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Acolhimento da equipe de enfermagem frente aos adolescentes com ideações suicidas: uma revisão integrativa de literatura

RC: 41417
396
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DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/saude/ideacoes-suicidas

CONTEÚDO

REVISÃO INTEGRATIVA

NUNES, Nandara Rocha [1], FREIRE, William Fernandes [2], PORFIRIO, Regiane Baptista Martins [3]

NUNES, Nandara Rocha. FREIRE, William Fernandes. PORFIRIO, Regiane Baptista Martins. Acolhimento da equipe de enfermagem frente aos adolescentes com ideações suicidas: uma revisão integrativa de literatura. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 11, Vol. 03, pp. 49-66. Novembro de 2019. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/ideacoes-suicidas

RESUMO

Introdução: No Brasil a incidência de suicídios têm aumentado gradativamente nos últimos anos, sendo a segunda maior causa de morte entre os adolescentes. Os dados levantados permitiram destacar os fatores que estão associados à ideação suicida e às tentativas de suicídios. Esse estudo visou identificar o tipo de abordagem que deve ser direcionada aos pacientes suicidas, e como isso pode influenciar na recidiva do ato. Objetivo: Constatar na literatura a existência do acolhimento efetivo, humanizado e qualificado da equipe de enfermagem para com os adolescentes que possuem ideações suicidas ou que já tentaram o suicídio. Método: Revisão integrativa de literatura com caráter descritivo, foram selecionados os artigos publicados entre os anos 2012 a 2019, sendo eles em língua portuguesa, inglesa ou espanhola. Inicialmente foram obtidos 22 artigos, após análises criteriosas selecionamos 14 deles por possuírem mais correlação com a problemática discutida. Resultados: No Brasil ocorreram 11.947 mortes por lesões autoprovocadas intencionalmente em indivíduos de 10 a 19 anos no período de 2000 a 2015. A maior parte (85,32%) dos suicídios na faixa etária estudada aconteceu com adolescentes de 15 a 19 anos. Os fatores associados à ideação suicida na adolescência são multifacetados e aqueles que mais sobressaem são: Depressão, desesperança, solidão, tristeza, preocupação, ansiedade, baixa autoestima, uso de substâncias, agressões, entre outros. Conclusão: O número de adolescentes com inclinação para a ideação suicida está em constante crescimento nos últimos anos. Devido a isso, os profissionais de enfermagem devem estar prontos para identificar e prestar assistência integral para esses adolescentes, garantindo um atendimento humanizado, por meio da escuta ativa, autorreflexão e comunicação terapêutica.

Palavras-chave: Ideação suicida, adolescente, acolhimento, enfermagem.

1. INTRODUÇÃO

O suicídio, na atualidade, é considerado um problema significativo de saúde pública. No Brasil, a taxa de suicídio aumentou cerca de 27% nos últimos anos (BARROS, 2018), e recentemente tem sido notada maior prevalência de atos suicidas entre jovens (FILHO e ZERBINI, 2016).

A morte é temida pela maioria das pessoas, independente da faixa etária; contudo, pode ser considerada como a única alternativa para aqueles que não encontram soluções para seus problemas, o que leva a pessoa por fim na sua vida (MOREIRA e BASTOS, 2015).

A cada ano, cerca de 800 mil pessoas tiram a própria vida e um número ainda maior de indivíduos tentam suicídio. Cada suicídio é uma tragédia que afeta famílias, comunidades e países inteiros e tem efeitos duradouros sobre as pessoas deixadas para trás. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o suicídio ocorre durante todo o curso de vida do ser humano e foi a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos em todo o mundo no ano de 2016. Índices maiores são encontrados entre os adolescentes em comparação com qualquer outra idade (OMS, 2018).

