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A Ortotanásia E Os Cuidados Paliativos: Aprendizados Adquiridos Por Discentes De Medicina

RC: 78226
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CONTEÚDO

ARTIGO ORIGINAL

VIEIRA, Rosiana Feitosa [1], ALMEIDA, Naara Perdigão Cota de [2], LESSA, Pablo Henrique Cordeiro [3], MENDONÇA, Anna Valeska Procópio de Moura [4]

VIEIRA, Rosiana Feitosa. Et al. A Ortotanásia E Os Cuidados Paliativos: Aprendizados Adquiridos Por Discentes De Medicina. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 06, Ed. 03, Vol. 06, pp. 22-40. Março de 2021. ISSN: 2448-0959, Link de acesso:https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/aprendizados-adquiridos

RESUMO

Embora haja incertezas sobre o porquê, quando, onde e como a morte ocorrerá, ela é uma das poucas certezas em vida. Ainda assim, a finitude não é bem compreendida e refletida por uma parcela de indivíduos que deveriam, talvez mais que outros, estudá-la com maior empenho e esclarecimento – profissionais da saúde. Entretanto, esta não é a realidade. A lacuna de aprendizados acerca da morte inicia desde o começo da construção profissional, com destaque para a formação médica e, em especial, no ensino da ortotanásia e cuidados paliativos. Sendo assim, objetivou-se dialogar em que medida estes temas são instruídos para acadêmicos de medicina. Para tanto, realizou-se uma pesquisa qualitativa por meio de questionário anônimo on-line com perguntas relacionadas à percepção individual de aprendizado de estudantes do primeiro ao sexto ano de medicina em uma universidade federal brasileira. Os dados obtidos revelaram concepções individuais, graus de entendimento descompassos, bem como deficiências no processo de entendimentos dos temas por parte dos discentes. Dessa forma, através dos resultados conquistados com essa pesquisa, observa-se a necessidade do fortalecimento e do embasamento sobre os temas ortotanásia e cuidados paliativos no currículo acadêmico para uma formação médica promissora. O ensino deve aliar a teoria à prática como forma confirmatória de melhor aprendizado.

Palavras-chave: Formação médica, Ortotanásia, Cuidados Paliativos.

INTRODUÇÃO

A morte, apesar de ser resultado frequente do processo patológico, ainda não é bem compreendida e refletida pelos estudantes de Medicina para sua futura prática profissional. Nos estudos de caso, nos estágios e no internato, o ars curandi, ou arte de curar e tratar, é o único paradigma aceitável, e a morte é vista como etapa a ser superada, colocada de lado, como se estivesse além da área de atuação médica, e não fosse componente desta.

Essa realidade se justifica, pois, muitos profissionais ainda a têm como fracasso, o que os faz evitar mencioná-la como resultados enfrentados na prática clínica. Esse estigma se perpetua desde a Grécia Antiga, e ainda hoje, em pleno era da informação, mesmo sendo de conhecimento de todos que faz parte do ciclo de vida natural, a morte ainda é enfrentada como tabu. Dessa forma, mantém-se o estigma do “médico semideus” e da morte como a perda desse status apenas àqueles que não foram capazes de vencê-la, de derrotar o inimigo.

Segundo o entendimento do corvus oculum corvi non eruit, há carências de efetivações de movimentos dentro da Medicina para desconstrução desse estigma, pois os próprios médicos se favorecem dele para evidenciar o seu papel social, como se a missão que exercem já não fosse suficiente. Assim, resta às outras áreas do setor da saúde a desconstrução desse verdadeiro arcabouço comportamental, repassado aos futuros médicos ainda durante a graduação.

Por meio de metodologias ativas, os discentes que colaboraram para a pesquisa em questão são convidados a compreenderem a importância das temáticas da relação médico-paciente, morte, morrer e cuidados paliativos-CP desde os primeiros anos do curso, além das disciplinas optativas “Emoções no processo saúde/doença/morte” e “Sociologia Aplicada à Saúde”. Tem, também, o contato interprofissional por meio do módulo Interação Ensino, Sociedade e Comunidade, cujos preceptores nos dois primeiros anos não são médicos, possibilitando demonstrar a perspectiva de outras profissões envolvidos no processo saúde-doença. Nessa possibilidade, mesmo com movimentos já existentes no curso de Medicina do estudo em questão, ainda há desafios a serem superados no que faz referência a temática da ortotanásia e cuidados paliativos.

