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Soft Skills: Habilidades e competências profissionais requisitadas pelo mercado empreendedor

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CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

SGOBBI, Thálita [1], ZANQUIM, Stivi Heverton [2]

SGOBBI, Thálita. ZANQUIM, Stivi Heverton. Soft Skills: Habilidades e competências profissionais requisitadas pelo mercado empreendedor. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 09, Vol. 05, pp. 70-92. Setembro de 2020. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/administracao/soft-skills

RESUMO

Este artigo tem por objetivo a identificação das soft skills requisitadas pelo mercado no que se refere aos profissionais das startups e empreendedores do futuro. Em meio ao universo de inovações tecnológicas, contemplamos mudanças na forma de trabalho. Criações inovadoras têm estado em alta, em virtude de profissões que potencializam esse cenário de transformações estruturais. Esses cenários demandam uma adaptação do profissional e com isso, podemos notar um binário presente nesses profissionais, estando ligados no conhecimento de hard skills e soft skills. As hards skills são habilidades técnicas adquiridas mediante a formação profissional, sendo tangíveis e facilmente quantificadas. Em contrapartida, habilidades e competências que dizem a respeito do comportamento do profissional são determinados pelas soft skills. As soft skills podem ser observadas pelas habilidades de comunicação, autoconhecimento, gerenciamento de projetos, mentalidade de equipe, vontade e capacidade de aprender, entre diversas outras características eficazes que empresas buscam no profissional. Como metodologia, esse trabalho utilizou-se de pesquisa bibliográfica, com caráter exploratório. Mediante a isso, esse projeto de pesquisa tem por enfoque uma análise das soft skills presentes no profissional das startups do futuro, como forma de revisão de literatura, resumindo as informações mais relevantes sobre essa temática. Com esse trabalho foi possível elencar as habilidades e competências comportamentais essenciais, as chamadas soft skills, exigidas sob o ponto de vista do universo empreendedor e do mercado.

Palavras-chave: Mercado, empreendedorismo, Soft skills, Hard skills.

1. INTRODUÇÃO

Em meio ao universo de inovações tecnológicas, contemplamos mudanças na forma de trabalho. Criações inovadoras têm estado em alta, em virtude de profissões que potencializam esse cenário de transformações estruturais. Esses cenários demandam uma adaptação do profissional e com isso, podemos notar um binário presente nesses profissionais, estando ligados no conhecimento de hard skills e soft skills. As hard skills são habilidades técnicas adquiridas mediante a formação profissional, sendo tangíveis e facilmente quantificadas.

Em contrapartida, habilidades e competências que dizem a respeito do comportamento do profissional são determinados pelas soft skills. As soft skills podem ser observadas pelas habilidades de comunicação, autoconhecimento, gerenciamento de projetos, mentalidade de equipe, vontade e capacidade de aprender, entre diversas outras características eficazes que empresas buscam no profissional. Habilidades essas que passam a ser imprescindíveis quando pensamos em um futuro, que contemplará também novos universos empresariais e empresas com características nunca vistas. Como um exemplo prático que nos apresenta esse cenário de mudanças, podemos analisar um crescimento em busca de inovações que começou a ser popularizado nos anos de 1990 com o termo ‘startup’, sendo consolidada como uma tendência empreendedora quando em relação com novos negócios, os quais buscam oferecimento de produtos inovadores, consolidando uma nova forma de pensar, consumir ou agir.

Diante do exposto, esse trabalho tem por enfoque a identificação das soft skills exigidas pelo mercado no que se refere aos profissionais das startups e empreendedores do futuro. Nesse sentido, para atender aos objetivos deste estudo, foram utilizadas, como forma de revisão de literatura, a pesquisa bibliográfica de caráter exploratória, resumindo as informações mais relevantes sobre essa temática de acordo com a Associação Brasileira de Startups (ABStartups), Associação Brasileira dos Mentores de Negócios (ABMEN); Fundação Instituto de Administração (FIA); Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE); World Economic Forum (WEF), Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional – em inglês: United States Agency for International Development (USAID). Com esse estudo, foi possível elencar as habilidades e competências comportamentais essenciais, as chamadas Soft Skills, sob o ponto de vista do universo empreendedor e do mercado.

