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Aspectos motivacionais dos alunos das academias de ginástica de Itapetininga – SP

RC: 41958
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CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

NASCIMENTO, Marcelo Victor Rodrigues do [1]

NASCIMENTO, Marcelo Victor Rodrigues do. Aspectos motivacionais dos alunos das academias de ginástica de Itapetininga – SP. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 11, Vol. 05, pp. 05-30. Novembro de 2019. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao-fisica/aspectos-motivacionais

RESUMO

Este trabalho teve por objetivo verificar o principal motivo que leva as pessoas a frequentarem academias de ginástica, a principal modalidade escolhida e a razão da escolha do Município de Itapetininga. Para tanto, foram entrevistados 400 (quatrocentos) alunos das 7 principais academias de ginástica. Na entrevista, foi abordado (1) o principal motivo que leva as pessoas a frequentarem academia de ginástica (2) a principal atividade praticada; e (3) a razão da escolha de tal atividade. Quanto ao principal motivo que leva as pessoas a frequentarem uma academia de ginástica, os três maiores percentuais foram os seguintes: 41% responderam “saúde e qualidade de vida”, 18% responderam “condicionamento físico”, 16% responderam “estética corporal” e 16% responderam “reduzir peso”. Quanto à principal modalidade escolhida, os três maiores percentuais foram: 60% responderam “Musculação”, 13% responderam Hidroginástica (sendo 127 homens e 111 mulheres); (2) 7% responderam “Treinos aeróbios”. Quanto à razão da escolha da modalidade, os três maiores percentuais foram: 47% responderam Preferência pessoal, 26% responderam “Indicação de um profissional” e 13% responderam “Prazer”. Conclui-se, portanto, que os dados obtidos estão de acordo com os apontados pela literatura. Conhecer os motivos que levam as pessoas a procurarem as academias de ginástica permite montar estratégias para facilitar a adesão de novos alunos; que, além do aspecto motivacional (para a prática de atividade física), os dados relacionados às modalidades mais procuradas atualmente pelos alunos e a razão da escolha, são extremamente importantes para que os estabelecimentos de ensino e academias possam investir na capacitação dos seus profissionais, criando cursos e desenvolvendo novas técnicas que venham ao encontro dos interesses e necessidades do público-alvo.

Palavras-chave: academia de ginástica, modalidade, razão da escolha.

1. INTRODUÇÃO

O termo academia de ginástica é conceituado como um espaço destinado a realização de diversos tipos de atividade física, onde se presta um serviço de avaliação, prescrição e orientação de exercícios físicos de acordo com a necessidade e preferência dos clientes, sob supervisão direta de profissionais de educação física (Lazier, 2012, p. 1).

Tais espaços, nos últimos anos, acabaram por tornar-se verdadeiros centros de atividade física, englobando atividades como dança, ginástica, artes marciais, musculação, hidroginástica, natação, fisioterapia e pilates, além de serviços especializados como salão de beleza, de estética, espaço Kids e lanchonete temática (Murer, 2018, p. 34-35). Há autores quem os consideram um centro com potencial para a demanda de serviço de saúde primário, com possibilidade de ampliação para outros níveis de prevenção (Toscano, 2001, p. 41).

De acordo com Santarem (2012, p. XV), a origem de tais espaços remonta aos impérios grego e romano, onde os soldados eram exercitados com objetos pesados em preparação para a guerra e onde, segundo Ramos (2012, p. 238), buscava-se o equilíbrio entre a mente e o corpo e se cultuava o embelezamento corporal como uma prática cotidiana.

Posteriormente, no final do século XIX, tal aparato ganhou espaço dentro dos quartéis militares, vindo a popularizar-se no século XX, quando, por ocasião da revolução industrial, a ginástica passou a servir como preparo do corpo para o trabalho (Soares, 1994, p. 37) e os exercícios com pesos passaram a ser utilizados na preparação esportiva, na fisioterapia e reabilitação (Santarem, 2012, p. XVI).

No Brasil, segundo Goyaz (2003, p. 61), as academias de ginástica surgiram na década de 70, em virtude da repercussão dos fundamentos dos exercícios cardiorrespiratórios desenvolvidos pelo Dr. Keneth Cooper. Tais exercícios passaram a ser difundidos pelos profissionais de Educação Física e despertaram o interesse de empresários, os quais, a partir da década de 1980, investiram na construção de grandes espaços que comportavam a prática de diversas atividades ao mesmo tempo (Pereira, 1996, citada por Bayer e Carlini, 2010, p. 119).

