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Assistência à saúde no ciclo gravídico puerperal

RC: 96824
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CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

FERREIRA, Elisangela Ribeiro [1]

FERREIRA, Elisangela Ribeiro. Assistência à saúde no ciclo gravídico puerperal. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 06, Ed. 09, Vol. 02, pp. 134-147. Setembro de 2021. ISSN: 2448-0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/ciclo-gravidico

RESUMO

A atenção pré-natal e puerperal necessita de acolhimento e escuta profissional de modo a garantir a integralidade e a longitudinalidade do cuidado visando desfechos favoráveis. Pergunta problema: Como acontece a assistência à saúde no ciclo gravídico puerperal? Objetivo: analisar a assistência à saúde da mulher do pré-natal (gestação) ao puerpério, por meio de uma revisão de literatura. Para isso utilizou-se como metodologia uma revisão de literatura na base de dados da biblioteca virtual em saúde (BIREME) entre os meses de janeiro a agosto de 2021 de materiais disponíveis na íntegra em português e inglês nos últimos dez anos (entre os anos de 2011 a 2021) com os seguintes descritores: Percepção; puerpério; cuidados e orientações. Foram selecionados 8 artigos para compor esta pesquisa. Um dos artigos não foi utilizado por estar duplicado na base de dados. Principais resultados: Os profissionais de saúde têm uma ação educativa e eficaz no período puerperal, mas carece o fortalecimento do cuidado multiprofissional. Foi constatado, também, que há desarticulação entre pré-natal e puerpério, sendo a humanização imprescindível nesse contexto. Além disso, constatou-se baixa produção científica englobando a temática, principalmente no que tange a atuação de membros da equipe multiprofissional, além da enfermagem. Conclusão: Este estudo nos move a refletir e contribuir para a produção de materiais, estimulando os profissionais desde a graduação, para que estes sejam capacitados a atender e cuidar de modo integral e qualificado as gestantes e puérperas, haja visto ainda haver lacunas no que tange à assistência à saúde.

Palavras-chave: Percepção, puerpério, cuidados, orientações.

1. INTRODUÇÃO

A gravidez é considerada pela mulher um período especial e com diferentes significados, gerando várias dúvidas e inseguranças, principalmente quando aquela gestante está passando por esse estágio da vida pela primeira vez. Dessa forma Lima et al. (2004) relatam que para algumas mulheres esse é o único momento em que elas entraram em contato com os serviços de saúde, sendo, então, uma excelente oportunidade para realizar uma assistência voltada para a promoção e proteção da saúde da mulher, oferecendo orientações sobre a gravidez, o parto e o puerpério, além de realizar o rastreamento de patologias.

No período gestacional as crenças têm uma forte influência no momento da escolha do parto, além de experiências anteriores, ligadas a opiniões de mães, amigas, avós, profissionais de saúde e demais familiares, exercendo, assim, um papel importante no momento dessa decisão. Porém, não podemos destacar o medo da dor e sofrimento no momento do parto, insegurança e a ansiedade como alguns dos principais sentimentos que influenciam a gestante nessa escolha (SOUSA; FURTADO; NISHIDA, 2016).

Segundo Brasil (2006), uma atenção pré-natal e puerperal qualificada e humanizada se dá por meio da incorporação de condutas acolhedoras e sem intervenções desnecessárias, do fácil acesso a serviços de saúde de qualidade, com ações que integrem todos os níveis da atenção: promoção, prevenção e assistência à saúde da gestante e do recém-nascido, desde o atendimento ambulatorial básico ao atendimento hospitalar para alto risco.

Complementando os autores supracitados, Silva; Prates e Campelo (2004) citam que além da dor, medo e ansiedade os riscos e benefícios, como complicações e recuperações futuras, são dúvidas que definem o tipo de parto escolhido pela parturiente. Portanto, os autores afirmam que elas devem receber todas as informações possíveis acerca das opções que possui, garantindo uma assistência humanizada, independentemente de sua escolha.