2. OS PROFISSIONAIS DE STARTUP E SUA RELAÇÃO COM O MERCADO

Em um universo de mudanças podemos ter por enfoque um crescimento em busca de inovação, sendo aprofundado a partir dos anos 1990 termo ‘startup’, sendo consolidada como uma tendência empreendedora quando em relação com novos negócios, os quais buscam oferecimento de produtos inovadores, sendo consolidada uma nova forma de pensar, consumir ou agir. Segundo Cruz (2015), “[…] este tipo de empresa nasce com tempo de vida útil definido, buscam novos produtos ou serviços, os quais possam ser escaláveis e atuam num ambiente de extrema incerteza”. Hermanson (2011) ressalta que “[…] startups não são necessariamente somente empresas de tecnologia; mas toda e qualquer empresa em fase de constituição”.

O empreendedorismo nesse tipo de empresa, é uma das características que compõem seus idealizadores. Nesse sentido, Dornelas (2003) ressalta

[…] que o motivo do empreendedorismo ter se intensificado só agora, foi o avanço tecnológico que requer um número maior de empreendedores. Por meio desse avanço vigente, novos empresários e até mesmo empresas passam atuar em novos mercados por meio do empreendedorismo start up. (DORNELAS, 2003, p. 45).

Segundo a Associação Brasileira de Startups (ABStartups), estas empresas atuam em um ambiente de extrema incerteza, em busca de um modelo de negócios que possa tornar-se repetível e escalável (ABSTARTUPS, 2014; BLANK; DORF, 2012).

Com as mudanças nos conceitos de mercado, bem como de economia, é notória a importância e um preparo ainda maior dos profissionais, na qual este precisará entender a realidade atual e se preparar para os novos desafios do futuro. O mercado do futuro exigirá que os profissionais se adequem às novas tendências, e, as necessidades resultarão em “[…] oportunidades para diversas profissões, com nomes que muitas vezes ainda não existem atualmente” (CHALLENGER, 2005; PATERSON, 2002).

Segundo Johnson (2001),

[…] a arte de empreender requer dedicação e foco no tange o seu negócio; é ter iniciativa; assumir responsabilidade e fazer as coisas acontecerem através da criatividade; da administração dos riscos inerentes ao processo; e da habilidade de enxergar o futuro como uma oportunidade de negócios inovadores, até mesmo quando enfrenta obstáculos e dificuldades. (JOHNSON, 2001).

As startups representam uma fonte de estudos acadêmicos e para corporações. Dados da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (ANPROTEC), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), revelam que somente as startups incubadas geraram mais de R$ 15 bilhões em faturamento e 53 mil empregos diretos de 2012 até 2015, neste contexto a pesquisa revela que as startups têm um impacto direto na economia do país (ANPROTEC; SEBRAE, 2016).

Atualmente, segundo dados do estudo promovido pela ABStartups (2019), o Brasil conta “com cerca de mais de 10 mil startups cadastradas, sendo o dobro do número de startups que existiam em 2017”. Esse cenário apontado pelos dados do estudo, indica que o número de startups no Brasil vem aumentando. De acordo com ABStartups (2019), grande “parte delas está concentrada no estado de São Paulo (3.081 startups), seguido de longe pelo Rio Grande do Sul (895 startups) e Minas Gerais (844 startups)”.

Ainda segundo a ABStartups (2019), “72% das empresas são geridas por jovens de 25 e 40 anos, 87,13% têm homens à frente e 12,3% são comandadas por mulheres”, mostrando uma tendência específica a um perfil profissional. Essas empresas inicializadoras tem como preferência sua inserção em locais com caráter inovador, bem como polos tecnológicos. Desse modo, as startups se tornam gigantes quando comparadas com as grandes empresas em virtude da sua velocidade e capacidade de inovação. No Quadro 1, pode-se observar um comparativo entre esses dois tipos de negócio.

Quadro 1 – Características das startups x Características de grandes empresas

Fonte: Santiago (2017).

Em correlação, uma grande fomentadora de inovação são grandes empresas que porventura poderiam contribuir com a aceleração de startups. Essa contribuição permitiria uma flexibilidade organizacional que otimizaria em um modelo de colaboração que relaciona produto/serviço de acordo com as validações que se encontram no mercado. Geralmente as grandes empresas possuem um processo burocrático e uma certa lentidão na tomada de decisões, enquanto as startups contam com uma agilidade na tomada de decisões, além do baixo custo estrutural, em relação ao alto custo de grandes empresas.