Com o objetivo em compreender o ensino acerca da temática da ortotanásia e cuidados paliativos, foi realizada, após aprovação pelo Comitê de Ética sob o nº: 10803019.9.0000.0003, pesquisa exploratória, por meio de questionário online aplicado aos discentes do curso de graduação em Medicina de uma Universidade Federal do Norte do País com perguntas objetivas e subjetivas envolvendo o significado da morte, a prática da ortotanásia e dos cuidados paliativos e a sua associação com conceitos morais e éticos, elementos que materializam o tema em discussão.

Nesse sentido, dar dignidade a uma pessoa se estende, também, ao momento de seu falecimento, evitando o máximo da degradação humana, e é imprescindível que o discente de Medicina tenha essa noção para que afaste possíveis práticas abusivas. Caso assim não consiga, não se alcançará a tão sonhada revolução social no setor da saúde, com a universalização dos cuidados e a aplicação explícita dos princípios do Sistema Único de Saúde.

METODOLOGIA

A metodologia consistiu na aplicação de questionário online, por meio da Plataforma Google Forms, nos moldes dos estudos traçados por Chaer; Diniz e Ribeiro (2011). Inicialmente, foi elaborado Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, em que o respondente declara ser livre e voluntária a sua participação com discentes de uma Universidade Federal no Norte do País.

Os discentes que participaram da pesquisa cursavam do primeiro ao quarto ano de curso de Medicina. Responderam 30 questões elaboradas que contemplavam: sobre o período do curso, qual a familiarização do aluno com a ortotanásia, qual a frequência com o que trabalhou o tema em suas atividades acadêmicas, e sobre a familiaridade dos alunos em geral com o tema, sendo questionado, ao fim, conceitos próprios. Também foram abordados cuidados paliativos, por possuírem afinidade teórica com a ortotanásia. Ao final, houve a possibilidade de oferta de sugestões sobre como o tema de ortotanásia e cuidados paliativos poderiam ser efetivamente abordados.

Ao final, os resultados foram tabulados e apresentados na forma de gráfico para facilitar a interpretação dos dados. Especial atenção foi dada às questões mais relevantes.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A pesquisa teve adesão de um total de 46 discentes respondentes, concordando assim com os termos de consentimento e participação do estudo e compreendendo ao 100% das respostas posteriores do questionário. Entre esse total, 37% são discentes do primeiro ano, 17,4% do segundo ano, 17,4% do terceiro ano, 8,7% do quarto ano, 15,2 do quinto ano e 4,3% do sexto ano.

Quando questionados sobre “O que é ortotanásia para você?”, 13% afirmaram ser “Ato de provocar a morte de um paciente que está em profundo sofrimento e sem perspectiva de sobrevivência”; 4,3% “Omissão de socorro que culmina na morte do paciente”; 73,9% “Não utilização de aparelhos e equipamentos médicos que prolonguem a vida de um paciente em estágio terminal”; 6,5% “Prolongamento artificial do processo de morte, por meio do uso de aparelhos e equipamentos médicos” e 2,2% “Morte natural, garantindo uma certa qualidade de vida nesse estágio final”. Não houve afirmação para a definição “Prolongamento artificial do processo de morte, por meio do uso de aparelhos e equipamentos médicos” e “Não sei o que significa ortotanásia”.

Observa-se, através destas respostas, que o entendimento acerca ortotanásia se confunde com outros temas, como eutanásia, distanásia e mistanásia. De acordo com Costa e colaboradores, a eutanásia refere-se ao aceleramento ativo no processo de morte de um indivíduo, ou seja, é o ato de provocar a morte de um indivíduo em intenso sofrimento propositalmente (COSTA et al., 2019). Já mistanásia deriva do grego mys = infeliz e thanathos = morte; conceituando “morte infeliz”, ou seja, morte miserável, precoce e evitável (FERREIRA E PORTO, 2019), enquanto distanásia é a tentativa desproporcional de manter a vida de um indivíduo, infligindo mais sofrimento ao paciente e seus familiares (CANO et al., 2020). Distanásia, assim,  é a tentativa de manter a vida a qualquer custo, com atos médicos desproporcionais que tornam a morte mais difícil, infligindo mais sofrimento ao paciente e seus familiares, sem perspectiva real de recuperar a vida e o bem-estar.