A partir dos segmentos de Figueiredo (2005), o momento pós-parto e puerpério tem origem no latim (Puer = Criança, parere = parir). O puerpério tem início de uma a duas horas depois do nascimento da criança. (BRASIL, 2006). Seguindo os pensamentos de Nettina (2007), são indispensáveis os cuidados e orientações da enfermagem à mãe no alojamento conjunto sobre o autocuidado e com o recém-nascido no alojamento conjunto.

O cuidado deve ser amplo, tendo em vista a complexidade dos agravos de saúde. O ato de cuidar precisa ser repensado além de uma visão biológica, alcançando também os pensamentos, sentimentos e expressões culturais do cliente. É necessário, portanto, que haja um verdadeiro comprometimento com o ser cuidado, a fim de contemplar diversos aspectos que possam estar envolvidos.

O profissional pode ensinar técnicas, como troca de fralda, banho e cuidados com o coto umbilical. Orientar a puérpera quanto a importância da higiene com o seu corpo, sanar dúvidas quanto a amamentação, dentre outros vários cuidados nesse período. Para Figueiredo (2005) o alojamento conjunto é um sistema dentro da unidade hospitalar, onde o recém-nascido sadio permanece por todo instante com a mãe, até o momento de ir para casa.

Tendo em vista esse cenário, o presente artigo visa responder a seguinte questão norteadora: Como acontece a assistência à saúde no ciclo gravídico puerperal?  Tendo como objetivo, analisar a assistência à saúde da mulher do pré-natal (gestação) ao puerpério, por meio de uma revisão de literatura.

2. METODOLOGIA

A metodologia utilizada neste estudo foi a revisão bibliográfica. Pesquisas deste tipo tem como objetivo primordial à exposição dos atributos de determinado fenômeno ou afirmação entre suas variáveis (GIL, 2018). Assim, recomenda-se que apresente características do tipo: analisar a atmosfera como fonte direta dos dados e o pesquisador como um instrumento interruptor; não agenciar o uso de artifícios e métodos estatísticos, tendo como apreensão maior a interpretação de fenômenos e a imputação de resultados, o método deve ser o foco principal para a abordagem e não o resultado ou o fruto, a apreciação dos dados deve ser atingida de forma intuitiva e indutivamente através do pesquisador (GIL, 2018).

O método de revisão bibliográfica permite incluir pesquisas experimentais e não experimentais, obtendo a combinação de dados empíricos e teóricos que podem direcionar à definição de conceitos, identificação de lacunas nas áreas de estudos, revisão de teorias e análise metodológica dos estudos sobre um determinado tópico. Este método exige recursos, conhecimentos e habilidades para o seu desenvolvimento (PAULA; PADOIN; GALVÃO, 2016).

Considerando a classificação proposta por Gil (2018, p. 5), pode-se afirmar que “esta proposta é mais bem representada por meio de uma pesquisa do tipo exploratória, cujo objetivo é possibilitar um maior conhecimento a respeito do problema, de modo a torná-lo mais claro ou auxiliando na formulação de hipóteses”. No entendimento do autor, o principal objetivo deste tipo de pesquisa pode ser tanto o aprimoramento de ideias, quanto a descoberta de intuições, o que o torna uma opção bastante flexível, gerando, na maioria dos casos, uma pesquisa bibliográfica (GIL, 2018).

Para o desenvolvimento deste artigo foram realizadas pesquisas durante os meses de janeiro a agosto de 2021, utilizando os descritores: Percepção; Puerpério; Cuidados e orientações.

As bases de dados utilizadas foram: Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Base de Dados de Enfermagem (BDENF) e Google Acadêmico.

Como critérios de inclusão foram utilizados os idiomas português e inglês, período de 2011 a 2021, com texto completo e compatível ao tema, sendo excluído um artigo dos nove encontrados por conta de duplicidade na busca da base de dados da BIREME.

3. RESULTADOS

Este artigo trata-se de uma revisão de literatura, utilizando como critérios de inclusão: textos em português e inglês, entre os anos de 2011-2021, tema relacionado à intenção da pesquisa e os descritores selecionados pelas autoras. Após adicionar os critérios pré-estabelecidos, foram encontrados três artigos na BDENF, três artigos na LILACS/BDENF e dois na LILACS. Após leitura dos artigos na íntegra, destacaram-se 8 estudos, os quais estão detalhados no quadro 1.