Recentes estudos têm comprovado que a busca pela prática de exercícios físicos vem crescendo vertiginosamente na atualidade, em menor proporção entre as pessoas idosas (Freitas et al., 2007, p. 92), sobretudo em espaços como as academias de ginásticas, as quais, além de oferecer comodidade e orientação profissional, são locais seguros e bastante familiares.

Dentre os aspectos motivacionais intrínsecos e extrínsecos que levaram a tal crescimento, destacam-se a estética, o prazer, a saúde, o controle do estresse, a sensação de bem estar, a disposição para a realização de tarefas diárias, a sociabilidade, a manutenção da forma física, a melhora do condicionamento físico e a qualidade de vida (Lazier, 2012, p. 1).

Todavia, alguns autores afirmam que pode haver mais de um motivo que impulsiona as pessoas a aderirem à prática de atividade física e que tais motivos podem mudar com o passar dos anos. Além disso, os adultos mais velhos apresentam motivos menos voltados para o ego do que os mais jovens, e os homens são mais motivados por fatores intrínsecos do que as mulheres, as quais dão mais ênfase ao controle de peso e aparência (Egli et al., 2011, citados por Weinberg e Gould, 2017, p. 51).

Assim sendo, considerando os aspectos motivacionais supracitados, este trabalho tem por objetivo descobrir o principal motivo que tem levado os cidadãos itapetininganos a frequentar academias de ginástica, a modalidade de suas preferências e o motivo que os levou a escolhê-las.

2. METODOLOGIA

Conforme definições de Cervo e Bervian (1983), esta pesquisa pode ser classificada como um estudo descritivo e transversal, destinado a observar, registrar, analisar e correlacionar fenômenos (ou variáveis), sem manipulá-los, ocorridos em um dado momento com um público específico, sem se preocupar com causas e efeitos.

O instrumento de coleta foi um questionário elaborado pelo autor desta pesquisa, contendo três perguntas objetivas, respondidas pelo público-alvo (frequentadores de academias de ginástica) no período de 10 de setembro a 20 de setembro de 2019.

As perguntas do questionário basearam-se nos estudos realizados por Conceição et al. (2011), Liz et al. (2010), Fermino, Pezzini e Reis (2010), Sene et al. (2011), Alves et al. (2010), Lopes e Chiapeta (2010) e Dumbá et al. (2010), os quais trazem tabelas com estatísticas sobre os aspectos motivacionais levam as pessoas a procurarem academias de ginástica, bem como, os desportos por elas pretendidos e os principais motivos da adesão aos programas de treino oferecidos.

Além dos artigos supracitados, foram feitas visitas prévias a cinco das principais academias da cidade, onde foi feito o levantamento das principais modalidade de treino oferecidas atualmente, cujos sites são os seguintes:

1 – http://academiaathletic.com.br/

2 – http://www.clubevenancioayres.com.br/site/index.php/2015-09-22-17-24-44/tabela-de-horarios.html

3 – https://www.facebook.com/AcquaTrainingOficial/

4 – https://www.facebook.com/movingitape/

5 – https://www.facebook.com/arena.academiaa/?ref=page_internal

2.1 AMOSTRA

A amostra analisada na investigação foi constituída por 400 (quatrocentas) pessoas, sendo 174 (cento e setenta e quatro) do sexo masculino e 226 (duzentos e vinte e seis) do sexo feminino, da faixa etária de 13 a 88 para os homens e 15 a 76 para as mulheres, todos alunos das 07 (sete) maiores e mais frequentadas academias de ginástica localizadas na cidade de Itapetininga – SP, discriminadas no Guia das Empresas (2019) da cidade.

Entre as academias selecionadas, encontra-se o Clube Venâncio Aires, localizado no centro da cidade de Itapetininga, o qual, embora seja um clube, presta esse tipo de serviço aos seus associados, possuindo significativa frequência de alunos das mais variadas faixas etárias na sua academia de ginástica.

As academias supracitadas diferem quanto aos serviços e modalidades oferecidos aos alunos; diferem quanto aos pacotes das modalidades disponíveis; e diferem quanto à estrutura (três delas possuem piscina e as outras quatro não).

As pessoas da amostra, após terem tomado conhecimento da pesquisa, manifestaram interesse em participar voluntariamente do referido do estudo.

2.2 PROCEDIMENTOS

A coleta de dados foi realizada diretamente pelos professores das respectivas academias de ginástica, sob a supervisão do autor do estudo, aproveitando-se da familiarização dos mesmos com os alunos.

A escolha das pessoas foi feita de forma aleatória, sem definição de faixa etária e sexo, em dias e horários distintos, de forma que o questionário foi preenchido sob autoadministração do próprio entrevistado e sem a interferência do entrevistador.

