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Competências Gerenciais: Um Desafio para a Enfermagem

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CONTEÚDO

LESSA, Jeanne Duarte [1]

SILVA, Alayde Ricardo da [2]

LESSA, Jeanne Duarte; SILVA, Alayde Ricardo da. Competências Gerenciais: Um Desafio para a Enfermagem. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Edição 06. Ano 02, Vol. 01. pp 60-71, Setembro de 2017. ISSN:2448-0959

RESUMO

A gestão por competência é um processo desafiador que permite alcançar objetivos por meio do alinhamento entre a missão, a visão, os valores, a estratégia da instituição e do capital humano. É justamente na busca pela maximização de resultados que as instituições devem repensar seus modelos de administração e investir cada vez mais no patrimônio e no capital intelectual. O objetivo desse estudo é analisar as competências gerenciais do Enfermeiro. Trata-se de um estudo de Revisão Bibliográfica, desenvolvida com base em materiais já elaborados, ancorado no levantamento de livros, dissertações e artigos científicos nos sites da Scielo, Medline e Lilacs. Conclui-se que as mudanças no gerenciamento do enfermeiro têm sido numerosas, implicando um olhar atento sobre a evolução das suas competências. Neste contexto, ao Enfermeiro são exigidas habilidades que lhe permitam gerir equipes de prestação de cuidados/serviços de saúde, desenvolver investigação e colaborar na sua formação.

Palavras-Chave: Gerência, Gestão em Saúde, Competência Profissional.

INTRODUÇÃO

O mundo, neste novo milênio, passa por inúmeras transformações. Vive-se a era do conhecimento e as pessoas é que o detêm, fazendo com que sejam então mais valorizados por se constituírem no capital intelectual de uma organização. O processo de globalização e a consequente competitividade trouxeram a necessidade de um novo perfil dos recursos humanos nas empresas. Com isso, as empresas têm procurado desenvolver-se para atenderem às demandas crescentes do mercado. Cada vez mais é desejável que as pessoas tenham liderança, estejam envolvidas com o negócio, sejam flexíveis, busquem resultados, saibam trabalhar em equipe, estejam prontas para apreender e ensinar e tenham visão de futuro, para o sucesso profissional neste novo século 1.    

Sabe-se que com as novas tendências gerenciais, sob o paradigma da globalização e avanço tecnológico, as organizações devem assumir uma postura mais racional e ao mesmo tempo inteligente. Assim, desempenharão suas funções dentro dos padrões de qualidade total, bem como proporcionando melhor qualidade de vida a seus colaboradores, de tal forma que eles sintam-se motivados a produzir cada vez melhor e em tempo hábil 1.

Segundo Antunes e Trevisan, o Gerenciamento da Qualidade permite que as empresas acompanhem as mudanças e até mesmo se antecipem a elas, pois enfatiza a melhoria contínua de produtos e serviços, pela utilização do método científico e monitorização de dados que embasam a tomada de decisões. Além disso, tem se mostrado útil em qualquer empresa, seja ela produtora de bens ou serviços, grande ou pequena, pública ou privada 2.

A organização tem um papel fundamental na formação de seus recursos humanos. Porém, faz- se necessário o compromisso individual de cada colaborador no estabelecimento e concretização de seu plano de desenvolvimento, buscando melhores resultados individual e institucionais 3.

Um dos desafios da administração de carreiras e gestão de pessoas é que, para agregar vantagens competitivas, as organizações precisam cada vez mais de envolvimento de pessoas, oferecendo maiores oportunidades de crescimento e desenvolvimento em troca de comprometimento com os objetivos estabelecidos pela organização 4.

Para a prática profissional da enfermagem, esse contexto define importantes determinantes para o desenvolvimento de competências, compatíveis com esse cenário, principalmente se a competência for definida como: um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes, que resulta em uma entrega ou em uma aplicação prática 4.

