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Critérios de escolha para participar dos jogos escolares de Içara (JOESI)/SC

RC: 35715
528
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/educacao-fisica/criterios-de-escolha

CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

ONOFRE, Etiene Elias [1], FERREIRA, Robinalva [2]

ONOFRE, Etiene Elias. FERREIRA, Robinalva. Critérios de escolha para participar dos jogos escolares de Içara (JOESI)/SC. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 08, Vol. 04, pp. 130-160. Agosto de 2019. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao-fisica/criterios-de-escolha

RESUMO

O objetivo desta pesquisa é analisar os critérios adotados pelos professores de Educação Física para escolher os alunos representantes da escola nos jogos escolares do município de Içara intitulado como JOESI (Jogos Escolares de Içara). Objetivos específicos: Verificar se os critérios utilizados pelos professores de Educação Física estão previstos no PPP; Verificar a importância dos jogos; analisar a percepção dos alunos não selecionados referentes aos jogos; Identificar como ocorrem os treinamentos para os jogos; Verificar os resultados obtidos pela escola no JOESI. O referencial teórico estruturou-se com o contexto escolar da educação física, a importância do esporte na escola, projeto político pedagógico, e o município de Içara-JOESI. No sentido de alcançar o objetivo proposto, realizamos uma pesquisa de campo, e foi realizada utilizando o questionário para a coleta de dados, teve como público alvo diretores, professores e alunos das dez escolas. Tendo como interlocutores 5 diretores de escolas mais premiadas nos Jogos, 10 professores de Educação Física e 50 alunos do município de Içara/SC. Os Jogos são realizados desde o ano de 1974. Utilizamos a Análise Textual Discursiva para análise dos dados devido a abordagem qualitativa da pesquisa, da qual emergiram cinco (5) categorias importância dos jogos; critérios para escolha dos alunos; conteúdo das aulas de EF; treinamento para os jogos e pontos positivos e negativos relacionados aos jogos. Sendo assim, evidenciamos que a principal forma para seleção dos alunos para os jogos ocorre por meio das habilidades individuais, disciplina e bom desempenho escolar. As interferências nas aulas de Educação Física, são: os treinamentos realizados nas aulas ou até mesmo fora delas e a substituição dos professores nos dias dos jogos. Quanto aos pontos positivos dos jogos: a socialização, representação da escola, a alimentação. Como pontos negativos: falta do professor nas aulas de Educação Física, limitação do número de participantes, falta de local para treinamento e de transporte para os alunos. Evidenciamos a necessidade de continuidade dos estudos acerca da temática.

Palavras-chave: Jogos escolares, seleção, alunos, professores, educação física.

1. INTRODUÇÃO

Içara é um município situado no sul de Santa Catarina, abrange 55.581 habitantes, e dispõe de vinte e cinco (25) escolas municipais, estatual e particular e realiza os Jogos escolares JOESI desde o ano de 1974 estando na sua trigésima sétima edição.

Falar em jogos escolares como política pública para a juventude parece, a princípio, redundante, mas não se pode deixar de lado a sua importância para o descobrimento de atletas esportivos de diversas modalidades com reais chances de medalhas e reconhecimento nacional e internacional, bem como, o envolvimento social de centenas de jovens e famílias que proporcionam, sem dúvidas, o desenvolvimento em todas as áreas dos entes federados brasileiros, isso é fato. (DESIDERÁ, 2016, p. 8).

Os jogos são importantes pois traz a satisfação, necessidade da ação do ser humano, despertando o interesse para o aprendizado, pois dá ressignificação para os conteúdos abordados durante processo de aprendizagem, possibilitando a participação e socialização dos alunos.

Em relação ao jogo Friedman (1996, p. 64) aponta que:

Oferece uma importante contribuição para o desenvolvimento cognitivo, dando acesso a mais informações e tornando mais rico o conteúdo do pensamento infantil, paralelamente o jogo consolida habilidades já dominadas pelas crianças e a prática dos mesmos em novas situações.

A escolha do tema abordado se deu por meio da vivência como estudante nas escolas públicas do município de Içara, e agora como futura professora aguçou a curiosidade de conhecer mais sobre os critérios de seleção dos estudantes para os jogos e como ocorre a organização da escola, das aulas, dos alunos durante os jogos.

Sendo assim, emergiu a problemática do estudo:

Quais os critérios adotados pelos professores de Educação Física para selecionar estudantes representantes da escola nos Jogos Escolares de Içara (JOESI)?

Como objetivo: geral: Analisar os critérios adotados pelos professores de Educação Física para selecionar estudantes representantes da escola nos Jogos Escolares de Içara (JOESI).

Tendo como objetivos específicos: Verificar se os critérios utilizados pelos professores de Educação Física estão previstos no PPP; Verificar a importância dos jogos; analisar a percepção dos alunos não selecionados referentes aos jogos; identificar como ocorrem os treinamentos para os jogos; Verificar os resultados obtidos pela escola no JOESI.

A elaboração do estado do conhecimento acerca da temática evidenciou a relevância do estudo devido o resultado encontrado de poucas publicações e ausência de estudo no município de Içara.

2. O CONTEXTO ESCOLAR DA EDUCAÇÃO FÍSICA

Conforme exemplificam Corrêa e Moro (2004), a Educação Física é uma das matérias a serem trabalhadas nas instituições de ensino educacionais. A primeira lei que foi descrita sobre a obrigatoriedade da Educação Física nas escolas foi o Parecer nº 224 de 1882 da época de Ruy Barbosa, desde então a Educação Física vem sendo confirmada pela primeira Lei de Diretrizes e Bases do ensino 1º e 2º graus do ano de 1971 (Lei nº. 5692/71).

Mas neste contexto, a Educação Física não seria obrigatória para pessoas que já estivessem trabalhando, para mulheres que já fossem mães, para quem estivesse cumprindo o serviço militar obrigatório, para pessoas fisicamente incapazes, para quem já tinha mais de 30 anos e para alunos pós-graduados (CORRÊA; MORO, 2004).

Atualmente, com a Lei nº. 9.394/96, mantém-se a Educação Física em um caráter obrigatório, em seu Artigo 26, parágrafo 3º, a Lei diz que a Educação Física, integrada à proposta pedagógica da escola e, componente curricular da Educação Básica, ajustando-se às idades e às condições da escola, porém, sendo facultativa.

Para essa construção atual da educação física, temos os PCNs, que descreve como são as principais abordagens da disciplina na escola:

Área de conhecimento da cultura corporal de movimento, e a Educação Física escolar como uma disciplina que introduz e integra o aluno na cultura corporal de movimento, formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la, instrumentalizando-o para usufruir dos jogos, dos esportes, das danças, das lutas e das ginasticas em benefícios dos exercícios críticos da cidadania e da melhoria da qualidade de vida (PCNs, MEC, 1998, p.29).

