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Inimigo invisível: subnotificação das quedas ocorridas em um hospital de grande porte do estado do Rio de Janeiro de 2016 a 2019

RC: 104411
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CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

CASTRO, Roberta Rodrigues Teixeira de [1], CASTRO, Renata Rodrigues Teixeira de [2], CARVALHO, Rúbia Walquíria de [3], CORREA, João Victor de Mello [4]

CASTRO, Roberta Rodrigues Teixeira de. Inimigo invisível: subnotificação das quedas ocorridas em um hospital de grande porte do estado do Rio de Janeiro de 2016 a 2019. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano. 06, Ed. 12, Vol. 12, pp. 29-40. Dezembro de 2021. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/inimigo-invisivel

RESUMO

Contexto: As quedas são os eventos adversos mais comuns em ambientes hospitalares e embora suas consequências possam levar à danos capazes de potencializar as comorbidades já existentes, elevar os custos assistenciais e influenciar a perda de confiança institucional, ainda são muito negligenciados. Questão norteadora: Que ações institucionais vêm sendo realizadas para monitorar, reduzir e melhor gerenciar as quedas hospitalares? Objetivo geral: Tendo em vista que sua frequência varia em função de características individuais dos pacientes e de diversos fatores existentes na organização, o objetivo deste trabalho foi realizar um diagnóstico das quedas ocorridas em um  hospital de grande porte localizado no Estado do Rio de Janeiro, visando identificar seu quantitativo e perfil, bem como as estratégias implantadas para sua prevenção e/ou gestão da queda. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo e retrospectivo realizado no período 2016 a 2019. Para seu desenvolvimento foi criado um instrumento para caracterização das quedas e realizado mapeamento da existência de protocolos e práticas seguras voltadas à prevenção de quedas e sua gestão. Resultados: Nos 4 anos analisados, apenas 13 quedas foram registradas, sendo data de ocorrência e sexo, as únicas variáveis registradas em 100% dos casos. O local de ocorrência foi descrito em 84% dos casos e a conduta e o motivo da queda em apenas 15%. Os fatores de risco, dentre eles a idade do paciente e o dano sofrido não estavam preenchidos em nenhum caso. Não foram identificados protocolos para prevenção nem gerenciamento das quedas ocorridas, demonstrando que este grave problema de saúde pública ainda tem sido despercebido e negligenciado dentro deste hospital. Conclusões: Torna-se necessário envidar esforços para o aumento e qualificação das notificações, para que seja possível uma caracterização fidedigna do quantitativo e dos motivos que levam à ocorrência das quedas. Este diagnóstico irá propiciar a confecção de protocolos e implantação de práticas seguras capazes de qualificar a assistência prestada.

Palavras-chave: Queda, Segurança do Paciente, Qualidade da Assistência.

1. INTRODUÇÃO

Em 2004 a Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente visando sensibilizar os profissionais da área da saúde quanto à necessidade de melhoria dos processos de trabalho capazes de qualificar o cuidado e ampliar a segurança na assistência em saúde (WHO,2008). Entretanto, apenas em 2013 o Ministério da Saúde (MS), por meio da Portaria nº 529, instituiu o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) composto por seis metas, dentre elas a prevenção de quedas (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013).

Lima e Cezario (2014, p. 32) caracterizam a queda como “um deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior a posição inicial com incapacidade de correção em tempo hábil”, cujas causas são determinadas por diferentes fatores e circunstâncias tais como uso de medicamentos, deficiência cognitiva, histórico anterior de quedas, uso de dispositivos, diminuição da mobilidade e equilíbrio além de outros, tendo como principal consequência o comprometimento da estabilidade do corpo.

Hendrich et al. (2003) e Almeida et al. (2010) descrevem as quedas como o evento adverso mais relatado e de maior frequência nos hospitais. Indo ao encontro do que foi apresentado por esses autores, a National Health Services (2007) relata que a ocorrência de quedas em hospitais é comum, sendo responsável por dois quintos dos eventos adversos relacionados à segurança do paciente. Entretanto, que ações institucionais vêm sendo realizadas para monitorar, reduzir e melhor gerenciar as quedas hospitalares?

Neste contexto, é importante ressaltar que danos ocasionados por quedas ocorrem em aproximadamente 30 a 50% dos casos, se apresentando como escoriações, hematomas, contusões, fraturas de fêmur, quadril e traumas de crânio, e em casos mais graves pode inclusive levar ao óbito (MIAKE-LYE et al., 2013).