De acordo com Peres 5:

Competência consiste em uma noção que atende ao pensamento pós–moderno, como mecanismo de adaptação dos indivíduos à instabilidade da vida. Formar profissionais competentes permite uma atuação emancipatória, definida e construída na prática social conjunta, entre as instituições de ensino e de serviço, entre, alunos, educadores e profissionais.

Portanto, é necessário que os gestores enfermeiros procurem buscar constantemente um continuo aprendizado, visando sempre à melhoria do cuidado dos clientes, como núcleo de competência, da pesquisa, do ensino e da consultoria em saúde, lembrando-se de estarem embasados nos princípios e práticas vivenciadas pelos profissionais enfermeiros de gestão operantes no serviço de saúde, visando contribuir para uma produção mais articulada entre as dimensões políticas e tecno – epidemiológica do modelo de atenção à saúde brasileira. Nesse aspecto, o profissional enfermeiro deverá ter um perfil de competências que compreende competências técnicas e comportamentais 6.

O enfermeiro como gestor da assistência de enfermagem em sua prática diária, requer este preparo adequado ao momento atual. Assim, contribuir para o debate das competências gerenciais dos enfermeiros, através da análise de alguns desses aspectos é o objetivo deste trabalho.

2. METODOLOGIA

Trata-se uma revisão bibliográfica, acerca do tema competências gerenciais, realizada no ano de 2015. As referências foram levantadas a partir das bases de dados da Literatura Internacional em Ciências da Saúde (MEDLINE), da Literatura Latino-Americano e do Caribe Ciências da Saúde (LILACS) e da Scientific Electronic Library Online (SciELO) publicados entre 2000 a 2010. Os descritores utilizados foram: gerência, gestão em saúde, competência profissional.

Além das bases de dados, foram também utilizados artigos, livros, dissertações, dentre outras. A seleção inicial resultou em 45 referências, sendo que destas, 20 foram incluídas neste estudo. Após uma leitura analítica desses materiais, os textos foram classificados por categorias temáticas.

3. COMPETÊNCIAS GERENCIAIS

O enfermeiro, como o gerente da assistência de enfermagem prestada ao paciente, requer o conhecimento, as habilidades e as atitudes que possibilitarão com que exerça seu trabalho objetivando resultados com eficiência. Estudos sobre a prática gerencial e o mundo do trabalho da enfermagem, tem mostrado que as competências constituem um tema de discussão imediata a fim de se dar resposta às necessidades dessas práticas. Autores têm abordado individualmente competências como a liderança, a motivação da equipe, a comunicação, entre outras, também importantes, num claro sinal, que discuti-las tem sido uma necessidade percebida e manifestada 7.

Apesar das competências do enfermeiro ser, por vezes, discutidas separadamente entre os planos da educação e do trabalho, estas estão relacionadas, pois as competências necessárias à formação do enfermeiro são reflexos das necessidades do mercado e da população que requerem profissionais competentes e conscientes de seu papel social. Peres 5 afirma que as mudanças ocorridas no mundo do trabalho, advindas das transformações tecnológicas e do impacto que os interesses capitalistas exercem sobre as relações sociais, refletem na formação do enfermeiro e na Enfermagem enquanto prática social e profissional.

No entanto, cabe destacar que muitas das descrições das competências citadas como necessárias ao enfermeiro, estão mais relacionadas ao conceito de conhecimentos, habilidades e atitudes do que ao conceito de entrega. Para Dutra 4, embora o primeiro enfoque possa ser aplicado sob o ponto de vista do desenvolvimento, ele é pouco instrumental nas empresas, visto que o fato das pessoas possuírem determinado conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes não garantam que elas irão agregar valor à organização, embora possam dar sustentação. Assim, para que os processos de gestão de pessoas sejam articulados por competências em todas as suas dimensões (movimentação, desenvolvimento e valorização) é necessário um conceito mais objetivo que seja mensurável. Ao considerar as pessoas por sua capacidade de entrega, dá-nos uma perspectiva mais adequada para avaliá-las, para orientar seu desenvolvimento e estabelecer recompensas de maneira atrelada às estratégias da organização.

