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O profissional da classe hospitalar na gerência do cuidar, contribuições de Clifford Geertz

RC: 26623
104
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/saude/gerencia-do-cuidar

CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

LATTENERO, Mariza da Silva Ferreira [1]

LATTENERO, Mariza da Silva Ferreira. O profissional da classe hospitalar na gerência do cuidar, contribuições de Clifford Geertz. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 02, Vol. 04, pp. 69-81. Fevereiro de 2019. ISSN: 2448-0959.

RESUMO

Este artigo aborda uma reflexão teórica sobre a Prática do cuidar do pedagogo na Classe Hospitalar e a Teoria Interpretativa da Cultura de Geertz. Abordando alguns elementos significantes da cultura no exercício da pratica pedagógica destacados a partir dos referenciais teóricos da educação, da pedagogia hospitalar e da antropologia. Nesses, ressaltam a importância da diversidade cultural como recurso inovador para ampliar a visão da integridade humana, valorizando as divergências, o respeito, compartilhamento importante para o pedagogo hospitalar na construção de sua pratica social.

Palavras-chave: Classe Hospitalar, Pedagogo Hospitalar, gerência do cuidar.

INTRODUZINDO A TEMÁTICA

Este estudo apresenta uma reflexão sobre a gerência do cuidado que o pedagogo hospitalar exerce em seu dia-a-dia em uma classe hospitalar e a Teoria Interpretativa da Cultura de Geertz. Visualizando possibilidades de aproximações, a partir dos aspectos da Cultura da Prática Pedagógica na Classe Hospitalar, que visa alcançar maior efetividade na aprendizagem do educando, com afetividade e ludicidade na rotina educacional no ambiente hospitalar. Inicialmente, focalizam-se algumas questões teóricas e conceituais sobre a abordagem interpretativa; em seguida, destacam-se os elementos significantes da cultura no trabalho do pedagogo hospitalar, à luz dos referencias teóricos da educação e da pedagogia hospitalar e da antropologia. Nesses, visualizam-se as aproximações que possibilitam questionamentos e inclusões que apontam para uma prática social do pedagogo hospitalar na pratica pedagógica no ambiente hospitalar, orientada pela Teoria Interpretativa da Cultura de Geertz. A teoria de Geertz sustenta-se nos parâmetros originários da antropologia simbólica interpretativa, embasados na hermenêutica, com uma construção intelectual fundamentada em uma atmosfera de diversidade, pluralismo e conflito, o que é intelectualmente vital para uma disciplina. A palavra hermenêutica sugere o processo de trazer uma situação ou algo, da inteligibilidade à compreensão, ou seja, tornar compreensível. Ou ainda, o estudo dos princípios metodológicos de interpretação e explicação. A interpretação é moldada pela questão a partir da qual o intérprete aborda o seu tema, ou, tematizações de respostas às questões que os diferentes intérpretes levantaram. A hermenêutica fornece interpretações válidas moldadas pelo curso das interrogações. Orienta-se não só em como obter interpretações válidas, mas também, na natureza ou dinâmica da própria compreensão.

