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O intraempreendedor e a organização empreendedora: Uma relação de interdependência

RC: 68853
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CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

FRAGA, Aline Debize de [1]

FRAGA, Aline Debize de. O intraempreendedor e a organização empreendedora: Uma relação de interdependência. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 11, Vol. 16, pp. 118-136. Novembro de 2020. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/administracao/organizacao-empreendedora

RESUMO

O intraempreendedorismo é reconhecido como um elemento importante para a competitividade organizacional. A inovação é promovida por indivíduos que possuem um espírito empreendedor, capazes de aplicar suas competências em prol do sucesso organizacional ao mesmo tempo em que buscam realização pessoal e profissional. As condições para o intraempreendedorismo podem ser oferecidas pela empresa através de uma cultura empreendedora onde há a valorização dos profissionais e apoio ao desenvolvimento de competências. O intraempreendedor é aquele que concretiza as visões organizacionais e é capaz de quebrar barreiras para implementar suas ideias apoiado pelos recursos, estrutura e tecnologia organizacional. Por meio de uma pesquisa bibliográfica, este estudo explora as condições para o intraempreendedorismo e a relação estabelecida entre o intraempreendedor e a organização empreendedora compreendendo-se que há uma relação de interdependência entre os sujeitos.

Palavras-chaves: intraempreendedorismo, organizações empreendedoras, competências intraempreendedoras, cultura empreendedora.

1. INTRODUÇÃO

A competitividade e sustentabilidade das organizações está condicionada a sua capacidade de inovação e provavelmente será assim pelas próximas décadas (PAULA; ALMEIDA, 2015). Para os autores o surgimento das organizações empreendedoras demonstra que estas empresas já compreenderam o papel do intraempreendedorismo na geração de inovação e que os talentos humanos são decisivos para o empreendedorismo organizacional.

O intraempreendedorismo em uma organização significa uma vantagem competitiva, pois os intraempreendedores desenvolvem, implementam e produzem novos produtos, serviços, métodos e processos gerando lucro e crescimento para a empresa (PINCHOT, 1989; HASHIMOTO; 2013). As competências destes profissionais, expressas em seus comportamentos e ações, juntamente com um ambiente propício à inovação, é que garantem às empresas a capacidade competitiva (LANA et al, 2012).

Independentemente do porte da organização e dos recursos disponíveis, as ações empreendedoras estão nas mãos daqueles que demonstram a busca por desafios, capacidade de realização, disponibilidade para correr riscos e persistência (MCCLELLAND, 1987). Mas por que um profissional se motivaria a dedicar-se tanto a projetos cujo resultados parecem beneficiar muito mais a organização do que a si mesmo?

Na visão de Hashimoto (2013) a organização representa para o intraempreendedor, a provedora das condições necessárias para este profissional que possui um espírito empreendedor, satisfazer sua necessidade de realização. Segundo o autor, as dificuldades encontradas no mercado para abrir o próprio negócios são muitas e a segurança e os recursos oferecidos pela organização se tornam atrativos para aquele que tem ideias e paixão por realizá-las.

No processo empreendedor dentro das organizações, Dornelas (2017) elucida que os fatores mais importantes são as oportunidades identificadas e capturadas, os recursos organizacionais disponíveis e o fator fundamental: as pessoas que colocarão tudo em prática, os intraempreendedores. Ressaltando que, a cultura serve como pano de fundo para a geração da inovação e intraempreendedorismo. O empreendedor, fundador da empresa, precisa rodear-se de pessoas que complementem suas competências e se apaixone pelos projetos da organização (PERIN; CRISTOFOLINI, 2016).

Por acreditar na vantagem que o intraempreendedorismo representa nas organizações, o presente estudo identificou a necessidade de compreender a relação que se estabelece entre o intraempreendedor e a organização com orientação empreendedora. Por meio da revisão bibliográfica, o estudo explora estes dois sujeitos e as condições para o intraempreendedorismo com o intuito de responder a seguinte questão: Qual o tipo de relação que se estabelece entre o intraempreendedor e a organização empreendedora?

Este artigo estrutura-se em 4 seções, iniciado por esta introdução, seguido pela metodologia, na terceira seção o referencial teórico onde aborda-se as dimensões: intraempreendedorismo, organizações com orientação empreendedora, a cultura intraempreendedora, o intraempreendedor e finalmente a relação entre as dimensões são exploradas. Na quarta seção apresenta-se a conclusão seguida das referências bibliográficas.

