REVISTACIENTIFICAMULTIDISCIPLINARNUCLEODOCONHECIMENTO
Pesquisar nos:
Filter by Categorias
Administração
Administração Naval
Agronomia
Arquitetura
Arte
Biologia
Ciência da Computação
Ciência da Religião
Ciências Aeronáuticas
Ciências Sociais
Comunicação
Contabilidade
Educação
Educação Física
Engenharia Agrícola
Engenharia Ambiental
Engenharia Civil
Engenharia da Computação
Engenharia de Produção
Engenharia Elétrica
Engenharia Mecânica
Engenharia Química
Ética
Filosofia
Física
Gastronomia
Geografia
História
Lei
Letras
Literatura
Marketing
Matemática
Meio Ambiente
Meteorologia
Nutrição
Odontologia
Pedagogia
Psicologia
Química
Saúde
Sem categoria
Sociologia
Tecnologia
Teologia
Turismo
Veterinária
Zootecnia
Pesquisar por:
Selecionar todos
Autores
Palavras-Chave
Comentários
Anexos / Arquivos

Ferramentas educativas em saúde bucal para atenção primária: uma revisão integrativa

RC: 154843
137
4.9/5 - (12 votos)
DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/saude/ferramentas-educativas-em-saude

CONTEÚDO

REVISÃO INTEGRATIVA

SOUZA, Luciana Thais Rangel [1], AMORIM, Fernanda Cláudia Miranda [2]

SOUZA, Luciana Thais Rangel. AMORIM, Fernanda Cláudia Miranda. Ferramentas educativas em saúde bucal para atenção primária: uma revisão integrativa. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano. 09, Ed. 11, Vol. 02, pp. 05-30. Novembro de 2024. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/ferramentas-educativas-em-saude, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/saude/ferramentas-educativas-em-saude

RESUMO

Introdução: A Educação em Saúde, atributo da Atenção Primária à Saúde, tem se evidenciado como uma ferramenta fundamental no protagonismo no cuidado do paciente. Ao considerar essa estratégia na Saúde Bucal, há se enfatizar que a Política Nacional de Saúde Bucal garante a sua efetividade pela Equipe de Saúde Bucal. Contudo, ao se analisar alguns fatores pode se tornar um desafio para este profissional. Nesse contexto, novas ferramentas surgiram e estão em constante atualização, com a finalidade de facilitar a promoção desse processo educativo. Objetivo: Assim, o objetivo desse trabalho é identificar a produção científica sobre as ferramentas educativas em Saúde Bucal que podem ser utilizadas na Atenção Primária. Método: A revisão integrativa foi realizada nas bases de dados online MEDLINE, LILACS, BBO, BIGG – guias GRADE, BDENF via BVS, SciELO e Scopus, por meio de descritores facilitadores para cada base individualmente. Priorizou-se trabalhos dos últimos 5 anos, nos idiomas inglês e português, encontrados na integra. Resultados e Discussão: Os resultados, no total de 45 artigos, evidenciam que há diversas ferramentas facilitadoras do processo de Educação em Saúde. Essas inovações têm fortalecido a eficácia na melhoria da apreensão do conhecimento, bem como na mudança de hábitos e comportamentos da população, especialmente ao considerar comunidades com maior vulnerabilidade social. Considerações Finais: Infere-se, então, que a Educação em Saúde é uma metodologia estratégica essencial para a promoção da saúde na APS, pois centraliza o paciente em seu tratamento e estimula o protagonismo em seu cuidado. Destaca-se, ainda, a variedade de metodologias e ferramentas disponíveis, ressaltando a importância de selecionar as mais adequadas à realidade local e de fomentar a inovação nesse campo.

Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde, Educação em Saúde, Saúde Bucal.

1. INTRODUÇÃO

A criação e implementação do Sistema Único de Saúde (SUS), garantida pela Constituição Nacional de 1988, fundamentou-se em diversos princípios doutrinários, entre os quais destacam-se a universalidade de acesso, a integralidade e a equidade. Nesse contexto, surge a Estratégia de Saúde da Família (ESF) na Atenção Primária à Saúde (APS), propondo uma assistência focada na promoção, prevenção e reabilitação (Brasil, 1988; Brasil, 2004; Oliveira, Silva, Silva, 2022).

O cenário multiprofissional existente na APS, reforça que a Odontologia, consolidada na ESF pela Portaria nº 1.444 do Ministério da Saúde/2000, também deve atuar no cenário educativo proposto pelo caráter preventivo. Diante desse cenário, a Política Nacional de Saúde Bucal (PNSB), determina que da carga horária total da Equipe de Saúde Bucal (ESB), pelo menos 15% deva se destinar a atividades educativas e preventivas (Brasil, 2000; Brasil, 2004; Fusco et al., 2023).

As ações desenvolvidas na APS estão, constantemente, relacionadas e direcionadas ao conceito ampliado de saúde e à integralidade. Nesse contexto a Educação em Saúde (ES), expande o cuidado com abertura para o diálogo, pautando as atividades nas necessidades dos usuários do SUS (Marinho et al., 2022).

Ao se considerar a ES, pondera-se que se trata de uma ferramenta dinâmica de capacitação de indivíduos, na busca de promoção em saúde, configurando-se um relevante mecanismo na garantia de autonomia, proatividade e independência do paciente. Frente a isso, há garantia da valorização e inclusão dos saberes populares na transmissão de conhecimentos (Dias et al., 2022).

No âmbito da Saúde Bucal, a ferramenta de educação funciona como uma tarefa fundamental na transmissão de informações sobre diversas temáticas na área, como a manutenção da saúde bucal e a higienização dentária. Dessa forma, as configurações de trabalho dessas temáticas devem levar em consideração diversos aspectos, como o nível de conhecimento da população, a idade do público, dentre outros, com a finalidade de se estabelecer uma ferramenta educacional eficiente para a proposta trabalhada (Gonçalves; Scarparo, 2023).

Nesse contexto, observa-se uma variedade de ferramentas utilizadas para o processo de Educação em Saúde na APS. Diversas tecnologias, inclusive, têm ampliado, facilitado e dinamizado o fluxo de informações, garantido a construção do conhecimento em redes e expansão dos canais de comunicação na relação profissional/usuário (Rios et al., 2020; Pavinati et al., 2022). Assim, o objetivo desse trabalho é identificar a produção científica sobre as ferramentas educativas em Saúde Bucal que possam ser utilizadas na Atenção Primária.

2. MÉTODO

Trata-se de uma Revisão de Integrativa da Literatura (RIL), com caráter descritivo e abordagem qualitativa. A questão de pesquisa estrutura pelo acrônimo PICo [P: população (Profissionais de saúde bucal e pacientes/atendidos na Atenção Primária), I: fenômeno de interesse (ferramentas educativas em Saúde Bucal), Co: contexto (Atenção Primária)], foi: “Quais as evidências científicas sobre as ferramentas educativas em Saúde Bucal podem ser utilizadas na Atenção Primária?”.