A partir do levantamento bibliográfico, foram construídas quatro categorias, a fim de alcançar o objetivo do estudo, apresentados da seguinte forma: 1- “pré-natal e assistência à saúde”, 2- “humanização no ciclo gravídico puerperal”,3- “práticas interdisciplinares no ciclo gravídico puerperal” e 4- “percepção das puérperas sobre os cuidados de enfermagem no ciclo gravídico puerperal”.

No quadro 1 encontra-se a síntese dos artigos levantados por meio dos critérios de inclusão e exclusão.

Quadro 1: Características das publicações utilizadas nesse estudo. 

Autoria Ano de

Publicação

Periódico Título

do

Estudo

Objetivo

do

Estudo

 

Silva e col.

 

2017 Revista de enfermagem. UFPE online

 

 

Puerpério e assistência de enfermagem: percepção das mulheres.

 

Conhecer a percepção de mulheres sobre puerpério e assistência de enfermagem.
Strefling e col. 2017 Revista Online de Pesquisa Cuidado é Fundamental- UniRio. Percepções de puérperas sobre o cuidado de enfermagem no alojamento conjunto

 

Conhecer a percepção das puérperas sobre o atendimento de profissionais de enfermagem no alojamento conjunto
 Linder, Valéria; Chaves, Simone Edi; Strapasson, Márcia Rejane. 2016 Revista Enfermagem em Foco  Percepções das mulheres vivendo com o vírus da imunodeficiência humana acerca da impossibilidade de amamentar. Conhecer a percepção de mulheres vivendo com Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV)

acerca da impossibilidade de amamentar.

Ribeiro e col. 2015 Revista de Enfermagem da UFSM. Percepção de puérperas sobre a assistência à saúde em um Centro de Parto Normal Descrever e discutir a percepção das puérperas sobre a assistência da equipe de saúde no Centro de Parto Normal (CPN).
Jorge e col. 2015 Revista Brasileira em Promoção à Saúde Assistência pré-natal e políticas públicas de saúde da mulher: Revisão Integrativa Analisar evidências sobre a assistência pré-natal implementada na atenção básica, com foco na percepção de gestantes, puérperas e profissionais de saúde e na relação com as políticas públicas da saúde da mulher.

 

 

Barbieri e col. 2012 Revista Distúrbios da Comunicação Análise da Atenção Pré-natal na percepção das puérperas Analisar a atenção pré-natal na percepção de usuárias que realizaram o parto em um hospital universitário, de uma cidade de médio porte do RS e caracterizar as práticas de pré-natal ofertadas neste município.
Castro e col.

 

2012 Revista de Enfermagem do Centro-oeste Mineiro O estabelecimento do vínculo mãe/recém-nascido: percepções maternas e da equipe de enfermagem Descrever a percepção das mães e equipe de enfermagem sobre os fatores facilitadores e dificultadores do vínculo mãe/recém-nascido sob a ótica da humanização da assistência à saúde.
Oliveira e col. 2011 Revista de Enfermagem UERJ  Percepção de puérperas acerca do cuidado de enfermagem durante o trabalho de parto e parto Conhecer a percepção de puérperas acerca do cuidado oferecido pela enfermeira durante o trabalho de parto e parto.

Fonte: Autoria própria (2021).

4. DISCUSSÃO

Conforme mencionado anteriormente, a partir do levantamento bibliográfico, foram construídas quatro categorias: 1 – “Pré-natal e assistência à saúde”, 2 – “Humanização no ciclo gravídico puerperal”,3 – “Práticas interdisciplinares no ciclo gravídico puerperal” e 4 – “Percepção das puérperas sobre os cuidados de enfermagem no ciclo gravídico puerperal”.

