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Efeitos adversos associados ao uso de anti-inflamatórios não esteroídais (AINE’S): uma revisão sistemática

RC: 86937
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CONTEÚDO

ARTIGO DE REVISÃO

LIMA, Jheyse Campos [1], SANTOS, Maria Leuciana Araújo dos [2], Marília Alves de Andrade [3], ALMEIDA, Anne Cristine Gomes de [4]

LIMA, Jheyse Campos. Et al. Efeitos adversos associados ao uso de anti-inflamatórios não esteroídais (AINE’S): uma revisão sistemática. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 06, Ed. 05, Vol. 15, pp. 177-191. Maio de 2021. ISSN: 2448-0959, Link de Acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/nao-esteroidais

RESUMO

Os anti-inflamatórios não esteroides (AINES), são fármacos que agem nas dores de baixa, alta intensidade com ação antipirético, analgésico e anti-inflamatório, existindo no mercado mais de 20 fórmulas produzidas pela indústria farmacêutica. Este estudo objetivou identificar quais tipos de doenças são tratadas com mais frequência e verificar os efeitos adversos majoritários no uso de AINES. Utilizou-se a estratégia de busca dos seguintes bancos de dados públicos, Scielo (Scientific Electronic Library Online) e Pubmed (Biblioteca Nacional de Medicina). Observa-se que os principais motivos do uso dos medicamentosnao-esteroidais AINEs foi por diagnóstico sintomáticos, representando 52,82%, seguida por doenças malignas 9,99%, osteoartrite 8,56%. Entre os medicamentos mais utilizados o diclofenaco representou 61,62%, seguida por aspirina 12,39% e ibuprofeno 11,96%. no qual as reações adversas mais frequentes foram os efeitos gastrointestinais que manifestaram 44% dos casos clínicos. As reflexões finais mostram que os medicamentos AINEs, apresentaram várias reações adversas, possibilitando risco a população idosa e aos pacientes de comodidades que utilizam polifarmácias, esses pacientes precisam de um acompanhamento mais rigoroso na terapia para possíveis interações medicamentosas e aumento de reações adversas.  Os efeitos gastrointestinais foram a principal causa de reações adversas acometidas entre os pacientes e a falta de informação por parte dos profissionais de saúde que poderiam ter evitado possíveis RAMs.

Palavra-chave: Farmacoterapia, Anti-inflamatórios não Esteroides, Tratamento com Medicamentos, Efeitos Adversos, Toxicidade de Medicamentos.

1. INTRODUÇÃO

Os anti-inflamatórios não esteroides (AINES), são fármacos que agem nas dores de baixa, alta intensidade com ação antipirético, analgésico e anti-inflamatório, existindo no mercado mais de 20 fórmulas produzidas pela indústria farmacêutica. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020).

Costa e colaboradores realizaram entrevistas com 8.803 pacientes nas faixas etárias entre 18 a 65 anos, nas cinco regiões do Brasil em 272 municípios, identificando em terceiro lugar (5,5%) que os medicamentos anti-inflamatórios não esteroidais são os fármacos mais utilizados pela população (COSTA et al., 2017).

No Brasil, essa prática ocorre principalmente nas regiões mais pobres (ARRAIS et al., 2016).  De acordo com Moreira de Barros et al. (2019), na população urbana, aproximadamente 41% da população brasileira sofre com algum tipo de dor crônica. Sendo que 48% das drogas mais utilizadas são os analgésicos, como: anti-inflamatórios não esteroidais (AINES), dipirona e paracetamol, os quais podem ser adquiridos em drogarias e farmácias sem prescrição médica por serem medicamentos isentos de prescrição (MIP).

Devido a capacidade de inibir as ciclo-oxigenase (COX-I e COX-2), impedindo a cascata do ácido araquidônico e a formação de prostaglandinas e tromboxanos (NEEDLEMAN; ISAKSON, 1997; VANE; BOTTING, 1998), as AINES tem o seu potencial terapêutico limitado, além de induzir efeitos adversos no organismo. A enzima COX-2 reage com substâncias pró-inflamatórios como as citocinas permitindo a formação de prostaglandinas, as quais, são comprovadamente mediadores de dores e da inflamações (BAUER et al., 1997), a inibição da enzima (COX-2) impede que as inflamações avancem de maneira a causar fortes dores e também ajuda no tratamento dessas inflamações, devido a esse efeito, as AINES, são amplamente utilizadas no tratamento de dores crônicas e estudos mostram que o uso de AINES que possuem maior seletividade para a inibição da enzima COX-2, podem ser utilizadas em tratamentos de dor crônica a longo prazo e até o momento possui efeitos adversos desconhecidos (HSU, 2017).