2. METODOLOGIA

Para atingir o objetivo deste estudo, adotou-se a pesquisa descritiva que demonstra as características de determinados fenômenos, descrevendo e estabelecendo correlações entre as variáveis, podendo definir sua natureza (MORESI, 2003). Como forma de procedimento adotou-se a pesquisa bibliográfica que “procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em documentos” (MANZATO; SANTOS, 2012). O estudo foi feito por meio da revisão da literatura, que conforme Botelho, Cunha e Macedo (2011) baseia-se no uso de métodos com objetivo de investigar um assunto específico em artigos, livros, revistas e outros acervos. “A revisão da literatura requer a elaboração de uma síntese pautada em diferentes tópicos, capazes de criar uma ampla compreensão sobre o conhecimento.” (BOTELHO; CUNHA e MACEDO, 2011, p.3).

A abordagem adotada foi qualitativa, que de acordo com Neves (1996, p.1) “compreende um conjunto de técnicas interpretativas que visam a descrever e a decodificar os componentes de um sistema complexo de significados”.

3. REVISÃO DA LITERATURA

Nesta revisão, serão explorados os temas a fim de ampliar a compreensão sobre os temas envolvidos na pesquisa e analisar a correlação entre eles, cumprindo o objetivo do estudo. Serão abordados, o intraempreendedorismo, as organizações empreendedoras, as condições para o intraempreendedorismo, o perfil do intraempreendedor e por fim como estas dimensões interagem.

3.1 INTRAEMPREENDEDORISMO

Nas últimas quatro décadas segundo Dornelas (2017) uma visão mais ampla sobre o empreendedorismo tem se desenvolvido. Para o autor hoje, a importância das práticas empreendedoras são reconhecidas não apenas para a criação de novos negócios mas também para seu desenvolvimento, sustentabilidade, competitividade e perpetuação.

As principais características do empreendedorismo, segundo Cunningham e Lischeron (1991) são as realizações, inovação, assunção de riscos, tomada de decisão em ambientes de incerteza, criação de valor através da inovação, reconhecimento de oportunidades, planejamento e conhecimento, promoção e proteção de valores. Baggio e Baggio (2014) corroboram e dizem que este conjunto de práticas envolvidas no empreendedorismo, conduzem a sociedade à melhor performance e criação de riqueza. O autor define que

O empreendedorismo pode ser compreendido como a arte de fazer acontecer com criatividade e motivação. Consiste no prazer de realizar com sinergismo e inovação qualquer projeto pessoal ou organizacional, em desafio permanente às oportunidades e riscos. É assumir um comportamento proativo diante de questões que precisam ser resolvidas (BAGGIO; BAGGIO, 2014. p. 26).

Para Schumpeter (1982), representante da escola clássica, o empreendedorismo, está diretamente relacionado à inovação, à geração de novas necessidades para criação de novos produtos e serviços, abertura de novos mercados e neste contexto, o empreendedor, é o agente capaz de destruir a ordem econômica existente e explorar as oportunidades.

Perin e Cristofolini (2016, p.13) lembram que “empreender é resolver problemas e não, simplesmente, ter novas ideias”. Ressaltam que o foco precisa estar na solução do problema e não na ideia inicial. Hashimoto (2013) corrobora e defende que o empreendedorismo não está apenas na geração das ideias, mas também na criatividade e atitude de transformar uma ideia já existente em um produto ou serviço de sucesso, inclusive, no papel de intraempreendedor.

Antonic e Hisrich (2001) dizem que diversos termos como intraempreendedorismo, empreendimentos corporativos, empreendedorismo corporativos internos e empreendedorismo corporativo foram usados para descrever o intraempreendedorismo. Entretanto, todos os termos referem-se ao empreendedorismo dentro de uma organização existente.

O termo intraempreendedorismo foi cunhado por Pinchot (1989), um dos pioneiros neste estudo, definiu o intraempreendedorismo como uma forma de empreender dentro da organização. Destarte, pode-se afirmar que o intraempreendedorismo é

[…] a inovação ou transformação de um negócio, de um produto, através de um colaborador, assumindo responsabilidades pela criação, tendo como objetivo, as novas conveniências do mercado, buscando bons resultados a organização em que ele está inserido (WILLERDING, 2011, p. 60).

Para Hashimoto (2013) o intraempreendedorismo consiste em atuar de forma que promova quaisquer mudanças ou melhorias dentro da organização, envolvendo a rede de relacionamentos da empresa gerando valor para clientes e acionistas. Deste modo, para o autor, qualquer colaborador pode agir de forma empreendedora. Conforme Antonic e Hisrich (2001) o intraempreendedorismo trata-se de um processo interno à empresa, independentemente de seu porte, que conduz tanto a novos negócios quanto a ações inovadoras, desenvolvimento de novos produtos, serviços, tecnologias, estratégias e aumento da competitividade.