4.1 PRÉ-NATAL E ASSISTÊNCIA À SAÚDE

O estudo de Jorge et al. (2015) mostra que um pré-natal com assistência de qualidade oferecido pelo enfermeiro contribui na redução da mortalidade materna e infantil. Os enfermeiros buscam a promoção da qualidade de vida das gestantes, orientando-as sobre a sexualidade, fisiologia da reprodução, regulação da fertilidade, doenças sexualmente transmissíveis, bons hábitos de higiene e dietéticos.

A forma como as mulheres concebem a assistência pré-natal, ainda tem como referência a realização de consultas básicas e exames, o que demonstra uma concepção restrita da atenção integral à saúde da mulher. Parece haver uma valorização do número de consultas realizadas, número de ultrassons ou outros exames, em detrimento do ouvir, acolher e valorizar a fala do outro (BARBIERI et al., 2012).

Sendo assim, é de suma importância que os profissionais valorizem o cuidado integral dessas mulheres e seus filhos, pautando a assistência à saúde não apenas no modelo biomédico tradicional voltado apenas para a doença, exames laboratoriais e de imagem.

Um estudo realizado no hospital universitário de um município de médio porte do interior gaúcho, por Barbieri et al. (2012), evidenciou que a maioria das puérperas realizou pré-natal. As poucas que não o realizaram foi por opção da puérpera ou falhas de comunicação entre o serviço e a puérpera. Percebe-se, portanto, com esse estudo, que há uma desarticulação entre o período pré-natal, parto e puerpério, sendo fundamental a assistência à saúde pelos profissionais para que isto não ocorra.

4.2 HUMANIZAÇÃO NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL

Castro et al. (2012) reiteram que a equipe de enfermagem atuando de modo humanizado favorece o binômio mãe-filho desde o pré-natal, estreitando laços afetivos, pautando a prática na humanização como produto entre o vínculo e os envolvidos.

Em estudo realizado em hospital maternidade em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, com puérperas infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana ficou evidenciada a importância do acolhimento com humanização às mesmas mediante ao preconceito da sociedade, retirando dúvidas e aspectos emocionais. Portanto é necessário que o profissional de saúde seja qualificado fornecendo atendimento digno e humanizado, fornecendo assim, uma assistência de qualidade. (LINDER; CHAVES; STRAPASSON, 2016).

Nota-se, então, que além do conhecimento técnico e científico, é essencial que a humanização permeie as práticas profissionais com gestantes e puérperas, aliada a práticas em saúde, para potencializar o cuidado, contribuindo para o fortalecimento de vínculos e autocuidado.

4.3 PRÁTICAS INTERDISCIPLINARES NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL

Em estudo de Barbieri et al. (2012), os autores reforçam a necessidade de discussão entre profissionais e gestores para a adoção de novas práticas visando a ampliação da atenção pré-natal ao puerpério, a fim de que sejam implementadas práticas educativas interdisciplinares. (BARBIERI et al., 2012).

A equipe multiprofissional pode contribuir significativamente para a integralidade do cuidado em saúde e promoção de assistência de qualidade.

A assistência ofertada pela equipe durante o trabalho de parto pode influenciar o bem-estar das mulheres e de seus familiares, fazendo com que se sintam mais seguros e amparados (SILVA et al., 2017).

4.4 PERCEPÇÃO DAS PUÉRPERAS SOBRE OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL

Na pesquisa de Oliveira et al. (2011), ficou evidente que o cuidado oferecido pelas enfermeiras foi através de orientações, apoio emocional, contato direto (toque) e realização de procedimentos da rotina obstétrica, além da visibilidade da satisfação quanto à profissão. Os autores concluíram que o cuidado de enfermagem, em suas diversas formas, foi imprescindível para proporcionar conforto e bem-estar para as participantes deste estudo, apesar de ainda não poder ser caracterizado como humanizado em sua totalidade.

No estudo de Strefling et al. (2017) é apresentado as percepções das puérperas em relação aos cuidados de enfermagem. Em geral, a percepção das puérperas foi positiva, assim como, relatada a presença de diversos aspectos envolvendo atendimento humanizado e atendimento de qualidade à mãe e à criança.  As mulheres reconheceram a importância da interação e relacionamento desenvolvidos durante sua estadia na unidade e satisfação com o cuidado recebido.