Tendo em vista que startups são empresas que possuem grande importância em seus produtos e prestação de serviços, seus fundadores buscam cada vez mais possuir ideias potenciais que realmente podem fazer diferença na vida de seus clientes. Uma sequência potencial da dinâmica que compreende os profissionais de startup se baseia na organização e dedicação à qual ele se dedica em prol do objetivo final que se quer atingir.

Segundo Ries (2012), a “startup é uma empresa formada por pessoas, que podem atuar em diversos ramos de atividade, voltada para criação de um novo produto ou serviço, que causem grande impacto no mercado e que atuem em condição de extrema incerteza”.  Para Blank e Dorf (2012), a “startup é uma organização temporária em busca de um modelo de negócio repetível e escalável”.

Para Torres, Guerra e Lima (2014), startup é “[…] uma catalisadora que transforma ideias em produtos. Sua descrição está intimamente ligada ao conceito de empresas nascentes, que estão à procura de mercado para seu produto inovador, inseridas em um contexto incerto”.

As startups segundo Padrão e Andreassi (2013),  “buscam o crescimento nas vendas para ter o retorno sobre o investimento aplicado na fase de desenvolvimento do produto, é o modo como estas empresas tentam sobreviver nos seus estágios iniciais”.  Segundo Medeiros Junior et al., (2015) na criação de um negócio, os empreendedores utilizam-se do plano de negócios mais como obrigação do que por opção, e ainda elucida,

[…] Considerando o papel fundamental do empreendedor na atividade de planejamento, desenvolver estratégias, no contexto de empresas  nascentes, envolve um exercício de imaginar e, em algum nível, estruturar conhecimento sobre aspectos futuros do negócio não postos em prática em um ambiente que ainda não considera a empresa como participante. (MEDEIROS JUNIOR et al., 2015, p. 229).

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT, 2001), “é necessário melhorar a capacidade de instituições da sociedade para coletar e comunicar informação confiável e atualizada sobre as demandas do mercado de trabalho”. Isso evidencia ainda mais as importantes mudanças que sofrerá o profissional do futuro, e então nasce uma grande questão, como entender qual será o futuro dos profissionais? Neste cenário, é de grande valia a familiaridade e o conhecimento com o importante binário, hard skills e soft skills.

2.1 COMO AS STARTUPS  ENXERGAM AS HARD SKILLS 

As hard skills são habilidades e competências técnicas que podem ser adquiridas por “[…] meio de uma formação profissional, acadêmica ou da experiência adquirida, mas incluem, ainda, os procedimentos administrativos relacionados com o âmbito de atividade da organização” (KATZ, 1974; LEROUX; LAFLEUR, 1995).

As hard skills são habilidades que podem ser quantificadas e aprendidas de maneira simplista, tratando de conhecimentos aprendidos diariamente por meio de uma leitura, trabalho ou sala de aula. Com isso, os profissionais podem comprovar sua capacitação por meio de diplomas, cursos, entre outros meios que demonstram sobre o que foi aprendido. Segundo Jamison (2010, p. 102) “enquanto o ensino de habilidades técnicas é certamente necessário ao estudante, isso não garante que ele se torne um bom empregado ou um bom líder”.

Tendo em análise como as hard skills são vistas no âmbito empreendedor, podemos ressaltar algumas características notórias que um profissional deve apresentar através de suas competências técnicas: ter uma visão estratégica do mercado, compreendendo oportunidades e criando caminhos secundários ao ponto de estabelecer um diferencial no atendimento ao cliente; possuir capacidade de interação com o cliente, ouvindo suas necessidades e criando soluções visionárias perante tal abordagem; ter conhecimento sobre tecnologia e possíveis tendências que afetam seu mercado por meio de investigações e uso de metodologias cabíveis que facilitem a criação de um produto inovador; possuir capacidade de criar um diferencial, estudando alternativas na criação de um produto ou serviço, obtendo assim uma vantagem competitiva e também, possuir capacidade de estabelecer metas e planejamentos, organizando de modo estruturado tudo aquilo que for necessário para executar o plano de ação. Sendo assim, tais características são algumas hard skills, ou seja, competências técnicas que visam melhor aprimoramento do profissional imerso no universo de startups.