Existem várias formas de classificarmos as quedas. Simpson (2002) citado por Saraiva et al. (2008), agrupou estes eventos da seguinte forma:

Quedas Ocasionais – associadas a fatores extrínsecos (condicionantes do meio ambiente e da própria situação);

Intermitentes ou Intercorrentes – relacionadas com alguma doença aguda ou distúrbio passageiro do aparelho circulatório;

Recidivantes – quando se repetem duas ou mais vezes no prazo de seis meses, associadas a doentes com estados de saúde débeis, mas sem explicação clínica completa para as quedas;

Casos de Risco – englobam os indivíduos com elevado risco de queda, embora não tenham ainda sofrido qualquer acidente.

Outra classificação utilizada por Hendrich (2003) diferencia as quedas em acidentais, associadas aos perigos ambientais (obstáculos e barreiras do espaço físico), das quedas fisiologicamente previsíveis (em indivíduos com alterações fisiológicas que predispõem a um alto risco de queda), e das quedas fisiologicamente imprevisíveis (embora atribuídas aos fatores fisiológicos, estas não são previsíveis antes da primeira queda).

Vale a pena ressaltar que as quedas não se distribuem uniformemente nos diversos setores dos hospitais, sendo mais frequentes nas unidades com concentração maior de pacientes idosos, na neurologia e na reabilitação (OLIVER et al., 2010). Segundo Luzia, Victor e Lucena (2014), pacientes hospitalizados possuem maiores riscos de quedas devido ao ambiente desconhecido e à situação clínica desfavorável em que se encontram, como doenças neurológicas, doenças cardiovasculares, incontinência urinária e/ou intestinal, problemas de equilíbrio, força e visão, alteração na marcha e reações adversas a medicamentos. Tais comprometimentos levam a ocorrência de incidentes e eventos adversos que precisam ser evitados ou minimizados para que se ofereça um cuidado mais seguro nas organizações de saúde (LUZIA; VICTOR; LUCCENA, 2019).

O cenário de crescimento acelerado da população idosa, em resposta à queda da fecundidade e da mortalidade e do aumento da esperança de vida no Brasil, vem ao encontro da problemática supracitada (MACIEL, 2011). Estima-se que em 2020 o número de idosos chegue a 32 milhões (SILVESTRE; COSTA NETO, 2013). O processo de envelhecimento promove alterações fisiológicas que favorecem a ocorrência de quedas, sejam elas a redução da força muscular, alterações na massa óssea, perda de equilíbrio, diminuição do tempo de reação, maior balanço do corpo, redução dos reflexos, diminuição do controle postural, da coordenação motora, da flexibilidade, além de deficiências de visão, propriocepção e do sistema vestibular (SIQUEIRA et al., 2004; MASUD; MORRIS, 2001).

Por se tratar de uma discussão recente, urge a necessidade, por parte dos gestores e profissionais de saúde, de se apropriarem dos fatores associados às causas das quedas, com enfoque direcionado à população idosa, para auxiliarem na prevenção de sua ocorrência. Vale destacar que as complicações oriundas deste evento podem contribuir para o aumento do tempo de internação, da morbidade, da mortalidade e da elevação dos custos hospitalares, além de interferirem diretamente na qualidade de vida do paciente idoso que sofreu a queda (OLIVER, 2006; BITTENCOURT, 2017).

Desta forma, este artigo tem como objetivo geral realizar um diagnóstico das quedas ocorridas nos diversos setores de um hospital de grande porte localizado no Estado do Rio de Janeiro, visando identificar o quantitativo e perfil deste evento adverso e as estratégias utilizadas para sua prevenção e/ou gestão.

2. MATERIAL E MÉTODOS

Tratou-se de um estudo descritivo e retrospectivo, aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa número 13529819.2.0000.8044.O campo de estudo foi uma unidade de grande porte com emergência aberta 24 horas, especializada em diversos procedimentos de média e alta complexidade, com mais de 300 leitos, dentre eles leitos clínicos, cirúrgicos, obstétricos, hospital dia, pediátricos e UTI. Optou-se por realizar o levantamento do número de quedas ocorridas na instituição no período 2016 a 2019 visando acompanhar uma série histórica de 4 anos.

Criou-se um instrumento para coleta de dados com as seguintes variáveis: data da ocorrência, sexo, idade, local da ocorrência, fatores de risco, motivo da queda, grau do dano ocorrido, conduta pós queda.

O grau de dano ocorrido seguiu a seguinte classificação proposta por Runciman et al. (2009):

Leve – paciente com sintomas leves, perda de função ou danos mínimos ou moderados, com duração rápida e intervenções mínimas necessárias;

Moderado – paciente sintomático sendo necessário realizar intervenção capaz de prolongar o tempo de internação, com dano ou perda de função permanente ou de longo prazo;

Grave – paciente sintomático sendo necessário intervenção para suporte de vida, ou intervenção clínica/cirúrgica de grande porte, causando diminuição da expectativa de vida, com grande dano ou perda de função permanente ou de longo prazo, ou óbito associado.