Além disso, para cada suicídio em adolescentes ocorridos no mundo, existem, pelo menos 40 tentativas não fatais, segundo a OMS (2018). Tal fato justifica-se pelo confronto de adolescentes, na sociedade atual, com inúmeros componentes estressores da vida diária, características do seu estágio de desenvolvimento (BLUTH e BLANTON, 2013).

Destaca-se que a adolescência, fase compreendida entre 12 e 18 anos de idade, é caracterizada por um período de desenvolvimento marcado por diversas modificações biológicas, psicológicas e sociais que, geralmente, são acompanhadas de conflitos e angústias, tem-se observado, nas últimas décadas, um crescimento no comportamento suicida entre jovens (BREDA e GUERRA, 2019).

Para muitos adolescentes, as necessidades de ajustes e reajustes internos e externos, a instabilidade e o desequilíbrio, geram dificuldades no desenvolvimento saudável nos campos afetivo, pessoal, familiar, escolar e de socialização, tornando-os desta forma vulneráveis a comportamentos autolesivos (MOREIRA e BASTOS, 2015).

O comportamento suicida pode ser classificado em três momentos: a ideação suicida (que pode ir de pensamentos de morte à intenção suicida estruturada com ou sem planejamento suicida), o suicídio consumado e a tentativa de suicídio que acontece entre a ideação e o suicídio consumado (NAVA et al., 2019).

Para aqueles adolescentes que possuem pensamento suicida ou tentam suicídio sem sucesso, há a necessidade de serem acolhidos por familiares e profissionais da saúde.

De acordo com o dicionário Aurélio de Língua Portuguesa, o termo acolhimento está relacionado ao “ato ou efeito de acolher; recepção, atenção, consideração, refúgio, abrigo, agasalho”. Na enfermagem, o acolhimento engloba a humanidade dentro do atendimento realizado com dignidade a quem está precisando de ajuda, ao mesmo tempo que os profissionais asseguram a esses pacientes da efetividade positiva do vínculo que está sendo construído, oferecendo compreensão e possibilidade de encontrarem soluções para os problemas levados (COSTA, GARCIA, TOLEDO, 2016).

2. OBJETIVO

Identificar, na literatura nacional e internacional, experiências relatadas por enfermeiros relacionadas com o acolhimento humanizado, qualificado e efetivo, direcionado aos adolescentes com ideações suicidas ou que tentaram suicídio.

3. METODOLOGIA

3.1 TIPO DE ESTUDO

Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, com caráter descritivo, que é um método de revisão específico que reúne achados de estudos desenvolvidos mediante diferentes metodologias e requer que os revisores procedam à análise e à síntese dos dados primários de forma sistemática e rigorosa (SOARES et al., 2014).

3.2 OPERACIONALIZAÇÃO DA COLETA DE DADOS

A pesquisa foi realizada no período de janeiro a setembro de 2019. Os estudos incluídos na presente revisão integrativa obedeceram aos seguintes critérios de inclusão: resumo disponível nas bases de dados; publicados entre os anos de 2012 a 2019; língua portuguesa, inglesa e espanhola; temática pertinente ao acolhimento da equipe de enfermagem junto ao adolescente com ideação suicida ou que tentou suicídio. Foram encontrados 22 artigos cujos resumos foram lidos e selecionados 14 que tinham correlação com a temática desta pesquisa.

A coleta de dados ocorreu no período de junho a outubro de 2019, baseada nas palavras chave indexadas nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): Ideação Suicida; Adolescente; Acolhimento; Enfermagem. As bases de dados utilizadas foram: Literatura Latino-Americana em Ciências de Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Portal Regional da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (BIREME), Fundación Dialnet – Universidad de La Rioja (DIALNET) e Red de Revistas Científicas de América Latina y el Caribe, España y Portugal (REDALYC) (Tabela 1).

A revisão foi ampliada por meio de outras fontes (Tabela 1) como:

  • www.revistas.usp.br/sej/;
  • www.arca.fiocruz.br;
  • www.revista.ufpi.br/;
  • www.revista.unilus.edu.br;
  • www.editorarealize.com.br/revistas/conbracis/.