Além do esporte, dança, lutas, ginástica, jogos e brincadeiras fazem parte da cultura corporal tratadas pedagogicamente no ensino da Educação Física.

Compreendemos que o mundo de hoje passa por inúmeras mudanças, e isso diz respeito também à educação. Nesse contexto, refletindo sobre a realidade atual da Educação Física Escolar brasileira, percebemos que os profissionais encontram certa dificuldade em adotarem metodologias de trabalho adequadas, pois existem várias opiniões e abordagens pedagógicas (MAZINI FILHO et al., 2010).

Segundo o autor supra citado, está aparente a confusão no contexto da Educação Física nas escolas, desde sua inclusão como componente curricular obrigatório no Ensino Fundamental e em outros níveis de ensino, pois, por vezes, falta clareza em seus conteúdos. Todo esse contexto junto à falta de compromisso de alguns professores acabou prejudicando a imagem da Educação Física nas escolas, a ponto de se questionar a sua importância.

No entanto, é na escola que ocorre o aprendizado que pode tornar as pessoas mais inseridas em sua cultura, por meio da Educação Física utilizando o movimento corporal, a linguagem, no sentido da formação do cidadão com autonomia e criticidade.

À medida que o aluno faz uso dos símbolos, ele se comunica e se relaciona com o outro, melhorando seu aspecto intelectual. A cultura corporal é a base da Educação Física. O contato com as emoções, durante as atividades propostas na aula, cria novos conhecimentos e novas experiências de aprendizagem (MAZINI FILHO et al, 2010).

Assim, compreendemos que a Educação Física é uma disciplina que deve ser inserida no contexto pedagógico do aluno. Daí a sua importância e relevância social, desde que trabalhada com seriedade e coerência por parte dos profissionais visando o aprendizado e desenvolvimento dos alunos.

A Educação Física escolar deve ser um espaço relevante para que os sujeitos, ao longo do percurso formativo, reflitam criticamente sobre as diferentes possibilidades de práticas de lazer e recreação ofertadas no mundo contemporâneo, para além daquelas vinculadas à lógica das mercadorias culturais. (PROPOSTA CURRICULAR DE SANTA CATARINA, 2014).

Conforme a proposta curricular de Santa Catarina (2014) alguns aspectos devem ser considerados:

• A produção histórica do conhecimento: todos os temas da Educação Física Escolar devem ser entendidos diante de uma visão histórica. A sua localização no tempo e espaço possibilita resolver os interesses e necessidades de suas origens, criando com isso uma metodologia pedagógica mais adequada. Sendo assim, tanto o aluno como o professor devem buscar o conhecimento.

• O desenvolvimento do aluno como ser social: todos os alunos são capazes de aprender a partir da mediação do professor e dos demais participantes do grupo. A mediação é um processo importante para a aquisição de mais conhecimento. Isso significa que diante das metodologias a serem desenvolvidas, todos devem ser participantes.

• O movimento humano: este orienta a ação do professor de Educação Física através das diferentes formas de manifestação. Tal aspecto deve ir além dos limites biológicos, pois o aluno é um ser cultural e ativo socialmente.

• A seleção dos conteúdos e metodologias como meio educacional: os conteúdos não devem ser trabalhados a partir de uma teorização, remetendo a velhas receitas ou regras imutáveis geradas fora da escola. Deve haver inovação e busca por novas práticas.

É preciso que se busquem conhecimentos nos autores da Educação Física e de outras áreas, ou seja, que apontem novas direções. Esta abordagem deve considerar os aspectos: sociais, culturais, o saber cotidiano do aluno, esses que são trazidos de fora da escola, em busca de sua superação, o que o levará à um maior conhecimento. Cabe ao professor, frente aos conteúdo da Educação Física, ser um pesquisador incansável.

É neste contexto que precisamos compreender a relevância dos conteúdos da Educação Física, que além de ser de cunho motivacional, contribuem na formação do aluno.

2.1 A IMPORTÂNCIA DO ESPORTE NA ESCOLA

Segundo Bracht (1997) o esporte apresenta dois conceitos, um conceito amplo e um restrito. Como restrito por abranger apenas atividades pedagógicas que tem como tema o movimento corporal e o esporte. Amplo que envolve toda a cultura de movimento.

Conforme Nunes (2012), no contexto do esporte é importante compreender três aspectos, primeiro ter a consciência e noção de se colocar no lugar dos outros, segundo conseguir visualizar influências nas ações do esporte e terceiro ter a visão de questionar o real sentido do que seja o esporte.

Na Lei de Diretrizes e Bases, o desporto se apresenta como um assunto obrigatório a ser trabalhado nas escolas, conforme o artigo 27:

Considerada uma forma de controle social, pela adaptação do praticante aos valores e norma dominantes como condição alegada para a funcionalidade e desenvolvimento da sociedade. Um dos papéis que cumpre o esporte escolar em nosso país, então, é o de reproduzir e reforçar a ideologia capitalista, que por sua vez visa fazer com os valores e normas nela inseridos se apresentem como normais e desejáveis (BRACHT, 1997 apud CORRÊA; MORO, 2004, p. 45).

Dessa forma compreende-se que o esporte é um dos assuntos a serem trabalhados nas escolas, pois é de suma importância para o desenvolvimento intelectual e social dos alunos. É preciso que ele apresente um contexto didático para que possa ser explicado quanto matéria de ensino que visa a aprendizagem e o desenvolvimento do alunado.

Para Bento (1987), o desporto não pode ocorrer de forma separada da sociedade escolar, mas sim, em conjunto, com isso o desporto pode ter seu caráter fundamental para os alunos bem como para a comunidade escolar.

A Educação Física tem várias fontes a serem trabalhadas dentro da sala de aula, mas por vários motivos alguns conteúdos são deixados esquecidos, às vezes por falta de tempo, de vontade ou conhecimento.

No pensamento de Assis (2010) teria que primeiro descobrir o que é Educação Física, para a partir deste conceito saber como trabalhar com os alunos, e para haver esse entendimento é preciso trabalhar com textos, vídeos, entre outros materiais que possam auxiliar no desenvolvimento da disciplina.

Ainda segundo pontua Assis (2010, p. 113):

O desporto não possui nenhuma virtude mágica. Ele não é em si mesmo nem socializante nem antisocializante. É conforme: ele é aquilo que se fizer dele. A prática do judô ou rugbi pode formar tanto patifes como homens perfeitos preocupados com o fair play.

Desse modo, entende-se que a Educação Física no âmbito escolar trata do conhecimento da cultura corporal, como seu principal ponto de estudo, a expressão corporal como linguagem e os conteúdos como jogo, a dança, entre outros que servem como tema da cultura corporal (COLETIVO DE AUTORES, 2012).