A distribuição dos questionários não privilegiou esta ou aquela academia, sendo que cada uma delas recebeu a quantidade de 50 (cinquenta) a 70 (setenta) formulários, cujos dados encontram-se especificados na Tabela 01.

Os dados coletados foram tratados quantitativamente, empregando-se gráficos e as variáveis estatísticas “percentual”, “valor mínimo” e “valor máximo” (Medeiros, 2007, p. 32, 53).

Tabela 1. Questionário para os alunos das academias de ginástica.

Questões
1. Qual o PRINCIPAL MOTIVO que te levou a frequentar a academia?
    Estética corporal (melhorar a aparência)
  Reduzir peso
  Condicionamento físico (melhorar resistência, força, flexibilidade, potência muscular, etc.)
  Saúde e qualidade de vida (mais disposição para  as tarefas do dia-a-dia, longevidade, deixar de ser sedentário, etc.)
  Estética corporal (melhorar a aparência)
  Reduzir peso
  Fazer amigos (interação social)
  Combate ao estresse (aliviar a tensão do dia-a-dia)
  Tratamento/reabilitação de lesões e doenças
  Complementar atividade desportiva
  Orientação profissional (segurança na realização dos exercícios, etc.)
  Outro: ______________________________________
2. Qual a PRINCIPAL ATIVIDADE que tu práticas na academia?
    Musculação
  Treinos aeróbicos (ginástica aeróbica, spinning, jump, circuitos, etc)
  Dança (ballet fitness, zumba, zouk, street dance, etc.)
  Natação
  Hidroginástica
  Artes marciais (boxe, taekwondo, muay thai, etc)
  Pilates
  Outra: _________________________________
3. Por que escolheste tal atividade para praticar?
    Indicação de um profissional (médico, fisioterapeuta, professor de educação física)
  Sugestão de um amigo
  Preferência pessoal
  Informações obtidas em jornal/revista/internet
  Simpatizou-se com o professor
  Baixo risco (segurança)
  Facilidade de execução
  Prazer
  Outro: ________________________________
Nome:
RG: Idade:
Academia:
Data: _________/___________/_____________
 

Fonte: O autor (2019).

3. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS

A entrevista foi estruturada de tal forma que o entrevistado apontasse apenas o principal motivo que o levou a procurar uma academia de ginástica, a principal atividade que realiza e o principal critério usado para a escolha da modalidade, não cabendo duas ou mais respostas para a mesma pergunta.

Dessa forma, o número de respostas para cada pergunta correspondeu exatamente ao número de alunos entrevistados.

3.1 PRIMEIRA PERGUNTA

As respostas para a primeira pergunta do questionário constante da Tabela 1, que trata do principal motivo que levou o aluno a frequentar uma academia, indicaram os seguintes percentuais, que podem ser visualizados graficamente na Figura 1:

  • 16% estética corporal (64 alunos, sendo 31 homens e 33 mulheres);
  • 16% reduzir peso (63 alunos, sendo 17 homens e 46 mulheres);
  • 18% condicionamento físico (73 alunos, sendo 44 homens e 29 mulheres);
  • 41% saúde e qualidade de vida (165 alunos, sendo 67 homens e 98 mulheres);
  • 0,25% fazer amigos (1 aluno homem);
  • 1% combate ao estresse (3 alunos, sendo 2 homens e 1 mulher);
  • 5% tratamento/reabilitação de lesões e doenças (19 alunos, sendo 5 homens e 14 mulheres);
  • 2% complementar atividade desportiva (7 alunos, sendo 6 homens e 1 mulher);
  • 1% orientação profissional (2 alunas mulheres); e
  • 1% outros (3 alunos, sendo 1 homem e 2 mulheres).

Figura 1. Principal motivo para frequentar academia (Top reason to go to the gym).

Fonte: Autor.

Com base nos dados coletados, percebe-se que, atualmente, na cidade de Itapetininga, dentre os principais motivos que têm levado as pessoas a procurarem uma academia de ginástica estão: saúde e qualidade de vida (41%), condicionamento físico (18%), estética corporal (16%) e redução de peso (16%).

Tais índices parecem representar uma resposta direta ao estilo de vida moderno, repleto de facilidades tecnológicas, que torna a vida mais fácil e cômoda e reduz o nível geral de atividade física, aumentado o sedentarismo (Campos et al., 2006, p. 617).