A busca dos estudos foi realizada nas bases de dados Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Biblioteca Brasileira de Odontologia (BBO), BIGG – guias GRADE, Base de Dados em Enfermagem (BDENF) via Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e Scopus. Utilizou-se os descritores A estratégia de busca está descrita no quadro 1.

Quadro 1 – Estratégias de buscas utilizadas em cada base de dado. Teresina – PI, Brasil, 2024

Estratégia de busca aplicadas nas bases de dados
Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) (19), Literatura  Latino – Americana  e  do  Caribe  em  Ciências  da  Saúde  (LILACS)  e  Biblioteca  Brasileira  de Odontologia  (BBO) – (9), BIGG – guias GRADE (1), Base de Dados em Enfermagem (BDENF – (1)) via Biblioteca Virtual em Saúde – BVS (*podcast OR video* OR gam* OR aplicativo*) AND (“Educação em Saúde”) AND (“saúde bucal”)

 

 

 

 

 

Scientific Eletronic Library Online – SciELO
Scopus podcast OR video* OR gam* OR app* AND “Health Education” AND “oral health
Utilizou-se o truncamento (*) com o intuito de abranger as variações de palavras-chave, expandindo a amplitude da pesquisa

Fonte: Autores (2024).

Os critérios de elegibilidade para o desenvolvimento da RIL foram: estudos primários disponíveis gratuitamente em texto completo; publicados de janeiro de 2019 a março de 2024 nos idiomas português, inglês e espanhol. Foram excluídos estudos de revisão, teses, dissertações, estudos de caso, relato de experiência, carta ao editor e diretrizes.

Os artigos duplicados foram identificados e contabilizados apenas uma vez. Logo em seguida, houve a leitura da íntegra dos trabalhos selecionados e os dados foram submetidos a uma análise descritiva de conteúdo.

Os dados relevantes foram extraídos e tabulados em planilha do Software Excel®, contemplando as seguintes informações: número de identificação do artigo; título, autor(es), objetivo, abordagem metodológica e principais resultados. Com estes dados, foi criado um fluxograma PRISMA, relatando de forma transparente os fluxos da revisão (Page et al., 2021).

Após essa etapa, os artigos utilizados nesta revisão foram categorizados pelo nível de evidência, seguindo Melnyk; Fineout-Overholt (2005). Os autores classificam em: nível 1, as evidências provêm de revisões sistemáticas ou metanálises de todos os ensaios clínicos randomizados controlados relevantes, ou de diretrizes clínicas baseadas em revisões sistemáticas desses ensaios. O nível 2 inclui evidências oriundas de pelo menos um ensaio clínico randomizado controlado bem planejado. No nível 3, encontram-se as evidências de ensaios clínicos bem estruturados, porém sem randomização. No nível 4, as evidências vêm de estudos de coorte e de caso-controle bem delineados. O nível 5 reúne evidências de revisões sistemáticas de estudos descritivos e qualitativos. No nível 6, as evidências são derivadas de um único estudo descritivo ou qualitativo. Por fim, o nível 7 inclui evidências baseadas na opinião de especialistas e/ou em relatórios de comitês especializados.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A partir da busca, foram identificados artigos potencialmente relevantes entre as bases de dados; Medical Literature Analysis and Retrieval System Online – MEDLINE n=287, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde – LILACS n=23 e Biblioteca Brasileira de Odontologia – BBO n=20, BIGG – guias GRADE n= 1, Base de Dados em Enfermagem – BDENF n=2 via Biblioteca Virtual em Saúde – BVS e SCOPUS n= 1.393. Após critérios de inclusão, restaram 297 para análise e leitura dos artigos, onde foram excluídos 197 conforme critérios estabelecidos. Destes, 97 foram eleitos para a leitura na íntegra, dos quais 52 não responderam aos objetivos proposto, perfazendo, portanto, uma amostra de 45 artigos elegíveis para compor esta revisão, conforme apresentado na Figura 1.

Imagem 1 – Evidências científicas sobre as ferramentas educativas em saúde bucal na APS

Fonte: Preferred Reporting Items for Systematic and Meta-Analyses – PRISMA (2024).

Dos trabalhos analisados, 43 foram publicados em inglês e apenas 2 em português. Em 2019 foram divulgados 3 artigos a respeito da temática, observando um crescimento discreto nos últimos anos, sendo o ano de 2021 com maior número de publicações, totalizando, neste ano, 14 artigos. Os principais resultados, assim como identificação e abordagem metodológica estão descritos no Quadro 2.

Quadro 2 – Caracterização dos artigos analisados, considerando base de dado, título, autores, abordagem metodológica e principais resultados. Teresina – PI, Brasil, 2024

SCOPUS
ID Título Autor (es) / Ano Abordagem metodológica Principais resultados Nível de evidência
1 Development of a dental diet-tracking mobile app for improved caries-related dietary behaviours: Key features and pilot evaluation of quality Goh et al. (2024) Estudo metodológico, com avaliação piloto de um aplicativo, com abordagem quantitativo Boa qualidade do aplicativo desenvolvido, sendo um potencial útil para dentistas e capacitação de pacientes para automonitoramento e gerenciamento comportamental. 6
2 Exploring Malaysian schoolchildren’s perception of the advantages and disadvantages of the ToothPoly board game: a qualitative study Abdul Razakek et al. (2024) Abordagem qualitativa descritiva O jogo de tabuleiro ToothPoly foi percebido como uma ferramenta útil, interativa e divertida para aprender sobre saúde bucal em pequenos grupos. 6
3 The impact of school-based social media and online technology on oral health education for individuals with disability Mifisud; Attard; Gatt (2024) Estudo prospectivo

intervencionista com abordagem qualitativa

As modalidades de educação em saúde bucal online podem ser usadas de forma eficaz por profissionais de odontologia para educar indivíduos com deficiências e seus cuidadores regularmente. 6
4 Impact of smartphone application ‘Dent-O-Xpert’ on oral health related knowledge, attitude and behavior of young adults – A randomized control trial Nagarajappa et al. (2023) Estudo aleatório, duplamente cego e controlado A intervenção realizada apresentou-se eficiente, mediante proposta de aumento de conhecimento de saúde bucal no público selecionado. 1
5 HPV-Related Oral Lesions: YouTube Videos Suitability for Preventive Interventions including Mass-Reach Health Communication and Promotion of HPV Vaccination Di Spirito et al. (2023)

 

