discentes a criação de novos movimentos, ultrapassando desafios e construindo novos saberes, os quais serão auxílio em sua vida cotidiana. A formação cidadã do aluno, bem como seu desenvolvimento integral, é importantíssima nessa fase escolar. Assim, o professor, como exposto, deve estar atento para as fases de desenvolvimento infantil e adequar os exercícios propostos a cada faixa etária. (FONSECA, 2007)

Se desvincular dos aspectos positivos da ludicidade no processo de aprendizagem é deixar de lado uma oportunidade de experimentar o diferente, ir além da teoria. “É uma necessidade unir dever e prazer em busca de um aprendizado mais significativo e satisfatório.” (CAVALLI, 2012)

O jogo deve ser compreendido além da necessidade de ação infantil. O educador deve estar atento ao fator de desenvolvimento, estimulando as crianças ao “exercício do pensamento”. Esta atitude, em um momento posterior, auxiliará os alunos a enfrentarem situações reais, adquirindo independência na resolução de impasses. (MARQUES; KRUG, 2009)

Os professores devem escutar a criança, pois esta tem muito a ensinar no que se refere ao brincar. O professor não deve se sentir o “dono da verdade”, mas sim aprender também com seu aluno. A criança traz em sua vivência experiências que devem ser incorporadas no processo de aprendizagem, de forma que contribuam positivamente. Outro aspecto que deve ser deixado pelo professor são as barreiras criadas por eles mesmos. Os educadores, principalmente os mais experientes, devem deixar em segundo plano o conhecimento adquirido ao longo dos anos e se “aventurar” no mundo de descobertas infantil. A interligação professor-aluno é de extrema importância.

Os exercícios lúdicos podem ser realizados com a integração entre o aluno e o professor, não sendo as atividades promovidas como distração, mas compreendendo que os movimentos corporais são um complemento aos demais aprendizados, como matemática, história e ciência. (MODESTO, 2009)

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os exercícios lúdicos consistem no brincar, sendo essenciais para o desenvolvimento integral infantil (mental, cognitivo, social e motor). A ludicidade é um instrumento pedagógico que pode ser utilizado para o ensino em qualquer faixa etária; porém, nos anos iniciais, a proposta lúdica é muito bem recebida, sendo uma reprodução de situações verdadeiras do cotidiano.

A brincadeira é fundamental para a formação do aluno-cidadão, pessoa engajada em valores morais, que enfrenta os obstáculos da vida com criatividade, improviso, crítica e reflexão sobre as situações conflitantes. A escola proporciona que a criança explore seu brincar natural, mas dentro da prática pedagógica. O exercício lúdico deve ser direcionado pelo professor para que sejam desenvolvidas as mais variadas potencialidades. O “aprender brincando” é a melhor maneira de compreender os assuntos ministrados nas disciplinas básicas da grade curricular. A ludicidade não é benéfica apenas durante as aulas de Educação Física, mas sim em todas as matérias.

Pelo exposto, cabe ao docente estimular seus alunos através dos métodos lúdicos para que tenham um efetivo e prazeroso aprendizado. É necessário o abandono da estagnação tradicional dos instrumentos pedagógicos para que se forme um melhor, e mais dinâmico, ambiente escolar.

REFERÊNCIAS

CAVALLI, Edena Carla Dorne. Ludicidade: uma possibilidade metodológica para processo de ensino e aprendizagem na educação infantil e séries iniciais da educação básica. 2012. UNIOESTE – CAPES. 8 p. Disponível em: <http://w3.ufsm.br/ceem/eiemat/Anais/arquivos/RE/RE_Cavalli_Edna.pdf>. Acesso em: 28 mar. 2016.

CEBALOS et al. Atividade lúdica como meio de desenvolvimento infantil. Efdeportes.com, Buenos Aires, 2011. Disponível em: < http://www.efdeportes.com/efd162/atividade-ludica-como-meio-de-desenvolvimento.htm>.  Acesso em 27 ago. 2016.

COSTA, Eduarda Cosentino. A Educação Física nos anos iniciais do ensino fundamental: a aula é proporcionada? Por quem? O que se desenvolve e o que realmente se deve desenvolver? EFdeportes.com, n.190, mar. 2014. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd190/a-educacao-fisica-do-ensino-fundamental.htm>. Acesso em: 8 set. 2016.

FONSECA, Gercília Alves Neves da; O lúdico nas aulas de Educação das séries iniciais do ensino fundamental. 33 p. Monografia (Pós-graduação em Esporte Escolar) – Centro de Educação à distância da universidade de Brasília, Jaru, 2007. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/ceme/uploads/1391171796-Monografia_Gercilia_Alves_Neves_da_Fonseca.pdf>. Acesso em: 4 out. 2016.

IAVORSKI, Joyce; VENDITTI JUNIOR, Rubens. A ludicidade no desenvolvimento e aprendizado da criança na escola: reflexões sobre a Educação Física, jogo e inteligências múltiplas. Efdeportes.com, Buenos Aires, abr. 2008. Disponível em: < http://www.efdeportes.com/efd119/a-ludicidade-no-desenvolvimento-e-aprendizado-da-crianca-na-escola.htm>. Acesso em: 28 ago. 2016.

MALAQUIAS, Maiane Santos; RIBEIRO, Suely de Souza. A importância do lúdico no processo de ensino e aprendizagem no desenvolvimento da infância. Psicologado, 2013. Disponível em: <http://psicologado.com/atuacao/psicologia-escolar/a-importancia-do-ludico-no-processo-de-ensino-aprendizagem-no-desenvolvimento-da-infancia>. Acesso em: 15 mar. 2016.

MARQUES, Marta Nascimento; KRUG, Hugo Norberto. O jogo como conteúdo da Educação Física Escolar. Partes a sua Revista Digital, set. 2012. Disponível em: <http://www.partes.com.br/educacao/ojogocomoconteudo.asp>. Acesso em: 28 mar. 2016.

MENEZES, Carla Vasconcelos. A importância da Educação Física nos anos iniciais. Brasil Escola, 2016. Disponível em: <http://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao-fisica/a-importancia-educacao-fisica-nos-anos-iniciais.htm>. Acesso em: 8 set. 2016.

MODESTO, Monica Cristina; RUBIO, Juliana de Alcântara Silveira. A importância da Ludicidade na construção do conhecimento. Revista Eletrônica saberes da Educação, 2014. Disponível em: < http://docplayer.com.br/5142075-A-importancia-da-ludicidade-na-construcao-do-conhecimento.html>. Acesso em: 28 ago. 2016.

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[1] Aluna do curso de Educação Física da Faculdade Patos de Minas (FPM) formanda no ano de 2016.

[2] Graduação em Educação Física pelo Centro Universitário de Patos de Minas (2008) e Mestrado em Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres pela Universidade de São Paulo (2011). Atualmente é coordenadora e docente do Curso de Educação Física da Faculdade Cidade de João Pinheiro (FCJP) e docente do curso de Educação Física na Faculdade Cidade de Patos de Minas (FPM).

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Luciene Batista Vieira

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