Foram mapeadas as diversas fontes onde os registros poderiam ter sido realizados, bem como aspectos relacionados à existência de protocolo e práticas seguras voltadas à prevenção de quedas e sua gestão, no período de outubro de 2019 a janeiro de 2020.

Os dados foram compilados no programa Excel.

3. RESULTADOS

Nenhuma informação sobre as quedas estava disponibilizada em sistema de informação informatizado, sendo necessário desarquivar os livros de registro da enfermagem dos anos a serem analisados. Foram identificadas apenas 2 quedas em 2018 e 11 quedas no ano de 2019. Os anos de 2016 e 2017 não possuíam livros para análise destas informações, não sendo disponibilizadas em nenhum outro sistema.

As variáveis selecionadas para levantamento (data da ocorrência, sexo, idade, local da ocorrência, fatores de risco, motivo da queda, dano sofrido conduta pós queda) nos 13 casos identificados não foi bem-sucedido. Data de ocorrência e sexo foram as únicas variáveis capazes de serem coletadas em 100% dos casos. O local de ocorrência foi descrito em 84% dos casos e a conduta e o motivo da queda em apenas 15%. Os fatores de risco, dentre eles a idade do paciente e o dano sofrido não estavam preenchidos em nenhum caso.

Notou-se que de 2018 para 2019 houve uma mudança na forma de registro das informações, estando mais detalhadas anteriormente, como pode-se observar através dos registros abaixo resgatados do livro da enfermagem:

Paciente 1- Paciente de sexo masculino

Motivo da queda: sofreu queda da maca ao ser trocado por sua acompanhante sem ter solicitado suporte da enfermagem. A cama estava sem uma das grades e não havia técnicos suficientes para acompanharem todos os pacientes.

Conduta: Foi realizado atendimento e transferência para sala vermelha.

Paciente 2- Paciente de sexo feminino

Motivo da queda: sofreu queda da própria altura devido à hipotensão postural.

Conduta: Foi solicitada avaliação médica da sala vermelha.

Em 2019, as únicas informações relacionadas às quedas foram sexo e local de ocorrência. Das 11 quedas registradas, 3 (27%) foram do sexo masculino e 8 (72%) do sexo masculino. Quanto ao local de ocorrência das quedas neste mesmo ano, a distribuição foi a seguinte: 2 na clínica médica (18,2%), 1 na clínica cirúrgica (9,1%) e 8 na emergência (72,7%).

Não foram identificados protocolos de prevenção ou plano de conduta pós quedas. A única estratégia utilizada atualmente é a classificação de risco no ato da internação, com a implantação de pulseira para identificação o paciente com maior risco, não havendo nenhum processo sistematizado de acompanhamento deste risco ao longo dos demais dias de permanência do paciente na instituição.

4. CONCLUSÕES

O pequeno número de quedas registrados contraria os achados descritos por Hendrich et al. (2003), Almeida et al. (2010) e Correa et al. (2012), já que estes eventos adversos são considerados comuns em ambientes hospitalares. Estes últimos autores apresentam índices que variam de 1,4 a 13,0 quedas para cada 1000 pacientes-dia.  Ainda, a National Health Services (2007) relata serem responsáveis por dois quintos dos eventos adversos relacionados à segurança do paciente. Desta forma, acredita-se que a subnotificação é uma realidade a ser enfrentada nesta instituição, uma vez que a mesma não possui nenhuma estratégia e/ou protocolo formalizado e divulgado internamente capaz de justificar os baixos índices encontrado. Para aquém da subnotificação, entende-se que as notificações efetivamente realizadas, deveriam ser mais detalhadas e/ou qualificadas, visando a partir delas aprender com os erros cometidos e evitar reincidências.

O sexo feminino correspondeu a 72% das quedas, corroborando os achados de outros estudos outros estudos que apontam maior prevalência entre pacientes do sexo feminino (MARIN; BOURIE; SAFRAN, 2000; FABRÍCIO; RODRIGUES; COSTA JUNIOR, 2004).