GEERTZ E A TEORIA INTERPRETATIVA DA CULTURA

Clifford Geertz nasceu no dia 23 de agosto de 1926, em San Francisco, Califórnia. Ele é um dos mais influentes antropólogos norte-americanos da segunda metade do século XX. Contribui, com sua teoria interpretativa, não só para a própria teoria e as práticas antropológicas, mas também para toda e qualquer reflexão sobre os significados de práticas sociais. Ele é considerado o criador da antropologia interpretativa ou hermenêutica, uma das vertentes da antropologia contemporânea. A interrogação do ser humano sobre si mesmo, a sociedade e o seu saber são tão antigos quanto a humanidade. Existe, de forma geral, um leque de abordagens interpretativas nas ciências sociais, que culmina em sentidos e especificidades determinadas, caso a caso. No cenário antropológico, Clifford Geertz é considerado proponente e defensor do movimento em prol da cultura, entendida como um sistema simbólico. Nessa linha de pensamento, o conhecimento antropológico surge das práticas simbólicas e dos discursos embasados nas diferenças e suas fronteiras. Para Geertz (2008), a antropologia interpretativa não é feita para responder às nossas próprias questões, porem para colocar à nossa disposição as respostas que os outros deram. Assim, a busca do conhecimento pela antropologia interpretativa ocorre pelo esforço de entender o outro – o diferente. Para utilizar a ciência social interpretativa, em geral, é importante estar ciente de que as incertezas e as ambiguidades fazem parte do processo de forma intensa, pois trocam as relações causais, cíclicas, por uma gama de tentativas de explicação, em um contexto particular, no qual surgirão inúmeras dificuldades desconhecidas. A proposta de Geertz visa a interpretação das experiências, para depois utilizar os relatos daquelas interpretações a fim de chegar a algumas “… conclusões sobre expressão, poder, identidade, ou justiça, sentimo-nos, a cada passo, bem distantes de estilos-padrão de demonstração. Utilizamos desvios, encontramos por ruas paralelas…”. Seu trabalho analisa os entendimentos diferentes dos já estabelecidos culturalmente. Tais entendimentos o autor denomina hermenêutica que, adicionada da palavra cultural, define o que ele faz. Portanto, a teoria de Geertz se refere a interpretações que transformam em conhecimento científico aquilo que ele considera “as implicações mais gerais dessas interpretações; e um ciclo recorrente de termos – símbolos, significado, concepção, forma, texto […] cultura – aprendizagem – cujo objetivo é sugerir que existe um sistema de persistência, que todas essas perguntas, com objetivos tão diversos, são inspiradas por uma visão estabelecida de como devemos proceder para construir um relato da estrutura imaginativa de uma sociedade”. Compreende-se, assim, que as formas do saber relacionam o que se vê no lugar onde foi visto, incluindo seus revestimentos e instrumentos ao seu aprendizado, o que constrói um sistema de significado simbólico, ou seja, as estruturas conceptuais dos fenômenos sociais. Em face disso, cultura é definida como as teias de significados que o homem teceu e nas quais ele enxerga seu mundo, sempre procurando seu significado. Para o professor Javier Oscar Sanguinetti em seu fichamento sobre a, Teoria simbólica Del discurso social e Clifford Geertz; nos mostra que” Os homens são o que sua cultura faz com eles” deixando claro que: “ O mundo social se compreende melhor não como complexos de esquemas concretos de condutas, costumes, tradições, conjuntos de hábitos; se não como uma serie de mecanismos de controle, planos, receitas, formulas, regras, instruções que governam a conduta”. De fato a sociedade segue os comandos da mídia por exemplo. Como se fosse manipulado pelo o que os outros falam e fazem.

Os praticantes da antropologia, como ciência interpretativa, constroem uma análise do significado que é constituído e estabelecido socialmente, sendo “essencialmente semiótico”, por conseguinte, surge de um contexto com sistemas entrelaçados de símbolos públicos interpretáveis.

Como a análise da cultura transpõe o próprio corpo do objeto, ela conduz o pesquisador a iniciá-la com interpretações sobre o que se imagina que pretendem os informantes para, após, sistematizá-las como um fato natural. As configurações do saber “são sempre e inevitavelmente locais, inseparáveis de seus instrumentos e de seus invólucros”. Tal afirmativa leva ao aguçado sentido de que a antropologia sempre considera a história, o contexto da inter-relação existente, portanto, torna-se relevante sua contribuição na forma de se pensar a sociedade, o homem, seu saber na atualidade, denotando suas contribuições como ciência que proporciona uma “arena de debate especulativo”. Pressupõe-se que as interpretações ganham significado quando os acontecimentos são inspecionados por determinadas pessoas em determinados contextos, tais como um cristal que, diante do reflexo solar, gera muitas cores de diversas tonalidades, ou seja, a revelação somente acontece a partir da aplicação do sol; pois, até aquele momento, o cerne do fenômeno ainda estava oculto, demonstrando apenas seu aspecto explícito. Vale dizer que cada pessoa de um grupo social verá diferentes tonalidades e diferentes formas de um mesmo fenômeno. Utilizando-se a metáfora do cristal, é possível compreender como se dá a interpretação antropológica embasada em Geertz. Nessa via de reflexão, entende-se que a antropologia interpretativa pode contribuir consubstancialmente para a retomada do ensino de modo a acreditar que determinadas pessoas possuem a mesma natureza de outras; portanto, que seja possível se verem entre outras, como apenas mais uma diante da forma que a vida humana adotou em determinado lugar, em um mundo entre mundos. Dessa maneira, compreende-se que tudo e todos estão interligados, estão em busca da interpretação do seu papel particular, num determinado contexto social. Não sendo diferente com a prática pedagógica aplicada pelo pedagogo hospitalar diariamente em um ambiente hospitalar que não é seu ambiente de trabalho habitual.