Outras respostas confundiram ortotanásia, ainda, com negligência de atendimento profissional, visto que mais de 4% respondeu que o termo se refere à omissão de socorro, o que também pode ser chamado de mistanásia. É importante ressaltar que a concepção de estágio terminal muitas vezes não é totalmente compreendida. Para Santos e colaboradores, é a falta de condições de prolongar a sobrevida de um paciente, apesar de todos os recursos médicos cabíveis terem sido disponibilizados (SANTOS et al, 2016).

Quanto às respostas acerca do prolongamento artificial do processo de morte, um número considerável confundiu o termo mencionado com distanásia (PEREIRA; RANGEL E GIFFONI, 2019). Esse dado exige atenção, tendo em vista a importância ética dos temas em questão e dos impactos destes na vida dos pacientes, seus familiares e até de outros enfermos, uma vez que, segundo Gomes e Menezes (2015), a distanásia associa-se ao uso de recursos desnecessários, que poderiam beneficiar mais outros doentes.

O gráfico a seguir mostra as respostas obtidas para o questionamento acerca do significado da morte para cada acadêmico. Ao lado delas, está o número de estudantes que concordaram com as respectivas argumentações.

Gráfico 1: respostas acerca do significado da ortotanásia

GRÁFICO 1. Respostas ao questionamento “O que é ortotanásia para você?” N = 46
Morte natural, garantindo uma certa qualidade de vida nesse estágio final 1
Omissão de socorro que culmina na morte do paciente 2
Prolongamento artificial do processo de morte, por meio do uso de aparelhos e equipamentos médicos 3
Ato de provocar a morte de um paciente que está em profundo sofrimento e sem perspectiva de sobrevivência 6
Não utilização de aparelhos e equipamentos médicos que prolonguem a vida de um paciente em estágio terminal 34
Não sei o que significa ortotanásia 0
Prolongamento artificial do processo de morte, por meio do uso de aparelhos e equipamentos médicos 0

Fonte: Questionário realizado pelos pesquisadores.

No intuito de identificar o grau de familiarização sobre o tema ortotanásia em níveis de 0 a 5, sendo zero não familiarizado e 5 muito familiarizado, 18 (39,1%) discentes optaram pelo nível 3, 10 (21,7%) pelo nível 2, 10(21,7%) pelo nível 4, 6 (13%) pelo nível 1, 1 (2,2%) pelo nível 0 e 1(2,2%) pelo nível 5.

A importância de estudantes de medicina estarem habituados com os conceitos aqui estudados reflete a necessidade em se tratar de assuntos como ética médica, finitude da vida e debates públicos desde o início de sua formação. Vários países, como Polônia, Paquistão, Estados Unidos, Turquia, México, Inglaterra e Bélgica têm investido de modo mais veemente nesses campos teóricos (COSTA et al., 2019).

Sobre a quantidade de momentos que o tema foi abordado em aulas práticas, 4 afirmam nunca ter sido abordado, 27 ter sido abordado em um ou dois, 11 em três ou quatro, 2 em cinco ou seis, 0 em sete ou oito e 2 em mais de nove. Essa apuração é uma das evidências de que os cursos de Medicina carecem de mais consistência em abordar temáticas como a morte, cuidados paliativos, ortotanásia, luto, comunicação de más notícias, no intuito de promover uma formação holística, contendo aspectos técnico-científicos, mas também psicossociais e espirituais. Essa necessidade emerge do contexto de que a ineficiente qualificação de profissionais já formados em cuidados paliativos corrobora para a ineficiência do ensino na graduação no tocante a este tema, gerando sucessivamente profissionais com essas lacunas em seu desenvolvimento (PEREIRA; RANGEL E GIFFONI, 2019).

O tema ortotanásia foi abordado nas aulas teóricas através de tutoriais para 16 respondentes, em aulas para 10, em debates para 7, em conferências para 6, em disciplina optativa para 2, no módulo IESC (Prática de Interação Ensino Serviços e Comunidades) para 1, em discussão de caso no internato para 1, em palestra para 1, em menções esporádica para 1 e não foi discutido para 3.Das formas de ensino relatadas, a maioria refere-se a abordagens teóricas, destoando dos princípios de estratégias que possibilitem a construção coletiva dos conhecimentos e a permanente integração entre teoria e prática referenciada na realidade (PEREIRA; RANGEL E GIFFONI, 2019).