Os autores desse estudo partiram da seguinte pergunta norteadora: O atendimento da equipe de enfermagem é acolhedor junto aos adolescentes com ideações suicidas ou que tentaram suicídio?

Tabela 1 – Distribuição das bases de dados utilizadas para levantamento dos artigos científicos, 2019.

FONTES N %
LILACS 1 7,14
SCIELO 3 21,43
MEDLINE 2 14,29
Portal Regional da BVS 1 7,14
BIREME 1 7,14
DIALNET 1 7,14
PORTAL DE REVISTAS DA USP 1 7,14
ARCA – REPOSITÓRIO INSTITUCIONAL DA FIOCRUZ 1 7,14
REVISTA DE ENFERMAGEM DA UFPI 1 7,14
REVISTA UNILUS ENSINO & PESQUISA 1 7,14
CONBRACIS – ANAIS DO III CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 1 7,14
TOTAL 14 100

Fonte: Elaborada pelos próprios autores desse estudo.

Não houve nenhum tipo de financiamento ou benefícios recebidos de fontes comerciais, ou quaisquer conflitos de interesse que comprometa o trabalho apresentado.

4. RESULTADOS

A partir da busca digital, foram localizados 22 artigos dos quais 14 atenderam a todos os critérios de inclusão. Os resultados mais relevantes como título do artigo, autores, ano de publicação e síntese do estudo relacionados com os 14 artigos estão organizados em formato de quadro para melhor visualização (Quadro 1).

Quadro 1 – Resultados da síntese dos artigos selecionados na revisão de literatura.

TÍTULO DO ARTIGO SÍNTESE DO ESTUDO AUTORES/ANO
Comportamento Suicida: Um Olhar para Além do Modelo Biomédico. O enfermeiro tem a oportunidade de manter proximidade ao cuidado prestado, possibilitando a utilização de ferramentas que favoreçam abordagens assertivas na prevenção ao comportamento suicida. Por meio da identificação e entendimento das ações de saúde que permitam a valorização da vida e a compreensão do sofrimento experimentado pelo outro. VABO, A. S. R.; CONRAD, D.; BAPTISTA, C.; AGUIAR, B. G. C.; FREITAS, V. L.; PEREIRA, G. L.

(2016)

A Atuação do Enfermeiro com a Pessoa em Situação de Suicídio: Análise Reflexiva. O enfermeiro e equipe de saúde devem ser qualificados e trabalharem em rede com as demais esferas da saúde para prevenir e identificar precocemente o suicídio, oferecer segurança tanto para a pessoa com comportamentos suicidas quanto para família e estar pronto para atuar na tentativa ou risco de suicídio. SANTOS, R. S.; ALBUQUERQUE, M. C. S.; BRÊDA, M. Z.; BASTOS, M. L. A.; SILVA, V. M. S.; TAVARES, N. V. S.

(2017)

Ideação Suicida em Jovens Adultos. Os profissionais que trabalham frente a um grupo de risco, devem entender melhor sobre os fatores e problemáticas que surgem no andar do tratamento, para que assim, eles possam ajudar e evitar que o índice de suicídio tenha um crescimento ainda maior. SOARES, R. F.; MENDES, L. A. C.; BRASILINO E ALENCAR, F. L.

(2018)

Fatores Associados à Presença de Ideação Suicida entre Universitários. Identificar os fatores que se associam à presença de ideação suicida nos estudantes universitários pode constituir uma importante ferramenta para que ações de prevenção e proteção sejam planejadas, tanto por parte dos gestores da universidade, como das equipes de saúde que assistem esses estudantes dentro e fora do campus. DOS SANTOS, H. G. B.; MARCON, S. R.; ESPINOSA, M. M.; BAPTISTA, M. N.; DE PAULO, P. M. C.