COMPOSIÇÃO DO TEXTO

Este estudo sustenta-se em um exercício reflexivo sobre a prática pedagógica na classe hospitalar aplicada pelo pedagogo hospitalar, fazendo aproximações com a Teoria Interpretativa da Cultura de Clifford Geertz. Destaca alguns elementos ou temáticas significantes da cultura em pratica pedagógica na classe hospitalar, apoiados nos referenciais teóricos da educação, da pedagogia hospitalar e da antropologia. Toma em conta a diversidade cultural como um recurso inovador para ampliar a visão da integridade humana valorizando as divergências, o respeito, o compartilhamento, importante para o pedagogo hospitalar diante da construção de sua prática social. Parte-se, portanto, do referencial teórico de Geertz, associado à vivência da pesquisadora, e das bibliografias divulgadas em livros e periódicos em educação, pedagogia hospitalar e antropologia, visto que esses fornecem apoio ao propósito descritivo de refletir, questionando e argumentando, no processo de interpretar e compreender a prática pedagógica do pedagogo hospitalar pelo olhar da Teoria Interpretativa da Cultura como possibilidade de aproximação. É pertinente salientar que a prática pedagógica do pedagogo hospitalar foi tomada como sustentáculo para essa produção intelectual; pensando que cada cultura constrói uma relação própria, aqui citamos a saúde-educação, assim como um sistema próprio, coerente e pertinente de cura, tanto social, cognitiva e/ou de saúde. Deste modo, indivíduos, grupos e sociedades distintas procurarão oferecer diferentes explicações para o adoecer, sua origem e suas causas. Variações culturais determinam a forma com o doente é identificado. Quando uma criança adoece, precisa se afastar da sociedade até apresentar melhora. Para que este afastamento seja aceito, a sua cultura deve aprovar seu problema de saúde como sendo legitima. Geertz defende que o conceito de cultura é semiótico, ou seja, “acreditando como Max Weber, que o homem é um animal amarrado a teias de significados que ele mesmo teceu, assume a cultura como essas teias” (1989, p.15). A concepção de saúde e de educação é também uma construção social, pois o individuo é doente segundo a classificação de sua sociedade e de acordo com critérios e modalidades que ela fixa, por isso significa uma teia que a sociedade institui. E nesta percepção do problema de saúde se traduz em sintomas a ser resolvido pelo saber medico. Para Foucault, os séculos XVIII e XIX marcam a emergência de uma vontade de poder – da medicina e do estado – para gerir a vida e controlar os comportamentos, com o objetivo de aproveitar ao Maximo as potencialidades do homem. O poder simbólico consiste, então, “…[n]esse poder invisível que só pode ser exercido com a cumplicidade daqueles que não querem saber que lhe estão sujeitos ou mesmo que o exerce” (BOURDIEU, 2001, p.7-8). É muito propicio em um ambiente de saúde onde um profissional da educação atual, ocorrer a demonstração do poder simbólico; pois as produções simbólicas, por sua vez, funcionam como instrumentos de dominação por contribuírem para a legitimação da ordem estabelecida, estabelecendo distinções (hierárquicas) e as legitimando. Segundo Bourdieu (2001),

Esse efeito ideológico produz a cultura dominante dissimulando a função de divisão da função de comunicação: a cultura que une (intermediário de comunicação) é também a cultura que separa (instrumento de distinção) e que legitima as distinções compelindo todas as culturas (designadas como subculturas) a definirem-se pela sua distancia em relação à cultura dominante. (p.11)

É certo que em qualquer instituição existe o exercício do poder por parte do grupo social dominante. Porem é importante o trabalho centrado na Atenção Básica do ser humano, e não diz respeito somente à ideia de que agindo onde as pessoas vivem, possamos prevenir doenças. Esta potencialidade da atenção primaria é concreta, mas talvez ainda nos falte olhar para outra potencialidade: a humanização, o espírito de empatia e tentar enxergar o ser humano como um todo e não por partes; um estudante, por exemplo, deve ser tratado: o corpo, a mente e o espírito. A criança que tem seu processo de escolarização interrompido devido à hospitalização tem o direito de continuar seus estudos, sem muitos prejuízos ao seu rendimento escolar. Embora falte reconhecimento das políticas publicas sobre o atendimento pedagógico nos hospitais, compreendemos que esse atendimento é de extrema importância para as crianças em processo de escolarização.

RELIGANDO AS IDEIAS DE GEERTZ E AS NOÇÕES TEÓRICO-FILOSÓFICAS DA PRÁTICA PEDAGÓGICA NA CLASSE HOSPITALAR

A prática pedagógica do pedagogo hospitalar pode ser vista por diferentes olhares o que possibilita visualizar a sua unidade na totalidade e as suas várias dimensões e facetas, orientadas pelos sistemas simbólicos representativos das composições organizacionais dos serviços de educação. A cultura organizacional da pedagogia hospitalar mostra unidades de pensamento, ou os símbolos interligados dentro das relações de significado que estruturam a dinâmica da pratica pedagógica realizado pelo profissional da Classe Hospitalar. A noção fragmentada de que o trabalho do pedagogo hospitalar, historicamente, envolve o espaço dos cuidados assistenciais aos alunos enfermos é hoje ultrapassada pela noção de integralidade e relações múltiplas interativas do fazer – pensar – educar – cuidar – planejar e investigar no cotidiano da classe hospitalar.