Na atualidade, esporte é toda atividade destinada ao aperfeiçoamento físico e mental do homem. Considera-se também como esporte todas as atividades recreativas que exigem esforço físico ou habilidades individuais ou coletivas (MIRANDA, 2007).

O esporte em si trabalha com um fator de competição. Na sociedade, o esporte é importante por refletir-se na preocupação dos governantes em torná-lo obrigatório onde quer que a sua ação alcance, principalmente na educação escolar (MIRANDA, 2007).

Para o autor, a Educação Física assim como em qualquer outra disciplina é feita a partir de processos, de valores, tendo o papel de formar o educando e esta formação poderá ser realizada por meio dos esportes, com objetivo educacional trabalhar nos alunos aprendizagens significativas, novos conhecimentos e competências.

De acordo com a Proposta de Santa Catarina (2014), a Educação Física, ao trabalhar com o movimento humano dentro das diversas formas em que se apresenta, deve primar pela possibilidade de um movimento que ultrapasse as condições reinantes, seja esse no contexto individual ou coletivo, sempre visando à cidadania e o desenvolvimento social e intelectual dos alunos.

Neste contexto, os temas jogo e esporte serão abordados influenciando os demais como ginástica e dança, que também fazem parte da ação pedagógica exercida pela Educação Física no âmbito escolar.

Nesta perspectiva é relevante buscar por mais reflexões e conhecimentos que ajudem no desenvolvimento das aulas de Educação Física. Os temas ginásticos, dança, jogo, esporte, também são reconhecidos na Proposta Curricular do estado de Santa Catarina e pelo Coletivo de Autores (2012), visando com isso beneficiar os alunos que fazem parte do processo.

2.2 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O Projeto Político Pedagógico (PPP) existe de forma harmoniosa com as tendências da educação, pois é neste documento que a escola e a sociedade apresentam a decisão do tipo de cidadãos e sociedade que desejam construir (LIBÂNEO, 1994).

Segundo Vasconcellos (1995), o Projeto Político Pedagógico envolve toda a comunidade escolar: pais, alunos, professores e funcionários, com a intenção de refletir sobre os problemas da escola e da sociedade, visando propor mudanças que possam construir uma sociedade reflexiva.

O projeto é um documento que serve para direcionar a ação pedagógica, buscando resgatar o sentido político do contexto educacional. Contém duas dimensões, política e pedagógica. Política, pois define o tipo de sociedade e cidadãos que se quer construir e pedagógica, pois busca fundamentar o ideal na prática, concretizando a ideia por meio da ação pedagógica no cotidiano (SORATTO, 2012).

Portanto, o Projeto Político Pedagógico é composto por três partes importantes: O marco referencial, diagnóstico e a programação. Marco referencial, constituído dos marcos situacional, filosófico ou doutrinal e operativo.

Marco situacional é o momento da análise da realidade na qual a sociedade está inserida e não uma análise da instituição. Marco filosófico corresponde à direção para a qual se move, ou seja, o ideal geral da instituição. Busca compreender os tipos de sociedade que se pretende construir, o papel que se pretende para a escola, e o Marco operativo que precisa ser compatível com o marco situacional e filosófico, visando articular a realidade geral (SORATTO, 2012).

Nesse sentido, as principais ações e acontecimentos da escola precisam estar previstos no PPP, como por exemplo os JOESI.

2.3 O MUNICÍPIO DE IÇARA

Içara é um município do extremo sul catarinense, que conta com cerca de 55.581, população estimada no ano de 2018 pelo IBGE, a taxa de escolaridade é de 6 a 14 anos com um percentual de 96,4%.

Para Nunes (2012), a cidade de Içara tem sua história marcada, como qualquer outra cidade, primeiramente povoada por índios, que no caso de Içara são os índios Aborígenes e o Homem do Sambaqui, que são figuras mais conhecidas popularmente no município, assim sua evolução foi marcada primeiramente por “novos” índios, conhecidos como Carijós, posteriormente veio o “homem branco” com a sua colonização.

A origem das primeiras famílias colonizadoras foi açorianas que quando chegaram ao município de Içara a mesma estava praticamente vazia dos índios Carijós. A população açoriana estabeleceu-se ao longo da faixa litorânea. Foi considerada como de suma importância a chegada dessas famílias ao município, considerando o desenvolvimento que traria para a cidade, pois além de se tratar, de serem as primeiras famílias a chegarem, elas ainda trouxeram novas formas de trabalhar no campo, como novas sementes, e novos métodos de cultivos, resultando assim em um rápido povoamento de toda região Içarense.

Destacamos também outro fator importante, quanto ao povoamento da região, foram as minas de carvão, no qual obtiveram uma resultado de vários imigrantes para a cidade em busca de trabalho, isso a partir de meados de 1944, contudo, os moradores das áreas rurais por sua vez, também se deslocaram para áreas operarias em busca de melhores empregos, no caso de Içara as minas de carvão, acarretaram um crescimento populacional nessas áreas, resultando assim, no surgimento do Distrito de Vila de Içara.

Ainda para Nunes (p. 23, 2012):

Quando se iniciou a década de 60 Içara era uma cidade em próspero desenvolvimento, com as minas explorando o carvão que era conhecido como o “ouro negro”, a produção de farinha de mandioca e com a venda dos pescados Içara era todo progresso. E neste momento de prosperidade no dia 20 de dezembro de 1961 criou-se o município de Içara.

Junto com os imigrantes, vieram alguns aspectos fortes que hoje ainda estão presentes na cidade de Içara, como por exemplo, a tradicional festa do padroeiro São Donato que acontece todos os anos. E não perdendo em popularidade temos o time de futebol mais antigo do município que é o CAIÇARA. Além de algumas atividades recreativas que vieram com o passar do tempo, como a caminhada orientada, que acontece na Praça Santos Silvestre (FERNANDES, 2006).

O KM 47 passou a condição de vila e tomou foros de Distrito de Criciúma em 1944, em detrimento do distrito de São Sebastião, sediado na Urussanga Velha e criado no ano de 1933. No dia 20 de dezembro de 1961, é criado o município de Içara e a 30 do mesmo mês foi efetivado a sua instalação, desmembrando-se do município de Criciúma com o topônimo de Içara. A palavra Içara, corruptela de jiçara e içaroba nos remete a ideia de palmeiras; logo Içara, terra das palmeiras. Atualmente Içara, cortado pela BR101, é um município em progresso constante com implantação da industrialização, destacando-se nos derivados de plástico. Entretanto, segue também na economia, a tradição agrícola e uma notável possibilidade, turístico religioso devido ao Santuário do Sagrado Coração Misericordioso de Jesus, sendo o segundo maior de Santa Catarina (FERNANDES, 2006).