(2017)

Mortalidade por Suicídio de Adolescentes no Brasil: Tendência Temporal de Crescimento entre 2000 e 2015. Os dados apresentados neste estudo indicam que a mortalidade de adolescentes por suicídio no Brasil apresentou tendência de crescimento nos últimos anos. Destaca-se a importância de que profissionais da saúde estejam informados sobre esses dados, para que possam diagnosticar e intervir mais cedo na prevenção do suicídio em adolescentes. CICOGNA, J. I. R.; HILLESHEIM, D.; HALLAL, A. L. L. C.

(2019)

Uma Abordagem Sobre o Suicídio de Adolescentes e Jovens no Brasil. Apresenta argumentação sobre a evolução das taxas de mortalidade por suicídio segundo as premissas clássicas da saúde pública sobre as causas sociais no processo saúde-doença. RIBEIRO, J. M.; MOREIRA, M. R.

(2018)

Do acolhimento ao encaminhamento: O atendimento às tentativas de suicídio nos contextos hospitalares. O adequado atendimento aos pacientes que chegam aos serviços de saúde por tentativa de suicídio é determinante para a recuperação e prevenção de que novas tentativas sejam cometidas. DE FREITAS, A. P. A.; BORGES, L. M.

(2017)

Suicídio na Voz de Profissionais de Enfermagem e Estratégias de Intervenção Diante do Comportamento Suicida. Os profissionais de enfermagem devem estar qualificados para realizar as intervenções necessárias ao paciente que procura o serviço e para fornecer o encaminhamento mais adequado a cada caso. REISDORFER, N.; DE ARAUJO, G. M.; HILDEBRANDT, L. M.; GEWEHR, R. T.; NARDINO, J.; LEITE, T. M. (2015)
Análise da mortalidade por suicídio no Brasil 1996 a 2015. Análise histórica da taxa de suicídios no Brasil, de 1996 a 2015, baseando-se em dados secundários que estão disponíveis no sítio do Ministério da Saúde. O conhecimento das taxas de suicídio pode contribuir para o delineamento de estratégias preventivas a esses pacientes. BARROS, M. V. M.

(2018)

Epidemiologia do suicídio no Brasil entre os anos de 2000 e 2010. Uma análise epidemiológica do suicídio no Brasil, realizando uma delimitação para identificar se há obstáculos na conduta e auxiliar na melhora das estratégias para detecção, conduta e prevenção do suicídio. Um adequado registro garante maior foco e atenção em meios efetivos de cuidados e prevenção em pacientes suicidas. FILHO, M. C.; ZERBINI, T.

(2016)

Mindfulness and self compassion: exploring pathways to adolescent emotional well-being. Recognizing that mindfulness brings awareness to one’s suffering and that self-compassion addresses and ameliorates that suffering, one would expect that as one becomes more mindful and aware of her suffering, they would initiate self-compassionate and self-comforting behavior. BLUTH, K.; BLANTON, P. W.

(2013)

Suicídio entre crianças e adolescentes, suas principais causas e métodos: Síntese de evidências. Principais evidências relacionadas ao suicídio entre crianças e suas possíveis causas, assim como a melhor conduta a ser tomada pelo pediatra ao lidar com esse tipo de situação. BREDA, L. C.; GUERRA, P.

(2019)

Fatores associados à ideação suicida na adolescência: uma revisão integrativa. Os adolescentes devem ser alvos de estratégias de prevenção, principalmente quando já apresentaram tentativas prévias de suicídio. Campanhas educativas, com foco no ambiente escolar, que enfatizem a ideação suicida, visando modificar o contexto em que estes jovens estão inseridos e transformar os educadores, a família e os adolescentes em agentes promotores de saúde. NAVA, A. T. M.; ALMEIDA, H. F. R.; FONTENELE, R. M.; RAMOS, A. S. M. B.; CORTEZ, D. C. M.; MONTEIRO, M. M. L.