Nas próximas seções o intraempreendedorismo será observado por duas óticas distintas, porém correlacionadas. Pela ótica da organização, numa abordagem de negócios e cultura e pela ótica do intraempreendedor, numa abordagem comportamental.

3.2 ORGANIZAÇÕES EMPREENDEDORAS

Ao examinar o intraempreendedorismo pela ótica organizacional, pode-se constatar que esta prática depende muito de uma postura empreendedora da organização, refletida na sua cultura e estratégias de negócios (DESS; LUMPKIN, 2005). Para os autores, uma organização com orientação empreendedora incentiva a autonomia; é proativa, pioneira, se antecipa à concorrência; tem agressividade competitiva e assume riscos comerciais.

Uma organização com orientação empreendedora, é aquela que mantém vivo o espírito empreendedor (HASHIMOTO, 2013). As características do empreendedorismo estão presente nestas organizações. Schumpeter (1982) afirma que empreender não é o mesmo que gerenciar, tomar decisões rotineiras, copiar um negócio ou apenas investir em um empreendimento. Seguindo esta definição, empreender é gerar ruptura por meio da inovação, perturbar o equilíbrio existente.

Esta lógica pode ser observada nas formas de intraempreendedorismo ou empreendedorismo corporativo desenvolvidas nas organizações, descritas por Antonic e Hisrich (2001), Hashimoto (2013) e Dornelas (2017). Estas formas de empreendedorismo caracterizam as organizações empreendedoras.

  • Novos negócios ou Corporate Venturing – Criação de novos negócios desenvolvimento de novos mercados, criação de unidades autônomas, segue regras diferentes da organização apesar de ser idealizado dentro dela;
  • Inovação ou Capacidade de Inovação – Desenvolvimento de novos produtos; inovação de produtos e serviços com ênfase em tecnologia; melhoria, inovação e desenvolvimento de produtos, métodos e processos;
  • Autorrenovação ou Renovação Estratégica – Renovação de ideias-chaves provocando a transformação da organização, mudanças estratégicas e organizacionais redefinição do conceito do negócio, adaptabilidade. Novas estruturas, equipes de inovação, realocação de recursos e competências, rearranjo da cadeia de valores;
  • Proatividade – Postura agressiva em competitividade; assunção de riscos, busca de oportunidades, liderança competitiva;
  • Empreendedorismo organizacional – Adaptação da empresa a uma cultura e estrutura incentivadora da inovação e empreendedorismo interno. Estimula os colaboradores a agirem como donos do negócio;
  • Intraempreendedorismo – O colaborador age proativamente, procura quebrar as barreiras organizacionais e superar desafios, atua de forma empreendedora individualmente dentro da organização. A empresa valoriza a ação individual informalmente.

Na perspectiva de Dornelas (2017) o empreendedorismo refere-se a uma variável, portanto, todas organizações podem atuar de forma empreendedora, umas mais, outras menos. O nível de empreendedorismo de uma organização para o autor, pode ser medido através das três dimensões básicas do empreendedorismo: a inovação, a propensão a assumir riscos e a iniciativa.

A combinação dessas variáveis é que determinará o grau de empreendedorismo da organização. Como resultados, a organização poderá obter a desejada criação de valor, novos processos, produtos e serviços, tecnologias, lucros e benefícios pessoais e corporativos, empregos, ativos e crescimento de receita (DORNELAS, 2017, p. 47)

A busca pela inovação, envolve mudar a forma de pensar, criar algo novo que solucione um problema de forma simples (HASHIMOTO, 2013). Tradicionalmente, a inovação refere-se a criação de um novo produto ou serviço a partir de uma grande ideia, entretanto, inovar pode estar em fazer pequenas mudanças que agreguem valor e atendam às necessidades do mercado e dos clientes (LAPOLLI; DANDOLINI; SCHMITZ, 2015). Para Machado, Feliciano e Torquato (2015, p. 22) “inovar é uma tarefa complexa, pois a inovação não ocorre ao acaso, ela é fruto de muito trabalho, planejamento e definições estratégicas […]”.

Assumir riscos calculados, é outra dimensão das organizações com orientação empreendedora. Os riscos são inerentes às grandes oportunidades, entretanto, devem ser calculados e analisados para serem assumidos com responsabilidade (BAGGIO; BAGGIO, 2014).  O risco, está envolvido em qualquer projeto ou mudança, em maior ou menor grau, diz Sarkar (2014), para gerar algo de valor, é indispensável a disposição de correr riscos, entretanto deve-se analisar se as condições são favoráveis. A organização precisa desenvolver um certo grau de tolerância a riscos e falhas diz Dornelas (2017), encorajar seus colaboradores a assumir atitudes empreendedoras e saber recompensá-los por isso.