A primeira escola do Distrito de Içara funcionava em duas casas de madeira, no centro da cidade e possuía três turmas. Em virtude do aumento do número de alunos, em 14 de novembro de 1946, o então interventor federal de Santa Catarina, Udo Deeke (08/02/1946 a 26/03/1947), atendendo ao pedido dos moradores, assinou o documento criando o Grupo Escolar Antônio João, da Vila de Içara, através do Decreto nº 3.656 de 14/11/46. (HISTÓRICO, 2008. p. 01).

Segundo Fernandes (1998), a primeira escola funcionou na rua Coronel Marcos Rovaris, esquina com a rua Duque de Caxias, e a segunda escola funcionou na rua Duque de Caxias, em frente ao atual prédio da escola, sendo as primeiras professoras, Iria Margot Mazzuco e Simoni Pereira Miliolli.

No ano de 2000, a denominação da escola era chamada de Escola de Educação Básica Antônio João, no entanto a comunidade desejava mudar o nome da escola e homenagear alguém que estivesse envolvimento com a educação e com a cidade, pois, segundo documentos de pesquisa e fontes do exército, o patrono Antônio João Ribeiro tinha sido um militar cruel e insolente, e não possuía nenhuma ligação com a educação nem a cidade de Içara.

Sendo assim, no ano de 2002, a escola passou a chamar-se Escola de Educação Básica Professora Salete Scotti dos Santos, em homenagem a uma professora içarense que lecionou muitos anos neste educandário e mesmo depois de aposentada continuou trabalhando pela educação (HISTÓRICO, 2008).

No ano de 2008, a escola passou por uma segunda reforma geral e foi construído o Ginásio de Esportes.

O município conta com vinte e cinco (25) escolas, sendo nove (9) da rede estadual, quinze (15) da municipal e uma (1) particular, atendendo nove mil estudantes na educação básica, desde a educação infantil até o ensino médio.

2.4 JOESI (JOGOS ESCOLARES DE IÇARA)

Foi em 25 de novembro de 1974, dia de Santa Catarina, que aconteceu a 1ª edição do JOESI, idealizada a partir da perspicácia do professor de Educação Física Jurandir dos Santos e da equipe do colégio Estadual Antônio João, hoje Salete Scotti dos Santos.

A ideia, surgiu numa feira Catarinense de Ciência (FECIC), realizada em Blumenau em 1972.

Foi daí que o professor Santos idealizou criar um evento esportivo, apresentou a proposta para a diretora do colégio que acatou sua ideia. A partir do lançamento da ideia, começaram a trabalhar na sua realização. Em 1974, que a ideia saiu do papel, tendo sua primeira edição, sendo que em 2019 foi realizada a 37ª edição.

Os jogos são realizados todos os anos, geralmente no mês de Abril com a participação das escolas municipais, estaduais e particulares, envolvendo as modalidades: Futsal, handebol, basquete, tênis de mesa, atletismo e xadrez nos naipes masculino e feminino.

3. METODOLOGIA

O estudo foi realizado por meio da pesquisa de campo, que conforme Lakatos (2003) é aquela que se utiliza com o propósito de obter dados e conhecimentos sobre determinado problema, buscando uma resposta.

A abordagem qualitativa que segundo Negrine (2004, p. 61) “[…] centra-se na descrição, análise e interpretação das informações recolhidas durante o processo investigatório […].”

Esta pesquisa teve como interlocutores 10 professores de Educação Física, envolvidos com a competição, 5 diretores das escolas do Município de Içara, sendo estes escolhidos pela quantidade de títulos conquistados nos Jogos escolares de Içara e 50 alunos, sendo 29 participantes dos jogos e 21 não participantes.

O instrumento usado para a coleta de dados foi o questionário para professores de Educação Física, diretores e alunos.

A coleta de dados foi realizada da seguinte forma: primeiramente foi solicitada a autorização dos diretores para a realização da pesquisa, posteriormente foi entregue aos diretores, professores e alunos o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE.

A partir das respostas coletadas, considerando a abordagem qualitativa da pesquisa, os dados foram analisados utilizando os pressupostos da Análise Textual Discursiva – ATD, de Moraes e Galiazzi (2014 apud FERREIRA 2017).

4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS

Apresentamos inicialmente a caracterização dos sujeitos da pesquisa: diretores, professores de educação física e alunos.

Quanto os diretores: Foram cinco diretoras, todas do sexo feminino, sendo que a faixa etária de quatro diretoras é de 31 a 45 anos de idade e uma está na faixa etária acima de 46 anos.

As cinco diretoras são docentes efetivas, bem como cumprem 40 horas de carga horária semanal de trabalho. Ainda, destacamos que as cinco são docentes há mais de 10 anos. Todas atuam em uma única escola.

Uma diretora concluiu a graduação no período de 1991 a 2000, as demais concluíram a graduação do período de 2001 a 2010. Todas as diretoras participam das atividades de formação continuada na escola ou oferecida pelo governo.

Quanto aos professores de Educação Física: Foram 10 professores interlocutores, sendo que 06 são do sexo masculino e 04 do sexo feminino, as faixas etárias compreendem um professor de 30 anos, cinco de 31 a 45 anos e 4 acima de 46 anos. Entre estes, 6 eram docentes de provimento efetivo, e 4 ACT’s (admissão em caráter temporário).

As cargas horárias variaram entre estes, professor algum trabalha somente 10 horas, 03 laboram 20 horas, apenas 01 labora 30 horas e por fim, 5 trabalham 40 horas.

Ainda, foi questionado em relação ao tempo te atividade na área, aos quais foi obtido a seguinte resposta, 07 deles trabalhavam mais de 10 anos na área, 03 entre 05 e 10 anos, e nenhum era inferior a 05 anos de atividade na área.

A estes ainda foi questionado o ano de conclusão da graduação, 01 professor concluiu de 1981 a 1990, 4 professores concluíram entre 1991 a 2000, outros 04 entre 2001 e 2010 e apenas 01 a partir de 2010.

Quanto a participação das atividades de formação continuada na escola ou oferecidos pelo Governo todos os professores participaram. Quanto a capacitação na área da Educação Física um professor não participou e os demais participaram nas seguintes atividades Rugby, xadrez, dança e formações continuada pelo município.

E os estudantes: Foram 50 alunos, sendo 32 do gênero feminino e 18 do gênero masculino. Desses 50 alunos, 29 responderam que já foram selecionados para participar do JOESI, e 21 alunos responderam que não foram selecionados para participar do JOESI. Ainda, dentre esses alunos, 10 são alunos de escola particular, 20 estudam em escola Estadual e ou outros 20 são alunos de escola Municipal.

Os dados coletados possibilitaram inferências originando assim cinco categorias: importância dos jogos; critérios para escolha dos alunos; conteúdo das aulas de EF; treinamento para os jogos e pontos positivos e negativos relacionados aos jogos.