Nesse contexto, Silva et al. (2017) afirmam que há diversas lacunas que precisam ser elucidadas para melhor qualidade de vida das puérperas, principalmente relacionado ao cuidado dela mesma e do recém-nascido. A equipe de enfermagem e multiprofissional precisam ir além das orientações da alta hospitalar e visitas domiciliares, para que se possam fornecer dispositivos e subsídios para potencializar os modos de viver no ciclo gravídico puerperal.

Ribeiro et al. (2015) realizaram estudo em um hospital público de Teresina, Piauí, evidenciando que a equipe de saúde deve oferecer à mulher informações claras e completas sobre o cuidado a ser ofertado no serviço de saúde, oportunizando sua participação e tomada de decisão durante todo o processo parturitivo. O cuidado ofertado pela equipe de saúde foi reconhecido positivamente pelas puérperas. O estudo demonstra que a percepção de puérperas sobre a assistência à saúde foi satisfatória, pois considera as necessidades e singularidades destas mulheres.

5. CONCLUSÃO

 Na busca por tentar responder ao objetivo do estudo conseguiu-se perceber que uma assistência à saúde de qualidade no ciclo gravídico puerperal é imprescindível para promoção da saúde e os profissionais, principalmente os enfermeiros, estão diretamente envolvidos nesse processo, com diversas práticas profissionais como educação em saúde, acolhimento, consultas, intervenções clínicas, muitas vezes humanizadas e acolhedoras, porém, ainda é necessário o preenchimento de lacunas para uma assistência que possua e respeite a integralidade e longitudinalidade do cuidado.

Ficou evidenciada a importância da humanização no cuidado para fortalecimento de vínculo, prevenção de doenças e promoção à saúde desde o pré-natal até o trabalho de parto e pós-parto. Apesar dos autores abordados no presente artigo, ainda carecem estudos sobre o cuidado da equipe multiprofissional, algo essencial no compartilhamento de saberes e que contribui para um cuidado mais resolutivo visando a totalidade do ser humano.

Observou-se que existe a necessidade de mais pesquisas em campo sobre a assistência à saúde no ciclo gravídico puerperal e as intervenções da equipe multiprofissional, pois foi encontrado um número maior de produções relacionadas aos cuidados de enfermagem e baixo quantitativo de produção científica relacionado ao tema deste artigo.

A partir do exposto, sugere-se que novas produções acerca da temática sejam produzidas pela comunidade acadêmica e a temática seja discutida nos cursos de graduação da área da saúde para que os profissionais que compõe a equipe multiprofissional tenham mais contato e conhecimento acerca da e contribuam para promoção de uma assistência adequada.

REFERÊNCIAS

BARBIERI, et al. Análise da atenção pré-natal na percepção de puérperas. Distúrb. comun ;v. 24, n.1, p. 29-39, abr. 2012. ilus, tab, graf. Disponível em: <https://revistas.pucsp.br/dic/article/view/9702>. Acesso em: 10 de julho de 2021.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas. Estratégicas. Área Técnica de Saúde da Mulher.   Pré-natal e Puerpério: atenção qualificada e humanizada – manual técnico/Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas – Brasília: Ministério da Saúde, 2006, 163 p. color. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos – (Série Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos – Caderno nº 5).

CASTRO, et.al. O estabelecimento do vínculo mãe/recém-nascido: percepções maternas e da equipe de enfermagem. Rev. enferm. Cent.-Oeste Min ; v.2, n.1, p. 67-77, 2012. Disponível em:<http://seer.ufsj.edu.br/index.php/recom/article/viewFile/165/257>.Acesso em: 10 de junho de 2021.

FIGUEIREDO, N. M. Práticas de enfermagem: ensinando a cuidar da mulher, do homem e do recém-nascido. Primeira Edição. 2005.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2018.