Possivelmente essa seja a razão da maioria dos entrevistados ter manifestado o desejo de melhorar a saúde e a qualidade de vida (41%), objetivando fugir dos altos índices de doenças associadas ao estilo de vida sedentário, tais como hipertensão, diabetes, osteoporose, colesterol alto, obesidade e doenças cardiovasculares. Nas últimas décadas, essas enfermidades têm acometido muitas pessoas, principalmente nas grandes cidades, levado muitas delas a óbito (Rôas e Reis, 2012).

Percentuais semelhantes referiram Faix e Silveira (2012) em estudo promovido no estado do Paraná, segundo o qual a busca da “saúde” foi o principal motivo que levou as pessoas entrevistadas a procurar as academias de ginástica. Da mesma forma, Fermino et al. (2010, p. 20) concluíram que, para adultos frequentadores de academias, os motivos mais importantes para a adesão foram saúde e aptidão física.

Tais tendências também foram observadas nesta pesquisa, uma vez que 18% dos entrevistados declararam que o principal motivo que os levou à academia foi o desejo de melhorar a estética corporal, seguidos de 16%, que afirmaram estar ali para adquirir condicionamento físico.

No tocante ao sexo dos alunos, ao se comparar os percentuais relacionados ao desejo de melhora da estética corporal (18%) e o desejo de melhora do condicionamento físico (16%), percebe-se que a busca pelo embelezamento e cultura do corpo foi maior entre o público feminino, ao contrário do que ocorreu com o público masculino, cujo interesse maior foi pela melhora do condicionamento físico. Segundo Goellner e Figueira (2002, p. 10), trata-se de algo perfeitamente natural, pois, atualmente, as mulheres encontram-se sugestionadas pelos padrões de beleza impostos pela indústria da moda, algo que tem se tornado uma verdadeira obsessão global.

Em termos de motivação intrínseca (satisfação das necessidades psicológicas, de autodeterminação e de competência) e motivação extrínseca (desejo de recompensa e reconhecimento), as informações tratadas no parágrafo anterior mostraram que a recompensa e o reconhecimento externos superaram em dois pontos percentuais a satisfação das necessidades pessoais. Segundo estudos, essa tendência tem sido observada nas academias de ginástica, o que parece representar um certo problema, uma vez que aquele que adere à pratica de atividade física por uma demanda externa tende a desistir com mais facilidade do que aquele que possui uma motivação intrínseca (Guimarães e Boruchovitch, 2004, p. 144).

Em outras palavras, há uma tendência da busca pela estética corporal favorecer a adesão e a busca pelo bem estar, prazer e condicionamento físico favorecer a continuidade da prática da atividade física nas academias de ginástica (Liz et al., 2014, p. 183-184). Para Marcellino (2003, p. 53), 90% dos alunos permanecem nas academias de ginástica porque sentem prazer na prática.

Outro percentual que se destacou, foi a busca pela redução do peso corporal (16%, sendo 17 homens e 45 mulheres), uma variável que guarda estreita relação com o estilo de vida sedentário e está relacionado com a estética corporal (Liz e Andrade, 2014, p. 183). Assim sendo, por estar ligada à aparência física, o desejo de perder peso foi sensivelmente maior no público feminino

Segundo a literatura, a obesidade, nas últimas décadas, tomou contornos de uma verdadeira epidemia mundial, que tem acometido até mesmo crianças e adolescentes, e que resulta da interação de influências genéticas, ambientais, metabólicas, fisiológicas, comportamentais, sociais e, talvez, étnicas (Enes e Slater, 2010, p. 166; Ferreira, 2006, p. 52)

No caso das academias de ginástica de Itapetininga, o fato de mais mulheres estarem mais à procura de academias para reduzir o peso corporal do que os homens é um indicativo de que pode estar havendo, na atualidade, uma tendência nacional de existirem mais mulheres obesas do que homens, como referido por Rosa et al. (2011, p. 2560) para o ano de 2011.

Quanto aos demais motivos que têm levado as pessoas a procurarem as academias de ginástica, tratados nesta pesquisa, todos ficaram abaixo de 5%, com destaque para o “tratamento de lesões e doenças”, que contou com 19 alunos, sendo 5 homens e 14 mulheres. Tais percentuais conferem com pesquisas recentes que mostram a prevalência do bem estar, da estética corporal e da aptidão física como fatores motivacionais mais importantes para atrair alunos para as academias de ginástica (Liz et al., 2014, p. 183-183).

No tocante à reabilitação de lesões e doenças, embora a pesquisa não tenha buscado descobrir o tipo de lesão e doença que fez com que os alunos procurassem as academias de ginástica, os dados mostraram que a escolha ocorreu principalmente por alunos que frequentam academias com piscina (dos 19 alunos, 11 praticam atividades aquáticas).