Estudo transversal com abordagem descritiva e quantitativa Vídeos educativos do YouTube e outras mídias de massa podem ser usados para melhorar o conhecimento do paciente sobre lesões orais relacionadas ao HPV e promover a vacinação contra o HPV. 4
6 The Use of the Modified Twister Educational Game Application as Dental and Oral Health Education Media Widodorini; Salsabila (2023) Estudo quase experimental A intervenção realizada foi efetiva ao evidenciar mudanças de comportamentos odontológicos e de saúde bucal em escolares. 3
7 Using traditional rhyme (folk song) as a tool for oral hygiene promotion (UTRATOHP) among children in rural communities in Nigeria: A protocol for a randomised controlled trial Fagbule et al. (2023) Ensaio clínico controlado randomizado A utilização de canções populares para ministrar educação para a saúde oral pode ser um método eficaz, aceitável e sustentável entre crianças. 2
8 Effectiveness of an Oral Health Education Program Using a Smart Toothbrush with Quantitative Light-Induced Fluorescence Technology in Children Lee et al. (2023) Ensaio clínico randomizado controlado A utilização do aplicativo proporcionou boa educação sobre saúde bucal e um efeito de redução de placa bacteriana para crianças de 6 a 12 anos. 2
9 Using Codesign to Develop a Novel Oral Healthcare Educational Intervention for Undergraduate Nursing Students Rojo et al. (2023) Estudo metodológico com abordagem qualitativa O emprego de uma abordagem de codesign no âmbito da educação em saúde bucal, foi benéfico no desenvolvimento de uma intervenção de saúde bucal. 6
10 An interdisciplinary intervention program to prevent early childhood caries in the Dominican Republic Abreu-Placeres et al. (2023) Ensaio clínico randomizado O estudo não demonstrou, por meio do ensaio clínico, efetividade no controle da progressão da cárie, no entanto conseguiu identificar barreiras que não permitem que os pediatras ofereçam aos pais recomendações adequadas de saúde bucal. Sendo possível trabalhar programas colaborativos com esses profissionais.  

 

 

 

2

11 Impact of School-based Oral Health Education on Knowledge, Practice of School Children Makhdoom; Malik; Mohammad (2022) Estudo longitudinal prospectivo com abordagem qualitativa Programas de educação em saúde bucal de curto prazo, incluindo recursos áudio visual, podem ser úteis para melhorar a higiene bucal e a saúde gengival. 6
12 Analysis of Quality, Usefulness, Reliability, Visibility, and Popularity of Videos about Dental Caries on YouTube A Cross-sectional Analysis Rachmawati et al. (2022) Classificado pelos autores como estudo analítico transversal com abordagem quantitativa descritiva Apesar das informações sobre cáries dentárias no YouTube são limitadas em qualidade, os vídeos do YouTube têm um papel potencialmente importante na educação sobre saúde bucal.  

4

13 História em quadrinhos para educação em saúde bucal: construção, validação e análise da eficácia Silva et al. (2022) Estudo analítico transversal quantitativo A alternativa de história em quadrinhos mostrou-se estatisticamente eficaz no aumento da frequência do uso do fio dental, com boa aceitação de crianças e pais. 3
14 Effectiveness of an integrated model

of oral health-promoting schools in improving children’s knowledge and the KAP of their parents, Iran

Tahani et al. (2022) Estudo quase-experimental

quantitativa

A educação ministrada na Escola Promotora de Saúde Oral teve efeitos positivos no conhecimento, atitude e prática dos alunos e pais a respeito da saúde bucal. 3
15 Influence of digital media in the oral health education of mother-child pairs: study protocol of a parallel double-blind randomized clinical trial Ribeiro et al. (2022) Ensaio clínico randomizado, duplo-cego e paralelo Vídeos educativos enviados a mãe-filho pelo aplicativo WhatsApp podem melhorar o comportamento e os resultados da higiene bucal, especialmente quando comparado com programas tradicionais de promoção da saúde. 2
16 Evaluation of the Effectiveness of Video-based Intervention on the Knowledge of Infant Oral Health among New Mothers Singh et al. (2022) Estudo quase experimental quantitativa A intervenção realizada evidenciou uma melhora altamente significativa no conhecimento sobre a temática abordada. 2
17 Adolescents’ opinions on the use of a smartphone application as an oral health education tool: A qualitative study Ab Mumim et al. (2022) Descritivo de abordagem qualitativa A utilização de aplicativo para smartphone pode ser uma estratégia oportuna para melhorar a educação em saúde oral e melhorar o comportamento desta faixa etária (14 e 16 anos). 6
18 Effect combined learning on oral health self-efcacy and self-care behaviors of students: a randomized controlled trial Hashemi et al. (2021) Ensaio clínico randomizado O uso de animação combinada com outras estratégias para educação de autocuidado em saúde bucal pode influenciar positivamente o desempenho e a autoeficácia de escolares (6 a 12 anos). 2
19 Tooth brushing performance in adolescents as compared to the best-practice demonstrated in group prophylaxis programs:

an observational study

Eidenhardt et al. (2021) Estudo transversal quantitativo

 

As instruções de escovação dentária fornecidas não foram atendidas, na maioria dos casos. Isso se deve ao fato que os adolescentes não adotam o conceito de escovação completa dos dentes. 4
20 Easy to read health education material improves oral health literacy of older adults in rural community-based care centers: A quasi-experimental study Sun et al. (2021) Estudo quase experimental com abordagem

quantitativa

A introdução da alfabetização (modelo EZ) para leitura na concepção de material de educação em saúde para idosos em áreas rurais melhorou significativamente a sua literacia em saúde oral. 3
21 Effectiveness of supervised tooth brushing exercise on the oral hygiene status of school going children in peshawar Nasir et al. (2021) Estudo observacional prospectivo com abordagem quantitativa A escovação dentária supervisionada melhorou o estado de higiene oral das crianças em idade escolar. 3
22 Effectiveness of reminder sticker books at increasing dental health knowledge and oral hygiene Effendi et al. (2021) Estudo quase experimental, com análise descritiva e quantitativa Os livros de adesivos de lembrete podem aumentar o conhecimento sobre saúde bucal em crianças de 7 a 8 anos. 3
23 Comparison between conventional, game-based, and self-made storybook-based oral health education on children’s oral hygiene status: A prospective cohort study Sharma et al. (2021) Estudo de coorte prospectivo, com abordagem quantitativa Dentre as ferramentas utilizadas, houve destaque para os livros de história, seguido dos jogos. Dessa forma, o uso de livros de histórias deve ser encorajado para educar crianças sobre conceitos básicos de saúde bucal. 4
24 Oral health promotion apps: An assessment of message and behaviour change potential Kaczmarczyk et al. (2021) Abordagem qualitativa A qualidade da informação disponível em mensagens educativas em saúde bucal, precisam ser melhoradas para se tornarem eficazes. 6
25 Assessing a Smartphone App (AICaries) That Uses Artificial Intelligence to Detect Dental Caries in Children and Provides Interactive Oral Health Education: Protocol for a Design and Usability Testing Study Xiao et al. (2021) Estudo metodológico com abordagem quantitativa A ferramenta educativa utilizada se mostrou eficaz na identificação de cárie dentária precoce, assim como na obtenção de conhecimento para reduzir o risco de cárie em crianças. 6
26 Effectiveness of social media based oral health promotion programme among 18-20 year old city college students – A comparative study Subburaman et al. (2021) Estudo quase experimental com abordagem quantitativa A intervenção educativa realizada através do WhatsApp melhorou significativamente o estado de saúde oral e a prática em saúde bucal entre os seus usuários. 4
27 Incorporation of Storytelling as a Method of Oral Health

Education among 3–6-year-old Preschool Children

Shruti; Govindraju; Sriranga (2021) Estudo quase experimental com abordagem qualitativa O método de contação de histórias foi eficaz na melhoria das práticas de higiene relacionado à saúde bucal de crianças de 3 a 6 anos. 6
28 Evaluation on the effectiveness of a peer led video on oral hygiene education in young children Yeo et al. (2020) Estudo experimental com abordagem quantitativa O vídeo foi um método eficaz para o conhecimento sobre higiene oral, relacionado a frequência de escovação e quantidade de pasta de dente, além do comportamento de usar a escova de dentes em movimentos circulares.  