Quando questionados sobre em quantos momentos nas suas aulas práticas esse tema ortotanásia já foi abordado, 67,4% afirmaram que nunca foi abordado, 30,4% em um ou dois momentos e 2,2% em três ou quatro momentos. Não foram atribuídas respostas para em cinco ou seis, em sete ou oito e em mais de nove momentos.

De igual modo ao questionamento anterior acerca da quantidade de abordagens práticas sobre ortotanásia, as escassas aulas permanecem presentes. Conforme dados da De acordo com os registros da Organização Mundial da Saúde (OMS), no Brasil ocorre cerca de um milhão de óbitos por ano, dentre elas 650 mil por doenças crônicas, as quais são noticiadas às famílias anteriormente. Sendo assim, a preparação e investimento no ensino da comunicação se mostra basilar. (PEREIRA; RANGEL E GIFFONI, 2019).

Diante da forma de abordagem do tema ortotanásia nas aulas práticas, para 16 alunos não foram abordados, para 5 em casos clínicos, para 2 em simulação, para 2 em questionamentos, e 1 para cada afirmativa consecutiva sendo estas: explicação, teatro, atendimento ao paciente, diferenciação e não soube dizer.

A dificuldade em abordar o tema pode ser, também, expressada pelo reconhecimento dos desafios em cuidados paliativos no Brasil. Dessa forma, tem-se a publicação da Economist Intelligence Unit que divulgou um ranking acerca da qualidade de morte, contendo tópicos como ambiente de saúde e cuidados paliativos, dose per capita de opioides no controle da dor, recursos humanos, formação de profissionais capacitados na área, qualidade de cuidado e engajamento da comunidade. Em 2015, 80 países foram avaliados e o Brasil ficou na 42ª posição, o que sugere que há muitos pontos a serem melhorados, a pensar que a lista inclui países como Iraque e Irã, onde há constantes mortes decorrentes de guerras civis e ataques terroristas (PEREIRA; RANGEL E GIFFONI, 2019).

Muitos ainda são os desafios em abordar essa temática na realidade brasileira. No que tange a área dos professores que abordaram o tema da ortotanásia ou cuidados paliativos, para 9 acadêmicos foi abordado por professores da área de psicologia, para 4 de oncologia, para 6 de clínica médica, para 7 de geriatria, para 2 de cirurgião vascular, para 2 de oftalmologia, para 2 de cardiologia, para 1 de medicina legal e 1 de infectologia.

A baixa prioridade em tratar da morte evidencia-se em diversas áreas da medicina, o que prejudica ainda mais a familiarização de estudantes com conceitos bioéticos concernentes à finitude da vida. Tal despreparo impacta no enfrentamento do discente perante um paciente que esteja em estágio terminal no internato, por exemplo, causando reações negativas no acadêmico, podendo comprometer, inclusive sua saúde mental (SANTOS; MENEZES E GRADVOHL, 2013).

O percentual de professores que abordaram o tema ortotanásia para os discentes participantes da pesquisa foi de um para 34,8%, dois para 41,3%, de três para 21,7% e de quatro para 2,2%. Nesse questionamento não foram optadas as opções: cinto, seis, sete, oito, nove, dez ou mais. Já com relação à importância para os discentes em concordarem com a prática da ortotanásia ( 0 a 5 nível), 1 (2,2%) discente afirmou ser de zero, 0 (0%) ser de um, 7 (15,2%) ser de dois, 7 (15,2%) ser de três, 18 (39,1%) ser de quatro e 13 (28,3%) ser de cinco.

Neste contexto, a maioria dos acadêmicos deste estudo afirmava não concordar com a prática da ortotanásia, logo não se sentem preparada para lidar com a morte. Destaca-se, aqui, a dificuldade de lidar com os aspectos gerais da terminalidade, como a própria finitude da vida, aceitação da não cura, e falhas na comunicação, especialmente quando envolve más notícias. Apesar da compreensão da morte como um processo natural e inerente à vida de todo ser vivo, nem sempre se supera a perda dos pacientes (COSTA et. al., 2019). No entanto, surge um questionamento: como não concordar com algo que não se conhece de fato? Essa dúvida deriva dos resultados da primeira questão, onde muitos confundem o significado da ortotanásia, e desta questão, onde a maioria diz não concordar com esta prática (VANE E POSSO, 2011).

Também foi pesquisado o grau de preparo para saber decidir se praticará ou não a ortotanásia, quando estiver formado. Sendo assim, 8 (17,4%) confirmaram zero quanto a esse preparo, 4 (8,7%) um, 9 (19,6%) dois, 20 (43,5%) três, 4 (8,7%) quatro e 1 (2,2%) cinco.