JORGE, et.al. Assistência pré-natal e políticas públicas de saúde da mulher: Revisão integrativa. Rev. bras. promoç. saúde ; v. 28, n.1: ­-­, mar. 2015.Disponível em: <https://periodicos.unifor.br/RBPS/article/view/2864>. Acesso em 10 julho de 2021.

LIMA, C. T. B. et al. Percepções e práticas de adolescentes grávidas e de familiares em relação à gestação. Revista Brasileira de Saúde Materno-Infantil, Recife, v. 4, n. 1, p. 71-83, 2004.Disponível em: Acesso em: 02 de agosto de 2021.

LINDER, V. CHAVES, S. E.; S., M. Percepções de mulheres vivendo com o vírus da imunodeficiência humana acerca da impossibilidade de amamentar R. Enferm. foco (Brasília) ; v,7, n.2, p. 7-11, out. 2016. Disponível em:<http://revista.cofen.gov.br/index.php/enfermagem/article/view/784>, Acesso em: 10 de julho de 2021.

NETTINA, S.M. Prática de Enfermagem. 8 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.

OLIVEIRA,et al. Percepção de puérperas acerca do cuidado de enfermagem durante o trabalho de parto e parto. Rev. enferm. UERJ ; v.19, n;2 ,  p. 249-254, abr.-jun. 2011. Disponível em: <https://www.academia.edu/26142954/Percep%C3%A7%C3%A3o_de_pu%C3%A9rperas_acerca_do_cuidado_de_enfermagem_durante_o_trabalho_de_parto_e_parto>.Acesso em: 04 de junho de 2021.

PAULA, C. C.; PADOIN, S. M. M. GALVÃO. C. M. Revisão integrativa como ferramenta para tomada de decisão na prática de saúde. In: LACERDA Maria Ribeiro; COSTENARO, Regina Gema Santini (Org.). Metodologias da pesquisa para a enfermagem e saúde: da teoria à prática. Porto Alegre: Moriá; 2016. p. 51-76. Disponível em:<https://www.scielo.br/j/reben/a/gtrm9Rp48t7PYSpbDsCTQyz/>. Acesso em: 04 de junho de 2021.

RIBEIRO, et al. Percepção de puérperas sobre a assistência à saúde em um centro de parto normal. Rev. enferm. UFSM ; v.5, n.3, p. 521-530, jul.-set. 2015. Disponível em:<https://periodicos.ufsm.br/reufsm/article/view/14471>.Acesso em: 10 de julho de 2021.

SILVA, et al. Puerpério e assistência de enfermagem: percepção das mulheres. Rev. enferm. UFPE on line ; v. 11(supl.7): p. 2826-2833, jul.2017.Disponível em: <https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/11043/19180>. Acesso em: 10 de julho de 2021.

SILVA, S. P. C., PRATES, R. C., CAMPELO, B. Q. A. Parto normal ou cesariana? fatores que influenciam na escolha da gestante. Rev Enferm UFSM. v.4, n.1, p.1-9, 2014. Disponível em: <https://periodicos.ufsm.br/reufsm/article/view/8861>.Acesso em: 13 de março de 2021.

SOUSA, S. S. FURTADO, M. D.; NISHIDA, F. S. Parto normal ou cesáreo? Fatores que influenciam na decisão de gestantes pela via de parto. R Epidemiol. Control. Infec, Santa Cruz do Sul, v. 6, n.4, p.163-168, 2016.Disponível em: <https://doaj.org/article/14c395f187ae4be5a33d4ee24560a1ee>. Acesso em: 10 de fevereiro de 2021.

STREFLING, et.al. Percepções de puérperas sobre o cuidado de enfermagem no alojamento conjunto. Rev. Pesqui. (Univ. Fed. Rio J., Online) ; v.9, n.2,p.  333-339, abr.-jun. 2017. Disponível em: <http://www.seer.unirio.br/cuidadofundamental/article/view/4469>Acesso em: 30 de janeiro de 2021.

[1] Especialista em Pediatria e Neonatologia pela Universidade Celso Lisboa.

Enviado: Março, 2021.

Aprovado: Setembro, 2021.

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Elisangela Ribeiro Ferreira

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