2

 

29 The effect of using a mobile application (“WhiteTeeth”) on improving oral hygiene: A randomized controlled trial Scheerman et al. (2020) Estudo randomizado e controlado O uso de um aplicativo móvel para educação em higiene oral de adolescentes com aparelhos ortodônticos fixos, permitiu melhorias da higiene oral. 1
30 WhatsApp-assisted Oral Health Education and Motivation: A Preliminary Randomized Clinical Trial Al-ak’hali et al. (2020) Ensaio clínico randomizado Após a intervenção, as médias de índice de placa e índice gengival não foram significativamente diferentes entre os grupos analisados. Evidenciado que a implementação de mensagens instantâneas do WhatsApp não parece agregar benefícios extras à motivação e educação tradicionais sobre práticas de higiene bucal. 1
31 Digital Media as a Proponent for Healthy Aging in the Older Chinese American Population: Longitudinal Analysis Shu; Woo (2020) Estudo longitudinal com abordagem quantitativa A combinação de ferramentas digitais, como YouTube, mídia social e plataformas de mensagens como o WhatsApp pode ajudar a transcender barreiras culturais e linguísticas e promover saúde bucal. 4
32 Comparison of Effectiveness of Mobile App versus Conventional Educational Lectures on Oral Hygiene Knowledge and Behavior of High School Students in Saudi Arabia Zahid et al. (2020) Estudo transversal com abordagem quantitativa O aplicativo desenvolvido pode ser uma ferramenta valiosa para melhorar o conhecimento, a atitude e o comportamento em saúde bucal.  Entretanto, necessita de ajustes em conteúdo e os recursos.  

2

 

33 Effectiveness of an Oral Health Education Program to Improve Mothers’ Awareness of Natal Teeth: A Randomized Controlled Study Bankole; Lawal (2020) Ensaio clínico randomizado Programa de educação em saúde, por meio de palestra sobre saúde bucal e um vídeo sobre dentes natais tende a aumentar a conscientização das mães sobre os dentes natais como um fenômeno normal. 2
34 Comparison of impact of oral hygiene instructions given via sign language and validated customized oral health education skit video on oral hygiene status of children with hearing impairment et al. (2020) Ensaio clínico randomizado A língua de sinais  e a modelagem de vídeo personalizada validada influenciam positivamente o estado de higiene oral da criança com deficiência auditiva de forma equivalente. 2
35 Smartphone apps: A state-of-the-art approach for oral health education Nayak et al. (2020) Estudo transversal com abordagem quantitativa Foi encontrado um total de 146 aplicativos de saúde oral para uso dos pacientes, sendo que os mais comuns eram sobre técnicas de higiene oral (33,5%) e temporizadores de escovação dos dentes (25,3%). A maioria dos aplicativos (69,2%) estava disponível para descarregar sem qualquer custo. Evidenciando, assim, que há um número considerável de aplicativos móveis disponíveis para ajudar os pacientes a manterem a saúde bucal 6
36 Using Augmented Reality to Motivate Oral Hygiene Practice in Children: Protocol for the Development of a Serious Game Amantini et al. (2020) Estudo metodológico com abordagem qualitativa Espera-se que a ferramenta desenvolvida apoie na prevenção de doenças bucais por meio do compartilhamento de pesquisas científicas no ambiente escolar e na comunidade.  

6

 

37 GoPerio – impact of a personalized vídeo and an automated two-way text-messaging system in oral hygiene motivation: study

protocol for a randomized controlled trial

Garyga et al. (2019) Ensaio clínico multicêntrico, randomizado e controlado A abordagem inovadora de eHealth pode melhorar a motivação dos pacientes para a higiene oral. 1
38 Development and Evaluation of a Mobile OralHealth Application for Preschoolers

 

Campos et al. (2019) Ensaio clínico, com abordagem quali-quantitativa O aplicativo para saúde bucal foi bem-sucedido em relação aos três atributos avaliados: (1) eficácia, (2) eficiência e (3) satisfação. 2
39 Why video health education messages should be considered for all dental waiting rooms McNab; Skapetis (2019) Estudo quase experimental com abordagem qualitativa A educação em saúde bucal em formato de vídeo usada em salas de espera odontológicas foi considerada eficaz na educação de pacientes e na motivação de mudanças de comportamentos. 6
MEDLINE via BVS
40 Characterizing the Content Related to Oral Health Education on TikTok Fraticelli et al. (2021) Estudo quali-quantitativo A avaliação de conteúdo de vídeos indicou que o público-alvo do TikTok ficou satisfeito com os produtos visualizados, sendo orientados a pensar criticamente e considerar o conteúdo dos vídeos de saúde bucal com cautela. Ressalta-se que o envolvimento de profissionais de saúde na escrita e validação dos vídeos pode ser um valor agregado para responder positivamente às necessidades dos adolescentes. 6
41 Effect of Oral Health Education Using a Mobile App (OHEMA) on the Oral Health and Swallowing-Related Quality of Life in Community-Based Integrated Care of the Elderly: A Randomized Clinical Trial Ki et al. (2021) Ensaio clínico randomizado O aplicativo móvel (OHEMA) parece ser uma ferramenta útil para a educação em saúde bucal para idosos, pois melhorou o SWAL-QoL (relacionada a deglutição). 2
42 Effect combined learning on oral health self-efficacy and self-care behaviors of students: a randomized controlled trial Hashemi et al. (2021) Estudo intervencionista

com abordagem quantitativa

O uso de animação combinado com outras estratégias de educação para o autocuidado em saúde bucal pode influenciar positivamente o desempenho e a autoeficácia dos alunos. 2
43 A music- and game-based oral health education for visually impaired school children; multilevel analysis of a cluster randomized controlled trial Sharififard et al. (2020) Ensaio clínico randomizado A técnica Audio Tactile Performance (ATP) é um método eficaz para melhorar o estado de saúde bucal de crianças escolares com deficiência visual. Programas de promoção da saúde bucal podem ser feitos usando este método para lidar com problemas de higiene bucal em crianças com deficiência visual. 2
LILACS via BVS
44 “Cuidando do Ursinho”: extensão universitária interdisciplinar em saúde da criança Ferreira et al. (2021) Abordagem qualitativa Foi possível perceber que os conhecimentos de saúde bucal trabalhados foram aprendidos pelas crianças. 6
45 Impact of different modes of school dental health education on oral health-related knowledge, attitude and practice behaviour: an interventional study GeethaPriya et al. (2020) Estudo randomizado e controlado Todos os três modos (drama, jogo de cobra e escada modificado, flashcard) foram eficazes em melhorar o comportamento relacionado à saúde bucal de crianças em idade escolar. 2

Fonte: Autores (2024).