Não é por menos, pois a literatura relata que as atividades físicas executadas em meio líquido têm tido grande ascensão como meio de reabilitação de lesões e doenças por causa: dos efeitos diversos que tal atividade  provoca no organismo (efeitos fisiológicos no sistema vascular, efeitos nos tecidos moles, efeitos nas articulações), do curto espaço de tempo para a recuperação, da segurança e do prazer que a atividade proporciona ao paciente (Caromano e Candeloro, 2001, p. 193).

No entanto, entre os 19 alunos que escolheram a reabilitação de lesões e doenças, 3 deles praticam musculação por indicação de um profissional, provavelmente como reflexo das recentes pesquisas que indicam o exercício com pesos como eficiente na prevenção e tratamento da osteoporose, na melhoria da flexibilidade e equilíbrio, no relaxamento, na redução na ansiedade, na melhora da saúde, na diminuição do risco de depressão, na melhora da postura, na melhora da locomoção e mobilidade (Santarem 2012, p. 15).

3.2 SEGUNDA PERGUNTA

As respostas para a segunda pergunta do questionário constante da Tabela 1, que trata da principal atividade praticada nas academias, indicaram os seguintes percentuais, que podem ser visualizados graficamente na Figura 2:

  • 60% Musculação (238 alunos, sendo 127 homens e 111 mulheres);
  • 7% Treinos aeróbios (29 alunos, sendo 5 homens e 24 mulheres);
  • 6% Dança (22 alunos, sendo 1 homem e 21 mulheres);
  • 7% Natação (27 alunos, sendo 19 homens e 8 mulheres);
  • 13% Hidroginástica (51 alunos, sendo 14 homens e 37 mulheres);
  • 1% Artes marciais (4 alunos, sendo 2 homens e 2 mulheres);
  • 4% Pilates (17 alunos, sendo 2 homens e 15 mulheres); e
  • 3% Outras (10 alunos, sendo 2 homens e 8 mulheres).

Figura 2. Principal atividade realizada na academia (Main activity performed at the gym).

Fonte: Autor.

Os dados coletados nesta pesquisa mostraram que a musculação é a modalidade mais procurada nas academias de ginástica de Itapetininga (60%), provavelmente porque se trata de uma atividade que apresenta grande eficiência na melhora da aptidão física, que apresenta resultados relativamente rápidos quanto à estética corporal e que permite com que os esforços da vida diária sejam realizados com maior competência e segurança (Santarem, 2012, p. 29).

Segundo Santarem (2012, p. 14), novas evidências parecem sugerir que a musculação seja o tipo de exercício mais eficientes para estimular a saúde geral, incluindo os aspectos cardiovasculares, uma vez que, quanto mais fortes e resistentes forem os músculos, menos exigência se fará do coração durante os esforços físicos. Assim sendo, a grande procura manifestada nesta pesquisa por essa atividade pode ser um sinal de que tal hipótese seja, de fato, verdadeira.

Até mesmo entre os alunos da terceira idade, a procura pela musculação, segundo a literatura, tem aumentado significativamente nos últimos anos (Coelho, Natalli e Borragine, 2010), algo que confere com os dados obtidos nesta pesquisa, visto que, dos 45 idosos entrevistados, 11 deles praticam musculação.

Com relação ao sexo dos praticantes de musculação, observou-se um certo equilíbrio entre homens (127 alunos) e mulheres (111 alunas), como provável resultado da superação de alguns tabus nas últimas décadas, entre os quais a ideia de que a musculação poderia fazer com que as mulheres se parecessem com homens ou que tivessem seu corpo deformado (Santarem, 2012, p. 81).

Segundo Goellner et al. (2002, p. 5), a atual febre feminina pela musculação resulta de um forte trabalho feito pela mídia, impulsionando as mulheres a acreditarem que saúde não significa apenas movimentar-se, mas construir um corpo saudável e esteticamente bonito, mediante o uso de aparelhos e máquinas de modelar o corpo. Trata-se da construção de uma nova representação de feminilidade, que resulta da aproximação entre prática de atividade física, estilo atlético e beleza.

Após o quesito musculação, entre as modalidades preferidas pelos alunos das academias, apareceu, em segundo lugar, a hidroginástica (13%), seguida da natação (7%), dos treinos aeróbios (7%) e dança (6%), com preponderância, nessas modalidades, para as alunas do sexo feminino (exceto na natação) e para as pessoas com idade acima de 40 anos, no caso das atividades aquáticas.