A iniciativa refere-se a orientação para ação, o contrário de reatividade. Significa agir antecipadamente, buscar novas oportunidades, ser proativa em resolver os problemas, ser estratégica, inovar, antecipar mudanças, implementar os processos de forma ágil e arcar com as responsabilidades (DORNELAS, 2017). A iniciativa diz Dess e Lumpkins (2005) envolve além de reconhecer e criar oportunidades, a disposição para ação, o olhar para o futuro e agir estrategicamente, criando vantagem competitiva.

Conhecidas as formas de empreendedorismo corporativo e as dimensões empreendedoras envolvidas nos processos, a seção seguinte aborda as barreiras e os facilitadores do intraempreendedorismo.

3.3 CULTURA INTRAEMPREENDEDORA

As ações intraempreendedoras dependem muito das práticas e cultura organizacional na visão de Gomes (2017), que reforça que a cultura influencia fortemente as ações dos colaboradores, incentivando ou desestimulando o comportamento intraempreendedor. Na visão do autor, é uma responsabilidade da empresa saber quem são os intraempreendedores e criar um ambiente favorável às suas ações, através de políticas de apoio e valorização destes profissionais.

Entre os fatores culturais que facilitam as práticas intraempreendedoras nas constatações de Gomes e Nassif (2008) estão um ambiente que incentiva a criatividade, que aceita críticas e sugestões e mantém uma comunicação aberta. Na visão dos autores, é importante preparar as lideranças para apoiar os colaboradores, acolhendo e dando suporte às novas ideias e na sua execução. Para que os colaboradores se sintam motivados a atuarem de forma empreendedora, Dornelas (2017) enfatiza que as organizações precisam ter o empreendedorismo como missão, disseminar o conceito e trazê-lo como parte da cultura.

Moriano et al (2009) e Dornelas (2017) defendem a atuação do setor de recursos humanos, com a finalidade de apoiar o desenvolvimento das competências técnicas e comportamentais necessárias, assim como promover uma atitude positiva frente ao risco e inovação. O reconhecimento e a valorização das ações empreendedoras estimulam os colaboradores a desenvolverem suas capacidades. A possibilidade de crescimento na empresa, realização e evolução pessoal podem ser oferecidas pela organização por meio das ações dos recursos humanos (GOMES E NASSIF, 2008; DORNELAS, 2017).

Em contraponto, observa-se as barreiras ao intraempreendedorismo. De acordo com Antonic e Hisrich (2001) e Hashimoto (2013) elas são reconhecidas principalmente em organizações altamente hierarquizadas, burocráticas e que não adotam uma cultura de inovação. Pinchot (1989) quando conceituou o intraempreendedorismo já defendia uma cultura descentralizada e focada em inovação para promover a prática, direcionando a atenção para o indivíduo e substituindo a burocracia pela responsabilidade.

Muitas empresas dizem Chiec e Andreassi (2008) exigem de seus líderes e gestores que atuem de forma inovadora, entretanto mantém suas estruturas corporativas e seus modelos de negócios envolvidos por amarras burocráticas. Os autores investigaram as principais barreiras ao intraempreendedorismo e constataram que as principais são: a ausência de suporte por parte da empresa; falta de engajamento; cultura de punição; aversão ao risco; carência de cooperação e problemas na comunicação. Os autores ressaltam que a baixa confiança que o colaborador tem de que seus esforços serão reconhecidos, recompensados e encorajados, desestimula o intraempreendedorismo.

Conforme Pinchot (1989) o elemento central no intraempreendedorismo, é o intraempreendedor, um apaixonado por colocar as ideias em prática. Portanto, na próxima seção, será explorado o perfil deste tipo de profissional.

3.4 O INTRAEMPREENDEDOR

Diversas listas relacionando as características pessoais de empreendedores de sucesso foram criadas segundo McClelland (1987), entretanto, nem todos os empreendedores possuem todas as características já identificadas, e algumas delas, aplicam-se também a outros profissionais, não empreendedores. Deste modo, atenta que é importante analisar o conjunto de características do indivíduo e identificar quais delas se transformam em competências de fato aplicadas em ações empreendedoras.

As características empreendedoras apresentadas por McClelland (1987), assim como as apresentadas por outros autores como Pinchot (1989), Filion (2004), Lenzi (2008), Gomes e Nassif (2012), Hashimoto (2013) e Dornelas (2017) podem mostrar-se em termos de comportamentos, perfil, competências e atitudes. Todos os autores concordam que estas características podem ser desenvolvidas como forma de competências e mudança comportamentais.