Por outro lado, a inibição da enzima COX-1 por um longo período, diminui a concentração de alguns tipos de prostaglandinas no organismo, responsáveis pela manutenção da perfusão renal e pela proteção da mucosa gastrointestinal contra ulcerações (KUMMER; COELHO, 2002), além de causar outros efeitos adversos como homeostase vascular, agregação de plaquetas, aumento de transaminases no fígado, ocorrência de asma, afogamento, confusão, hipertensão (BROOKS, 1998; LIPSKY et al., 1998; PALANISAMY et al., 2011; WHELTON, 1999). Os problemas gastrointestinais são as maiores ocorrências de efeitos adversos e estão relacionados com o uso prolongado de AINES (SINGH; ROSEN RAMEY, 1998).

O desenvolvimento de formulações “low dose” vem ganhando espaço nos últimos anos, diminuindo a exposição a AINES e o risco de o paciente adquirir reações adversas (PERGOLIZZI et al., 2016). Sendo notório que atualmente o uso responsável de AINES é o melhor método de prevenção de efeitos adversos.

Tendo em vista o alto índice de venda dos AINEs no mercado farmacêutico e o grande uso da administração do fármaco, justifica-se verificar os principais efeitos adversos causados pelo uso de AINEs.

O objetivo do trabalho é identificar quais tipos de doenças são tratadas com mais frequência e verificar os efeitos adversos majoritários no uso de AINES.

2. MÉTODOS

Realizou-se um estudo de revisão sistemática descritiva e retrospectiva. Organizado de acordo com os critérios preferred reporting items for systematic reviews and meta-analyses (Prisma). A procura dos artigos foi realizada no mês de janeiro de 2021.

A estratégia de busca realizou-se através Descritores das Ciências da Saúde (DeCS), permitindo os cruzamentos das palavras chaves, utilizando os operadores booleanos “E” e “AND”.

Português: “Farmacoterapia e Anti-inflamatórios não Esteroides”, “Tratamento com Medicamentos e Anti-inflamatórios não Esteroides, “Efeitos Adversos e Anti-inflamatórios não Esteroides” e “Toxicidade de Medicamentos e Anti-inflamatórios não Esteroides.

Inglês: “Pharmacotherapy and Nonsteroidal Anti-Inflammatory Drugs”, “Treatment with Nonsteroidal Anti-Inflammatory Drugs and Anti-Inflammatory Drugs,” Adverse Effects and Nonsteroidal Anti-Inflammatory Drugs “and” Drug Toxicity and Nonsteroidal Anti-Inflammatory Drugs”.

A estratégia de busca foi desenvolvida nos seguintes bancos de dados públicos, Scielo (Scientific Electronic Library Online) e Pubmed (Biblioteca Nacional de Medicina. No qual foram incluídas artigos originais, revisão sistemática, revisão bibliográfica, transversal e exploratória entre o período de 2010 a 2020.

Foram excluídos artigos com tratamento em crianças, ensaios em animais, anti-inflamatórios esteróides, outros idiomas que não atendessem a estratégia de busca e artigos fora do prazo estipulado.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram encontrados 57 estudos na Scielo e 90 Pubmed, totalizando 147, dos quais 13 artigos foram excluídos após a análise das referências duplicadas.

Ficando para análise 134 artigos para rastreamento da leitura do título e resumo. Após a exclusão de 27 estudos com tratamento em crianças, 9 ensaios em animais e 7 nos idiomas em espanhol. Restaram 91 dos quais foram excluídos 7 ensaios clínicos e 33 por não atenderem o tempo de estudo.

Ficando 51 artigos para realização da leitura do texto completo e avaliação de elegibilidade dos quais foram excluídos   41 estudos com tema de anti-inflamatórios xoesteroides. Incluídos 10 artigos que atenderam o objetivo do estudo.  Na figura 1 encontra-se o fluxograma de inclusão e exclusão dos resultados do estudo.

Figura 1 – Fluxograma de seleção de artigos.

Fonte: O autor (2021).