Ao analisar os tipos de ferramentas, observou-se destaque do uso de metodologias ativas e inovadoras como uso de aplicativos, vídeos educativos, jogos e comunicação online.  As temáticas abordadas nas ações foram variadas, havendo predomínio da higiene bucal, comprovando, assim, a relevância da prevenção no cuidado em saúde. Não houve um consenso quanto ao público – alvo, mas uma prevalência para o infantil/escolar. Para este item, destacou-se ainda, alguns trabalhos que voltaram sua atenção para públicos especiais, como pessoas surdas. Essas informações estão sintetizadas no quadro 3.

Quadro 3 – Síntese dos tipos de ferramentas, temáticas e público – alvo dos trabalhos selecionados. Teresina – PI, Brasil, 2024

ID Ferramentas Temáticas Público – alvo
1 Aplicativo Relação dieta alimentar e cárie dentária Estudantes de Odontologia do 1º ano
2 Jogo de tabuleiro Saúde bucal Crianças em idade escolar
3 Comunicação online Higiene bucal e alimentação em relação à saúde bucal Escolares (3 a 22 anos)
4 Aplicativo Conhecimento de saúde bucal Jovens adultos
5 Vídeos educativos Lesões orais relacionadas ao HPV Não se aplica
6 Jogo educativo Comportamento sobre saúde bucal e dentária Escolares
7 Canções Higiene bucal Crianças (7 a 9 anos)
8 Educação em Saúde remota, com uso de escovas de dente inteligente e análise por dispositivo de imagem digital Higiene bucal Crianças (6 a 12 anos)
9 Codesign; Workshops; Vídeos Saúde bucal Estudantes de enfermagem
10 Guia impresso Cárie Pediatras e pais/responsáveis
11 Métodos verbais e audiovisuais Higiene bucal  Crianças
12 Vídeos Cárie Não se aplica
13 História em quadrinhos Higiene oral (ex.: fio dentário) Crianças entre 6 e 12 anos
14 Panfletos, diários de escovação de dentes, vídeos, atividades domésticas, mensagens em redes sociais Saúde Bucal (ex.: escovação dentária, uso de creme dental fluoretado) Crianças e pais/responsáveis
15 Linkedin  Higiene bucal Criança e pais/responsáveis
16 Vídeo interativo Saúde bucal Mães
17 Aplicativo Saúde bucal Adolescentes
18 Animações e jogos Autocuidado em saúde bucal Estudantes entre 6 e 12 anos
19 Programas de Profilaxia Escovação dentária Adolescentes
20 Slides e questionário de alfabetização Saúde bucal Idosos
21 Escovação supervisionada Escovação dentária Crianças em idade escolar
22 Livros de adesivo Higiene bucal Crianças de 7 e 8 anos
23 Método convencional de Educação em Saúde, Jogos, Livros de histórias Saúde bucal Crianças em idade escolar de 7 a 12 anos
24 Aplicativo Intervenções preventivas de saúde bucal Não se aplica
25 Aplicativo Cárie dentária Pais/responsáveis e cuidadores
26 Linkedin  Saúde bucal Estudantes universitários
27 Narração de histórias Escovação, alimentação e enxágue bucal Escolares dos 3 aos 6 anos
28 Vídeo educativo Higiene bucal Crianças (6 a 8 anos)
29 Aplicativo móvel Higiene oral em pacientes ortodônticos Adolescentes
30 Linkedin  Higiene bucal Pacientes com gengivite
31 Mídias sociais Saúde bucal Idosos
32 Aplicativo e palestras convencionais Higiene bucal Adolescentes do ensino médio
33 Vídeo Importância da dentição decídua Mães
34 Língua de sinais e vídeo educativo Higiene bucal Crianças com deficiência auditiva
35 Aplicativo Saúde bucal (ex.: escovação) Não se aplica
36 Jogo Higiene bucal Crianças
37 Vídeo e entrevista motivacional Higiene bucal Maiores de 18 anos
38 Jogo educativo para dispositivos móveis Alimentos e saúde bucal Crianças
39 Vídeo Cuidados bucais (ex.: escovação, tabagismo, consumo de doces) Usuários do serviço de Odontologia de um hospital público
40 Vídeos Tik Tok Saúde bucal Não se aplica
41 Aplicativo Cuidado em saúde oral associada à deglutição da população idosa Idoso
42 Animações e jogos Autocuidado em saúde bucal Estudantes entre 6 e 12 anos
43 Técnica Audio Tactile Performance (ATP) sozinha e combinada Saúde bucal / higiene bucal Crianças com deficiência visual
44 Jogo de tabuleiro

Jogos dinâmicos (ex.: amarelinha da higiene; masterchef saudável)

Higiene bucal e cárie dentária Crianças
45 Drama, jogo de cobra e escada modificado, flashcard  Saúde bucal Crianças em idade escolar

Fonte: Autores (2024).

Diversos estudos se debruçaram em novas metodologias e ferramentas de Educação em Saúde no âmbito da saúde bucal. Os resultados evidenciam diferentes meios, principalmente digitais, para esta finalidade, como aplicativos, jogos educativos, vídeos, programas educacionais online, canções, podcast, modelos dentários, animações, fantoches, mensagens instantâneas (Mcnab; Skapetis, 2019; Campos et al., 2019; Garyga et al., 2019; Amantini et al., 2020; Nayak et al., 2020; Sharififard et al., 2020; Shu; Woo, 2020; Al-Ak’hali et al., 2020; Scheerma et al., 2020; Yeo et al., 2020; Ki et al., 2021; Hashemi et al., 2021; Subburaman et al., 2021; Xiao et al., 2021; Kaczmarczyk et al., 2021; Nasir et al., 2021; Fraticelli et al., 2021; Eidenhardt et al., 2021; Hashemi et al., 2021; Ab Mumim et al., 2022; Singh et al., 2022; Ribeiro et al., 2022; Rachmawati et al., 2022; Fagbule et al., 2023; Lee et al., 2023; Di Spirito et al., 2023; Widodorini; Salsabila, 2023; Goh et al., 2024; Mifisud; Attard; Gatt, 2024).