Da escola comportamentalista do empreendedorismo, McClelland (1987) traz algumas das competências comuns, identificadas em empreendedores de sucesso, divididas em três grupos: proatividade, compromisso com os outros e orientação para realização, conforme demonstrado no quadro abaixo.

QUADRO 1- Competências identificadas em empreendedores

Competências comuns dos empreendedores de sucesso
Proatividade Compromisso com os outros
Iniciativa Assertividade Comprometimento Valorização de relacionamentos
Se antecipa aos acontecimentos, age antes de ser solicitado Enfrenta os problemas de forma direta, diz aos outros o que fazer Se esforça ao máximo para concluir um trabalho, trabalha no lugar dos outros Se preocupa em criar bons relacionamentos, os vê como recurso empresarial
Orientação para realização
Busca por oportunidades Busca por eficiência Busca por alta qualidade Planejamento sistemático Monitoramento
Reconhece e age aproveitando boas oportunidades de negócios É produtivo, faz mais rápido com menor custo Produz e vende produto ou serviço de alta qualidade Divide grande tarefa em subprojetos, antecipa obstáculos Desenvolve ou usa procedimentos para garantir a conclusão do trabalho com qualidade

Fonte: Adaptado de McClelland (1987)

A caracterização do intraempreendedor parte dos conceitos do empreendedorismo, entretanto, apesar das semelhanças existem também diferenças entre empreendedores e intraempreendedores (PINCHOT, 1989; DORNELAS, 2017; FILION, 2004). Uma dessas diferenças segundo Pinchot (1989) está na forma como ambos lidam com o fracasso. O empreendedor se incomoda menos com os erros e fracassos, tratando-os mais como oportunidades de aprendizado diz o autor. Já o intraempreendedor, compara o autor, evita a divulgação de seus erros pois pode ter um custo para sua imagem dentro da organização, procura levar seus projetos mais arriscados de forma discreta até que tenha mais segurança nos resultados.

Pinchot (1989) também atenta para a forma como tomam decisões. O empreendedor é mais decidido e tem mais atitude, o intraempreendedor, busca aprovação e concordância de outros para ter apoio em seus projetos. Para o autor, o empreendedor gosta de liberdade, é motivado por metas desafiadoras, é autoconfiante, automotivado e disposto a arriscar seu próprio capital investindo de forma moderada. O intraempreendedor, diz o autor, compartilha destas características, entretanto, prefere ter acesso aos recursos de uma empresa, seu risco está relacionado a sua imagem e posição na organização e além disso, espera por reconhecimento dentro da empresa.

Na busca por oportunidades, conforme Pinchot (1989) os intraempreendedores têm autoconfiança para assumir riscos, mas estes precisam ser controláveis, costumam trabalha para minimizar os riscos dentro de seus limites de atuação. O intraempreendedor, busca informações para avaliar os riscos de suas ações, tanto na empresa quanto no mercado (LENZI, 2008).

Filion (2004) afirma que os empreendedores, precisam dos intraempreendedores para a realização de suas ideias, para isto, precisam identificar os profissionais certos para realizar cada visão. Perin e Cristofolini (2016) corroboram esta ideia, asseguram que para empreender com sucesso é necessária uma excelente equipe formada por pessoas com diferentes características. Os autores aconselham os empreendedores a associar-se a pessoas que os complementem, que tenham as habilidades que ele não tem. Os intraempreendedores podem com suas características e competências representar esta complementaridade.

McClelland (1987) considera que o empreendedor tem a realização como sua marca. Além disso, tem uma forte atração pelos desafios, por assumir responsabilidades e ver resultados pelos seus esforços e buscam formas inovadoras de melhorar seu desempenho. Neste sentido, Pinchot (1989) corrobora e complementa que as pessoas com grande necessidade de realização costumam estabelecer metas de longo prazo nas quais trabalham sistematicamente. Estas características segundo o autor, também se encaixam ao perfil do intraempreendedor.

A maturidade, é uma característica dos intraempreendedores conforme Lenzi (2008) e se reflete na autoconfiança, independência e autoconhecimento. Ressalta também a capacidade de influência através de uma boa comunicação e a capacidade de resolver problemas por meio do pensamento organizado, raciocínio lógico e busca de soluções. Corroborando os demais autores, Paula e Almeida (2015, p. 3) acrescentam que

Pode-se dizer que o intraempreendedor é criativo, persistente, autoconfiante, dedicado, proativo, inovador, sabe identificar e criar novas oportunidades, tem capacidade de decidir por conta própria e correr riscos. Sabe-se que o intraempreendedor é a pessoa que vislumbra oportunidades inovadoras e as implementa dentro das organizações.