4.1 A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS ESCOLARES DE IÇARA

Quanto a primeira categoria: importância do JOESI, a qual todos os diretores (5), todos professores de Educação Física (10) e 35 estudantes mencionaram que os jogos são importantes.

Nesse sentido, emergiram seis subcategorias referentes a importância dos JOESI: aprendizagem; socialização; prática esportiva; saúde; valorização do professor da Educação Física e representação da escola.

Subcategoria 1: Socialização: Dois dos cinco diretores das escolas percebem que os jogos possibilitam maior socialização dos estudantes, dos quais apenas dois (2) evidenciam de que nos jogos podem conhecer novas pessoas e fazer amizade, bem como dois (2) professores disseram que os jogos possibilitam a integração entre alunos e entre as escolas.

Para o P2[3]: “O JOESI é uma oportunidade para que os professores oportunizem uma integração entre as escolas.”

Segundo Coletivo de Autores (2012), o esporte não teve ter um fim em si mesmo, o ensino não pode visar apenas elementos técnico-táticos, nem somente visar a vitória na competição, o que precisa é ser considerado um fenômeno social um tema da cultura corporal.

Subcategoria 2: Referente a aprendizagem, um diretor, três professores e sete estudantes destacaram que os jogos possibilitam a aprendizagem das regras, aprender sobre o esporte, a ganhar e perder, aumenta a dedicação na disciplina e a tirar boas notas.

Para o P5: “Estimula o esporte, a competição dos alunos no JOESI, eles aprendem a lidar com situações de ansiedade, perdas e ganhos, sendo muito importante para o crescimento deles.”

Já para A2.2[4]: “Estar em forma, muda o psicológico da pessoa, incentiva as pessoas a praticar esportes.”

Subcategoria 3: prática esportiva, três diretores, cinco professores e 23 alunos disseram que os jogos são importantes devido a prática do esporte, a competição esportiva, a possibilidade de descobrir talentos, da prática do esporte extracurricular, ratificados pelas respostas:

Para o A5.5: “Tudo, JOESI é minha vida.”

P4 destaca: “Ele nos permite mostrar aos alunos a diferença entre a prática esportiva escolar e a de competições. Também a diferença entre aula de educação física e o treinamento.”

Subcategoria 4: Valorização do professor de EF dois professores disseram que os jogos são importantes para valorizar seus trabalhos desenvolvidos na escola, sendo uma forma de se auto avaliar, ratificado pela resposta:

P1- “valorização do trabalho do professor de educação física, oportunidade para que os alunos participem de competições fora da escola, integrando os alunos. Valorização do esporte escolar e da disciplina de educação Física.”

Conforme falas dos professores podemos destacar que é os jogos também servem para os professores se auto avaliarem, pois se a escola que o mesmo representa vai bem nos jogos, isso significada que os alunos se apropriaram do conhecimento transmitido pelo professor. Consequentemente seu trabalho é destacado e reconhecido perante todos.

A Educação física apresenta- se na escola como manifestação pedagógica de uma área de conhecimento: “ela é uma propriedade e um produto do ambiente escolar: a ele pertence, por ele se define, nele se constitui e se realiza – é então que se pode falar de uma cultura escolar de Educação Física.” (SOUZA; VAGO, 1999, p.21).

Subcategoria 5: Saúde, Três alunos destacam a importância que o esporte tem para a saúde do ser humano.

Para o A1.6- “Importante para a saúde.”

A3.7- “Exercitar o corpo e a saúde.”

4.2 CRITÉRIOS DE ESCOLHA DOS ALUNOS PARA A PARTICIPAÇÃO DO JOESI

As cinco diretoras disseram que é os professores de Educação Física que escolhem os alunos para as equipes.

Quanto ao PPP das escolas, não citam nada sobre a forma de seleção dos alunos para a participação dos jogos.

Nesse sentido evidenciamos duas subcategorias: habilidades individuais, disciplina e bom desempenho escolar.

Subcategoria 1 – Habilidades individuais: quanto aos critérios de escolha dos alunos para participação dos JOESI, 38 alunos responderam que a escolha é feita pelos próprios professores, ratificando as respostas das diretoras, e 32 disseram que a escolha se dá pelo critério de destaque nas aulas, e 08 professores apontam a habilidade como referência nos critérios para escolha, e uma professora aponta que os alunos participam se quiser, que não há seleção.

Segundo P1- “O critério para escolha do aluno que irá participar dos jogos se dá através de habilidades individuais e alunos atletas que já fazem ou participam de escolinhas.”

Cabe destacar o conceito de critério: “Capacidade para distinguir o verdadeiro do falso, o bom do ruim. Parâmetro usado para estabelecer uma comparação, escolha.” (DICIONÁRIO ONLINE).

E ainda, de acordo com o mesmo dicionário, quando falamos em seleção se refere a “escolha que cumpre regras e propósitos bem definidos: seleção de concorrentes. Equipe, time ou grupo que possui os melhores jogadores de uma categoria; time que representa um país em competições internacionais.”

Subcategoria 2 – Disciplina e desempenho escolar: dois professores apontam que se o aluno não tiver disciplina e boas notas, não participa dos jogos.

O professor P6 destaca que: “Primeiro critério é a disciplina, depois habilidade pra determinada modalidade.”

Segundo a D4: “Os professores de EF fazem a seleção, após ter os nomes é feito um conversa com os demais professores e direção para avaliar os alunos.”

Todavia, não basta somente a indicação do professor deve haver o aceite do aluno para participar dos jogos escolares do JOESI.

Para P7: “Os alunos participam se desejarem, infelizmente muitos não podem participar pelo número de participantes exposto pelo regulamento.”

Sendo assim, a escolha se dá por meio do despenho do aluno em sala de aula, de modo que o professor irá avaliar e determinar a escolha de quem irá representar a escola nos jogos JOESI.

P4: “Observamos seu rendimento durante as aulas. Abrimos inscrições para todos alunos, e fizemos um dia de seleção.”

Em alguns casos os professores então fazem a seleção em suas aulas, convidam e selecionam os alunos interessados nas práticas desportivas. Ainda os professores de Educação Física fazem a seleção, após ter os nomes é realizada uma reunião com os demais professores e direção para avaliar e validar o nome dos alunos.

Isso contradiz todo o sentido avaliativo que a Educação Física vem buscando, pois, segundo Coletivo de Autores (2012), avaliar não é apenas aplicar testes, ou nesse caso, classificar os alunos, pois é isso que os professores estão fazendo, classificando os alunos que participam dos jogos como melhores de suas turmas.

Com isso, o que o autor nos aponta, que enquanto a competição for o foco nas escolas, o esporte estará sendo transmitido de forma não muito adequada, pois acarreta a exclusão de alunos nas aulas e consequentemente nos jogos. Sendo assim o professor irá priorizar a prática de um modo técnico mais correto possível, acarretando assim no maior números de alunos excluídos das aulas.