Entretanto, existem trabalhos que evidenciam, ainda, a utilização de meios impressos e/ou mais tradicionais para a execução do processo de Educação em Saúde bucal (Ferreira et al., 2021; Shruti; Govindraju; Sriranga, 2021; Sharma et al., 2021; Effendi et al., 2021; Sun et al., 2021; Abdul Razakek et al., 2024; Nagarajappa et al., 2023).  Abreu-Placeres et al. (2023), por exemplo, utilizaram um guia impresso para pais e pediatras, com a finalidade de testar a eficácia na prevenção da cárie precoce na infância por meio de um programa de intervenção educacional. Enquanto Silva et al. (2022) confeccionaram história em quadrinhos impressos para trabalhar com público infantil.

Existem estudos que realizaram uma mistura de ferramentas, as impressas/tradicionais e as digitais (Geethapriya et al., 2020; M et al., 2020; Bankole; Lawal, 2020; Zahid et al., 2020; Rojo et al., 2023). Makhdoom; Malik; Mohammed (2022) utilizaram métodos verbais e audiovisuais, com estudantes de 10 e 13 anos, para a Educação em Saúde Bucal. Os autores realizaram uma comparação de grupos, no qual um recebeu meios impressos de informação, outros meios digitais e ainda um último grupo sem qualquer tipo de intervenção. Tahani et al. (2022), também, fizeram um misto de ferramentas, utilizando-se meios impressos e digitais, com objetivo de promover Educação em Saúde com pais.

Dentre os estudos obtidos nos resultados, a validação não foi ponto em comum. Poucos estudos publicados e aqui analisados se dispuseram a realizar essa etapa do trabalho científico caracterizado como metodológico. Di Spirito et al. (2023) foram um dos autores que ao avaliar vídeos educativos online, conseguiu julgar o nível de qualidade do conteúdo trabalhado nessas ferramentas, além de averiguar o nível de confiabilidade do material. Ribeiro et al. (2022), ao desenvolver uma história em quadrinhos, também considerou a etapa de validação.

Ao se analisar o público-alvo dos artigos eleitos, a minoria trabalha com adultos e/ou jovens adultos para a avaliação do desenvolvimento de ferramentas estratégicas (McNab; Skapetis, 2019; Garyga et al., 2019; Shu; Woo, 2020; Fraticelli et al., 2021; Xiao et al., 2021; Singh et al., 2022; Abreu-Placeres et al., 2023; Rojo et al., 2023; Goh et al., 2024; Nagarajappa et al., 2023). Houve, também, estudos em que os autores conseguiram trabalhar com pais e crianças (Ribeiro et al., 2022; Tahani et al., 2022).

Mifisud; Attard; Gatt (2024) destacam em seu trabalho a relevância de inserir discentes de um centro escolar, com idades de 3 a 22 anos, com diversas deficiências. Enquanto M et al. (2020), inserem a comunidade surda, utilizando no processo de Educação em Saúde na linguagem específica desse público. Sharififard et al. (2020) incluem na sua proposta, além de mães, crianças com deficiência visual. Estes trabalhos, corroboram com o 10º Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS), que apregoa a redução das desigualdades.  Destacam-se, também, aqueles trabalhos que considerou o público idoso e o processo do envelhecimento, este em uma abordagem mais ampla (Shu; Woo, 2020; Ki et al., 2021; Sun et al., 2021).

As temáticas educativas em saúde bucal são bastantes ampliadas. Ao especificar um assunto, o mais abordado foi higiene bucal, incluindo escovação (Garyga et al., 2019; Yeo et al., 2020; Scheerman et al., 2020; Al-Ak’hali et al., 2020; Shruti et al., 2021; Nasir et al., 2021; Eidenhardt et al., 2021; Lee et al., 2023; Fagbule et al., 2023; Nagarajappa et al., 2023). A dieta odontológica foi considerada, diretamente, por Goh et al. (2024). Outra temática em alta, foi a cárie dentária (Rachmawati et al., 2021; Kaczmarczyk et al., 2021; Xiao et al., 2021; Abreu-Placeres et al., 2023).

Limitações, inerentes a qualquer trabalho científico, foram relatadas em todos os trabalhos utilizados, contudo uma se destacou, a pandemia do covid-19. Alguns estudos utilizados na construção deste trabalho, foram desenvolvidos durante a pandemia de covid-19, condição que limitou a amostra, bem como dificultou a assiduidade dos participantes (Sun et al., 2021; Abreu-Placeres et al., 2023; Abdul Razakek et al., 2024).

Ademais, ao se considerar os principais resultados encontrados com as metodologias aplicadas, evidencia-se que na maioria dos trabalhos as atividades desenvolvidas foram pontuais, impossibilitando uma avaliação a médio e longo prazo da metodologia utilizada. Entretanto, evidenciou-se, um destaque significativo para a efetividade dos resultados quando avaliados de forma imediata. Evidencia-se, assim, a necessidade estudos de aplicação clínica das ações de educação em saúde e de um acompanhamento do público por um período de tempo maior, a fim de se observar mudanças capazes de se tornar efetivos os objetivos propostos nos trabalhos.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Educação em Saúde é uma metodologia estratégica para promoção da saúde, preconizada pela APS, na qual os profissionais conseguem trazer o paciente para o centro do seu tratamento, efetivando, dessa forma, o protagonismo desse indivíduo no seu cuidado em saúde. A partir da análise dos estudos aqui revisados, infere-se que a implementação dessa metodologia no âmbito da saúde bucal, por meio de diversas ferramentas, tem um impacto significante na promoção e prevenção de doenças orais, como a cárie dentária.

Ademais, fica evidenciada que existe uma diversidade de métodos e abordagens que podem ser aplicadas quando se considera a ES Bucal, incluindo desde programas educativos em escolas até o uso de recursos digitais como aplicativos e podcasts. Essas inovações têm fortalecido a eficácia na melhoria da apreensão do conhecimento, bem como no foco maior da ES, que é a mudança de hábitos e comportamentos da população, especialmente ao considerar comunidades com maior vulnerabilidade social.

Nesse contexto, diante da mudança e da diversidade de metodologias se torna impreterível que os profissionais da saúde bucal, estejam preparados para essas alterações, assim como para a utilização e propagação das ferramentas que surgem constantemente. Dessa forma, a literatura aponta para a importância da capacitação contínua destes profissionais.

Em suma, compreende-se a relevância das ferramentas educativas como componente essencial da APS, que contribui para a promoção e a prevenção de doenças em diversos âmbitos da saúde, incluindo a bucal, como aqui destacada. Assim, o fortalecimento dessas iniciativas, atrelada a políticas públicas que incentivem a efetivação da ES, pode favorecer um resultado com melhorias significativas na qualidade de vida da população geral.

Apesar dos entraves, que são passíveis de estar presente em qualquer trabalho científico, entende-se a relevância deste trabalho, embasado nos artigos encontrados como resultados. Haja vista que ao promover a identificação das principais ferramentas de Educação em Saúde Bucal, a ESB pode compreender como e qual melhor forma se adere a sua realidade para executá-la. Ademais, se faz necessário a continuidade da escrita com essa temática diante da importância da ES, bem como a inovação nessa área.

REFERÊNCIAS

AB MUMIM, N. et al. Adolescents’ opinions on the use of a smartphone application as an oral health education tool: A qualitative study. Digit Health, n.8, 2022.