(2019)

Revisão integrativa: Conceitos e Métodos Utilizados na Enfermagem. Identificar e analisar os conceitos atribuídos à Revisão Integrativa e os métodos recomendados para seu desenvolvimento na área de enfermagem. SOARES, C. B.; HOGA, L. A. K.; PEDUZZI, M.; SANGALETI, C.; YONEKURA, T.; SILVA, D. R. A. D. (2014)

Fonte: Elaborado pelos próprios autores desse estudo.

5. DISCUSSÃO

Os estudos incluídos na presente pesquisa perpassam a análise e interpretação dos resultados encontrados. Foram categorizados em três subcategorias: Suicídio entre os adolescentes no Brasil; Fatores Associados à Ideação Suicida na Adolescência e Acolhimento da Equipe de Enfermagem frente aos Adolescentes com Ideações Suicidas ou que Tentaram Suicídio, que estão apresentados a seguir.

5.1 SUICÍDIO ENTRE ADOLESCENTES NO BRASIL

O risco do suicídio pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas atualmente vem crescendo de forma alarmante em adolescentes e jovens, que por sua vez, seriam pessoas mais instáveis e em busca de encontrar seu verdadeiro espaço, e viver livremente (SOARES, MENDES, ALENCAR, 2018).

Por estarem em uma fase de transição é comum que exista certa insegurança, conforme os anos vão passando, começam a identificar que as coisas não serão como antes, percebem que a jornada na idade da autonomia e independência, é mais difícil e cansativa, seja na vida profissional ou em quaisquer outras áreas que queiram buscar sua auto realização.

Devido a esse vasto quadro de mudanças na adolescência assim como a exposição a tantas outras situações complexas, é natural o desenvolvimento de um crescente sentimento de frustração e insatisfação pessoal, culminando em pensamentos que sejam desfavoráveis a vida. Os adolescentes com ideações suicidas são esses que buscam uma válvula de escape para tal situação, e idealizam planejamentos estratégicos que os retirem da realidade imediatamente (SOARES, MENDES, ALENCAR, 2018).

O suicídio pode ser definido como um ato deliberado executado pelo próprio indivíduo, cuja intenção seja a morte, de forma consciente e intencional, usando um meio que acredita ser letal. Também fazem parte do que habitualmente chamamos de comportamento suicida: os pensamentos, os planos e a tentativa de suicídio. (BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE, 2018).

Visando melhorar e facilitar o entendimento da situação atual dos números de adolescentes com ideações suicidas no Brasil, foi realizado um levantamento das mortes por lesões autoprovocadas na faixa etária de 10 a 19 anos durante o período de 2000 a 2015 (CICOGNA, HILLESHEIM, HALLAL, 2019).

No Brasil ocorreram 11.947 mortes por lesões autoprovocadas intencionalmente em indivíduos de 10 a 19 anos no período supracitado (Gráfico 1). Essas mortes representam 8,25% do total de óbitos registrados por suicídio em todas as faixas etárias. A maior parte (85,32%) dos suicídios na faixa etária estudada aconteceu com adolescentes de 15 a 19 anos.

Gráfico 1 – Distribuição do número de óbitos por lesões autoprovocadas intencionalmente no Brasil na faixa etária de 10 a 19 anos no período de 2000 a 2015.

Fonte: CICOGNA, J. I. R.; HILLESHEIM, D.; HALLAL, A. L. L. C. Mortalidade por suicídio de adolescentes no Brasil: tendência temporal de crescimento entre 2000 e 2015. J Bras Psiquiatr, Florianópolis (SC), v. 68, n. 1, p. 1-7, 2019.