Da inclusão foram adicionados 8 artigos Pubmed e 2 artigos Scielo, contendo (n=3) estudo observacional, (n=3), estudo transversal, (n=2) estudo exploratória, (n=1) estudo prospectivo, (n=1) estudo de coorte retrospectivo. Os artigos adicionados são de diferentes países: (n=3) Arábia Saudita, (n=2) Estados Unidos, (n=2) Brasil, (n=1) Holanda, (n=1) Nigéria e (n=1) Suécia utilizando na pesquisa uma amostra de 94.770 pacientes. As principais informações dos artigos encontrados sobre as doenças apresentadas pelos indivíduos tratados com AINEs e reações adversas, estão descritas na tabela 1.

Tabela 1. Resumo das informações obtidas acerca de reações adversas aos AINE’s

N Autor/ Ano Estudo Doença Reações Adversas Estudo em população estudada:
1 Al-Shidhani, Asma et al. 2015. Observacional Comorbidades Gastrointestinais Adulto
2 Koffeman et al ,2015 Estudo de coorte Artrite inflamatória, osteoartrite, gota entre outros Gastrointestinais, diarreia, angioedema entre outros. Adulto
3 Lima Jane et al.  2015. Exploratória Reumatismo e dores nas articulações entre outros. Trato gastrointestinal, sistema nervoso central e erupções cutâneas. Adulto
4 Awodele et al, 2015 Observacional Doenças crônicas Não informado Adulto
5 Lima et al.  2016. Prospectivo Diabetes mellitus e hipertensão arterial Efeitos gastrointestinais e risco de sangramento. Adulto
6 Blumenthal, Kimberly G et al.2017. Coorte retrospectivo Artrite reumatoide, dor nas articulações entre outros. Efeitos gastrointestinais, tonturas, dores de cabeça alteração do estado mental e toxicidade renal. Adulto
7 Doña, Inmaculada et al. 2018. Transversal Hipersensibilidade Urticária e dor abdominal, diarreia, náuseas e vômitos. Adulto
8 Modig S; Elmståhl S.2018. Transversal  Doença Renal Gastrointestinal e insuficiência cardíaca Adulto
9 Babelghaith  et al.  2019 Transversal Comorbidades Gastrointestinal, cardiovascular, renal e pele Adulto
10 Almubark,. et al.  2020 Transversal Doenças crônicas Crônicas das articulações, distúrbios vasculares entre outros. Adulto

Fonte: O autor (2021).

No estudo atual às três principais causas do uso dos medicamentos AINES aconteceram por motivo de diagnósticos sintomáticos, representando 52,82% (n=30.775), seguida por doenças malignas 9,99% (n=5.821), osteoartrite 8,56% (n=4.989) e as outras doenças apresentadas no gráfico 1. As principais causas do uso foram motivadas por dores.

Isso é consistente e dois estudos que analisaram que a administração dos AINEs se utilizou para os seguintes sintomas: dor nas costas (n=875), dores nas pernas (N =425), dor de cabeça (n=175), dores no joelho (n=125), reumatismos (n = 200) e dores nas articulações (n=300) (LIMA JANE et al., 2015). Bem como Blumenthal et al. (2018) relata em um estudo de coorte retrospectivo com 62.719 pacientes que o uso dos medicamentos AINEs foram para os seguintes tratamentos: artrite reumatoide (n = 991), dor nas articulações (n = 6.287), dor crônica (n= 305), osteoartrite (n=4.547), gota (n= 3.013), pseudogout (n=83), dor nas costas (n=7.194), miocardite e pericardite (n=162), dor abdominal (n=1.081), dismenorreia (n=92), dor de cabeça (n=2.493) e dor aguda (n=118) (BLUMENTHAL et al., 2017).

Gráfico 1 – Doenças frequentemente tratadas com uso de AINEs.

Fonte: O autor (2021).

Do resultado de 19.078 medicamentos AINEs o gráfico 2 demonstra que Diclofenaco é o medicamento antiinflamatórios não esteroidais mais utilizados (61,62%), seguida por aspirina (12,39%) e ibuprofeno (11,96%).

Gráfico 2 –  Medicamentos AINEs mais utilizados

Fonte: O autor (2021).

Dados semelhantes foram encontrados em um estudo com 16.626 adultos utilizando os medicamentos AINEs, para diagnóstico sintomático de dores nas costas ou pescoço, foram indicados o diclofenaco (65%), ibuprofeno (11%) e naproxeno (8%) (KOFFEMAN et al., 2015).