O percentual das atividades aquáticas mostrou-se significativo na pesquisa (20%), obtido através da soma dos praticantes da hidroginástica (13%) e da natação (7%). Tal escolha, provavelmente, está relacionada aos efeitos fisiológicos positivos proporcionados pela água, os quais, além da sensação de bem estar psicológico, do relaxamento e da segurança (principalmente para idosos e lesionados), provocam respostas cardíacas, respiratórias, renais e musculoesqueléticas (Carregaro e Toledo, 2008, p. 25).

Em pesquisa semelhante com pessoas da terceira idade, Barros, Souza, Viana e Couto (2012) constataram a preferência significativa do público alvo pela prática da hidroginástica, não só pelo prazer que a atividade proporciona, mas pelo fato de favorecer à socialização, algo bastante importante entre as pessoas idosas. Mazo, Cardoso e Aguiar (2006, p. 71) aprofundaram tal estudo e concluíram que, além do bem estar e da socialização, os idosos que participam de programa de hidroginástica apresentam elevada autoestima e autoimagem.

Outros percentuais significativos verificados na pesquisa, que guardam uma relação entre si, foram os quesitos treinos aeróbios (ginástica aeróbica, spinning, jump, circuitos, etc.) e dança (ballet fitness, zumba, zouk, street dance, etc.), cuja soma perfaz um total de 13% de alunos (51 alunos, sendo 6 homens e 45 mulheres). Tais práticas tem atraído muitos alunos para as academias, pois elas oferecem pacotes contendo programas diversos que incluem dança, musculação, natação, hidroginástica, GAP (atividade física localizada – glúteos, abdome e perna), dentre outras modalidades (Hansen e Vaz, 2004, p. 138).

A prevalência do público feminino nessas modalidades, nas academias de ginástica, parece estar relacionada ao processo histórico de inserção das mulheres no mundo da prática esportiva, algo que, segundo Goeelner (2004), representava um tabu até a segunda metade do século XIX, mas que ganhou força nas últimas décadas com a incorporação, nesses recintos esportivos, de atividades como a dança, que envolvem os três domínios da natureza humana: fisiológico, afetivo e cognitivo (Silva, Valente e Borragine, 2012).

Da mesma forma, os treinos aeróbios em grupo parecem ganhar espaço nas atividades mais frequentadas das academias de ginástica, simplesmente por trazerem, ao mesmo tempo, benefícios para a saúde do corpo, para a socialização dos praticantes e para a compreensão das emoções que no corpo refletem (Marques e Lima, 2012).

3.3 TERCEIRA PERGUNTA

As respostas para a terceira pergunta do questionário constante da Tabela 1, que trata da razão da escolha da atividade praticada, indicaram os seguintes percentuais, visualizados graficamente na Figura 3:

  • 26% Indicação de um profissional (104 alunos, sendo 37 homens e 67 mulheres);
  • 5% Sugestão de um amigo (20 alunos, sendo 10 homens e 10 mulheres);
  • 47% Preferência pessoal (186 alunos, sendo 85 homens e 101 mulheres);
  • 2% Informações obtidas em jornal/revista/internet (6 alunos, sendo 4 homens e 2 mulheres);
  • 2% Simpatizou-se com o professor (6 alunos, sendo 3 homens e 3 mulheres);
  • 1% Baixo risco (3 alunos homens);
  • 2% Facilidade de execução (7 alunos, sendo 2 homens e 5 mulheres);
  • 13% Prazer (54 alunos, sendo 25 homens e 29 mulheres); e
  • 4% Outro (14 alunos, 5 homens e 9 mulheres).

Figura 3. Razão da escolha da atividade (Reason for choosing activity).

Fonte: Autor.

A literatura mostra que os benefícios da atividade são conseguidos com sua prática regular e que a continuidade depende da satisfação pessoal que a pessoa sente em realizá-la (Silva, 2010). Tais verdades foram comprovadas neste estudo, uma vez que, dos percentuais obtidos na terceira pergunta, os quesitos “preferência pessoal” (47%) e “prazer” (13%), relacionados à motivação intrínseca, foram o primeiro e o terceiro indicados pelos alunos.

Com 26%, o quesito “indicação de um profissional” ficou em segundo lugar, mostrando que os pareceres e opiniões de profissionais possuem significativa influência para adesão aos programas de atividade física e escolha da atividade a ser realizada. Dado semelhante, encontraram Conceição et al. (2011), em pesquisa realizada com 112 pessoas idosas.