O método de suicídio mais utilizado foi o enforcamento, estrangulamento ou sufocação, responsável por 58,95% das mortes. O disparo de arma de fogo não especificada foi o segundo método mais frequentemente utilizado (9,75% das mortes). O terceiro método foi a auto-intoxicação por pesticidas (7,99%). No ano 2000, o coeficiente de mortalidade por lesões autoprovocadas intencionalmente na faixa etária de 10 a 19 anos em ambos os sexos no Brasil foi de 1,71 óbito a cada 100.000 habitantes, sendo que no ano 2015 esse coeficiente aumentou para 2,51. Esses resultados representam um crescimento de 47% na mortalidade por suicídio em adolescentes no Brasil (CICOGNA, HILLESHEIM, HALLAL, 2019).
O Quadro 2 representa o coeficiente de mortalidade por lesões autoprovocadas intencionalmente em adolescentes de 10 a 19 anos por regiões brasileiras no período de 2000 a 2015. Na região Norte o índice de mortalidade por suicídio obteve um crescimento de 72,81%, com uma variação de 2,28 a cada 100.000 habitantes no ano 2000 para 3,94 em 2015. Na região Nordeste, o índice aumentou de 1,14 a cada 100.000 habitantes no ano 2000 para 2,14 em 2015. Essa variação representou um aumento de 87,72%. A região Centro-Oeste mostrou os maiores coeficientes de mortalidade por suicídio de adolescentes no Brasil. A região Sul foi a segunda região com mais mortes por suicídio no mesmo período. A região Centro-Oeste, apesar de não ter apresentado tendência de aumento, foi a região com maior taxa de óbitos por suicídio. Quando foi avaliado o Brasil como um todo, ocorreu oscilação nas taxas de óbitos por lesões autoprovocadas intencionalmente. Mesmo assim, o índice aumentou de 1,71 a cada 100.000 habitantes no ano 2000 para 2,51 em 2015 (CICOGNA, HILLESHEIM, HALLAL, 2019).

Quadro 2 – Coeficiente de mortalidade por lesões autoprovocadas intencionalmente de adolescentes de 10 a 19 anos por regiões brasileiras e o ano do óbito – Brasil, 2000 a 2015.

Região
Ano Norte Nordeste Sudeste Sul Centro Oeste Brasil
2000 2,28 1,14 1,14 3,01 4,27 1,71
2001 2,89 1,47 2,06 3,82 3,52 2,29
2002 2,55 1,58 1,69 3,50 3,87 2,13
2003 2,56 1,64 1,75 3,29 3,98 2,16
2004 2,42 1,70 1,57 3,43 4,21 2,13
2005 2,49 1,75 1,45 3,21 4,48 2,10
2006 2,34 1,85 1,74 3,16 3,69 2,16
2007 3,04 1,98 1,52 2,59 3,15 2,07
2008 3,10 2,00 1,40 2,98 3,44 2,11
2009 3,39 1,71 1,17 2,73 3,70 1,95
2010 3,17 1,96 1,47 2,58 3,02 2,05
2011 3,14 1,87 1,74 2,66 2,92 2,13
2012 3,02 1,95 1,77 3,06 4,19 2,31
2013 3,83 2,01 1,53 3,17 3,67 2,29
2014 3,73 2,08 1,63 3,62 3,44 2,38
2015 3,94 2,14 1,83 3,09 4,45 2,51

Fonte: CICOGNA, J. I. R.; HILLESHEIM, D.; HALLAL, A. L. L. C. Mortalidade por suicídio de adolescentes no Brasil: tendência temporal de crescimento entre 2000 e 2015. J Bras Psiquiatr, Florianópolis (SC), v. 68, n. 1, p. 1-7, 2019.

Os casos de óbito entre adolescentes por suicídio no Brasil apresentaram tendência de crescimento nos últimos anos. Esses dados sugerem que os esforços nacionais para a prevenção do suicídio devem ser expandidos. Para que se aperfeiçoem as estratégias de prevenção ao suicídio, mais informações em relação aos fatores de risco específicos para adolescentes de cada região devem ser desenvolvidas. Destaca-se a importância de que profissionais da saúde, em especial os que trabalham nas regiões mais afetadas, estejam informados sobre esses dados, para que possam diagnosticar e intervir mais cedo nas ideações suicidas e na prevenção ao suicídio em adolescentes (CICOGNA, HILLESHEIM, HALLAL, 2019).