De forma compilada, demonstra-se no Quadro 2 quais atitudes e comportamentos podem ajudar a identificar os intraempreendedores em uma organização.

QUADRO 2- Comportamentos e atitudes que podem ajudar a identificar um intraempreendedor

Como se comportam os intraempreendedores
  • Assumem riscos calculados
  • Proativos
  • Independentes
  • Realizadores
  • Inovadores
  • Buscam a qualidade
  • Persuasivos
  • São bem relacionados
  • Planejadores
  • Estratégicos
  • Autoconfiantes
  • Gerenciam suas emoções
  • Questionam as regras
  • Persistentes
  • Tem liderança
  • Flexibilidade
  • Resiliência
  •   Buscam conhecimento
  • Analisam as situações
  • Estabelecem suas metas
  •   Comprometidos
  • Lidam bem com incertezas
  • Põem a mão na massa
  • Detectam oportunidades
  • Aproveitam oportunidades
  •   Focados em resultados

Fonte: Elaborado pela autora, adaptado de McClelland (1987); Dess e Lumpkin (2005); Lenzi (2008); Hashimoto (2013); Dornelas (2017).

Os autores concordam que os intraempreendedores não apresentam todas os comportamentos, competências e atitudes relacionados, entretanto, podem ser desenvolvidos ou potencializados ao longo do tempo ou conforme sentirem que são necessários para atingirem seus objetivos. Pinchot (1989, p.29) concorda e diz que “ser um intrapreneur é, de fato, um estado de espírito. Este estado não é necessariamente estabelecido na infância; ele pode ser desenvolvido em qualquer ponto da vida, dados o desejo e a oportunidade”.

Na próxima sessão, as óticas sobre o intraempreendedorismo exploradas serão correlacionadas com o objetivo de expandir a compreensão sobre a atuação do intraempreendedor na organização empreendedora.

3.5 CORRELAÇÃO ENTRE AS DIMENSÕES DO INTRAEMPREENDORISMO

As organizações empreendedoras compreendem a importância do papel do intraempreendedor como agente da inovação, gerador de valor e competitividade organizacional (PAULA; ALMEIDA, 2015). As empresas precisam olhar para o intraempreendedorismo segundo Hashimoto (2013), vislumbrando o aumento do desempenho organizacional e não com receio de que o intraempreendedor não se dedique à empresa por pensar em ter seu próprio negócio.

O nível de empreendedorismo de uma organização depende de acordo com Dornelas (2017) da frequência e da forma como a empresa pratica a inovação, a assunção de riscos e a iniciativa. Baseado nestas dimensões que determinam a intensidade de empreendedorismo, nas formas de intraempreendedorismo, nos aspectos da cultura organizacional e nas competências e atitudes dos intraempreendedores, o presente estudo correlaciona estas dimensões, a fim de ampliar a compreensão sobre o intraempreendedorismo.

Inovação x formas de intraempreendedorismo – A inovação pode significar uma forma de intraempreendedorismo de acordo com Antonic e Hisrich (2001) e Dornelas (2017), no desenvolvimento de novos produtos e serviços, inovações em produtos e serviços já existentes, aprimoramento ou desenvolvimento de métodos e processos. Entretanto, pode-se encontrar a inovação nas demais formas de empreendedorismo corporativo. É preciso ter o foco em inovação para renovar as ideias – chaves e provocar transformações, para redefinir o conceito do negócio, para adotar novas estratégias competitivas, fazer novas parcerias, estimular o empreendedorismo interno e para atuar de forma empreendedora individualmente (ANTONIC; HISRICH; 2001; HASHIMOTO, 2013; DORNELAS, 2017).

Inovação x Cultura – Por parte da empresa, é importante criar um ambiente de inovação, onde é necessário tolerar falhas, não ter uma cultura punitiva, reduzir a burocracia e hierarquização (PINCHOT, 1989; CHIEC; ANDREASSI, 2008; GOMES; NASSIF, 2008; DORNELAS, 2017). Para Gomes e Nassif (2008) um ambiente que incentiva a criatividade, que aceita críticas e sugestões e mantém uma comunicação aberta estimula a inovação e o intraempreendedorismo.

Inovação x Intraempreendedor – Para inovar, os intraempreendedores têm à disposição competências como a criatividade, inovação, autoconfiança, proatividade, criação e identificação de oportunidades (PAULA; ALMEIDA, 2015) que podem ser determinantes para manter a empresa competitiva. Questionar as regras e ter flexibilidade, também são comportamentos que facilitam a inovação e as ações intraempreendedoras (PINCHOT, 1989).