Babellghaith et al. (2019) relata em um estudo transversal descritivo com 200 participantes que o uso dos medicamentos AINEs foi utilizado por um período bem prolongado de 7 a 9 anos, sendo que 38% dos entrevistados revelaram o uso dos medicamentos quando necessário, mas ressaltaram que em caso de dores intensas, usavam duas vezes ao dia e 21% usavam depois das principais refeições (BABELLGHAITH et al., 2019).

Entre as prescrições, 67% dos pacientes receberam receituário contendo um medicamento AINEs, sendo que 58% receberam mais de 4 prescrições dos AINEs durante 12 meses e 5% receberam acima de cinco receituários durante 1 ano dos medicamentos AINEs (SHIDHANI et al., 2015). O que também foi confirmado em um estudo observacional com 3.800 prescrições que 96,2% continham apenas um AINEs, mas uma porcentagem de 3% do receituário tinha dois ou mais medicamentos AINEs (AWODELE et al., 2015).

Outra preocupação vista entre os pacientes na terapia com AINEs foi a combinação de polifarmácia, principalmente para pacientes de comorbidade e idosos, no qual 14% dos pacientes tinham diagnóstico de diabetes e hipertensão (SHIDHANI et al 2015). Em um outro estudo, 56% apresentavam uma comorbidade, 8% tinham duas doenças crônicas e 4% mais de três doenças (ALMUBARK et al., 2020).

Observou-se também que a falta de informação de possível risco de interações medicamentosas e efeitos adversos aos pacientes, são fatores essenciais para as principais causas de reações adversas a medicamentos (RAM) dos anti-inflamatórios não esteroidais.  No qual em dois estudos; os autores relatam que os pacientes não sabiam o porquê das prescrições dos medicamentos AINEs (LIMA et al., 2016) e que houve falta de informações das prevenções, reações adversas e interações medicamentosas por parte dos profissionais da área da saúde (BABELGHAITH et al., 2019).

Em nosso estudo, os resultados das reações adversas mais frequentes foram os efeitos gastrointestinais que manifestaram 44% dos casos clínicos.  O gráfico 3 demonstra os principais resultados encontrados das reações adversas dos medicamentos AINEs.

Gráfico 3 –  Reações adversas AINEs

Fonte: O autor (2021).

Em um estudo prospectivo, exploratório e descritivo com 200 idosos entre idade de 65 a 80 anos, as principais reações adversas manifestadas foram os efeitos gastrointestinais com 17%, entre os principais desconfortos a náusea representou 5,5% das queixas aos médicos (LIMA et al., 2016).

Modig; Elmsthl, 2018 relata em seu estudo que os idosos que usavam mais de dois medicamentos AINEs associados a paracetamol e opioide apresentavam entre eles problema na função renal (MODIG; ELMSTHL, 2018). Lima et al. (2015) relata em seu estudo que o uso dos medicamentos AINEs requer mais atenção aos pacientes idosos, principalmente aqueles que faz o uso contínuo dos AINEs, devido o prolongamento acarreta entre 0,5% a 1% dos problemas renais, pois os idosos são mais sensíveis à nefrotoxicidade e isso ocorre devido aos baixos níveis de albumina que faz com que o fármaco não consiga realizar a farmacocinética, assim aumentando a concentração do nível do medicamento no plasma, outro fator relevante dessa idade  é a quantidade de água que está diminuída com funcionalidade mais lenta da função renal, devida a fisiologia da idade (LIMA et al., 2015).

Em um estudo observacional incluindo 544 pacientes utilizando somente o medicamento AINEs evidenciou-se que o uso prolongado dos medicamentos, apresentaram mais reações adversas gastrointestinais e nem todas as terapias foram prescritas um agente de gastroprotetores para minimizar possíveis danos ao tratamento (SHIDHANI et al., 2015).

Em um estudo de coorte retrospectivo com 801 pacientes as prevalências de RAMs foram acometidas por distúrbios gastrintestinais (n=534), seguido de tontura (n=59), dores de cabeça (n=52), alteração do estado mental (n=33) e toxicidade renal (n=31) (BLUMENTHAL et al., 2017). Em um outro estudo observacional incluindo 511 pacientes hospitalizados com diagnóstico de hipersensibilidade reativa cruzada, utilizando os medicamentos AINEs, 75,5% desenvolveram reações adversas cutâneas, seguida de 22,6% de problemas respiratórios e 1,9% de sintomas gastrointestinais e respiratórios (DONÃ et al., 2018).