A necessidade da interação do binômio educação-saúde nos faz refletir acerca da importância de serem os profissionais da educação agregados à saúde, agentes transformadores da realidade, levando-nos à conscientização e ao envolvimento para um objetivo maior, o desenvolvimento físico, psíquico e social da criança. Para o antropólogo Clifford Geertz (1989), o homem é o único animal que é “amarrado em teias de significados que ele mesmo teceu” (p. 4). A cultura é, portanto, o conjunto dessas teias que modificam o comportamento e visão de mundo, conforme a ótica especifica do local em que vive. Ele diz que não existem homens não modificados pela cultura de um povo. Ele parte do principio que, ao conviver com pessoas e aceitar valores culturais, o homem os assimila e os utiliza em sua própria individualidade.

No cotidiano de uma classe hospitalar o profissional da educação inserida no ambiente hospitalar, norteia seu trabalho pedagógico, por meio das especificidades de cada criança enferma; pois esta se encontra impossibilitada de frequentar a sala de aula em suas escolas convencionais. As principais ferramentas de trabalho pedagógico deste profissional são flexibilidade, afetividade e a ludicidade, que norteia todas as suas ações na classe hospitalar. A ação pedagógica não se faz presente no ambiente hospitalar para cumprir programas conteudista, mas sim para gerenciar conexões, necessidades intelectuais, emoções e os pensamentos das crianças enfermas. Consciente dessa nova situação, o pedagogo hospitalar deve intervir e tornar-se parte dessa rotina, com muita ética. O professor Oscar Javier Sanguinetti no fichamento, Compemporaneidad y Posmodernidad, Globalización y Mediación: Efectos y consecuencias de estas categorias em el campo de la educación; cita que “Chegar ao ser humano é chegar a ser m individuo guiado por esquemas culturais, por sistemas de significação historicamente criados em virtude dos quais formamos, ordenamos e dirigimos nossas vidas”. Desta forma pode se afirma que as práticas pedagógicas aplicadas no ambiente hospitalar contribuem em todos os aspectos principalmente humanista. É certo que: Ser ético é ser humano, é respeitar limites, é resgatar o lado saudável, é dar-lhe singularidade, sempre acompanhando os avanços e buscando o novo, sempre questionando; para romper as barreiras do que está pronto. Segundo o professor Sanguinetti pode se diferenciar a ciências da ideologia desta forma; As diferenças entre a ciência e a ideologia nos sistemas culturais, é que a ideologia busca apresentar estratégia simbólica e não esconder as situações que verdadeiramente apresentam. É inevitável, porem a conclusão; a ciência social esconde a o que é valido nas crenças e valores, o que a ideologia decidiu defender e propagar.

Diante do exposto, é certo dizer que as leis que amparam as atividades pedagógicas no ambiente hospitalar é ciência e até hoje tais atividades aplicadas por profissionais da educação no hospital por falta de amparo legal, continuam sendo ideologia. Pois a maior parte das classes hospitalares que funcionam no Brasil, só funcionam com pessoas voluntárias. A ciência não tem dispositivo retórico e persuasivo da ideologia e que permita orientar os processo históricos, por mais falsos que podem parecer seus argumentos.

Nesse cenário, a prática pedagógica é visualizada, “pelo modo de expressão do potencial de ser humano no exercício das relações participativas e interativas e na construção de novos saberes e práticas integrativos compartilhadas, que possibilitem a criação e recriação de valores que os tornam sujeitos críticos, reflexivos e transformadores da realidade social”. Assim, apontam-se os seguintes questionamentos: quais os saberes que sustentam a prática pedagógica na classe hospitalar? São interdependentes? Quais as facetas e as dimensões, abrangências ou amplitudes do cuidado? Que relações, interações e associações estruturam o sistema de cuidado? Que processos organizativos ligam ou religam a unidade da prática pedagógica do pedagogo hospitalar? Que elo integrador existe no sistema educação-saúde? Qual o espaço de relações do pedagogo hospitalar no sistema de saúde? Que prática social o pedagogo hospitalar simboliza? Que sistemas de significados existem nas organizações de cuidado da classe hospitalar? Quem são os atores/seres humanos presentes na classe hospitalar? A partir desses questionamentos, vale retomar a compreensão de cultura como “tudo o que o homem adquire ou produz, com o uso de suas faculdades: todo o conjunto do saber e do fazer, ou seja, da ciência e da técnica e tudo o que com o seu saber e com o seu fazer extrai da natureza”. Ou, ainda, “toda cultura é um processo permanente de construção, desconstrução e reconstrução”, visto que nasce de relações sociais que são sempre desiguais. Compreende-se que é fundamental o pedagogo hospitalar reconhecer no espaço do exercício profissional, a interdependência existente entre a assistência/cuidado, ensino/educação, planejamento/ construção de novos modos de cuidar e cooperação nas ações/ atitudes de cuidar, desenvolvendo sua prática social com coerência e visão crítica da realidade, diante de diferentes contextos, para poder valorizar a multidimensionalidade do ser humano.