Então, a crítica não é feita aos jogos escolares em si, pois se bem trabalhados os jogos tendem a ser uma excelente ferramenta pedagógica, para o ensino dos alunos. Assim:

[…] um trato diferenciado e crítico do esporte não deve afastar os alunos do esporte criticado, mas dirigir esse contato através de uma “transformação” que garanta a preservação do significado, a vivência de sucesso nas atividades e alteração de sentidos através da reflexão pedagógica. Tudo isso dentro de um programa que dê conta do percurso do aluno no processo de apreensão do conhecimento, ou seja, de um currículo para a educação física. (ASSIS, 2010, p.128)

Como em quase tudo na vida, sempre tem um lado bom e ruim, no esporte não é diferente, principalmente aquele jogado nessas competições escolares.

4.3 COMO SÃO TRABALHADOS OS CONTEÚDOS DAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Os dados possibilitaram a organização de três subcategorias: conteúdos trabalhados nas aulas, aulas durante os JOESI e Participação no JOESI – inclusão no planejamento da escola e do PPP

4.3.1 CONTEÚDO DAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

A escolha dos conteúdos das aulas de Educação Física ocorre por meio da proposta curricular do Estado de Santa Catarina e são desenvolvidos conforme estabelecido na Base Nacional Curricular Comum- BNCC.

Segundo a Proposta Curricular do Estado de SC (2014), o esporte escolar tem fim educativo, portanto é necessário sermos críticos ao trabalhar, pois, as aulas de Educação Física que visam o esporte de rendimento não se diferenciam de outras instituições com clubes e outros. Assim, a escola fortalece desigualdade, favorecendo experiências de sucesso para a minoria e de fracasso para a maioria e como consequência, favorecendo a exclusão e auto exclusão de nossos educandos nas aulas de Educação Física. Portanto o dever da escola é capacitar aos alunos serem críticos, emancipados e acabar com alienação

Os seguintes professores P2, P3, P5 responderam que: “os conteúdos são desenvolvidos conforme estabelecido na BNCC, com algumas alterações de acordo com a nossa realidade.”

Outros professores responderam:

P4- “Seguimos a proposta pedagógica do município, e atualmente temos apostila do sistema positivo.”

P6- “Proposta Curricular nacional.”

P7- “De acordo com PCNs, BNCC, e apostilas de educação física.”

P10- “Hoje dentro dos conteúdos trabalhados e elaborados pela apostila positivo.”

Dois professores que responderam que os conteúdos socializados aos alunos, são escolhidos a partir de uma análise/diagnóstico das dificuldades apresentadas por turma.

P8 – “Perfil da turma, dificuldades mais frequentes nas modalidades, teoria-prática.”

P9 – “Primeiro é feito um diagnóstico dos aluno para viabilizar as habilidades e competências por suas respectivas faixas etárias. Empoderamento dos conceitos pedagógicos e disciplinares das modalidades desportivas. A definição das modalidades, corporais, ginásticas e jogos dividido no ano letivo.”

Nas aulas de Educação Física os conteúdos são trabalhados da seguinte forma na percepção dos alunos: 38 deles disseram que meninos e meninas têm aula juntos de forma coeducativa e 12 alunos disseram que meninos e meninas fazem atividades separadamente nas aulas.

4.3.2 AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA ESCOLA DURANTE OS JOGOS

Nos dias que ocorrem os jogos do JOESI, as aulas seguem o cronograma imposto pela escola e os alunos que não participam tem aula normal. Todos os alunos (50) responderam que os professores de Educação Física que estão nos jogos JOESI são substituídos durante esse período, porém os conteúdos não são seguidos. Os mesmos também relatam que com essa abordagem eles perdem conteúdo.

4.3.3 PARTICIPAÇÃO NO JOESI – INCLUSÃO NO PLANEJAMENTO DA ESCOLA E DO PPP

O PPP de uma escola deve constituir-se em processo de conscientização, que dê repercussão da importância do planejamento na educação, ou seja, educação para a cidadania que é praticamente a consciência dos direitos e deveres de cada um, sendo que, não há cidadania sem democracia.

Segundo Coletivo de Autores (2012), um projeto político pedagógico representa uma intenção, ou seja, uma ação deliberada ou uma estratégia, sendo assim, uma direção, um objetivo a ser alcançado. Este é político pois expressa uma intervenção de determinada e é pedagógico pois realiza um a reflexão sobre a ação dos homens na realidade explicando suas determinações.

Com a criação dos jogos escolares JOESI, as escolas o incluíram no planejamento escolar e no PPP, sendo ratificado pelos diretores e professores Educação Física. Conforme falas dos interlocutores:

D1 – “Sim, no início do ano letivo colocamos como meta para o ano.”

D2- “Sim, como todo ano a escola participa, já faz parte do calendário pedagógico.”

D3- “Sim, dentro dos projetos trabalhados pela escola.”

D4- “Sim, já faz parte do calendário da escola.”

D5- “Sim, já faz parte do calendário escolar.”

Seis professores responderam da seguinte maneira:

P2- “Sim, Serve como instrumento para fazer a escolhas dos alunos.”

P3- “Procuramos nos orientar também pelo PPP da escola, porque não caminhamos sozinho, mas o JOESI não tem influência.”

P5- “Sim, tento organizar de acordo com o cronograma do JOESI.”

P6- “Sim, O JOESI é muito utilizado na preparação das modalidades esportivas.”

P7- “Não utilizo, não tenho acesso.”

P9- “Sim. É preciso analisar o PPP da escola respeitá-lo e definir ações do mais semelhante possível dos seus conteúdos.”

Dessa forma, percebemos que o JOESI já está incluído no planejamento escolar de todas as escolas que participam, bem como que os professores e os diretores já programam o calendário anual contando com a participação nos jogos escolares do município. Cabe destacar que um professor não teve acesso ao PPP, o que causa estranheza devido o mesmo ser professor efetivo e atuar na escola há vários anos.

No entanto, os critérios de escolhas dos alunos para representar a escola não estão explícitos no PPP das escolas, não são de domínio público e não tem unanimidade entre os professores.

4.4 TREINAMENTO PARA OS JOGOS ESCOLARES JOESI

Quanto ao treinamento para os jogos, 50 alunos responderam que ocorre na própria escola e 2 alunos relataram que os treinamentos são realizados em outras instituições.

Quanto a quantidade de vezes que treinam por semana 8 alunos responderam que treinam uma vezes por semana, 21 alunos relatam treinar duas vezes na semana e 21 alunos relatam que treinam três vezes na semana.

Os 50 alunos relataram que o professor é quem realiza os treinamentos para os jogos escolares JOESI.

Os diretores responderam da seguinte maneira quanto aos treinamentos:

D1- “Nas próprias aulas de EF.”

D2- “Geralmente em horário contra turno, mas há treinos nas aulas de educação física também.”