Todos os estudos relataram que as reações adversas gastrointestinais foram a principal causa de RAMs, entre o uso dos medicamentos AINEs. Isso ocorre, pois, os medicamentos AINEs, inibe o COX 1 que é uma enzima importante para o processo do sistema gástrico a ação desse bloqueio, faz com que a produção de prostaglandina diminua, promovendo o aumento da secreção ácida, resultando nos efeitos gastrointestinais (Lima et al,.2015).

Em um estudo transversal descritivo relata que as informações recebidas sobre os AINEs, seguiu por internet (47%), publicidade (41%), televisão e rádio (12%). Os pacientes relataram a falta de informações de possíveis RAMs dos medicamentos AINEs por parte dos médicos e farmacêuticos, ressaltando que o conhecimento poderia levá-los a interromper a terapia dos AINEs mediante as reações adversas (BABELGHAITH et al., 2019).

4. CONCLUSÃO

Neste estudo foi possível constatar que os medicamentos AINEs, apresentaram várias reações adversas, possibilitando risco a população idosa e aos pacientes de comodidades que utilizam polifarmácias, esses pacientes precisam de um acompanhamento mais rigoroso na terapia para possíveis interações medicamentosas e aumento de reações adversas. Os efeitos gastrointestinais foram as principais causas de reações adversas acometidas entre os pacientes e a falta de informação por parte dos profissionais de saúde poderiam ter evitado possíveis RAMs.

REFERÊNCIA

ALMUBARK, Rasha et al. Estudo transversal nacional de reações adversas a medicamentos baseadas na comunidade na Arábia Saudita. Resultados do mundo real de drogas. [S. l.], p. 1-1, 25 mar. 2020. Acesso em: 15 fev. 2021.

AL-SHIDHANI, Asma et al. Non-steroidal Anti-inflammatory Drugs (NSAIDs) Use in Primary Health Care Centers in A’Seeb, Muscat: A Clinical Audit. Oman Med J. 2, [s. l.], p. 1-1, 30 set. 2015. Acesso em: 4 jan. 2021.

ARRAIS, P. S. D. et al. Prevalence of self-medication in Brazil and associated factors. Revista de Saúde Publica, v. 50, n. supl 2, p. 1–11, 2016. Acesso em: 17 Set. 2020.

AWODELE, O et al. Padrão de prescrição de medicamentos anti-inflamatórios não esteroidais no Departamento de Farmácia Ambulatorial de um Hospital Universitário na Nigéria. Gana Med J., [S. l.], p. 1-1, 25 mar. 2015. Disponível em: Acesso em: 12 jan. 2021.

BAUER, M. K. A. et al. Expression and regulation of cyclooxygenase-2 in rat microglia. European Journal of Biochemistry, 1997. Acesso em: 23 Set. 2020.

BROOKS, P. Use and benefits of nonsteroidal anti-inflammatory drugs. The American journal of medicine, v. 104, n. 3A, p. 9S-13S; discussion 21S-22S, mar. 1998. Acesso em: 25 Set. 2020.

BABELGHAITH, Salmeen et al. Conhecimento dos pacientes sobre o uso seguro de medicamentos em relação aos antiinflamatórios não esteroidais.Saudi J Anaesth., [S. l.], p. 1-1, 13 jun. 2019. Acesso em: 11 fev. 2021.

DOÑA, Inmaculada et al. A hipersensibilidade a AINEs geralmente induz um padrão de reação combinada envolvendo vários órgãos. Sci Rep., [S. l.], p. 1-1, 12 nov. 2018. Acesso em: 4 fev. 2021.

BLUMENTHAL, Kimberly et al. Reações adversas e de hipersensibilidade a agentes antiinflamatórios não esteroidais prescritos em um grande sistema de saúdeJ Allergy Clin Immunol Pract, [S. l.], p. 1-1, 18 jan. 2017. Acesso em: 20 jan. 2021.

HSU, E. S. Medication Overuse in Chronic Pain. Current Pain and Headache Reports, v. 21, n. 1, p. 1–7, 2017. Acesso em: 25 Set. 2020.

KOFFEMAN, Aafke et alReações adversas a medicamentos em uma população de cuidados primários com medicamentos anti-inflamatórios não esteroides prescritos, ed. Scandinavian Journal of Primary Health Care: Scand J Prim Health Care, 2015 p.163 –169.Acesso em: 19 abr. 2021.

KUMMER, C. L.; COELHO, T. C. R. B. Antiinflamatórios não esteróides inibidores da ciclooxigenase-2 (COX-2): Aspectos atuais. Revista Brasileira de Anestesiologia, v. 52, n. 4, p. 498–512, 2002. Acesso em: 25 Set. 2020.