5.2 FATORES ASSOCIADOS À IDEAÇÃO SUICIDA OU TENTATIVA DE SUICÍDIO NA ADOLESCÊNCIA

Como já relatado anteriormente, entende-se por comportamento suicida, o suicídio consumado e a tentativa de suicídio. Pensamentos e planos suicidas são chamados ideação suicida. (CLAYTON, P. J., 2018)

Os fatores associados à ideação suicida na adolescência são multifacetados e incluem transtornos mentais, características pessoais e familiares, problemas comportamentais do próprio adolescente e dos amigos. Dentre os fatores que mais sobressaem destaca-se: depressão, desesperança, solidão, tristeza, preocupação, ansiedade, baixa autoestima, agressão por parte de pais e amigos, pouca comunicação com os pais, ser abusado fisicamente na escola (bulling), uso de substâncias psicoativas e ter pessoa em seu meio com tendências suicidas (MOREIRA e BASTOS, 2015).

No Quadro 3 são apresentados diversos estudos realizados no Brasil com estudantes adolescentes, mostrando os fatores de desencadeamento da ideação suicida.

Quadro 3 – Fatores associados à ideação/risco suicida na adolescência no Brasil, 2002-2012.

REFERÊNCIA/ANO FAIXA ETÁRIA DOS ADOLESCENTES FATORES ALTAMENTE SIGNIFICATIVOS
FREITAS e BOTEGA (2002) 14 A 18 anos Depressão, preocupação, pouco apoio social.
WERLANG et al. (2005) 15 a 19 anos Depressão, conhecer pessoa que tenha tentado suicídio.
BORGES e WERLANG (2006a) 15 a 19 anos Depressão, conhecer pessoa que tenha tentado suicídio, desesperança.
BORGES e WERLANG (2006b) 15 a 19 anos Depressão, sexo feminino.
JATOBÁ e BASTOS (2007) 14 a 16 anos Sintomas depressivos, ansiedade.
BORGES et al. (2008) 13 a 17 anos Depressão, sexo feminino.
BAGGIO, PALAZZO e AERTS (2009) 12 a 18 anos Agressão por parte dos pais e colegas, solidão, depressão, tristeza, poucos amigos próximos.
BOTEGA et al. (2009) Idade ≥ 14 anos Depressão, ansiedade, sexo feminino, solteiro.
ARAÚJO et al. (2010) 14 a 18 anos Solidão, desesperança, sofrimento psíquico.
SOUZA et al. (2010a) 15 a 18 anos Agressividade, sexo feminino, consumo de álcool e drogas.
SOUZA et al. (2010b) 11 a 15 anos Depressão, sexo feminino, consumo de álcool e drogas.
ORES et al. (2012) 18 a 24 anos Ansiedade, depressão, transtorno bipolar.

Fonte: MOREIRA, L. C. O.; BASTOS, P. R. H. O. Prevalência e fatores associados à ideação suicida na adolescência: revisão de literatura. Revista Quadrimestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, Campo Grande (MS), v. 19, n. 3, p. 445-453, 2015.

Os dados apresentados no Quadro 3 demonstram como é de suma importância a prevenção e o tratamento junto aos adolescentes com ideações suicidas, a assistência por parte da equipe de enfermagem é fundamental na redução dos números de novas tentativas e suicídios consumados.

5.3 ACOLHIMENTO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE AOS ADOLESCENTES COM IDEAÇÕES SUICIDAS

Com o acolhimento a equipe de enfermagem visa identificar as fragilidades emocionais desde o primeiro contato com esses pacientes, por meio da escuta ativa, podem reduzir significativamente novas tentativas de suicídios. Ao ouvir o usuário, os profissionais terão melhora na relação e desenvolvimento de uma parceria mais colaborativa (COSTA, GARCIA, TOLEDO, 2016).