Dessa forma, temos que tais competências técnicas que compreendem as hard skills são importantes na formação de um profissional, porém não estão a frente do conceito de soft skills, competências essas mais promissoras diante do que as startups esperam de um empreendedor.

2.2 A IMPORTÂNCIA DAS SOFT SKILLS EM UMA STARTUP E AS EXIGÊNCIAS POR PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS

Soft skills são consideradas como competências transversais. São competências intrapessoais e interpessoais que determinam a capacidade de uma pessoa em ter um bom relacionamento com os outros e de destacar no mundo corporativo (RAO, 2012).

Segundo Lopes et al. (2000) e Cabral-Cardoso, Estévão e Silva (2006) o conceito de soft skills foi introduzido por Robert Mertens, sob a designação “competências-chave” (key qualifications) e refere-se às habilidades não relacionadas com a formação ou a função técnica desempenhada por uma pessoa. Nesse sentido, pode-se apontar como habilidades e competências comportamentais, àquelas relacionadas à comunicação, pensamento crítico, criatividade, empreendedorismo, resolução de problemas, etc. “As competências transversais são traços de personalidade, objetivos, preferências e motivos de ação” (HECKMAN; KAUTZ, 2012). Segundo Muir (2004) “[…] são ferramentas essenciais que ajudam as pessoas a atingir seu pleno potencial e ajudam os estudantes a desenvolver assertividade e autoconfiança, indispensáveis para concluir o curso com sucesso”.

Soft skills são habilidades que posteriormente facilitam a obtenção de resultados positivos nas entrevistas de trabalho; e contribuem para assegurar a posição na organização, assim como para se tornar reconhecidos líderes organizacionais (JAMISON, 2010). Segundo o psicólogo Daniel Goleman (1995) “habilidades como resiliência, empatia, colaboração e comunicação são todas competências baseadas na inteligência emocional e que distinguem profissionais incríveis da média”.

No que se refere à evolução do mercado e das organizações, as soft skills são tão importantes quanto às hard skills, sobretudo, quanto às exigências da indústria 4.0 e os requisitos cada vez mais desejáveis para os novos profissionais na Quarta Revolução Industrial (DIAS, 2019). Além disso, estes profissionais são cobrados de liderar e treinar outros profissionais de modo a empoderá-los e não somente manter o controle sobre eles, exigindo que executem suas tarefas. Nesse meio, as soft skills são convidadas para acrescentar diferenciais aos profissionais que as máquinas não têm a capacidade de adquirir para se desenvolver, como criatividade, confiança, empatia, solidariedade, entre outros desenvolvidos humanamente.

Em uma startup, a busca por profissionais que tenham um fit com a cultura organizacional é um dos pilares essenciais que deixam a convivência mais harmônica, fazendo com que a gestão seja mais fluida em prol de obter melhores resultados. Com isso, startups buscam cada vez mais por pessoas que possuam competências comportamentais enfáticas e relevantes que se adaptam a esse tipo de mercado, gerando um ambiente equilibrado e adequado.

Observa-se na Figura 1, de maneira simplificada, as principais diferenças entre as soft skills e as hard skills.

Figura 01 – Comparativo entre as soft skills e as hard skills

Fonte: CIS Assessment (2019)

As exigências por profissionais especializados se correlacionam diretamente com as competências comportamentais existentes em uma pessoa, desde que possuam um valor agregado e promissor quando em análise no âmbito empreendedor. Características como comunicação, automotivação, trabalho em equipe e liderança são apenas algumas dentre um universo de outras existentes que são necessárias para um profissional visionário de startup.

Um motivo direto que enfatiza a necessidade de profissionais possuírem soft skills se relaciona com a competitividade do mercado. Para obter sucesso nesse ambiente, profissionais necessitam de uma ‘vantagem competitiva’, se distinguindo de outros candidatos ao trazer habilidades e conhecimentos profissionais somados por hábitos e características pessoais convincentes, além de ser mais fácil ver resultados imediatos e tangíveis que apontam para o sucesso.