O transitar por diferentes espaços, no caso, o fato de o pedagogo atuar em diversos campos da profissão, como no ambiente hospitalar é constituir-se em possibilidades importantes para confrontar e rever ideologias que mantêm assimetrias de poder, e o condena a ser vítima e executor de sua própria prática, ou mesmo, para tomar consciência dos diferentes modos de pensar e possibilidades de retomadas de atitudes construtivas para o avanço e reconhecimento da profissão. O conhecimento de sua prática pedagógica, ante as contradições vividas e evidenciadas, motiva os professores/pesquisadores no estudo dos conflitos ou contradições sob diversos enfoques, tomando por base, principalmente, os novos conhecimentos teóricos-fisiológicos do campo da pedagogia hospitalar. Disso decorrem os diversos conceitos, modelos ou teorias que foram manifestados à luz do conhecimento cientifico sob as mais variadas proposições, interpretações e aplicações. A afirmativa de que o preparo e a prática efetiva dos profissionais de educação voltam-se, eminentemente, para uma prática calcada nos interesses da instituição, embasada no poder e na autoridade, ao qual ressalta o saber técnico em prejuízo dos demais saberes, pode ser acatada na medida em que se atente para a importância e necessidade de um domínio de conhecimento sobre o fazer técnico e a sobrevivência institucional como base fundamental. É importante que os profissionais da saúde interajam com o pedagogo e o trabalho conjunto deve visar à cura do aluno hospitalizado, assim como o retorno das atividades escolares, sem muitos danos:

A finalidade da Pedagogia é integrar os profissionais da educação e saúde com intuito de auxiliar o escolar hospitalizado, daí a necessidade de refletir principalmente sobre uma boa condução no momento da internação da criança, pois se tal condução for mal elaborada poderá trazer danos que irão prejudicar sua própria recuperação (MATOS;MUGGIATI,2010,p.325).

Porém, essa base não nega e nem exclui os demais saberes, bem como os demais interesses, quando se entende que as estruturas organizacionais são complexas, múltiplos, transversais e plurais, coexistindo num espaço social diversificado e em interações múltiplas e contraditórias.