Tal relevância, deve-se ao fato de que a elaboração de um programa de treino não depende apenas da preferência pessoal do praticante e do prazer que ele sente ao realizar a atividade, mas também dos objetivos a serem alcançados pelo aluno, da aptidão necessária para a prática de determinada atividade física e dos riscos associados a ela (Coelho e Burini, 2009; Mantovani et al., 2014, p. 132-133). Por isso, a pré-avaliação e o parecer de um profissional acabam sendo decisivos na escolha da atividade a ser realizada pelo aluno.

Assim como no caso das respostas à primeira pergunta desta pesquisa, também no caso da escolha da modalidade, os fatores intrínsecos superaram os fatores extrínsecos, o que pode ser um sinal de que exista uma real necessidade das academias criarem uma atmosfera situacional que incentive ainda mais a adesão e a continuidade na prática esportiva, visto que motivação não diz respeito apenas às preferências pessoais, mas está relacionada também às questões situacionais (Weinberg et al., 2017, p. 45).

4. CONCLUSÕES

Os resultados obtidos neste estudo, referentes ao principal motivo que leva as pessoas a buscarem a prática de atividade física em academias de ginástica, estão de acordo com as seguintes afirmações feitas por Weinberg e Gould (2017, p. 51), no livro “Fundamentos da psicologia do esporte e do exercício”:

  • Os adultos mais velhos apresentam motivos mais relacionados ao bem estar e menos voltados para o ego do que os mais jovens; e
  • Os homens são mais motivados por fatores intrínsecos (saúde e qualidade de vida) do que as mulheres, as quais dão mais ênfase ao controle de peso e aparência.

Conhecer tais tendências é importante para que os profissionais de educação física possam desenvolver estratégias que usem o aspecto motivacional para fazer com que as pessoas não só adiram aos programas de atividade física, mas incorporem-nas às suas vidas diárias, prolongando suas permanências nas academias e diminuindo os índices de desistência, de doenças e mortalidade associados ao sedentarismo (Liz et al., 2014).

Outrossim, ao conhecer as expectativas dos alunos, os educadores físicos possuem reais condições de planejar suas aulas de forma a atendê-las e, com isso, transformar os encontros os praticantes em situações prazerosas e em fonte de melhora não só das capacidades físicas, mas também das sociais e psicológicas (Mazo et al., 2006).

Além do aspecto motivacional (para a prática de atividade física), os dados sobre as modalidades mais procuradas atualmente pelos alunos e sobre a razão da escolha do tipo de modalidade são extremamente importantes para que os estabelecimentos de ensino e as academias possam investir na capacitação dos seus profissionais, criando cursos e desenvolvendo novas técnicas que venham ao encontro dos interesses e necessidades do público-alvo. Até porque, a motivação não depende apenas dos fatores pessoais, mas da combinação desses com o ambiente em que a atividade é praticada (Weinberg et al., 2017).

De posse dessas informações, os educadores físicos serão capazes de usar os métodos consagrados para criar uma atmosfera motivacional que conquiste os participantes, sempre procurando fazer com que o aluno incorpore a prática da atividade física ao seu estilo de vida, tais como:

  • Estabelecer objetivos voltados para a tarefa diária do treino e diminuir os objetivos voltados ao resultado do programa;
  • Usar técnicas de encorajamento;
  • Corrigir atribuições inadequadas, incentivando o aluno a substituir suas atribuições de falta de capacidade por atribuições de falta de empenho;
  • Intensificar a percepção de competência e sentimentos de controle;
  • Criar desafios e objetivos individualizados para os participantes (Weinberg et al., 2017).

Conforme reportado por Gonçalves e Andrade (2014), as investigações referentes a adesão à prática de atividade revestem-se de grande importância à medida que a quantidade de sedentários crescem assustadoramente. No entanto, percebe-se que há uma carência de investigações científicas de campo, quantitativas e qualitativas, que tratem de outras variáveis importantes como, por exemplo, a persistência e o abandono dos programas de atividade física, nos moldes do estudo realizado por Liz et al. (2014).

5. REFERÊNCIAS

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MAZO, G.Z.; CARDOSO, F.L.; AGUIAR, D.L. Programa de hidroginástica para idosos: motivação, auto-estima e auto-imagem. Revista Brasileira de Cineantropometria e Movimento Humano, Florianópolis, v. 8, n. 2, p. 67-72, 2006.

MEDEIROS, Carlos Augusto. Estatística aplicada à educação. Brasília: Universidade de Brasília, 2007.

RAMOS, J.J. Os exercícios físicos na História e na Arte. São Paulo: Ibrasa, 2012.