Outro fator que corrobora para esta insegurança reflete nos familiares dos enfermos. Muitos parentes se sentem inseguros no tocante à melhor decisão a ser tomada, no que diz respeito ao futuro do paciente. Esta incerteza muitas vezes provém da falta de conhecimento dos parentes acerca do real significado das possibilidades terapêuticas existentes, isto é, eles desconhecem as definições de ortotanásia, mistanásia, eutanásia e distanásia. Sendo assim, os estudantes e profissionais carregam o dever de orientar e esclarecer os conceitos, prós, contras e sanar as dúvidas dos familiares concernentes às circunstâncias do paciente em questão. Desse modo, os familiares terão entendimento, bem como noção mais claros referentes às escolhas a serem realizadas, as quais poderão impactar permanentemente suas vidas e a do paciente (SANTOS; MENEZES E GRADVOHL, 2013).

Em meio ao grau de satisfação com a frequência e modo com que o tema ortotanásia é tratado nas aulas, 15 (32,6%) atribuíram ser zero, 12 (26,1%) ser um, 7 (15,2%) ser dois, 10 (21,7%) ser três, 2 (4,3%) ser quatro e 0 (0%) ser cinto, como registra o gráfico a seguir:

Fonte: Questionário realizado pelos pesquisadores.

Outra pergunta apontou se gostariam que esse tema fosse mais abordado nas aulas. Diante disso, 89,1% concordaram, 8,7% foram indiferentes e 2,2% discordaram.

Ao argumentar sobre a representação da morte, 12 responderam ser fim da vida, 12 ser uma passagem, 3 ser um processo natural da vida, enquanto outros definiram como: escuridão, regresso, início de nova etapa, parte do ciclo da vida, transição e saudade para os que ficam. Cardoso e colaboradores (2019) ressaltam que cada ser humano carrega uma interpretação individual da morte, a qual é fabricada por influência de questões sociais, meios de comunicação e particularidades de cada indivíduo.

Além da necessidade, nota-se a vontade dos estudantes aprenderem mais a respeito da ortotanásia, tendo em vista a possibilidade desta conduta terapêutica em suas futuras atuações profissionais (PINHEIRO et al., 2011).

Além disso, foi questionado sobre a conexão visualizada entre a ortotanásia e os cuidados paliativos. Desta forma, 89,1% responderam que “A ortotanásia é uma possibilidade na vivência em cuidados paliativos”; 4,4% que “Os cuidados paliativos não contemplam a ortotanásia”; 2,2% que “Os cuidados paliativos fazem parte da ortotanásia”; e 4,3% que “São termos antagônicos e não andam juntos, são opostos”.

A maioria, portanto, afirma haver relação intrínseca entre ortotanásia e cuidados paliativos, além da compreensão de seu estudo, mesmo não tendo a vivência durante a graduação. Estes permitem superar o tratamento fútil e coloca em prática a conscientização que o paciente é o principal personagem do cuidado (COSTA et al., 2019) (MORAES E KAIRALLA, 2010).

Outra pergunta abordada foi sobre a definição de cuidados paliativos, tendo como afirmativas por 84,8% “Qualidade de assistência que tem como proposta o controle impecável dos sintomas e qualidade no processo de adoecimento”; por 10,8% “Tratamento que ajuda a curar a patologia do paciente, amparando a família para os procedimentos”; por 6,5% “Situações de emergência que são solucionadas pelo médico à medida que surgem para reverter o quadro clínico”; por 2,2% “Não sei ainda”; e por 0% “Um termo teórico que não é tão necessário ser implementado na Medicina.”

Percebe-se que há desafios a serem resolvidos no que concerne um conhecimento necessário acerca da ortotanásia e cuidados paliativos na formação médica. Até porque essa prática iniciou-se no Brasil na década de 1980, período da ditadura, quando o regime de saúde priorizava o modelo hospitalocêntrico, focado no tratamento da doença e não do indivíduo e ainda hoje os movimentos no Brasil ainda são incipientes (MORAES E KAIRALLA, 2010).

Desse modo, pode-se ver nas respostas relacionadas ao grau de importância dos cuidados paliativos ao ser abordado na Medicina, 84,8% confirmaram ter importância de grau cinco e o restante sendo 15,2% de grau quatro.