D3- “Nas aula de Educação Física e alguns dias após horário de aula.”

D4- “Nas aulas de EF.”

D5- “Durante as aulas de educação física.”

Quando questionados os professores de como se dão as aulas de Educação Física durante os treinamentos e quando os mesmo estão ausentes participando do JOESI, os mesmos relatam que são inseridos professores substitutos para que todos os alunos tenham direito a aula e em alguns casos é feito horários especiais, o que ratifica as respostas dos alunos, de que tem professores substitutos nas aulas de Educação Física durante os jogos.

Em relação as aulas:

A aula de Educação Física não deve ser confundida com espaço de treino das equipes esportivas da escola, o que não significa que se negue o valor das competições esportivas no âmbito escolar. Sinaliza-se, porém, que essas competições devem ser pensadas a partir dos sujeitos que delas tomam parte, em uma perspectiva inclusiva, de modo que se criem espaços para as singularidades, respeitando as possibilidades de desempenho dos diferentes sujeitos, de modo que as regras das competições esportivas atentem para a diversidade de sujeitos praticantes. Concebendo a Educação Física como componente curricular, entende-se que se prejudica seriamente a formação humana quando se impede aos estudantes acesso a conhecimentos sobre práticas da cultura corporal de movimento, relegando-os a um papel de espectadores ou liberando-os das aulas desse componente curricular. (PROPOSTA CURRICULAR DE SANTA CATARINA, 2014, p.105).

Conforme o Coletivo de Autores (2012), na escola é preciso resgatar os valores que privilegiam o coletivo sobre o individual, que defendem o compromisso da solidariedade e respeito humano, a compreensão que o jogo se faz “a dois”, e que é diferente jogar “com” e jogar “contra” o adversário.

Referente ao questionamento quanto à organização dos treinamentos específicos para a participação no JOESI, os professores relatam que possuem um treinamento específico com os alunos nas aulas de Educação Física ou no contra turno.

P1- “Sim, poucos no contra turno.”

P2- “Sim, nas aulas de Educação Física e no contra turno.”

P3- “Esta é uma prática recorrente na nossa escola, os treinamentos específicos acontecem após o horário escolar, geralmente duas vezes por semana.”

P5- “Tentamos organizar treinos dentro e fora do horário de aula.”

Quando questionados se os professores se utilizam das aulas de Educação Física para os treinamentos para a competição, 42 professores responderam que sim e 6 responderam que não.

Em conformidade com as respostas dos professores, 41 alunos responderam que os treinos são realizados nas aulas de Educação Física e os 13 alunos responderam que os treinos são extracurriculares.

Os treinamentos realizados nas aulas de Educação Física ou até mesmo fora delas são oriundos de uma Educação Física esportivizada na escola, ou seja, a reproduz o individualismo, seleção por critérios físicos, exclusão, entre outros.

4.5 PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS

Como última categoria evidenciamos os pontos positivos e negativos dos JOESI.

Subcategoria 1- Pontos positivos: Para os professores um dos pontos positivos é a participação da escola no JOESI, pois ocorre o fortalecimento da imagem da escola perante a comunidade.

P3- “Um compromisso maior com a escola, os alunos se sentem valorizados, se socializam com os outros alunos, aprendem a enfrentar dificuldades e respeitar os resultados, aumenta a autoestima.”

Relacionado a representação da escola está a participação dos alunos sem benefícios. Conforme relatado pelos professores 6 deles responderam que não há nenhuma avaliação específica que considera a participação do aluno nos jogos escolares do JOESI, outros 3 professores relatam que possuem uma avaliação específica para participação do aluno nos jogos escolares do JOESI.

P3- “Procuro levar os que mais se destacam e que também tenham bons comportamentos, não só comigo mais também nas outras disciplinas.”

P9- “Sim. Uma parceria com a escola e com o professor tento ele optado um ou dois pontos nas mateira que ele mais precisa e mais a pontuação da Educação Física.”

Para outros seis professores o ponto positivo mais citado foi a interação e socialização.

Dos 10 professores, todos relatam que há pontos positivos, tendo em vista que os alunos participam com mais fervor das aulas de Educação Física, de modo a estimular mais a prática dos esportes.

P4- “Quando os alunos entendem a mensagem que nós possamos, eles começam aceitar o melhor desempenho dos colegas e até os ensinam quando eles erram.”

Três diretores relataram ter somente pontos positivos, sendo eles a interação dos alunos que participam, a socialização.

D1- “Fazer amizade, socializar, competição, espírito de vitória.”

Outro aspecto positivo se refere a alimentação dos alunos que participam do JOESI, pois os 50 alunos responderam que os alunos participantes ganham algum tipo de alimentação.

Aparece como ponto positivo os bons resultados e classificações nos jogos. Dos 10 professores questionados, um apontou como a escola não possui muitos títulos consagrados nos jogos escolares do JOESI, os demais 9 professores elencaram que a escola sempre tem uma pontuação expressiva nos jogos escolares e que possuem vários títulos.

Aponta o P3- “Nestes 26 anos em que eu fui professor nesta escola, sempre conseguimos resultados expressivos dentro do município. Em muitas oportunidades saímos do município para competir das fases micro regionais, regionais e até estadual. Como temos treinamento na escola isto facilita, além do que aqueles que se destacam mais, indicamos para continuar treinando nas modalidade a FME de içara oferece.”

P6- “Sim, todos os anos ganhamos várias modalidades, devido ao conhecimento dos professores e dedicação dos alunos.”

Dos 5 diretores questionados todos relatam pontos positivos com as conquistas no JOESI, pois incentiva a prática desportiva, o desenvolvimento humano, a autoestima dos estudantes e professores.

D4– “Certamente, as conquistam impulsionam e estimulam os alunos a continuarem se esforçando. A escola também procura homenagear aos alunos que participam para que se sintam valorizados.”

Dos 5 diretores, 4 responderam que sempre obtiveram êxitos no JOESI, trazendo muitos títulos para a escola.

D2- “Nos últimos quatro anos fomos campeões gerais, com grandes conquistas no basquete, voleibol, handebol e xadrez.”

D3- “Desde a fundação do JOESI.”

Subcategoria 2 – Pontos Negativos, 20 alunos apontam a perca de aulas e conteúdos e a determinação da quantidade de participantes.

Para alguns professores o ponto negativo se dá pelo fato de os jogos aconteceram logo no início do ano, o que atrapalha um pouco o planejamento anual do professor.

Para o P3 “os pontos negativos da participação da escola são: “Problemas com outros adolescentes mais velhos que avacalham levando bebidas, músicas pejorativas, fumantes. Alguns avacalham sendo coagidos por adolescentes.”

P7- “A determinação da quantidade de participantes é um ponto negativo, pois alguns ficam de fora e isso gera exclusão.”