Diante do exposto, é enfática a importância das soft skills para as startups, as quais necessitam de profissionais especializados e que assegurem um bom relacionamento com a empresa e com seus clientes, além de possuírem a capacidade de se desenvolverem e agregarem potenciais resultados no cenário empreendedor.

2.3 O PROFISSIONAL DO FUTURO ATRELADO AO CRESCIMENTO DO EMPREENDEDORISMO

O profissional do futuro deve estar ciente e preparado, apresentado facetas, habilidades e competências, seja por meio do empreendedorismo dentro das organizações já existentes, ou em novas, que contribuam para o desenvolvimento de suas atividades e funções, assim como, auxilie a organização na busca por resultados. Harper (2008), apresenta de forma simples, “[…] que o empreendedorismo envolve a descoberta e a criação de novas soluções e finalidades”. Segundo Shane, Locke e Collins (2003), “[…] para que a ação empreendedora seja possível é preciso haver independência.  Estar engajado em um processo contínuo de ação empreendedora tornou-se uma fonte de vantagem competitiva”.

Dornelas (2005) “afirma que definições mais abrangentes mostram que o empreendedorismo vai além do ato de abrir novas empresas e que pode estar relacionado a vários tipos de organizações, em vários estágios de desenvolvimento”. McGrath e MacMillan (2000) “enfatizam que, do ponto de vista estratégico, é fundamental a incorporação de um ‘mindset empreendedor’, particularmente em ambientes de competição e mudança de alta velocidade”.

Filion (1999) “acrescenta que o empreendedor é alguém com capacidade de estabelecer objetivos e encontrar oportunidades, e para isso faz uso de sua criatividade e do conhecimento do ambiente no qual se encontra inserido”. Tendo em vista tal âmbito, é de grande ressalva a observância do jovem empreendedor que se encontra inserido nesse universo de inovações. Em 2006, “54% das empresas nascentes e 57% das empresas com menos de três anos tinham à sua frente alguém com menos de 35 anos” (SCHLEMM et al., 2006).

De acordo com o exposto, é possível notar que o crescimento do empreendedorismo vem criando espaço a cada dia em nossa sociedade e a exigências por profissionais capacitados para esse ramo se torna um aspecto necessário e amplamente promissor.  Para enfrentar as exigências dos novos empregos numa era de mudanças tecnológicas muito rápidas, as pessoas do futuro terão de ser preparadas para resolver problemas, as tarefas mundanas ficarão para a tecnologia (YUSSUF, 2007). Autor & Dorn (2013) afirmam que as tecnologias não reduzem a quantidade de lugares de trabalho, mas sim que diminuem a qualidade do emprego de um conjunto de pessoas de forma substancial. Levy e Murnane (2005) referem que os trabalhos rotineiros são substituídos por máquinas, enquanto os trabalhos não rotineiros, que exigem conhecimento técnico e comunicação complexa, ou tarefas que exijam competências físicas e sensoriais não são passíveis de substituição.  As máquinas são excelentes quanto à quantidade de informações recebidas. Mas para convencer um cliente a comprar mais produtos ou a investir mais dinheiro são necessárias outras capacidades (DAVENPORT e KIRBY, 2015).

Quando se trata de criatividade, resolução de problemas interpessoais ou até mesmo adaptabilidade, as máquinas não conseguem ser comparadas com o profissional, tendo em vista que tais características, determinadas pelas soft skills, são amplamente relevantes e necessárias para que se obtenha bons resultados reais dentro de uma empresa.

Com relação às tendências existentes no mercado, o profissional do futuro deverá “mostrar sua capacidade de forte auto-organização, habilidade para receber múltiplas tarefas e estarem abertos para receber de forma cada vez mais intensa iniciativas educacionais e outras formas de treinamento que lhes proporcionem um salto de qualidade em seus talentos.” (CHAHAD, 2017). Chahad (2017) também enfatiza que, as habilidades dos trabalhadores caminharão para atitudes mais flexíveis e novos conhecimentos que os possibilitem uma rápida adaptação à volatilidade dos negócios, devendo estes mostrar sua capacidade de enfrentar múltiplas tarefas e se preparar para ter sólidas habilidades que aumentem seu potencial de resolver e tomar decisões rápidas autonomamente.