Assunção de riscos X Formas de intraempreendedorismo – A assunção de riscos está diretamente relacionada a criação de novos negócios ou Corporate Venturing (ANTONIC; HISRICH, 2001; HASHIMOTO, 2013; DORNELAS, 2017). O desenvolvimento de novos mercados, novas unidades autônomas, adoção de postura agressiva na competição por novos mercados, marketing, a busca de novas oportunidades, as parcerias firmadas envolvendo investimentos, são ações empreendedoras de risco, que exigem da empresa tomada de decisão, planejamento, estratégias, estabelecimento de metas, foco em resultados, lidar com incertezas, inovação e outras capacidades empreendedoras (ibidem).

Assunção de riscos x Cultura – Assumir riscos calculados é indispensável para a inovação e crescimento organizacional (DORNELAS, 2017). Os riscos são inerentes ao empreendedorismo, entretanto devem ser calculados (SAKAR, 2014; BAGGIO; BAGGIO, 2014). A empresa deve promover uma atitude positiva frente ao risco e inovação, valorizando as ações mais arriscadas dos empreendedores internos (MORIANO et al, 2009; DORNELAS, 2017). Não adotar cultura punitiva, apoiar o desenvolvimento de competências e desenvolvimento pessoal e profissional (GOMES; NASSIF, 2008).

Assunção de riscos x Intraempreendedor– Para Pinchot (1989) os intraempreendedores, não assumem riscos de forma irresponsável. O intraempreendedor, possui autoconfiança de acordo com o autor, e tem mais disposição a assumir riscos que dependam das suas competências. Isto reflete a maturidade do intraempreendedor conforme Lenzi (2008), sua autoconfiança na capacidade de resolver problemas e tomar decisões. Também demonstra sua independência, proatividade e capacidade de gerenciar suas emoções (HASHIMOTO, 2013). Necessário também competências de planejamento sistemático, formulação de estratégias, comprometimento e análise situacional (MCCLELLAND,1987; DESS E LUMPKIN, 2005; LENZI, 2008; HASHIMOTO, 2013; DORNELAS 2017).

Iniciativa x Formas de intraempreendedorismo – A iniciativa pode ser identificada em todas as formas de empreendedorismo corporativo. Na criação de novos negócios e proatividade através da ação estratégica, vantagem competitiva e criação de oportunidades; na renovação estratégica, na inovação, intraempreendedorismo e empreendedorismo organizacional através da ação estratégica, resolução de problemas e agilidade interna (ANTONIC; HISRICH, 2001; HASHIMOTO, 2013; DORNELAS, 2017).

Iniciativa x Cultura – Para incentivar a iniciativa, a cultura organizacional precisa focar no desenvolvimento de seus colaboradores, através das ações do setor de recursos humanos, que deve apoiar o desenvolvimento das competências técnicas e comportamentais necessárias nesta dimensão (GOMES; NASSIF, 2008). Oportunizar o crescimento na empresa, realização e evolução pessoal dos colaboradores de acordo com Gomes e Nassif (2008) estimulam o intraempreendedorismo. Para Chiec e Andreassi (2008) uma comunicação aberta, um ambiente de cooperação, engajamento e reconhecimento dos esforços dos colaboradores, encoraja as ações empreendedoras.

Iniciativa x Intraempreendedor – Ao analisar a iniciativa em termos de competências intraempreendedoras, identifica-se a relação com as seguintes competências: foco em resultados; liderança; busca de conhecimento; planejamento; formulação de estratégias; inovação; capacidade de realização; assunção de riscos; proatividade; pôr a mão na massa; qualidade; identificação e aproveitamento de oportunidades. (MCCLELLAND, 1987; ANTONIC; HISRICH, 2001; DESS; LUMPKIN, 2005; HASHIMOTO, 2013; DORNELAS, 2017). Pinchot (1989) reforça a capacidade de iniciativa dos intraempreendedores na atitude de ter contato com todos os aspectos do empreendimento, isso os ajuda a tomar decisões rápidas e se necessário provocar mudanças de planos radicais quando preveem possíveis problemas. McClelland (1987) descreve a inciativa dos empreendedores como a capacidade de se antecipar ás situações, agindo antes de serem solicitados.

Os exemplos de competências e comportamentos apresentados refletem apenas algumas das possibilidades de correlação entre as competências dos intraempreendedores e as dimensões e estratégias organizacionais direcionadas ao intraempreendedorismo. Destarte, a Figura 1, representa a relação que se estabelece entre as dimensões que envolvem o intraempreendedorismo.