Ao se considerar que todo comportamento humano é simbólico, salienta-se que ele “não se circunscreve ao mundo abstrato das ideias, porque, embora pensadas, as ideias são, sobretudo, vividas e praticadas”. É pertinente observar que os contrastes são transparentes e assoberbam as pessoas nas organizações, por existirem essas diferenças, torna-se insuficiente trabalhar as lógicas puramente racionais. A ação invisível do mundo espiritual, quando codificada, representa a possibilidade de manipular uma solução. Quando algo é aprendido, ele pode ser dominado e enfrentado. Ancorado nessa premissa, Clifford Geertz comenta que quando se educam os sentidos, se pode desenvolver uma atitude frente à doença. Desta forma, é comum observar a presença de praticas mágica e diferente praticas populares de cura, ou ainda, de explicações religiosas para a dor e seu alivio. Porem, o empenho de todos deve ser no sentido de respeitar e implementar estes direitos fundamentais, que as crianças hospitalizadas têm; de serem acompanhadas pedagogicamente, mesmo estando fora de suas escolas convencionais e que usufruam de seus direitos educacionais e de saúde. Em tempos de caos, impessoalidade e imprevisibilidade, denota-se a necessidade de o ser humano voltar-se a si mesmo, para manter-se equilibrado diante de situações inusitadas, a fim de clarear seu propósito central de vida. A realidade está continuamente renovando-se, e para acompanhar tal dinâmica, é necessário compreender a cultura do cuidado na pratica pedagógica do pedagogo, no contexto hospitalar; em vista disso, é essencial estar atento a esse arcabouço simbólico para melhor compreender as vivências e, a partir disso, ser e agir com atitudes conscientes e éticas. Cabe reconhecer que há consciência da necessidade de um mínimo de conhecimento do sistema cultural, para trabalhar, a fim de que ocorra a socialização de um indivíduo num grupo – visto que o grupo tem uma lógica própria e tenta transferir tal lógica de um sistema para outro -, e ainda manter “a coerência de que um hábito cultural somente pode ser analisado a partir do sistema a que pertence”, pois a cultura ordena, a seu modo, o mundo que a circunscreve e dá sentido cultural à classificação dada às coisas do mundo natural. É preciso entender que a lógica de um sistema cultural depende das categorias constituídas por ele, isso inclui a linguagem, manifestada de forma explícita ou não. A partir dessa reflexão, é possível compreender que as organizações adicionam um significado próprio ao trabalho, ao emprego, e dão elementos para a construção da própria identidade e da identidade social e nacional da pessoa. A Classe Hospitalar é um processo alternativo de educação, pois ultrapassa os métodos tradicionais escola/aluno, buscando dentro da educação e da pedagogia hospitalar, formas de apoiar a criança no hospital. É um atendimento que pode auxiliar no processo de recuperação da saúde do aluno-paciente, caracterizado como uma nova modalidade educacional. Conforme Ceccim apud Ortiz e Freitas “parece-me que, para a criança hospitalizada, o estudar emerge como um bem da criança sadia e um bem que ela pode resgatar para si mesma como um vetor de saúde no engendramento da vida, mesmo em fase do adoecimento e da hospitalização” (2005, p.47). É necessário salientar que, nas profissões de educação-saúde que possuem algum tipo de identidade coletiva, existem peculiaridades que pertencem a uma distinta categoria profissional. As habilidades, os comportamentos, os conhecimentos e as práticas, próprios de cada categoria, revelam uma cultura profissional específica. Vale ressaltar, no que tange à hierarquia de poder, embora haja frustrações de diferenças nacionais nas organizações de saúde públicas ou privadas, essas possuem uma característica comum: o predomínio da autoridade médica, pelo menos até a atualidade. Esse predomínio vem sendo fragilizado na medida em que avançam as práticas interdisciplinares em educação-saúde, reconhecendo o potencial de força e importância das diferentes disciplinas ou profissões da saúde e/ou educação, suas interdependências, seus espaços de domínios específicos, cuja religação de saberes não admite a soberania ou a arrogância de alguns profissionais da saúde e, sim, a composição ou construção de um trabalho coletivo interdisciplinar e, se possível, transdisciplinar nas práticas pedagógica no ambiente hospitalar, onde de primeiro impacto o pedagogo é visto como intruso, e aos poucos vai garantindo seu espaço com seu trabalho que contribuem com o cognitivo, psíquico e social das crianças internadas nas alas das pediatrias dos ambientes hospitalares. É importante entender os caminhos e os descaminhos; as regras que orientam os profissionais da educação no exercício da prática pedagógica na classe hospitalar, pois eles indicam os limites e a multiplicidade de possibilidades que se apresentam disponibilizadas, para o agir no cotidiano de trabalho. Observa-se que o trabalho manifesta o caráter social do homem, já que ele não trabalha apenas para si mesmo, mas também e, sobretudo para os outros. As múltiplas finalidades do trabalho permitem visualizar seus processos e contra processos, numa relação de co-dependência e co-finalidades, ou seja, de trabalhar para o outro para precisamente trabalhar para si e de si para o outro, participando e compartilhando da busca da sobrevivência humana em melhor condição de vida e melhor usufruir da tecnologia posta para o melhor viver dos cidadãos. Diante da perspectiva de uma pratica pedagógica no ambiente hospitalar, busca-se ter o senso de harmonia, sem negligenciar os objetivos individuais e organizacionais, a fim de não esquecer o homem interagindo no seu contexto. Para que tal consciência se configure, é pertinente lembrar os paradoxos expressos na cultura da gerência do cuidado nas organizações. Esses devem ser considerados não somente no âmbito coletivo, mas igualmente no individual. Percebe-se que as inter-relações no trabalho são, também, intersubjetivas, que não estão expressas objetivamente, não aparecem de maneira explícita, mas perpassam de forma subliminar nas entrelinhas das relações, por meio das expressões como: silêncio, olhar, choro, movimentação do corpo, agitação de braços e mãos, sorriso. Essas expressões não são nem mensuráveis, nem essencialmente abstratas. Nota-se que não é possível perceber as relações intersubjetivas sem considerar as matrizes que sustentam os padrões culturais, pois essas fornecem amparo e sentido, significante e significado, ao trabalho de gerência do cuidado. O pedagogo hospitalar, na prática pedagógica no ambiente hospitalar, trabalhando com crianças enfermas que não podem frequentar as aulas em suas escolas convencionais, exibe um sistema de significados socialmente construído, o que caracteriza sua especificidade cultural. Toda sociedade fundamenta-se em um agregado de indivíduos, sendo característica da cultura transformar tal agregado em sociedades, pela organização das atitudes e dos comportamentos dos seus membros. A reprodução e perpetuação dos elementos culturais se dão por intermédio de suas manifestações expressas por ideias e valores comuns, configurando ao grupo sua unidade psicológica, o que permite aos seus membros a busca de acomodação de comportamento para viverem e trabalharem juntos. O compartilhar de uma cultura pelos membros componentes de uma sociedade lhes permite viver em sociedade. Denota-se que o ser humano olha o mundo através de sua cultura, que é permeada pela influência das ideias coletivas. Em face disso, subentende-se que o pedagogo hospitalar é resultado do meio cultural em que foi socializado, decorrente do esforço de toda uma comunidade profissional, que o condiciona a reagir sob diversos parâmetros nas diferentes circunstâncias. Assim, seu modo de ver o mundo é um produto cultural. Nesse caso, a influência do modo de pensar dos demais profissionais da saúde no espaço de convivialidade dos mesmos no trabalho hospitalar resulta numa cultura própria dentro desse espaço. Nessa linha de pensamento, deve-se “procurar relações sistemáticas entre fenômenos diversos, não identidades substantivas entre fenômenos similares”. Lembrar as relações estabelecidas pela cultura que acrescem conhecimentos e símbolos que orientam as ações cotidianas na vida humana. Retomando-se o pensar sobre as ações da pedagogia hospitalar, vale ressaltar que “as disfunções mais comuns na Educação e na Pedagogia Hospitalar são o excesso de formalismo, o exagerado apego aos instrumentos normativos, a rigidez comportamental, o conformismo e a estagnação funcional… com a ampla valorização das regras e normas obsoletas e poucas perspectivas de mudança”. Partindo-se dessa acepção, questiona-se a real influência na pedagogia hospitalar, no ambiente hospitalar, onde a grande parte são profissionais diretamente da saúde munidos de saberes técnicos voltados à cura e da cultura da alta gerência hospitalar, isto é, da cúpula gerencial, a cultura dos trabalhadores da zeladoria, e assim por diante. diante. Dessa maneira, fica evidente a alusão tanto ao domínio e ao controle, no contexto das relações humanas, quanto ao poder das organizações ante os enfrentamentos de conflitos decorrentes do exercício profissional. Para tanto, o pedagogo necessita instrumentalizar-se para manifestar seu poder através da incorporação dos seus significantes para fazer agir sua vontade própria.