P8- “Um ponto negativo, é que os alunos que não participam não levam a aula a sério.”

Dois diretores também citaram pontos negativos, como a não participação de todas as escolas, a falta de lugar específico para os treinos e dificuldade no transporte dos alunos.

D4- “Falta lugar específico para os treinos, dificuldade no transporte. A organização dos jogos. A não divulgação de um calendário exato para os dias dos jogos.”

As aulas dos alunos que não participam do JOESI, são ministradas por professores substitutos para que os mesmo não fiquem sem aula, o que foi considerado ponto negativo. Sendo que uma diretora mencionou de que tentam encontrar professor de Educação Física, quando não conseguem, as aulas são ministradas por funcionários ou professores de outras áreas:

Fala da diretora:

D4- “Quando é possível fica um profissional da área, mas nem sempre conseguimos. Neste caso um dos profissionais da escola assume a turma.”

Nesse sentido, os professores relatam:

P1- “Há uma organização na escola com professor substituto, ou dispensa de turmas.”

P4- “Não sofrem alteração deixamos aulas para serem aplicados por professor substituto.”

Quanto às notas dos alunos que participam dos jogos escolares do JOESI, essas seguiram o padrão da escola, não recebendo o aluno nenhum abono por participar do JOESI.

Segue o relato de três professores com relação as notas dos alunos.

P3- “Não existe avalição ou nota para quem participa do JOESI, fica bem claro que o aluno ao participar do JOESI ele está tendo a honra de representar os seus colegas como também a escola ninguém é avaliado. As aulas são ministradas por outros professores, que realizam a atividades que deixamos para aquele dia.”

P6- “A avaliação é referente a participação nas aulas, JOESI é um lazer para os alunos.”

P8- “O JOESI, não interfere em notas.”

Quando perguntado aos alunos acerca de suas opiniões com relação a participação ou não participação na competição, 10 alunos relatam não gostarem e não terem interesse em participar e 25 alunos relatam ter boas experiências com os jogos no JOESI.

Portanto, cabe destacar que os alunos não participantes apontaram como ponto negativo a ausência do professor de Educação Física na aulas durante os jogos, mas os mesmos não se importam com a não participação dos jogos.

Conforme relato dos alunos:

A1.5- “Não participo e não gosto.”

A2.4- “Justo porque sou muito ruim e não gosto.”

A3.7- “Não tem interesse.”

A4.1- “Não tenho interesse.”

A5.4- “Não gosto.”

Nos exemplos citados podemos perceber que os conteúdos a serem aprendidos nas escolas devem se manifestar através da realidade do aluno. Tendo em vista um novo entendimento que supere o senso comum. (COLETIVO DE AUTORES, 2012).

5. CONCLUSÃO

Esta pesquisa de campo foi realizada com objetivo de investigar os critérios adotados pelos professores de educação física para escolher estudantes representantes da escola nos jogos escolares de içara (JOESI) no município de Içara, o qual foi atingido, após a análise dos dados dos 65 interlocutores.

A análise dos dados possibilitou a organização em cinco categorias:

Quanto a primeira categoria evidenciamos que o JOESI é muito importante para todas escolas, proporcionando aprendizagem; socialização; prática esportiva; saúde; valorização do professor da Educação Física e representação da escola.

Quanto a segunda categoria referente aos critérios de escolha dos alunos para a participação do JOESI evidenciamos primeiramente as habilidades individuais, a disciplina e bom desempenho escolar, sendo que os professores, diretores e alunos apontam a habilidade como o primeiro critério para escolha.

Em alguns casos os professores então fazem a seleção em suas aulas, convidam e selecionam os alunos interessados nas práticas desportivas, logo após a seleção é realizada uma reunião com os demais professores e direção para avaliar e validar o nome dos alunos.

Com isso, percebemos que participar do JOESI vai além do esporte, valoriza o aluno, bem como, legitima suas habilidades, fazendo com que o mesmo se sinta reconhecido representando a escola.

Isso contradiz o sentido avaliativo que a Educação Física vem buscando, pois, segundo Coletivo de Autores (2012), avaliar não é apenas aplicar testes, ou nesse caso, classificar os alunos, pois é isso que os professores estão fazendo, classificando os alunos que participam dos jogos como melhores de suas turmas.

O esporte estará sendo transmitido de forma inadequada, pois acarreta a exclusão de alunos nas aulas e consequentemente nos jogos. Sendo assim o professor irá priorizar a prática de um modo técnico mais correto possível, acarretando assim no maior números de alunos excluídos das aulas.

Quanto a terceira categoria como são trabalhados os conteúdos das aulas de Educação Física evidenciamos que conteúdos trabalhados nas aulas e aulas durante os JOESI, sendo que os professores contam com uma apostila fornecida pelo governo, na qual há conteúdos que são desenvolvidos conforme estabelecido na BNCC e a proposta curricular do Estado de Santa Catarina adaptado ao dia a dia escolar dos alunos.

Quanto a quarta categoria, treinamento para os jogos escolares JOESI, evidenciamos que os treinamentos são realizados na grande maioria nas aulas de Educação Física e alguns no contra turno.

Todos os interlocutores relataram que quem faz a escolha ou a seleção dos alunos para participar da competição são os professores de Educação Física, estes usam critérios de seleção, exclusão e classificação dos alunos, pois levam em conta aspectos como habilidades, desempenho nas aulas de Educação Física e evolução durante os treinamentos.

Referente ao acompanhamento dos alunos durante os treinamentos a maioria dos questionados afirma que o professor de Educação Física acompanha os mesmos.

Por fim, evidenciamos mais pontos positivos que negativos acerca dos JOESI. Como positivos a participação da escola nos jogos, a socialização entre escolas e alunos e os resultados obtidos pelas escolas.

E como negativos: o maior problema apontado pelos professores foi com relação quanto a limitação de participação dos alunos nos jogos, não podendo levar todos os alunos, e ausência do professor nas aulas durante os jogos.

No sentido da utilidade acadêmica do estudo, nosso compromisso será encaminhar o artigo final para todas as escolas e professores, bem como sugerir que seja discutido pelo coletivo da escola os critérios de seleção dos alunos para representar a escola, bem como que estes sejam incluídos no PPP, documento orientador da escola.

REFERÊNCIAS

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APÊNDICE – REFERÊNCIAS DE NOTA DE RODAPÉ

3. Os professores serão identificados por P1 até P10.

4. Identificação do Aluno 2 da Escola 2, da mesma forma as respostas dos demais alunos.

[1] Licenciada em Educação Física da Unesc (Universidade do Extremo Sul Catarinense).

[2] Doutora em educação; Docente do Curso de Educação Física, Licenciatura e Bacharelado, da UNESC (Universidade do Extremo Sul Catarinense).

Enviado: Julho, 2019.

Aprovado: Agosto, 2019.

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Etiene Elias Onofre

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