Essa prática tem muito a ver com cuidado, despedida e acolhimento do paciente. Os cuidados paliativos atuam quando o princípio da beneficência, isto é, ação de fazer tudo para salvar alguém, se torna ineficaz. Dessa forma, utilizar métodos terapêuticos excessivos que não tragam benefícios extras configura iatrogenia, muitas vezes nem aliviando os sintomas e sofrimento do enfermo. (ALMEIDA E MELO, 2019) (ZAMORA et al., 2020).

Ao relacionar se o tema de cuidados paliativos devem ser estudados por alunos de medicina ou de outros cursos das áreas de saúde, um total de 56,5% destacaram que “Devem ser estudados em todos os cursos da saúde”, 43,5% que “Devem ser estudados na Medicina” e nenhuma resposta foi favorável a restrição para a enfermagem e fisioterapia.

Cabe ressaltar que o fato de nenhuma resposta afirmar que o ensino da ortotanásia deve ser restrito a alguma área do conhecimento, levanta o ponto de que os estudantes têm consciência da importância da abordagem deste tópico por uma equipe multiprofissional, a qual inclusive está contida nos princípios dos cuidados paliativos (ALMEIDA E MELO, 2019).

Um total de 73,9% dos respondentes não teve contato com uma equipe de cuidados paliativos enquanto apenas 26,1% tiveram. Este percentual considerável de estudantes que nunca tiveram contato com os cuidados paliativos contribui para o enfraquecimento da formação médica concernente à terminalidade da vida. A Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP) realizou um estudo que constatou que, das cerca de 303 faculdades de Medicina do Brasil, apenas 13 apresentavam em seus currículos acadêmicos a disciplina de Cuidados Paliativos. Isto representa menos de 5% do total das faculdades de Medicina do Brasil (PEREIRA; RANGEL E GIFFONI, 2019).

De acordo com 84,8% os cuidados paliativos devem ser considerados no tratamento de pacientes na fase terminal e 15,2% na fase inicial. Enquanto a fase aguda, de emergência e de recuperação não foram consideradas.

É interessante pensar que, para mais de 15% dos estudantes respondentes, os cuidados paliativos, os quais têm por base serem utilizados para quando não existem mais possibilidades terapêuticas de cura ao paciente, são considerados para começarem logo no início do tratamento de alguém enfermo (ALMEIDA E MELO, 2019).

Já no âmbito das respostas livres sobre “O que você compreende como pertencente aos cuidados paliativos?”, na maioria das respostas as definições mais frequentes eram cuidados para “garantir o conforto de pacientes em fase terminal”, “alívio de dor”, “controle dos sintomas”, “promover qualidade de vida”, “cuidados psicológicos”, “assistência multidisciplinar”. Além disso, o envolvimento familiar também foi citado e a apenas em um respondente não soube definir.

Observa-se que as percepções práticas dos acadêmicos estão de acordo com os exercícios dos CP, o que entra em desacordo com as respostas do questionamento anterior, uma vez que as presentes respostas se referem a realizações que ocorrem principalmente com situações de terminalidade, e não no início de alguma doença. Este entendimento deriva da própria origem do termo CP, pallium, que significa manto, proteção, acolhimento à pessoa em sofrimento (PEREIRA; RANGEL E GIFFONI, 2019).

A quantidade de momentos que o tema dos cuidados paliativos foram abordados nas aulas teóricas, foram em dois encontros para 36,9%, nunca foi abordado para 19,6%, em um encontro para 19,6%, em três encontros para 13,1%, em seis ou mais para 8,6% e mais abordado em palestras, encontros e discussões de forma extracurricular para 2,2%.

Mais uma vez, assim, mostra-se que o ensino da medicina apresenta déficits básicos em sua formação, a pensar que influências ambientais e vivências acadêmicas enfraquecidas impactam a vida do futuro profissional, bem como de seus futuros pacientes (CHOW et al., 2020) (MORAES E KAIRALLA, 2010). Costa e Duarte (2019) reforçam que a finitude da vida, bem como seus fundamentos científicos são assuntos que precisam ser mais trabalhados com os futuros profissionais da saúde, tendo em vista a necessidade de eles estarem preparados para lidar com questões bioéticas e com o cuidado prático às pessoas nessa condição.