ABDUL RAZAKEK, N.F.S. et al. Exploring Malaysian schoolchildren’s perception of the advantages and disadvantages of the ToothPoly board game: a qualitative study. J Clin Pediatr Dent, v. 48, n. 1, p. 101-110, 2024.

ABREU-PLACERES, N. et al. An interdisciplinary intervention program to prevent early childhood caries in the Dominican Republic. Front Oral Health, v. 4, 2023.

AL-AK’HALI, M. S et al. WhatsApp-assisted Oral Health Education and Motivation: A Preliminary Randomized Clinical Trial. J Contemp Dent Pract, v. 21, n. 8, p. 922-925, 2020.

AMANTINI, S. N. S. R. et al. Using Augmented Reality to Motivate Oral Hygiene Practice in Children: Protocol for the Development of a Serious Game. JMIR Res Protoc., v. 17, n. 9, e.10987, 2020.

BANKOLE, O.O.; LAWAL, F.B. Effectiveness of an Oral Health Education Program to Improve Mothers’ Awareness of Natal Teeth: A Randomized Controlled Study. Pesqui. Bras. Odontopediatria Clín. Integr., v. 20, e.0001, 2020.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário Oficial. Brasília, 1988. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: 24 dez. 2023.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº1444/GM. Diário Oficial. Brasília, 2000. Disponível em: <http://www1.saude.rs.gov.br/dados/11652497918841%20Portaria%20N%BA%201444%20de%2028%20dez%20de%202000.pdf#:~:text=Portaria%20n.o%201444%2FGM%20Em%2028%20de%20dezembro%20de,Sa%C3%BAde%2C%20no%20uso%20de%20suas%20atribui%C3%A7%C3%B5es%20e%2C%20considerando>. Acesso em: 19 dez. 2023.

BRASIL. Ministério da Saúde, Secretária de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica Coordenação Nacional de Saúde Bucal. Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal. Diário Oficial. Brasília, 2004. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_brasil_sorridente.pdf>. Acesso em: 19 dez. 2023.

CAMPOS, L. F. X. A. et al. Development and Evaluation of a Mobile Oral Health Application for Preschoolers. Telemed J E Health, v. 25, n. 6, p. 492-498, 2019.

DIAS, E.G. et al. A educação em saúde sob a ótica de usuários e enfermeiros da Atenção Básica. Saúde e Desenvolvimento Humano, v. 10, n. 1, p. 1-13, 2022.

DI SPIRITO, F. et al. HPV-Related Oral Lesions: YouTube Videos Suitability for Preventive Interventions including Mass-Reach Health Communication and Promotion of HPV Vaccination. Int J Environ Res Public Health, v. 20, n. 11, p. 5972, 2023.

EIDENHARDT, Z. et al. Tooth brushing performance in adolescents as compared to the best-practice demonstrated in group prophylaxis programs: an observational study. BMC Oral Health, v. 21, n. 1, p. 359, 2021.

EFFENDI, M.C. et al. Effectiveness of reminder sticker books at increasing dental health knowledge and oral hygiene. Dental Journal, v. 54, n. 1, p. 5, 2021.

FAGBULE, O.F. et al. Using traditional rhyme (folk song) as a tool for oral hygiene promotion (UTRATOHP) among children in rural communities in Nigeria: A protocol for a randomised controlled trial. PLoS One, v. 18, n. 6, e0280856, 2023.

FRATICELLI, L. et al. Characterizing the Content Related to Oral Health Education on TikTok. Int J Environ Res Public Health, v. 18, n. 24, p.13260, 2021.

FERREIRA, D.C. et al. “Cuidando do Ursinho”: extensão universitária interdisciplinar em saúde da criança. Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, v. 16, n. 43, p. 2524, 2021.

FUSCO, L.A. et al. Práticas adotadas pelas equipes de saúde bucal na estratégia saúde da família: uma revisão da literatura. Arquivo Ciência Saúde, v. 27, n. 2, p. 666-683, 2023.

GARYGA, F.P.V et al. GoPerio – impact of a personalized video and an automated two-way text-messaging system in oral hygiene motivation: study protocol for a randomized controlled trial. Trials, v. 20, n. 1, p. 699, 2019.

GEETHAPRIYA, PR et al. Impact of different modes of school dental health education on oral health-related knowledge, attitude and practice behaviour: an interventional study. Eur Arch Paediatr Dent., v. 21, n. 3, p. 347-354, 2020.

GOH, C.E. et al. Development of a dental diet-tracking mobile app for improved caries-related dietary behaviours: Key features and pilot evaluation of quality. Digit Health, v. 31, n.10, 2024.

GONÇALVES, L.C.; SCARPARO, A. Educação em saúde bucal e as diferentes fases da vida – uma revisão da literatura. Revista Sul-brasileira de Odontologia, v. 20, n. 1, p. 190-197, 2023.

HASHEMI, Z.S. et al. Effect combined learning on oral health self-efcacy and self-care behaviors of students: a randomized controlled trial. BMC Oral Health, v. 21, n. 1, p. 342, 2021.

KACZMARCZYK, K.H. et al. Oral health promotion apps: an assessment of message and behaviour change potential. Int J Qual Health Care, v. 33, n. 1, 2021.

KI, J.Y. et al. Effect of Oral Health Education Using a Mobile App (OHEMA) on the Oral Health and Swallowing-Related Quality of Life in Community-Based Integrated Care of the Elderly: A Randomized Clinical Trial. Int. J. Environ. Res. Public Health., v. 18, n. 21, p. 1167-1169, 2021.

LEE, J. et al. Effectiveness of an Oral Health Education Program Using a Smart Toothbrush with Quantitative Light-Induced Fluorescence Technology in Children. Children (Basel), v. 10, n. 3, p. 429, 2023.

M, S.B. et al. Comparison of impact of oral hygiene instructions given via sign language and validated customized oral health education skit video on oral hygiene status of children with hearing impairment. J Indian Soc Pedod Prev Dent., v. 38, n. 1, p. 20-25, 2020.

MAKHDOOM, S.; MALIK, L.A.; MOHAMMAD, S. Impact of School-based Oral Health Education on Knowledge, Practice of School Children. Pakistan Armed Forces Medical Journal, v. 72, n. 6, p. 2033-2036, 2022.

MCNAB, M.; SKAPETIS, T. Why video health education messages should be considered for all dental waiting rooms. PLoS One, v. 14, n. 7, e. 0219506, 2019.

MARINHO, M.N.A.S.B. et al.. Educação em saúde na Estratégia Saúde da Família: Saberes e práticas de enfermeiros – Revisão integrativa. Saúde em Redes, v. 28, n.1, p. 233-247, 2022.

MELNYK, B. M.; FINEOUT-OVERHOLT, E. Making the case for evidence-based practice. In: MELNYK, B. M.; FINEOUT-OVERHOLT, E. Evidence-based practice in nursing & healthcare: a guide to best practice. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 2005. p. 3-24.