3.1 Liderança

A liderança constitui-se numa das condições essenciais para o exercício do processo de trabalho do enfermeiro. Em todas as atividades desenvolvidas, essa competência precisa acompanhá-lo para o alcance dos objetivos.

A administração cientifica embasava-se na especialização técnica do pessoal e na padronização de materiais, equipamentos e procedimentos 8. Nessa perspectiva, exigia-se uma função autoritária e centralizadora do líder ao gerenciar sua equipe de trabalho.

Fayol defendia o poder organizacional enquanto forma piramidal com centralizações e hierarquia. O líder, nessa premissa, continuava com sua posição enfaticamente fiscalizadora e punitiva 8.

A teoria das Relações Humanas deu ênfase à dimensão relacional das organizações, visualizando dessa forma a liderança como um processo social 8.

A teoria Estruturalista influenciou o líder por aceitar a exigência do conflito nas relações interpessoais e nas proposições dos objetivos pessoais e organizacionais 8.

A teoria Comportamental permitiu visualizar que o comportamento dos indivíduos resulta no direcionamento das organizações 8.

Assim percebe-se que a liderança teve sua construção pautada, no acumulo de conhecimentos oferecidos em cada contexto das teorias administrativas 8.

Atualmente, gerência e liderança têm demonstrado uma grande importância na prática da enfermagem, pois segundo Takahashi, a liderança é um processo coletivo, para o qual é necessária a integração de esforços individuais, para se alcançar objetivos definidos e compartilhados pelo grupo, sendo este na sua prática diária deparado com situações diversas que exigem tomadas de decisão, flexibilidade, resolução de problemas, mediação de conflitos, coordenação da equipe e planejamento para atingir objetivos da organização e dos clientes 9.

O enfermeiro deverá desempenhar uma gerência voltada para as transformações, ou seja, inovadora, tendo como eixo norteador a melhoria da qualidade de assistência de enfermagem e ainda buscar estratégias que possibilitem maior satisfação para a equipe no seu dia a dia de trabalho 10.

Logo, a liderança é um processo cujo desenvolvimento integra conhecimentos, habilidades e atitudes passíveis de serem aprendidos e incorporados e envolve líderes e liderados.

3.2 Comunicação

Para Simões e Favero a comunicação está presente em todas as formas de interação humana e consiste em um recurso fundamental para o líder, que deve emitir suas mensagens de tal forma que promova nos liderados o entendimento correto acarretando satisfação e melhor desenvolvimento do trabalho 11.

A comunicação, portanto, é um processo de compreender, compartilhar mensagens enviadas e recebidas. É um fluxo continuo e circular de energia, no qual seus elementos interagem e, continuamente, há influência de uns sobre os outros 11.

A comunicação é importante para o crescimento humano, faz parte de experiências anteriores e também daquelas adquiridas no dia a dia. Homens e mulheres são seres de relações e esta compreensão incentiva a busca de maiores entendimentos sobre conceitos, princípios e habilidades a serem adquiridas no processo comunicativo 12. Neste processo, ocorre a emissão, recepção e compreensão das mensagens, que podem ser verbais (linguagem escrita e falada) e não-verbais (gestos e símbolos gráficos). A comunicação envolve relações interpessoais e, frequentemente, podem ocorrer problemas, dificuldades e restrições, de maneira que a mensagem enviada não é decodificada corretamente 13.

O ato de comunicação é fundamental para o desenvolvimento do trabalho dos enfermeiros junto à equipe e a pacientes atendidos nas instituições e para a transmissão de uma informação universal, além de exercer influência direta sobre os indivíduos. A comunicação é uma habilidade humana que torna possível a manifestação e exteriorização do que se passa interiormente. O primeiro fator que o enfermeiro julga importante para conseguir praticar a teoria da humanização é a comunicação, realizando-a adequadamente, o enfermeiro conseguirá agir de maneira humanizada 14. A comunicação que mais interessa aos pacientes é aquela que está relacionada aos cuidados de saúde, realizada com carinho e atenção, ou seja, a um atendimento humanizado e interpessoal 15.