GRÁFICO 3. Respostas ao questionamento “Em quantos momentos nas suas aulas teóricas o tema dos cuidados paliativos já foi abordado?”
Quantidade de Momentos Número de Alunos Percentual
Nunca foi abordado 9 19,6%
Em um encontro 9 19,6%
Em dois encontros 17 36,9%
Em três encontros 6 13,1%
Em quatro encontros 0 0%
Em cinto encontros 0 0%
Em seis ou mais encontros 4 8,6%
Extra curricular 1 2,2%
Total 46 100%

Fonte: Questionário realizado pelos pesquisadores.

Em relação a forma de abordagem sobre o tema dos cuidados paliativos e a área, em uma questão com respostas livres, para 11 discentes não houve, para 10 em aulas, para 2 em conferências, para 5 em tutoriais, para 4 em disciplinas optativas e o restante não souberam responder. Quanto a área da abordagem do tema, somente foi citada a psicologia.

Acima de 80% das respostas referem-se a abordagens teóricas, e apenas algumas mencionam a prática. Porém, o alcance integral de estratégias que construam coletivamente o conhecimento tanto dos CP quanto da ortotanásia ocorre quando há integração entre a teoria e a prática (PEREIRA; RANGEL E GIFFONI, 2019).

Quando argumentados sobre o grau de conforto em estudar acerca do tema dos cuidados paliativos, 20 (43,5%) dos alunos responderam cinco, 17 (37%) quatro, 8 (17,4%) três,1 (2,2%) dois e nenhum zero e um.

A maior parte dos estudantes respondeu que se sente muito inconfortável estudando este tema. A morte é um tabu a ser discutido em vários locais, apesar de ser uma certeza. No âmbito terapêutico muitas vezes sugere falha, sobretudo para pacientes jovens. Além disso, destaca-se a insuficiente abordagem como possível razão para esta sensação de desconforto (COSTA et al., 2019).

Outra pergunta do questionário foi sobre a segurança de encaminhar um paciente aos cuidados paliativos quando estes discentes forem médicos, uma maioria de 84,8% afirmaram que sim com justificativas otimistas dessa tomada de decisão e 13,1% responderam não com justificativa de medo ou de não saber qual o momento certo para esta tomada de decisão, Enquanto 2,2% foram afirmativos ao “medo de não ter feito tudo que era possível para salvar o paciente.”

É curioso notar que, embora o ensino dos CP seja falho, haja pouca abordagem deste e os estudantes se sintam desconfortáveis estudando o tema, a maioria deles se sentiriam seguros encaminhando os pacientes para os CP, o que levanta outros possíveis questionamentos acerca do entendimento que eles têm com relação a esta prática, como por exemplo a importância dessa abordagem e cuidado (PEREIRA; RANGEL E GIFFONI, 2019).

Sobre a preparação dos professores para tratar do tema ortotanásia, 30,4% definiram grau três, 28,3% dois, 23,9% quatro e 10,9% cinco e 6,5% um.

Analisando especificamente o preparo dos docentes da universidade em questão, as respostas foram heterogêneas, variando entre nota 1 e 5. Destaca-se, nesse sentido, que a qualificação deficiente em cuidados paliativos de profissionais já formados corrobora para a ineficiência do ensino na graduação no tocante a este tema prática (PEREIRA; RANGEL E GIFFONI, 2019).

Se tratando do preparo dos professores para tratar do tema cuidados paliativos, 26,1% concordam ser de pontuação três, 28,3% dois, 21,7% cinco, 19,6% quatro e 4,3% um.

O padrão de respostas permaneceu o mesmo do questionamento anterior, compreendendo-se que as práticas muitas vezes são complementares e abordadas em conjunto (CHOW et al., 2020).

De acordo com os acadêmicos que responderam ao interrogatório, 43,5% definiram que os professores mais falavam sobre ortotanásia como “É a humanização do processo de morte”; 39,1% como “É preciso se adaptar ao tema, pois pode ser necessário durante a vida profissional de vocês”; 6,5% como “É uma decisão que deve ser tomada por uma equipe médica, e não por apenas um profissional”; 2,2% como “É uma conduta ilegal e imoral”; 2,2% como “É uma conduta legal e moral”; 2,2% como “O assunto ainda não foi abordado”; 2,2% como “É o cuidado tomado quando o paciente não tem mais perspectiva de cura”; 2,2% “Não falam”. Nessa opção não tiveram respostas as definições de “É resultado do despreparo profissional”, “É uma conduta legal, mas imoral” e “É uma decisão estritamente pessoal, devendo ser tomada por apenas um profissional”.