MIFISUD, S.; ATTARD, N.; GATT, G. The impact of school-based social media and online technology on oral health education for individuals with disability. Spec Care Dentist, v. 44, n. 1, p. 206-213, 2024.

NAGARAJAPPA, S. et al. Impact of smartphone application ‘Dent-O-Xpert’ on oral health related knowledge, attitude and behavior of young adults – A randomized control trial. Clinical Epidemiology and Global Health, v. 24, 2023.

NASIR, S. et al. Effectiveness of supervised tooth brushing exercise on the oral hygiene status of school going children in peshawar. Pakistan Armed Forces Medical Journal, v. 71, n. 3, p. 957-961, 2021.

NAYAK, P.P. et al. Smartphone apps: a next-generation approach to oral health education. Journal Of Oral Research, v. 8, n. 5, p. 386-393, 2020.

OLIVEIRA, L.G.F.; SILVA, M.R.; SILVA, JLA. Treinamento em técnicas de urgência e emergência para profissionais da Estratégia de Saúde da Família: uma revisão de escopo. Revista de Casos e Consultoria, v. 13, n. 1, e131128487, 2022.

PAGE, M.J. et al. The PRISMA 2020 statement: An updated guideline for reporting systematic reviews. PLoS Med, v. 18, n. 3, e. 1003583, 2021.

PAVINATI, G. et al. Tecnologias educacionais para o desenvolvimento de educação em saúde: uma revisão integrativa. Arquivos de Ciência da Saúde da UNIPAR, v. 26, n. 3, p. 329-349, 2022.

RACHMAWATI, Y.L. et al. Analysis of Quality, Usefulness, Reliability, Visibility, and Popularity of Videos about Dental Caries on YouTube: A Cross-sectional Analysis. J Int Soc Prev Community Dent., v. 12, n. 2, p. 245-251, 2022.

RIBEIRO, YJS et al. Influence of digital media in the oral health education of mother-child pairs: study protocol of a parallel double-blind randomized clinical trial. Trials, v. 23, n. 1, p. 639, 2022.

RIOS, A.F. et al. Atenção primária à saúde frente à Covid-19 em um centro de saúde. Enfermagem em Foco, v. 11, n. esp., p. 246-251, 2020.

ROJO, J. et al. Using Codesign to Develop a Novel Oral Healthcare Educational Intervention for Undergraduate Nursing Students. Int. J. Environ. Res. Public Health, v. 20, n. 6, p. 491-499, 2023.

SHARIFIFARD, N. et al. A music- and game-based oral health education for visually impaired school children; multilevel analysis of a cluster randomized controlled trial. BMC Oral Health, v. 20, n. 1, p. 444, 2020.

SHARMA, S. et al. Comparison between Conventional, Game-based, and Self-made Storybook-based Oral Health Education on Children’s Oral Hygiene Status: A Prospective Cohort Study. Int J Clin Pediatr Dent., v. 14, n. 2, p. 273-277, 2021.

SHRUTI, T.; GOVINDRAJU, H.A..; SRIRANGA, J. Incorporation of Storytelling as a Method of Oral Health Education among 3-6-year-old Preschool Children. Int J Clin Pediatr Dent., v. 4, n. 3, p. 349-352, 2021.

SILVA, J.H.R. et al. História em quadrinhos para educação em saúde bucal: construção, validação e análise da eficácia. Mundo Saúde, v. 46, e. 12772022, 2022.

SINGH, R. et al. Evaluation of the Effectiveness of Video-based Intervention on the Knowledge of Infant Oral Health among New Mothers. Int J Clin Pediatr Dent., v. 15, n. 3, p. 280-286, 2022.

SCHEERMAN, J.FM. et al. The effect of using a mobile application (“WhiteTeeth”) on improving oral hygiene: A randomized controlled trial. Int J Dent Hyg., v. 18, n. 1, p. 73-83, 2020.

SHU, S.; WOO, B.K.P. Digital Media as a Proponent for Healthy Aging in the Older Chinese American Population: Longitudinal Analysis. JMIR Aging., v. 3, n. 1, e20321, 2020.

SUBBURAMAN, N. et al. Effectiveness of social media based oral health promotion programme among 18-20 year old city college students – A comparative study. Indian J Dent Res, v. 32, n. 4, p. 467-471, 2021.

SUN, K.T. et al. Easy to Read Health Education Material Improves Oral Health Literacy of Older Adults in Rural Community-Based Care Centers: A Quasi-Experimental Study. Healthcare (Basel), v. 9, n.11, p.1465, 2021.

TAHANI, B. et al. Effectiveness of an integrated model of oral health-promoting schools in improving children’s knowledge and the KAP of their parents, Iran. BMC Oral Health, v. 22, n. 599, 2022.

WIDODORINI, T.; SALSABILA, A.N. The Use of the Modified Twister Educational Game Application as Dental and Oral Health Education Media. Malaysian Journal of Medicine and Health Sciences, v. 19, supp. 5, p. 28-32, 2023.

XIAO, J. et al. Assessing a Smartphone App (AICaries) That Uses Artificial Intelligence to Detect Dental Caries in Children and Provides Interactive Oral Health Education: Protocol for a Design and Usability Testing Study. JMIR Res Protoc., v. 10, n. 10, e.32921, 2021.

YEO, K.Y. et al. Evaluation on the effectiveness of a peer led video on oral hygiene education in young children. J Vis Commun Med, v. 43, n. 3, p. 119-127, 2020.

ZAHID, T. et al. Comparison of Effectiveness of Mobile App versus Conventional Educational Lectures on Oral Hygiene Knowledge and Behavior of High School Students in Saudi Arabia. Patient Prefer Adherence, v. 14, p. 1901-1909, 2020.

NOTA

Os autores utilizaram a IA ChatGPT – versão não identificada na plataforma foi utilizada para revisão e correção gramatical português e inglês de alguns trechos. No entanto, todas as buscas pelos conteúdos, classificação da qualidade dos artigos, bem como análise dos conteúdos, escrita ciententífica na integra, formatação e todas demais etapas de construção de um artigo científico foram realizadas de maneira autoral.

[1] Cirurgiã-Dentista; Pós-Graduada em Saúde Pública com Ênfase em Saúde da Família; Discente do Mestrado Profissional em Saúde da Família do Centro Universitário UNINOVAFAPI. ORCID: 0009-0003-9133-5446.

Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/4445269346110850.

[2] Orientadora. Doutora em Engenharia Biomédica pela Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP), São José dos Campos, São Paulo, Brasil. Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). Graduada em Enfermagem pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). ORCID: 0000-0002-1648-5298. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/6252799610100325.

Material recebido: 11 de novembro de 2024.

Material aprovado pelos pares: 18 de novembro de 2024.

Material editado aprovado pelos autores: 21 de novembro de 2024.

4.9/5 - (12 votos)
Luciana Thais Rangel Souza

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pesquisar por categoria…
Este anúncio ajuda a manter a Educação gratuita