RÔAS, Y.A.S., REIS, E.J.B. Causa e consequências de um estilo de vida sedentário e possibilidade de transformar o conhecimento de hábitos saudáveis em ações práticas e concretas. Revista Digital, Buenos Aires, ano 17, n. 168, mai. 2012. Disponível em < https://www.efdeportes.com/efd168/consequencias-de-um-estilo-de-vida-sedentario.htm>. Acesso 19 out. 2019.

ROSA, M.I., SILVA, F.M.L., GIROLDI, S.B., ANTUNES, G.N., WENDLAND, E.M. Prevalência e fatores associados à obesidade em mulheres usuárias de serviços de pronto-atendimento do Sistema Único de Saúde no sul do Brasil.  Revista Ciência e Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v.16, n.5, p. 2559-2566, 2011.

SANTAREM, J.M. Musculação em todas as idades. São Paulo: Manole, 2012.

SENE, R.F., GARBELLOTTO, T., GAYA, A., ALONSO, J.L.L. Modalidades esportivas e fatores motivacionais que levam as pessoas da terceira idade a prática de exercício físico. Revista Digital, Buenos Aires, ano 16, n. 156, mai. 2011. Disponível em <https://www.efdeportes.com/efd156/fatores-motivacionais-da-terceira-idade.htm>. Acesso 04 nov. 2019.

SILVA, M.G.B; VALENTE, T.M.; BORRAGINE, S.O.F. A dança como prática regular de atividade física e sua contribuição para melhor qualidade de vida. Revista Digital, Buenos Aires, ano 15, n. 166, mar. 2012. Disponível em <https://www.efdeportes.com/efd166/a-danca-como-pratica-regular-de-atividade-fisica.htm>. Acesso 29 set. 2019.

SILVA, O.C. A qualidade de vida ligada à prática regular de atividades físicas. Revista Digital, Buenos Aires, ano 15, n. 150, nov. 2010. Disponível em <https://www.efdeportes.com/efd150/pratica-regular-de-atividades-fisicas.htm>. Acesso 19 out. 2019.

SOARES, C.L. Educação Física: raízes européias e Brasil. Campinas: Autores Associados, 1994.

TOSCANO, J.J.O. Academia de ginástica: um serviço de saúde latente. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, Brasília, v. 9, n. 1, p. 41-43, jan. 2001.

WEINBERG, R.S.; GOULDO, D. Fundamentos da psicologia do esporte e do exercício. 6.ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.

ANEXO

Table 1. For gym students.

Questions
1. What is the main reason that led you to attend the gym?
    Body aesthetics (improve appearance)
  Reduce weight
  Fitness (improve endurance, strength, flexibility, muscle power, etc.)
  Health and quality of life (more willingness to do everyday tasks, longevity, stop being sedentary, etc.)
  Body aesthetics (improve appearance)
  Reduce weight
  Make friends (social interaction)
  Stress Relief (Relieving the Stress of Everyday Life)
  Treatment / rehabilitation of injuries and illnesses
  Complementary sports activity
  Professional guidance (safe exercise, etc.)
  Other: ______________________________________
2. What is the MAIN ACTIVITY you practice at the gym?
    Bodybuilding
  Aerobic training (aerobics, spinning, jumping, circuits, etc.)
  Dance (ballet fitness, zumba, zouk, street dance, etc.)
  Swimming
  Water aerobics
  Martial arts (boxing, taekwondo, muay thai, etc)
  Pilates
  Other: _________________________________
3. Why did you choose such na activity to practice?
    Referral of a Professional (Doctor, Physical Therapist, Physical Education Teacher)
  Suggestion from a friend
  Personal preference
  Information obtained from newspaper / magazine / internet
  Sympathized with the teacher
  Low risk (safety)
  Ease of Execution
  Pleasure
  Other: ________________________________
Name:
Identity Card: Age:
Gym:
Date: _________/___________/_____________
 

Sourch: the author (2019).

[1] Acadêmico do Mestrado em Treino Desportivo, pela Escola Superior de Desporto e Lazer (ESDL), do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) – Melgaço/Portugal. Especialista em Exercícios Resistidos na Saúde, na Doença e no Envelhecimento, pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).  Pós-graduado em Fisiologia do Exercício, pela Escola Paulista de Medicina.  Bacharel em Educação Física, pela Escola de Educação Física do Exército (ESEFEX), no Rio de Janeiro. Bacharel em Administração de Empresas, pela Universidade Mackenzie, em São Paulo. Bacharel em Ciências Militares, pela Academia da Força Aérea, em Pirassununga – SP.

Enviado: Outubro, 2019.

Aprovado: Novembro, 2019.

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Marcelo Victor Rodrigues do Nascimento

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