Na classe hospitalar o pedagogo, necessitará resgatar a noção de pluralismo no seu cotidiano; pois, frequentemente, ele focaliza suas ações numa visão reducionista, imposta pela lógica gerencial da melhor eficiência, maior eficácia e adequada a efetividade. Desse modo, justifica-se a necessidade de contemplar o plural como modo de pensar e sentir, ou de encarar as multiplicidades possíveis, a fim de romper com os padrões instituídos e compreender a imposição de limites como uma estagnação no âmbito do saber e da prática. Ao refletir sobre a gerência do cuidado, nota se a necessidade de valorização da diversidade individual e organizacional, já que, consequentemente, essas diversidades decorrentes da atuação de cada profissional alcançam melhores decisões, provocam flexibilidade, favorecem a criatividade e a inovação, pela utilização dos valores compartilhados. Tais contribuições são de respeito ao ser humano como pessoa singular, já que admitem o momento de cada um, o desabrochar para o aprendizado, a disseminação e a ousadia do pensamento. Essa aceitação exige coerência e discernimento do pedagogo hospitalar, pois ela faz emergir sua concepção de mundo. Tomar consciência da realidade em que vive e de sua prática social elucida o pedagogo, ao mesmo tempo em que o conduz à obscuridade da vida; porque, diante da conscientização da complexidade do cenário assimétrico em que vive de sua limitação, surge a importância dessa contemplação para a essência dele, como propulsora de uma contínua (re)construção do seu saber e fazer na pratica pedagógica na classe hospitalar. Acredita-se que a abordagem da dimensão simbólico-cultural permite não só a identificação dos fundamentos intersubjetivos, que orientam a prática do pedagogo hospitalar, mas também fornece subsídios para as interpretações e os entendimentos de como as pessoas pensam, sentem, agem para a decodificação de seus valores, representações e práticas. A importância dessa dimensão faz salientar a urgência no desenvolver competências na pratica pedagógica no ambiente hospitalar, para a leitura e adequada interpretação das realidades organizacionais, nas quais fica evidenciada a dicotomia entre as necessidades e as exigências desta ocupação e o que é estudado e habilitado como essência da profissão, no curso de graduação ou de especialização. A prática pedagógica no ambiente hospitalar permeia fatores intervenientes não explícitos, como fios invisíveis, os quais interferem no seu exercício profissional, em muitos casos, acrescentando espírito de empatia em alguns profissionais que eram mais tecnicistas. Reconhecer e descrever que “ainda há flagrante prevalência da concepção mecanicista da organização, na qual se privilegia o equipamento ao indivíduo, o fazer em detrimento do ser” é necessário e urgente. Não que o equipamento e o fazer deixam de ser fundamentais e indispensáveis, mas que o ser humano, o seu viver, são muito importantes e centrais no gerenciamento do cuidado. Pensar em relações estabelecidas entre profissionais “diferentes” em um ambiente de trabalho, me reporta a um questionamento colocado por Geertz (2001 p.74-76): em que tipo de ângulo nos situou em relação ao mundo? “[…] são as assimetrias – entre aquilo em que cremos ou que sentimos e aquilo que os outros fazem [ou sentem] – que nos permitem situar onde estamos agora no mundo”. Somos pesquisadores e estamos a olhar o mundo social de um determinado ponto de vista, somos observadores posicionados. É preciso reconhecer que o ser humano, como um sujeito, está em permanente mutação de construção-reconstrução das ideias referentes à cultura, o que o reporta ao encorajamento para a criatividade, flexibilidade, imprevisibilidade e oportunidade do intercâmbio de ideias, perante a concepção de trabalho instituída no País, ou seja, valorizando a sua dimensão cultural. Nessa visão, o homem se ampara em vivências para adquirir a cultura e depende de estruturas conceptuais para moldar seus talentos. Essa necessidade o leva à conclusão de que precisa de aprendizado para atingir conceitos, apreensão, aplicação de sistemas específicos de significado simbólico.