LIPSKY, L. P. et al. The classification of cyclooxygenase inhibitors.The Journal of rheumatologyCanada, dez. 1998. Acesso em: 26 Set. 2020.

MASCHIO DE LIMA, Tiago Aparecido et al. Analysis of potential drug interactions and adverse reactions to nonsteroidal anti-inflammatory drugs among the elderly. Rev. bras. geriatr. gerontol., Rio de Janeiro, ano 2016, v. 19, n. 3, p. 1-1, 7 maio 2016. Acesso em: 17 jan. 2021.

MINISTÉRIO DA SAÚDE.Uso excessivo de anti-inflamatórios pode prejudicar a saúde. Blog da Saúde, [S. l.], p. 1-1, 26 jul. 2016. Disponível em: http://www.blog.s aude.gov.br/index.php/promocao-da-saude/51 382-uso-excessivo-de-anti-inflamatorios-pode-prejudicar-a-saude#:~:text=Os%20anti% 2Dinf lamat%C 3%B3rios%20n %C3%A3o%2 0este roides,diclofenaco%2C%20nimesulida%2C%20entre%20outros. Acesso em: 23 fev. 2021.

MODIG, Sara; ELMSTÅHL, Sölve. Função renal e uso de antiinflamatórios não esteroidais entre idosos: um estudo transversal sobre os riscos potenciais para uma população de risco. Int J Clin Pharm. , [S. l.], p. 1-1, 19 fev. 2018. Acesso em: 7 fev. 2021.

MOREIRA DE BARROS, G. A. et al. The use of analgesics and risk of selfmedication in an urban population sample: crosssectional study. Brazilian Journal of Anesthesiology, v. 69, n. 6, p. 529–536, 2019. Acesso em: 21 Set. 2020.

NEEDLEMAN, P.; ISAKSON, P. C. The discovery and function of COX-2. Journal of Rheumatology, v. 24, n. SUPPL. 49, p. 6–8, 1997. Acesso em: 23 Set. 2020.

NEVES COSTAI, Clarisse et al. Utilização de medicamento pelos usuários da atenção primária do Sistema Único de Saúde. Revista de Saúde Pública, [S. l.], p. 1-1, 29 jan. 2016. Acesso em: 26 fev. 2021.

PALANISAMY, U. D. et al. Rapid isolation of geraniin from Nephelium lappaceum rind waste and its anti-hyperglycemic activity. Food Chemistry, v. 127, n. 1, p. 21–27, 2011. Acesso em: 26 Set. 2020.

PERGOLIZZI, J. V et al. Evolution to low-dose NSAID therapy. Pain Management, v. 6, n. 2, p. 175–189, 2016. Acesso em: 25 Set. 2020.

SILVA LIMA, Rosa et al. Uso indiscriminado de diclofenaco de potássio pela população idosa na cidade de Anápolis, no estado de Goiás, Brasil em 2014. Rev. Colomb. Cienc. Quím. Farm., [S. l.], ano 2015, v. 44, n. (2), p. 1-7, 20 maio 2015. Acesso em: 7 jan. 2021.

SINGH, G.; ROSEN RAMEY, D. NSAID induced gastrointestinal complications: the ARAMIS perspective–1997. Arthritis, Rheumatism, and Aging Medical Information System. The Journal of rheumatology. Supplement, 1998. 17. Acesso em: 26 Set. 2020.

VANE, J. R.; BOTTING, R. M. Mechanism of action of nonsteroidal anti-inflammatory drugs. American Journal of Medicine. Anais… 1998. Acesso em: 25 Set. 2020.

WHELTON, A. Nephrotoxicity of nonsteroidal anti-inflammatory drugs: physiologic foundations and clinical implications. The American journal of medicine, v. 106, n. 5B, p. 13S-24S, maio 1999. Acesso em: 25 Set. 2020.

[1] Graduandas Do Curso De Farmacia No Centro Universitário – Fametro/AM.

[2] Graduandas Do Curso De Farmacia No Centro Universitário – Fametro/AM.

[3] Graduandas Do Curso De Farmacia No Centro Universitário – Fametro/AM.

[4] Orientadora. Doutorado em Doenças Tropicais e Infecciosas.

Enviado: Abril, 2021.

Aprovado: Maio, 2021.

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Maria Leuciana Araújo dos Santos

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