A comunicação visa, pois, provocar mudanças esperadas nos comportamentos dos indivíduos, através do desenvolvimento de atitudes positivas em relação ao próprio desempenho, que culmina com a satisfação profissional. Sob esse aspecto, a comunicação está no núcleo da liderança, uma vez que a liderança é um relacionamento interpessoal no qual os líderes influenciam pessoas para as mudanças via processo comunicativo 3.

3.3 Flexibilidade

O Mundo vem passando por mudanças profundas desde os primórdios até os dias atuais, o que influencia as organizações. Elas dependem de pessoas para criar o necessário planejamento e organização, para dirigi-las e controlá-las e para fazê-las operar e funcionar. Não há organizações sem pessoas. Toda organização e constituída de pessoas e depende delas para seu sucesso e continuidade 3.

O homem é um ser social com uma irreprimível tendência à vida em sociedade. Vive em organizações e em ambientes cada vez mais complexos e dinâmicos. Embora se possam visualizar as pessoas como recursos, inseridos em uma organização, isto é, como portadoras de habilidades, capacidade, conhecimento, motivação de trabalho, comunicabilidade e outros requisitos, deve-se lembrar que as pessoas são pessoas, e trazem em sua bagagem características de personalidade, expectativas, objetivos pessoais, histórias particulares, que completam o individuo, e que mobiliza respostas diferentes diante diversas situações organizacionais que se apresentam 3.

A prática da enfermagem possibilita ao enfermeiro exercitar a flexibilidade, seja pela dinâmica dos processos ou pela diversidade de situações que se apresentam no dia- a –dia.

Daólio 9 define flexibilidade como competências trazidas na bagagem que lembram qualidades pessoais, traços de personalidades ou temperamento, traços socioculturais, valores, princípios, modos de ser e se comportar que parecem trazidos de berço.

A flexibilidade é a capacidade de adaptar-se, é saber aprender e conviver continuamente com as mudanças, permitindo melhores deliberações nos processos 9.

O enfermeiro enquanto gestor e líder de equipe deve praticar a visão, ou seja, observar, perceber e enxergar outras óticas de um mesmo ponto, tendo a chance de mobilizar sua criatividade 9.

Ser flexível é uma das características mais importantes dos indivíduos resilientes, que são pessoas com a capacidade de manter uma conduta sã em ambiente insano, ou seja, de se sobreporem e se construírem positivamente diante das diferenças, em outras palavras, exercitar o bom senso 3.

Essas adversidades muitas das vezes impõem-se no cotidiano da enfermagem e o profissional deve aprimorar sua força, sua competência e seu entusiasmo e utilizar essa experiência para lapidar seu caráter e seu espírito, saboreando uma profunda conexão com a vida 16.

3.4 Tomada de Decisão

Tomada de decisão é um processo cognitivo complexo, geralmente definido como escolha de uma determinada linha de ação. É um mecanismo sistemático que tem foco na análise de uma situação difícil 17.

Existem diversas definições acerca do que vem a ser o processo decisório. Decidir significa ir além do momento da escolha de decisão, significa necessariamente escolher entre uma ou mais alternativas ou opções, com vistas a alcançar um resultado desejado, buscando a excelência no contexto final 8.

Existem também várias técnicas e estilo de tomada de decisões que contribuem no cotidiano do gestor. Ele pode ser autocrático ao decidir, tendo pouco ou nenhum auxilio de outras pessoas ou democrático e envolver outros no processo 17.

Considerando que as decisões podem acarretar consequências de longo alcance, a resolução de problemas e a tomada de decisões precisam ser altamente qualificadas. Quanto mais alternativas puderem ser geradas, maior a possibilidade de uma decisão adequada com base no raciocínio critico 17.