Neste estudo não houve nenhum registro de fatores de risco dos pacientes que sofreram queda, dentre eles a idade do paciente. Entretanto, a ANVISA (2013) destaca a importância do conhecimento dos fatores de risco para a prevenção à partir da vigilância e da adequação do quadro de pessoal na área de enfermagem, sejam eles: idade, pluralidade de patologias, mobilidade física prejudicada, presença de doença aguda, equilíbrio prejudicado, estado físico diminuído, uso de determinados medicamentos, alterações cognitivas e por procedimentos médicos, além de aspectos ambientais e de recursos humanos.  A idade é um componente importante para esse diagnóstico, uma vez que aspectos fisiológicos da faixa etária avançada, muitas vezes graduais e progressivos, pode levar provocar o aumento do número de quedas, além de suas consequências impactarem fortemente na qualidade de vida desses pacientes seja pela redução da mobilidade, aumento da dependência e perda da autoconfiança (SÃO PAULO, 2010; FRANCO et al., 2016).

Aproximadamente 73% das quedas ocorreram no Serviço de Emergência do Hospital, o que pode ser justificado pelas próprias especificidades do mesmo, sendo considerado de alto risco para ocorrência de vários tipos de eventos adversos, expressas por constante superlotação, alta rotatividade de profissionais, precariedade das condições de trabalho, situações eminentes de morte, dentre outras (RIOS, 2010; OLIVEIRA; CAMARGO; CASSIANI, 2005)

Em relação ao motivo da queda, o pequeno percentual e a baixa qualidade desses registros dificultam a compreensão do que de fato pode ter ocasionado esse evento adverso. Diversos estudo comprova que este nem sempre é causado apenas por um fator, mas pode ser o combinado de múltiplos fatores existente, sejam eles intrínsecos ao paciente ou mesmo extrínseco, demonstrando a importância de se traçarem estratégias com uma abordagem multiprofissional e interdisciplinar capazes de minimizá-los (NASCIMENTO; VARESCHI, ALFIERI, 2008; CUNHA; LOURENÇO, 2014). Teixeira (2014) aponta ainda a fragilização de pacientes internados, reforçando a necessidade de um apoio especial da equipe de enfermagem para a realização de atividades básicas diárias como levantar do leito ou tomar banho.

Não houve registro de danos nos casos encontrados, impossibilitando a análise da gravidade das quedas. Estudos demonstraram taxas de dano decorrente de quedas realizadas em contextos de internação hospitalar variando de 26 a 43% apesar do grau de severidade do leve ser mais prevalente. (ARANDA-GALLARDO et al., 2014; GUILLAUME, CRAWFORD, QUGLEY, 2016; LUZIA et al., 2018; VICTOR et al., 2018; LUZIA et al., 2019). O fato de graus graves ocorrerem em menor proporção, não reduz o impacto que essas consequências têm para o paciente. Lesões moderadas ou graves podem promover limitações e incapacidades físicas e aumentar o risco de morte. (LUZIA; VICTOR; LUCENA, 2014)

Quanto à conduta realizada pós queda, houve novamente um subvalorizarão deste componente nos registros deste estudo. Não foi identificado protocolo para gerenciamento da queda embora seja sabido que esforços vêm sendo realizados, objetivando a melhoria das práticas seja para o controle de riscos, prevenção ou redução de suas consequências (BAIXINHO et al., 2017).

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os dados apresentados demonstram que este grave problema de saúde pública ainda tem sido despercebido e negligenciado dentro das instituições de saúde. Embora o tema segurança de paciente tenha sido alavancado pela portaria 529 de 2013, ainda se visualiza a fragilidade existente nas instituições de saúde quanto às ações realizadas para monitorar, reduzir e melhor gerenciar as quedas.

Urge a necessidade de refletirmos sobre a mudança das práticas dos diversos profissionais de saúde envolvidos nos processos de atenção á saúde, bem como da garantia de educação em saúde ao paciente e acompanhante. Torna-se necessário envidar esforços para o aumento e qualificação das notificações, para que seja possível uma caracterização fidedigna do quantitativo e dos motivos que levam à ocorrência das quedas. Este diagnóstico irá propiciar a confecção de protocolos e implantação de práticas seguras capazes de qualificar a assistência prestada.

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[1] Doutora em Saúde Coletiva pelo IESC/UFRJ, mestre em saúde coletiva pela ENSP/FIOCRU; especialista (formato residência) em Saúde Coletiva pelo IESC/UFRJ, Especialista em Ensino Remoto, ensino a distância e metodologias ativas pela Faculdade Metropolitana. ORCID: 0000-0001-6096-9727.

[2] Pós-doutorado em cardiologia no Brigham and Women’ s Hospital, da Universidade de Harvard, nos EUA. ORCID: 0000-0001-5560-693X.

[3] Mestre em administração pela UNIGRANRIO. ORCID: 0000-0002-4266-3473.

[4] aluno faculdade de medicina. ORCID:0000.0002.1128.3531.

Enviado: Dezembro, 2020.

Aprovado: Dezembro, 2021.

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Roberta Rodrigues Teixeira de Castro

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