Em adicional, é válido evidenciar que os profissionais do futuro devem estar capacitados e com determinação em desenvolver competências necessárias para que possam se inserir dentro de um contexto empregatício. Nesse cenário, o empreendedorismo cria uma conexão com o conceito de empregabilidade, ao passo que os profissionais buscam capacitação ao adentrar no mercado de trabalho, com o intuito se prepararem para as exigências que o mercado e as funções nas organizações exigem.

A busca por qualificação demanda que o profissional do futuro assuma uma postura empreendedora em sua carreira, desenvolvendo competências atrelado a um conjunto de inovações que captam a perspectiva da realidade vivenciada, se inserindo no mercado de trabalho e oferecendo habilidades visadas pelo mercado.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

Para o desenvolvimento deste trabalho, foram utilizados como procedimentos metodológicos a pesquisa bibliográfica ancorada pela pesquisa exploratória. Nesse sentido, para atender aos objetivos deste estudo, foram utilizadas, como forma de revisão de literatura, a pesquisa exploratória e bibliográfica, onde foram levantadas e compiladas as principais soft skills requisitadas pelo mercado, de acordo com a Associação Brasileira de Startups (ABStartups), Associação Brasileira dos Mentores de Negócios (ABMEN); Fundação Instituto de Administração (FIA); SEBRAE; World Economic Forum (WEF), Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional – em inglês: United States Agency for International Development (USAID).

De acordo com Fonseca (2002, p. 32), “[…] qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto”. Segundo Severino (2016), “a pesquisa bibliográfica é aquela que se realiza a partir do registro disponível, decorrente de pesquisas anteriores, em documentos impressos, livros, artigos, teses, etc.”.

A pesquisa do tipo exploratória, de acordo com Gil (2007) “envolve: (a) levantamento bibliográfico; (b) entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; e (c) análise de exemplos que estimulem a compreensão”. Dessa maneira, a pesquisa exploratória está relacionada à busca de dados e informações que o pesquisador não está familiarizado e que são necessários para estabelecer relações prévias para estruturar o estudo.

Segundo o autor, a pesquisa bibliográfica utiliza-se de dados e informações provenientes de livros, artigos científicos, revistas e sites especializados que contribuem para que o autor fundamenta seus estudos.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A evolução apresentada pelo mercado de trabalho demanda o desenvolvimento de profissionais que estejam dispostos a se inserir nesse cenário, estando atentos às tendências que visam por profissionais do futuro qualificados e com capacidades inovadoras que sejam relevantes e construtivas para o empreendedorismo.

Em uma pesquisa realizada pela IBM (Institute for Business Value) no ano de 2016 (Figura 2), abordou-se a preferência de executivos com habilidades técnicas, porém, em 2018, a mesma pesquisa repetiu-se, com as habilidades comportamentais sendo mais enfáticas e ocupando as primeiras posições.

Figura 2 – Executivos apontam as habilidades comportamentais em relação à força de trabalho

Fonte: IBM (2016; 2018).

Em documento do World Economic Forum (WEF), da Organização das Nações Unidades (ONU), as principais habilidades relacionadas ao trabalho podem ser observadas no Quadro 2. Nos últimos anos as habilidades necessárias para o desenvolvimento de atividades profissionais vêm mudando consideravelmente.

Com os avanços das tecnologias e as exigências do mercado, alguns tipos de atividades profissionais desaparecerão e outros novos aparecerão e ficarão em evidência. É certo que os profissionais do futuro necessitarão alinhar suas habilidades e competências para acompanhar as tendências do mercado.

Quadro 2 – Principais habilidades relacionadas ao trabalho

Fonte: WEF (2016).

Atrelado a isso,  as hard skills e soft skills são habilidades e competências técnicas e comportamentais que os profissionais devem desenvolver de forma que se complementam com o intuito de construir um profissional que esteja adequado ao mercado. Muitas dessas habilidades podem ser trabalhadas por meio da assimilação de conhecimentos, outras precisam ou só podem ser afloradas, por meio da experiência vivenciada, isto é, por meio da prática, simulação, etc. De acordo com o (WEF, 2016), os profissionais do futuro devem estar atentos e desenvolver as habilidades, conforme descrito na Figura 3.