Os profissionais não somente escutam ativamente essas informações, mas recebem e as interpretam, sendo verbais ou não verbais, e devolvem ao indivíduo com um novo significado, impactando diretamente na percepção sobre seu contexto vivido, logo, minimizando a chance de uma recaída, acarretando, simultaneamente na solidificação do relacionamento entre profissional, usuário e sistema de saúde (SANTOS et al., 2017).

O enfermeiro atuante no serviço de saúde deve estar qualificado e preparado para identificar os sinais de alerta com potencial suicida apresentado pelo adolescente, como pensamentos e atitudes que evidenciam desesperança, desespero e desamparo. Deve-se abordar o paciente de forma clara e cautelosa, mantendo a calma, empatia e abstendo-se das atitudes julgadoras, permitindo que o adolescente, de forma natural, inicie a criação de vínculo na medida em que a confiança evolui. O acolhimento torna-se mais estruturado e com maiores chances de efetividade e, assim sendo, se desenvolverá um esforço conjunto para driblar as situações que o expõe as ideações suicidas e tentativas de suicídio.

Vale destacar que é absolutamente relevante respeitar sempre os limites dos adolescentes e chegar a um consenso sem ultrapassar a situação de vida, sentimentos e as necessidades que forem abordadas pelo adolescente, tornando real a chance de definirem juntos um acompanhamento rotineiro, ampliando o processo do cuidar para além do acolhimento. (BERTOLOTE, MELLO-SANTOS, BOTEGA, 2010).

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do exposto, concluiu-se que a ideação suicida em adolescentes apresenta tendências de crescimento nos últimos anos. Os dados apresentados neste estudo indicam que o coeficiente de mortalidade por lesões autoprovocadas intencionalmente em adolescentes aumentou nos últimos 20 anos em todas as regiões do Brasil, sendo que as regiões Centro-Oeste e Sul foram as que apresentaram os maiores coeficientes de mortalidade por suicídio.

A importância de se estudar a ideação suicida reside no fato de que ela é um dos gatilhos para o risco de suicídio, podendo ser o primeiro passo para sua consumação. É importante destacar que os profissionais da enfermagem precisam estar preparados para prestar assistência adequada aos adolescentes com ideações suicidas ou após tentativa de suicídio, e aos familiares, por meio da escuta ativa, autorreflexão e comunicação terapêutica, providenciando a assistência necessária imediata de forma humanizada.

A presença da ideação suicida sempre deve ser considerada como fator importante, e deve ser identificada no primeiro contato do profissional com o paciente, caso o problema não seja tratado de maneira adequada, o adolescente poderá cometer suicídio pelo fato de não ter tido apoio e o acolhimento correto por parte da equipe de enfermagem. Dessa forma, faz-se necessário que programas e estratégias de prevenção dos comportamentos suicidas sejam incluídos na pauta das políticas de educação e saúde pública. É primordial que o enfermeiro seja devidamente treinado e capacitado periodicamente sobre o tema em questão, uma vez que a perda prematura de adolescentes por suicídio pode e deve ser evitada.

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[1] Graduanda em Enfermagem na Universidade Anhembi Morumbi.

[2] Socorrista e Graduando Em Enfermagem na Universidade Anhembi Morumbi.

[3] Doutorado em Enfermagem. Mestrado em Pós Graduação Stricto Sensu na Área da Saúde do Ad. Especialização em Gerenciamento em Serviços de Enfermagem. Especialização em Pós Graduação Lato Sensu Em Saúde Pública. Graduação em Enfermagem Bacharelado.

Enviado: Novembro, 2019.

Aprovado: Novembro, 2019.

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William Fernandes Freire

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