A maior parte dos alunos selecionou a opção que se refere à humanização do processo de morte. Para Costa e colaboradores, o ortotanásia preconiza a morte no momento certo, não a adiando com tratamento desproporcional (COSTA et al., 2019).

Fonte: Questionário realizado pelos pesquisadores.

Além disso, os professores dizem sobre os cuidados paliativos, para 67,4% dos participantes que “É uma possibilidade quando não há mais tratamento curativo com resultado eficaz na literatura médica”, para 26,1% que “Deve ser acompanhado de informações precisas à família do motivo pelo qual se está tomando essa decisão” e para um percentual de 2,2% em cada uma das respostas subsequentes que “É uma decisão difícil de ser tomada, pois a morte é um fracasso para a Medicina”, “O assunto ainda não foi abordado” e “Não falaram”.

Mais de 67% dos respondentes afirmou que CP são uma possibilidade quando não há mais tratamento curativo com resultado eficaz na literatura médica. Também para Costa e colaboradores, os cuidados paliativos são tentativa de evitar terapias fúteis e invasivas para o paciente, na intenção de colocar em prática a conscientização dos profissionais, salientando que o paciente deve ser o personagem principal do cuidado (COSTA et al., 2019).

Ao serem indagados como gostariam que os temas ortotanásia e cuidados paliativos deveriam ser abordados em aulas, as formas mais frequentes foram: “aliando as aulas teóricas com aulas práticas”, “através de discursões”, “debates”, “simulações” “conferências”, “casos clínicos”, “relatos de profissionais que convivem com esta realidade” e apenas um respondente não soube dizer como gostaria.

Todas as ideias levantadas sugerem o interesse dos acadêmicos em estudarem mais a respeito dos cuidados paliativos e da ortotanásia, de diferentes modos e estratégias, no intuito de aprenderem melhor acerca dos temas e vivenciarem experiências que certamente serão inevitáveis em algum momento de suas vidas profissionais (SANTOS; MENEZES E GRADVOHL, 2013).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os achados do estudo demonstram a necessidade da abordagem dos temas relacionados à terminalidade da vida na educação médica. A morte deve ser abordada como uma etapa da vida e não como um tabu arraigado desde os primórdios, principalmente para minimizar o senso de reconhecimento do profissional médico com o dilema de salvar vidas. Desta forma, deve-se fortalecer a formação quanto à importância de acompanhar o paciente em todas as fases do processo de enfermidade, prezando a não maleficência e garantindo a dignidade de uma terapêutica com qualidade de assistência.

Apesar das dificuldades enfrentadas na abordagem do tema na graduação, cerca de ¾ dos acadêmicos souberam identificar adequadamente a definição de ortotanásia. No entanto, a quantidade de vezes que o tema foi abordado durante a graduação foi classificado pela maioria com sendo entre 1 a 2 vezes, além de ser apresentado majoritariamente na forma teórica deixando a prática a mercê. Desse modo, os acadêmicos demonstraram insatisfação com o modo que o tema é abordado e almejam um ensino amplo visando a qualificação e a segurança do acadêmico ao presenciar tal situação profissionalmente.

A respeito da temática sobre os cuidados paliativos a designação correta de sua definição foi confirmada por mais de 80% dos respondentes, demonstrando o conhecimento sobre tema. Porém, essa sapiência é mitigada diante das afirmações de insegurança no encaminhamento de pacientes aos cuidados paliativos e no preparo de execução na prática. Diante do exposto, observa-se a importância do contato prático na graduação com os cuidados paliativos e com uma equipe multiprofissional para desenvolver um posicionamento humanizado e assertivo quanto profissionais.

Portanto, através dos resultados conquistados com essa pesquisa torna-se ciente da necessidade do fortalecimento e do embasamento sobre os temas ortotanásia e cuidados paliativos no currículo acadêmico para uma formação médica promissora. O ensino deve aliar a teoria à prática como forma confirmatória de melhor aprendizado. Assim, será possível tornar profissionais mais confiantes na tomada de decisão e na excelência de cuidados dignos no processo de morte, amparando o paciente, familiares e boa articulação para o trabalho em equipe.

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[1] Graduação em andamento em Medicina.

[2] Graduação em andamento em Medicina.

[3] Mestre em Direito e Graduando em Medicina.

[4] Orientadora. Doutorado em andamento em Psicologia.

Enviado: Agosto de 2021.

Aprovado: Fevereiro de 2021.

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