Figura 3 – As 10 melhores habilidades

Fonte: WEF (2016).

Fato é que tais habilidades, sejam de fomento comportamental ou técnico, são importantes quando analisadas dentro do conceito de startups. As startups buscam cada vez mais pessoas proativas e com capacidade de resolução de problemas de maneira simplificada. Contribuir para o crescimento dessas, exige pessoas com perfil empático e também visionárias, com um ‘mindset empreendedor’, auxiliando e estando atento às transformações tecnológicas e inovadoras existentes. A seguir, conforme detalhado no Quadro 3, estão elencadas as principais soft skills ou as essenciais habilidades e competências que os profissionais do futuro devem apresentar, segundo às exigências do mercado.

Quadro 3Relação das principais soft skills que os profissionais do futuro devem apresentar

Fonte: Adaptado de Fundação Instituto de Administração (FIA, 2019).

A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional – em inglês: United States Agency for International Development (USAID), divulgou em 2017, um relatório que identifica princípios orientadores para o desenvolvimento de habilidades pessoais e de vida entre adolescentes e jovens adultos. No Quadro 4 é possível observar, de acordo com o relatório (USAID, 2017), estratégias para o desenvolvimento de habilidades pessoais.

Quadro 4 – Estratégias para o desenvolvimento de habilidades pessoais

Fonte: Adaptado de USAID (2017)

O Quadro 4 apresenta métodos básicos, de acordo com (USAID, 2017), que permitem o desenvolvimento de habilidades sociais. A influência e a eficácia de cada princípio e estratégia podem variar, nesse sentido, à medida que os programas são desenvolvidos, as habilidades sociais projetadas podem ser acompanhadas e avaliadas.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do cenário do mercado de trabalho, profissionais enfrentarão desafios buscando cada vez mais se aprofundar em habilidades e competências, estando atentos a toda evolução de demandas que se adequam aos profissionais do futuro. As habilidades comportamentais, emocionais e sociais, assim como, as técnicas, quando bem desenvolvidas, tornam-se um diferencial de um profissional que busca uma atuação promissora no mercado.

Atrelado a isso, as soft skills se mostram à frente das hard skills pois são habilidades as quais o profissional desenvolve além do ‘conhecimento-base’, com características notáveis e importantes quando analisamos o convívio interpessoal dentro de uma empresa, enquanto as hard skills compreendem apenas as habilidades técnicas com uma “micro aprendizagem” facilmente quantificável.

Analisando tais diferenciações de características que compreendem ambas competências, as startups buscam por profissionais com aptidões mentais qualificáveis, que possuam boa comunicação, empatia, habilidades de desenvolvimento, espírito de liderança, mentalidade criativa, foco, entusiasmo e otimismo, dentre outros pontos relevantes. Somente com essas habilidades, o profissional de startup apresenta uma “vantagem competitiva” em relação a outros que não acabam por desenvolver tais competências.

O profissional do futuro, por fim, deve ser flexível e capaz de ter um pensamento crítico e capacidade de resolução de problemas, com agilidade e colaboração com o objetivo final de transformar o futuro da força de trabalho que conta com constantes atualizações em inserção a atual realidade que vivemos. Por isso, a busca por qualificação é a “peça-chave” frente às tecnologias que enfrentamos, com o profissional do futuro assumindo um novo posicionamento frente à própria carreira, moldando os modelos de negócios existentes, com profissionais mais versáteis e possibilitados de expandir seus conhecimentos a outras pessoas que se relacionam.

Pode-se inferir com esse trabalho que as habilidades e competências técnicas e comportamentais, isto é, hard skills e soft skills, são de grande importância para os empreendedores, haja vista, as diversidades, especificidades e demandas que o mercado exige dos profissionais de startups do futuro.

REFERÊNCIAS

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[1] Tecnóloga em Gestão Empresarial.

[2] Mestrado em Comunicação. Especialização em Publicidade e Mercado. Graduação em Tecnologia em Processos Gerenciais. Graduação em Publicidade e Propaganda-Habilitação em Marketing.

Enviado: Agosto, 2020.

Aprovado: Setembro, 2020.

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Stivi Heverton Zanquim

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