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES CONCLUSIVAS

Compreende-se a importância de o pedagogo estar atento para contribuir com a mobilização de determinadas concepções. Destacam se noções importantes como a do ser humano como sujeito, as múltiplas dimensões e concepções da vida, o ser contraditório, ambivalente, o focar tudo que o rodeia, tudo o que está fazendo e identificar valores que subjazem em suas ações. É importante reconhecer as experiências do profissional da educação no ambiente hospitalar perante a gerência do cuidado, interpretá-las de forma singular sob diferentes perspectivas (agir, pensar, sentir) e entendê-las como centro de produção simbólica, para tentar elucidar traços culturais incorporados no processo de trabalho desses profissionais; dessa maneira, serão criadas condições para distinguir e entender determinada coletividade. Avançar na compreensão da relação da cultura com o trabalho insere a concepção de que a cultura não é o resultado de apenas um ser humano, mas de todo um grupo, de toda uma categoria profissional, por isso possuidora da característica de ser político-social. A gerência do cuidado, como elemento cultural, possui não só qualidades intrínsecas que são independentes e interdependentes, mas também potenciais de significado que são quase ilimitados e demonstram uma dinâmica constante, esses a constitui como atividade que produz uma reação da sociedade. Adotar a reflexão sobre o contexto social e organizacional, no qual o pedagogo hospitalar está imerso, conduz esse profissional à possibilidade de tornar-se crítico em relação à organização institucional e à própria organização dos trabalhadores tanto da educação como da saúde. Para tanto, evidencia-se a necessidade de investimentos na capacitação para o exercício da prática pedagógica e do cuidado do aluno enfermo, a fim de possibilitar interpretações de posturas cristalizadas no cotidiano. Assim, vale enfatizar que, embora o pedagogo viva em instituições que fragmentam o saber e tentam anular a noção de humano, ele pode interpretar o instituído, a fim de deixar aflorar as aptidões humanas próprias do homem. Continuam aqui as questões apresentadas, que permeiam práticas simbólicas da pratica pedagógica na classe hospital, padrões e valores da sua prática social, pois são questionamentos que não se esgotam. Os argumentos que possam sustentar suas respostas são encaminhados como objetos de diversos estudos, no entendimento de que o dia-a-dia do pedagogo hospitalar simboliza, talvez, os principais aspectos representativos da profissão de um profissional de educação que opta exercer sua função em um ambiente diferenciado, para assim contribuir com o educando hospitalizado e toda a sociedade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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[1] Mestre em educação com Orientação em Formação Permanente (2016) pela USAL em Buenos Aires; Pós Graduada em Psicopedagogia (2009) pela ULBRA; pós-graduada em Pedagogia Hospitalar (20011) pela FGF, pós-graduada em Gestão Escolar (2018) pela UCAM ; Graduada em Pedagogia 2007 pela UESC, Professora do ensino Fundamental I.

Enviado: Janeiro, 2019.

Aprovado: Fevereiro, 2019.

 

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Mariza da Silva Ferreira Lattenero

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