Para tomar decisões, o enfermeiro precisa comunicar-se: ouvir, escolher a melhor alternativa e saber disseminar as informações decorrentes desse processo. Portanto, o aprimoramento desse conteúdo será de fundamental importância para o exercício diário no relacionamento com o grupo de trabalho 8.

3.5 Visão Estratégica

 O momento atual caracteriza-se por um processo de mudanças constantes, criando para as empresas novas situações, tais como: aumento da competição, exigências de produtos de qualidade e redução de custos. Essas implicações estão exigindo das organizações um posicionamento estratégico, no qual a busca constante por vantagens competitivas passa a ser uma questão de sobrevivência 18.

A visão estratégica é tida como ações que, ao serem executadas, melhoram o posicionamento da empresa em relação aos concorrentes reais ou potenciais 18.

É a arte de utilizar adequadamente os recursos físicos, financeiros e humanos, tendo em vista a minimização dos problemas e a maximização das oportunidades 19.

Para isso, faz-se necessária uma visão estratégica, que é a imagem que a organização tem a respeito de si mesma e do futuro. Nela está o desafio de penetrar na nuvem da incerteza e desenvolver uma grande capacidade de previsão dos mercados de amanhã 20.

Sendo assim, pode-se considerar a visão estratégica como uma previsão para o futuro de uma organização que, basicamente, consiste em olhar de fora da empresa, perceber o que está ocorrendo, refletir a respeito e decidir o que deve ser feito.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O referente estudo descreveu a abordagem da temática das competências para o gerenciamento em enfermagem, a partir da análise cientifica sobre o assunto nos últimos dez anos. Foram identificados na literatura, artigo com conteúdo relativo às competências para o gerenciamento em enfermagem.

A produção cientifica de gerenciamento em enfermagem mostrou que se faz necessário um novo olhar sobre as competências gerenciais, principalmente no que diz repeito às competências requeridas diante das transformações que atingem o mercado de trabalho nos últimos dez anos.

Os artigos relatam uma discussão sobre as competências para o gerenciamento e enfatizam a importância das habilidades gerenciais que devem ser construídas na vivência do enfermeiro.  Administrar o trabalho das pessoas caracteriza-se como uma atividade importante para o desenvolvimento das práticas, assim como a competência interpessoal que auxilia o enfermeiro gerente nos enfrentamentos de desafios em seu cotidiano.

O desafio do enfermeiro constitui-se em desenvolver essas competências na premissa de integrar todos os processos para o alcance da missão e visão da empresa. Essa tarefa não e fácil, pois há um grande número de pessoas e áreas envolvidas. Entretanto, a empresa que atuar com as competências gerenciais poderá ter um grande diferencial.

O enfermeiro precisa perceber que a gerência não deve ser vista como uma atividade meramente burocrática, mas uma atividade com um propósito de proporcionar uma assistência em saúde condizente com as necessidades da população, já que na equipe multidisciplinar, ele é o profissional que apresenta legalmente competências para o exercício da gerência nos serviços de saúde.

Os desenvolvimentos das competências gerenciais estão atrelados ao envolvimento do enfermeiro em todas as questões gerenciais da instituição, conhecendo os objetivos críticos que devem ser alcançados e envolvendo toda sua equipe por meio de uma comunicação eficaz, onde se faz necessário que o enfermeiro seja mais dinâmico, empreendedor, com bom desenvolvimento em equipe, bem informado, que seja flexível, comprometido, e que tenha uma visão para o futuro, propondo melhorar e inovar o que já existe.

Para tanto, é importante que o enfermeiro gerente faça com que ideias criativas e inovadoras se tornem possível, sem medos e receios, e que percebam que as mesmas possam ser um grande desafio, podendo até exercer o papel de ações transformadoras, mas para isso é necessário que exista motivação e participação no processo de mudanças e ações, enfrentando as resistências que encontrarão nesse novo papel.

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[1] Graduanda em Enfermagem

[2] Mestre em Educação /UNICID-SP

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