FIGURA 1- Relação entre as dimensões que compõem o intraempreendedorismo

Fonte: Elaborada pela autora, adaptado de Pinchot (1989); Cunningham e Lischeron (1991); Antonic e Hisrich (2001); Hashimoto (2013); Dornelas (2017)

Entende-se que a relação entre o intraempreendedor e a organização com orientação empreendedora pode ser considerada uma relação de interdependência mediada pela cultura e concretizada no intraempreendedorismo. De acordo com o exposto, a organização detém os recursos financeiros, estrutura e tecnologia e ao desenvolver uma cultura de apoio ao intraempreendedorismo, através das ações dos intraempreendedores, praticando a inovação, assunção de riscos e iniciativa, o que define seu nível de empreendedorismo (PINCHOT, 1989; PAULA; ALMEIDA, 2015; HASHIMOTO, 2013; DORNELAS, 2017).

Os intraempreendedores são quem realizam as visões organizacionais por meio de suas competências (PAULA; ALMEIDA, 2015). As estratégias de inovação, expansão de negócios, renovação estratégica, ações de marketing agressivas e competitivas, e todas outras estratégias de crescimento e competitividade, são realizadas, concretizadas e muitas vezes idealizadas por intraempreendedores, no limite de seus cargos de atuação e apoiados pela cultura organizacional (PINCHOT, 1989; DORNELAS, 2017). Deste modo o intraempreendedorismo se concretiza.

Os intraempreendedores, dependem de sua própria motivação, competências e apoio organizacional através da cultura para atuarem de forma empreendedora. O acesso aos recursos da empresa e a valorização de suas ações, por meio de crescimento profissional, ganhos financeiros e autonomia, mantém vivo seu espírito intraempreendedor (PINCHOT, 1989; DESS; LUMPKIN, 2005; GOMES; NASSIF, 2008).

Neste sentido, a gestão empreendedora precisa voltar-se à cooperação e sinergia entre as pessoas, tanto no ambiente interno quanto externo, para alcançar os objetivos organizacionais, tendo como pano de fundo uma espécie de contrato entre os atores organizacionais, cuja cláusula primeira e mais importante delineia as relações ganha-ganha, ou seja, todos ganham com o sucesso (MACHADO; FELICIANO; TORQUATO, 2015, p.31)

Destarte, o intraempreendedor, apoiado pela cultura organizacional, desenvolve ações empreendedoras (intraempreendedorismo), recebe valorização e incentivo por elas, em contrapartida a organização se mantém empreendedora (inovadora, arriscando de forma calculada e proativa) oferecendo as condições, recursos e estrutura que o intraempreendedor não tem acesso fora da organização.

4. CONCLUSÃO

O estudo constatou a importância do apoio às ações intraempreendedoras para manter organizações inovadoras, garantindo sua competitividade e crescimento. Para tanto, a cultura organizacional demonstrou-se fundamental no sentido de fomentar as ações inovadoras, apoiar e proporcionar o desenvolvimento de competências dos colaboradores, suportar falhas, diminuir a burocracia e evitar ações punitivas (DESS; LUMPKINS, 2005; GOMES; NASSIF, 2008; GOMES, 2017).

Os intraempreendedores possuem um espírito empreendedor, que reflete sua automotivação, criatividade, capacidade e necessidade de realização, atitudes questionadoras e busca por novas oportunidades (PINCHOT, 1989; HASHIMOTO, 2013). Estas qualidades são a mola do intraempreendedorismo, a persistência e resiliência dos intraempreendedores os ajudam a quebrar as barreiras organizacionais em busca da concretização de seus objetivos, que geralmente estão alinhados aos da organização.

A empresa para ser empreendedora, precisa, portanto, desenvolver uma cultura que incentive o intraempreendedorismo alinhado aos objetivos organizacionais, valorizando e reconhecendo os intraempreendedores e apoiando seu desenvolvimento pessoal e profissional. Esta atitude incentivará outros profissionais a atuarem de forma empreendedora (PAULA; ALMEIDA, 2015).

Como limitação, este estudo encontrou poucas pesquisas que apresentam as características dos intraempreendedores especificamente. Esta amplitude é encontrada nas características dos empreendedores individuais. Para pesquisas futuras, sugere-se investigar os comportamentos e competências dos intraempreendedores empregados em ações empreendedoras pontuais.

REFERÊNICAS

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[1] Especialista em Liderança e Coaching. Aluna de disciplinas isoladas no Programa de Pós Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento – Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Enviado: Agosto, 2020.

Aprovado: Novembro, 2020.

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Aline Debize de Fraga

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